Revista Canal Farma #6

Page 1

Consumo conheça o consumidor da geração Y

Recursos Humanos inteligência emocional e o ambiente de trabalho

Higiene e beleza

o potencial de consumo de HPC na terceira idade

SMSF

o sistema que promete melhorar o trabalho nas farmácias

UM MERGULHO NO

DELIVERY

Uma publicação da Distribuidora Dismed para Farmácias e Drogarias




Editorial Prezado leitor, Nesta edição, escolhemos abordar a entrega de medicamentos realizada pelas farmácias. Há algum tempo, o delivery deixou de ser uma conveniência oferecida aos clientes e passou a compor a lista dos serviços obrigatórios que o consumidor espera encontrar no varejo farmacêutico. Para ilustrar a reportagem, conversamos com farmácias que vêm conduzindo seu delivery de maneira exemplar e analisamos, com a ajuda de uma especialista, as estratégias mais acertadas para transformar essa em uma iniciativa de sucesso. Com isso, esperamos contribuir com ideias, alternativas e sugestões que ampliem as oportunidades e agreguem cada vez mais valor ao seu negócio. E por falar em oportunidade, sua farmácia está investindo em HPC para a terceira idade? Pois saiba que este é um público com alto potencial de consumo, quando abordado de maneira adequada e indicação de produtos que respeitam as mudanças de seu corpo. Também percorremos o universo da geração Y, um novo grupo de consumidores cujo comportamento de compra está se tornando um verdadeiro desafio para o marketing do varejo. No campo das relações humanas, nossa matéria sobre inteligência emocional mostra como desenvolver essa competência e identificá-la nos colaboradores. Pensando no seu trabalho, mergulhamos no SMSF, sistema criado pelo Conselho Federal de Farmácia que possibilita as escriturações online dos serviços farmacêuticos. Na matéria sobre o programa, você vai encontrar um roteiro detalhado de como tirar proveito dessa ferramenta que promete facilitar a vida dos profissionais. Nossas páginas continuam recheadas de dicas. Entre e fique à vontade. Afinal, essa é uma parceria que veio pra ficar. Boa leitura! Equipe Canal Farma

Sumário ROBERTO SHINYASHIKI SEU NEGÓCIO Novidades para sua loja ENTREVISTA Walker Magalhães Lahmann CAPA Delivery: um grande negócio DICAS Curiosidades MERCADO Geração Y - O consumidor do séc. 21 HPC HPC na maturidade RAUL CANDELORO Socorro: virei gerente! TECNOLOGIA Sistema de monitoramento de serviços farmacêuticos SAÚDE Dicas e atualidades RH Inteligência emocional no ambiente de trabalho PASSATEMPOS Divirta-se ALMANAQUE FARMA Curiosidades da história farmacêutica

A VENCEDORA DO DESAFIO ALMANAQUE DA ÚLTIMA EDIÇÃO FOI: Elizabete Rossa Spillere Rossini Farmácia Spillere e Rossini / Içara – SC

COMO PRÊMIO ELA RECEBEU UM UMIDIFICADOR PARA CARROS

DIREÇÃO EXECUTIVA: Evandro Rodrigues da Silva, Walter Rodrigues Moço Filho, Fernando Serpentino, Tiago Serpentino DIREÇÃO EDITORIAL: Glauco Piccirillo JORNALISTA RESPONSÁVEL: Kátia Carminatto - MTB 23.255/SP REDAÇÃO: Kátia Carminatto REVISÃO: Bárbara Spigolon Loureiro ARTE: Breno Pires, Danuza Yumi Oliveira, Juliana Barbosa, Juliano Polotto, Paula Rillo ATENDIMENTO: Drielli Almeida, Jaqueline Spegiorin. ADMINISTRAÇÃO: Jocelino Kohler, Mônica Gonçalves COLABORADORES: Roberto Shinyashiki, Raul Candeloro IMPRESSÃO: Quatrocor Gráfica e Editora TIRAGEM: 14 mil exemplares. CANAL FARMA não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, bem como pelas informações ou conteúdo dos anúncios publicados. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. Canal Farma é publicada por CM&N Central de Marketing e Negócios - (17) 3229-1940, reportagem@revistacanalfarma.com.br


RobertoShinyashiki

ALTA PERFORMANCE “

Foto: Fabiano Accorsi

Para manter a sua equipe em Recompensa é muito louvável, porque nos dá a oportunidade de sermos dono de nossa remuneração, ou seja, nos transforma em empreendedores

Como incentivar a busca de metas, com premiação e bonificação, pode motivar a sua equipe? Muitas empresas hoje procuram criar programas que motivam os funcionários, a maioria deles baseada em comissões, prêmios e bônus financeiros. A criatividade dessas empresas é maravilhosa para inventar programas que premiam as melhores performances. Tal recompensa é muita louvável, porque dá ao funcionário a oportunidade de ser dono de sua remuneração, ou seja, os transforma em empreendedores. Quem quer ganhar mais produz mais. Há um aspecto, porém, que deve ser analisado. Quero falar isso para você, que é gerente ou chefe de equipe, mas também para você que é funcionário, que está ali no dia a dia da empresa, no balcão, atendendo os clientes: – Quase todos esses programas de bonificações não sensibilizam ou envolvem as pessoas para quem foram criados. Eu explico: ganham os prêmios aqueles que sempre tiveram os melhores resultados. Quem é top em vendas vai continuar sendo top em vendas. O restante mantém apenas seu pique de trabalho: “Eu faço meu trabalho da minha maneira e vamos ver o que acontece”. Então, os programas de incentivo precisam prever com cuidado um estímulo para todos os vendedores, para que eles se candidatem a crescer em seus resultados. E todos aqueles funcionários que ainda não são top de vendas precisam entender que se tornar top só depende dele mesmo, de seu esforço pessoal. Nos últimos anos, tenho analisado o resultado de programas de incentivo e percebo que eles servem para criar um salário extra para os campeões e, desse modo, conservá-los na empresa. Caso contrário, seriam alvo fácil de sedução pela concorrência. Mas não estimulam os outros funcionários a também se tornarem campeões. Mas também é importante levar em conta que somente os prêmios não são a melhor forma de motivação. Concordo que a remuneração adequada é parte fundamental para a motivação das pessoas, mas nem de longe é a mais importante.

Tenho trabalhado com profissões cujos salários são os mais injustos de nosso país, como policiais militares, profissionais de saúde e professores. Porém, mesmo com os salários incrivelmente baixos, muitos desses profissionais são exemplos de dedicação e comprometimento. A pessoa precisa gostar do que faz, precisa associar sua atividade a uma missão de vida e ao prazer de fazer o que faz. Então, vamos procurar entender: enquanto alguns profissionais, apesar de ganhar pouco, continuam se dedicando com afinco ao trabalho, há os que produzem muito menos do que aquilo para que são pagos. Nesse caso, oferecer mais para que cumpram sua obrigação é um engano fatal. Quando o chefe tem de prometer um prêmio extra para conseguir a colaboração de sua equipe de vendas, algo na empresa precisa ser acertado com urgência, porque está muito errado. Então vamos deixar isso bem claro: sou totalmente a favor de premiações justas, que recompensem quando as pessoas dão o melhor de si, e que estimulem as pessoas a progredirem. Mas, é importante ter em mente também que qualquer que seja o trabalho que uma pessoa realize, ela adquire mais força e dedicação, além de mais satisfação, se existir um sentido maior no seu trabalho do que apenas pensar no dinheiro. Muito sucesso!

Roberto Shinyashiki é empresário, palestrante e doutor em Administração de Empresas, pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). Sua experiência como assessor empresarial inclui o suporte a governadores, ministros de estado, empresários, atletas olímpicos, artistas e outros profissionais em busca de realização profissional e pessoal. Como líder de seminários organizacionais, compartilha toda sua experiência em programas que visam formar e especializar palestrantes sensacionais. Médico psiquiatra e escritor, é autor de vários livros, entre eles: Os Segredos dos Campeões, Tudo ou Nada, Você: a Alma do Negócio, Os Donos do Futuro e A Revolução dos Campeões. (www.shinyashiki.com.br).


SeuNegócio MENOS IMPOSTOS PARA A SAÚDE

A discussão sobre a alta carga tributária dos medicamentos e equipamentos da área de saúde ganhou um forte aliado. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, declarou que quer discutir a redução dos impostos do setor com os governos estaduais e Congresso Nacional. Padilha acredita que a desoneração na cadeia de medicamentos terá reflexos diretos na redução dos preços dos medicamentos. Como o pronunciamento do ministro não menciona prazos, o mais provável é que essa discussão seja iniciada apenas no segundo semestre.

NOVA RESOLUÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS

A resolução da Anvisa sobre antibióticos, publicada em maio, traz orientações mais detalhadas sobre os procedimentos a serem adotados no varejo para a dispensação e escrituração desses medicamentos. De acordo com a publicação, fica mantida a obrigatoriedade da retenção da receita. A Agência tem 180 dias para definir o cronograma para inclusão dos antimicrobianos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Nas regiões sem acesso à internet a escrituração poderá ser feita em livro ou sistema informatizado específico, desde que aprovados pela vigilância sanitária local. Confira as principais mudanças:

Como ficou Substâncias sob controle

Foram incluídos sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias antimicrobianas.

O portal Catálogo Empresarial está oferecendo espaço para anúncio gratuito de micro e pequenas empresas, empreendedores individuais e empreendimentos que não possuem página na internet. A gratuidade vale por um ano e os interessados devem preencher um cadastro no site do Catálogo. Os anúncios podem ter apresentação da empresa, endereço, logomarca, informações sobre produtos oferecidos, telefones, foto e vídeo. De acordo com a Agência Sebrae de Notícias, para usufruir do benefício, as empresas devem acessar o portal e informar o código promocional patrocinado pelo Sebrae (SEB 720117) na seção Anuncie aqui. www.catalogoempresarial.com.br

Receita

Idade e sexo do paciente são itens obrigatórios.

Limite de prescrição por receita

Não há limitação do número de antimicrobianos prescritos por receita.

Tratamento prolongado

A receita poderá ser utilizada para aquisições posteriores dentro de 90 dias a contar da emissão, quando indicado na receita.

Dispensação

A 2ª via deve ser retida e a 1ª via retorna para o usuário.

Anotações na receita

Devem ser registradas nas duas vias da receita data, quantidade aviada, número do lote do medicamento dispensado e rubrica do farmacêutico atestando o atendimento.

