TCC- FARM Visual Merchandising: Enfoque Social no Empoderamento Feminino- Documento Escrito

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI JOINVILLE NORTE I

TÉCNICO EM PRODUÇÃO DE MODA

FARM VISUAL MERCHANDISING: Enfoque Social no Empoderamento Feminino

BARBARA BEATRIZ DA SILVA MARIA EDUARDA ROZARIO NATÁLIA CALDART

Joinville - SC 2016

BARBARA BEATRIZ DA SILVA MARIA EDUARDA ROZARIO NATÁLIA CALDART

FARM VISUAL MERCHANDISING Enfoque Social no Empoderamento Feminino

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –SENAI Joinville Norte I, como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Produção de Moda.

Professora Orientadora: Silmara Gretter Professora Coorientadora: Bammesberger

Joinville -SC 2016

Carmen

Luft

AGRADECIMENTOS

Bárbara Beatriz da Silva

Todos os dias a vida nos prova que não somos nada sem os nossos amigos e familiares, que a nossa base emocional e profissional se dão por conta dessas pessoas que estão sempre ao nosso lado. Por este motivo, agradeço primeiramente a minha mãe, Sueli de Fátima da Silva, pelo apoio, incentivo, pois ela fez com que tudo isso fosse possível. Juntamente a ela, esteve meu pai, Agostinho Arnoldo da Silva, que se fez exemplo para que eu nunca desistisse. Além disso, sempre me deu forças e me apoiou nessa trajetória.

Agradeço ao meu melhor amigo e namorado Heitor J. da Silva Junior, por todas as vezes que perdi meus finais de semana me dedicando ao trabalho, e este sempre se fez presente, me dando suporte para continuar, incentivando e ajudando nos momentos necessários. Não menos importantes, cito minha melhores amigas e companheiras de grupo, Natália Caldart e Maria Eduarda Rozario, cujo nunca deixaram se abater pela pressão, e as agradeço por sempre estarem ao meu lado nos momentos mais difíceis. A minha professora, orientadora e amiga em muitos momentos, Silmara Gretter, quero agradecer por sempre buscar o melhor em nós, por nunca deixar que desistíssemos e pelo seu alto astral que nos descontraiu em meio às tensões. A professora Carmem Luft Bammesberger quero agradecer pelas dicas e por se importar conosco nos mínimos detalhes. A professora Debora Corrêa agradeço pelo apoio emocional e pelo auxílio nos momentos de dúvida .

Ao meu amigo Eduardo Augusto Conti, agradeço por todas as vezes que precisei desabafar e também quando se fez presente nos momentos que precisei de materiais para que o trabalho fosse concluído. Por último quero agradecer de uma forma geral todos os meus amigos, que se fazem presentes em todos os momentos de dúvidas, mas também nos momentos felizes.

Maria Eduarda Rozario

Agradecer é um gesto simples, mas de grande importância. Obrigada, primordialmente a Deus, pela paciência e sabedoria concebida para a realização desse trabalho. À minha mãe Cátia e meu pai Eduilson, pela mansidão

proporcionada de ambas as partes, para me auxiliar nesse momento de grande estresse e exaustão. Obrigada às professoras Silmara Gretter, Debora Corrêa e Carmen Luft Bammesberger, pela assistência disponibilizada para produção do nosso TCC. E muito obrigada às minhas parceiras de elaboração, Natália Caldart e Barbara Beatriz da Silva, pelo apoio em todo nosso trajeto de técnico.

Natália Caldart

Primeiramente quero agradecer a minha família, minha mãe Joyce Caldart, meu pai Leandro Caldart e meus tios e avós, por sempre me apoiarem e ajudarem a tomar decisões sábias e que são o melhor para mim. Minhas professoras, por sempre nos instruir, com paciência e dedicação em todas as etapas do trabalho.

Também a minha equipe de TCC, Barbara Beatriz da Silva e Maria Eduarda Rozario, por terem enfrentado todos os momentos, tanto os bons quanto os ruins ao meu lado, sem medir esforços. Por mais que nossos pensamentos nem sempre fossem iguais, concluímos o trabalho e estamos satisfeitas com todo o esforço e empenho que tivemos.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Jaden Smith posando para a marca Louis Vuitton.....................................17 Figura 2- Coleção unissex C&A.................................................................................18 Figura 3- Coleção unissex C&A.................................................................................18 Figura 4- Portfólio da Farm.........................................................................................28 Figura 5- Logo Farm...................................................................................................29 Figura 6- Calça Pantalona..........................................................................................35 Figura 7- Desfile de Inverno 2016 Gucci.........................................................................36 Figura 8- Propaganda Genderless C&A.....................................................................37 Figura 9- Logotipo......................................................................................................47 Figura 10- Tabela de Cores.......................................................................................48 Figura 11- Produto Conceito......................................................................................49 Figura 12- Produto Conceito......................................................................................50 Figura 13- Espelho.....................................................................................................50 Figura 14- Press Kit....................................................................................................51 Figura 15- Folder parte externa..................................................................................52 Figura 16- Folder parte interna...................................................................................53 Figura 17- Flyers........................................................................................................53 Figura 18- Convite......................................................................................................54 Figura 19- Envelope do Convite.................................................................................55 Figura 20- Convite Virtual...........................................................................................55 Figura 21- Tag do Press kit e do produto conceito.....................................................56 Figura 22- Tag do produto conceito...........................................................................57 Figura 23- Painel de Inspiração para o Coquetel.......................................................57 Figura 24- Postagem no Facebook............................................................................58 Figura 25- Postagem no Facebook............................................................................59 Figura 26- Layout do Facebook..................................................................................59

LISTA DE TABELAS E QUADROS

Tabela 1- Investimentos.............................................................................................62 Quadro 1- Materiais....................................................................................................62

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial TCC – Trabalho de Conclusão de Curso VM – Visual Merchandising

SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO .......................................................................................... 10

1.1

JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 11

1.2

OBJETIVOS .............................................................................................. 11

1.2.1.

Objetivo Geral ......................................................................................... 11

1.2.2

Objetivos Específicos ............................................................................. 12

1.3

PROBLEMA .............................................................................................. 12

2

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................ 13

2.1

MODA ....................................................................................................... 13

2.2

MARKETING............................................................................................. 14

2.2.1

Marketing e Moda .................................................................................... 16

2.3

VISUAL MERCHANDISING ...................................................................... 19

2.3.1

Visual Merchandising na Moda .............................................................. 20

2.4

MOVIMENTOS SOCIAIS .......................................................................... 21

2.4.1

Projetos Sociais ...................................................................................... 22

2.5

FEMINISMO.............................................................................................. 23

2.5.1.

Empoderamento Feminino ..................................................................... 25

2.6

FARM ........................................................................................................ 26

3

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................. 30

3.1.

MÉTODOS ................................................................................................ 30

3.1.1.

Técnicas de Métodos .............................................................................. 30

3.2.

PESQUISA................................................................................................ 31

3.2.1.

Formas de Pesquisa ............................................................................... 31

3.2.1.1.

Pesquisa Bibliográfica ............................................................................... 31

3.2.1.2.

Pesquisa Descritiva .................................................................................. 32

3.2.1.3.

Pesquisa Exploratórias ............................................................................. 32

3.2.1.4.

Pesquisa Aplicada .................................................................................... 32

3.2.1.5.

Pesquisa de Campo .................................................................................. 33

3.2.1.6.

Estudo de Caso ........................................................................................ 33

4

FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA ................................................................ 34

4.1.

IDEIA GERAL SOBRE O EVENTO ........................................................... 34

4.2.

TENDÊNCIA ............................................................................................. 35

4.3.

APRESENTAÇÃO DOS TEMAS ............................................................... 38

4.3.1.

Palestra a Representatividade da mulher (Valorize-se) ....................... 38

4.3.1.1.

Mulheres importantes na história .............................................................. 39

4.3.1.1.1.

Hipácia ................................................................................................... 39

4.3.1.1.2.

Joana dArc ............................................................................................ 39

4.3.1.1.3.

Marie Curie ............................................................................................ 40

4.3.1.1.4.

Ada Lovelace ......................................................................................... 40

4.3.1.1.5.

Émilie du Châtelet.................................................................................. 40

4.3.1.1.6.

Rosalind Franklin ................................................................................... 41

4.3.2.

Palestra sobre Comportamento (Ame-se) ............................................ 41

4.3.2.1.

Autoestima ................................................................................................ 41

4.3.3.

Palestra sobre a Saúde e Bem-estar (Cuide-se)................................... 42

4.3.3.1.

Doenças que mais afetam a saúde das mulheres .................................... 42

4.3.3.1.1.

Câncer de Mama ................................................................................... 42

4.3.3.1.2.

Câncer do colo do útero ........................................................................ 43

4.3.3.1.3.

Ovário Policístico ................................................................................... 44

4.3.4.

Release .................................................................................................... 45

4.4.

IDENTIDADE VISUAL ............................................................................... 46

4.4.1.

Logotipo................................................................................................... 46

4.4.2.

Tabela de Cores ...................................................................................... 47

4.4.3.

Produto Conceito .................................................................................... 48

4.4.4.

Espelho .................................................................................................... 50

4.4.5.

Press Kit .................................................................................................. 51

4.4.6.

Folder ....................................................................................................... 52

4.4.7.

Flyers ....................................................................................................... 53

4.4.8.

Convite ..................................................................................................... 54

4.4.8.1.

Convite Virtual........................................................................................... 55

4.4.9.

Tag ........................................................................................................... 56

4.4.10.

Coquetel................................................................................................... 57

4.4.11.

Mídia Social ............................................................................................. 58

5

RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................. 60

5.1.

OBJETIVOS .............................................................................................. 60

5.2.

PROBLEMÁTICA ...................................................................................... 60

5.3.

PONTOS POSITIVOS ............................................................................... 61

5.4.

PONTOS NEGATIVOS ............................................................................. 61

5.5.

TABELA DE INVESTIMENTOS ................................................................ 62

5.6.

TABELA DE MATERIAIS/EQUIPAMENTOS/FERRAMENTAS................. 62

5.7.

PROPOSTA DE MELHORIA ..................................................................... 63

5.8.

IMPORTÂNCIA DO PROJETO AO MERCADO/INDÚSTRIA .................... 63

5.9.

QUAL O VALOR DA PESQUISA ............................................................... 64

5.10.

PROBLEMA E DIFICULDADES ................................................................ 64

6

CONCLUSÃO ........................................................................................... 66

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 67

10

1 INTRODUÇÃO

Através de fatos consumados ao longo da história, sabe-se que a mulher não exercia seus direitos, era submissa ao marido, que tinha o poder do casamento. Elas não tinham voz ativa, não participavam da esfera econômica, social e política.

Os protestos feministas ganharam força a partir do momento em que as mulheres começaram a perceber que não tinham direitos. No dia 8 março de 1911, ocorreu um incêndio criminoso em Triangle Shirtwaist1, Nova Iorque, que matou mais de 100 operárias. Com esse acontecimento deu-se o Dia Internacional da Mulher, e iniciou-se o marco para a revolução feminina. A famosa Queima dos Sutiãs de 1968 e a aprovação da Lei Maria da Penha, também contribuíram, mesmo que com propostas diferentes, para que as mulheres lutassem para terem seus direitos respeitados.

Nos dias atuais, o desfile da Chanel2 no ano de 2014 pode ter sido o alavanque para o termo Empoderamento Feminino, que segundo sites fashionistas, vem sendo usado com frequência. Teve como precursor a moda e a internet, que ajudaram a ressaltar a importância desse movimento.

Atualmente o que se veste faz parte do reflexo que se transmite ao mundo, e ao mesmo tempo em que vive-se repleto de opções, os estereótipos ainda permanecem. Um exemplo é a cor rosa e azul serem opostas, homens não usam saias e mulheres precisam calçar salto alto. As escolhas da vestimenta se limitam ao impacto que terá na aparência e na forma de pensar e agir.

Este trabalho irá abranger o tema Empoderamento Feminino voltado para o visual merchandising no polo social, relatando fatos e acontecimentos do mundo da moda, comportamentos ligados a esferas sociais e políticas, até a indústria da moda, que impõe padrões de beleza fazendo com que as mulheres sejam instigadas a alcançar um modelo feminino quase inacessível.

