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Ilustração: Estudio Amarelo
A revista da saúde para um novo conceito de gestão • Ano 02 • nº 09
SAÚDE
Confira os vencedores da 11ª edição do principal prêmio do setor
Saiba quais são as ações e estratégias que tornam uma organização competitivamente perene
EMPRESAS DE FUTURO
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SB | Índice
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04 Entrevista Clayton Christensen, autor do livro Inovação na Gestão de Saúde, fala sobre a necessidade de mudanças disruptivas no setor 16 .COM Confira as notícias do mês que foram destaque no Saúde Business Web 20 Reportagem de Capa Empresas de Futuro: as estratégias e ações que fazem uma companhia ser uma organização de futuro 28 Na Direção Mario Grieco, vice-presidente executivo da Moksha8, conta a história de um enterro 30 Top Hospitalar Confira os vencedores da 11ª edição do principal prêmio do setor de saúde
82 Gestão Sped: saiba quais são os passos para a adequação necessária à entrega online de documentos contábeis e tributários 88 Governança Governança Corporativa, Sustentabilidade e Futuro 89 Espaço Jurídico Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças 90 Economia e Negócios Energia Renovada 93 Recursos Humanos Os Desafios de Gestão do Futuro 94 TI & Transformação Transferência de Conhecimento
100 98 Marketing Marketing para Todos 100 Lado B Marcelo Murilo, da Benner, mostra como ser uma colecionador de momentos 102 Livros 103 Cartão de Visita A movimentação dos executivos no setor 104 Saúde Corporativa O Consumerismo e a Saúde 106 Hot Spot A Realidade da Tecnologia de Informação
| edição 09 | Saúde Business
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Adelson de Sousa • adelson@itmidia.com.br
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saúde business Saúde Business é uma publicação bimestral dirigida ao setor médico-hospitalar. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional, além de gratuita e entregue apenas a leitores previamente qualificados.
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SB | eu leio saúde business
Eu leio a Foto: Divulgação
Saúde Business Mauro Bernacchio, diretor geral da Samcil
Eu leio a Saúde Business por ter o melhor conteúdo dentro do segmento de Saúde Suplementar. Muitas vezes encontro informações exclusivas e em primeira mão, o que sempre é uma vantagem. Outro aspecto importante é a linha isenta, independente, analítica e crítica, o que não acontece com outras publicações, que têm uma postura "chapa branca", ou seja, escrevem o que o entrevistado quer ver na revista e não necessariamente a verdade e os fatos
Próxima Edição Reportagem de capa
A evolução da genética na saúde Como o avanço do pesquisa genética vai impactar o mercado de saúde e onde estão as oportunidades para os players do setor
gestão
Relação direta Como anda o relacionamento das operadoras com as corretoras de planos de saúde e quais as parcerias e estratégias bem-sucedidas dessa relação
O melhor da última edição A equipe de Publicações e Portais- Saúde da IT Mídia elegeu o anúncio do Hospital Brasília, publicado na segunda capa, como o mais bonito da última edição. A peça foi criada por Diretora de Criação: Carla Furtado, Diretora de Arte: Vanessa Farias, Redatora: Carla Furtado, Mídia: Mara Taddei, Atendimento: Erika Meneses, da agência ATHENA, e aprovador por Erickson Blun
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A Unimed Paulistana, eleita a TOP HOSPITAR 2008, cumprimenta o grupo IT Mídia pela iniciativa de valorizar as empresas, instituições e pessoas que se destacam no setor médico-hospitalar e agradece a todos aqueles que deram seu voto para elegê-la.
Un i m e d Paul istana
top do Brasil
em saúde!
O prêmio é mais um estímulo para que a Cooperativa continue aprimorando sua atuação como referência nacional em saúde, e seja merecedora da confiança dos clientes, colaboradores, cooperados e parceiros.
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Foto: Caroline Bittencourt
SB | Carta do editor
Tradição X Inovação
À primeira vista, tradição e inovação soam como antônimos, já que pensamos que quem sempre faz a mesma coisa (tradição) nunca muda (inovação). Porém, um olhar mais aprofundado para o mundo dos negócios mostra exatamente o contrário: as maiores corporações do mundo, as multinacionais centenárias, só se mantêm no mercado por inovarem constantemente. A inovação é, portanto, fator-chave para a perenidade das empresas. Cientes disso, companhias como 3M, Roche e Amil não só estimulam seus funcionários, como colocaram este conceito em seus valores corporativos e desenvolveram processos para que a inovação se torne uma prática no dia a dia da empresa. Ser globalmente integrada, genuína e generosa – socialmente útil – também são características da corporação perene. E é disso que trata nossa reportagem de capa. O que as empresas precisarão fazer daqui para frente para garantir que, no longo prazo, ainda estarão no mercado? A resposta passa não só pela melhoria de processos internos, como os mencionados acima, mas também pelo relacionamento cada vez mais próximo com os clientes e parceiros, em busca da antecipação das necessidades e do atendimento cada vez mais eficiente: cliente satisfeito é cliente fiel. E por falar em fidelização, nesta edição também apresentamos quem, em 2008, caiu nas graças de seus públicos: o Top Hospitalar, em sua 11ª edição, elegeu as empresas, instituições e profissionais preferidos do setor de saúde brasileiro. Confira!
Boa Leitura!
Cylene Souza Editora P.S.: envie comentários para csouza@itmidia.com.br
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SB | Entrevista
Quebra de
paradigmas Cylene Souza - csouza@itmidia.com.br
Professor da Harvard Business School e maior autoridade mundial em inovação disruptiva, Clayton Christensen tem uma proposta radical para garantir a perenidade dos sistemas de saúde: mudar completamente a cadeia de valor, o que inclui abandonar os hospitais gerais e apostar em clínicas e hospitais de especialidade de menor porte, estimular as empresas a oferecerem serviços médicos diretamente a seus funcionários e deixar o gerenciamento de doenças crônicas a cargo de redes formadas pelos próprios pacientes, sem a interferência direta de hospitais ou operadoras. O autor de “Inovação na gestão da saúde: a receita para reduzir custos e aumentar a qualidade” expõe suas ideias em entrevista à Saúde Business Saúde Business: Em todo o mundo, os sistemas de saúde estão enfrentando um dilema: custos crescentes versus mais pessoas precisando de assistência e menos profissionais e instituições para oferecer os serviços. Também já está provado que dinheiro não é sinônimo de mais qualidade. Este é o cenário para uma inovação disruptiva? Clayton Christensen: Talvez não haja cenário melhor para a “disrupção” do que na saúde, dadas as amplas oportunidades para negócios inovadores, que tenham o objetivo de entregar cuidados com qualidade e que sejam muito mais viáveis economicamente do que os serviços que temos hoje. A disrupção pode acontecer sempre que produtos e serviços existentes se tornarem muito caros ou excessivamente complexos para o consumidor médio. Em saúde, há um número crescente de pacientes e stakeholders que reconhecem que isso está acontecendo, e eles vão catalisar a muito necessária mudança disruptiva, que vai tornar a saúde viável e convenientemente acessível.
SB: Em seu livro, você diz que, hoje, as atividades do setor de saúde são complexas e, às vezes, confusas. Você também diz que todos os tipos de cuidado estão paralisados em dois modelos: hospitais gerais e consultórios. Qual seria o modelo ideal? Christensen: Um dos principais problemas do sistema de saúde é que nós continuamos contando com modelos de entrega de serviços que eram apropriados um século atrás, mas que não servem mais para a medicina moderna. Por exemplo, os hospitais de hoje ainda são construídos sobre a crença de que devem tratar todo e qualquer problema. Entretanto, nós sabemos que instituições focadas, como as clínicas de especialidades, podem fornecer serviços com mais qualidade e valor, simplesmente estreitando seu escopo. O modelo ideal envolve separar as linhas de negócios que podem se manter sozinhas e com mais eficiência, incluindo cuidados básicos, na forma de clínicas de varejo, procedimentos em clínicas de especialidades e hospitais focados, e doenças crônicas e
seu gerenciamento via redes sociais dos próprios pacientes. Desta forma, os hospitais podem se concentrar no que fazem melhor – prover alta complexidade para os pacientes mais críticos. SB: Na sua opinião, o modelo fee for service seria o culpado por todos os custos crescentes do setor de saúde? Qual seria a melhor forma de pagar pela saúde, de modo a garantir acesso para uma fatia maior da população e ainda manter a viabilidade dos serviços? Christensen: Há muitas mudanças necessárias para arrumarmos a maneira pela qual financiamos a saúde. Primeiro, precisamos conectar, de maneira muito próxima, incentivos financeiros à boa saúde, de forma a encorajar o comportamento saudável individual. Essa meta pode ser alcançada por meio de “poupanças da saúde”, que vão estimular a racionalidade na tomada de decisões dos pacientes, no que se refere a procedimentos e tratamentos, e seus comportamentos ao longo da vida. Ao mesmo tempo, grandes empregadores podem ter um
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s clayton christensen:
Foto: Divulgação
Com modelos de entrega do século passado, o sistema de saúde atual só será viável com mudança disruptiva
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SB | Entrevista
nos processos. Com isso, nestas áreas, os resultados são muito mais previsíveis e podem, até mesmo, ser garantidos.
A fragmentação atual do sistema de saúde é uma das grandes razões pela qual pacientes e stakeholders acham tão frustrante trabalhar com o setor Clayton Christensen, da Havard Business School
papel mais ativo, iniciando programas e criando ambientes que promovam a saúde de seus funcionários. Afinal de contas, funcionários saudáveis são funcionários mais produtivos. Por último, precisamos substituir cada vez mais a forma de pagamento para o modelo prépago, para termos sistemas de saúde integrados, que vejam valor em manter o bem-estar de seus pacientes, não só em tratar doenças. SB: Quais seriam os três elementoschave – um capacitador tecnológico, uma inovação no modelo de gestão e uma nova cadeia de valor – para uma disrupção no setor de saúde? Christensen: Os diagnósticos moleculares trazem em si uma grande promessa como capacitadores tecnológicos da disrupção em saúde. Eles vão tornar possível, para profissionais da área, começando com enfermeiras e médicos assistentes, a entrega de “serviços de precisão em saúde” mais acessíveis economicamente. Novos modelos de entrega também vão mudar o cuidado para locais mais convenientes e acessíveis, eventualmente, até para as nossas casas. A cadeia de valor será uma coleção destes tipos múltiplos
de modelos disruptivos, que se apoiam mutuamente, amarrados pelo registro pessoal de saúde e por um modelo de pagamento racional. SB: Em seu livro, você menciona algumas companhias que atingiram modelos de negócios muito precisos e que, por isso, podem garantir preços e resultados a seus clientes. Eu gostaria que você falasse sobre algumas das companhias mencionadas na obra e que explicasse para os nossos leitores porque elas são tão confiantes e bem-sucedidas. (N. da R.: No livro, o autor menciona os casos dos hospitais do coração Geisinger, Johnson & Johnson e MinuteClinic) Christensen: Historicamente, muitos dos serviços de saúde foram e ainda são “intuitivos”. Isto é, os resultados se apoiam na intuição de médicos caros e excessivamente treinados, por meio de experiências de tentativa e erro para resolver os problemas. Com as melhorias na tecnologia e no conhecimento médico, algumas partes do cuidado hoje estão baseadas em regras. Nestas áreas da saúde, é possível desenvolver o que chamamos de “processo de agregação de valor aos negócios”, cujos resultados se baseiam menos nos humanos e mais
SB: Você diz que a disrupção no setor de saúde só é possível com a integração, mas o que vemos hoje em dia é exatamente o oposto: um setor bastante fragmentado, em que cada lado atua apenas em benefício próprio. Você acredita que as companhias desses setores da cadeia de saúde estão preparadas para esta grande mudança? Elas querem mudar? Christensen: A fragmentação atual é uma das grandes razões pela qual é tão difícil mudar o setor de saúde, e porque os pacientes e stakeholders acham tão frustrante trabalhar com o setor. É por isso que pontuo a integração como um passo necessário na revisão do setor. Descobrimos que alguns bolsões de integração, de fato, já existem – grandes empregadores que optaram pelo oferecimento direto de serviços de saúde, e atingiram resultados surpreendentes, enquanto os sistemas de saúde de operadoras geralmente têm provedores com desempenho baixo e que não estão envolvidos com o pagamento e cobertura de seus pacientes. SB: Como o paciente/cliente deve se comportar para estimular as inovações no setor de saúde? E qual será o seu papel em uma nova cadeia de valor? Christensen: Pacientes que tomam para si um papel ativo em seu próprio cuidado com a saúde também terão um papel importante no futuro da disrupção da indústria. Entretanto, eles precisam de ferramentas efetivas para tomada de decisões, baseadas na transparência da informação, assim como incentivos financeiros via “poupanças da saúde”, para fazer sua participação valer a pena. A área com o maior impacto será a de