Prazo de retenção

2 anos.

AMPLIAÇÃO DA FARMÁCIA POPULAR

Devolução de medicamentos

Apenas nos casos de desvio de qualidade ou disparidades a serem relatadas pelo farmacêutico. Se houver uma devolução, o medicamento não poderá retornar ao estoque

PUBLICIDADE GRATUITA

O Ministério da Saúde promete disponibilizar o Sistema Farmácia Popular para o credenciamento de novas farmácias da rede privada no início do segundo semestre. A iniciativa faz parte do projeto de ampliação do programa para 20 mil unidades até o final deste ano. Hoje são 15.326 farmácias credenciadas. Para se cadastrar, o responsável pelo estabelecimento deve acessar o endereço www.caixa.gov.br/farmaciapopular e fazer um pré-cadastro, incluindo o CNPJ da matriz e filiais, e o endereço eletrônico do responsável pelas informações. A Caixa Econômica Federal, que administra o sistema, envia, no prazo de cinco dias, um e-mail de confirmação para o preenchimento do cadastro da farmácia. Nessa fase, o sistema exige dados mais completos como número do documento de identidade, CPF e comprovante de endereço do representante legal, Certidão Negativa de Débito (CND), autorização de funcionamento emitida pela Anvisa e Certificado de Regularidade Técnica (CRT). Concluído o cadastro, a farmácia interessada recebe novo e-mail com orientações sobre o envio de documentos para a sede da Caixa e para o Ministério da Saúde - ambos em Brasília - para análise e aprovação do cadastro.

O NOVO BALANÇO

Desde 2009, as empresas de capital aberto estão obrigadas a adequar suas demonstrações contábeis aos padrões internacionais. A proposta visa uniformizar a linguagem dos balanços e facilitar transações internacionais. Embora não haja obrigatoriedade, algumas pequenas e médias empresas já estão se preparando para adotar o novo modelo. Saiba o que muda nos demonstrativos: • Os ativos intangíveis – bens que não têm valor definido como marca, patentes de produtos, carteira de clientes, pontos comerciais – devem ser listados em campos específicos dos demonstrativos contábeis. • Pelo novo modelo, as empresas que recolhem impostos com base no lucro real terão que apresentar um balanço simplificado para o cálculo dos tributos à Receita Federal, e outro, mais detalhado, que funciona como um registro da movimentação patrimonial. • O valor dos produtos em estoque, que antes era calculado pelo preço médio, deve ser detalhado, ou seja, o valor real de cada produto tem que ser especificado. • As notas explicativas com as informações sobre os resultados são obrigatórias.



Entrevista Walker Magalhães Lahmann

C

oncebida a partir de uma estratégia de crescimento firmada em aquisições -

foram 28 desde o início das atividades em 2001a Hypermarcas é reconhecida pela forte presença nos segmentos de medicamentos, cosméticos e higiene pessoal, limpeza e alimentos. Das 19 plantas nos nove complexos industriais localizados em Goiás, Santa Catarina e São Paulo, seis são do segmento farmacêutico e de higiene e beleza. O diretor executivo de medicamentos da empresa, Walker Magalhães Lahmann, nosso entrevistado desta edição, acompanhou boa parte dos processos de aquisição e incorporações da indústria farmacêutica e de higiene pessoal pela Hypermarcas. Médico oftalmologista por formação, Lahmann, que está na empresa desde 2008, fala sobre o mercado de medicamento e do relacionamento da empresa com o varejo.

REVISTA CANAL FARMA: Quais são hoje as empresas que compõem o grupo Hypermarcas nos segmentos farmacêutico e de higiene pessoal? A Hypermarcas concentra hoje em seu portfólio os laboratórios Neo Química, de genéricos e similares, Farmasa, DM, Luper e Mantecorp. REVISTA CANAL FARMA: Qual é o percentual de participação dessas empresas no faturamento do grupo? Em 2010, destacam-se os desempenhos das unidades de negócios de beleza e higiene pessoal – que atingiu crescimento orgânico de 30% em 2010 em relação ao ano anterior e contribuiu com cerca de R$ 1,3 bilhão para a receita líquida total da Hypermarcas no exercício – e farma, com crescimento orgânico de 22% e contribuição de R$ 1,4 bilhão. REVISTA CANAL FARMA: Como a Hypermarcas vê a concorrência interna de marcas administradas pela empresa? Existe uma sinergia comercial ou as marcas lutam individualmente por seu mercado? Iniciamos um novo ciclo de consolidação das empresas adquiridas nos últimos anos, com foco na melhoria das margens dos produtos, captura de sinergias em todas as áreas e continuidade do processo de inovação com aceleração de lançamento de novos produtos destinados a diferentes públicos consumidores, não concorrendo diretamente entre si. REVISTA CANAL FARMA: Qual é a política de relacionamento entre a Hypermarcas e o PDV? Existe alguma parceria da empresa com o setor varejista? Quais? Visitamos mensalmente milhares de PDVs em todo país e temos diversas parcerias com farmácias independentes, redes e distribuidores. Vale ressaltar que essas parcerias não se limitam apenas a medicamentos, mas também incluem itens de higiene pessoal e beleza, fazendo da Hypermarcas o maior fornecedor para o canal de farmácias. REVISTA CANAL FARMA: Qual foi o impacto da resolução da Anvisa


que excluiu os MIPs do autosserviço. Houve redução nas vendas desses medicamentos? A Hypermarcas possui marcas fortes, consolidadas e conhecidas pelo consumidor, o que continua nos garantindo um excelente desempenho mesmo após a resolução. REVISTA CANAL FARMA: O que muda na indústria farmacêutica com o fim de várias patentes importantes de medicamentos neste ano? Como essas mudanças podem interferir no varejo? Acreditamos que a expiração de patentes de medicamentos é importante para o Brasil e para o público consumidor porque permite o lançamento de genéricos e similares, além de gerar livre concorrência entre laboratórios fabricantes, tornando os preços dos medicamentos mais acessíveis. REVISTA CANAL FARMA: Até que ponto a concorrência dos genéricos entre si é saudável? Em sua opinião, o que é determinante para uma farmácia fazer a opção por uma ou outra marca? A livre concorrência é saudável para benefício do público consumidor. Investimos no relacionamento com redes de farmácias de todo o Brasil como forma de nos aproximar e aumentar o índice de lembrança espontânea entre o público e os profissionais do varejo. REVISTA CANAL FARMA: De que forma o controle na venda de antibióticos vai influenciar a indústria e como a medida interfere no varejo? A Hypermarcas cumpre todas as resoluções das agências governamentais. Com relação ao controle na venda de antibióticos, temos uma equipe de promoção médica que visita médicos em todo país, divulgando nossos medicamentos e produtos. A partir da pro-

“Em 2010, destacam-se os desempenhos das unidades de negócios de beleza e higiene pessoal – que atingiu crescimento orgânico de 30% em 2010 em relação ao ano anterior e contribuiu com cerca de R$ 1,3 bilhão para a receita líquida total da Hypermarcas no exercício – e farma, com crescimento orgânico de 22% e contribuição de R$ 1,4 bilhão.” moção de nossos antibióticos, continuamos a ter a geração de receitas pelos médicos, com um bom desempenho de demanda nas farmácias. REVISTA CANAL FARMA: Recentemente observamos um processo de fusões, aquisições e incorporações no varejo farmacêutico. Essa é uma tendência? Como esse movimento afeta as pequenas e médias farmácias? A Hypermarcas atua diretamente em vendas e relacionamento com as farmácias e redes farmacêuticas de todos os portes. Devemos lembrar que o mercado brasileiro farmacêutico apresenta uma das maiores evoluções no mundo, com espaço para atuação e crescimento de todos os tipos de varejo, das grandes redes às farmácias independentes. REVISTA CANAL FARMA: Qual a importância do pequeno e médio varejista para o mercado como um todo? Para uma grande fabricante como a Hypermarcas, esse porte de negócio é comercialmente estratégico? Mantemos relacionamento com muitas farmácias e redes do país. Acreditamos que, independente de ser um pe-

“A livre concorrência é saudável para benefício do público consumidor. Investimos no relacionamento com redes de farmácias de todo o Brasil como forma de nos aproximar e aumentar o índice de lembrança espontânea entre o público e os profissionais do varejo.”

queno ou grande varejista, todos têm a sua importância para o mercado e público consumidor. Em algumas regiões do Brasil, as farmácias independentes ou varejos de pequeno porte são mais fortes que grandes redes e, por vezes, apresentam maior crescimento. Em outras, as grandes redes prevalecem. Somos um país de grande diversidade geográfica e demográfica, com demandas para todo porte de negócios. REVISTA CANAL FARMA: Como administrador, quais as alternativas de crescimento o sr. recomenda para o varejo farmacêutico de pequeno porte diante do atual cenário? O cenário atual é bastante otimista para esses estabelecimentos. Estamos num momento de grande ascensão social e de crescimento do setor. Hoje, quase metade das vendas de medicamentos vêm da classe C, o que sinaliza um bom momento para esses varejistas expandirem seus negócios com novas lojas, oferecendo variedade de itens e novos serviços. Outra alternativa é participar do programa Farmácia Popular, que também tem garantido um bom crescimento para os negócios. REVISTA CANAL FARMA: Como sobreviver em um mercado de concorrência tão acirrada? A Hypermarcas está presente hoje e é bem representada em todos os segmentos do mercado de medicamentos: similares, genéricos, MIPs, prescrição e dermocosméticos, o que nos garante uma participação forte no mercado. Hoje, somos líderes nacionais no setor. Além disso, investimos constantemente em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, tudo para estarmos sempre à frente da concorrência.


