Revista Talking About Heroes

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ARTIGO

DC vs Marvel

A FORÇA E O ALCANCE DOS FI LMES DE SUPER-HERÓI

TALKiNG ABouT HERoeS Editora Panini Edição 1 - ano 1 - número 1 10 de novembro de 2016

R$ 9,90

NÃO! AS MULHERES NÃO SÃO O SEXO FRÁGIL ! TRAJES > ESCRITORAS >MULHErES NaS HQs >PLATAFORMAS DE PUBLICAÇÃO


Na primeira temporada de The Flash, o personagem em sua primeira luta com o Flash Reverso.

O UNIVERSO DAS SERIES T

odos sabem da disputa “saudável” que existe entre a DC e a Marvel, mas aqui vamos falar sobre a série que está fazendo mais sucesso em cada estúdio. Flash e Demolidor têm cativado o público e mostrado seu potencial para os fãs.

Com o tempo ele descobre que seu poder é consequência da explosão do acelerador de partículas que causou uma tempestade de radiação e atingiu não só ele, mas inúmeras pessoas, os tornando meta-humanos.

Só para deixar claro, ignore essa competição e vá Barry tem que lidar com um crime misterioso do assistir esses dois sucessos! passado que envolve a morte de sua mãe, e assumir a Baseada nos quadrinhos da DC Comics, The identidade de Flash para capturar os meta-humanos Flash estreou em 2014, com 4,83 milhões de teles- que estão cometendo crimes pela cidade, tudo isso pectadores no primeiro episódio, se tornando a es- com a ajuda dos cientistas de Stars Lab (Caitlin, Cistreia mais assistida da emissora norte americana The co e Dr. Wells).

CW. A série conta a história de Barry Allen (Grant A terceira temporada de The Flash estreou em 4 Gustin), um cientista forense que trabalha para o de outubro desse ano, com uma audiência de 3.17 Departamento de Polícia de Central City e que, após milhões de telespectadores. A série conta com uma ser atingido por um raio, adquire supervelocidade. nota de 8,2/10 no IMDb (Internet Movie Database). 2 10 de novembro, 2016


Cena da segunda temporada de Demolidor, primeiro embate entre o superherói e o Justiceiro.

Demolidor: o heroi de maior sucesso da Netflix diferentes dos seus, provocando muitas mortes e repercussão na mídia. Logo, os vigilantes começam a ser vistos acompanharam a primeira temporada não se de- como uma ameaça, os “fora da cepcionaram com o resultado da continuação dessa lei”. Velhos inimigos voltam a produção. Além das incríveis cenas de luta - muito aparecer, além de ninjas sinistros bem coreografadas e já conhecidas pelo público -, com seus mistérios e ameaças. personagens essenciais para o desenvolvimento da A série estreou em 2015 trama são introduzidos. Elektra (Elodie Yung) - personagem do passado de Matt - e Frank Castle, o Jus- e até agora está muito bem ticeiro (Jon Bernthal) - ex-militar e combatente de avaliada pelo IMDb (a enguerra - chamam atenção assim que entram em cena. ciclopédia virtual mais influente sobre o cinema e O Justiceiro é revoltado, brutal e letal, literal- a TV) com a nota 8.8 dos mente uma arma, e isso é muito bem apresentado e 227.576 usuários. Jessica desenvolvido durante a sua participação. Esse per- Jones e Luke Cage tamsonagem cativou o público e logo a Netflix confir- bém receberam notas mou uma série solo prevista para 2017. Seguimos acima de 8. O sucesso acompanhando a vida de Matt Murdock, que de dia da parceria da Marvel é um excelente advogado e à noite se torna o super- com a Netflix é tão -herói que luta para proteger Hell’s Kitchen. Ago- espetacular que a 3ª ra, o Demolidor terá que lidar com as ações desse temporada já foi connovo “vigilante”, que age com métodos totalmente firmada para 2017.

ovamente Charlie Cox brilha como o Homem N Sem Medo. A segunda temporada de Demolidor estreou no início do ano (março) e aqueles que

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izem que tudo que é bom dura pouco. Os fãs de Arrow ficaram decepcionados com o rumo da história do Arqueiro Verde na 3ª e 4ª temporada da série. Sabemos que não se trata de um Demolidor, mas o ex playboy e atual vigilante de Star City teve uma história interessante e bem desenvolvida nas primeiras temporadas. Oliver Queen (Stephen Amell) retornará para a 5ª temporada como prefeito de Star City e o público está ansioso para ver como ele irá equilibrar esse novo cargo com a sua principal função, a de vigilante. A nova temporada mostrará a renovação do “team Arrow” sob a liderança de Oliver e Felicity Smoak (Emily Bett). Os fãs estão esperançosos para que esse ano a série retome o tom das primeiras temporadas, fato já confirmado pelo diretor.

Kryptonianos avante! Não só de filmes vive o Su-

perman! Prevista para 2017, a série “Krypton” será sobre as origens de “Clark Kent”, seu planeta natal e sua família. A história se passará na época em que Krypton era uma cidade próspera, ou seja, 200 anos antes dos acontecimentos de Homem de Aço. Alguns atores já foram confirmados e o diretor já é conhecido pelo grande público por ter trabalhado em “Batman vs Superman”, “Homem de Aço” e “Gotham”. “Krypton” chega para integrar o universo dos seriados da DC, que já conta com “Arrow”, “Flash” e “Supergirl” - coincidentemente a série sobre a prima do Superman.