Com base na necessidade de defesa à igualdade em todos os aspectos sociais, políticos e econômicos e para fazer com que mulheres ganhem cada vez mais espaço e voz em uma sociedade retrograda, surgiu a luta pela igualdade de gêneros, que segundo o dicionário tem como nome feminismo.

1 2

Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/>. Acesso em:10 fev. 2016.

Disponível em: <http://planofeminino.com.br/>. Acesso em:10 fev. 2016.

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O feminismo está na moda, e isso assusta na mesma medida em que é revigorante. Aprender a lidar com as diferentes faces de um movimento é uma atitude complexa, não só por se tratar de mulheres, mas sim por mexer com uma das principais bases da nossa sociedade.

Especialistas argumentam que a ideia de tratar o feminismo na moda como “a última tendência” é nefasta pois se apropria de uma luta antiga e que vem sendo aprimorada há muito tempo, sempre à margem da sociedade, para então precificá-la e colocá-la numa vitrine. Porém, a ideia de existir protesto em forma de moda faz com que a mensagem que se quer passar chegue mais rápido ao conhecimento popular.

1.1 JUSTIFICATIVA

Segundo Denis Pose, nem sempre lembra-se que a vida das mulheres já passou por grandes mudanças. Trabalhar, estudar, votar, praticar esportes, ter prazer, tudo era assunto proibido há pouco mais de meio século. As conquistas vieram graças aos movimentos feministas, que atravessaram gerações. E foi preciso que algumas personagens na história fizessem barulho e gritassem mais alto para serem ouvidas.

Este projeto tem a finalidade de mostrar as mulheres o seu verdadeiro espaço na sociedade. Segundo a escritora Simone de Beauvoir (1949, p.09) “não se nasce mulher: torna-se”, porém o meio em que ela está inserida não a permite exercer seus direitos básicos, sendo que atualmente estas lutam constantemente para ter a digna igualdade entre gêneros.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1. Objetivo Geral

Apresentar ao público fatos e acontecimentos reais, relatados por mulheres que sofrem com abusos verbais, morais ou físicos, por meio de campanhas, com intuito de alavancar o visual merchandising da marca.

12

1.2.2 

Objetivos Específicos

Aprimorar o Visual Merchandising da marca Farm, com o objetivo de transmitir uma imagem que envolve a causa do empoderamento feminino;



Desenvolver campanhas de empoderamento com o objetivo de incentivar as mulheres para buscarem seus direitos básicos;



Apresentar proposta buscando a aproximação do público alvo da marca através do contato direto com a loja da Farm;



Fortalecer a relação entre cliente e marca através de palestras motivacionais e conscientizadoras.

1.3

PROBLEMA

Pode-se dizer que o Visual Merchandising busca a melhor forma de apresentar um produto aos potenciais consumidores, tornando irresistível o poder de sedução dos produtos expostos na vitrine, araras, balcões, etc, cuja arrumação deverá estar em completa sintonia com o ambiente que o cliente encontrará no interior da loja.

Por outro lado não se pode esquecer do valor social que a marca Farm procura passar com seus produtos e identidade visual. Assim sendo, necessita-se de um projeto que mescle esses dois fatores.

Como aproximar-se do público alvo da marca de forma que conscientize seus consumidores e aprimore o Visual Merchandising?

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica baseia-se nos conceitos necessários para elaborar a fundamentação prática do projeto, desse modo, esta irá abordar os principais pontos de um projeto focado no visual merchandising

2.1 MODA “Moda é modo, é maneira, é comportamento. A origem da palavra é latina, vem de modus que quer dizer, exatamente, “modo”.” (BRAGA, 2006, p. 15). O termo “moda” designa uma opção baseada em critérios de gosto, cuja característica principal consiste em apresentar-se como transitória e sofrer uma renovação constante. Surgindo a partir da indumentária primitiva, era usada pela mera necessidade que o Homem tinha de se proteger do frio, mas, esta necessidade tornou-se num aspecto cultural. Falar de moda não é falar somente de maneira de se vestir, ela está associada a arquitetura, à decoração, a uma atitude de vida, a um hábito, a lugares etc. A moda ao longo da história, vem se distinguindo por períodos cada vez menores de durabilidade, sendo um exemplo concreto da efemeridade.

Wilde (apud COBRA, 2010 p.10) argumenta que moda é “uma forma de feiura tão intolerável que temos que alterá-la a cada seis meses”.

Moda é um processo que abrange a questão da criação de identidade, tangenciando a arte e a estética, o que também lhe dá a condição de estratificadora social. Sempre algo novo será inventado para se sobrepor ao que já se massificou.

Segundo Nystrom (1928 apud COBRA, 2010 p.10) define-se a moda como “nada mais, nada menos que o estilo predominante em qualquer momento específico”. Ao mesmo tempo que é reveladora, também pode ser uma mera representação, podendo dizer a verdade ou enganando os olhos mais destreinados. Por esse motivo, leigos partem do pressuposto de que a moda não é necessária, fazendo com que esta sofra hoje uma grande dificuldade para se tornar um objeto de estudo sério, mesmo sendo um fenômeno social primordial das sociedade ocidentais, foi pouco estudada como tal. A respeito disto, Bierce (apud COBRA, 2010 p.10) diz que “moda é uma déspota que os sábios ridicularizam e… obedecem”. Na idade antiga, a moda era usada para diferenciação de classes, através da indumentária. A partir da Idade Média, as roupas eram diferentes seguindo um padrão que aumentava segundo a

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classe social, houve até leis que restringiam tecidos e cores somente aos nobres.

Isso foi mudando, e no renascimento cultural foi-se tendo a ideia de moda, e assim, surgiram os primeiros ateliês, onde a realeza fazia suas roupas todas sob medida, tendo uma forma exclusiva de moda. Com a vinda da idade contemporânea, e com a globalização, a originalidade foi substituída por uma versão barata mais acessível.

Assim o fast fashion, sinalizou a morte do estilo e do bom gosto para as massas3.

Sendo uma prática transversal, a área da moda é muito abrangente. Pode-se atuar em vários segmentos, dentro dos quais estão: o estilista, cujo o profissional é responsável pela criação de roupas e acessórios, o modelista, que transforma o croqui numa peça tridimensional e o costureiro, que executa a ideia do estilista, com base no modelo-piloto criado pela modelista. O produtor têxtil, é quem gerencia a fabricação de fios, tecidos e malhas, além de acompanhar os processos de fiação, tecelagem, padronagem e tinturaria das peças. Ele também pode desenvolver materiais, texturas e estampas. O gerente de produto é a pessoa, que em uma confecção, escolhe as peças que vão ser produzidas em grandes quantidades (ou compradas, no caso de um magazine), podendo também acompanhar a escolha de etiquetas e embalagens. O produtor de moda trabalha em sintonia com a stylist, que cria o conceito visual para editoriais de moda, desfiles, campanhas e até celebridades (personal stylist). Assim, a produtora de moda procura as peças e monta os looks. Já o vitrinista é quem cuida da apresentação dos produtos na loja e da vitrine em si juntamente com um profissional da área do marketing, cujo pesquisa sobre o que irá atingir o grupo desejado.

2.2 MARKETING Mesquita (2014)4 afirma que marketing é uma palavra proveniente da língua inglesa, apesar de estar intrínseca à cultura mundial. Em inglês, market significa mercado e Marketing pode ser traduzido como mercadologia, um estudo das causas, objetivos e resultados que são gerados através das diferentes formas de como lidar com o mercado. E ainda de acordo com o site pesquisado, é importante salientar que existe a compra, venda e trocas de serviços, produtos ou ideias.

3 4

Disponível em: <http://www.stylourbano.com.br/>. Acesso em: 16 mar. 2016 Disponível em: <http://marketingdeconteudo.com/>. Acesso em: 17 mar. 2016

15

Segundo Kotler (2005, p.13), marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de um mercado-alvo com lucro.

Marketing identifica necessidades e desejos não realizados. E o autor ainda define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o potencial de lucro. Aponta quais os segmentos que a empresa é capaz de servir melhor e que projeta e promove os produtos e serviços adequados.

Marketing é um conjunto de estratégias, técnicas e práticas utilizadas pela sociedade desde as antigas civilizações, entre trocas de mercadorias ou pela força do trabalho. Foi aprimorada com a evolução das matérias, porém a ideia de marketing que conhecemos hoje começou a ganhar mais força próximo do final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando os EUA estavam se recuperando de uma crise econômica e as indústrias precisavam vender, a qualquer custo. A concepção manteve-se sempre voltada para o intuito de promoção de seu produto ou serviço disponibilizado. Com o decorrer dos anos "vender a qualquer custo" deu lugar à "satisfação garantida". ''A função básica do marketing é identificar as necessidades do consumidor e desenvolver produtos que os satisfaçam.” (MASO, 2010 p.3). Traz, em sua maioria, benefícios lucrativos, com a elevação de consumidores que se identificam com a proposta vendida, ou malefícios com a perda de clientes fiéis, com a falha de slogan ou de uma vitrina mal colocada, fazendo, inconscientemente, o cliente perder o interesse.

Levitt (1960) conceitua, sucintamente, a ideia de marketing como concentrarse nos clientes em vez dos produtos. Trazendo não a definição concreta, mas o principal objetivo do marketing, que é influenciar seus consumidores cativando-os antes mesmo de os conquistar com a qualidade do produto. Pode-se obter essa reação através de ferramentas de marketing. Atualmente, com a inovação acelerada, existem várias delas, muitas incorporadas à internet, como nas mídias digitais, que atingem, em sua maioria, os jovens consumidores. Gunelius (2012, p.

26) cita que "enquanto um comercial de televisão interrompe um programa o qual se esteja assistindo, o marketing das mídias sociais eficiente pode tornar a atividade das pessoas mais interessante".

16

2.2.1 Marketing e Moda

Treptow (2003, p. 53) conceitua que o marketing começa a atuar mesmo antes de um produto ser concebido, pesquisando as tendências de comportamento de segmentos do mercado, buscando criar produtos e serviços que satisfaçam as necessidades e desejos de cada segmento. No mundo da moda, essa pesquisa se intensifica, como pode-se citar a empresa Pantone5 que todo ano anuncia as cores do ano que acaba se tornando referência para a indústria da moda, designers e estilistas do mundo todo. Esta baseia-se em pesquisas de mercado e comportamentais vividas pela sociedade em certo momento histórico.

Na moda, o marketing engloba muitos setores e patamares, como explica Solomon (2002, p. 28) que para melhor ou para pior, vive-se em um mundo que é significativamente influenciado pelas ações dos profissionais de marketing. Estamos rodeados de estímulos de marketing na forma de comerciais, lojas e produtos competindo pela atenção e pelo dinheiro do consumidor. Este usa muitas ferramentas para essa influência, tais como catálogos, vitrinas, folders ou até mesmo desfiles, assim apresentando seu produto ao mundo.

O marketing na moda porém, vai muito além de lucrar ou expor produtos, muitas vezes serve como ferramenta de conscientização social. É possível verificar que em um histórico de relevantes mudanças na sociedade global as discussões sobre gênero estão sendo levantadas constantemente, quebrando paradigmas antigos de diferença entre os sexos. A comprovação dessa teoria no mundo da moda está nos desfiles e coleções de nomes relevantes de estilistas prestigiados.

5

Disponível em: <http://pantone.com.br/>. Acesso 31 mar. 2016.

17

Figura 1- Jaden Smith posando para a marca Louis Vuitton

Fonte: Disponível em:<http://www.vogue.com/>. Acesso em: 24 mar. 2016.

Como pode-se citar a prestigiada marca de bolsas Louis Vuitton6, onde o modelo Jaden Smith será o rosto da coleção Verão 2016, buscando a ideia Genderless, traduzido para o português como “sem gênero”, onde modelos masculinos usam roupas rotuladas femininas. Esse conceito vem ganhando força progressivamente.

Trazendo essa ideia para o Brasil, a C&A, uma das maiores lojas de departamento atualmente, investiu amplamente nesse novo estilo. Com a nova coleção outono 2016, a marca propõem com seu slogan "Misture, ouse, divirta-se", a ideia unissex na moda, revolucionando o mercado brasileiro de roupas. Em seu vídeo publicado na internet, traz pessoas correndo nuas, vestindo roupas sem a mínima noção de gênero ou sexo.