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doenças crônicas. A forma como gerenciamos doenças crônicas hoje, em que os pacientes e médicos só interagem algumas horas por ano, é uma receita para o desastre. Precisamos permitir e incentivar os pacientes a fazer o gerenciamento e prevenção de doenças crônicas por eles mesmos. SB: Gostaria que você falasse mais sobre a retrointegração, em que as empresas possuem seus próprios serviços de atendimento primário, o que permite a elas cuidar diretamente de seus funcionários. Esta é uma tendência nos Estados Unidos? Estas empresas estão contratando outros serviços, como o atendimento terciário, por exemplo, sem um plano de saúde? Christensen: Há muitos exemplos excelentes de grandes empresas nos Estados Unidos que optaram por oferecer serviços de saúde diretamente a seus funcionários. Acredito que, à medida que estas iniciativas provarem seu valor, outros negócios, mesmo os menores, ainda que de forma coletiva, vão seguir o mesmo padrão. Como a maioria das disrupções, estes programas tendem a focar no cuidado primário, saúde ocupacional, bem estar e outros assuntos “simples” referentes à saúde. Entretanto, os empregadores já estão buscando meios de gerenciar os cuidados terciários. Se contratar estes serviços mais complexos pode estar fora de seu alcance, eles ainda podem contratar diretamente hospitais de especialidades ou programas de turismo médico para contornar os meios tradicionais de cuidados. SB: Então, qual seria o papel dos planos de saúde na cadeia de valor proposta no seu livro? Se fosse possível prever preços e as atividades
fossem melhor definidas, ainda seria necessário existir operadoras para intermediar os pagamentos ou seria melhor contratar diretamente os serviços necessários? Christensen: Hoje, nos Estados Unidos, as operadoras de planos de saúde estão sob ameaça e sendo “desintermediadas” em uma grande parte das atividades. Porém, ainda há uma necessidade do que eu chamo de “true insurance” (o verdadeiro seguro saúde, em uma tradução livre). Todos precisamos nos proteger dos fatos imprevisíveis da vida, como as catástrofes. São as despesas médicas do dia-a-dia que não precisam mais do plano de saúde para serem gerenciadas, mesmo assim, estas despesas são a grande razão pela qual os planos de saúde foram ficando maiores e mais caros com o tempo. Se os planos de saúde puderem ser novamente reduzidos ao seu verdadeiro papel, então ainda haverá um espaço claro para eles no sistema de saúde. SB: Já falamos dos planos de saúde e dos provedores de serviços. Agora, o que vai mudar para a indústria de equipamentos e para as companhias farmacêuticas? Christensen: Tenho percebido o quanto o diagnóstico de precisão é importante para o futuro da saúde. Por isso, precisamos de empresas de tecnologia médica, para gerar estes capacitadores tecnológicos da disrupção. Porque o valor da saúde será cada vez mais guiado pelo diagnóstico, ao invés do tratamento; o modelo de pagamento começará a mudar as ferramentas de diagnóstico para que elas entreguem precisão e personalização. Para evitar o impacto da disrupção, as farmacêuticas e as empresas de dispositivos médicos precisam garantir que seus produtos es-
tarão conectados ao diagnóstico desde o início e, talvez, investir elas mesmas nestes diagnósticos. SB: Em sua opinião, as agências regulatórias são um obstáculo à inovação? Por quê? Christensen: Agências reguladoras naturalmente favorecem as instituições já existentes, já que estas cresceram no atual ambiente regulado. Empresas existentes também têm o poder político e financeiro para apoiar a manutenção do status quo, tornando extraordinariamente difícil para um novo entrante reverter as barreiras regulatórias para a disrupção. A maior esperança para os agentes disruptivos é trabalhar em segmentos que estão além da área de interesse das agências regulatórias ou em que há tantos consumidores sem acesso, e seria desumano bloquear a entrada de um novo produto ou serviço no mercado. É por isso que acredito que os inovadores devem olhar com frequência para as áreas mais carentes e sem acesso a serviços e produtos do mundo – economias em desenvolvimento, cidades distantes e comunidades rurais – para desenvolver antes seus negócios disruptivos. Uma vez que tenham sucesso, podem voltar para casa com uma prova firme de que as atuais regulações são ultrapassadas e até mesmo danosas. SB: Quando a inovação disruptiva tomará forma no setor de saúde? Quando deixará a teoria e passará para a prática? Christensen: Isso já está acontecendo. Tentei incorporar tantos exemplos quanto possível no livro, e continuo a descobrir mais todos os dias. Minha esperança é ter todos falando a mesma linguagem da disrupção, então poderemos todos começar a inovar e criar um sistema de saúde melhor juntos. Saúde Business | edição 09 | 15
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as 10 mais clicadas o que ele quer com o hospital? Hospital e Maternidade santa Marina é vendido ToP Hospitalar 2008 apresenta vencedores itálica saúde assume carteira da Avimed Conf lito no Hospital Brigadeiro
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Hospital e Maternidade são Luiz tem nova presidente Usuários do sUs elegem os 15 melhores hospitais públicos Terceirização de mão-de-obra na área médica: olhar clínico Medial registra prejuízo de r$ 15 milhões Medial quer crescer com recursos públicos
WeBcast eNtrevista
TOP Hospitalar, quem ganha entra para a história
o ToP Hospitalar reuniu pessoas renomadas do setor e premiou 24 categorias do segmento.
Assista esta e outras entrevistas no WWW.SAUDEBUSINESSWEB.COM.BR /WEBCASTS
Mês do BalanÇO thaia duo - tduo@itmidia.com.br
no último mês, as empresas divulgaram os balanços financeiros obtidos no último ano. A dasa divulgou receita bruta de r$ 1,2 bilhão e encerrou 2008 com investimentos de r$ 225,3 milhões em expansão. Já a Amilpar teve a receita operacional ajustada e totalizou r$ 1,1 milhão no quarto trimestre, 21,1% superior em
relação ao mesmo período de 2007. o ano também foi bom para a Bayer do Brasil que anunciou ter reportado lucro líquido de r$ 152,1 milhões no acumulado de 2008, revertendo prejuízo líquido de r$ 143,8 milhões no ano anterior. A Unimed-rio também não ficou para trás e avançou em seu faturamento bruto, chegando à marca recorde de r$
1,8 bilhão, o que representa evolução de 23% em relação ao ano anterior. Porém, o ano não foi bom para todas as empresas do setor. A Medial registrou prejuízo de r$ 15 milhões, com receita bruta de r$ 510 milhões. A unidade justifica que o resultado negativo se deve ainda aos custos processo de aquisição da Amesp.
leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – seção Gestão 16 | edição 09 | Saúde BuSineSS
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4/22/09 3:27:58 PM
Blogs
Leia e discuta com nossos blogueiros os assuntos mais quentes do mês: www.saudebusinessweb.com.br/blogs Adrianos Loverdos Último post: O CONBRASS vai acontecer! Adriano Loverdos é diretor técnico do Hospital Madrecor de Uberlândia. Também é autor do livro “Auditoria e Análise de Contas Médico Hospitalares”. Tânia Mito e Luisa Woge Último post: Provisão de Saúde Pública e Privada no Brasil Tania Mito e Luisa Woge, que dividirão este espaço, são analistas de pesquisa do grupo de Saúde da Frost & Sullivan, no Brasil. Pedro Fazio Último post: Construindo o Marco Regulatório Pedro Fazio é economista e diretor da Fazio Consultoria. João Carlos Bross Último post: Edifício de Saúde e o Plano de Negócio João Carlos Bross é arquiteto e presidente da Bross Consultoria e Arquitetura. Ildo Meyer Último post: Todos pelo Paciente e o Paciente para Todos Ildo Meyer é palestrante motivacional e médico com especialização em anestesiologia e pós-graduação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter. Roberto Latini Último post: Por que Eu Não Acredito na Crise Financeira Roberto Latini é diretor da Latini & Associados e irá abordar as regulações do setor de Vigilância Sanitária.
Resultado
da enquete A nova tabela de Preços Máximos ao Consumidor (PMC) de reajuste define os preços de referência dos medicamentos. O preço de venda ao consumidor é, geralmente, definido em negociações entre laboratórios, distribuidores e a rede varejista. Porém, em nenhum caso esses preços podem superar os valores máximos autorizados pelo governo. No ano passado, por exemplo, os preços dos medicamentos subiram menos que a inflação geral: o IPCA dos produtos farmacêuticos foi de 3,98%, ante o IPCA Geral de 5,90%. Fruto da concorrência e das estratégias comerciais, a tendência dos laboratórios nos últimos anos tem sido a de aplicar índices inferiores aos autorizados pelo governo. Isso demonstra que a própria dinâmica do mercado equaliza os preços, o que reforça os questionamentos da indústria farmacêutica sobre a necessidade de manutenção do controle de preços. Assim, 58,76% dos leitores do portal Saúde Business Web são a favor do controle de preço de medicamentos pelo governo, enquanto 26,80% acreditam que essa medida poderia ser combinada com outra iniciativa.
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Participe da nossa enquete! Vote em www.saudebusinessweb.com.br/enquetes O que você acha sobre os investimentos de outros setores no mercado de saúde? m Isso mostra que é um mercado
economicamente atraente m Acredito que falta conhecimento a estas pessoas pra lidar com as complexidades do setor m Se o negócio for promissor, atrairá investidores independente do setor Saúde Business | edição 09 | 17
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Opiniões
Confira os quatro artigos mais lidos do mês TI em Saúde no Brasil - Chamado a Ação Em artigo, Avi Zins comenta a necessidade de se utilizar a informação eletrônica no mercado de saúde. O que Fazer Nesta Crise O presidente do Grupo Vita e vice-presidente do International Hospital Group, Edson Santos, oferece em seu artigo conselhos para que cada um faça o que puder para se safar do pior que ainda está por vir. Ano Novo, Regulações Novas O artigo do sócio-fundador do Advocacia Dagoberto J.S. Lima e chefe da assessoria jurídica do Sistema Abramge/Sinamge e Sinog, Dagoberto Lima, comenta os desafios para o setor de Saúde Suplementar em 2009. Dia dos Direitos do Consumidor e o Direito à Saúde Em artigo, os advogados Renata Vilhena Silva e Thiago Lopes Amorim abordam o papel da Justiça na defesa de usuários de planos de saúde no Brasil.
Aquisições e especulações em alta Thaia Duo - tduo@itmidia.com.br Nos últimos 30 dias o mercado das operadoras de saúde e laboratórios farmacêuticos movimentou as ações financeiras de grandes empresas. A exemplo disso, a Itálica Saúde anunciou a absorção da carteira da Aviccena Assistência Médica/Avimed após a operadora ter passado por direção fiscal e técnica por cerca de um ano e ter sua carteira alienada por determinação da ANS. No entanto, a agência não aprovou a operação. Por outro lado, de olho na ampliação de atuação no mercado, a Orizon, fornecedora de soluções de faturamento e autorização para operadoras de saúde, anunciou a sua nova aquisição: a Prevsaúde. Especializada em programas de benefícios de medicamentos, a compra representa a entrada da empresa também na área farmacêutica. E, por falar neste segmento de indústria, a farmacêutica suíça Roche adquiriu mais de 96% das ações da norte-americana Genentech, completando a compra do grupo de biotecnologia por US$ 46,8 bilhões. Em contrapartida às aquisições confirmadas no mercado, a Solvay, fabricante do comprimido para o colesterol, TriCor, anunciou que analisa opções para sua unidade de medicamentos, registrando a maior alta nas ações em seis anos. A unidade, avaliada em cerca de € 4 bilhões poderá atrair ofertas da Sanofi-Aventis e do Abbott Laboratories. Em meio a tantas compras, o mercado também avista colaborações valiosas. A Intel e a GE Healthcare firmaram uma parceria milionária para o mercado de saúde. As empresas juntaram esforços e recursos para desenvolver soluções voltadas para o mercado de home care. Juntas investirão US$ 250 milhões em pesquisa e desenvolvimento de soluções para esse segmento nos próximos cinco anos. Mas, nem sempre é fácil ir às compras! Empresas recorrem aos mercados de dívida para financiar fusões e aquisições, tirando vantagem do apetite do investidor para alternativas quanto aos títulos de companhias financeiras. Assim aconteceu com a Pfizer. A unidade planeja realizar uma venda de títulos em cinco partes no valor de US$ 13,5 bilhões para ajudar a financiar sua compra da Wyeth na maior oferta não financeira desde a venda da Roche Holding em fevereiro.
Leia mais: www.saudebusinessweb.com.br – seção Economia 18 | edição 09 | Saúde Business
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Planos de saúde devem R$ 3,8 bilhões ao SUS
Oracle compra empresa
Segundo auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a ANS deixou de cobrar dos planos de saúde R$ 3,8 bilhões entre 2001 e 2008. O valor é referente a atendimentos de média e alta complexidade, como hemodiálise, e exames como ressonância magnética, feitos no Sistema Único de Saúde para pacientes portadores de planos e seguros.
A Oracle anunciou a compra da Relsys International, fornecedora de soluções de segurança de medicamentos e gerenciamento de risco. Sem informar o valor da transação, a Oracle afirma que a aquisição vem ao encontro dos objetivos da companhia, de incrementar a oferta de soluções de gestão para verticais de mercado.
Veja mais: www.saudebusinessweb.com.br - seção Política
Veja mais: www.saudebusinessweb.com.br – seção Economia
Aliança Farmacêutica contrata NFe do Brasil
Senado aprova planejamento
A Aliança Farmacêutica, empresa distribuidora farmacêutica e hospitalar, escolheu a solução da NFe do Brasil para emissão e gerenciamento de suas notas fiscais eletrônicas. A distribuição de seus produtos para mais de 200 clientes, dentre farmácias, posto de saúde, laboratórios e hospitais, impõe controle comercial e logístico.