Bolad������������������������������������������� ão����������������������������������������� e sinistrão. O herói com o corpo impene-

trável já está com a sua 1ª temporada disponível na Netflix. Luke Cage (Mike Colter) teve sua primeira aparição em Jessica Jones e agora ganhou sua série solo. Após os eventos de Jessica Jones, ele decide deixar Hell’s Kitchen e ir para a sua terra natal, o Harlen. Lá suas ações heróicas são colocadas em dúvida pelos policiais e pela própria população. Além da valorização dos negros, a história tem um tom real e os vilões são bem humanizados. Luke Cage mostra que é uma pessoa comum, que passou por problemas e têm que enfrentá-los. Ele é um dos heróis mais próximo da realidade, apesar de sua característica “peculiar”. 4 10 de novembro, 2016


Logo, logo os vigilantes da Marvel irão se reunir.

A Marvel/Netflix está começando a produção de uma das séries mais aguardadas pelos fãs de super-heróis, Os Defensores. Demolidor (Charlie Cox), Jessica Jones (Krysten Ritter), Luke Cage (Mike Colter) e Punho de Ferro (Finn Jones) finalmente se encontrarão para enfrentar um vilão - ainda não definido - que precisará da união do quarteto. Cada personagem teve uma série solo, exceto Punho de Ferro que lançará no início de 2017, com as histórias interligadas para culminar nos Defensores. A série ainda está sendo divulgada aos poucos e muitos critérios ainda não foram definidos, mas todos estão ansiosos para ver como esses quatro heróis com características bem distintas irão se comportar em grupo. Discordâncias, conflitos e muitas cenas de luta devem estabelecer o ritmo da série.

Uma máquina mortífera que luta para fazer jus-

tiça a sua família morta a sangue frio. Frank Castle (Jon Bernthal) já demonstrou o tamanho da sua força e brutalidade em Demolidor, protagonizando uma das melhores cenas da segunda temporada da série. Ele foi capaz de mostrar que não é preciso ter superpoderes para defender ou lutar por algo. Diante do sucesso do personagem, a Marvel/Netflix anunciou a produção de sua série solo, provocando tumulto nos fãs. Para o Justiceiro, não existe uma forma mais “natural” para eliminar os criminosos do que os matando impiedosamente e isso é ainda mais fortalecido pela morte de sua família. As filmagens já começaram e várias fotos já vazaram na internet.

Já era tempo! Apesar de estar “enrolando” para

lançar um filme solo da Viúva Negra, uma das principais integrantes dos Vingadores, enfim a Marvel em parceria com a Netflix lançou a primeira série focada em uma super-heroína. O público já irá conhecer Jessica Jones (Krysten Ritter), uma personagem enigmática e traumatizada, como uma mulher que já foi heroína. Ela é um detetive particular em Hell’s Kitchen - mesmo bairro de Demolidor -, que tenta levar uma vida normal, sem seus superpoderes. No entanto, uma figura do seu passado volta a atormentá-la, fazendo com que Jessica realmente enfrente seus temores. 5 10 de novembro, 2016


NÃO! AS MULHERE S NÃO SÃO .

O SEXO FRÁG I L! .

A

posto que ao ler o título dessa matéria algumas imagens vieram a sua mente. Provavelmente de super-heroínas das histórias em quadrinhos. Agora pense novamente nas personagens que vieram a sua mente ao ler o título, dessa vez relembrando as características delas. Tenho certeza de que você reparou que todas têm algo em comum: roupas sensuais, justas e curtas, um tanto quanto desconfortáveis para salvar o mundo eu diria, não? Viúva Negra, Mulher Maravilha, Elektra, Mulher Gato, Tempestade, Vespa, Mulher Hulk, Feiticeira Escarlate, Supergirl e a recente (e polêmica!) Riri Williams, são alguns exemplos de personagens femininas das histórias em quadrinhos que, além de salvar o mundo, são capazes de fazer acrobacias, correr, pular e lutar enquanto vestem sutiãs, saias, maiôs, botas, salto alto, uma mistura de decotes e curvas para todo lado. Poucas mulheres como Viúva Negra, Tempestade, Jessica Jones, Mulher Invisível e Mulher Gato possuem trajes que cubram todo o corpo, mas ainda assim parecem apenas uma tinta sobre o corpo. A personagem Riri Williams, a nova Homem de Ferro, foi alvo de muita discussão e polêmica quando lançada pela Marvel. O motivo? Com apenas 15 anos, ela já usa um traje de cunho totalmente sexual, que foi desenhado por J. Scott Campbell. O artista se baseou em uma adolescente real para criar a personagem, a atriz Skai Jackson emprestou seu rosto para Riri Williams. A colunista Teresa Justino, em uma matéria para o site The Mary Sue, destaca que a Ms. Marvel e a Lunella 6 10 de novembro, 2016