6

Disponível em: <http://www.vogue.com/>. Acesso em: 24 mar. 2016.

18

Figura 2- Coleção unissex C&A

Fonte: Disponível em:<https://www.youtube.com/>. Acesso em: 25 mar. 2016.

Figura 3- Coleção unissex C&A

Fonte: Disponível em:<https://www.youtube.com/>. Acesso em: 25 mar. 2016.

Mostrando um homem com um vestido ou uma mulher com uma cueca, a C&A quer ampliar a visão do seu público alvo, grande maioria jovens, para uma questão tão importante vivida pela sociedade atual.

19

2.3 VISUAL MERCHANDISING

O Visual Merchandising (VM) é uma ferramenta do marketing, que é o conjunto de ações que buscam satisfazer as necessidades do cliente, de forma mais eficaz que a concorrência, com maior participação de mercado e foco nos resultados. Sendo assim, trata-se de tudo que está relacionado a experiência de compra no ponto de venda, toda a forma de exposição de um produto dentro de um ponto de venda, que tenha a identidade da marca. Quando o cliente visualiza esse produto e a forma como ele está exposto, automaticamente ele cria uma imagem da empresa.

A função primordial do Visual Merchandising é aumentar o número de vendas da empresa através de sua imagem, por isso a forma como o produto é mostrado para o cliente é tão importante. Muitas empresas oferecem canetas, camisetas com o seu logo, para sensibilizar o consumidor, atrair a atenção e criar uma representação mental positiva que se traduz na compra do produto ou serviço.

O VM tem o papel de fidelizar o cliente através da experiência de compra, que começa a partir do momento em que o cliente decidiu entrar na loja até o momento em que ele utiliza o produto.

Alguns aspectos de uma loja podem fazer com que o consumidor passe mais tempo na loja, e quando sentir-se confortável compre até 40% a mais do que o planejado, como também pode fazer com que ele sinta um desconforto e acabe não comprando nada.

O cuidado estético na exposição e na loja como um todo deve ser cauteloso para que ele passe uma imagem positiva sobre a loja, considerando que cerca de 80% das nossas primeiras impressões sobre algo, são criadas através da visão.

Para um produto ser vendido, ele precisa ser percebido pelo consumidor. Seu visual deve despertar no cliente o desejo da posse e a criação da necessidade, que no fim justificará a compra.

Desde o lado exterior da loja, como a fachada, vitrines externas, interior da loja, corredores, iluminação, sonorização, exposição de produtos, provadores, aparência geral da equipe, formas de pagamento, sacolas onde o produto será carregado, sinalização dentro da loja e até mesmo o relacionamento com o cliente pós-venda fazem parte de um Visual Merchandising, que se bem elaborado gera lucros para a empresa.

20

2.3.1 Visual Merchandising na Moda

Assim como o varejo é efêmero, o conceito de visual merchandising também tem evoluído com tempo. Bhalla e Singhal (2010, p.18) o define como a apresentação de toda e qualquer mercadoria no seu melhor: a coordenação de cores

(cores

sincronizadas);

disponibilização

de

complementos

(produtos/acessórios) e a auto-explicação (descritiva/ilustrativa). Não existe uma definição única do que seja visual merchandising, mas como toda prática transversal, está inserida em vários contextos na moda, ele toca e reúne diferentes estágios da vida do produto, de sua concepção ao momento em que é colocado à disposição do cliente. Blessa (2009, p.06) acrescenta ao conceito ao afirmar que o “Visual Merchandising usa o design, a arquitetura e a decoração para aclimatar, motivar e induzir os consumidores à compra”.

O visual merchandising está inserido em toda a extensão da loja, desde a vitrina, que é organizada para chamar o cliente em primeira estância, até o fim da loja, que tem os produtos e a disposição dos móveis organizados de forma que vá fazer com que cliente fique familiarizado com a marca e o lugar em questão. Sempre com o objetivo de atrair clientes, fazendo com que eles virem compradores fiéis da marca. Organizar a vitrina é importante pois chama a atenção do cliente, porém não se pode esquecer dos pequenos detalhes, muitas vezes até o uniforme que o(a) vendedor(a) está usando serve para fixar a imagem da loja. Estes pontos do VM são primordiais para o sucesso do ponto de venda. Pegler (2009, p. 158) afirma que o VM “é para as marcas e empresas, o meio de dizer: isso é o que somos e isso é o que fazemos.”

Não se trata apenas de vender [...], mas também de convencer o consumidor do valor desse produto, do valor da loja [...]”. Esta afirmação vai de encontro ao conceito de posicionamento da marca, ainda mais quando se discute o mercado da moda, o qual “sempre utilizou a ambientação do produto como um dos elementos centrais de seu valor agregado” (SACKRIDER 2009, p. 159).

A comunicação no ponto de venda, com frequência, representa o ponto culminante de um programa de CIM [Comunicação Integrada de Marketing] cuidadosamente integrado. (CRESCITELLI; SHIMP, 2012, p.495). Este fator contribuiu para que os profissionais de marketing percebem que o ambiente de loja é a última e melhor chance de fazer diferença. Isto é, ir fisicamente ao consumidor deixando clara a oferta, convencendo-o com a ambientação e seduzindo-o emocionalmente, é uma tarefa de merchandising que requer recursos estratégicos,

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que estão configuradas em quatro eixos principais: estratégia e organização, gestão, sedução e comunicação.

2.4 MOVIMENTOS SOCIAIS

Delson Ferreira (2003, p. 10) define os movimentos sociais como ações de grupos organizados que objetivam determinados fins, ou seja, os movimentos sociais se definem por uma ação coletiva de um grupo organizado e que objetiva alcançar mudanças sociais por meio da luta política, em função de valores ideológicos compartilhados questionando uma determinada realidade que se caracteriza por algo impeditivo da realização dos anseios de tal movimento.

Em tese, movimentos sociais são as expressões da organização da sociedade civil. Agindo de forma coletiva como resistência à exclusão, eles lutam pela inclusão social. É nas ações destes que se apresentam as demandas sociais que determinada classe social enfrenta, se transformando em atividades de manifestações como ocupações e passeatas em ruas provocando uma mobilização social, despertando uma sensibilização na consciência dos demais indivíduos. Em sua maioria, os movimentos protestam por direitos sociais, econômicos, ecológicos e políticos. Sobre isso, Maria Glória Gohn argumenta: “ao realizar essas ações, projetam em seus participantes sentimentos de pertencimento social. Aqueles que eram excluídos passam a se sentir incluídos em algum tipo de ação de um grupo ativo” (2011, p. 336).

Para a corrente Marxista, as classes sociais eram consideradas o sujeito coletivo mais capaz de produzir a transferência social. É com uma forte capacidade de mobilização que “[...] os sindicatos, as ONGs, e os diversos movimentos de luta conquistaram importantes direitos de cidadania ao longo da história brasileira” (LAMBERTUCCI, 2009, p. 82). O sociólogo francês Alain Tourain considera que a semente dos movimentos sociais está no conflito entre classes e vontades políticas.

Para ele, os conflitos sociais estão enraizados em nossa forma de governo e em nosso Estado moderno, permeado por vontades individuais e pelas desigualdades sociais. Essa desigualdade, que fere os princípios de igualdade de um Estado democrático, torna-se um agente de segregação social, cultural e econômica, fatalmente interferindo nas formas de atuação civil daqueles afligidos por tal mal.

Para Frank e Fuentes (1989, p. 19) os movimentos sociais se baseiam “num

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sentimento de moralidade e (in)justiça e num poder social baseado na mobilização social contra as privações (exclusões) e pela sobrevivência e identidade”.

Maria Glória Gohn (2014, p. 60) define as características de um movimento social: possui liderança, base, demanda, opositores e antagonistas, conflitos sociais, um projeto sociopolítico, entre outros. Scherer-Warren (2006, p. 26) concorda com Maria Glória ao definir em sentido amplo os movimentos sociais em torno de uma identificação de sujeitos coletivos que possuem adversários e opositores em torno de um projeto social. Por exemplo, o Movimento Negro e Movimento Indígena, que se unem pela força de uma identidade étnica (negra ou índia) e combatem o adversário do colonialismo, racismo e expropriação, tendo como projeto de luta o reconhecimento de sua identidade, suas tradições, valores e até mesmo de manutenção de um território que vive sob constante ameaça de invasão (os quilombos no caso dos negros e a luta pela demarcação de terras indígenas) É preciso fazer uma distinção entre movimentos sociais e protestos sociais. O simples fato de ir às ruas protestar contra a corrupção, por exemplo, não caracteriza um movimento social, e sim um prostesto. Uma ação esporádica, ainda que mobilize um grande número de manifestantes, pode ter em seu meio representantes de movimentos sociais e populares, mas não caracterizam um movimento social como tal. Tais protestos e mobilização podem ser frutos da articulação de atores de movimentos sociais, ONG’s, tanto quanto podem incluir cidadãos comuns que não estão necessariamente ligados a movimentos organizados como tais.

2.4.1 Projetos Sociais Nascendo do desejo de uma ou várias pessoas de mudar a realidade em que vivem, projetos sociais são iniciativas individuais ou coletivas que visam a proporcionar a melhoria da qualidade de vida de pessoas e comunidades a partir do surgimento de um problema concreto. Visando uma sociedade mais próspera, um grupo de pessoas se mobiliza, organizando e desenvolvendo projetos e ações sociais para transformar determinada realidade para o bem comum sem fins lucrativos. Ao elaborar um projeto, é necessário alertar para a solução de problemas de modo que as ideias sejam transformadas em ações. Não deixam de ser exercícios de cidadania, pois envolvem as pessoas para além do seu campo de vivência, permitindo a transposição de barreiras e preconceitos em benefício do

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outro. Eles são um meio para que haja maior conscientização do indivíduo diante do papel que ele desempenha na sociedade, além de despertar o sentimento de solidariedade.

Para um projeto ser efetivo, é necessário conhecer bem a realidade, os problemas, as dificuldades, pois todo projeto social surge de uma necessidade de um problema concreto para isso torna-se necessário uma boa pesquisa. No desenvolvimento do projeto, é fundamental que: sejam claros os objetivos; especificar os recursos; declarar parcerias e como serão analisados os resultados.

2.5 FEMINISMO Do latim femina (“mulher”), o feminismo é a doutrina social favorável à mulher e remota há mais de 200 anos. Trata-se de um movimento que exige que os homens e as mulheres tenham os mesmos direitos: por conseguinte, concede ao gênero feminino capacidades que outrora eram exclusivamente reservadas aos homens. O feminismo questiona as relações entre a sexualidade (enquanto gênero) e o poder social, econômico e político. A respeito disto, Tristan (1985, p. 104) argumenta “[...] reclamo os direitos das mulheres, porque estou convencida que todos os males do mundo provêm da incompreensão que se tem até hoje de que os direitos naturais são imprescindíveis para o ser mulher [...]”.

Em 1405 já se via uma ponta deste movimento, que foi o livro “A cidade das damas”, por Christine de Pisa, que retratava o mito das amazonas, que são um símbolo da força feminina. Porém o feminismo culminou na revolução francesa, com a declaração dos direitos a mulher de 29 de Outubro, 1771 elaborado por Olympe de Gouges, escritora e militante francesa, que a elaborou como uma crítica à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que anunciou direitos de igualdade e liberdade que se aplicavam apenas aos homens. Em 1772, a escritora e filósofa inglesa Mary Wolstonecraft publica "A Reivindicação dos Direitos da Mulher" e sintetiza nesta obra a defesa de que as mulheres não são, por natureza, inferiores aos homens, mas apenas aparentam ser por falta de acesso à educação, e que por isso as meninas precisavam ter acesso às instituições de ensino. Ao longo do tempo, várias mulheres lutaram para que a submissão fosse abolida, criando manifestos, como o livro "Direitos das Mulheres e Injustiça dos homens" por Nísia

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Floresta, que denuncia o mito da superioridade do homem e reivindica que as mulheres também sejam consideradas seres inteligentes, “dotadas de razão” e merecedoras de respeito. Foi considerado fundador do feminismo no Brasil.7 Existiam também peças teatrais que reivindicavam o direito de votar das mulheres, um deles foi retratado por Josefina Álvares (1897). Novelas eram usadas para contestar o porquê do tabu em relação a sexualidade da mulher, como "Virgindade inútil – novela de uma revoltada" por Ercília Nogueira Cobra (1924), que foi detida várias vezes pelo Estado Novo, chegando a ser presa por suas ideias. A obra polêmica pretendia discutir a exploração sexual e trabalhista da mulher e provocou intensos debates e muitas críticas entre os contemporâneos. A partir daí, os movimentos feministas ganharam força por todo o globo terrestre, tendo como fundamentação o livro "O Segundo Sexo" de Simone de Beauvoir, escrito em 1949.