Capa

Um mergulho no

delivery das farmácias Criada para atender uma necessidade do varejo farmacêutico, a entrega de medicamentos em domicílio vem deixando de ser um serviço a mais nos estabelecimentos e passou a ser uma exigência do mercado. “O consumidor de hoje estranha quando entra em uma farmácia que não oferece entrega em domicílio e serviços de compra pela internet ou por telefone, que na verdade são uma extensão da loja física”, observa Danieli Junco, diretora da Injoy Blend, uma consultoria de marketing, gestão de processos, eventos e capacitação da área de saúde. Some-se a isso o fato de que a venda remota de medicamentos vem aumentado ano a ano. Pelo terceiro ano consecutivo o estudo Web Shoppers realizado pela e-bit, empresa especializada em monitoramento do comércio eletrônico, aponta que os produtos de saúde, beleza e medicamentos estão entre os três primeiros colocados no ranking da categoria de itens mais vendidos pela internet. Em 2010, a pesquisa registrou um empate técnico de 12% neste segmento, mesmo índice do segundo colocado – assinatura de jornais e revistas. Atendimento integrado Para Rubens Augusto, diretor comercial das Farmácias Vale Verde, a ideia de atendimento integrado já é realidade há algum tempo. O empresário

conta que desde que abriu a primeira loja da rede, o delivery esteve presente. ”No começo, as margens de rentabilidade dos produtos eram maiores e a entrega era algo lucrativo para o negócio. Hoje, como os descontos no serviço de entrega de medicamentos são iguais ou superiores aos da loja física,

é preciso ficar atento para não haver prejuízo”. Augusto fala do assunto com a propriedade de quem administra 24 lojas – todas no norte do Paraná. O delivery da Vale Verde funciona como uma unidade de negócios independente. “Temos um call center sediado em Londrina com 12 atenden-

tes que recebem os pedidos da cidade-sede e das vizinhas Cambé, Ibiporã e Rolândia. Nas lojas de Arapongas, Apucarana e Maringá, os atendimentos telefônicos são realizados nos próprios estabelecimentos”, explica o diretor. No segundo semestre, o empresário pretende unificar o recebimento das chamadas


A entrega de medicamentos em domicílio passou a ser uma exigência do mercado em uma única central e com o mesmo número de telefone. A distribuição dos medicamentos da Vale Verde também tem uma estrutura distinta. “As unidades que hoje são atendidas pelo call center funcionam com pólos próprios de distribuição. Já as 15 lojas que ficam em Londrina possuem uma central

única para separação e entrega dos pedidos”, diz Augusto. Farmácias independentes O país, no entanto, possui realidades diferentes quando o tema é venda remota de medicamentos. Danieli assegura que a grande maioria dos estabelecimentos trabalha sem um

sistema ou estrutura específica, o que não é necessariamente um problema. “Com objetivos bem definidos, é possível obter bons resultados e manter-se competitivo no mercado, agregando serviço e fidelizando clientes”. É o caso das Drogarias Michels de Santa Catarina. Com uma estrutura de 30 funcionários, seis farmacêuticos e três motoboys nas duas lojas instaladas no centro de Criciúma, o empresário Lino Michels possui um serviço de entrega respeitável: são cercas de três mil pedidos por telefone ao mês. O delivery da Michels conta com um 0800, um número fixo e mais duas linhas de celular para facilitar a chamada dos clientes que só possuem telefone móvel. O registro dos pedidos, bem como a separação e a entrega são feitos nas próprias lojas. “O delivery para nós é apenas uma prestação de serviço ao cliente. Nossa atenção está voltada para o atendimento que gera relacionamento com parcerias com empresas e eventos que mobilizam os clientes”. Além de Criciúma, o serviço de entrega da Michels atende outras seis cidades do sul do estado. A atuação das Drogarias Michels é um bom exemplo de como o serviço de entrega pode dar certo em lojas independentes. “Nos estabelecimentos de porte menor que atendem uma região restrita, a ordem é organização”, diz a diretora da Injoy Blend. Para profissionalizar a estrutura, ela sugere a aquisição de uma linha telefônica própria e a adoção de um programa que mensure o serviço. “Conhecer o alcance dos serviços prestados dá subsídios para o empreendedor redefinir objetivos, ajustar preços, investir ou cortar custos”. O bom atendimento é outro

ponto considerável. ”Como o consumidor que compra por via remota não vai à loja, a possibilidade de adquirir outros produtos diminui. Nessa hora, a qualificação do atendente pode ser decisiva, até mesmo para a fidelização do cliente”, explica a consultora. Para evitar erro nos registros de pedidos por telefone, a presença do farmacêutico para assessorar o atendimento tem que ser levada em conta. Delivery estruturado Outro modelo de delivery estruturado é a Farmácia Nova Gerty, que fica em São Caetano, no Grande ABC, região metropolitana de São Paulo. A farmácia, que está no mercado há 23 anos, possui uma única loja com uma configuração surpreendente. São 800 m² organizados sob o conceito “loja dentro de loja”, com ambientes exclusivos para atendimento especializado em produtos para diabéticos, perfumaria, dermocosméticos, manipulação de fórmulas, materiais pós-cirúrgico, aparelhos e, é claro, medicamentos. Norberto Eidy Kimura, gestor operacional da Nova Gerty conta que há dois anos ampliou os negócios com a instalação do e-commerce e do call center. Com estrutura independente da loja física, a empresa criou um site para venda de dermocosméticos, perfumaria e produtos de eletro beleza e pós-cirúrgicos, e outro apenas para medicamentos. Utilizando o mesmo call center – com números telefônicos diferentes – e funcionários específicos para a venda remota, a Nova Gerty atende toda a região do ABC Paulista, Baixada Santista e o centro expandido da cidade de São Paulo. “Como somos

REPRESENTATIVIDADE NO NEGÓCIO As empresas que optaram pelo delivery como negócio não têm do que reclamar. Na Farma Delivery, 40% das vendas são realizadas pela internet. Na Vale Verde de Londrina, e Nova Gerty no ABC Paulista, esse índice é de 10% e 15% respectivamente. Apesar de não concentrar o foco no serviço de entrega, a Michels também estima em 15% a representatividade do serviço de delivery nos negócios.


Capa relativamente novos nesse segmento enfrentamos alguns problemas comuns a qualquer empresa que inicia uma empreitada desse porte, mas com o apoio de consultorias especializadas já conseguimos enxergar a luz no fim do túnel”, relata Kimura. Atualmente a Nova Gerty está trabalhando na profissionalização dos 70 colaboradores que atuam na loja, na farmácia de manipulação, no departamento administrativo e no atendimento remoto. Plano de negócios Manter essa máquina em funcionamento exige investimento, persistência e muito trabalho. “Antes de iniciar um projeto desse porte, é preciso um plano de negócios com metas bem claras e que leve em conta a área de atuação, tecnologias empregadas, necessidade de contratação de novos funcionários, revisão da tabela de preços, forma de pagamentos e o incremento projetado para o negócio”, aponta Danieli, da Injoy Blend. Entre as primeiras decisões práticas, a consultora recomenda que o empreendedor estabeleça a área de abrangência da entrega do delivery. “Como os investimentos são muito altos, o ideal é que o empresário avalie questões como rota e prazo para definir uma política de entrega que realmente possa cumprir. Afinal é a imagem da empresa que está em jogo”, destaca a consultora. “É claro que essa decisão vai depender do porte da empresa, mas o ideal é começar de maneira mais prudente”. No que se refere à tecnologia, Danieli orienta que a escolha seja feita de acordo com o perfil

“Conhecer o alcance dos serviços prestados dá subsídios para o empreendedor redefinir objetivos, ajustar preços, investir ou cortar custos” escolhido para o negócio. “Existem soluções específicas para cada tipo de empreendimento”. Hoje o mercado disponibiliza sistemas que integram todas as áreas da farmácia, isso sem contar os programas próprios do call center, que gravam a conversa com o atendente, reconhecem e transferem as ligações – no caso de pólos de distribuição diferentes –, identificam o número de telefone e disponibilizam o cadastro do cliente na tela do computador do atendente. Na ponta do lápis O cálculo para estimar o número de funcionários necessários para se criar uma estrutura de atendimento remoto está diretamente ligado ao incremento que o empresário estima para o negócio. “O empreendedor tem que ter em mente o quanto espera aumentar em seu faturamento. Nessa conta devem estar incluídas também as despesas com a ampliação da equipe”, comenta a consultora. Como as margens de lucratividade do delivery são muito baixas, a diretora da Injoy Blend lembra que o estudo sobre os preços praticados deve ser minucioso para que o investimento não dê prejuízo. “Uma estratégia utilizada por algumas farmácias e que trabalha com a ideia de preço acessível é o pagamento facili-

ANTIBIÓTICOS

Com a resolução da Anvisa que exige a apresentação e retenção da receita médica para aquisição de antibióticos, os serviços de delivery nas farmácias ainda estão buscando alternativas para viabilizar a compra. O gestor operacional da Nova Gerty calcula uma redução de 60 a 70% de unidades vendidas desde que a medida entrou em vigor. Na busca de soluções para minimizar o impacto da redução nas vendas, a Drogaria Michels de Santa Catarina e a Vale Verde de Londrina disponibilizam, mediante o pagamento de uma taxa, um motoboy para retirar a receita na casa do cliente.


tado no cartão de crédito, mas também essa opção precisa ser cuidadosamente pensada por causa das altas taxas cobradas pelas operadoras”. A definição das formas de pagamento precisa ser considerada, já que além de negociar com as operadoras, a decisão exige sistemas específicos para pagamento online. Para Kimura da Nova Gerty, a redução da inadimplência com pagamentos à vista por meio de cartões de débito, crédito e depósito em conta corrente é uma das vantagens de se ampliar as opções de pagamentos para os clientes. Terceirização É consenso entre os empresários a terceirização das empresa que fazem a entrega dos medicamentos para os clientes. “As despesas de contratação de funcionários são altas. Isso sem contar aquisição e manutenção de motos e o abastecimento”, diz Augusto da Vale Verde. “Trabalhamos com frota e funcionários próprios por um período, mas logo percebemos que os custos altos acabam comprometendo o retorno financeiro”,

concorda Michels, da drogaria catarinense que leva seu nome. Para garantir agilidade às entregas, a Nova Gerty, optou por um formato misto: dos sete motoboys que trabalham na entrega, cinco são terceirizados e dois são funcionários da própria farmácia. A especialista da Injoy Blend concorda com a terceirização do serviço de entrega, mas sinaliza: “As empresas contratadas devem ser especializadas na entrega de medicamentos”. Comunicar é preciso Outra recomendação de Danieli se refere à divulgação do serviço. “A ideia do delivery de medicamentos é aumentar a venda e não apenas deslocar o atendimento da loja física para os pedidos via internet ou telefone. Para evitar essa migração espontânea, uma boa comunicação é fundamental”, diz. A Farma Delivery, em Santo André, no ABC Paulista é prova de que o investimento assertivo nessa área é garantia de sucesso. A farmácia hoje é a segunda no ranking do segmento em acessos. José Luiz de Oliveira Neto, diretor de marketing da farmácia, comenta que a maior parte do tráfego no site da empresa é proveniente de links no Google, site de buscas da internet. “Isso porque focamos nosso trabalho no cadastro dos itens que comercializamos e investimos em parcerias que contribuam para nos proporcionar maior relevância na internet e boa indexação no orgânico dos buscadores”. A Nova Gerty tem uma atuação semelhante. “Estamos em links patrocinados no Google, sites de laboratórios parceiros e redes sociais e blogueiros. Além disso, divulgamos nosso delivery na revista Plena Magazine. São 5 mil exemplares distribuídos em clínicas, consultórios médicos, academias e salões de beleza”, revela Kimu-