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Lafayette (Moon Girl) são personagens de histórias em quadrinhos que também são adolescentes, mas não usam roupas sensuais. Por quê? Aparentemente as histórias de que fazem parte possuem mulheres no time de editores (Ms. Marvel é escrito por uma mulher, enquanto Moon Girl é co-escrito por uma), ou seja, são narrativas que contam com a presença feminina por trás, intervindo para que as personagens não fujam da realidade de uma garota adolescente, tanto no corpo quanto na roupa. Muito mais do que trajes As personagens femininas das histórias em quadrinhos eram sempre secundárias, recatadas, subjugadas aos homens e indefesas, sempre precisando de resgate. Foi assim até surgir a primeira super-heroína, a Mulher Maravilha, apareceu pela primeira vez em 1942 em uma história publicada pela DC Comics. Criada pelo psicólogo William Moulton, um defensor dos direitos humanos e que apoiava a causa feminista, a Mulher Maravilha teve origem em um período de grandes mudanças, em um mundo onde as mulheres não eram mais apenas donas de casa. Assim, ela se torna a primeira mulher protagonista de uma história em quadrinhos, que busca a justiça e a paz. Já no universo Marvel, a personagem Tempestade foi uma das primeiras grandes representações femininas nos quadrinhos dessa marca, pois além de ser mulher também é negra. Ela é inteligente, racional, dedicada, sensível e o principal: livre. Essas personagens não precisam ser salvas e não dependem de um homem para que o mundo con-


tinue seguro, elas mesmas fazem isso. Com certeza “É muito legal postar e ver que as pessoas gostam, uma nova perspectiva das mulheres nas histórias em compartilham e comentam. Gosto de publicar uma quadrinhos. tirinha e ver o caminho que ela faz, descobrir pessoas novas que vão compartilhando”, explica. Como As super-heroinas de verdade a plataforma dessa rede social oferece estatísticas Em 42 edições do Festival de Angoulême Inter- sobre o desempenho da página, é possível saber que nacional de Quadrinhos, que entrega um dos maio- a maioria dos leitores é mulher com menos de 30 res prêmios do mundo das HQs anos, e acompanham as histópara escritores, apenas uma murias sobre corpo, cotidiano e selher ganhou, a francesa Florenxualidade. ce Cestac que levou o prêmio A ilustradora americana Reem 2000. A edição de 2016 do nae de Liz, que trabalha na DC mesmo prêmio não teve nenhuComics, fez um guia ilustrado ma mulher indicada. No Brasil (abaixo) de como não objetifinão é diferente, em várias das car a super-heroína. Os braços 27 edições do Trófeu HQMix devem ser fortes, a expressão nenhuma mulher foi premiada. facial deve dar destaque aos Na primeira metade do séolhos e não à boca, o decote culo XX era comum que autodeve ser confortável e o deseras de histórias em quadrinhos nhos dos seios devem levar em usassem pseudônimos masculiconsideração o uso de um top nos ou andrógenos para publiou sutiã esportivo para combacar. Tarpé por exemplo é uma ter o crime. A página no Tumblr versão do nome do meio de June Mills, e era a as- “The Hawkeye Project” tem uma proposta parecisinatura usada nos quadrinhos da Miss Fury (a pri- da: substituir alguma heroína hipersexualizada pelo meira heroína dos quadrinhos norte-americanos, em personagem do Gavião Arqueiro na mesma posição 1941). e em trajes parecidos, oferecendo uma comparação Surgindo como oportunidade para as mulhe- com um homem para mostrar como são fora do cores lançarem publicações independentes, a internet mum as posições em que as mulheres são desenhapossui sites de apoio à essas publicações, como por das. exemplo o ‘Lady’s Comics’, que conta com o primeiro banco de dados sobre as mulheres quadrinistas do Brasil, o “BANQ!”. Fora do Brasil existem também as revistas SPRING (Alemanha), Wimmen’s Comix (EUA), e o coletivo Autoras de Cómic (Espanha), todos propondo um novo espaço de publicação para mulheres. Uma das fundadoras do site Lady’s Comics, Mariamma Fonseca de 28 anos, contou em uma entrevista que as mulheres são mal representadas nas HQs. “As pessoas tem mania de dizer que quadrinhos é para menino, mas é porque as histórias são sempre contadas por eles. Quando a gente vê que existem mulheres falando do ponto de vista delas, a gente se reconhece.” O Facebook também serve como plataforma para as histórias em quadrinhos, um exemplo disso é a página Extraterrestre, criada pela estudante de design Ana Terra Fensterseifer, de 22 anos. Na página ela posta tirinhas e ilustrações que faz no dia-a-dia.

“As pessoas tem mania de dizer que quadrinhos é para menino, mas é porque as histórias são sempre contadas por eles”

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A FORÇA E O ALCANCE DOS FI LMES DE SUPER-HERÓI

Tnado o cinema e o mundo né? A grande maioodo mundo já sabe que os heróis estão domi-

ria do público vibra com a realização desse sonho, mas outros não veem a hora dessa “baboseira” acabar. É que na verdade os filmes de super-heróis ainda são vistos como produtos da cultura de massa, ou seja, bestializam a maior parte da população, pois considera-se que a maioria busca consumir esse tipo de produto para fugir da realidade cruel do mundo verdadeiro, logo, acabam valorizando muito mais o entretenimento do que os programas intelectuais.

Os Blockbusters Filmes de grande orçamento, com lucros exorbitantes, equipes técnicas muito competentes e que atraem uma quantidade absurda de espectadores e fãs ao redor do mundo. A Marvel Studios e a DC Entertainment são exemplos de grandes estúdios por trás da confecção dessas magnitudes. Essas produções cinematográficas além de serem, na maioria das vezes, muito bem produzidas também são formadas por um elenco de alto nível. Os atores dão a vida pelo papel (em alguns casos literalmente) a ponto de não conseguirmos imaginar outro para substituí-lo. Como desassociar Robert Downey Junior do Homem de Ferro, Chris Evans do Capitão América ou Hearth Ledger do Coringa? Isso é um dos quesitos para um filme alcançar sucesso e reconhecimento, pois o público passa a se identificar tanto com o personagem que não vai querer perder a continuação dessa história.