O Senado aprovou um projeto que obriga os planos de saúde a cobrir despesas com planejamento familiar. Entre os procedimentos que poderão ser cobertos estão as cirurgias de vasectomia, laqueadura e DIU. O projeto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Fotos: Snapvillage
especializada no mercado de saúde
familiar em planos de saúde
Saúde Business | edição 09 | 19
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SB | reportagem de capa
Empresas Ana Paula Martins – amartins@itmidia.com.br
de
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futuro Num cenário de constantes mudanças culturais, econômicas, políticas e tecnológicas, preparar-se para o futuro tornouse um grande desafio. Saiba quais são os fatores que fazem de uma empresa uma organização do futuro e conheça as organizações que já estão preparadas para ele
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SB | reportagem de capa
Diz o dito popular que o futuro a Deus pertence. No mundo corporativo, o futuro pertence a quem estiver preparado para ele. Ou, melhor ainda, para quem ousar criá-lo. Num cenário de evoluções constantes e rápidas transformações, desenhar o futuro pode soar uma tarefa desafiadora, e muitas vezes até incerta. Mas hoje, foi o futuro de ontem e olhar as evoluções pelas quais o mundo passou mostra-nos a grande capacidade que as organizações têm de transformar a vida em sociedade. Há 15 anos, não havia acesso à internet, os celulares, além de caros, mal serviam para falar, quanto mais transmitirem dados, filmar, fotografar; e “to google” ainda nem era verbo. No universo da saúde então, em 20 anos, houve uma revolução na oferta de tratamentos, tecnologias médicas, procedimentos e descobertas, que impactaram sobremaneira no aumento da expectativa de vida da população. Da mesma maneira que estas evoluções aconteceram, mudou também a forma de se fazer negócios, o modo de consumir, o modo de se informar e de se relacionar com o mercado. O cenário
econômico ficou ainda mais exigente e demandas em gestão e governança corporativa surgiram. Nessa avalanche de transformações, ser uma empresa longeva e sustentável tornou-se um grande desafio de mercado e esse desafio passa pela capacidade de inovação. “As empresas que se mantiveram competitivas ao longo dos anos foram aquelas capazes de responder e de se adaptar às mudanças”, assinala a especialista em inovação, Gisela Kassoy. Na tentativa de compreender a visão dos executivos acerca da organização do futuro, a IBM focou a última edição de seu estudo global com CEOs no tema. Depois de entrevistar mais de mil líderes tanto do setor público como do setor privado no mundo todo, a empresa divulgou um relatório apontando as características em comum indicadas pelos entrevistados. Na opinião desses executivos, os fatores que identificam uma organização do futuro são a sede pela mudança; a inovação além da imaginação do cliente; integração global; ser disruptiva por natureza e genuína, não somente generosa, o que quer dizer ser socialmente útil.
Na carta de apresentação do estudo, o CEO da IBM, Samuel Palmisiano, ressalta que foi necessário reinventar o portfólio, os produtos e serviços da companhia para acompanhar as transformações de mercado ao longo dos últimos anos e que a estratégia considerada bem-sucedida pela companhia foi a de focar em inovação. Para o professor da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, apostar somente em inovação não garante o bom desempenho ao longo dos anos. Um estudo realizado pela instituição com mais de 5 mil executivos apontou que 98% dos entrevistados consideravam a inovação estrategicamente importante, porém, somente entre 7% a 9% deles afirmaram ter um processo de inovação implantado. “Inovação é processo e este processo precisa estar alinhado com os valores da empresa. Poucas são as organizações que se articulam para isso”, destaca.
A inovação e suas implicações
O conceito de inovação permeia todas as características da organização do futuro. Por meio dela, as empresas aprendem a lidar com as mudanças,
Há dois anos, a Roche começou a olhar para mercados em crescimento como China e Brasil para encontrar oportunidades de pesquisa João Carlos Ferreira, da Roche
Foto: Divulgação
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surpreendem clientes, alcançam novos mercados, rompem com estruturas estabelecidas e ainda beneficiam a sociedade. No entanto, estar aberta à inovação significa também saber lidar com o risco. “A possibilidade do erro é inerente à mudança. Qualquer transformação traz uma chance de erro, mas a empresa precisa dar espaço para isso. E a dificuldade de administração do risco e a falta de segurança podem emperrar o processo inovador”, aponta Gisela. O professor da Fundação Dom Cabral alerta também para a necessidade de alinhamento da inovação com a cultura da empresa e do envolvimento das lideranças nos processos de inovação. “A mudança de valor tem que vir de quem comanda a empresa, caso contrário, não há como modificar essa cultura, de estimular a capacidade de agregar valor e dar resultados. Para isso, a empresa tem que dar espaço para errar também”, aponta Arruda. Lidar com o risco acaba sendo o grande paradoxo da inovação para as empresas. Comprometidas com resultados e com a administração precisa de recursos, as organizações precisam aprender a lidar com a incerteza da inovação, o que requer processos para acontecer. “Muitas vezes as pessoas atrelam o conceito de inovação ao desenvolvimento de novos produtos ou à tecnologia, quando, na verdade, a cultura inovadora tem muito mais a ver com a rotina de trabalho da empresa e seus valores”, pontua a consultora. Mas somente a inovação não basta para garantir a perenidade dos negócios. De acordo com o levantamento feito pela Fundação Dom Cabral, as empresas sustentáveis passaram por melhorias de infraestrutura, de processos e revisão no modo de fazer negócios. “Há toda uma estrutura por trás da capacidade
de inovar. Ela ajuda, mas sem bases sólidas, pouco adianta”, afirma. Lidar com as mudanças de uma forma estruturada foi um dos pontos destacados no estudo da IBM. Enquanto 75% dos entrevistados disseram ter realizado mudanças na gestão para lidar com as transformações de mercado de modo improvisado ou até informal, mais de 90% disseram que a empresa do futuro irá definir e gerenciar as mudanças como programas robustos, estruturados e voltados para resultados. Um ponto fundamental para as empresas que querem chegar ao futuro de modo competitivo é contar com profissionais altamente qualificados, que façam diferença na gestão de seus negócios e busquem novas visões e atuações no mercado. No estudo, os CEOs apresentaram a busca de talentos para a atuação global, ou seja, profissionais que entendam de mercados específicos, para que isso facilite a atuação global das empresas. Para a consultora Gisela Kassoy, investir em capacitação é o melhor caminho para obter resultados de longo prazo. “Pessoas mais bem preparadas têm melhores condições de identificar oportunidades, antever tendências e ainda inovar em processos”, assinala. “Empresas bem-sucedidas são aquelas que, mais do que atender às mudanças de mercado, provocaram essas mudanças”, conclui.
o
Que A oRGAniZAção
Do FuTuRo Deve seR :
Ávida por mudanças – conseguir mudar rapidamente e com sucesso; Inovadora além da imaginação do cliente – antecipar-se às necessidades dos clientes, que estão cada vez mais bem informados e exigentes. Globalmente integrada – a empresa está integrada para aproveitar a economia global. Seus negócios são estrategicamente projetados para acessar o que há de melhor em capacidade, conhecimento e recursos, onde quer que estejam e onde quer que precisem aplicálos no mundo. Desbravadora por natureza – desafia o próprio modelo de negócios, desestabilizando a concorrência. Reinventa a si mesma e o mercado em que atua. Genuína, não apenas generosa - A empresa do futuro ultrapassa os limites da filantropia e da conformidade; ela reflete uma preocupação sincera com a sociedade em todas as ações e decisões.
A nTecipAnDo o FuTuRo
No setor farmacêutico, a visão de qualquer empresa tem que ser de longo prazo. Como o desenvolvimento de novas drogas despende, no mínimo, 12 anos, além de demandar volumosas somas de recursos, as empresas precisam pensar constantemente no mercado do futuro. A Roche, multinacional suíça do segmento, é uma empresa que faz
Fonte: The Enterprise of the Future, IBM CEO Study
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SB | reportagem de capa
Foto: Divulgação
Na empresa, mesmo que não haja tecnologia envolvida, os líderes precisam buscar novos meios de inovar e as equipes têm que ser engajadas em inovação Antonio Carlos Espeleta, da 3M
da inovação a mola propulsora de seus negócios. “Num mercado onde são lançadas apenas 20 moléculas por ano no mundo todo, onde há uma forte concorrência, onde os custos dos negócios são altíssimos e em que há prazo para a exploração de um produto com exclusividade, a inovação precisa pautar as estratégias”, aponta o diretor de operações comerciais da Roche no Brasil, João Carlos Ferreira. Seguindo as tendências do mercado, a farmacêutica é uma das empresas que também buscou modelos colaborativos para o desenvolvimento de novos produtos. No ano passado, firmou uma parceria com a Fundação Biominas para identificar empresas que tenham pesquisas avançadas em biotecnologia nas áreas de oncologia, doenças inflamatórias, virologia, metabolismo e sistema nervoso central. O foco da farmacêutica é encontrar pesquisas em tecnologias inovadoras e que estejam alinhadas com a filosofia e cultura da Roche. Aliás, a cultura de inovação faz parte dos valores da empresa. A organização investiu, em 2007, 17% do faturamento de US$ 7 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, mas a inovação está presente também na gestão da farmacêutica. “Qualquer organização tem poucos recursos para perder, portanto, a Roche aposta em ferramentas como sistemas de ERP, CRM e Planejamento Estratégico, além de processos de inovação, que nos permitem ampliar a capacidade de percepção de mercado e antecipar oportunidades de crescimento”, aponta Ferreira. Dentro dos fatores que caracterizam a empresa do futuro, o executivo acredita que a farmacêutica está alinhada com todos eles e até que esses valores já são intrínsecos na sua cultura. “Lidar com mudanças de mercado e de cenário faz
parte da história da empresa, que existe há mais de 100 anos. Inovação está em nosso DNA, assim como a responsabilidade social. Nosso olhar sempre é para o futuro”, assinala. Tendo uma atuação global, presente em mais de 150 países, a empresa busca congregar ações e estratégias de cada localidade para atender de modo adequado às peculiaridades de cada mercado. Além disso, articula essas ações para compor uma rede mundial de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. “Há dois anos, a Roche começou a olhar para mercados em crescimento, como China e Brasil, para encontrar oportunidades de pesquisa. O Brasil entrou tarde nesse processo, por falta de investimento em pesquisa e ciência. Agora precisa correr para acompanhar os outros países”, analisa. O investimento em inovação constante traz bons resultados para a empresa. Este ano, a Roche lançará dois novos medicamentos no mercado, um voltado para o tratamento de insuficiência renal e outro para artrite reumatóide. “Isso representa 10% dos lançamentos farmacêuticos no ano, e ainda em dois novos segmentos Será um ano promissor para a Roche e é resultado de uma gestão inovadora”, conclui o diretor.
Mudando rumos
Adaptar-se às mudanças e antever o futuro são algumas das características da Texas Instruments, multinacional americana especializada no desenvolvimento de semicondutores. A empresa. que obteve um grande crescimento com foco em sistemas de comunicação portáteis nas últimas décadas, agora vê potencial no setor de saúde. “As próximas grandes oportunidades estão na área médica. Há uma demanda muito grande por novas tecnologias e um grande potencial de crescimento no
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mercado”, salienta o gerente da área médica para o Brasil, Nuncio Perrella. Texas Instruments sempre forneceu processadores e aplicativos para indústria de equipamentos médicos, mas em 2006 resolveu criar uma vertical exclusivamente para criar soluções específicas para o mercado de saúde. De olho no potencial de crescimento do mercado de home care e monitoramento e ainda da área de implantáveis, a empresa pretende ter uma participação cada vez maior no segmento. A perspectiva da empresa é de que o mercado de semicondutores para dispositivos médicos movimente cerca de US$ 5 bilhões em 2015 - e quer que uma fatia de US$ 2 bilhões desse mercado seja dela. Atualmente, o faturamento da Texas Instruments com a vertical é de US$ 250 milhões/ano, o que representa 10% desse segmento. Como uma organização do futuro, a empresa também se preocupa em antecipar as necessidades dos clientes, para surpreendê-los e criar, assim, um diferencial no mercado. Além disso, adota processos de inovação para que sejam encontradas oportunidades de crescimento, como o setor de saúde. “A Texas baseia-se em estudos de mercado e cenário para identificar oportunidades, mas também acredita na capacidade de avaliação de seus colaboradores e pesquisadores para criar essas oportunidades”, assinala Perrella. Dentro das pesquisas inovadoras da empresa, está o desenvolvimento de um olho biônico, que, por meio de microcâmeras e chips específicos, permite a recuperação da visão. A ideia da companhia é dominar essa tecnologia para descobrir o caminho de evitar a rejeição do corpo humano a esse tipo de dispositivo e, assim, aplicá-la em outros produtos. Outra meta da empresa é desenvolver
aplicativos cada vez menores, com mais funcionalidades, que consumam menos energia e produzam menos ruídos. Um exemplo foi o desenvolvimento de componentes que antes precisavam de 64 itens e que passaram a necessitar apenas dois. Com isso, a companhia pretende tornar mais acessíveis os produtos e assim ampliar suas aplicações. Como a Texas também pretende estar globalmente integrada, aproveitando capacidade tecnológica e recursos de toda parte do mundo, aposta em parcerias colaborativas com universidades e institutos de pesquisas de diferentes regiões do planeta. O Brasil é um dos países que integra essa estratégia. No último ano, a companhia assinou acordos de cooperação com universidades em todo o país, como Universidade do Vale do Paraíba, Universidade de Campinas, USP - São Carlos, Universidade Federal do Paraná, entre outras. O foco foi em instituições que já têm iniciativas em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. “Temos 20 projetos em andamento. Para nós, essa é a prova de que estamos no caminho certo”, pondera o executivo.