Nos dias atuais temos o feminismo contemporâneo, que consiste em lutar pela igualdade de gêneros.

Olhando para a história, as feministas consideram que o patriarcado, sistema em que os homens dominam as mulheres, foi negativo para a sociedade e que as mulheres foram submetidas à vontade do homem. Segundo Coelho (2002, p. 30), os estudos antropológicos defendem a tese de que a inferioridade social e morfológica da mulher teve início com a divisão do trabalho, onde ficou estabelecido que à mulher caberia o âmbito doméstico. Já ao homem couberam os trabalhos guerreiros e de caça, o que demandava força física e destreza psico-manual. Por outro lado, alguns estudos históricos concluem que a mulher passou a ser vista como ser inferior a partir do domínio romano, uma vez que nesta sociedade o chamado direito romano a reduzia a "uma coisa nas mãos do marido." (COELHO, 2002, p. 39).

Há homens que são feministas, ou seja, dão razão e apoiam o movimento, ao passo que nem todas as mulheres se consideram feministas. Algumas mulheres aceitam a função social que ocupa o gênero e reconhecem-no como uma realidade cultural que não deveria ser censurada. O feminismo começou a ter visibilidade a partir do século XX nas sociedades ocidentais, onde alcançou importantes sucessos.

O direito de votar ou de pedir o divórcio e as condições de emprego igualitárias são alguns das conquistas mais notáveis, ainda que reste bastante caminho até alcançar a igualdade dos direitos.

7

Disponível em: <http://feminismo.org.br/>. Acesso: 4 abr. 2016.

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Interpreta-se como desafio do movimento feminista a definição de estratégias que atuem na busca dos pontos comuns, nas particularidades de cada opressão, contudo, sem perder de vista o horizonte da emancipação humana. Afinal, apenas com o alcance desta, permite-se vivenciar verdadeiramente a liberdade, por inteiro, objetivo maior do feminismo.

2.5.1.

Empoderamento Feminino

Empoderamento das mulheres é um movimento social, que busca empoderar mulheres e promover a equidade de gênero em todas as atividades sociais e da economia, que são garantias para o efetivo fortalecimento das economias, impulsionamento de negócios, melhoria da qualidade de vida de mulheres, homens e crianças, e desenvolvimento sustentável.8 Não passa de uma consequência das conquistas que as mulheres vêm alcançando nos últimos anos, embora o termo empoderamento feminino tenha sido forjado recentemente, esse é um processo que vem se desenvolvendo há muito tempo. Os movimentos de liberação das mulheres nos anos de 1960, foram o embrião do começo dessa revolução.9 Durante muito tempo compartilhou-se a visão de que homens e mulheres são diferentes entre si e que as diferenças que a sociedade impôs eram naturais. A mulher ficou durante anos numa posição inferior ao homem, como se este fosse o processo natural de definição de seu lugar no mundo. A diferença entre gêneros é ignorada ainda hoje por muitos. Ciente do papel das empresas para o crescimento das economias e para o desenvolvimento humano, a ONU Mulheres e o Pacto Global criaram os Princípios de Empoderamento das Mulheres. Os Princípios são um conjunto de considerações que ajudam a comunidade empresarial a incorporar em seus negócios valores e práticas que visem à equidade de gênero e ao empoderamento de mulheres. Segundo o site ONU Mulheres10, são eles: 1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.

8

Disponível em: <http://thinkolga.com/>. Acesso: 4 abr. 2016.

Disponível em: <http://planofeminino.com.br/>. Acesso: 4 abr. 2016.

10 Disponível em: <http://www.onumulheres.org.br/>. Acesso: 4 abr. 2016.

9

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2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.

3. Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.

4. Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.

5. Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.

6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.

7. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.

O empoderamento da mulher passa, portanto, por uma transformação no conceito que ela tem dela mesma, em sua autoestima, que é o valor que cada pessoa dá a si mesma e define o que cada um é. Infelizmente não é reconhecido como um movimento natural, já que não é estimulado e incentivado em seus diversos fronts de atuação, não atingindo seus objetivos.

2.6 FARM

Tudo começou quando Kátia barros que era contadora, tinha o desejo de envolver-se com moda, então ela e Marcello Bastos, engenheiro, decidiram abrir uma franquia da grife paulista Mercearia. Este negócio acarretou em prejuízo ao casal, fazendo com que Marcello não investisse mais no trabalho com franquias de moda. Hoje todas as lojas da FARM são próprias.

Em 1997 na Babilônia Feira Hype, evento que reunia marcas alternativas e jovens estilistas no Rio de Janeiro, fundaram um stand da marca, que bateu recordes de vendas e foi a grande sensação da feira. A primeira loja da FARM foi inaugurada em 1999, no Posto 6, em Copacabana. A segunda loja, em 2001, no Fórum de Ipanema. E em dezembro do mesmo ano foi inaugurada a terceira loja da marca, no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca. A marca tinha uma expectativa

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de vendas de 15 mil peças naquele fim de ano, mas a procura foi tão numerosa, que as vendas bateram 42 mil peças.

Até o momento as lojas só haviam sido inauguradas na cidade do Rio de Janeiro, mas então a quarta loja foi aberta em Búzios e depois Belo horizonte, no Pátio Sayassi. Na capital mineira o faturamento foi 2,8 vezes maior do que a melhor loja de vendas do Rio. A partir daí a marca não parou mais de crescer, até abrindo uma loja internacional em Barcelona. Hoje a marca conta com mais de 40 lojas espalhas pelo Brasil.

Em 2005 a marca também foi convidada para ter um estande exclusivo, durante o verão europeu, na Galeries Lafayette, em Paris. O melhor lançamento de coleção da história da marca, foi o de verão 2008/2009, que só no primeiro dia, foram vendeu 32.500 peças. A angel da Victoria’s Secrets, Carol Francischini veio diretamente de Nova Iorque, e estrelou a campanha. A modelo já desfilou para os maiores estilistas do mundo e traz em seu currículo campanhas de marcas internacionais como Calvin Klein, Amsterdam Sauer, Gianfranco Ferré, Celine e agora posou com exclusividade para a da FARM. A marca identificou o seu público alvo e passou a desenvolver não só roupas, mas também as estratégias da marca para mulheres com um perfil determinado: Cariocas. Desde 2005 realiza o programa “Eu quero Farm!”, onde as clientes cadastradas ganham um chaveirinho que deve ser apresentado toda vez que elas vão às lojas. As compras mais outras informações servem para traçar o perfil de suas consumidoras e ajudando na elaboração do relacionamento marca e público.

“As nossas consumidoras têm uma relação de carinho com a Farm, por isso nossas ações tentam reforçar essa relação.”11

11

Disponível em:<http://www.marketingviewer.com.br/>. Acesso em: 24 abr. 2016.

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Figura 4- Portfólio da Farm

Fonte: Disponível em:<https://www.farmrio.com.br/>. Acesso em: 30 abr. 2016.

A marca produz calças, casacos, saias, vestidos, macacões, acessórios, blusas, calçados e shorts, as estampas que colorem as peças nascem das cores, da arte e da natureza, dando a originalidade e autenticidade que a marca possui. As roupas refletem o comportamento de uma autêntica garota carioca. “A Farm é comercial, a gente pode até lançar tendência, mas sempre a partir do mercado consumidor. As semanas de moda oficiais são pra grandes criadores, a gente não se enquadra nas coisas que existem” (Marcello Bastos)12.

12

Disponível em: <http://ffw.com.br>. Acesso em: 30 abr. 2016.

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Figura 5- Logo Farm

Fonte: Disponível em:< http://ilovebuzios.com/>. Acesso em:24 mar. 2016.

A logo da marca é composta por uma flor, que representa a feminilidade da mulher, além de fazer conexão com o clima tropical e praiano, típico da marca. Às vezes é representado com o fundo de alguma estampa de nova coleção.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este capítulo irá abordar os procedimentos metodológicos utilizados para elaboração do trabalho de conclusão de curso, mostrando as diferentes técnicas.

3.1. MÉTODOS Segundo Galliano (1986, p.12), “todas as acepções da palavra “método” registradas nos dicionários estão ligadas à origem grega methodos - que significa “caminho para chegar a um fim”. Goldenberg (1997, p.60) define “o método como a observação sistemática dos fenômenos da realidade através de uma sucessão de passos, orientados por conhecimentos teóricos, buscando explicar a causa desses fenômenos, suas correlações e aspectos não-revelados.” A característica essencial do método científico é a investigação organizada, o controle rigoroso das observações e a utilização de conhecimentos teóricos.

3.1.1. Técnicas de Métodos Barros e Lehfeld (1986, p.46) “mostram a importância da observação como procedimento investigativo. A observação deve ser exata, completa, sucessiva e metódica, e sobretudo imparcial”. Pode ser: - Observação assistemática (ou não estruturada): sem controle anteriormente elaborado e sem instrumental apropriado.

- Observação sistemática (ou planejada): requer um planejamento prévio para seu desenvolvimento. É estruturada e realizada em condições controladas, com objetivos e propósitos previamente definidos.

De acordo com Lakatos e Marconi (1991, p.91), “o método de abordagem caracterizar-se-ia por uma abordagem ampla, em nível de abstração elevado, dos fenômenos da natureza e da sociedade”. Englobaria: - Método indutivo: que caminha para planos mais abrangentes, indo das constatações particulares às leis e teorias gerais, em conexão ascendente.

- Método dedutivo: parte das leis e teorias e prediz a ocorrência de fenômenos particulares, em conexão descendente.

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- Método hipotético-dedutivo: inicia-se pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos, formula-se uma hipótese e, pelo processo dedutivo, testa a predição da ocorrência de fenômenos.

- Método dialético: penetra o mundo dos fenômenos através de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.

Tanto métodos quanto técnicas de pesquisa devem adequar-se ao problema a ser estudado, às hipóteses levantadas, ao tipo de informantes com que se vai entrar em contato. Dependerão do objeto da pesquisa, dos recursos financeiros, da equipe humana e de outros elementos da investigação.

(LAKATOS e MARCONI, 1999, p.83)

3.2. PESQUISA

Segundo Ludke e André (1986, p.13), para realizar uma pesquisa é preciso promover um confronto entre o dados, as evidências, as informações coletadas sobre determinado assunto e o conhecimento teórico acumulado a respeito dele.

Trata-se de construir uma porção do saber. Esse conhecimento é não só fruto da curiosidade, da inquietação, da inteligência e da atividade investigativa do pesquisador, mas também da continuação do que foi elaborado e sistematizado pelos que já trabalharam o assunto anteriormente.

3.2.1. Formas de Pesquisa

Este capítulo irá apresentar os 6 tipos de pesquisas que serão necessárias para realização do trabalho: pesquisa bibliográfica, descritiva, exploratória, aplicada, de campo e estudo de caso.

3.2.1.1. Pesquisa Bibliográfica Conforme Cervo e Bervian (1996 apud SILVA, 2003 p.49) “a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências publicadas em documentos”. Pode ser realizada independente ou como parte da pesquisa descrita ou experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado, existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.

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Assim tal tese apresentada parte da base bibliográfica para se alicerçar, trazendo autores de diversos meios de comunicação para se basear e respaldar sua fundamentação.

3.2.1.2. Pesquisa Descritiva

Cervo e Bervian (1996 apud SILVA, 2003 p. 27) explicam que a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e relaciona fatos ou fenômenos sem os manipular. Tem como objetivo descobrir, com a melhor precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.