“A ideia do delivery de medicamentos é aumentar a venda e não apenas deslocar o atendimento da loja física para os pedidos via internet ou telefone”

ra. Os 60 mil exemplares dos tablóides entregues na cidade também apóiam a divulgação da Nova Gerty. Com um investimento maior, a Vale Verde de Londrina, aproveita as inserções na televisão para divulgar o Entrega Fácil – nome do delivery da rede. “Nossa comunicação também é feita através dos nossos panfletos de preços”, conta Augusto. Na Drogaria Michels, a divulgação tem um reforço especial: os entregadores usam uniforme que lembram o mascote da farmácia. O Super Michels também está presente nos panfletos, anúncios e banners da farmácia. “Essa identificação, cria uma empatia com nossos clientes”, revela o proprietário das lojas catarinenses. Política de entrega Cobrar ou não cobrar? Para tomar essa decisão, o empreendedor tem que ponderar uma série de variáveis, entre elas, o baixo retorno do serviço de entrega. O empresário paranaense da Vale Verde é da opinião de que o bom serviço tem que ser cobrado. “A possibilidade de não cobrar do cliente, ainda que uma taxa simbólica, fica cada vez mais distante em função da margem apertada do delivery”, diz Augusto. Nesse sentido, existem vários níveis em que o empresário pode trabalhar. A isenção de taxa atrelada a um valor mínimo de consumo é a mais usual. Outra possibilidade é vincular a gratuidade a um prazo maior – tempo para traçar uma rota que inclua outras encomendas. Existem também os serviços de entrega com hora marcada a um custo adicional. A Nova Gerty não cobra taxas para a região do Grande ABC e São Paulo, mas os pedidos de outras localidades são entregues pelos Correios, com frete pago pelo cliente. A maioria dos estabelecimentos trabalha com prazos que variam de uma a seis horas, podendo chegar a 24 horas, dependendo do horário em que o pedido foi realizado. A exceção entre os entrevistados é a Drogaria Michel que, com uma zona de abrangência mais concentrada, consegue realizar entregas entre 20 e 30 minutos.


BoaDica CONSUMO CONSCIENTE

Você já ouviu falar de consumo colaborativo? Pois essa é a mais nova forma de obter os produtos que você precisa sem precisar comprá-los. A ideia já é uma realidade nos Estados Unidos e na Inglaterra onde é possível alugar games, livros, instrumentos musicais, roupas, eletroeletrônicos ou ferramentas de outras pessoas pagando apenas uma taxa de utilização. Nos sites que promovem essas operações, qualquer usuário pode colocar seus objetos para locação. O principal conceito da proposta é a desapropriação e desmaterialização como uma maneira de evitar a fabricação de novos produtos e reduzir o impacto sobre o meio ambiente. Se você gostou da ideia, antes de comprar, peça emprestado.

DINHEIRO NOVO

Ano passado, o Banco Central colocou em circulação notas de 50 e 100 reais da Segunda Família do Real. Em 2011, entram em circulação as notas de 10 e 20 reais, e para 2012 estão previstos os lançamentos das cédulas de dois e cinco reais. Já as notas de um real serão gradativamente substituídas por moedas. A nova versão das cédulas brasileiras conta com elementos gráficos e de segurança que impedem falsificações e permitem o reconhecimento por portadores de deficiência visual. Confira as principais mudanças: • Faixa holográfica com desenhos descontínuos que têm suas cores e formas alterados quando movimentados; • Marca d’água com o valor da nota e a imagem do animal; • Número escondido que aparece quando a nota é colocada na altura dos olhos em posição horizontal; • Frente e verso da parte superior esquerda da cédula se complementam formando uma imagem com o valor da nota; • Por causa dos elementos fluorescentes, o valor da cédula se destaca quando colocado sob luz ultravioleta; • As legendas República Federativa do Brasil, Banco Central do Brasil, os numerais com o valor da nota e as laterais são impressas em alto-relevo; • Algumas das figuras das cédulas são formadas por microimpressões do valor da nota. • Tamanhos diferenciados: • 100 reais – 15,6 cm x 7 cm • 50 reais – 14,9 x 7 cm • 20 reais – 14,2 cm x 6,5 cm • 10 reais – 13,5 cm x 6,5 cm • 5 reais – 12,8 x 6,5 cm • 2 reais – 12,1 cm x 6,5 cm gov.br Mais informações: www.novasnotas.bcb.gov.br

DE VOLTA AO COFRINHO

Dez entre dez consultores econômicos garantem que comprar à vista é sempre mais vantajoso do que financiar. Por isso, se você tem um projeto pessoal ou profissional, seja firme na decisão de juntar dinheiro. Algumas dicas dos especialistas: • Organize-se – escolha os itens a serem cortados do seu orçamento para fazer o pé de meia; • Seja disciplinado – sistematize a forma de economizar e “guardar” esse dinheiro; • Priorize a economia – não espere chegar o fim do mês para saber quanto vai sobrar: aplique seu dinheiro assim que o receber; • Resista – evite mexer nas reservas ou retirar o dinheiro da aplicação antes da data recomendada; • Busque informação – consulte o gerente do banco para indicar a melhor forma de aplicação para atingir seu objetivo.

INVESTINDO NA CARREIRA

Investir na formação profissional exige, além de tempo e dinheiro, um bom planejamento. Tudo começa com a escolha da carreira. Depois disso, é preciso identificar os cursos existentes na área escolhida e fazer um levantamento de informações como carga horária, localização, duração do curso e preços. Não se esqueça de incluir na conta os valores das parcelas e dos reajustes, custo com material e opções para bolsas de estudo ou financiamento. Outra dica importante é confirmar se o curso é reconhecido pelo Ministério da Educação. Essas orientações também valem para pós-graduação. Veja os tipos de cursos oferecidos: • Graduação bacharelada - cursos tradicionais, com duração mínima de quatro anos, e divididos em bacharelado, que dá o título de profissional, e licenciatura, que habilita o aluno a ser professor. • Graduação tecnológica - prepara mão-de-obra especializada em diversas áreas e por isso tem uma estrutura mais compacta: a duração varia de dois a quatro anos. • Pós-graduação - para fazer esse curso, é preciso ter um diploma universitário (bacharelado, licenciatura ou tecnológico) reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).



Mercado

A Geração

e os desafios do varejo Eles são impulsivos, dinâmicos, imediatistas, impacientes e adoram experimentar coisas novas.

E

ssa inquietude característica da geração Y - grupo de pessoas nascidas entre 1978 e 1990 - há algum tempo vem sendo objeto de estudo dos pesquisadores sociais, tanto pelos novos padrões culturais que estão agregando à sociedade como pelo comportamento desafiador. Os atributos dessa personalidade forte também estão presentes quando o assunto é

consumo. Aliás, nesse capítulo a palavra de ordem é ambiguidade. Levando-se em conta que a geração Y - ou millennials como são chamados - cresceu com a tecnologia incorporada ao seu cotidiano, é de se esperar que para fazer compras, ela prefira canais virtuais, como o e-commerce por exemplo. Mas não é bem assim. Uma pesquisa realizada em 2009 pela Bridge Research revelou que o pú-

blico consumidor da geração Y prefere a atenção do vendedor na hora da compra. ”Para esse grupo, o tratamento recebido na hora da compra faz toda a diferença: quanto mais individualizado, melhor”, comenta Daniela Fernandez, gerente de planejamento e atendimento da empresa que conduziu a pesquisa. Esse comportamento está ligado a um dos valores

que acompanham essa geração: a individualidade. “São consumidores fortemente impactados pela percepção da exclusividade”. Um exemplo mencionado pela especialista, muito utilizado pelos millennials, são os aplicativos dos sites dos bancos na internet que permitem ao usuário personalizar a página pessoal e definir a disposição dos serviços de acordo com a utilização.


Inovação constante Eis então o primeiro desafio do varejo quando se trata de geração Y: renovar-se sempre para oferecer a esse público a ideia de originalidade. “Como eles estão sempre buscando coisas novas, a empresa não pode passar uma imagem de que está parada no tempo”, aponta Daniela. Outra barreira a ser transposta é a fidelização. “Encantar esse cliente é fácil, difícil é fidelizá-lo. Por estarem sempre abertos às experimentações, a probabilidade de trocar de fornecedor, produto ou loja é muito alta”. A especialista indica como alter-

nativa a associação de eventos que promovam experiências customizadas para instigar o grupo a procurar o estabelecimento constantemente. Algumas coisas, no entanto, permanecem inalteradas. Uma delas é a forma como os millennials gostam de ser atendidos. Eles preferem falar apenas com um atendente, ficam contrariados quando a ligação é derrubada e querem respostas diretas que ajudem a resolver seu problema rapidamente. “São muito impacientes para aguardar respostas e processos e isso faz com que esse grupo tenha baixa re-

QUEM É A GERAÇÃO Y? Pessoas nascidas entre 1978 e 1990 Quais as principais características dessa geração? Impulsividade, dinamismo, imediatismo, impaciência, aberto às novas experiências. Quais os valores da geração Y? Velocidade, liberdade, consumo, individualidade e tecnologia. Como ela compra? Prefere atendimento humano e personalizado. Para a geração Y, a experiência de compra pela internet é demorada, impessoal e limitada. Possui baixa reflexão e toma decisões por impulso. O que atrai esse público? Gosta de adquirir produto ou experiência customizada e ligadas ao bem-estar e inovação tecnológica. O que procura o consumidor Y? Inovação e experimentação. Quais os desafios do varejo para conquistar esse público ? Transmitir imagem de inovação constante e atendimento cada vez mais personalizado. flexão e tome boa parte das suas decisões por impulso”.