Tradição em inovação
Presente em todos os rankings internacionais de avaliação de empresas mais inovadoras, a 3M é um exemplo de companhia que tem sua visão orientada ao futuro. Uma empresa longeva, com mais de 100 anos de mercado, que iniciou suas operações com abrasivos e a partir daí encontrou aplicações em segmentos diversos como consumo, eletrônicos, segurança, transporte e saúde, teve o seu desenvolvimento pautado em inovação. “Mais do que inovar em processos e tecnologias de produção, a 3M adota políticas inovadoras e tem uma cultura de inovação, o que faz diferença nos resultados”, pontua o diretor de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, Antônio Carlos Espeleta. Um dos programas de inovação mais famosos é o “Regra dos 15%”, em que todos os funcionários da companhia podem dedicar 15% do seu tempo de trabalho para desenvolver projetos pessoais dentro da empresa. A partir daí, aquilo que for útil à companhia pode ser produzido ou aplicado ao trabalho e, o que não for, compõe um banco de dados mundial, que permite que outros colaboradores tenham acesso a es-
processos estabelecidos: Na 3M, os funcionários podem dedicar 15% do seu tempo a projetos pessoais
Foto: Divulgação
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SB | reportagem de capa
sas ideias e proponham soluções para elas. Um exemplo dessa integração foi o desenvolvimento do Post-it. O produto foi descartado pelo proponente, por não colar como deveria, mas outro colaborador o achou útil para marcar as páginas dos livros sem estragá-las. Hoje, o produto rende à companhia US$ 500 milhões ao ano. O programa também já gerou produtos para a saúde, como o curativo Tegaderm, utilizado no ambiente hospitalar . Para reconhecer os colaboradores, a empresa mantém internamente oito prêmios anuais de inovação e ainda trabalha princípios de inovação entre os funcionários, como assumir riscos consideráveis, pensar no longo prazo, continuar crescendo sem se acomodar com o sucesso, reformular problemas sem solução e reconhecer aqueles que são mais criativos. “Na empresa, mesmo que não haja tecnologia, os líderes precisam buscar novos meios de inovar e as equipes têm que ser engajadas em inovação”, aponta o executivo. Dentro do conceito de inovação, a empresa buscou também se aproximar do mercado hospitalar, criando um programa de certificação dentro das instituições, nas áreas de esterilização, eletrocirurgia, terapia intravenosa e prevenção de lesões de pele. A ideia é incentivar a adoção de melhores práticas dentro das instituições e, de certa forma, aproximar-se da necessidade do cliente. Além do programa de certificação na área de saúde, a empresa planeja um grande crescimento para este setor. Na planta do Brasil, haverá uma ampliação de produção e, como resultado dos projetos de inovação, novos produtos devem ser lançados no mercado. “Será um ano de crescimento muito grande para nós. Com esse processo bem instalado, conseguimos ascender independente do cenário”, conclui Espeleta.
O futuro do sistema de saúde
Pensar um novo modelo de saúde. Essa é a proposta da Amil para manter-se perene no mercado. Tendo passado por diferentes cenários, por longos períodos inflacionários e ainda pelo processo de regulamentação da saúde suplementar, a operadora encontrou nesse ambiente o norte para manter-se competitiva no mercado. “Para ter futuro, uma empresa precisa ter passado, e nossa história prova isso”, aponta o diretor administrativo, Paulo Marcos Senra Souza. A Amil tem 30 anos de atuação e, o que fez diferença nesse período, de acordo com o executivo, foi a capacidade de investir em inovação gerencial. “As organizações médicas têm por tradição investir em tecnologias médicas, mas a tecnologia gerencial foi deixada de lado. Não há como ser disruptivo sem preparo”, critica. Na opinião de Souza, para serem organizações do futuro, as empresas precisam pensar em metas de longo prazo, se antecipar às tendências de mercado, surpreender o cliente e ter uma visão clara de como quer estar no futuro. “Em nossa história, fomos sempre marcados por ações inovadoras. Há 30 anos, já tínhamos um serviço médico de teleatendimento, vivenciamos uma experiência interessante trabalhando com um grupo internacional e até tivemos atuação internacional. Isso tudo ilustra como pensamos à frente”, salienta o diretor. Um dos pontos adotados pela Amil para manter-se na vanguarda é investir na capacitação dos colaboradores e na troca de conhecimento dentro do setor. A operadora investe, no mínimo, 100 horas de treinamento por ano para os seus funcionários e, além disso, apóia eventos e o lançamento de livros que possam ser relevantes
para o mercado nacional de saúde. “Se seguirem os modelos de inovação, os líderes do velho sistema poderão converter-se, de fato, nos líderes das organizações de saúde do futuro. Mas necessitam ser devidamente educados, para assumir o comando de sua própria ruptura. Mesmo que percebam como uma ameaça, a inovação sempre se mostra uma extraordinária oportunidade de crescimento”, assinala Souza. Um exemplo de como a empresa vai contra as ondas do setor é o fato de não adotar a verticalização. Embora a operadora e o grupo Esho (Empresa de Serviços Hospitalares), que congrega 18 hospitais, pertençam ao mesmo acionista, a Amil não tem a intenção de verticalizar os serviços e, por isso, as duas companhias atuam de forma independente. “A verticalização não funciona. O que temos é uma parceria estratégica para prover a atenção à saúde que o cliente precisa, mas cada unidade de negócio opera de modo independente”, enfatiza. Hoje a Amil administra uma carteira de 3,5 milhões de vidas em todo o Brasil e, para ser um negócio sustentável, já orienta suas ações para o cuidado integral da saúde de seus usuários. Para isso, atua em modelos preventivos de cuidado e na gestão de saúde de seus clientes. Na opinião de Souza, o único caminho para melhorar o acesso aos serviços de saúde é a inovação. “Acredito sinceramente que com inovação reduziremos os custos e a qualidade da saúde será melhorada no longo prazo. A organização do futuro dependerá de novos modelos, que precisam aliar-se a inovações nos sistemas de seguro e pagamento, a fim de tirar pleno proveito do impacto sobre os custos e a acessibilidade”, conclui.
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SB | na direção
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Mario Grieco Vice-presidente executivo da Moksha8
Enterro
Ao assumir a direção de uma importante companhia farmacêutica, defrontei-me com um sério problema: os funcionários, que de uma forma geral tinham o hábito de reclamar de tudo... Quando havia qualquer tipo de problema a reação era sempre negativa e passiva. Em vez de procurarem soluções, contentavam-se em perpetuar os problemas dizendo: eu não consigo! Com esse tipo de atitude, percebi que não conseguiam atingir os objetivos e metas da companhia. Quando não se acredita em algo, dificilmente se alcança. O que podemos fazer para mudar esse tipo de situação? Como modificar o ambiente de trabalho e assim melhorar a produtividade dos funcionários? Com essas perguntas em mente e após vários meses procurando encontrar a solução, decidi fazer algo diferente. Convoquei uma reunião geral com todos os funcionários, não expliquei o porquê da reunião, simplesmente informei que era muito importante e obrigatória a presença de todos. Sem dúvida, todos compareceram. Comecei a reunião explicando a importância de ter uma atitude positiva frente às adversidades e que o objetivo da reunião era resolver problemas e situações com-
plexas. Afirmei que, ao final, tudo estaria resolvido. Para tanto, era necessário que cada um deles descrevesse tudo aquilo que não conseguiam resolver ou que achavam ser impossível de atingir. Alguns utilizaram essa oportunidade para reclamar do excesso de tarefas e da impossibilidade de completá-las em tempo. Os outros se entusiasmaram com a ideia de ter alguém para resolver todos seus problemas. Alguns preencheram varias páginas. Enquanto descreviam todos os “eu não consigo” eu saí da sala e somente retornei quando todos já haviam terminado, e aguardavam ansiosamente pela fórmula mágica. Para surpresa geral voltei vestido como um padre e trazia comigo dois coroinhas que carregavam consigo um pequeno caixão. Abri o caixão e pedi que colocassem todos os “eu não consigo” dentro. Em seguida, pedi que todos me acompanhassem em silêncio, em forma de procissão. Seguimos até o jardim, onde se encontrava uma cova, com uma cruz e uma lápide com os seguintes dizeres: Aqui jaz “eu não consigo”. Diante da cova eu disse: “Queridos companheiros, hoje nos encontramos aqui reunidos para nos despedir de quem, em vida, era conhecido como
“eu não consigo”. Vamos também aproveitar a ocasião para nos despedir de seus amigos: o “eu não posso”, o “não vai dar certo” e todos os outros nãos que agora já não têm mais razão de nos visitar. Por muito tempo nos causaram problemas e aborrecimentos, afetaram profundamente nossas vidas tanto no nível profissional como no pessoal, que inúmeras vezes nos impediram de atingir nossos objetivos. Infelizmente seus nomes foram citados muitas vezes, dentro e fora desta companhia. Felizmente eles deixaram três irmãos: o ‘eu posso’, o ‘eu consigo’ e o ‘eu vou fazer imediatamente’. Estes bem menos conhecidos do que os irmãos, mas que com certeza com nossa ajuda se tornarão famosos nesta companhia. Que descanse em paz e para sempre. Por favor, se aproximem do caixão para a despedida final”. Em seguida prosseguimos com o enterro. Finalmente a lápide foi colocada sobre a cova e assim terminamos o enterro. Realmente nos divertimos muito com o enterro e todos notaram uma tremenda mudança de atitude. Agora todos evitavam palavras negativas, e se por acaso alguém dizia “ eu não consigo” imediatamente a resposta é “claro que consegue”, o não consigo está morto, lembra?
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Agora é pra valer!
Fomos eleitos pelo 5º ano consecutivo como a melhor empresa de Home Care do país. Este prêmio é fruto de todo o nosso trabalho e dedicação. Agradecemos o reconhecimento do mercado e continuaremos motivados para “colar” o próximo selo.
2004
2005
2007
2008
2006
São Paulo * Baixa d a S a n t i s t a * C a m p i n a s Vale do Paraíba * R i o d e J a n e i r o * S a l v a d o r W W W. H O M E D O C T O R . C O M . B R
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SB | vencedores top hospitalar
Os campeões de 2008
Em sua 11ª edição, o prêmio Top Hospitalar trouxe uma reformulação completa de sua metodologia. Na primeira etapa, um comitê, composto por executivos representantes de entidades de todo o mercado de saúde, administradores hospitalares participantes do Saúde Business Forum 2008 e executivos finalistas do prêmio em 2007, indicaram, espontaneamente, até três empresas, instituições ou executivos, de acordo com cada uma das 24 categorias. Na segunda fase, os três finalistas com o maior número de menções na primeira etapa foram apresentados no site do prêmio (www.tophospitalar.com.br). Pela internet, os assinantes das revistas Fornecedores Hospitalares, Saúde Business e portal Saúde Business Web escolheram, por voto direto, seus preferidos. Foram 1951 votos válidos em dois meses de votação. Nesta edição da Saúde Business, você conhece os vencedores! Hospital Filantrópico
%
Medicina de Grupo
%
Homecare
%
Hospital Israelita Albert Einsten
32,10%
Amil
44,90%
Home Doctor
29,30%
Santa Casa de São Paulo
28,90%
Medial Saúde
31,60%
Pro Care
17,10%
Hospital Sírio Libanês
28,90%
Intermédica
7,80%
Dal Ben
8,80%
%
Autogestão
%
Hospital Público
Indústria de Equipamentos
%
Hospital das Clínicas de SP
42,80%
CASSI - Banco do Brasil
37,00%
Siemens
37,20%
INCOR
31,00%
Fundação CESP
19,30%
Philips
30,10%
Hospital Pedreira
13,90%
Volkswagen
13,40%
GE
17,40%
Hospital Privado
%
Cooperativa
%
Hospital São Luiz
56,90%
Unimed Paulistana
44,30%
Novartis
30,80%
Copa D’or
19,80%
Unimed Belo Horizonte
23,60%
Pfizer
30,40%
Hospital Brasília
10,50%
Unimed Rio
9,30%
Roche
21,80%
Seguradora
%
Medicina Diagnóstica
%
Indústria Farmacêutica
Indústria de Infraestrutura
%
%
Bradesco Saúde
38,70%
Fleury
52,70%
White Martins
45,30%
SulAmérica
30,60%
Dasa
21,00%
Air Liquide
17,70%
Porto Seguro
18,10%
Hermes Pardini
13,80%
AGA/Linde
12,00%
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4/24/09 11:36:45 AM
Ind. de Arquitetura e Construção
%
Consultoria
%
Sustentabilidade
%
MHA Engenharia
18,50%
Deloitte
31,10%
Banco Real
30,30%
Bross
15,40%
Planisa
19,50%
Albert Einstein
26,50%
L+M Gets
13,10%
IQG
16,10%
Hospital Sírio Libanês
19,60%
Hospital Bandeirantes
9,10%
Indústria de TI
%
Serviços Financeiros
%
Administrador Hospitalar
%
MV Sistemas
40,20%
Itaú
39,40%
André Staffa (ex-Hospital São Luiz)
24,00%
Wheb Sistemas
16,80%
Banco Real
25,70%
Valdesir Galvan (Hospital São Camilo)
17,60%
WPD
11,40%
Bradesco
24,80%
Fábio Sinisgalli (Hosp. N. S. Lourdes)
16,30%
Henrique Salvador (Hospital Mater Dei)
16,10%
Indústria de materiais
%
Instituição de Ensino
%
Executivo da Indústria
%
Johnson & Johnson
51,00%
Fundação Getúlio Vargas - Eaesp
44,40%
Claudia Goulart (GE)
32,70%
B. Braun
17,80%
Centro Universitário São Camilo
22,20%
José Eduardo Fernandes (Johnson & Johnson)
19,40%
BD
15,80%
IBMEC São Paulo
16,80%
Daurio Speranzini (Philips)
18,70%
Fundação Dom Cabral
7,10%
Indústria Exportadora
%
Indústria de Serviços
%
Empresário
%
Sodexo
43,50%
Fanem
23,30%
Edson de Godoy Bueno (Amil)
36,60%
GRSA
13,90%
K. Takaoka
17,10%
Jorge Moll (Rede D´Or)
22,20%
Estapar
12,10%
Intermed
12,90%
Paulo Magnus (MV Sistemas)
21,20%
Hospimetal
6,50%
* Os percentuais dos três finalistas não totalizam 100% porque os leitores podiam se abster de votar em um deles utilizando a opção “Não sei avaliar esta categoria” Saúde Business | edição 09 | 31
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4/22/09 12:15:33 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
A C 32 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 12:26:46 PM
MHA E Fundada em 1975, em São Paulo, a MHA Engenharia expandiu seus negócios e hoje conta com escritórios no Rio de Janeiro e Chile, além da matriz na cidade de origem. Entre shoppings, centros empresariais, hotéis, complexos industrias e culturais e, claro, hospitais, a empresa já acumula 2 mil obras, que totalizam mais de 17 milhões de metros quadrados de área projetada. Até hoje, mais de 250 projetos já foram desenvolvidos para o setor de saúde. Mais recentemente, em São Paulo, a MHA tornou-se responsável pelos projetos e gerenciamento de obras do Hospital Anália Franco, da Amil, a ser construído em 2009; gerenciamento de obras do Hospital Alvorada Paulista, da Medial Saúde, a ser inaugurado no segundo semestre deste ano; desenvolvimento de projetos para o novo edifício de internações e serviços do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; projetos estruturais no Hospital SírioLibanês e desenvolvimento de projetos e gerenciamento de obras na unidade de produção de radiofármacos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Em fevereiro deste ano, a companhia conquistou as certificações ISO 14001 e OHSAS 18001. A expectativa para 2009 é de um faturamento 25% maior do que em 2008.