Busca conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na vida social, política, econômica e demais aspectos do comportamento humano, tanto do indivíduo – tomado isoladamente – como de grupos e comunidades mais complexas.

Os dados, por ocorrerem em seu habitat natural, precisam ser coletados e registrados ordenadamente para seu estudo propriamente dito.

Segundo Cervo e Bervian (1996 apud SILVA, 2003 p. 27), a pesquisa descritiva pode assumir as seguintes formas: estudo exploratório, descritivo, de caso e pesquisa de opinião, de motivação e documental.

3.2.1.3. Pesquisa Exploratórias

Têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos, com vistas à formulação de problemas ou hipóteses pesquisáveis. Apresentam menor rigidez no planejamento. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis. O produto final deste processo é um problema mais esclarecido, passível de investigação mediante procedimentos sistematizados (GIL, 1991).

3.2.1.4. Pesquisa Aplicada

De acordo com Barros e Lehfeld (2000, p. 78), a pesquisa aplicada tem como motivação a necessidade de produzir conhecimento para aplicação de seus

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resultados, com o objetivo de “contribuir para fins práticos, visando à solução mais ou menos imediata do problema encontrado na realidade”

3.2.1.5. Pesquisa de Campo

Fonseca (2002, p.53) argumenta que a pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa (pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa participante).

3.2.1.6. Estudo de Caso

O estudo de caso é um método qualitativo que consiste, geralmente, em uma forma de aprofundar uma unidade individual. Ele serve

para responder

questionamentos que o pesquisador não tem muito controle sobre o fenômeno estudado. Para Alves-Mazzotti (2006, p. 640), os exemplos mais comuns para esse tipo de estudo são os que focalizam apenas uma unidade: um indivíduo (como os casos clínicos descritos por Freud), um pequeno grupo (como o estudo de Paul Willis sobre um grupo de rapazes da classe trabalhadora inglesa), uma instituição (como uma escola, um hospital), um programa (como o Bolsa Família), ou um evento (a eleição do diretor de uma escola).

Podem-se ter também estudos de casos múltiplos, nos quais vários estudos são conduzidos simultaneamente: vários indivíduos (como, por exemplo, professores alfabetizadores bem-sucedidos), várias instituições (como, por exemplo, diferentes escolas que estão desenvolvendo um mesmo projeto).

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4 FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA

A fundamentação prática apresenta os principais conceitos teóricos necessários ao desenvolvimento de um trabalho, é o suporte teórico para os estudos, análise e reflexões, sobre os dados e/ou informações coletadas.

4.1. IDEIA GERAL SOBRE O EVENTO

A motivação para o desenvolvimento dessa sequência criativa de palestras e criação de produtos é com a intenção da instrução feminina no ambiente vivido pela mesma. Palestra é o recurso ideal para reforçar as metas do evento, assim provocando os participantes, propondo novas ideias e estimulando-o para a ação.

Pesquisas na área de violência foram feitas e dados indicam que 77% das mulheres que relatam viver em situação de violência sofrem agressões semanal ou diariamente. Em mais de 80% dos casos, a violência é cometida por homens com quem as vítimas têm ou tiveram algum vínculo afetivo: atuais ou ex-companheiros, cônjuges, namorados ou amantes das vítimas13. No parâmetro psicológico e moral, o artigo 7º da Lei nº 11.340 tipifica como violência psicológica qualquer conduta que cause danos emocionais ou prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação da mulher. O Capítulo V do Código Penal Brasileiro, que define os crimes contra a honra, criminaliza a injúria, a calúnia e a difamação, enquanto o capítulo VI, dos crimes contra a liberdade pessoal, tipifica o crime de ameaça 14. Com base nesses dados desenvolvemos a ideia principal do tema, que é informar as mulheres com o objetivo de melhorar a situação feminina em todo o Brasil.

As palestras serão voltadas para o universo feminino em questão de saúde e bem-estar físico da mulher (Cuide-se), instruindo-as sobre doenças e precauções.

Comportamento (Ame-se) falando sobre o interior e suas emoções e como o amor próprio pode ajudá-la de dentro para fora. Representatividade (Valorize-se) mostrando que a sua felicidade está acima de tudo.

O produto conceito será produzido e confeccionado com intuito de angariar fundos para ONGs atuantes da proteção a mulher e como um conceito de

13 14

Disponível em: <http://www.spm.gov.br/>. Acesso em: 20 maio 2016.

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 20 maio 2016.

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empoderamento feminino trazendo a carteira como símbolo de independência e autonomia que a mulher quer transmitir.

Logo após a palestra, um coquetel será servido para fins de socialização, venda dos produtos criados para o projeto e aproximar ainda mais o público para a marca.

4.2. TENDÊNCIA

A tendência genderless, ou sem gênero, explorada em 2015, pode ser interpretada como um movimento que prega a neutralização de gêneros, tendência essa abordada desde 1920, sem nomeação, pela pioneira Coco Chanel, que implantou no guarda-roupa delas, peças antes denominada exclusivamente masculinas, causando uma desinstitucionalização da saia para a calça pantalona e a camisa bretão, ambas inspiradas pelos uniformes da marinha francesa. Sua principal inspiração vinha da confortabilidade e praticidade antes privilegiada apenas ao sexo masculino.

Durante a segunda guerra mundial, as calças foram usadas com frequência devido a escassez de toda espécie de roupas novas, mas somente na metade da década de 1950 é que passaram a ser aceitáveis para a vida urbana. Delpierre (1940, p.41)

De acordo com Massey (1994, p.339) a ausência dos homens no lar, durante a guerra civil americana, obrigou a mulher a os substituir em muitas ocupações. Essa guerra foi tida como um dos fatores que apressaram a emancipação feminina em cinquenta anos. O aumento crescente de mulheres de classe média no mercado de trabalho provocou uma mudança na visão de si mesmas.

Figura 6– Calça Pantalona

Fonte: Disponível em:< http://cdn.revistadonna.clicrbs.com.br/>. Acesso em: 23 maio 2016.

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Banner (1983, p.175) conta que no final do século XIX, a mulher independente e forte havia-se tornado a “nova mulher”, de grande visibilidade na educação, nos esportes, em reformas e na força de trabalho. Dado século XXI, essa segmentação ganha diversas direções, trazendo ao apelo popular coleções de grandes marcas, uma influência vivida pela sociedade, a dissociação de gêneros e amplas diversidades. A Gucci, por exemplo, no desfile masculino do inverno 2016, colocou modelos masculinos e femininos vestindo as roupas não sendo identificáveis pelo sexo.

Figura 7 – Desfile de Inverno 2016 Gucci

Fonte: Disponível em:<http://ffw.com.br/>. Acesso em: 23 maio 2016.

A luta por igualdade de gêneros e o empoderamento feminino trazem a autonomia de vestir-se com aquilo que faz a mulher sentir bem e quebrar qualquer estereótipo ou restrição. Como a marca Selfridges, de Londres, que recentemente abriu uma loja genderless pop-up store, indicando uma mudança de visão no varejo, e do público em geral. No Brasil, essa influência vem sendo discutida por grandes lojas de departamento. A loja C&A recentemente publicou vídeos campanha com o título "Misture, ouse e divirta-se"15, onde se veem modelos correndo pelados e vestindo roupas de qualquer segmento, sem restrição de gênero.

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Disponível em: <https://www.youtube.com/> Acesso dia: 23 maio 2016.

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Agora, a marca ganha destaque novamente com a campanha de Dia dos Namorados, que foi apelidada como "Dia dos Misturados"16 onde traz modelos trocando de roupa com suas namoradas ao se beijaram. Campanha essa que causa a ruptura de padrões, mostrando homens calçando saltos altos ou vestindo saias.

Esses paradigmas vêm sendo recriados pela indústria da moda.

Queremos mostrar que as peças de roupas podem ser combinadas e usadas de diversas formas, em diferentes ocasiões, independente do gênero ou qualquer outra divisão. A campanha apresenta o novo olhar da empresa sobre a moda e esse mundo de possibilidades e não especificamente uma coleção sem gênero, disse Elio Silva, vice-presidente de operações e 17 marketing da empresa, em entrevista à ELLE .

Figura 8– Propaganda Genderless C&A

Fonte: Disponível em:<https://www.youtube.com/>. Acesso em: 23 maio 2016.

“Atualmente a moda de modo geral tem sido vista como uma obrigação com a qual se deve conformar e que coloca um enorme peso sobre a população feminina” (WOLF, 1991, p. 114). A moda é cíclica e também se expõem a várias formas de interpretação. Como com qualquer tipo de concepção criativa, ela é analisada distintamente por cada indivíduo, não podendo ser uma obrigatoriedade a distinção escolhida de cada grupo social.

16 17

Disponível em: <https://www.youtube.com/> Acesso dia: 23 maio 2016.

Disponível em: <http://mdemulher.abril.com.br> Acesso dia: 23 maio 2016.

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4.3. APRESENTAÇÃO DOS TEMAS

O projeto chamado Empodere-se, será um dia feito especialmente para as mulheres, que serão o público alvo da iniciativa. Nele haverá uma tarde de palestras, que possuirá como tema principal o empoderamento das mulheres e terá como direcionamento três eixos: Representatividade, comportamento e saúde & bemestar.

A palestra que levará o nome de Valorize-se, do eixo representatividade, será conduzida por Kátia Barros (uma das fundadoras da Farm), nela serão abordados os assuntos que tratam da importância da mulher na sociedade, citando o nome de mulheres importantes na história que receberam ou não reconhecimento por seus feitos e seus desafios na atualidade.

Ame-se do eixo comportamento, será conduzida pela terapeuta Mariana Freire, que mostrará a importância da autoestima e do amor próprio para as mulheres, quebrando os padrões de beleza impostos pela sociedade.

Por fim, Cuide-se do eixo saúde e bem-estar, será conduzida pela médica Helena Magalhães, que venceu o câncer de mama, e Tatiane Crisme. Terá o intuito de orientar sobre as doenças que atingem as mulheres, e que muitas vezes não têm o acompanhamento e prevenção necessária.

Logo após a palestra, um coquetel será servido para fins de socialização, venda dos produtos criados para o projeto e aproximar ainda mais o público para a marca.

4.3.1. Palestra a Representatividade da mulher (Valorize-se)

A palestra que levará o nome de Valorize-se, do eixo representatividade, será conduzida por Kátia Barros, nela serão abordados os assuntos que tratam da importância da mulher na sociedade, citando o nome de mulheres importantes na história que receberam ou não reconhecimento por seus feitos e seus desafios na atualidade.

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4.3.1.1. Mulheres importantes na história

Rousseau (GASPARI, 2003, p. 29) detinha um discurso de que a educação feminina deveria ser restrita ao doméstico, pois, segundo ele, elas não deveriam ir em busca do saber, considerado contrário à sua natureza. Essa sociedade que lutava tanto por liberdade, passou a exigir que as mulheres fizessem parte dela, mas como mães, guardiãs dos costumes, e como seres dispostos a servir o homem.

Na história mundial, diversas mulheres realizaram grandes feitos, mas não tiveram o reconhecimento merecido, por terem sido subestimadas por homens, que acabaram levando seus méritos. Ou, como diz a escritora Virginia Woolf, “durante a maior parte da história, anônimo foi uma mulher”.

“Uma mulher já é bastante instruída quando lê corretamente suas orações e sabe escrever a receita da goiabada. Mais do que isto seria um perigo para o lar” (CRAVO, 1973, p. 11). A desqualificação da mulher perante a sociedade é muito comum, deixando transparecer em vários momentos da história seu menosprezo ou desvalorização em momentos tão importantes em que elas são inseridas.

4.3.1.1.1.

Hipácia

Hipácia matemática, astrônoma e excelente pensadora da Antiguidade.

Acabou desumanamente aniquilada por religiosos, sendo declarada como bruxa. É considerada a última intelectual de ressalto de Alexandria.18

4.3.1.1.2.

Joana dArc

Sem nenhum entendimento bélico, induziu pela fé um conjunto de soldados a acompanhá-la. Atingiu seu próprio exército, de cerca de 7 mil homens, e a autorização real para avançar até Orleans e libertá-la dos ingleses. Sucessivamente foi entregue aos ingleses, incriminada por blasfêmia e bruxaria. queimada viva em Rouen.19

18

19

Disponível em: <http://www.infoescola.com />. Acesso em: 21 maio 2016.

Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/>. Acesso em: 21 maio 2016.

Matando-a

40

4.3.1.1.3.

Marie Curie

Física e química polonesa foi impedida, quando jovem, de ingressar no ensino superior pois só aceitava homens. Ela lutou contra o preconceito feminino e tornouse uma prestigiada cientista. Conquistou o Prêmio Nobel, sendo a primeira mulher a recebê-lo e a primeira personalidade a herdar dois prêmios em áreas distintas.20

4.3.1.1.4.

Ada Lovelace

É considerada a primeira programadora do mundo, muito antes da nossa ideia atual de computador pessoal existir. Por ter vivido em um ambiente de lógica e estudos matemáticos, seus dotes com os números a aproximaram de Charles Babbage, professor e inventor. Os estudos dos dois permaneceram quase esquecidos, até que as pesquisas de Lovelace foram republicadas e se tornaram anotações essenciais para inspirar o trabalho de Allan Turing sobre os primeiros computadores modernos na década de 1940. 21

4.3.1.1.5.

Émilie du Châtelet

Quando criança foi educada em matemática, literatura e ciência. Utilizando as teorias de Gottfried Leibniz e as anotações de Willem’s Gravesande, ela mostrou que a energia cinética de um objeto em movimento é proporcional à sua massa e ao quadrado de sua velocidade, discordando de Isaac Newton, Voltaire e outros, que acreditavam que era diretamente proporcional. O que hoje conhecemos por radiação infravermelho e natureza da luz, foi escrito por ela no ensaio Dissertation sur la nature et la propagation du feu em 1737, a partir de suas pesquisas com a ciência do fogo.22

20

Disponível em: <http://www.infoescola.com/>. Acesso em: 21 maio 2016.

Disponível em: <http://www.somatematica.com.br/>. Acesso em: 21 maio 2016.

22 Disponível em: <http://www.blogbcrp.blogspot.com/>. Acesso em: 21 maio 2016.

21

41

4.3.1.1.6.

Rosalind Franklin

Era aluna destaque nas aulas de ciência desde criança, e estudou em uma das poucas escolas para garotas em Londres que lecionavam física e química naquela época. Foi uma das responsáveis pelas pesquisas e descobertas que levaram à compreensão da estrutura do ácido desoxirribonucleico (DNA, na sigla em inglês). Os biofísicos James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins que realizaram os estudos junto dela, receberam um prêmio Nobel por seus estudos em 1962: quatro anos após a morte de Rosalind Franklin, aos 37 anos, vítima de câncer de ovário. Sua contribuição não foi reconhecida na época.23 É um paradoxo criminoso recusar à mulher toda a atividade pública, vedar-lhe as carreiras masculinas, proclamar sua incapacidade em todos os terrenos e confiar-lhe a empresa mais delicada, mais grave que existe: a formação de um ser humano. (GASPARI, 2003 p.42)

4.3.2. Palestra sobre Comportamento (Ame-se)

Ame-se do eixo comportamento, será conduzida pela terapeuta Mariana Freire, que mostrará a importância da autoestima e do amor próprio para as mulheres, quebrando os padrões de beleza impostos pela sociedade.

4.3.2.1. Autoestima

Num cenário em que a insegurança feminina é tratada como frescura ou algo irrelevante, a autoestima passa a ser essencial na vida das mulheres.

Uma mulher com a autoestima transcendente tem a capacidade de identificar o seu valor de forma otimista, enxergar suas qualidades, do mesmo modo que é capaz de reconhecer as suas imperfeições e limitações. Quando a mulher está com a autoestima abalada, costuma se prender nas suas insuficiências e não identifica suas aptidões. O que traz uma série de consequências Atualmente, a sociedade valoriza o físico, entretanto, quando mostramos amor próprio em relação ao bem estar emocional, começamos a aceitar nosso corpo como ele é, sem o julgar. Precisamos primeiramente curar a alma.

23

Disponível em: <http://www.infoescola.com />. Acesso em: 21 maio 2016.

42

A mente é dividida em dois polos, emoções positivas e emoções negativas, sendo as últimas amplo transtorno para muitas pessoas. O sofrimento é um mal necessário para o fortalecimento e amadurecimento, estará em todo o trajeto da existência. O grande desafio é aprender a conviver com ele e superá-lo.

4.3.3. Palestra sobre a Saúde e Bem-estar (Cuide-se)

Por fim, Cuide-se do eixo saúde e bem-estar, será conduzida pela médica Tatiane Crisme e Helena Magalhães, que venceu o câncer de mama. Terá o intuito de orientar sobre as doenças que atingem as mulheres, e que em muitas das vezes não têm o acompanhamento e prevenção necessária.

4.3.3.1. Doenças que mais afetam a saúde das mulheres Alguns problemas de saúde atingem muito mais facilmente as mulheres do que os homens, ou são específicas da mulher. De todas que existem, estão entre elas as 5 que são mais comuns.

4.3.3.1.1.

Câncer de Mama

O câncer de mama é a doença que mais mata mulheres entre 35 e 54 anos em todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença é a que mais mata e representa 22% de novos casos a cada ano no mundo. Apesar do número crescente e alarmante, as chances de cura da doença podem chegar a 100% dos casos, se diagnosticados e tratados na fase inicial. Por isso a importância do autoexame, que deve ser feito com frequência para a prevenção do câncer de mama, tendo com o toque, buscas de nódulos no seio, acompanhado ou não de dor, que é uma das principais características do câncer. Porém, as mulheres devem ficar alertas com outros sintomas, como secreção no mamilo, alterações na pele que recobre a mama e caroço na axila.

Além do autoexame, estão inclusos outras precauções que precisam ser tomadas para evitar o câncer de mama e outras eventuais complicações ginecológicas, como fazer visitas anuais ao ginecologista e submeter-se ao exame de mamografia anualmente após os 40 anos. Não existe uma causa concreta para o

43

surgimento desta doença, mas existem fatores de risco que podem instigar ou acelerar o seu desenvolvimento. Entre esses fatores encontram-se a idade (acima dos 50 anos o risco aumenta), herança genética, não ter filhos ou tê-los depois dos 30 anos, obesidade, número elevado de ciclos menstruais, elevado consumo de álcool e vida sedentária, entre outros.24 4.3.3.1.2.

Câncer do colo do útero

É o quarto mais comum entre a população feminina, afetando na sua maioria mulheres entre os 50 e os 60 anos de idade, e responsável por cerca de 230 mil mortes por ano no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Costuma manifestar-se após a menopausa, e é chamado de “doença lenta”, uma vez que pode demorar entre 10 a 20 anos até se desenvolver.

Dentre alguns dos principais fatores dos riscos da doença estão: O início precoce da atividade sexual, multiplicidade de parceiros sexuais, higiene íntima inadequada, uso prolongado de contraceptivos, tabagismo e o Papilomavírus Humano (HPV). Outros fatores de risco relacionados com este tipo de cancro e que importa vigiar incluem: hipertensão, obesidade e diabetes.

Consultas regulares no ginecologista para eventuais exames de rotina é a melhor forma de se prevenir e diagnosticas lesões precursoras do cancro do colo do útero ainda em fase embrionária.24

4.2.3.1.3

Infeção urinária

A infeção urinária é a presença anormal de micro-organismos numa zona do percurso urinário. Cerca de 80 a 90% das pessoas que sofrem de infeções urinárias são mulheres, elas estão mais propícias a essa doença porque a anatomia feminina proporciona uma maior proximidade da uretra em relação ao ânus e a vagina.

A doença tende a incidir mais as mulheres a partir da idade reprodutiva, estendendo-se até a idade da menopausa. Quando o estrogênio e os microorganismos que protegem a região mais íntima sofrem uma queda, principalmente como consequência de relações sexuais desprotegidas ou devido à presença de bactérias gastrointestinais que migram até à região da bexiga.

24

Disponível em: <http://adoeci.com/blog />. Acesso em: 22 maio 2016.

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Algumas medidas devem ser observadas para prevenir as infecções urinárias, como ingerir líquidos em quantidades saudáveis, a micção antes e depois das relações sexuais, a não retenção de urina em situações do quotidiano, a toma de estrogênio livre de contraindicações hormonais para as mulheres na menopausa, a manutenção do correto funcionamento do aparelho digestivo, nomeadamente através de uma alimentação saudável e equilibrada.25

4.2.3.1.4

Candidíase

É uma infeção originada pelo fungo Cândida ou Monília e caracteriza-se pelo corrimento de cor esbranquiçada, espesso e grumoso, normalmente acompanhado por irritação no local.

20 a 25% das mulheres que apresentam corrimentos genitais sofre desta doença, e segundo estatísticas, pelo menos uma vez na vida, cerca de 75% das mulheres teve candidíase. Alguns especialistas afirmam que a candidíase não se encaixa na categoria de doença sexualmente transmissível, por poder ser contraída na ausência de relações sexuais.

Algumas precauções para evitar a doença devem ser tomadas, como usar preservativo, secar bem a pele depois do banho, manter uma alimentação saudável e equilibrada, assegurar uma higiene adequada na região genital, evitar o uso diário de absorventes, evitar o uso de papel higiênico perfumado, preferir calças mais largas e deixar de lado as roupas interiores de tecidos sintéticos.25

4.3.3.1.3.

Ovário Policístico

É um distúrbio endócrino que atinge cerca de 7% das mulheres em idade reprodutiva, levando à alteração dos níveis hormonais e provocando a formação e crescimento de quistos nos ovários. Esta doença caracteriza-se pela menstruação irregular, presença de micro quistos nos ovários e uma elevada produção de testosterona, e se não for devidamente acompanhada e tratada, pode levar algumas mulheres à infertilidade.

Como prevenção, ter uma dieta saudável, que impeça o aumento significativo do peso e que não contribua para o aumento da tensão arterial é crucial, evitar 25

Disponível em: <http://adoeci.com/blog />. Acesso em: 22 maio 2016.

45

expor-se a situações de stress e de ansiedade. Praticar exercício físico de forma equilibrada, manter os níveis de colesterol e de tensão arterial controlados, cumprir um calendário regular de visitas ao ginecologista.26

4.3.4. Release

O release nada mais é do que um texto distribuído à imprensa em linguagem jornalística. Deve ser objetivo e sintético. Contém informações de interesse da empresa

ou

órgão

que

está

sendo

assessorado.

Sua função básica é levar ao público alvo informações sobre a coleção/projeto, para que possa servir de apoio ou atração. Não se deve utilizar linguagem extremamente técnica. Mas, caso seja extremamente necessário e adequado ao público-alvo da comunicação, o termo técnico deverá ser seguido da explicação simples e objetiva do seu significado. Geralmente se usa uma linguagem poética e apresenta-se de forma lúdica a coleção/projeto.27 Segue release do projeto abaixo: Empodere-se

Remota a mais de 200 anos, e lutando pelos direito igualitários entre gêneros, o feminismo é um movimento social que surgiu na revolução francesa, e em primeiro plano lutou por direitos trabalhistas e a educação. Mas com a transformação da sociedade, percebeu-se que a discrepância não estava apenas nas leis, mas sim intrínseca em vários atos do dia-a-dia. Desde ir até o mercado e ser assediada na rua, até receber um salário menor por ser do sexo feminino, todos esses fatores serviram para agravar ainda mais o cenário social, fazendo-nos perguntar o porquê desta herança machista. O empoderamento não é diferente. Sendo forjado pelas mãos da ONU, este busca dar mais poder e independência para as mulheres em todos os âmbitos sociais.

Empodere-se vem com o intuito de conscientizar as mulheres que elas podem sim terem uma perspectiva de vida diferente do que lhes é pregada. Tem como principal missão mostrar os mais diferentes aspectos da vida, mostrar para a mulher

26 27

Disponível em: <http://adoeci.com/blog />. Acesso em: 22 maio 2016.

Disponível em: <http://www.dino.com.br/> Acesso dia: 24 maio 2016

46

que sofre com o machismo diariamente, que ela não está sozinha, e que tem a chance de ter uma vida diferente. Por isso, Empodere-se!