COMPOSIÇÃO DO MIX Mais do que marca, a geração Y procura produtos que pareçam individualizados e que estejam ligados à sensação de bem-estar. Como o consumo varia de acordo com a classe social e o público de cada estabelecimento, a composição do mix deve levar em conta a realidade de cada estabelecimento. Na definição dos produtos, observe se... • ...a indústria está promovendo campanhas publicitárias de reposicionamento da marca para o consumidor Y ; • ...os itens de HPC estão ligados ao bem-estar, como no caso dos cremes dentais que prometem sensação de refrescância prolongada; • ...as embalagens oferecem opções individualizadas que podem ser levadas para qualquer lugar; • ...a comunicação do produto possui canais de interatividade como hot site, jogos blogs ou comunidades em redes sociais.

Consumo por prazer O estudo, que envolveu homens e mulheres entre 18 e 30 anos das classes A, B e C também identificou os gastos da geração Y. “O hedonismo é uma característica forte entre as pessoas dessa faixa etária e por isso as compras são muito associadas à descontração e ao bem-estar”, explica Daniela. A classe A gasta a maior parte de seu dinheiro em diversão, roupas e acessórios, higiene pessoal e novidades. Na classe B, as despesas cotidianas são com viagem, lazer, carros ou motos e cosméticos e beleza. Para a classe C, a estrutura de gasto é higiene pessoal, despesas domésticas, estudos, transporte, viagem, roupas e acessórios. A especialista destaca que a diferença de poder aquisitivo e social influencia em aspectos como frequência da aquisição dos itens de conforto, locais de compra e velocidade de acesso às novidades. Adequação no canal farma Embora a pesquisa não inclua dados sobre o mercado de medi-

camentos Daniela diz ter observado que as indústrias do setor estão se renovando em função do consumidor Y. Ela cita como exemplo a nova comunicação da Neosaldina. “Além de se apresentar com uma linguagem mais jovial, os blisters que podem ser levados na bolsa e no bolso agradam pela sensação de individualidade, tão peculiar nesse público”. Daniela lembra, ainda, que o sal de frutas Eno passou recentemente por uma reformulação semelhante. No varejo do canal farma, os movimentos nesse sentido ainda são tímidos, mas, considerando que a geração Y representa boa parcela da população economicamente ativa, dentro de alguns anos, esses consumidores estarão ditando as regras. Por isso, incluir no mix de produtos que já estão sendo reformulados com base nessa tendência - inclusive os itens de HPC - é o passo inicial para estabelecer uma aproximação com os millennials. Diante desse cenário, a lição de casa para qualquer empreendedor que mais cedo ou mais tarde terá que se relacionar com esses consumidores é: pesquise, estude, inove, conquiste.


HPC

HPC na maturidade: atenção é item obrigatório O

Brasil está envelhecendo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os últimos anos estão sendo marcados pela diminuição relativa da população jovem e o aumento proporcional dos idosos. Pelo estudo, enquanto em 2000 o grupo de 0 a 14 anos representava 30% da população brasileira - com apenas 5% composto por maiores de 65 anos -, em 2050, os dois grupos se igualarão em 18%. O crescimento da terceira idade criou no mercado alguns nichos para atendimento das necessidades específicas desse público. São serviços que vão desde pacotes de viagens exclusivos a programas dirigidos em academias de ginástica. O segmento de higiene e beleza também já identificou esse potencial. “O setor de cosméticos vem acompanhando de forma muito dinâmica as mudanças para atender as necessidades desse grupo”, diz Eliana Souza, especialista na área de HPC e treinamento para o varejo de cosméticos.

COMPORTAMENTO DE COMPRA A terceira idade...

Bom atendimento e orientação adequada sobre os produtos mais indicados para a maturidade são itens essenciais.

...vai ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana. ...sai de casa todos os dias. ...sempre pede uma segunda opinião antes de escolher um produto. ...gosta de ser reconhecida como bons clientes. ...opta por produtos ou serviços que priorize sua liberdade.


Não é pra menos. Uma pesquisa realizada pela GFK Brasil em 2003 revelou que 85% da população com mais de 60 anos possui renda própria, sendo que 47% das pessoas do grupo são as principais responsáveis pelas compras. Apesar do considerável poder de decisão sobre o que comprar, muitas vezes o potencial de consumo desse público passa despercebido nos estabelecimentos. “O bem-estar é uma necessidade latente na maturidade”, observa Eliana. “Por esse motivo, é importante que as pessoas que orientam a compra saibam como conduzir as indicações e orientações”. As mudanças do corpo A especialista se refere à qualificação da equipe de vendas que deve se preocupar em co-

nhecer a anatomia e as necessidades do consumidor com mais de 60 anos. “Por se tratar de um público com maior sensibilidade na pele, cabelos, olfato e unhas, os produtos precisam ser ricos em nutrientes, com texturas diferenciadas e sempre com filtro solar, já que a pele tende a apresentar manchas com facilidade”. Outros aspectos como deficiência de minerais, oleosidade, vitaminas e elasticidade também precisam ser observados. “O sabonete, por exemplo, deve ter mais agentes hidratantes em suas formulações para evitar o ressecamento excessivo da pele”. Eliana lembra que como a pele com mais idade perde elastina, colágeno e filme hidrolipídico, os cuidados especiais são uma necessidade. “É o caso dos produtos para as unhas que têm que ser menos agressivos: esmaltes hipoalergênicos e removedor de esmaltes no lugar da acetona”. Tratamentos para fortalecimento das unhas também são indicados para as senhoras da terceira idade. Cuidados com os cabelos Como a fibra capilar também envelhece ao longo do tempo, a estrutura e o volume do cabelo se modificam. Além da perda dos pigmentos naturais que dão a cor, o cabelo perde minerais e melanina. Por isso, a indicação de tratamentos ou coloração deve ser precedida de

A ANATOMIA NA TERCEIRA IDADE Conhecer as transformações do corpo e do comportamento dos consumidores da terceira idade apóia a equipe de vendas no atendimento e indicação de produtos adequados. Veja algumas dessas mudanças: • A pele fica mais clara; • A cicatrização é mais lenta; • Aumenta a sensibilidade ao sol; • O idoso produz menos suor; • Ocorre a perda de tônus e elasticidade, favorecendo as rugas; • Propensão ao aumento de peso e diminuição da massa muscular; • Diminuição da capacidade de absorção de nutrientes e eliminação de gorduras; • Dificuldade sobre o controle motor, coordenação e habilidade; • Dificuldade de equilíbrio; • Suscetibilidade à depressão e mudança repentina de humor.

um diagnóstico. “Existem marcas que trazem itens de tratamento específicos para essa necessidade, recompondo os minerais da fibra capilar e proporcionando uma melhora na estrutura dos cabelos”, ensina Eliana. Detalhe importante: para colorir os cabelos é sempre necessário descobrir se a consumidora possui sensibilidade ao produto. Isso porque algumas pessoas ficam mais sensíveis à amônia ou aos pigmentos do produto. A especialista explica que esse é um dos motivos que leva as consumidoras desse grupo a optar por tonalizantes e rinsagens, mesmo sabendo que eles não cobrem 100% dos fios brancos e não promovem clareamento na fibra. Embora existam no mercado algumas linhas de produtos dirigidas para a terceira idade, Eliana destaca que não há necessidade de criar um espaço no PDV específico para esse público, já que boa parte das linhas existentes no mercado contém opções que também podem ser indicadas para esses consumidores.

É preciso conhecer a anatomia e as necessidades do consumidor com mais de 60 anos

SEU PDV ESTÁ PREPARADO PARA ATENDER OS CONSUMIDORES DA TERCEIRA IDADE? Conhecer as transformações do corpo ajuda na hora de indicar o produto adequado. Eliana Souza, consultora da Canal Farma, indica alguns produtos que não podem faltar no PDV para atender esse público tão especial: • Tratamento facial para pele madura, acima de 60 anos; • Coloração suave, sem amônia; • Removedor de esmaltes sem acetona; • Hidratantes corporais mais potentes, específicos para pele ressecada; • Xampu que retire o amarelo dos cabelos brancos, bem como linha anti age para cabelos; • Sabonetes hidratantes líquido para face e corpo; • Esmaltes hipoalergênicos, sem tolueno e formaldeído; • Desodorantes em creme e roll on; • Filtro solar para face, mãos e lábios com tratamento anti age na formulação; • Batons super-hidratantes com filtro protetor; • Óleos corporais; • Cremes hidratantes potentes específicos para pés, joelhos e cotovelos; • Lavandas para perfumar o corpo.

Consultoria: Eliana Souza Especialista na área de HPC e treinamento para o varejo de cosméticos treinamentoblaster@gmail.com



RaulCandeloro

SOCORRO virei gerente! “

Ao assumir como supervisor, seu primeiro e mais importante desafio é conquistar a confiança e o apoio da sua equipe

U

m dos cargos mais difíceis de assumir é o de supervisor, principalmente quando a responsabilidade é dada a alguém que já fazia parte do quadro de funcionários da própria empresa. Ensanduichado entre um diretor em cima e a equipe embaixo, seja homem ou mulher, este profissional é pressionado por todos os lados. Sem saber o que fazer e, principalmente, sem nenhum treinamento ou experiência, é comum vermos pessoas “jogadas na fogueira” repentinamente, no estilo “tá aqui o desafio - se vira”. Depois de ter recebido vários e-mails perguntando o que fazer numa situação destas, resolvi dar algumas dicas que podem ser úteis para todo mundo: equipe, supervisores, gerentes e diretores. Primeira coisa que todo mundo tem que entender: ao assumir como supervisor, seu primeiro e mais importante desafio é conquistar a confiança e o apoio da sua equipe. Sem isto, projeto nenhum terá sucesso. Muitas vezes o que acontece é que esta reunião, por falta de liderança, vira uma choradeira sem fim, com alguns funcionários mais expressivos reclamando sem parar. Não deixe que isto aconteça e já vá preparado. Como é comum trocar o gerente justamente porque as coisas andam mal, é bem provável que a situação não esteja nada agradável e que todos estejam insatisfeitos. Reuna sua equipe e pergunte: 1) O que eles esperam de você? 2) Qual é a pior coisa que eles acham que você poderia fazer? 3) Que metas eles têm para o ano? 4) Como acham que a empresa pode ajudá-los? 5) Como acham que você pode ajudá-los? 6) O que eles têm feito que tem funcionado bem? 7) O que poderia ser melhorado? 8) O que eles têm que fazer para ajudar a si mesmos? (porque eles têm que ter consciência que não adianta só ficar exigindo dos outros - eles também com certeza vão ter que se engajar).