É incrível como esse tipo de pensamento ainda reina hoje em dia. Não podemos negar que esses filmes são muito divertidos e engraçados, mas dizer que não acrescentam algo ou que eles apenas distorcem a realidade é ignorar todo um conceito que move os heróis, que estão sempre salvando o mundo e lutando para que ele não desmorone. Claro que isso tudo acontece na ficção, mas não é isso que os heróis da terra, ou seja, os meros mortais fazem ou deveriam fazer na vida real? Não considere aqui a palavra herói literalmente, pois é apenas uma forma de exemplificar que os governantes têm um papel de manter a saúde do país e impedir grandes catástrofes como as Guerras Mundiais, o terrorismo, os desastres naturais, a intolerância religiosa e a perseguiPara a crítica e boa parte dos espectadores o unição, por exemplo. verso cinematográfico da Marvel já está bem consolidado, com o arco de suas histórias interligados Então, por que não apreciar filmes desse tipo? e explorados de maneira coerente com o caminhar Por que não perceber a mensagem, mesmo que indi- de cada filme. Não há uma pressa em apresentar os retamente, que eles querem passar pra crianças, jo- heróis, simplesmente jogando-os nas histórias, sem vens, adultos e idosos? Fazer parte da grande massa desenvolve-los da forma que merecem. Como foi de espectadores não torna as pessoas inferiores ou visto em Capitão América: Guerra Civil, os novos incapazes de lidar com assuntos considerados mais personagens tiveram um tempo de cena que fosse relevantes e graves. Progressivamente os filmes de capaz de os introduzirem de forma incrível. Pantera heróis estão ficando cada vez mais sérios, pois seu Negra e o novo Homem Aranha cativaram os especpúblico está cada vez mais maduro, e não é porque tadores com as suas presenças marcantes em cena. ele tem uma dose de piadinhas que não devem ser Era o sonho de qualquer fã de hqs ver Peter Park tratado com respeito. trabalhando com os Vingadores e isso foi mostrado de uma forma que ultrapassou as expectativas. Além 8 10 de novembro, 2016


disso, o filme teve batalhas inovadoras para esse gênero como a fabulosa luta no aeroporto e o embate entre Capitão América e Homem de Ferro. No entanto, algo extremamente relevante estava sendo discutido ali, pois seria correto todos os heróis se submeterem a um governo falho, manipulador e que muitas vezes usa o poder a seu favor? Será que o mundo estaria mais seguro desse jeito? O governo seria capaz de impedir ataques extraterestes como evitaram os Vingadores? Não é válido ter algumas perdas em detrimento de salvar todo o mundo? A submissão realmente surtiria efeitos? Todas essas questões e muitas outras ficaram a cargo da opinião de cada um que foi conferir o filme. Capitão América a favor da liberdade ou Homem de Ferro a favor da submissão? Todos levaram isso muito a sério e várias discussões surgiram a partir desses dois extremos. Muitos escolheram seu lado com embasamento e exemplificações da vida real. Logo, será que os filmes de heróis realmente não fazem as pessoas pensarem? Mas todo esse esplendor da Marvel teve início em 2008 com o lançamento do Homem de Ferro. O herói playboy, bilionário e filantropo conquistou massivamente o público com seu humor, inteligência e sagacidade. A partir de então, os filmes do estúdio só foram crescendo e melhorando. O tom engraçado presente em todos os filmes é uma forma de quebrar diálogos mais elaborados ou amenizar situações complicadas e dramáticas. O filme Capitão América e o Soldado Invernal é considerado por

muitos o melhor filme da Marvel, pois fala sobre política e a relação da SHIELD - uma superintendência mais importante que a CIA e o FBI - com entidades nazistas (a Hidra). Homem Formiga e Guardiões da Galáxia. Esses são exemplos de filmes em que a maioria foi ver no cinema sem expectativas. Mas é ai que vem a surpresa, ou não já que se trata da Marvel, pois ambos conseguiram atingir boa parte do público, principalmente os Guardiões. Scott Lang (o Homem Formiga) e Senhor das Estrelas (líder dos Guardiões) são personagens muito cômicos e cativantes, que conseguem atrair qualquer um. A amizade entre a árvore Groot e o esquilo Rocket, ambos Guardiões, também caíram nas graças do povo. Até na parte mística a Marvel consegue acertar com Thor e o recém lançado Doutor Estranho. O que falta para Marvel é ter um vilão grandioso, capaz de acabar com os Vingadores, por exemplo. Até agora foram apresentados vilões fracos, sem motivações reais ou uma proposta concreta. A exceção é o Loki, o deus da trapaça, que muitas vezes tem uma presença em cena mais marcante que o seu irmão Thor. Isso faz com que a maioria acabe torcendo para ele aparecer cada vez mais. Em 2018 será lançado a primeira parte de Vingadores 3 e é aí que seremos apresentado a Thanos, o vilão maioral da Marvel. E é nele que a expectativa de todos está lá no topo.