4.4. IDENTIDADE VISUAL

Julga-se essencial em uma empresa seu nome, marca e imagem passadas para o púbico. O sucesso de uma organização está diretamente ligado a forma como suas ideias e conceitos são transmitidos aos clientes. Esta comunicação deve ser explorada principalmente na identidade visual.28 A identidade visual dos meios gráficos e físicos do projeto Empodere-se consiste em transmitir a imagem da mulher forte e empoderada. Os elementos que a compõem são as imagens em aquarela e os tons quentes e avermelhados, que remetem a intensidade e expressividade do movimento feminista. Foram produzidos folder, flyers, convite, tag e press kit para a composição do meio físico, e uma rede social própria com postagens temáticas como meio virtual.

4.4.1. Logotipo

É a assinatura de uma empresa, produto ou serviço e a tradução visual da personalidade e identidade da marca, que é importante para a identificação de seu público-alvo. A presença de um logotipo bem feito faz a empresa ou o produto se destacar entre seus concorrentes, transmitindo profissionalismo e confiabilidade, além de demonstrar qualidades importantes que estabelecem reconhecimento em meio de seus consumidores.29

28 29

Disponível em: <http://www.agataeomouse.com.br/>. Acesso em: 24 maio 2016.

Disponível em: <http://blog.wedologos.com.br/>. Acesso em: 24 maio 2016.

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Figura 9- Logotipo

Fonte: As Autoras (2016)

Foi criado um logotipo exclusivo para o projeto Empodere-se, com o intuito de transpassar a atmosfera do evento. Possui tons avermelhados, que impulsionam, emocionam, apaixonam juntamente com tons amarelados, que transmitem alegria, acolhimento e é estimulante. Com tons alaranjados tem o intuito de passar uma imagem amigável e convidativa, pois são tons que transmitem conforto. Com a arte aquarela, a logo é convidativa ao público feminino, pois alude a graciosidade e simplicidade de um borrão de tinta. Logo que o cliente observa a logo, pode-se perceber sutilmente o nome do projeto (Empodere-se), e logo abaixa da mesma, a logotipo padrão da Farm.

4.4.2. Tabela de Cores Com base nas estampas da FARM, a tabela de cores utilizada traz a tendência encontro de culturas do verão 2017, que é uma verdadeira temática de alto verão, com tons vibrantes, alegres e empolgantes. Gira em torno da excitação de descobrir e explorar novos encontros culturais captando o alto verão. Com base no espírito aventureiro, irá explorar o design de formas, texturas e cores inusitadas. “‘Encontro de Culturas’ será o veículo de cores para o alto verão em 2017, formando um raio de sol conforme a paleta faz a transição do mar para a areia, até os limites da selva.

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Figura 10– Tabela de Cores

Fonte: As Autoras (2016)

Cacau, coco e areia serão as principais cores neutras, enquanto que os tons de manga, akee, verde-papagaio e rosa-pitaia vão trazer os toques tropicais vibrantes da cultura caribenha.”30

4.4.3. Produto Conceito

A carteira feminina é o mais simples e o mais complexo produto feminino, podendo expressar a carga emocional de sua dona. Ela é carregada de significados porque pode expressar com fidelidade a vida de uma mulher. Esse acessório é simples pois serve como uma ferramenta essencial à vida e até mesmo à sobrevivência. Ela é complicada porque desenvolveu e preencheu muitas funções.

Traz o símbolo de autonomia feminina, independência do dinheiro de seu pai, do cartão de crédito do seu namorado ou da carteira de motorista do seu marido.

Para alavancar o evento e com o intuito de angariar fundos para ONGs beneficentes, foi desenvolvido um produto conceito que transpasse o objetivo da palestra. O produto em questão é uma carteira, feita totalmente de materiais recicláveis, reaproveitados de objetos encontrados frequentemente no dia a dia para produção de peças artesanais. Será produzida com caixa de leite e retalhos de tecidos provenientes da confecção das roupas da Farm. Mostra a identidade da marca, trazendo estampas que mostram a personalidade que a marca quer passar.

30

Disponível em: <http://www.ecadorin.com.br/> Acesso dia: 24 maio 2016.

49

A ideia inicial provém de um produto conceito que abrangesse tanto o âmbito social e ambiental do visual merchandising para a grife. Necessidade da unção trouxe a inspiração para uma carteira que simbolizasse o empoderamento feminino e ao mesmo tempo fosse elaborado de materiais reaproveitados.

Figura 11– Produto Conceito

Fonte: As Autoras (2016)

Os materiais utilizados foram: 

Caixa de leite;



Tecido patchwork;



Zíper;



Fecho de ímã;



Cola;



Tesoura.

Os passos para a realização da carteira foram: A base primordial foi a caixa de leite, devidamente cortada e dobrada como uma carteira. Posteriormente foi revestida pelo tecido interiormente e exteriormente. Foi colocado o fecho de ímã e as divisões da carteira dentro com tecido, e uma divisão para moedas com zíper.

50

Figura 12- Produto Conceito

Fonte: As Autoras (2016)

4.4.4. Espelho

Uma mulher sempre carrega um espelho em sua bolsa. Este sempre foi um objeto sinônimo de vaidade e amor próprio. Seu objetivo dentro do press kit não será diferente e terá o intuito de incentivar as mulheres a se amarem mais e conviverem em harmonia com a sua aparência.

Figura 13- Espelho

Fonte: As Autoras (2016)

Será impresso em cima do espelho a logo do evento e da marca, e uma frase da feminista Simone de Beauvoir. Medirá 6 cm de diâmetro.

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4.4.5. Press Kit

É uma das ferramentas de relações públicas mais importantes para uma empresa, pois através dele é possível fornecer informações relevantes e apuradas sobre seu negócio para qualquer pessoa que está interessada em conhecer mais sobre a mesma. Seu propósito é reunir informações importantes para responder questões e sugerir ideias de histórias para a mídia. Ele deve possuir informações claras e importantes sobre o produto e empresa, como por exemplo um release explicativo. 31 Figura 14- Press Kit

Fonte: As Autoras (2016)

A composição visual do press kit procura transmitir a ideia do “sem gênero” por ser de papel craft. Em sua parte externa, será amarrado verticalmente com um barbante e neste será pendurado a tag. Medirá 16cmx24cm. Este será composto por 1 folder, os 3 flyers e 1 espelho temático.

31

Disponível em: <http://www.blog.dino.com.br/> Acesso dia: 25 maio 2016

52

4.4.6. Folder

Além de ser uma ótima forma de divulgação, os folders são um meio muito importante de apresentar-se ao cliente e trazer informações sobre a sua empresa.

Nele estão contidos informações sobre o produto ou serviço oferecido. Quando muito bem elaborado, instiga a curiosidade do consumidor em conferir seu conteúdo.32 O folder irá conter informações sobre o evento, a ideia principal e os temas das palestras e terá o intuito de informar um pouco mais o espectador e será colocado dentro do press kit. Sua estética consiste na arte em aquarela e imagens que remetem a sensualidade e independência feminina. Possui tons avermelhados, alaranjados e amarelados.

A parte externa do folder traz em primeiro plano uma imagem que representa uma mulher aparentemente nua, simbolizando a sensualidade feminina, e ao seu lado um splash de tinta com o título da palestra. Abrindo o folder encontra-se o release com uma aquarela, onde se explica o contexto histórico do feminismo, motivações para que fosse realizado o evento, entre outros. A parte do verso informa o site da Farm e a sua logo. As dobraduras estão representadas pelas linhas pontilhadas.

Figura 15– Folder (parte frontal, mediana e traseira) |

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Fonte: As Autoras (2016)

32

Disponível em: <http://www.socci.com.br/> Acesso dia: 25 maio 2016.

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Figura 16- Folder (parte interna) |

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Fonte: As Autoras (2016)

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Internamente, encontram-se explicações sobre a finalidade do evento, temas gerais da palestra e uma breve explicação sobre o que é o empoderamento feminino, todos com imagens ilustrando os textos.

4.4.7. Flyers

Flyers bem trabalhados e elaborados são importantes convites para eventos, festas, inaugurações e afins. Além disso, apresentam linguagem mais objetiva, de leitura curta, fácil, e possivelmente um campo para que a pessoa possa encontrar mais informações. Muitas vezes são confeccionados com cores e cortes diferentes para se destacarem.33 Figura 17- Flyers

Fonte: As Autoras (2016)

33

Disponível em: <http://social.stoa.usp.br/> Acesso dia: 25 maio 2016.

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Os flyers farão parte do press kit, terão como intuito dar uma breve introdução as palestra, do que irá se tratar, quem irá conduzi-la, principais pontos do assunto em questão. Serão 3, um sobre a palestra Ame-se, que irá se tratar da importância da autoestima feminina, um sobre a palestra Cuide-se, que irá se tratar das doenças mais comuns em mulheres e a prevenção contra estas, e um sobre a palestra Valorize-se, que abordará a valorização da mulher na sociedade.

4.4.8. Convite

O convite terá o intuito de informar aos convidados a data e o local das palestras. Ele será distribuído em meio físico para alguns convidados, como diretoras de ONGs, e em meio digital para o maior público.

Figura 18- Convite frente e verso respectivamente

Fonte: As Autoras (2016)

O design no convite baseia-se na simplicidade, porém o colorido chama atenção e o torna mais sofisticado. Mantem-se a arte aquarela, porém as cores mudam para rosa, azul e verde, cujas transmitem afetividade, serenidade e esperança. A frente apresenta o nome do evento sozinho com o intuito de fixar e impactar o convidado. O verso trás as informações necessárias para orientação do espectador sobre o evento.

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Figura 19- Envelope do Convite

Fonte: As Autoras 2016.

O convite será quadrado com 12cmx12cm contará com um envelope em papel cartão cru medindo 12,5cmx13,5cm, cujo intuito é transmitir a ideia “sem gênero”.

4.4.8.1. Convite Virtual

Convite virtual será enviado pelo Facebook, com o intuito de convidar um número maior de pessoas. O seu design será a junção das postagens do Facebook, com a logo do evento e da marca. Possuirá as informações do convite como data, local e hora.

Figura 20- Convite Virtual

Fonte: As Autoras (2016)

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4.4.9. Tag

Na tag está contido informações sobre o produto, como a finalidade, a marca que o produz, descrição e conteúdo. É uma ferramenta promocional muito eficaz para a identidade da marca. Trazida em formatos, cores e tamanhos diferentes, mostram inovação, criatividade e competência, promovendo a marca.34 As tags serão colocadas nos press kits e no produto conceito com o intuito de fixar os elementos visuais do projeto.

Figura 21- Tag do Press kit e do produto conceito

Fonte: As Autoras (2016)

A tag do press kit irá transmitir a atmosfera do evento com as cores e a arte aquarela, e será colocada também no produto conceito como forma de manter uma identidade visual. Medirá 6cmx11,5cm no press kit, e 4cmx9,5cm no produto.

34

Disponível em: <http://www.etiquetasbrasil.com.br/> Acesso dia: 26 maio 2016.

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Figura 22- Tag do produto conceito

Fonte: As Autoras (2016)

Já a tag do produto conceito terá o intuito de informar o cliente sobre o produto que está adquirindo e a sua finalidade. Medirá 5cmx7cm.

4.4.10. Coquetel

Um coquetel serve para a interação dos convidados de uma forma descontraída e tem por objetivo a discussão sobre o ocorrido durante o evento. Para troca de experiências, este é muito válido quando se fala de um evento de moda, que tem por intuito passar alguma mensagem aos seus convidados.

Figura 23- Painel de Inspiração para o Coquetel

Fonte: As Autoras (2016)

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Para encerrar o ciclo de palestras, será oferecido aos presentes um coquetel.

Terá o intuito de consolidar o conceito da marca através dos cinco sentidos: audição, visão, tato, olfato e paladar. Para a audição haverá uma musica ambiente propícia para o momento. A visão será impactada e fixada com a identidade visual do projeto, através da logo, dos tons quentes e da arte em aquarela, que irão compor a decoração. Para o tato, estarão a disposição o produto conceito e outros produtos da marca. Ao olfato e ao paladar será oferecido comidas leves e bebidas refrescantes. Toda a atmosfera do coquetel será envolta na identidade visual do evento.