Ouça todo mundo e não tome partido, muito menos deixe a coisa descambar para a acusação de que a empresa é culpada de tudo. Posicione-se fortemente se precisar, mas sem ser rude ou arrogante (coisa comum em gerentes novatos). Reforce e bata insistente-

mente no que tem de bom, no que está melhorando, em quem está indo bem e o que eles/elas têm feito. Diga que resolverá os problemas um por um (faça uma lista) e, nas reuniões semanais, mostre os progressos realizados na resolução destes problemas. Agora vem a segunda parte, que ninguém faz. Entrevistar seu próprio chefe. Pessoas que têm medo ou vergonha de pedir ajuda são um perigo, sofrem desnecessariamente e pagam um preço muito alto. É impressionante como alguns supervisores assumem um cargo, baixam a cabeça e saem fazendo força sem nem saber para onde estão indo. Uma coisa fundamental neste processo é que seu chefe tenha expectativas claras da sua função e dos resultados esperados. Peça claramente para que “sucesso” seja definido para que, ao conversar com sua equipe depois, você tenha já uma boa noção do que se espera de todo mundo. As perguntas para seu chefe são quase as mesmas: 1) O que ele/ela espera de você exatamente? 2) Qual é a pior coisa que ele/ela acha que você poderia fazer? 3) Que metas a empresa tem para o ano? 4) Que metas pessoais ele/ela tem para o ano? 5) Como ele/ela acha que você pode ajudá-lo/a? 6) Como a empresa vai ajudar a sua equipe? Que recursos internos e externos estarão disponíveis? 7) O que mais ele/ela está fazendo para melhorar seu próprio desempenho como profissional para atingir suas metas? Conversando primeiro com sua equipe e depois com seu chefe (pode inverter a ordem se preferir), com certeza absoluta você já terá informações suficientes e condições de sobra para montar um excelente plano de ataque para saber exatamente com o que está lidando, quais recursos terá disponíveis e, principalmente, como obter sucesso nesta nova empreitada.

Raul Candeloro é palestrante, autor de diversos livros sobre vendas e gestão e editor das revistas VendaMais®, Liderança® e InvestMais®. Formado em Administração de Empresas e mestre em empreendedorismo, é responsável pelo maior portal de vendas e marketing da América Latina:www.vendamais.com.br. Contato: raul@vendamais.com.br


Tecnologia

Novo sistema promete facilitar a rotina na farmácia Lançado em novembro do ano passado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), o Sistema de Monitoramento de Serviços Farmacêuticos (SMSF) promete melhorar a vida dos farmacêuticos que atuam no varejo. O programa, que é gratuito, possibilita o registro e a documentação de todos os serviços prestados pelo responsável técnico do estabelecimento previstos na RDC 44/2009. “Fizemos uma cronoanálise e identificamos que a anotação dos procedimentos relacionados

à atenção farmacêutica exigidos pela resolução da Anvisa demora 45 segundos, quando feita online”, diz Rodrigo Magalhães, presidente do Instituto Adtec, empresa que desenvolveu o projeto. Apesar das vantagens oferecidas, o SMSF possui apenas três mil usuários. Para Magalhães, que também integra a comissão técnica do CFF, os números ainda não são expressivos porque o projeto está em fase de implantação, mas há uma expectativa de adesão de 50 mil farmacêuticos.

De acordo com Danilo Caser, presidente da Federação Interestadual dos Farmacêuticos (Feifar), a resistência da adesão dos profissionais é reflexo de uma série de rotinas que o farmacêutico tem que cumprir e que demandam muito tempo, entre elas os registros no SNGPC. “Por não conhecerem o SMSF, eles imaginam que terão a mesma dificuldade de acesso encontrada no programa da Anvisa para medicamentos controlados”. Caser explica que as propostas e as plataformas tecnológicas são completa-

mente distintas e que não há motivo para não aderir ao sistema do CFF. Cadastro descomplicado Para utilizar o SMSF, a farmácia precisa ter um computador com boa capacidade de processamento, acesso à internet e uma impressora. O equipamento deve possuir um navegador (Internet Explorer, Mozila Firefox ou Chrome) e o visualizador do Adobe Acrobat Reader, softwares gratuitos e fáceis de instalar. Preenchidos esses requisitos, o


O QUE É IMPORTANTE SABER SOBRE O SMSF responsável técnico da farmácia pode fazer seu cadastro pelo site www.smsf.org.br, informando os números dos documentos pessoais e do CRF. Também é necessário incluir dados sobre a empresa para a qual trabalha. O programa permite o acesso de vários farmacêuticos para um único estabelecimento, ou das filiais quando houver, desde que informado o CNPJ de cada uma delas. Atendimento via SMSF Sempre que realizar um atendimento, o farmacêutico precisa selecionar a farmácia para a qual está prestando serviço e em seguida digitar as primeiras letras do nome do cliente. Se o usuário já for cadastrado, o SMSF faz a busca e disponibiliza seus dados. Em seguida, o profissional acessa a página de serviços farmacêuticos, registra as informações relativas ao procedimento realizado e imprime a Declaração de Serviços Farmacêuticos. Concluída a gravação, o sistema volta à tela inicial para nova operação. No caso do primeiro atendimento, o farmacêutico tem que cadastrar o paciente in-

formando endereço, número de documentos, dados pessoais e de saúde. Esse cadastro - que costuma ser mais demorado - fará parte de uma base de dados que pode ser acessada em qualquer farmácia cadastrada, desde que o usuário autorize expressamente a quebra de sigilo sobre os serviços farmacêuticos a que se submeteu. Ou seja, o relatório de histórico do cliente, com referências sobre os procedimentos realizados em um determinado período, só poderá ser liberado se o paciente concordar. Caser, que faz parte do Grupo de Trabalho de Farmácia Comunitária do CFF, garante que, depois que conhecem as escriturações online, os profissionais não querem mais voltar aos registros manuais. “Além de simplificar o trabalho do farmacêutico, o paciente se sente valorizado pelo atendimento personalizado”. Registros informatizados A nova ferramenta também disponibiliza os Livros de Registro de Serviços Farmacêuticos, organizados por ordem decrescen-

Desenvolvido especificamente para o varejo farmacêutico, no próximo ano o programa deverá ter versões adaptadas para os segmentos de farmácias públicas e hospitalares

Ao mesmo tempo em que qualifica o atendimento aos usuários, o Sistema de Monitoramento de Serviços Farmacêuticos favorece a fidelização dos clientes e contribui para a construção de uma imagem positiva do estabelecimento junto à população. Mas ao optar pelo sistema, é importante observar alguns aspectos.

DICA Recursos tecnológicos

Para que o sistema seja ágil, a configuração do equipamento é muito importante. Escolha um computador com boa capacidade de processamento.

Disponibilidade

Verifique se o equipamento destinado ao SMSF estará disponível para os registros no momento do atendimento ou se será utilizado por vários usuários em aplicativos distintos. O ideal é que o computador seja exclusivo para o sistema.

Local para atendimento

Durante o atendimento, algumas informações pessoais dos usuários são transmitidas. Cuide para que o local escolhido para a instalação do equipamento garanta privacidade na hora do registro.

Cadastro dos usuários

O primeiro cadastro do usuário demora aproximadamente 10 minutos e exige número do CPF. Divulgue essa informação entre os clientes no material informativo do estabelecimento. Lembre-se que é nessa etapa que o usuário autoriza o acesso às informações de seu cadastro.

Atendimento

O registro do serviço farmacêutico para clientes cadastrados leva cerca de um minuto. Como o sistema é relativamente novo, eventualmente surgem falhas. Nesse caso, repita a operação.

Banco de dados

O SMSF armazena um banco de dados com informações sobre seus clientes. Utilize esses dados para subsidiar campanhas como aferição de pressão ou orientação sobre uma determinada ocorrência, como o surto de uma doença.

Divulgação

O SMSF é um benefício oferecido pelo seu estabelecimento. Divulgue-o entre seus clientes.


Tecnologia SERVIÇOS

Além de permitir a inclusão dos serviços farmacêuticos, o SMSF emite os Livros de Registros para cada um deles. Saiba quais procedimentos podem ser inseridos no sistema: • Aferição de pressão arterial; • Determinação da glicemia capilar; • Aplicação de medicamento injetável; • Colocação de brinco; • Avaliação e/ou acompanhamento farmacoterapêutico; • Aferição de temperatura corporal; • Nebulização.

CONSULTAS A TEXTOS TÉCNICOS

O SMSF disponibiliza acesso às seguintes bases de consulta: • CEBRIM (Centro Brasileiro de Informações sobre Medicamentos); • PR-Vade Mecum (Dicionário de Especialidades Farmacêuticas); • Textos de educação continuada em processos técnicos farmacêuticos. te de datas com todos os dados sobre os serviços realizados. Os relatórios podem ser emitidos por procedimento especifico ou informações gerais sobre os atendimentos. O nível de detalhamento do relatório é escolhido pelo responsável técnico na hora de organizar os livros. Depois que tiver um número representativo de adesões, os gestores do banco de dados do programa poderão consolidar informações estatísticas de saúde pública no setor de farmácias comunitária. “Teremos informações consistentes para subsidiar os órgãos do governo na definição de projetos da área”, estima Magalhães. O sistema já foi apresentado ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que prometeu incentivar a adesão junto aos estabelecimentos. “Com o SMSF o alcance e o impacto dos serviços farmacêuticos para a população poderão

ser mensurados e servirão de subsídios até mesmo para fundamentar reivindicações da categoria”, comemora o presidente da Feifar. Uma das idealizadoras do programa, a Federação tem procurado divulgar seus benefícios junto às entidades representativas da categoria e aos sindicatos patronais. “Acreditamos que quando o farmacêutico qualifica seu serviço, ele fideliza o cliente e isso é bom tanto para a saúde pública, quanto para o aspecto comercial”, argumenta Caser. Novas versões O presidente do Instituto Adtec destaca que o sistema está sendo aperfeiçoado e que num futuro próximo será uma referência na busca de informações profissionais. Ele revela que recentemente o aplicativo PR Vade-Mécum foi incluído

“Acreditamos que quando o farmacêutico qualifica seu serviço, ele fideliza o cliente e isso é bom tanto para a saúde pública, quanto para o aspecto comercial” na base de do SMSF para que o profissional tenha à mão as informações sobre os fármacos. Desenvolvido especificamente para o varejo farmacêutico, no próximo ano o programa deverá ter versões adaptadas para os segmentos de farmácias públicas e hospitalares. “Esta é uma das demandas que estamos rece-

bendo dos Conselhos Regionais de Farmácia”, diz Magalhães. Outras sugestões, como a inclusão de campo específico para o registro de informações sobre resultado dos exames de análises clínicas, estão sendo avaliadas pelo Grupo de Trabalho de Farmácia Comunitária do CFF.

