Primeira Linha
© Bongani Nkosi, MediaClubSouthAfrica.com
l jorna
Ano II | Número 6 | Junho de 2010 | Bauru | Campinas | Mirassol | São José do Rio Preto
A Copa do Mundo é nossa Amantes da Copa do Mundo de Futebol da FIFA estão na expectativa de uma das Copas mais aguardadas dos últimos tempos. A primeira edição no continente africano fará da África do Sul um palco para ver quem dará o melhor show. Acompanhe tudo e boa leitura. Falar que "a Copa do Mundo é nossa" não é de todo errado e até faz sentido. Saiba que o Brasil é o único país do mundo, da galáxia, do universo, enfim, que participou de todas as Copas disputadas até hoje. E tudo começou aqui pertinho, no Uruguai, na ponta de baixo do nosso continente lá pelos anos 30. Não começamos nada bem, afinal o Brasil perdeu sua primeira partida na primeira Copa do Mundo, ainda nas 8ªs de final, contra a Iuguslávia. Perdeu por 2x1. Dizem que um desentendimento entre times de São Paulo e do Rio de Janeiro acabou por deixar os melhores jogadores de fora. O que não é novidade, afinal vários deles ficam de fora até hoje, mesmo com seus times ganhando importantes campeonatos. Mas dizer que "quem ri por último ri melhor" até faz sentido: nesta Copa de 2010, na África do Sul, a seleção brasileira entra no torneio como a única equipe pentacampeã do mundo, da galáxia... E isso faz muita diferença. Tanto que a nossa seleção é uma das mais conhecidas pelo mundo, é tida como carismática, qualidade reforçada pela alegria do nosso povo e pelo nosso desempenho em campo.
Depois da Copa do Uruguai, foram realizadas mais duas: a da Itália em 34, e a da França em 38. Houve, então, uma década de silêncio nos jogos, provocada por pessoas e situações que levaram para fora do campo suas diferenças, causando a II Grande Guerra, incontáveis mortes e anos de silêncio nos gramados. A volta do torneio aconteceu em 50, aqui mesmo, no Brasil, com a final disputada entre nós e nossos vizinhos uruguaios. Perdemos, por 2x1, em pleno Maracanã. Nossos gritos foram ouvidos logo mais, em 58, quando, enfim, ganhamos nossa 1ª Copa do Mundo, contra a Suécia, na própria Suécia, o que deu um gostinho a mais. O placar também deu outro gostinho, 5x2, gols de: Vavá (2 gols), Zagalo e Pelé (2 gols). E para aqueles acostumados com a seleção canarinho e nosso bom e velho uniforme amarelo, uma lembrança: nosso primeiro título foi conquistado com o uniforme reserva, o azul. Quatro anos depois, em 62, já acostumada com o glamour de ser uma campeã, a seleção brasileira faz todo seu povo chorar, novamente de alegria: vitória na final contra a Checoslováquia por 3x1, lá em Santiago, no Chile. Então se passaram mais
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alguns anos e, em 70, o Brasil vence a Itália na final por 4x1 e conquista a taça Jules Rimet, entregue à seleção pelo tricampeonato, de 30cm de altura, 3,8kg de ouro maciço. A taça, que já havia sido roubada em 66, na Inglaterra, e que foi encontrada por um cão durante um passeio com seu dono, seria roubada novamente em 82, aqui mesmo, no Brasil, mais exatamente na sede da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, enquanto uma réplica sua estava seguramente trancada em um cofre. A quarta copa conquistada pelo Brasil foi em 1994, nos EUA, contra a Itália. Dessa a maioria lembra: foi para os pênalts, e ver o jogador italiano Roberto Baggio, de uniforme azul e número 10, chutar a bola para cima do gol e dar a vitória para nós não teve preço. Em 94, o Brasil não era tido como favorito e passou apertado pela classificação para disputar a Copa. Foi a primeira Copa de Ronaldo (ainda jogador reserva), e Romário estava no auge de sua carreira, recebendo da FIFA o prêmio de melhor jogador do mundo daquele ano. Depois veio o que nos difere de qualquer outra equipe deste globo: o pentacampeonato, em 2002, na Coreia do Sul e Japão: vitória por 2x0
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contra a Alemanha. Ronaldo, depois de meses parado e três cirurgias no joelho, foi convocado pelo treinador Felipão, mesmo sob críticas, e mostrou em campo por que foi eleito três vezes o melhor jogador do mundo. A campanha brasileira foi marcada, então, pela volta dos triunfos da seleção nos gramados e pela garra, uma vez que, na edição anterior, na França, o Brasil, mesmo favorito, havia feito uma péssima e duvidosa final contra os franceses. Agora, a boa e velha seleção canarinho se prepara para a África do Sul. O técnico Dunga, capitão, e uma das figuras principais da conquista de 94, e o seu trabalho juntamente com os jogadores em campo, colocou a seleção em primeiro lugar na fase classificatória. Tem um time já completo e testado e só deve contar com mudanças no elenco em alguma eventualidade grave (os meninos da vila vão ter que esperar mais uma copa). Com datas marcadas, jogos definidos, convocações que, até o fechamento desta edição, estavam na boca do povo, o Brasil se prepara de diversas maneiras para os meses de junho e julho que se aproximam (leia mais na página 3). Estamos torcendo para rolar a festa mais uma vez!
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