Toda nossa equipe sempre está muito atenta a toda nova tecnologia e conceitos na engenharia. Estamos muito contentes com o prêmio. Washington Luiz de Souza Junior, da MHA Engenharia
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 33
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SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
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Tendo atuação internacional e buscando conhecer cada vez melhor o setor para prover a assessoria necessária, a Deloitte venceu o Top Hospitalar 2008. Com foco na gestão estratégica dos hospitais, visando à melhoria dos resultados e dos índices de qualidade, a consultoria também passou a atuar nesse último ano no segmento de Lifesciences, para assim auxiliar as empresas a buscarem a oportunidade necessária para crescer nesse segmento. No estudo mundial feito pela consultoria, e que também envolveu empresas atuantes no Brasil, foi identificado que os países emergentes representarão 25% do faturamento dessas companhias até 2015 e que 51% virão de produtos ainda não existentes, o que demonstra o potencial desse mercado. Outra ação importante da Deloitte no segmento foi o início de projeto de gerenciamento de riscos dentro dos hospitais e auxílio no processo de obtenção da acreditação.
Esse reconhecimento será dividido com os concorrentes e com cada um da nossa equipe que vive a saúde no seu dia a dia. Enrico de Vettori, da Deloitte
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SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
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4/22/09 4:16:48 PM
U P Para obter melhores resultados, a Unimed Paulistana traçou novas metas para 2009. Entre elas estão controle acirrado da sinistralidade; ampliação da carteira de clientes e fidelização da carteira atual, dentro das necessidades e limites orçamentários; planejamento para investimentos em recursos próprios; e investimento em tecnologia, com o Programa de Modernização Mais UP, que começou em abril de 2008 e vai até outubro 2009. Os objetivos foram traçados no novo Plano Estratégico da cooperativa. Para este ano, a perspectiva da Unimed é de crescimento de vendas de mais de 30% em relação ao número de 2007 e 2008. A estratégia comercial está apoiada no relacionamento com o Canal de Distribuição, produtos adequados e a atuação de cooperados. A Unimed Paulistana conta com 2128 médicos associados ativos, dois Prontos Atendimentos, um Hospital (Unimed Santa Helena), serviço de Medicina Preventiva, serviço de Saúde Ocupacional, Remoção, Atendimento Domiciliar, 769 serviços credenciados, além de participar da rede de atendimento do Sistema Unimed Nacional. A carteira de clientes da UP está assim distribuída: Pessoa física - 153.677; Pessoa jurídica – 610.946; e Intercâmbio – 560.710.
A Unimed Paulistana, ao receber o prêmio Top Hospitalar 2008, não só agradece como parabeniza o trabalho da IT Mídia em consagrar os diversos “atores” da área de saúde. Desta forma contribui para o crescimento de nosso setor e contribui, ainda, para melhorar a assistência aos nossos clientes. Mario Santoro Junior, da Unimed Paulistana
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4/22/09 4:16:54 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
H C 38 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 4:25:25 PM
H D
O foco em expansão levou novamente a Home Doctor a receber o prêmio Top Hospitalar na categoria de Home Care. Vendo a oportunidade de ampliar a sua atuação no interior de São Paulo, a empresa instalou uma nova unidade de atendimento na região de Campinas, cobrindo também as cidades de Valinhos, Sumaré, Hortolândia e Souzas. A ampliação da área de abrangência, além de atender às necessidades das operadoras que são clientes da Home Doctor, também potencializa o crescimento da empresa. “A região de Campinas vem apresentando um grande crescimento de renda per capita e populacional nos últimos anos, o que a torna um mercado potencial para diferentes setores da economia. Com a área da saúde não é diferente”, ressalta o diretor Financeiro e Comercial, José Eduardo Ramão. Outras ações de destaque da Home Doctor no ano passado foram a criação da Unidade de Negócio – HD Pediatria, que visa prover melhor atendimento e ampliar os serviços nessa área, e a parceria com a Faculdade de Medicina do ABC, para receber médicos residentes em Medicina da Família e Comunidade. Tudo isso contribuiu para os bons resultados da empresa, que no ano passado teve o número de pacientes ampliado em 30%.
Quero agradecer a todos que votaram em nossa empresa e aos colaboradores que são os maiores responsáveis por termos ganhado esse prêmio. José Eduardo Ramão, da Home Doctor
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 39
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4/22/09 4:25:30 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
H F 40 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 12:36:24 PM
H I A E Mantido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que tem como pilares a assistência à saúde, a responsabilidade social e a geração e difusão do conhecimento, o Hospital Albert Einstein iniciou 2008 com uma atividade que congregou estes três valores, assumindo a gestão do Hospital Municipal de M’Boi Mirim, na cidade de São Paulo. Além desta parceria com a Prefeitura, por meio de sua Organização Social de Saúde (OSS), o hospital também assinou outros convênios com instituições de todo o Brasil, especialmente para a transferência de conhecimento. Tendo como uma de suas principais especialidades na área pública a realização de transplantes, uma equipe do Einstein deu treinamento a 15 profissionais do Hospital Ophir Loyola, no Pará, para capacitá-los a realizar transplantes de fígado. Também tratando de doenças do fígado, outro convênio foi firmado com a Casa de Hepatite de Santos, para oferecer atendimento integral em todas as fases da doença. Em oncologia, o parceiro escolhido foi o Hospital de Barretos, que atende apenas pacientes provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta iniciativa teve como objetivo a troca de experiências e a promoção de ações conjuntas de conscientização.
O Einstein coloca a saúde e todas as pessoas no centro de tudo. Sempre com a mesma atitude, o mesmo empenho, e a mesma dedicação. Esta sempre foi e sempre será a sua missão: excelência e qualidade na assistência à saúde, geração de conhecimento e responsabilidade social. Paulo Ishibashi, Eduardo Zlotnik e Sidney Klajner, do HIAE
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4/22/09 12:36:29 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
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H P 42 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 12:41:00 PM
H S L No início de 2008, a unidade Anália Franco, do Hospital São Luiz, entrou em funcionamento. A inauguração foi mais uma etapa do projeto de expansão da rede, que tem a ambição de deixar de ser regional e tornar-se nacional. Ao longo do ano, o São Luiz também realizou investimentos em tecnologia médica e da informação, além de ampliar o número de leitos na unidade Morumbi e inaugurar o Laboratório de Neurossonologia e Hemodinâmica Cerebral na unidade Itaim. Em números gerais, a rede realiza, por ano, 52,8 mil internações, 38 mil cirurgias, 540 mil pronto-atendimentos, 840 mil exames no centro de diagnósticos e 13 mil partos. Em 2008, fechou o ano com receita bruta de R$ 569,34 milhões, 4,5 mil funcionários e 11 mil médicos credenciados. A primeira mudança de 2009 foi a contratação da nova presidente, Denise Santos, que assumiu o lugar deixado por André Staffa. Neste início de ano, o São Luiz também decidiu adotar a metodologia Lean Six Sigma e conquistou a acreditação em nível de excelência nas unidades Itaim e Morumbi.
Este importante prêmio representa para nós do Hospital São Luiz um especial reconhecimento à dedicação que a cada dia dispensamos aos nossos clientes, parceiros, fornecedores e colaboradores. Agradeço imensamente aos colaboradores do hospital pelo empenho, dedicação e amor ao nosso negócio! Denise Santos, do Hospital São Luiz
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 43
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4/22/09 12:41:05 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
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H P 44 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 4:31:00 PM
H C Anualmente o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP recebe cerca de 10 milhões de pacientes, acompanhantes, fornecedores, profissionais de saúde e estudantes. O Planejamento Estratégico do sistema FMUSP-HC é revisado anualmente por sua direção. A instituição conta com um orçamento anual superior a R$ 1, 3 bilhão, tendo como fonte, recursos do Tesouro do Estado, do SUS e convênios. Os resultados relativos aos índices de satisfação dos clientes internados revelam: do total de altas, 97% dos pacientes afirmam que retornariam à instituição se houvesse necessidade ou recomendariam o hospital. A implantação de medidas que visam o controle e a otimização do uso da energia elétrica e água têm alcançado significativos índices de economia para a instituição, atingindo, por exemplo, 25% de redução do consumo anual de água. Por ano, números do HC dimensionam sua atuação em: 1,4 mil atendimentos ambulatoriais; 693 mil procedimentos de diagnóstico por imagem; 235 mil atendimentos emergenciais; 63,6 mil internações; 35,5 mil cirurgias; e 1 mil transplantes.
O prêmio Top Hospitalar mostra o reconhecimento da comunidade da área de saúde à busca da excelência que o Hospital das Clínicas vem empreendendo como uma resposta à sociedade pelos recursos investidos neste hospital público de ensino e ao trabalho dos colaboradores que formam a comunidade “agaciana” José Manoel de Camargo Teixeira, do Hospital das Clínicas
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 45
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4/24/09 11:41:12 AM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
I E 46 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 12:46:24 PM
S
Na busca constante por ampliar a participação de mercado, a Siemens conquistou o Top Hospitalar 2008, na categoria de Indústria de Equipamentos. A empresa alcançou um aumento de 32% nas vendas do ano, sobretudo na linha de ressonância magnética, tomógrafos e na linha de angiologia. Para alcançar esse crescimento, a companhia reforçou sua área de vendas, contratando novos representantes comerciais, o que permitiu a ampliação de cobertura de mercado. Além disso, a companhia investiu também na melhoria dos serviços pósvenda, promovendo a capacitação do corpo técnico da empresa e aumentando a disponibilidade de partes e peças de reposição. “Esse foi um dos principais fatores para o aumento de satisfação dos clientes”, assinala o gerente de Estratégia da Siemens Healthcare, Reynaldo Goto. A empresa também trouxe novos produtos ao mercado. Na Jornada Paulista de Radiologia do ano passado, fechou um volume de negócios da ordem de US$ 50 milhões, com os lançamentos em Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética, Ultrassonografia e Mamografia. Para 2009, a empresa planeja um crescimento de 10% nos resultados. “O prêmio Top Hospitalar nos motiva a atender cada vez melhor os nossos clientes, melhorando assim o sistema de saúde nacional”, aponta.
Nós da Siemens agradecemos muito à IT Mídia pela premiação. Esse troféu só confirma o ótimo ano que a Siemens teve no Brasil em 2008. Parte de nosso sucesso foi em função da excelente parceria com a sua empresa que cada vez mais profissionaliza e enriquece o nosso setor. Nossos sinceros agradecimentos. Reynaldo Goto, da Siemens
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 47
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4/22/09 12:46:29 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
I I 48 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 4:35:24 PM
W M
A White Martins venceu mais uma vez o prêmio Top Hospitalar na categoria Indústria de Infraestrutura. Tendo como estratégia para o setor de saúde ir além do fornecimento de gases medicinais, a empresa oferece desde oportunidade de financiamento para melhorias nas instituições até programas para auxílio na gestão dos hospitais. Dentro dessa atuação,em 2008, a empresa apresentou para o segmento hospitalar soluções voltadas para a sustentabilidade. Nesse portfólio, estão inseridos produtos e serviços de gestão de energia e tratamento de efluentes, este último vindo da vertical de soluções Ambientais da empresa. Para facilitar essa aproximação com o cliente e melhorar o atendimento ao mercado, a White Martins criou, no ano passado, o Núcleo de Excelência Operacional (NEO), composto por uma central de relacionamentos com núcleos especializados nos setores de atuação da White Martins e que tem o objetivo de gerar indicadores sobre a satisfação do cliente e apresentar soluções para os problemas apresentados pelos compradores de serviços. “Nosso objetivo é atuar sempre como parceiro de nossos clientes, contribuindo também para o desenvolvimento do seu negócio. Acredito que é por isso que temos o reconhecimento do mercado”, salienta o diretor de negócios em saúde, Jorge Reis.
A busca constante pela melhoria da qualidade de nossas operações, com segurança e confiabilidade para todos os nossos clientes, aliado ao foco de todos os nossos colaboradores permitiram que a White Martins conquistasse mais uma vez esse importante prêmio. Jorge Reis, da White Martins
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 49
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4/22/09 4:35:29 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
I M 50 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 4:39:46 PM
J J Em 2008, a Johnson & Johnson Produtos Profissionais deu início a um projeto de apoio à gestão de hospitais. O piloto da iniciativa aconteceu no Hospital São Camilo, que adotou a metodologia Lean Six Sigma. Neste processo, a Johnson entrou com a transferência do conhecimento, por meio de treinamentos dos conceitos LEAN Six Sigma, mapeamento dos processo, cálculo das oportunidades e o acompanhamento dos projetos por seis meses. Com os bons resultados, em 2009, o São Luiz também adotará a metodologia. A J&J adotou como critério de seleção o nível de acreditação do hospital (ou o que espera ter) e o comprometimento da alta gestão. Globalmente, em 2008, a companhia totalizou vendas de US$ 5,7 bilhões na vertical de dispositivos médicos, um crescimento de 14,3% com relação a 2007. As linhas que tiveram mais impacto neste resultado foram as de produtos para diabetes e de cirurgias minimamente invasivas. No final de 2008, a empresa também anunciou a aquisição da fabricante de implantes mamários Mentor, por US$ 1,07 bilhão.