TIRE SUAS DÚVIDAS O que é necessário para acessar o SMSF?

• Computador com boa capacidade de processamento; • Acesso à internet; • Impressora; • Softwares: navegador (Internet Explorer, Mozila Firefox ou Chrome) e o visualizador do Adobe Acrobat Reader.

Como é feito ao acesso ao sistema?

O sistema está disponibilizado no site www.smsf.org.br.

Quem pode se cadastrar?

Farmacêuticos com CRF ativo que estejam atuando em farmácias comunitárias.

Quais os documentos necessários do responsável técnico?

Na hora do cadastro, é preciso informar os números: • Documento de identidade; • CPF; • CRF; • CNPJ da empresa e/ou das filiais.



SuaSaúde VACINAÇÃO É COISA DE ADULTO

Em 2010 o país registrou 73 casos de sarampo em adultos. Por conta disso, as autoridades sanitárias estão recomendando aos brasileiros com viagem programada para a Europa ou Estados Unidos que procurem um posto de vacinação para a imunização, já que as manifestações da doença no Brasil foram trazidas por pessoas que passaram por países com surtos de sarampo. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina tríplice viral, que também evita rubéola e caxumba, deve ser ministrada em mulheres com idade entre 20 e 49 anos e homens de 20 a 39 anos de idade.

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM LAPTOPTITE?

Dores constantes na cabeça e articulações como ombros, cotovelos, punhos e coluna podem ser sinal da mais nova doença dos tempos modernos: a laptoptite. Estudo realizado por pesquisadores da Boston University Sargent College concluiu que o uso prolongado de notebook pode causar diversas inflamações em função da má postura na utilização do equipamento. Por causa do formato, o laptop obriga o usuário forçar o pescoço e tensionar ombros e coluna, principalmente quando utilizado em locais pouco convencionais como cama ou sofá. A falta de apoio no teclado deixa os punhos mais tensos e altera a circulação sanguínea na hora da digitação. Para usar os laptops de forma adequada, os especialistas recomendam acoplar um teclado e um suporte que permita elevar a tela à altura dos olhos. Detalhe importante: os riscos aumentam na mesma proporção em que os aparelhos diminuem.

FOME OU ANSIEDADE?

Descontar o stress do dia a dia na comida é um hábito que pode prejudicar a saúde. Além do sobrepeso, o comedor compulsivo corre o risco de desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca e aumentar os níveis do colesterol ruim no organismo. Se você sente ansiedade por comida, saiba que o primeiro passo é identificar esse comportamento e mudar a rotina. Veja algumas dicas: • Quando sentir muita vontade de comer entre as refeições, escolha alimentos saudáveis como frutas, legumes ou iogurte; • Faça caminhadas regularmente. Além de mantê-lo distante dos alimentos, a atividade física aumenta os níveis de serotonina, que ajudam diminuir a ansiedade; • Procure seguir a recomendação dos nutricionistas e se alimentar a cada três horas; • Evite comer na frente da televisão ou do computador.

JÁ PRA CAMA!

Um estudo desenvolvido por médicos israelenses apontou a qualidade de sono como um dos

principais fatores do bom desempenho sexual. De acordo com a pesquisa, que envolveu 60 pacientes com quadro de disfunção erétil e apnéia do sono, 20% dos homens que dormiram com um dispositivo especial para diminuir as interrupções de respiração durante o descanso noturno afirmaram que a qualidade das relações sexuais melhorou após o tratamento. O estudo indicou ainda que 10% dos homens acima de 40 anos sofrem de distúrbios do sono.

ALERTA PARA OS ANSIOLÍTICOS

De acordo com dados da IMS Health, o consumo do ansiolítico clonazepam cresceu 41,9% no Brasil entre 2006 e 2010. A popularização desse tipo de medicamento está relacionada ao alívio imediato dos sintomas de ansiedade e estresse. Existem relatos de mulheres que tomam pequenas doses do ansiolítico simplesmente para amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual, sem atentar para os riscos de dependência química e psicológica. Indicados para casos mais graves como síndrome do pânico ou estresse pós-traumático, os benzodiazepínicos têm sido prescritos em substituição aos antidepressivos, cujos efeitos colaterais são mais acentuados.

TIM TIM

Mito ou verdade? Desde o século XIX, os médicos estudam as propriedades do vinho na redução dos riscos de doenças cardiovasculares. A descoberta, feita durante autópsias realizadas em cidadãos franceses, revelou que, embora acostumados à dietas ricas em gorduras, boa parte deles não possuía artérias obstruídas por causa do ingestão rotineira de vinho. Duzentos anos e muitos estudos depois, já se sabe que o vinho não é bom apenas para o coração. Um cálice diário contribui para aumentar o bom colesterol, evitar a oxidação das células e melhorar a circulação.



RecursosHumanos

Emoções sob controle

Saber administrar o comportamento e as emoções no ambiente de trabalho é fundamental

A

inda não é possível mensurar o quanto de razão e o quanto de emoção o indivíduo emprega em cada uma de suas atitudes, mas o certo é que tanto uma quanto a outra influenciam o tempo inteiro o comportamento humano. No ambiente profissional, essa associação pode repercutir positiva ou negativamente, dependendo da prevalência das características da personalidade. “Para as pessoas que aten-

dem o público com frequência, saber administrar as emoções é fundamental”, afirma a consultora em comportamento organizacional Eunice Abolafio. “O descontrole causado por reações impulsivas dificulta a busca por soluções”. Ela cita como exemplo uma situação em que um cliente nervoso procura o atendente para fazer uma reclamação: “Se o funcionário não tiver autocontrole, pode levar a discussão

para o lado pessoal e entrar em um conflito desnecessário”. Nesse caso, o melhor a fazer é entender que o insulto de um cliente revela o descontentamento circunstancial e não a intenção de ofender a pessoa que o está atendendo. Pode parecer fácil, mas não é. Ainda hoje é grande o número de profissionais que são contratados por causa dos conhecimentos técnicos e demitidos por questões comportamentais.

Para Eunice, contribui com esse cenário a estrutura educacional no país que não estimula as pessoas a desenvolverem a inteligência emocional. “O profissional que tem autocontrole consegue lidar melhor com gerenciamento de conflitos, pressão por prazos ou um simples imprevisto no ambiente de trabalho”. A busca do equilíbrio O desafio, portanto, é a bus-


REFLEXÕES PARA O AUTOCONHECIMENTO Conhecer detalhadamente o portfólio de produtos, dominar técnicas de venda, estar atento às mudanças na legislação sanitária são algumas das exigências dos empresários na hora de contratar funcionários na farmácia. O componente inteligência emocional raramente é levado em conta. Com a ajuda de especialistas, é possível criar dinâmicas ou exercícios que simulem situações reais e que exijam flexibilidade no relacionamento. “Mas é só no dia a dia, quando estão diante de situações reais de conflito no ambiente de trabalho, é que a identificação dos comportamentos e reações dos colaboradores é percebida”, aponta Carlos Cruz, coach executivo e de equipes. Cruz lembra que todos possuem inteligência emocional, ainda que em níveis distintos. “É a busca pelo amadurecimento que vai contribuir para melhores resultados em todos os aspectos”. A partir da teoria de Daniel Goleman autor do livro Inteligência Emocional - o consultor propõe algumas reflexões. São questionamentos que instigam o autoconhecimento e ampliam a percepção e o controle das emoções. • EU ME CONHEÇO – Pare alguns minutos antes de enfrentar um desafio que gere alguma tensão emocional e pergunte-se: Qual é a emoção que estou sentindo neste momento? Como eu posso pensar e agir diferente nesta situação? • EU ME GERENCIO – Pergunte-se frequentemente: Qual comportamento construtivo eu posso ter agora para alcançar meu objetivo? • MOTIVAÇÃO – Reflita: Suas decisões são motivadas pelo medo de perder ou pela esperança de ganhar? O que você precisa fazer para alcançar seu objetivo? • EU CONHEÇO OS OUTROS – Faça uma lista das qualidades, talentos e dificuldades das pessoas ao seu redor. Identificar as pessoas que tem poder e influência nos relacionamentos com a sua equipe pode ajudar no seu próprio posicionamento. Pense também nas ideias pré-concebidas que você tem do seu chefe, clientes e liderados. • EU GERENCIO OS OUTROS – Aproveite para refletir sobre algo importante que deseja comunicar e se pergunte: O que é mais importante nesta mensagem para mim? E para os outros? Pense, ainda, se existe uma melhor maneira de dizer o que deseja.

ca do equilíbrio entre razão e emoção. “A maturidade emocional nem sempre está ligada à idade, mas às experiências de vida e à disposição de cada um para o autoconhecimento”, diz Eunice. A consultora destaca que um importante passo em busca da inteligência emocional é estar alerta às próprias emoções, observando quais as reações que elas desencadeiam. A partir dessa consciência, é possível

ampliar a percepção de si mesmo e aprender a gerenciar os conflitos internos. No ambiente de trabalho, o líder pode apoiar o desenvolvimento da equipe nesse aspecto com iniciativas simples. “Ao perceber que um dos colaboradores está mais irritado, o gestor pode chamá-lo para uma conversa sobre os motivos que o estão incomodando e, se for o caso realocá-lo para outra função”, sugere Eunice.