4.4.11. Mídia Social

Os consumidores contemporâneos exigem cada vez mais recursos de fácil acesso, que contenham informações sobre o serviço procurado. Uma empresa que possui mídias sociais tem muito mais controle em monitorar os comentários que surgem sobre o seu produto, além de estarem mais conectadas, estabelecer um relacionamento de intimidade e influenciar positivamente com relação à sua empresa, marca ou produto, elas transmitem uma imagem de preocupação com a opinião de seus clientes. Visitas à página, curtidas em posts e compartilhamentos são questões que precisam ser analisadas frequentemente, afim de mensurar o engajamento de seu público-alvo e manter ou repensar suas estratégias midiáticas.35 Para a comunicação e divulgação do evento ser mais abrangente, será usada a rede social Facebook, sendo criada uma página própria para a palestra, com postagens diárias informando os clientes e convidados sobre o evento.

Figura 24- Postagem no Facebook

Fonte: As Autoras (2016) 35

Disponível em: <http://www.academiadomarketing.com.br/> Acesso dia: 25 maio 2016.

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As imagens acima são os nomes das palestras que compõem a ideia. Elas serão postadas com antecedência no facebook com o intuito de divulgar e convidar o público a conhecer o projeto e sua identidade.

Figura 25- Postagem no Facebook

Fonte: As Autoras (2016)

O logotipo também será compartilhado no facebook com o propósito de apresentar a identidade visual e divulgar o projeto.

Figura 26- Layout do Facebook

Fonte: As Autoras (2016)

Acima está a página do facebook, que será um meio de interação entre o público e a marca, onde serão postados vídeos, imagens e conteúdos relacionados ao projeto.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Este capítulo irá tratar dos resultados trazidos pelo projeto e discussões referentes ao andamento do mesmo. Será separado em subtítulos que esclarecerão os pontos mais importantes referentes ao trabalho.

5.1. OBJETIVOS Através de fatos e acontecimentos reais, relatados por mulheres que sofrem com abusos verbais, morais ou físicos, por meio de campanhas, tendo como intuito alavancar o visual merchandising da marca, os objetivos do projeto foram explorados de todos os lados.

Consistiram em trazer ao público da Farm uma forma de interação diferenciada, através de palestras, e procurou-se abordar assuntos que atingem diretamente o público da marca. Por meio de materiais gráficos e físicos, a identidade visual foi construída através de folder, flyers, press kit, mídias sociais, seguindo uma linha de criação em todos estes.

Desse modo, uma meta foi traçada no início do projeto, permitindo assim que os objetivos almejados fossem alcançados.

5.2. PROBLEMÁTICA Conforme apresentada anteriormente36, a problemática do projeto surgiu a partir de uma necessidade de mesclar VM e ações sociais para que a Farm levasse aos seus clientes uma forma diferenciada de marketing. Para que isso fosse alcançado, pesquisas foram feitas e um projeto foi criado, procurando atender todas as necessidades que existiam.

Por meio de pesquisas procurou-se solucionar as necessidades da marca, e responder de forma positiva e completa o problema criado através do projeto. Em todas as etapas observou-se a problemática e sempre se procurou solucioná-la.

Ao fim infere-se que as pesquisas e análises feitas na fundamentação teórica e prática possibilitaram solucionar as carências do projeto.

36

Ver capítulo 2

61

5.3. PONTOS POSITIVOS Este projeto pretende fazer com que as mulheres e as pessoas à sua volta percebam a importância da conscientização feminina, para que elas possam desenvolver seu verdadeiro papel no mundo. É um movimento estimulante de autoestima, num cenário em que as mulheres recebem frequentemente mensagens de que sempre é necessário melhorar.

5.4. PONTOS NEGATIVOS O material de pesquisa disponível na biblioteca precisa ser atualizado, para que contenha assuntos mais modernos, como no caso do empoderamento feminino e o feminismo. Muitas das pesquisas feitas para concretizar a parte teórica, tiveram que ser feitas com base nos sites disponíveis na internet, que não apresentam algo tão completo e seguro como um livro.

O público alvo FARM é um público extremamente restrito, ele é composto por garotas, universitárias, cariocas que vivem na zona sul do Rio de Janeiro, ou seja, de classe alta. Mesmo sendo contraditória a proposta, a marca foi escolhida por já apresentar em seu site, ideias sobre empoderamento feminino e seus princípios.

Por isso o interesse do projeto em buscar novos tipos de público para a empresa, como mulheres de corpos não esculturais e que possivelmente não se sentem seguras sobre si mesmas, mulheres que não se encaixam nos padrões de beleza impostos pela sociedade e a mídia.

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5.5. TABELA DE INVESTIMENTOS

Tabela 1- Investimentos

PRODUTO

PREÇO

Tecido

R$33,00

Fecho de ímã

R$7,00

Impressão do TCC

R$52,80

Impressão dos materiais gráficos (Folder, flyers, convite, tag)

R$18,00

Fonte: As Autoras (2016)

Para a elaboração do projeto foi preciso a obtenção de alguns itens, que foram utilizados na confecção do produto conceito e press kit. A tabela acima contém os investimentos a respeito do produto conceito, impressão do TCC e materiais gráficos.

5.6. TABELA DE MATERIAIS/EQUIPAMENTOS/FERRAMENTAS

Quadro 1- Materiais

Cola Caixa de leite Tecido Tesoura Zíper Fecho de ímã Fonte: As Autoras (2016)

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Todos os materiais listados foram utilizados na confecção do produto, que é a carteira, criada para o projeto. A sustentabilidade do produto foi uma característica estudada na procura de materiais para confeccioná-lo.

Além de ser feita com materiais reaproveitados como a caixa de leite que serviu como a parte interna, e o tecido que provém de retalhos das confecções das roupas da FARM, utilizado para o revestimento da carteira, utilizamos materiais de baixo custo como os fechos de ímã, zíper e cola.

5.7. PROPOSTA DE MELHORIA Para o aperfeiçoamento desse projeto, a proposta para melhoria seria no reparo da organização coletiva na antecipação de determinados textos e assuntos não aprofundados por ausência de tempo para realização dos mesmos.

Outra avanço evidente em nosso trabalho que poderia ser reajustado, seria disponibilidade um de maior prazo para confecção de mais produtos ou nova coleção, para a marca escolhida, pois com tempo curto e corrido, a realização só pode cumprir-se a um acessório (produto conceito).

5.8. IMPORTÂNCIA DO PROJETO AO MERCADO/INDÚSTRIA Rousseau (GASPARI, 2003, p. 29) detinha um discurso de que “a educação feminina deveria ser restrita ao doméstico, pois, segundo ele, elas não deveriam ir em busca do saber, considerado contrário à sua natureza.” A inserção da mulher no mercado de trabalho foi necessária, tendo raízes profundas na história, podendo ser ligada participação masculina no exército na I e II Guerra Mundial, obrigando as mulheres a participação no trabalho. “A sociedade industrializada necessitava de mão-de-obra para os diferentes campos de trabalho que se abrem e percebem o significado da inserção da mulher nos meios profissionais e da escolarização como elemento preponderante a essas mudanças.” (GASPARI, 2003, p. 72).

“Ao longo dos anos mudanças têm ocorrido na participação das mulheres no mercado de trabalho. Este processo se consolida a cada dia deixando de ser uma oscilação temporária, tornando o processo de incorporação do contingente feminino

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um fenômeno social contínuo e persistente”. (GARCIA & CONFORTO, 2012 apud BAYLÃO & SCHETTINO, 2014 P.12). O empoderamento feminino mostrado nesse projeto abre os olhos para a importância da mulher na sociedade, e sua valorização diante a todos. Com a crescente conscientização de feminismo na sociedade a distinção e diminuição tem sido cada dia menor. A indústria atualmente está abrindo portas para a associação feminina no mercado de trabalho, alavancando seu mérito.

A vida profissional compartilhada com as mulheres tem se revelado mais ativa, mais colorida e mais interessante. Esse intercâmbio de conhecimentos e sensibilidades tem se mostrado proveitoso para ambas as partes. Troca-se razão por criatividade, matemática por poesia, disciplina por afetividade. E vice-versa. Reafirmo a necessidade de aprendizado permanente e as mulheres são boas professoras por natureza. Enfim, diria que não importa o sexo ou a opção sexual. Quem aspira a uma carreira de sucesso tem que assumir, de agora em diante, um perfil mais feminino. E este conselho vale também para as mulheres que ainda não descobriram suas próprias virtudes (JULIO, 2002, p. 136).

5.9. QUAL O VALOR DA PESQUISA As pesquisas feitas revelaram que há muito a ser feito acerca da desigualdade entre gêneros. Mulheres são agredidas, assediadas e violadas todos os dias por conta da intolerância e ignorância. O projeto buscou ajudar e clarear a visão de muitas mulheres que sofrem com essa realidade, através de palestras conscientizadoras.

Agregada ao projeto, a importância social deste torna-se intrínseca pensando em sociedade contemporânea. Mudar a cultura do machismo que existe no Brasil pode afetar a vida de muitas pessoas, mesmo que indiretamente. Fundamentar-se teoricamente através de pesquisas é de muitíssima importância quando se trata do parâmetro social, pois dados estatísticos, relatos verídicos e até mesmo notícias envolvendo o assunto ajudam a fortalecer o sentido e objetivo do projeto. As pesquisas foram a sustentação do trabalho e são indispensáveis para um trabalho efetivo.

5.10. PROBLEMA E DIFICULDADES

A maior dificuldade encontrada na execução desse projeto foi ausência de tempo para sua elaboração. Como é uma proposta voltada para o social, requereria uma maior pesquisa de campo sociológica com relação à interação social à ideia

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demarcada, e ao pensamento feminino ao empoderamento da mulher, conceito tão recém aderido no meio coletivo.

Como o tema é causal, falado diariamente, para o desenvolvimento da proposta de forma aprimorada, foi encontrado um empecilho. O empoderamento feminino e valorização da mulher da sociedade ainda é um assunto atual, pouco explorado por escritores, principalmente em livros, causando uma escassez de referências para a base primordial.

A dificuldade de difusão feminista, igualdade de gêneros, ainda é tratada com menosprezo ou histeria feminina, por ainda estar o machismo em domínio do pensamento grupal. Para a conscientização da mulher, ainda houve a barreira masculina, pois a voz feminina ainda é menos audível na sociedade contemporânea.

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6 CONCLUSÃO O trabalho de conclusão de curso teve como principal objetivo, apresentar uma ideia que aprimorasse o Visual Merchandising da marca (Farm) sabendo-se que a identificação emocional do consumidor com um produto e seu envolvimento psicológico no ato da compra impulsiona o consumidor a desenvolver desejo pela marca, por meio da relação cliente e marca, que fortalece o vínculo de confiança e fidelidade essencial para ambas as partes. O método adotado foi o de palestras e campanhas, os recursos ideais para reforçar as metas do evento, onde o assunto empoderamento feminino foi o tema central, instigando as mulheres ao desenvolvimento de ações que visam recuperar seu poder e alcançar o direito da igualdade de gêneros.

Observando fatos e acontecimentos na história, depreende-se que existe uma disparidade entre gêneros, onde a mulher é desfavorecida tanto no meio profissional quanto no social. O maior obstáculo enfrentado atualmente é o fato de a opinião masculina ser ainda mais eficaz e audível, tornando-se fraca a voz feminina. Por essas causas, o projeto pretende exercer importante papel na luta pela equidade de gêneros e empoderar as mulheres, para que elas então, ganhem cada vez mais espaço na sociedade.

Além do intuito de empoderamento por meio das palestras, um produto conceito foi elaborado, sendo ele uma carteira feita com materiais reaproveitados, com a intenção de doar a ONG’s beneficentes, 70% do lucro arrecadado nas vendas. O motivo da escolha dos materiais que constituem a carteira, é que além de terem um baixo custo na confecção, o que coopera com a arrecadação de lucro, elas ajudam na preservação do meio ambiente por serem ecologicamente sustentáveis. Nos dias de hoje presar por sustentabilidade, é de extrema importância, levando-se em conta as condições em que o planeta se apresenta na atualidade. A personalidade da empresa e do projeto estará estampada na carteira, devido o uso dos tecidos e cores presentes na marca, o que ajudará a reforçar a identidade visual do projeto.

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