Agradecemos a indicação e principalmente o reconhecimento dos nossos clientes pelo prêmio que é a consagração de um trabalho sério que desenvolvemos Cezar Ulle, da Johnson & Johnson
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 51
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4/22/09 4:39:51 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
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I S 52 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 4:44:35 PM
S
A multinacional francesa Sodexo começou o ano com uma mudança de marca. Numa reunião com acionistas em janeiro, a Sodexho Alliance passou a se chamar apenas Sodexo e mudou seu logotipo: as três estrelas deram lugar a apenas uma e o x passou a simbolizar um sorriso. A empresa manteve a atuação em saúde e, além de atender o setor com suas verticais de Alimentação e Facilities Management, firmou uma parceria com a Admix, uma empresa de administração, consultoria e corretagem de seguros saúde, para que os clientes da Sodexo tivessem benefícios na contratação de serviços como seguro de saúde, plano odontológico e medicamentos. Especificamente no setor de saúde, por meio da área de Facilities Management, a companhia tem ofertado serviços como controle de acesso, higienização, compras, recepção, alimentação e conveniência. Entre seus clientes estão os hospitais São Luiz, parceiro da Sodexo na criação do Espaço de Vivência –área de 500 m2 que congrega centro zen, cafeteria, livraria, lounge e pontos de acesso à internet; Carlos Chagas, que abriga um coffee shop da multinacional, e Totalcor, em que administra o Conforto Médico do Centro Cirúrgico e o Serviço de Nutrição e Dietética. Globalmente, a Sodexo faturou € 13, 611 milhões e as receitas consolidadas da área de Facilities Management, que atende ao setor de saúde, cresceram 21,6%.
Agradeço um ano de 2008 com muitas vitórias e conquistas!!! Para a Sodexo é o que simboliza esta premiação! Obrigado Christiano Silveira, da Sodexo
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 53
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4/22/09 4:44:41 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
I TI 54 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 4:48:47 PM
MV S A MV Sistemas fechou 2008 com receita de R$ 54 milhões, crescimento de 20% em relação a 2007. O bom desempenho é reflexo da expansão da companhia, que abriu uma nova unidade de desenvolvimento na cidade de Passo Fundo (RS). Entre os mais de 70 novos clientes conquistados em 2008, destacam-se os contratos com a Secretaria de Saúde do Espírito Santo e com a Amerimed, o primeiro negócio da MV no México. Para 2009, a empresa espera consolidar sua estrutura de filiais e ampliar as vendas para o exterior, o que deve garantir um crescimento superior a 40% . Outra aposta para este ano é o lançamento de novos produtos e inovações nas soluções atuais, especialmente para a área médico-assistencial, onde o número de usuários ultrapassa 80 mil.
Viemos ao mundo para mudar algo. O que mais valorizo é o relacionamento com as pessoas Paulo Magnus, da MV Sistemas
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 55
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4/22/09 4:48:52 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
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I E 56 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 4:53:34 PM
F
Com uma atuação consolidada no mercado brasileiro e em franca expansão no cenário internacional, a Fanem ganhou mais uma vez o prêmio Top Hospitalar, dessa vez na categoria de Indústria Exportadora. A estratégia de inovação de produtos e ampliação de negócios também tem feito sucesso no cenário mundial, tanto que, em 2008, a empresa começou a estudar a possibilidade de instalar uma sede no exterior, além do escritório que mantém em Cingapura. Outro resultado significativo para a Fanem foi a ampliação de participação em mercados como Cazaquistão, Ucrânia e Rússia, onde lidera o market share na linha neonatal. Hoje, 40% do faturamento da Fanem vem do mercado internacional. No ano passado, a empresa também fechou um contrato com o Ministério da Saúde do Peru, no valor de US$ 4 milhões, após vencer uma concorrência para fornecer 447 incubadoras. Investindo na melhoria dos produtos, a empresa também criou o Centro de Estudos Fanem, voltado para o desenvolvimento de pesquisas e de parcerias com universidades. “Temos investido em inovação sempre para atender as necessidades de cada mercado”, pontua a presidente da Fanem, Marlene Schmidt.
Valeu! 85 anos de luta e trabalho constantes!Estar presente no mercado de 93 países é uma realização conquistada com muita perseverança e com qualidade. Este prêmio nos encoraja ainda mais rumo ao futuro Djalma Rodrigues e Marlene Schmidt, da Fanem
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 57
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4/24/09 11:45:53 AM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
I F 58 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 5:02:36 PM
P
A Pfizer iniciou 2009 com o acordo definitivo de fusão com a Wyeth por US$ 50,19 por ação, ou um total de aproximadamente US$ 68 bilhões. Em 2008, a farmacêutica destinou US$ 7,9 bilhões para pesquisa e desenvolvimento, com 114 projetos em 10 áreas terapêuticas. A Oncologia é hoje uma das principais áreas de atuação da empresa. A área de biotecnologia também tem sido alvo do investimento da companhia, que mantém um Centro de Bioterapêutica e Bioinovação na Califórnia, EUA. Somando-se os setores de Saúde Humana e Animal (segundo dados dos institutos IMS Health, Sindan e Nielsen), a Pfizer Brasil registrou, no ano passado, um faturamento de R$ 1,5 bilhão. Mundialmente, a empresa faturou US$ 48,3 bilhões em 2008. Em agosto passado, a companhia também anunciou uma reestruturação na área de TI, empossando Ricardo Clemente como novo diretor Financeiro e de Tecnologia de Informação. Ainda em 2008, a Pfizer conseguiu a recertificação da ISO 14001 para a fábrica de Guarulhos, na Grande São Paulo, que possui capacidade de produção de 172 milhões de unidades anuais. A previsão de investimentos da Pfizer no País em 2009 chega a US$ 30 milhões.
Este prêmio reflete o trabalho diferenciado de toda a equipe hospitalar/ oncologia que a Pfizer busca em todas as formas de contato com nossos clientes Jeanne Pilli, da Pfizer
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 59
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4/22/09 5:02:43 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
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M D 60 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 1:56:25 PM
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O grupo Fleury fechou o ano de 2008 com faturamento de aproximadamente R$ 700 milhões, 21,5% superior a 2007. Em investimentos, o grupo destinou cerca de R$ 90 milhões para a construção de novas unidades, equipamentos e aprimoramento de pessoas. Na capital paulista, foram inauguradas duas novas unidades, Morumbi e Itaim Bibi, esta última voltada à promoção da saúde. Com atividades centradas na grande São Paulo, o Fleury apostou em iniciativas na região de Campinas, Brasília e Rio de Janeiro. Além disso, em 2008 o grupo adquiriu a marca Biesp, os laboratórios Campana e Lego, respectivamente, centrados em análises clínicas e diagnóstico, e em serviços da mulher. As aquisições fazem parte do projeto de consolidação das marcas. Ainda no ano passado, o Fleury dobrou o número de atendimento do Hospital-Dia e investiu em atividades voltadas às doenças crônicas, com o intuito de crescer com serviços importantes para as operadoras. Em 2009, o destaque fica por conta da nova participação acionária da Bradesco Seguros na holding Integritas, da qual o Fleury faz parte.
Agradeço a todos os colaboradores e médicos do grupo Fleury por este importante prêmio. Vivien Rosso, do Fleury
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 61
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4/22/09 1:56:30 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
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M G 62 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 6:10:44 PM
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A Amil fechou 2008 com mais de R$ 1 bilhão em caixa para novos investimentos. O número de beneficiários no período subiu 18,4% com relação a 2007, totalizando 3,2 milhões, e a receita operacional acumulou R$ 4,38 bilhões. O ano também foi marcado por aquisições, entre elas, a Casa de Saúde Santa Lúcia, do Rio de Janeiro, por R$ 60 milhões, e o Hospital das Clínicas de Brasília, por R$ 8,5 milhões. Por conta da crise que atingiu o sistema financeiro global, a Amil também optou pela recompra de parte das suas ações (0,55% das ações emitidas). Na época, a companhia considerou que o valor atual de mercado não refletia seus fundamentos. Para 2009, a operadora planeja investir R$ 250 milhões em seu crescimento orgânico, o que incluirá a construção e reforma de unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Em São Paulo, estão previstos investimentos na construção do Hospital Anália Franco, que consumirá R$ 55 milhões e R$ 45 milhões nas unidades Foccus Tatuapé, Hospital Vila Mariana, Hospital Metropolitano e Hospital Paulistano. No Rio, serão investidos R$ 60 milhões na construção de hospitais e R$ 26 milhões centro médico Foccus Campo Grande e na reforma da Casa de Saúde Santa Lúcia, no Rio de Janeiro. Em Brasília, serão mais R$ 9 milhões na reforma do Hospital de Clínicas e na nova unidade do Total Care.
A Amil considera o relacionamento com seus fornecedores o principal pilar da sua estratégia de crescimento. O Top Hospitalar reafirma o sucesso da estratégia. Paulo Marcos Senra Souza, da Amil
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 63
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4/24/09 11:49:31 AM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
S 64 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 2:00:30 PM
B S Em fevereiro de 2008, a Bradesco Saúde adquiriu a Mediservice Administradora de Planos de Saúde S.A., o que permitiu a ampliação do leque de atendimento para empresas que demandam planos de saúde na modalidade de pós-pagamento. A aquisição foi um passo estratégico para a expansão da base de clientes da Bradesco Saúde. Juntas, Bradesco Saúde, Mediservice e Bradesco Dental faturaram R$ 5,145 bilhões em prêmios, com crescimento de 21,17% em relação a 2007. Ao longo do ano passado, a empresa acumulou mais de 3,8 milhões de vidas e esteve presente em mais três mil municípios, com rede composta por mais de 50 mil referenciados - entre hospitais, clínicas, laboratórios, médicos e dentistas – à disposição dos segurados. Este ano, a Bradesco Seguros, da qual faz parte a vertical de saúde, adquiriu uma participação minoritária na Integritas, holding controladora do Fleury.
Muito importante o reconhecimento. Nos dá a certeza que estamos no caminho certo. Dalva Aparecida Candelária de Castro, da Bradesco Saúde
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 65
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4/22/09 2:00:34 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
I F 66 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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4/22/09 12:52:06 PM
I
A estratégia de optar pela atuação em nichos específicos de mercado tem rendido bons frutos ao banco Itaú. Além do incremento aos resultados da vertical de Empresas, a instituição ganhou pela primeira vez o prêmio Top Hospitalar. “Não imaginávamos que esse reconhecimento viria tão rápido. Ficamos felizes com a conquista”, comemora a diretora de Produtos para Pessoa Jurídica da instituição, Sandra Bodeguim. A estratégia de atuação por nichos teve início há dois anos e o setor de saúde foi eleito um dos mercados de interesse do banco. Para atender esse segmento, a empresa dedicou uma equipe exclusiva para entender as necessidades do segmento e assim desenvolver produtos adequados para as empresas. “Este é um setor que tem uma diversidade muito grande e muitas oportunidades”, salienta a executiva. Entre linhas de crédito e produtos de cobrança, o Itaú também oferece às instituições serviços de eficiência em automação, dando mais segurança e mobilidade aos gestores das empresas. Para 2009, o Itaú pretende ampliar a sua atuação no setor e ampliar a oferta de créditos às pequenas e médias empresas. “Temos uma agenda positiva e estamos num momento especial da instituição, depois da fusão com o Unibanco. Nossa meta é o crescimento”, destaca Sandra.
Aos colaboradores do Itaú, pela dedicação e esforço empenhado ao segmento de saúde e ao desenvolvimento da instituição no mercado brasileiro. Emilson Roman e Carlos Kalonki, do Itaú
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 67
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4/22/09 12:52:11 PM
SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
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4/22/09 12:55:48 PM
B R
Com uma política estruturada de sustentabilidade, que inclui até mesmo um Conselho para tratar exclusivamente do tema, o Banco Real, do Grupo Santander, determinou que todos os processos de gestão e negócios seguiriam estes princípios. Para o cliente, por exemplo, o banco avalia o risco socioambiental e orienta a empresa a adotar as melhores práticas. Para quem não tem familiaridade com o tema, foi organizada uma oficina de sustentabilidade, para estimular a adoção destas políticas. Mais de 300 organizações já passaram pelo programa. O banco também faz a gestão de seus fornecedores para garantir que estejam alinhados com suas práticas de sustentabilidade: eles precisam estar comprometidos com o documento Parceria de Valor. No caso das empresas de terceirização, seus funcionários alocados no Real têm acesso a estudos na instituição financeira, por meio do Programa Compartilhar. Internamente, a instituição financeira possui programas de ecoeficiência, o que inclui a construção de agências ecologicamente corretas, promove ações de incentivo à diversidade, investe na educação dos funcionários e conta com um serviço de Ouvidoria.
No caminho de um banco melhor, em um mercado melhor, em um país melhor Carlos Nomoto, do Grupo Santander Brasil - Banco Real
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 69
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SB | VENCEDORES TOP HOSPITALAR
Foto: Marcelo Laguna
A H 70 | EDIÇÃO 09 | SAÚDE BUSINESS
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Nos quase 15 anos em que atuou pelo Hospital São Luiz, André Staffa trabalhou ativamente na evolução da unidade do Itaim e na transformação da marca em uma rede. Em 2000, o São Luiz inaugura a unidade Morumbi. Em 2006, com o afastamento dos controladores das funções administrativas, o executivo é promovido ao cargo de diretor-presidente. Em 2007, inaugura a unidade Anália Franco. Além das duas inaugurações, Staffa liderou o Programa de Qualidade (PMQ ) desde a sua chegada, em 1993, e o planejamento estratégico de expansão da rede, que terá continuidade nos próximos anos. Antes de ingressar no São Luiz, Staffa passou pela Editora Abril, Granol e Localfrio, além de ter feito vários projetos e consultorias para os setores público e privado. Hoje, é sócio da Anstaffi Consultoria, empresa na qual utiliza sua experiência no setor de saúde para apoiar instituições desde seu planejamento estratégico até as atividades operacionais, nas áreas assistenciais, de apoio e back-office.