Guerra Civil: cena do aeroporto. Time Homem de Ferro vs Time Capitão América

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Não tem como não comparar esse estúdio com a sua grande concorrente, a Marvel. Os filmes da DC são considerados muito “dark” e sombrios. Claro que isso é apenas a visão de parte do público, pois a outra parte considera que não é necessário ficar bancando o engraçadinho para conquistar um outro tipo de espectador como o infantil por exemplo. Superman e Batman são heróis com histórias já conhecidas por todos e com algumas adaptações cinematográficas. Um é o deus adorado por todos, o outro é um vigilante de Gotham que atua nas sombras. Diferentemente da maioria dos heróis, o Batman não possuí superpoderes, mas usa sua inteligência e seu conhecimento de lutas como armas letais. É nesses dois heróis que a maioria dos fãs sempre fica dividido, pois apesar de ambos lutarem a favor do bem eles têm características e forma de atuar bem diferente. Batman vs Superman é um filme que gerou muitas opiniões divergentes tanto do público quanto

da imprensa, que fez críticas bastantes negativas ao filme, em que muitos acusam o estilo próprio do diretor Zack Snyder ter influenciado negativamente na produção. Porém, o novo Batman interpretado por Ben Affleck é um dos pontos fortes da trama. Ele consegue se impor e entregar um Batman mais velho, logo, mais experiente e entendedor das consequências dos atos de um super-herói. O embate entre os dois surge devido a luta do Superman com o vilão Zod, apresentada no filme O Homem de Aço - outro filme cheio de críticas desmotivadoras. Bruce Wayne fica revoltado com o número de perdas humanas provocado por causa desse conflito e Clark Kent percebe a ameaça do Homem Morcego. É assim que se inicia a grande batalha entre esses dois heróis. Outra parte interessante do filme foi ver a introdução da Mulher Marvilha no universo cinematográfico da DC. A heroína mostra sua personalidade forte e suas características de mulher independente e decidida. Sua aparição foi muito importe porque em 2017 ela irá ganhar seu filme solo, em que os

Membros do filme Liga da Justiça: Flash, Super-Homem, Ciborgue, Mulher Maravilha, Batman e Aquamen.

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fãs e cinéfilos estão com expectativas elevadíssimas principalmente depois de um trailer estonteante, incrível e com uma pequena música tema sensacional no final. Além disso, vai ser o primeiro longa sobre uma heroína, ou seja, é a chance das mulheres ganharem mais destaque e espaço no mundo de heróis. Todos estão esperando que esse filme seja o filme e que a DC finalmente consiga acertar e “não estragar novamente seus filmes” como dizem muitos. No entanto, existe uma preocupação em torno do filme da Liga da Justiça que será lançado também em 2017. Novos heróis serão apresentados e por isso há um temor por parte dos fãs que a apresentação deles não seja de forma digna, cada um com sua história bem sólida e desenvolvida. Esse tipo de apresentação é totalmente contrária a da Marvel, que fez questão de lançar o filme solo dos seus heróis principais antes de juntá-los nos Vingadores. Apesar disso, todos estão muito ansiosos para ver o Aquaman e o Flash em cena. O primeiro será interpretado por Jason Mamoa que atuou com excelência como o

Khal Drogo de Game of Thrones. Seu porte físico e sua expressão também são muito semelhantes com a do Rei dos Mares e isso é mais um dos motivos por tanta euforia. Já o Flash será interpretado por um ator diferente da série já existente. Pelo trailer podemos perceber que ele terá um papel parecido com o do Homem Aranha de Guerra Civil, ou seja, a DC finalmente tentará aplicar a fórmula mágica presente no humor da Marvel. Dizem que a DC quer correr com a apresentação dos seus heróis no cinema para tentar alcançar o sucesso consolidado da sua grande rival. Problemas a parte, quem não quer conferir incríveis batalhas travadas por heróis de cada um desses estúdios da melhor forma possível? É com o apoio e reconhecimento dos fãs que esse tipo de filme vai melhorando e chegando longe. A trilogia do Batman e a do Capitão América mostram que uma história bem desenvolvida pode marcar gerações tanto da DC quanto da Marvel. Afinal, por que não sentar e curtir essas megaproduções?


AS MELHORES SERIES

SEGUNDO O COLLIDER



HISTORIA HQ's DAS

primeira história em quadrinhos (como conheA cemos hoje com balões, narrativas e uma estruturação em quadros) foi criada pelo americano Ri-

chard Outcault, em 1895, com as histórias do Yellow Kid, publicadas em jornais sensacionalistas de Nova York, e que fizeram muito sucesso. Claro que as HQs modernas surgiram de outras formas de contar histórias que o ser humano elaborou ao longo do tempo. As próprias pinturas rupestres, que também seguiam uma ordem de organização, eram formas de contar o que acontecia com o homem. Os quadros das igrejas medievais, ou até mesmo os vitrais, também contavam histórias: as passagens da bíblia, a vida de Jesus e os ensinamentos do catolicismo por exemplo. No século 19 alguns nomes como Rudolph Töpffer, Georges Colomb e Angelo Agostini já experimentavam o uso de desenhos somados à narrativa para contar histórias. A grande diferença com o surgimento da história do Yellow Kid (abaixo) foi justamente o que se tornou característico nas histórias em quadrinhos: os balões de falas, por exemplo, o uso de sinais gráficos como as onomatopéias, o uso de linhas pra separar um quadro de outro.