TESTE

SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Veja o teste desenvolvido por Denize Dutra, consultora do Instituto MVC: Sou uma pessoa... 1) ...que persiste quando está frente a um novo desafio, não desistindo nas primeiras dificuldades . ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Jamais 2) ...que procura se colocar no lugar do outro, sendo compreensiva em relação aos momentos difíceis de outra pessoa. ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Jamais 3) ...que consegue manifestar suas emoções de acordo com as pessoas, situações e o momento oportuno. ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Jamais 4) ...que consegue controlar suas emoções, mantendo a calma nos momentos difíceis. ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Jamais 5) ... que tem uma visão realista de si mesmo, com adequada percepção de suas potencialidades e limitações. ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Jamais

6) ...que consegue superar seus sentimentos de frustração quando alguma coisa não dá certo, procurando aprender com as experiências negativas. ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Jamais 7) ...que quando tem alguma dificuldade com outra pessoa, procura conversar diretamente com ela, evitando fofocas e mal entendido. ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Jamais 8) ... que é muito difícil perder a paciência com as pessoas de que gosto. Se perco, logo recupero e me arrependo de ter perdido. ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Jamais 9)... que consegue expressar suas opiniões de forma clara e percebe que é ouvida com atenção. ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Jamais 10) ... que se sente segura diante das outras pessoas. ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Jamais *Confira o resultado na página seguinte!


RecursosHumanos

RESULTADOS

TESTE SUA INTELIGÊNCIA MENTAL Ma Maturidade M aturidade emocional em mocional Não existe uma técnica específica para identificar o grau de maturidade emocional de um candidato. ”Em estruturas enxutas, a experiência do entrevistador é que conta na hora de contratar”, observa Eunice. Para as empresas de médio e grande porte existem algumas dinâmicas conduzidas por especialistas que podem aumentar o grau de assertividade na escolha do postulante a uma vaga. Embora pouco utilizadas, já que a maior parte dos processos seletivos não inclui testes de competências comportamentais, elas auxiliam no reconhecimento de características importantes da personalidade. Uma delas é a gravação em vídeo do candidato em uma situação de conflito, como o atendimento a um cliente estressado, representado por um ator ou pelo facilitador. A partir da análise da reação dos entrevistados, o avaliador consegue identificar seu perfil comportamental. Outra prática é a discussão, em grupo, de temas polêmicos e situações inusitadas ou imprevistas. Nesse caso, o especialista propõe o assunto, observa e anota os comportamentos detectados. Ao final da dinâmica, ele aponta as principais características da personalidade dos candidatos. Perguntas por escrito não são as mais adequadas para reconhecer o amadurecimento emocional do postulante a uma vaga. “Como no teste escrito existe mais tempo para formular as respostas, fica difícil distinguir se a conduta relatada é a que efetivamente será adotada em uma situação real”, conclui Eunice. Ainda assim, existem ferramentas que podem apoiar o reconhecimento das competências emocionais. Denize Dutra, consultora sênior do Instituto MVC, desenvolveu um teste em que o entrevistado é convidado a fazer uma autoanálise. Com base nos resultados obtidos, a consultora indica os aspectos a serem trabalhados.

JAMAIS 1

RARAMENTE 2

ÀS VEZES 3

QUASE SEMPRE 4

SEMPRE 5

41 a 50 pontos Sua inteligência emocional é bastante alta. Você não deve ter dificuldades para fazer amigos, e nem de relacionar-se com os outros de forma harmoniosa e produtiva. 31 a 40 pontos Sua inteligência emocional é bastante desenvolvida , mas se você aprender a observar atentamente as pessoas poderá desenvolvê-la ainda mais. 21 a 30 pontos Sua inteligência emocional precisa “deslanchar” . Converse um pouco mais consigo mesmo, ouça o que os outros dizem com sinceridade de você. Treine seus sentimentos de empatia e aprenda a observar com mais respeito os defeitos de outras pessoas. 11 a 29 pontos Seu grau de empatia e relacionamentos não é bom. Procure ouvir mais e falar menos. Saiba gostar até mesmo de particularidades que outras pessoas apresentam e que você critica. 10 pontos ou menos Sua inteligência emocional é bastante baixa. Procure compartilhar mais seus sentimentos e ideias. Acredite que melhorar seus relacionamentos não é difícil, mas exige trabalho persistente, e muita disponibilidade para o outro. Procure aprender com todas as experiências, mesmo que sejam negativas, evitando repetir situações que promovam frustrações.

RELACIONAMENTOS DE QUALIDADE Foi a partir da identificação de como razão e emoção interagem na construção da mente que Daniel Goleman desenvolveu a teoria de seu livro. Para o autor, essa característica do comportamento humano é responsável pela qualidade dos relacionamentos em qualquer ambiente. Conceitualmente definida como a capacidade de gerenciar as próprias emoções, a inteligência emocional envolve cinco dimensões: • Autoconsciência – percepção das reações provocadas por determinadas situações; • Autogestão – capacidade de administrar as próprias reações; • Automotivação – canalização da emoção para um objetivo; • Consciência social – reconhecimento das emoções das outras pessoas; • Administração dos relacionamentos – capacidade de administrar comportamentos e reações nas relações interpessoais. Importante lembrar que essas dimensões não se esgotam. Afinal, quando o assunto é comportamento humano, o processo de aprendizado é contínuo.



Divirta-se DOMINÓ

RIR É O MELHOR REMÉDIO Uma loira entra numa loja e vê uma coisa brilhante. - O que é isso? - pergunta ela. - Uma garrafa térmica - responde o vendedor. - E o que ela faz? - pergunta. O vendedor explica: - Ela mantém frias as coisas frias e quentes as coisas quentes. A loira compra a garrafa térmica e no dia seguinte a leva para o trabalho. Seu chefe, estranhando o objeto brilhante, pergunta o que é. - Uma garrafa térmica - responde ela. - E o que faz? - pergunta. - Mantém quentes as coisas quentes e frias as coisas frias. - responde a loira. O chefe pergunta: - E o que tem dentro? A loira, satisfeita, diz: - Duas xícaras de café e um suco gelado.

PÁRA-CHOQUE Água mole em pedra dura, tanto bate até que acaba a água.

De onde menos se espera é que não sai nada mesmo.

Devagar se vai ao longe, mas demora um tempão! • protege o fígado • fraqueza • função dificultada ou anormal • diminui a resposta imunológica • aumenta a excreção de leite • medo exagerado de doença; preocupação doentia com a saúde • doença do caramujo • formação de leite • refere-se à velhice; idoso • relaxa os músculos dos vasos (artérias e veias); aumenta o calibre dos vasos • provoca vermelhidão, pele vermelha • ação de queimar

SUDOKU 1 4

Dinheiro não traz felicidade, mas ajuda a sofrer em Paris!

2

1 5

8

9

4

3 5 6 4

6

7 2

8 9

7 6 8

9 5 7 4

6

5

1

2 1

1

3

4

8

6 3

3

2

3

7

3

2 7 1

Duas palavras que abrem muitas portas: Puxe e Empurre.

1

2

4 2

7 1

9 8

Respostas na próxima página

CHARADAS 1. No mato é bicho, na cidade é serviço e na estrada é um perigo? 2. O que significa dois pontos pretos no microscópio? 3. Por que o elefante é cinza, grande e enrugado? 4. Qual é a forma geométrica de uma onça morta? 5. Qual o santo protetor dos banheiros?


AlmanaqueFarma A botica da realeza Logo que é ingerido, o medicamento passa por quatro etapas simultâneas no organismo, até ser eliminado completamente. Relacione corretamente as etapas, envie a resposta para reportagem@canalfarma.com.br e concorra a um brinde exclusivo. 1. É a eliminação do fármaco do organismo e pode se dar por meio de lágrimas, saliva, suor ou fezes, de acordo com as características da substância.

( ) Biotransformação

2. É a transformação do fármaco em outra substância, por meio de alterações químicas.

( ) Excreção

3. É a passagem de um fármaco da corrente sanguínea para os tecidos. É influenciada por fatores fisiológicos e pelas propriedades da substância.

( ) Absorção

4. É a passagem do fármaco do local em que foi administrado para a circulação sistêmica e o transporte das substâncias através das membranas biológicas.

( ) Distribuição

A Granado Pharmácias é a botica em funcionamento mais antiga do Brasil. Fundada em 1870 no Rio de Janeiro pelo português José Antônio Coxito Granado, ela era a Fornecedora Oficial da Corte, título conferido por Dom Pedro II, amigo pessoal do boticário. Com produtos à base de extratos vegetais de plantas, ervas e flores cultivados no sítio do fundador, a farmácia também adaptava as fórmulas importadas da Europa às necessidades dos brasileiros. O carro-chefe da empresa, o Polvilho Antisséptico, só foi criado 33 anos depois da fundação da botica pelo irmão de Coxito, João Bernardo Granado. Atualmente, a rede possui sete lojas – entre Rio de Janeiro, São Paulo, Belém e Brasília – e uma fábrica no Pará onde são produzidos os sabonetes em barra.

Pérolas da farmácia A criatividade sem limites das propagandas de remédios criou verdadeiras pérolas de publicidade que viraram referência para pesquisadores e estudantes de publicidade. Para sensibilizar o consumidor, valia desde depoimentos verídicos até versinhos que viravam bordão. Veja alguns deles: Alka-Seltzer Existe apenas um E como Alka-Seltzer Não pode haver nenhum

Melhoral, Melhoral É melhor e não faz mal

Pastilhas Valda, Pastilhas Valda Contra tosse e rouquidão Pastilhas Valda, Pastilhas Valda Outra eu não quero não Pílulas de vida do Dr. Ross Fazem bem ao fígado de todos nós

Galeria

O novo comprimido alemão Elimina todas as dores É absolutamente inofensivo Não deprime o coração As rosas desabrocham, Com a luz do sol E a beleza das mulheres, Com o Creme Rugol

RESPOSTAS DOS PASSATEMPOS

Farmacêuticos que entraram para a história

DOMINÓ

August Oetker

Farmacêutico alemão nascido em 1862, a ele é atribuída a invenção do fermento em pó. Dono de uma farmácia em Bielefeld, na Alemanha, que serviu de laboratório para seus experimentos, Oetker passou a comercializar o produto sob a marca Backin. Vendidos em sachês próprios para 500 gramas de farinha, o fermento em pó ficou popularizado por causa do preço acessível e da forte campanha de divulgação. Anúncios em jornais, impressão de receitas nos rótulos do produto e distribuição de livros de receitas foram algumas estratégias utilizadas pelo farmacêutico empreendedor. O invento deu início, em 1891, à indústria de alimentos Dr. Oetker que começou as atividades com misturas para bolos e sobremesas e mais tarde ampliou o segmento de atuação para serviços financeiros, hotéis, bebidas e transportes marítimos.

SUDOKU

CHARADAS 1-Barbeiro; 2-Uma blacktéria e um pretozoário; 3-Porque se ele fosse branco, pequeno e liso seria uma aspirina; 4-Ex-fera; 5- São Nitário





Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.