Esse prêmio é a recompensa de um árduo e apaixonado trabalho e esforço meu e da IT Mídia. Parabéns! André Staffa, Anstaffi Consultoria
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E G B O principal acionista da Amilpar (aproximadamente 70%) e proprietário do grupo Esho e Laboratórios Sérgio Franco, entre outras companhias de saúde, Edson de Godoy Bueno começou a despertar seu lado empreendedor ainda durante a faculdade de Medicina, quando tornou-se sócio da Casa São José, em Duque de Caxias. Com a geração de caixa propiciada pelo negócio, adquiriu a Somicol, atual Hospital de Clínicas Mário Lioni, que foi seguido pela Clínica Santa Rita, seguida pela Clínica São Sebastião e, posteriormente, para organizar todos os serviços adquiridos, a criação da Esho (Empresa de Serviços Hospitalares). Hoje a Esho congrega hospitais em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A operadora de planos de saúde Amil nasceu depois, em 1978, no Rio de Janeiro. Hoje, atende em todo o País e conta com mais de 3,2 milhões de beneficiários. Outros marcos na carreira do empresário incluem a tentativa de montar uma operação internacional, baseada nos Estados Unidos, e a abertura de capital da Amil, em 2007.
O Edson de Godoy Bueno, fundador do grupo Amil, iniciou sua trajetória em 1971, administrando um pequeno hospital, e nunca mais descansou, na busca da excelência na administração dos escassos recursos da saúde. Este prêmio Top Hospitalar é para o empresário que dedicou sua vida à causa da saúde. Paulo Marcos Senra Souza, da Amil, representante de Edson de Godoy Bueno no TOP Hospitalar
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C G Eleita pelo segundo ano consecutivo como Executiva de Indústria no prêmio Top Hospitalar, Claudia Goulart, presidente da GE Healthcare Systems para América Latina, atribui a conquista ao trabalho que vem sendo realizado pela empresa na conquista de mercado. “Tenho uma equipe comprometida com os resultados e estou em uma companhia que tem por objetivo trazer inovações que melhorem a qualidade de vida das pessoas”, declarou ao receber o prêmio. Entre os feitos de 2008, destaca-se o anúncio da nova fábrica da GE em solo nacional. A planta irá produzir equipamentos de diagnóstico por imagem e será instalada no município de Contagem, em Minas Gerais. Somente na primeira fase do projeto, foram investidos US$ 50 milhões. A expectativa da empresa é inaugurar a planta em meados de 2009 e ter um crescimento de 5% no segundo e no terceiro ano de operações. Nos resultados do ano, a empresa alcançou um crescimento de 20% em relação a 2007. “Vemos muitas oportunidades de crescimento no País, sobretudo no interior. Temos muito a crescer”, salienta a executiva.
Para mim, este é um reconhecimento que gratifica, mas, sobretudo, agrega responsabilidade e propósito ao que faço no dia a dia. Trabalho com a dedicação que a “vida” merece, ajudando meus clientes a diagnosticarem e tratarem dos pacientes nos seus momentos mais vulneráveis, possibilitando a cura e a melhor qualidade e plenitude na vida! Claudia Goulart, da GE Healthcare Systems
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A reformulação na gestão e no modelo assistencial levou a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) a vencer o prêmio Top Hospitalar 2008 na categoria autogestão. Administrando uma carteira de 775 mil vidas entre funcionários, dependentes e aposentados do Banco do Brasil, a Cassi fez mudanças na rede de serviços próprios para assim prover melhor atendimento aos usuários. Dentro da nova arquitetura, ficou determinado que cada Estado tenha uma unidade de atendimento, a CliniCassi. A Cassi conta com 44 unidades e deve chegar a 66. A autogestão também comemorou o aumento da participação na Estratégia de Saúde da Família, atingindo uma parcela de 140 mil usuários, e os programas de promoção à saúde, que teve um aumento de participação de 42,85%, chegando a 44,9 mil participantes. Ainda visando a melhora do atendimento e a eficiência no cuidado com a saúde, a autogestão também conseguiu ampliar a rede referenciada, havendo um incremento de 128% de participação, chegando a 295 prestadores em 26 especialidades médicas.
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A Novartis, também vencedora do Top Hospitalar na categoria indústria farmacêutica, cresceu 5% no Brasil em 2008, encerrando o ano com vendas líquidas de R$ 1,81 bilhão. A divisão de medicamentos inovadores continua se destacando, respondendo por 77% do total da empresa no País. A divisão cresceu 7% em relação a 2007, alcançado participação significativa nos principais mercados em que atua (hipertensão, 12,7%, antidiabéticos orais, 13,8%, antiinflamatórios tradicionais, 11,4% e Alzheimer, 48,6%). O destaque ficou por conta dos medicamentos de oncologia, que tiveram 16% de aumento nas vendas em relação ao ano anterior. Para este ano, a Novartis Brasil anunciou o plano de continuar ampliando o portfólio de medicamentos, sem deixar de lado os genéricos e as vacinas. Já a divisão Sandoz, de genéricos, obteve um aumento de 23% nas vendas, enquanto a Consumer Health teve queda de 27%, devido ao impacto causado pela venda, em 2007, das unidades Gerber e Medical Nutrition. A Novartis também planeja a construção de uma fábrica em Pernambuco. Será a primeira unidade de vacinas da companhia na América Latina. Mundialmente, o lucro líquido da companhia subiu 25%, para US$ 8,2 bilhões em 2008, enquanto as vendas cresceram 9%, chegando a US$ 41,5 bilhões.
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FGV - EAESP
Criada em 1954, a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) vem continuamente investindo esforços para atender às demandas tanto da comunidade acadêmica quanto da empresarial, criando e implementando novos cursos e serviços em diversos setores, entre eles, a saúde. Os números da EAESP mostram a tradição da escola no mercado. Já se formaram mais de 140 mil alunos. Hoje são cerca de 870 colaboradores, distribuídos por diversos períodos e áreas de atuação. Em 2008, foram matriculados na graduação da EAESP, 1.700 alunos. Em programas de pós-graduação, os números são ainda mais expressivos. Somados os principais cursos, a EAESP matriculou cerca de 16.650 alunos. Além dos cursos de graduação e pós-graduação, a FGV-EAESP também disponibiliza programas de Educação Executiva: CEAG (Curso de Especialização em Administração para Graduados), CEAHS (Curso de Especialização em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde), GV Online, GV PEC, OneMBA e GVInCompany.
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A IT Mídia e os patrocinadores da 11ª edição do Prêmio Top Hospitalar reconhecem e parabenizam os vencedores pela conquista desse troféu!
Quem ganha entra para a história
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Entrega obrigatória dos documentos fiscais e contábeis pela internet para a Receita Federal exige mudanças na cultura, organização financeira, estrutura de TI e logística das empresas A partir de maio, as empresas do setor de saúde estão entre os 30 mil estabelecimentos obrigados a enviar mensalmente e, via internet, as informações de livros fiscais, com entradas, saídas e inventários, ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) da Receita Federal. Indústrias, distribuidoras e varejistas contribuintes de ICMS e IPI passam a participar da fase de Escrituração Fiscal Digital (EFD), e em junho, será compulsório também para as empresas a Escrituração Contábil Digital (ECD). Os dois subprojetos e a Nota Fiscal Eletrônica Nacional (NF-e) fazem parte do Sped e estão previstos no Decreto 6.022/2007, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal. O novo sistema digital do governo tem sido implantado em fases para unificar e armazenar dados de toneladas de livros fiscais e comerciais e, assim, evitar a sonegação de impostos. As empresas do segmento de saúde,
que desde dezembro de 2008 devem emitir a NF-e, continuarão a guardar seus registros em data centers - próprios ou de terceiros -, e estão adaptando os departamentos e estruturas de Tecnologia da Informação e Logística ao Sped para que a apuração dos dados seja exata. A advogada tributarista da Fiscosoft, Daniela Geovanini, explica que a fase fiscal do Sped é mais minuciosa do que a escrituração fiscal em papel. “Há informações a mais e a dificuldade é que podem não estar em poder da equipe de contabilidade, mas em outro departamento, e dependerão do fluxo de informações da empresa”, explica. A complexidade da etapa fiscal é maior no setor de saúde, principalmente nas indústrias farmacêuticas, de acordo com o diretor de consultoria da MaxPartner, de planejamento fiscal e tributário, Vinicius de Luca, que acompanha a implementação de um software de integração de dados com o sistema
da Receita. “Antes, as notas fiscais apresentavam diferentes descrições dos produtos. Com o Sped, é preciso padronizar o nome de medicamentos, componentes e genéricos, mas ainda não há uma discussão sobre isso e cada empresa está seguindo sua realidade”. Até agora, não foram relatados problemas de implementação entre empresas do setor, segundo o coordenador do Sped na Receita Federal, Carlos Sussumu Oda. “Como os medicamentos têm um tratamento específico sobre lotes, a NF-e traz informações para facilitar e melhorar o controle na empresa que pode implantar projetos de rastreabilidade, viabilizando simplificações tanto na parte fiscal quanto na operação logística”. A obrigatoriedade gradual dos subprojetos do Sped se dá pela abrangência da iniciativa que passou por testes e recebeu um amplo layout contábil e fiscal com 89 campos para preenchimento de dados relativos à legislação
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oda, da receita federal: Para as empresas, maior desafio do Sped é vencer barreiras culturais e tecnológicas
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Um aspecto salientado pelos entrevistados é a mitigação de riscos. Em alguns setores, estima-se que os custos administrativos e a presença de auditores fiscais também serão menores, sendo que o Sped pode contribuir para a redução de sonegação causada por erros humanos na prestação de contas, por meio do uso da tecnologia. “Há 10 anos, as empresas tinham 25 contadores, hoje são cinco e quem sabe o número ainda diminua no futuro”, aponta de Luca. Somadas, duas empresas de saúde atendidas pela MaxPartner emitiam mensalmente 65 mil notas fiscais. “Parece um número pequeno, mas há aspecto ambiental e de valor de investimento alto com o papel, e ainda precisa-se de espaço físico para armazenar esse volume”, lembra o gerente de projetos, Alexandre Nascimento. Embora com o tempo deixe de ser necessário imprimir livros e formulários de nota fiscal, o benefício financeiro não é significativo, na análise do diretor financeiro da indústria farmacêutica Eli Lilly, Eder Mattioli. “O maior ganho está na redução do tempo com burocracia e papelada, o que nos permitirá melhor posicionar os recursos. No longo prazo, o ganho pode vir de uma carga tributária mais equânime, pois esperamos sua redução, especialmente para o setor farmacêutico, em que 34% do preço final pago pelo paciente são de impostos, índice muito acima de outros setores”, destaca. A carga tributária pode cair, uma vez que a arrecadação do governo aumenta-
almeida, da deloitte: Projetos como Sped estão ganhando força em todo o mundo
Foto: Divulgação
Vantagens
rá quando todas as empresas estiverem obrigadas ao Sped, segundo o gerente fiscal e de tributos da Eurofarma, Marcello Cória. “Tendo em vista que as informações prestadas pelos contribuintes deverão estar absolutamente precisas”. Estimativa com potencial real para o coordenador do Sped na Receita Federal, Carlos Sussumu Oda. "Com uma fiscalização eficiente na arrecadação dos impostos será difícil sonegar, um dos principais influenciadores da concorrência e que, em muitos casos, a torna desleal". Outro ponto importante para o sócio da área de consultoria tributária da Deloitte, Edirceu Rossi, é a tendência de que, com a entrega mensal dos dados via internet, o processo seja agilizado e até a declaração do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica seja simplificada, já no ano base de 2009. A troca e a verificação atenta dos dados, exigida no Sped, evitarão complicações para a emissão da NF-e, como esclarece o executivo. "Será possível saber se clientes e fornecedores estão em conformidade com a Receita e habilitados a operar e emitir a nota eletrônica. Em qualquer ilegalidade, um fiscal será enviado para checagem dos livros", Para o gerente de ITS Business Process da Kimberly Clark, Marcos Mattiuzzo, o Sped deve estabelecer, a médio ou longo prazo, um novo padrão de comunicação eletrônica. “Os fornecedores e clientes possivelmente o adotarão como referência no tráfego das informações de compra e venda de mercadorias e alimentará nossos sistemas internos de gestão”. Não há riscos de bitributação, prejuízo observado nas áreas financeiras, uma vez que o sistema do governo prevê leis como a da Substituição Tributária, de recolhimento antecipado da alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação
Rossi, da deloitte: Com o Sped, o processo de declaração de impostos será mais ágil
Foto: Divulgação
de todo o País. As orientações de preenchimento encontram-se no site da Receita, que fornece o programa Validador e Certificador de dados para transmissão e assinatura digital necessária na ECD e EFD.
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de Mercadorias e Prestação de Serviços). Além disso, considera ainda os convênios de repasse entre os estados e incentivos fiscais concedidos às empresas. "Isso diminui os custos das filiais já que a NF-e tem o mesmo formato em qualquer estado", afirma Oda. Para as transnacionais, o Sped também manterá atualizados os dados cadastrais e de balanços, conforme exige a Lei Contábil e a convergência para o International Financial Reporting Standards (IFRS).