Um pouco sobre a DC Comics Em 1935, o escritor e major do exército Malcom Wheeler-Nicholson, após notar o sucesso de uma publicação sua que reprimia tiras de jornais, fundou uma empresa chamada National Allied Publications 14 10 de novembro, 2016

para publicar histórias em quadrinhos. A primeira revista, que tinha 36 páginas, foi lançada em fevereiro de 1935 com o nome de New Fun: The Big Comic Magazine e uma segunda revista, a New Comics, foi lançada em dezembro do mesmo ano. No ano seguinte, a empresa sofria problemas financeiros e dificuldades de lançar as revistas, visto que as bancas não queriam vender um material de uma editora desconhecida. Por causa disso o major Malcom aceitou o distribuidor Harr Donenfeld como sócio, e juntamente com Jack S. Liebowitz formou a Detective Comics Incorporated. Já em 1937 a Detective Comics lançou o terceiro título da editora, com a estreia do vilão Fu Manchu, mas foi em 1939 que as revistas fizeram sucesso, com o lançamento do Batman como personagem. Nesse ponto o Major Malcom já não fazia mais parte da empresa. A chamada “Era de Ouro” da DC Comics ocorreu com o início da Segunda Guerra Mundial, quando surgiram personagens como Super-Homem (1938), Batman (1939), Lanterna Verde (1940), Mulher Maravilha (1941) e o Aquaman (1941). Assim como a Marvel, a DC fez um grande sucesso no período da guerra por causa dos personagens que lutavam contra as ameaças nazistas para salvar a população. Foi nessa época, mais precisamente 1940, que surgiu a primeira liga de super-herois, chamada The Justice Society of America e que contava com The Flash, Lanterna Verde, Falcão Negro, Mulher Maravilha, Átomo e Starman, e depois Batman e Super-Homem. Na “Era de Prata”, com o fim da Segunda Guerra, a DC Comics (novamente em comum com a Marvel) tentou lançar histórias de outros gêneros, como faroeste e romance, para reformular os super-herois. Essas reformulações aconteciam devido a criação do Comics Code Authority, um selo de autoridade que ‘controlava’ as histórias em quadrinhos, pois os psicólogos da época afirmavam que elas eram uma influência negativa para os jovens. Com a “Era de Bronze”, já em 1969, já não se tinha mais o Comics Code Authority, e as HQs se


voltaram para histórias sérias e sombrias. A DC Comics parte então para a parceria com artistas britânicos, que criaram os anti-herois Watchmen e A Piada Mortal, como Neil Gaiman, Grant Morrison e Alan Moore. Foi nessa mesma Era que surgiu o Batman mais violento, em O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller. Em 1989 a DC Comics é comprada pela Warner Communications e o personagem do Batman é lançado no cinema pela primeira vez. Saindo da “Era Bronze”, em 1993, a DC Comics lança um novo selo, batizado de Vertigo, em que publicava quadrinhos mais adultos, com histórias sobre misticismo e suspense. Já em 1996, a DC e a Marvel, sua maior rival, se juntam para criar a Amalgam Comics, série de revistas que unia personagens das duas editoras.

um fim, Goodman tentou lançar histórias de todos os gêneros, romance, humor, terror, crime, faroeste, animais, esportes, até mesmo histórias bíblicas. Foi nessa época que ele conheceu Stan Lee, que era primo de sua esposa, e que junto com Jack Kirby criaram o Quarteto Fantástico, um grande sucesso. A Marvel desde o seu início já tinha como característica marcante o fato de atribuir o lado humano aos seus personagens fantásticos. Mesmo tendo superpoderes, salvando o mundo e lutando contra a injustiça, todos os heróis das HQs também tinham problemas de relacionamento, contas para pagar e até mesmo deficiência física (como o Demolidor). Nos anos 80, Ronald Perelman comprou a empresa e a colocou na bolsa de valores. As ações receberam um grande retorno de investimento, mas Perelman foi acusado de desviar grande parte do dinheiro, o que levou ao declínio das vendas da Marvel. Foi só em 1997 que Isaac Perlmutter assumiu a empresa, que estava na pior crise de sua história, como saída ele vendeu os direitos cinematográficos de vários personagens, entre eles o Homem Aranha, o Quarteto Fantástico e os X-Men. Em 2006 a Marvel decidiu produzir os próprios filmes sobre seus personagens, após sentir que as empresas que compravam os direitos cinematográficos não tiravam o devido proveito das histórias. O catálogo da Marvel possui mais de 5.000 personagens e em 2009 foi comprada pela Walt Disney Amalgam foi uma HQ criada Company, por 4 bilhões de dólares. pela DC e a Marvel.

Um pouco sobre a Marvel O visionário Martin Goodman, um editor de revistas, começou a vender histórias em quadrinhos em 1930, que eram chamadas de Timely Comics. A primeira publicação oficial, que só aconteceu em 1939, foi um sucesso e contou com o surgimento do personagem Tocha e o vilão Namor. O sucesso da edição foi devido a outra empresa, a Funnies Inc, que decidiu lançar uma segunda edição em 1940, dessa vez com o nome de Marvel Mystery Comics. Em 1941, com a Segunda Guerra, os editores se reuniram com o artista Jack Kirby para a criação do primeiro super-heroi patriota, o Capitão América. A edição fez muito sucesso, principalmente pela capa que tinha o personagem dando um soco na cara de Hitler. Quando a guerra acabou, a Timely Comics sofreu um grande baque, aparentemente as histórias em quadrinhos faziam mais sucesso durante o período de guerra. Tentando evitar que a HQ tivesse 15 10 de novembro, 2016

Em plena 2ª Guerra Mundial Capitão América derrota um dos maiores vilões de todos os tempos, Hitler.


