Primeira Linha #2

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Primeira Linha

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Ano I | Número 2 | Agosto de 2009 | Bauru | Campinas | Mirassol | São José do Rio Preto | Valinhos

Escolha a sua carreira Nos próximos meses, estudantes de toda parte do país passarão pela mesma experiência: a maratona para o vestibular. Ao ouvir falar sobre o vestibular, muitas pessoas imaginam, rapidamente, um estudante prestando provas e mais provas, resolvendo exercícios com os mais variados níveis de dificuldades e, algumas vezes, nas mais adversas situações, como carteiras inadequadas, o barulho do ventilador e o sol queimando no braço próximo à janela. Sim,

vestibular é tudo isso e muito mais. Mas tenha calma, ele não precisa ser como as pessoas o fazem parecer. O vestibular começa bem antes do dia da prova, faz parte de uma etapa de amadurecimento cujo processo pode ser vivido naturalmente pelo estudante, sem dificuldades para os alunos preparados, tranquilos e conscientes de cada uma das suas etapas. Antes mesmo da escolha pela carreira, aparece em cada uma das pessoas aquilo

que os especialistas chamam de “vocação”. A palavra tem origem latina e significa “convite”. É como se todos tivessem recebido um “convite” para atuar, em algum momento, em uma das infinitas variedades de atividades que o ser humano é capaz de exercer. Em nossa sociedade, em um determinado momento, todos os jovens são “convidados” a oficializar suas aptidões. É aqui que começam as crises e os estudantes enfrentam a parte negativa de uma escolha

que aconteceria, de qualquer maneira, de forma natural. Grande parte dos alunos realiza suas escolhas primeiramente no papel, no momento em que fazem a inscrição para o vestibular. Claro que dessa maneira o processo de amadurecimento e de desenvolvimento de aptidões passa por uma crise. Está caracterizada a crise do vestibular, que atormenta milhões de estudantes todos os anos.

E agora, qual carreira?

que o estudante sofre diversas pressões, sejam familiares, sejam institucionais: “A família, muitas vezes, exerce forte influência não apenas na opção pela carreira, mas até sobre qual universidade se matricular. São pressões que carregam o cuidado e atenção para com os filhos, mas, algumas vezes, exercidas de maneira prejudicial ao processo natural de escolha e amadurecimento dos estudantes. As intenções, por melhor que sejam, precisam ser trabalhadas de maneira eficiente e com muito cuidado. Os pais são parceiros, devem auxiliar os filhos, mas sem influenciá-los nas escolhas. Isso trabalha a ansiedade no sentido de facilitar a escolha do jovem. Uma outra forma de participação não direta, é estimulá-los a procurar o serviço de orientação vocacional para maior segurança durante todo o processo do vestibular”. No processo de escolha, o trabalho de orientação aos estudantes equilibra diversos

aspectos pessoais e profissionais. É importante que se tenha colocação no mercado de trabalho, boa remuneração, reconhecimento profissional, mas também é preciso que os sonhos de cada um sejam escutados, assim como esclarecida a sua vocação. Tais cuidados são fundamentais para diminuir as pressões que por ventura existam.

transformá-los, positivamente, de maneira a contribuir em seu processo de escolha. Fatores como concorrência de cursos, remuneração média da profissão, o enaltecimento pela mídia de carreiras “na moda”, são algumas das armadilhas que o estudante enfrenta em sua caminhada: “O vestibulando precisa ter em mente que se trata do seu futuro. Portanto, é necessário que suas escolhas partam de seus anseios e daquilo que é possível identificar em suas aptidões”, afirma a psicóloga. Uma boa orientação para a escolha de uma car reira é conhecer o cotidiano de trabalho das profissões visadas pelo candidato. Conversar com conhecidos, falar com pessoas que já passaram por esse amadurecimento e por essa fase de escolha é muito tranquilizador, pois oferece um panorama próximo ao que o estudante vivenciará em sua carreira profissional.

Dúvidas existem aos montes: que carreira seguir? Em qual universidade? Por vocação ou por espaço no mercado de trabalho? Ser ou não ser? Agir assim é quase uma tragédia shakespeariana... Todos devem se tranquilizar, afinal, é uma dúvida, que certamente, atinge milhões de jovens todos os anos, e é assistida e trabalhada por profissionais de diversas áreas. Para oferecer o suporte nesse sentido, alguns colégios mantêm um departamento de Orientação Vocacional, com psicólogos especializados. As unidades próprias da Seta são exemplos desse cuidado com o vestibulando. Em Bauru esse trabalho é realizado pela psicóloga Mariana Marzoque e em Campinas, por Deise Gonçalves. Já em São José do Rio Preto e Mirassol, há mais de 20 anos, a psicóloga Maria Teresa Chueire realiza orientação vocacional. Ela explica

viagem DIÁRIO DE BORDO A professora Sônia Mozer continua sua jornada pela Itália quando visita o famoso e histórico Coliseu e dá uma aula de cultura em dia agitado por conta de uma passeata de protesto em Roma. Leia mais na página 6.

faculdades PROGRAME-SE A coluna “Conheça as universidades” traz nesta edição duas renomadas e muito procuradas instituições: USP e UFSCar. E mais: o calendário de datas dos principais vestibulares do ano. Leia mais na página 5.

Influências no processo de escolha O indivíduo social é, a todo momento, alvo de diversos fatores que agem de maneira a influenciar, positiva ou negativamente, tanto o comportamento quanto as escolhas pessoais. Para Chueire, o aluno tranquilo, bem preparado, que planeja seu crescimento, está mais capacitado para passar por esses fatores e

integração PROJETOS O Colégio Seta mostra o sucesso de alguns de seus projetos (esportivos, musicais, virtuais, etc) implementados visando a uma integração maior entre os alunos, professores e escola. Leia mais na página 3.

AQUI DENTRO Santiago Garcia/SETA


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