OS MELHORES DESENHOS

ANIMADOS BASEADOS EM HQ'S PELO SITE LEGIÃO DE HERÓIS Não só de filmes e séries de TV vivem as adaptações de histórias em quadrinhos, existe outro mercado que também já é povoado por elas há muito tempo, trata-se dos desenhos animados. Esse formato que talvez seja o que mais se aproxime das HQ’s, já teve excelentes representantes, que por muitos anos ganharam fama e fãs pelo mundo todo. Vamos lembrar dos principais desenhos animados baseados em histórias em quadrinhos que já foram produzidos.

Batman – Os Bravos e Destemidos Uma das mais recentes séries animadas do Homem Morcego, que abandona um pouco a seriedade e a pegada sombria de suas últimas adaptações, para abraçar um lado mais cômico e cartunesco, remetendo as décadas de 50 e 60 dos quadrinhos, além da série do Batman estrelada por Adam West. O show se baseia no título de mesmo nome da DC Comics, inicialmente publicada entre 1955 e 1983. O foco dessas histórias era testar novos conceitos e personagens, além de promover união e formações de equipes e duplas entre eles. Diferente do desenho animado, não havia um personagem fixo como protagonista. A série que também se tornou um grande sucesso foi transmitida originalmente entre novembro de 2008 e janeiro de 2011, contando com 65 episódios distribuídos entre 3 temporadas.

Superman – A série Animada Mais uma mostra de que a Warner escorrega nas adaptações em live action, mas domina totalmente o ramo de animações. Superman – A série Animada não se baseia em nenhum arco especifico da história do escoteiro, mas aborda passagens e personagens presentes em todo o cânone do herói. O show nasceu pelas mãos de Bruce Timm, e é tido como um dos spin-offs de Batman – A Série Animada. O desenho foi transmitido entre 1996 e 2000, com 54 episódios e 4 temporadas.

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Batman – A série Animada A série que inaugurou oficialmente o tal DC Animated Universe, e que também foi desenvolvida por Bruce Timm. Aclamada pelo público e premiada com 4 prêmios Emmy, Batman – A série Animada pode figurar facilmente entre os melhores momentos da extensa carreira do Cavaleiro das Trevas. O show foi parcialmente inspirado nas hq’s de Frank Miller e nos filmes de Tim Burton, e o traço utilizado serviu como inspiração para as animações subsequentes da Warner. A exibição ocorreu entre 1992 e 1995, em 3 temporadas, totalizando 85 episódios. X-Men – A série animada Outro sucesso dos anos 90. A série estrelada pela trupe do Prof. Xavier teve importância não só na infância de muita gente, mas também na indústria dos quadrinhos e na popularização dos Filhos do Átomo. Isso por que ela foi responsável por apresentá-los a milhares de novos leitores no mundo todo. Por incrível que pareça, os X-Men não tiveram vida fácil nas HQ’s, eles tiveram que suar muito para entrar no rol de grandes personagens, logo, a popularidade do show despertou interesse em muitos não leitores, e em um cenário mais abrangente, dá pra dizer que eles influenciaram no fato de o primeiro grande filme de heróis Marvel ser estrelado pelos mutantes. O desenho também ajudou a eternizar uma das formações mais conhecidas do grupo, com Ciclope, Wolverine, Tempestade, Professor Xavier, Gambit, Vampira, Fera, Jubileu e Jean Grey. A sua exibição original ocorreu entre outubro de 1992 e setembro de 1997, contando com 5 temporadas e 76 episódios. Homem Aranha – A Série Animada O cabeça de teia é um dos personagens de hq que mais tiveram séries animadas, no total foram 8. Mas sem dúvida, a mais importante foi a que estreou em 1994 e foi até 1998. Com um estilo de animação semelhante ao dos X-Men, a série animada do cabeça de teia foi excelente para consolidar a Marvel no mercado das animações nos anos 90. Trazendo Stan Lee como produtor executivo e consultor, tivemos uma boa dose de fidelidade com os cânones do aracnídeo, além de participações de seus mais icônicos vilões, como Duende Verde, Dr. Octopus, Lagarto, entre outros. Sem contar as aparições especiais do Capitão América, Justiceiro, Blade e dos próprios X-Men. A atração durou 4 temporadas e teve 65 episódios. 17 10 de novembro, 2016


Batman do Futuro Sim, Batman do Futuro, mais uma série feita sob a baqueta de Bruce Timm, o Deus do Universo animado DC. O show que acompanhava Terry McGinnis, um jovem vingativo que assume a alcunha de Batman, após Bruce Wayne pendurar a capa, serviu como “preparação” para a série da Liga da Justiça que viria a seguir. Batman do Futuro foi, até aquela época, inédito, não se baseou em nenhuma HQ existente e criou do zero suas próprias histórias. O show durou de 1999 até 2001, com 3 temporadas e 51 episódios, além de um longa animado chamado de Batman do Futuro: O Retorno do Coringa, que também figura entre as melhores animações do Batman até hoje. Liga da Justiça / Liga da Justiça Sem Limites Se por acaso o iminente filme da Liga da Justiça nos decepcionar, ainda poderemos nos contentar com o melhor desenho animado baseado em HQ’s de todos os tempos. E uma das melhores encarnações da Liga da Justiça já vistas, que conseguiu equilibrar o grupo de maneira que qualquer um dos integrantes não pudesse resolver qualquer problema sozinho. Aqui tivemos um Superman líder, mas não sendo o Sr. Fodão; tivemos um Batman sisudo e misterioso, com inteligência para resolver grandes problemas, mas sem deixar seus amigos parecendo uns bocós; um Caçador de Marte que surgiu quase como um mediador, sereno e equilibrado; e Flash, que virou o alivio cômico da turma. Além de Mulher Gavião, Mulher Maravilha e Lanterna Verde. Até o final da segunda temporada, o show comandado por Bruce Timm (de novo ele) foi chamado de Liga da Justiça, a partir do terceiro ano é que virou Liga da Justiça Sem Limites, quando começaram a aparecer vários personagens secundários do Universo DC, como Aço, Arqueiro Verde, Aquaman, Capitão Átomo, Etrigan, Caçadora, Canário Negro, Zattana, Senhor Incrível, entre outras dezenas de personagens. A galeria de vilões da série também foi bem extensa, contando com Lex Luthor, Apocalipse, Brainiac, Bane, Mestre dos Espelhos, Gorilla Grodd, Sinestro, Bizarro, Darkseid, Mongul, Capitão Frio, Metallo, Arlequina, Coringa, entre outro punhado de vilões. Somando as duas fases, o show teve 5 temporadas e 91 episódios, sendo indicada a dois prêmios Emmy no período. 18 10 de novembro, 2016


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TRANSMÍDIA & SUPER-HERÓIS A Marvel vem colocando em prática uma forma de contar história que é relativamente nova na produção cultural: o uso da transmídia. Desde que produziu o primeiro filme do Homem de Ferro (2008), a Marvel já tinha um plano maior para seus personagens, a empresa já sabia que estava contando uma única história através de diferentes filmes. Apesar de cada filme da Marvel contar a história de um personagem individual, como Homem de Ferro, Thor e Capitão América, tudo mudou quando o personagem Nick Fury (Samuel L. Jackson) apareceu, no final de Homem de Ferro, comentando a ‘iniciativa Vingadores’, que no começo não passava de uma ideia um tanto quanto distante. Em 2010 o segundo filme do playboy bilionário estreou, e não sendo suficiente a ‘iniciativa Vingadores’ ter aparecido no final do primeiro Homem de Ferro, em 2011 apareceu no final de Thor e Capitão América, o que levou ao filme Vingadores em 2012, que quebrou vários recordes de bilheteria em todo o mundo. As histórias que a Marvel está levando ao cinema, aos poucos, foram adaptações de roteiros, sem diálogo com as histórias em quadrinhos. A transmídia usada pela Marvel começou com a estreia de Agents of S.H.I.E.L.D, em 2013, que contava a his-

tória da agência secreta liderada por Nick Fury. Enquanto os novos filmes da Marvel eram exibidos no cinema (Thor 2, Capitão América 2, Guardiões da Galáxia), personagens dessas narrativas apareciam na série, de forma a entendermos que a série se passa em conjunto com o universo dos filmes, no mesmo espaço de tempo. A Agente Cartes foi a segunda série que a Marvel produziu, e se passa após a Segunda Guerra Mundial, embora a protagonista seja conhecida do enredo de Capitão América, a série parece desconectada das outras histórias, por se passar em um período de tempo bem anterior ao atual. Entretanto, a Agente Carter tem ligação com a empresa que pode vir a se tornar a S.H.I.E.L.D em um futuro próximo, além de ser próxima ao pai de Tony Stark. Seguindo a mesma ideia de construir várias narrativas que estão ligadas em uma só, a Marvel produziu outras séries também, como Demolidor, Jessica Jones e Luke Cage, além de Punho de Ferro e Defensores, que ainda não estrearam, mas já indicam a ideia da empresa de juntá-los em uma só série. O interesse da Marvel é levar uma grande história para outros meios e produtos, pois ela sabe que o mercado do futuro está mudando, e é preciso ter criatividade e muito investimento para conquista-lo.

O que é Transmídia? Transmídia é o uso de um conjunto de mídias que contam juntas uma determinada história, ou seja, a narrativa é veiculada, através de várias plataformas, de forma a enriquecer o enredo principal. O termo é um conceito abordado pelo comunicólogo norte-americano Henry Jenkins, em seu livro Cultura da Convergência. Exemplo: O filme Matrix se desdobrou em games, HQs, desenhos animados e livros, trazendo mais informações sobre o enredo principal, o do filme. 20 10 de novembro, 2016


Enquanto filmes se limitam a tecnologia dos efeitos especiais, a criatividade e qualidade da ilustração em uma HQ é atemporal e infinita, permitindo uma idealização do roteiro sem limites, e elevando a imaginação do público ao máximo.

Mas um fato comum na maioria das coleções, que inclui as HQ’s, é a importância monetária de cada edição. No caso das HQ’s, não basta ser muito antiga para valer muito, precisa também ter uma importância significativa no rumo do personagem ao longo dos anos. Sendo assim, fica fácil ter uma noDiferente de colecionar selos, figurinhas, boli- ção de quais são as HQ’s mais valiosas do mundo: nhas de gude, entre outros, as HQ’s se renovam não basta fazer uma lista dos personagens mais famosos só na qualidade do produto, mas em seus persona- da atualidade, some a dificuldade de encontrar as gens, suas histórias, suas origens, suas capacidades, primeiras revistas que lançaram estes heróis, e saetc. E, embora os melhores personagens sejam tam- berá quais são as HQ’s mais valiosas. Hoje em dia, bém muito antigos, suas histórias de antigamente podemos destacar Super-Homem, Batman, Homemtem total relevância e associação com as histórias -Aranha, etc. de hoje, fazendo com que todas as revistas tenham importância para os fãs do personagem.

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