Legislação O Sped foi instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010), com validade jurídica dos documentos eletrônicos estabelecida na Medida Provisória 2.200, de 2001. A Receita Federal regulamenta a Escrituração Fiscal Digital (EFD) junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) no Convênio ICMS 143, de 15 de dezembro, de 2007, e a Escrituração Contábil Digital (ECD) pela Instrução Normativa 787, de 09 de novembro do mesmo ano. A apresentação dos livros contábeis digitais atende ainda a exigência da Instrução Normativa SRF nº 86, de 22 de outubro, de 2001, e da instrução Normativa MPS/SRP nº 12, de 20 de junho de 2006. A escrituração financeira também será foco do Sped no futuro, com etapas para balanços de publicações periódicas, índice de apuração de Lucro Líquido (e-Lalur), INSS eletrônico (e-INSS) e o AUDIN para transfer pricing, como parâmetro de concorrência. O Sped, no âmbito da Receita Federal, também faz parte do Projeto de Modernização da Administração Tributária e Aduaneira (PMATA).
Dificuldades
O maior desafio das empresas na adequação ao Sped, na opinião de Carlos Sussumu Oda, é lidar com as resistências internas. “É preciso vencer barreiras tecnológicas e culturais, mudando conceitos do formulário em papel para o eletrônico, e isso exige investimentos". Como a receita só oferece o programa emissor da NF-e, e para a EFD e ECD apenas o Validador (PVA), é a empresa e sua estrutura de TI que se responsabilizam pelos demais recursos de distribuição das informações entre os departamentos de logística, contabilidade, vendas, entre outros. Para a advogada da Fiscosoft, Daniela
luca, da maxpartner: Foto: Divulgação
o de a, a
A complexidade da etapa fiscal é maior no setor de saúde
Geovanini, o uso da tecnologia é tranquilo nas indústrias e realmente crítico nas empresas menores. “Porque não é barato desenvolver um sistema de acordo com as exigências, mas não tê-lo dificulta o dia-a-dia”. Ela diz que, em regra, as empresas têm sistemas informatizados para os livros fiscais, e só precisariam adaptar-se às exigências da parte fiscal (EFD), mas dependendo do porte e tipo de atividade, o Fisco exige mais dados do que estão acostumadas a lidar. Com isso, os profissionais são obrigados a rever processos internos, que podem ou não gerar conflitos. “Recentemente, em um de meus cursos, participaram dois executivos, um de indústria farmacêutica e outro de hospital. O primeiro disse que eram dados cotidianos para ele, enquanto o segundo não. Então o fluxo de informações varia conforme a estrutura e a gestão de cada empresa”.
Experiências
Na multinacional Eli Lilly, a expectativa é positiva. “A iniciativa do Sped traz transparência, ética, ganho de produtividade e igualdade de concorrência. E a proposta prevê, no futuro, economia mais dinâmica, governo menos burocrático e uma carga tributária mais equânime”, aponta o diretor financeiro Eder Mattioli. O executivo vê o Brasil na vanguarda do tema, que deve valorizar as áreas Fiscal e Contábil. “Onde teremos pessoas muito mais focadas na qualidade e análise das informações e não na burocracia gerada pelo processo”. Por razões estratégicas, o grupo Eli Lilly não informa o valor do investimento para adequação às etapas fiscal (EFD) e digital (ECD) do Sped, mas Mattioli garante que não provocaram alteração de estruturas e foram implementadas internamente, com auxílio
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Consequências da judicialização da saúde
R eferências
Segurança
O Sped segue o movimento de unificação fiscal e contábil digital de outros países, já que o Brasil faz parte do Centro Interamericano de Difusão Tributária (CIAT), em que um grupo de trabalho é voltado especificamente à disseminação do conceito de faturação eletrônica. No Chile, um projeto semelhante foi criado em 2003. Na Europa, o movimento de digitalização está começando a dar seus primeiros passos para combater a lavagem de dinheiro, segundo o sócio de Auditoria da Deloitte, Othon de Almeida.
O protocolo utilizado no portal Sped para transmissão dos dados digitais é o SSL (Secure Socket Layer), que cria um canal criptografado de emissão e recepção, entre website e o browser do emissor. "As regras de acesso foram alvo de discussões exaustivas. No Sped contábil pensamos na consulta sobre a necessidade motivada. Para o controle rigoroso do acesso às informações, o fiscal da Receita assinará digitalmente a consulta", garante o coordenador geral do projeto, Carlos Sussumu Oda.
de uma consultoria apenas ao final do processo, para análise qualitativa dos dados e adequação ao sistema. A indústria optou pela solução de NFe padrão SAP e já utiliza a guia do Danf-e (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), que substitui a NF no papel, enviada eletronicamente aos clientes. “Foram realizados vários testes, incluindo mudanças de alguns dos processos internos, sendo o de importação com maiores implicações”. Isso ocorreu porque, apesar de não imprimir mais os documentos, é preciso enviar e receber dos clientes arquivos no formato XML, via e-mail, nem sempre utilizado em outros países. Em Recursos Humanos, foi alocado cerca de 10 profissionais para o projeto, entre
funcionários, terceiros e suporte SAP, sendo quatro deles em tempo integral, durante meses. A Eurofarma também optou por usar a expertise interna. A empresa participou do projeto piloto da Nota Fiscal Eletrônica e do Sped Fiscal. Para ser a primeira indústria farmacêutica a emitir a NF-e, investiu aproximadamente R$ 1 milhão. “Nossa expectativa é de que, a medida reduza o grau de informalidade fiscal no País e que, assim, haja redução da carga tributária, o que beneficiaria todas as empresas obrigadas ao Sped”, ressalta o gerente fiscal e de tributos da Eurofarma, Marcello Cória. Não houve impactos com a adoção do Danf-e por parte dos clientes ou fornecedores. A avaliação da confiabili-
dade e segurança do sistema digital oferecido pela Receita para envio das informações, essenciais para a companhia, foi feita através de uma revisão ampla e irrestrita nas operações e bases de dados. Já a Kimberly Clark participa da fatura eletrônica do Chile, em operação desde o ano passado. No Brasil, a companhia ainda não entrou na lista de empresas obrigadas pela Receita a integrar o Sped, mas já começou a se preparar para a fase da NF-e. Haverá um ajuste de logística, para emissões no período noturno, entre 21h e 24h. As alterações, porém, não afetam a rotina. “Vemos com bons olhos a mudança, pois a área de distribuição poderá se beneficiar do novo processo”, ressalta Marcos Mattiuzzo.
Saiba mais A lista das empresas obrigadas ao Sped Fiscal está disponível em www.receita.fazenda.gov.br/Sped, onde também é possível cadastrar-se como emitente da Nota Fiscal Eletrônica. Saúde Business | edição 09 | 85
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SB | Governança
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Carlos Airton Pestana Rodrigues Diretor Presidente da Governance Solutions. (carlos.airton@governancesolutions.com.br)
Governança Corporativa,
Sustentabilidade e Futuro Você acredita ser possível que uma empresa gere lucros e cresça operando em um ambiente destruído do ponto de vista social e ambiental? Se acredita que sim, saiba que você pertence a uma minoria. Atualmente tem crescido muito o entendimento de que a sociedade como um todo, incluindo as empresas, deve desenvolver ações que contribuam para a melhoria dos aspectos socioambientais, como forma de garantir seu próprio futuro. Portanto, a organização do futuro é aquela que busca garanti-lo também por meio de ações socioambientais no presente. Essa questão endereça um princípio fundamental das boas práticas de Governança Corporativa que é o da Responsabilidade Corporativa. Esse princípio estabelece que “Conselheiros e Executivos devem zelar pela perenidade das organizações mantendo, portanto, uma visão de longo prazo e de sustentabilidade dos negócios. Devem considerar, portanto, aspectos socioambientais na definição de seus negócios e operações.” Na prática isso significa, por exemplo,
rejeitar o lucro fácil que pode causar impacto socioambiental negativo. Os riscos para as empresas que não respeitam esses princípios já são observados também no presente. Grandes instituições financeiras, em seu processo de aprovação de crédito, procuram também avaliar se seu cliente infringe regras socioambientais em suas operações. Afinal, isso representaria riscos para a instituição financeira como o de interrupção dos pagamentos por paralisação das operações e riscos de imagem pelo financiamento de operações não éticas. Por isso, aspectos socioambientais têm sido cada vez mais considerados no processo de Gestão de Riscos das organizações. Em nossos projetos de implantação de metodologia de Gestão de Riscos temos desenvolvido exercícios de riscos socioambientais com respostas muito positivas de nossos clientes. No âmbito das lideranças mundiais sofremos lamentavelmente um enorme retrocesso na era Bush. O governo Obama indica claramente uma mudança positiva de
postura em relação a essas questões. Também na Europa vemos sinais claros de que as lideranças estarão atuantes em relação a esses aspectos. Em recente entrevista à revista VEJA (25 de Março, 2009), foi perguntado ao primeiro ministro britânico Gordon Brown se as medidas para reduzir as emissões de carbono na atmosfera e diminuir os efeitos do aquecimento global não se tornariam um peso a mais para a economia mundial e se não seria melhor adiar esse tipo de política até que o mundo se livrasse da crise atual. A resposta de Brown revelou um entendimento lúcido do tema. Disse que “Preocupar-se com mudanças climáticas não é luxo é necessidade”. Disse ainda que “investimentos em tecnologias verdes serão a garantia de uma recuperação resistente e sustentável, pois não correríamos risco de um renascimento dos elevados preços de energia. Essas medidas podem ainda criar empregos a curto e médio prazo.” Lideranças com essa visão permitem que a sociedade tenha planos para o futuro.
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Espaço juridico
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SB
Felipe Hannickel Souza Foto: Divulgação
Advogado especialista em direito regulatório na área de saúde suplementar. Integrante de Neumann, Salusse, Marangoni Advogados.
Programas de promoção da saúde
e prevenção de riscos e doenças O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um dos nossos grandes desafios. Em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a proporção de pessoas com 60 anos de idade ou mais está crescendo mais rapidamente que a de qualquer outra faixa etária. Recentemente, o programa de promoção do envelhecimento saudável foi assumido como propósito basilar da Política Nacional de Saúde do Idoso no Brasil pelo Ministério da Saúde. Segundo referido programa, o horizonte desejável refere-se à manutenção da saúde e à autonomia na velhice através do desenvolvimento de ações que orientem os idosos e os indivíduos em processo de envelhecimento quanto à importância da melhoria constante de suas habilidades funcionais, mediante a adoção precoce de hábitos saudáveis de vida e controle das doenças que possam estar associadas ao processo de envelhecimento.
Neste aspecto, como órgão regulador, normatizador, de controle e fiscalização, a Agência Nacional de Saúde Suplementar tem atuado de forma a estimular a mudança do modelo de Atenção à Saúde no Setor Suplementar, por meio da adoção de Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças. A ANS tem orientado e estimulado os diversos players do setor, em específico as operadoras de planos de saúde, no desenvolvimento de ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, as quais são fundamentais para a reorientação dos modelos assistenciais, sendo uma estratégia de articulação transversal que objetiva a melhoria na qualidade de vida e a redução dos riscos à saúde, melhorando o modo de viver da população. Neste sentido, pela Instrução Normativa Conjunta nº 001 de 30.12.2008 da Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras –
DIOPE e da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos – DIPRO da ANS, as operadoras de planos de saúde que desenvolvam ou venham a desenvolver programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças e que cadastrem os mesmos na ANS, poderão alocar os valores investidos nestes programas em conta específica para esse fim, como ativo não circulante. Em contrapartida a todas as despesas da operadora com a implementação de tais programas, será facultado o lançamento contábil dos valores investidos na conta de ativos. Neste aspecto, a operadora que estrategicamente adotar programas e políticas visando à promoção da saúde e prevenção de doenças aos seus beneficiários terá enormes vantagens, não somente contábeis como também do ponto de vista concorrencial, como verdadeira estratégia de marketing, em alinhamento com as tendências mundiais do setor.
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renov O que um shopping e um hospital têm em comum? Para muitos leitores, quase nada. Para a Dalkia, ambos significam oportunidade, e a área de saúde, por vocação, tornou-se estratégica. “O primeiro cliente do grupo Dalkia, há 70 anos, foi um hospital, na França. Investir no
Ana Paula Martins – amartins@itmidia.com.br
setor é um ponto primordial para nós”, destaca o presidente da Dalkia Brasil, Herve Peneau. Com operações no país há 10 anos, a empresa cresceu no mercado tendo foco em facilities e administração predial, principalmente para o seg-
mento de shopping centers. A solução também passou a ser bem aceita pelo mercado hospitalar e a empresa aproveitou a oportunidade para expandir sua atuação no segmento. “No setor de saúde brasileiro, a cultura de terceirização é pouco desenvolvi-
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Depois de crescer no setor de saúde com facilities, a Dalkia quer também a expansão na área com soluções de energia. E já projeta um faturamento de R$ 400 milhões com a vertical para os próximos 10 anos
ovada da. Queremos mudar esse conceito”, aponta Peneau. Mas a terceirização de manutenção e administração predial já não é mais só o que interessa à companhia. A Dalkia quer crescer na área de saúde fornecendo soluções para eficiência ener-
gética. Na revisão do planejamento estratégico da organização, o novo posicionamento foi traçado como meta. A expectativa é que a área de saúde, que hoje representa uma parcela de R$ 40 milhões no faturamento anual de R$ 200 milhões da companhia
no Brasil, alcance o resultado de R$ 400 milhões nos próximos dez anos. “O crescimento será exponencial e há muitas oportunidades a serem exploradas no mercado”, avalia o diretor de negócios para a área de saúde da Dalkia, Alexandre Ribeiro.
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SB | economia e negócios
Fotos: Divulgação
Alexandre ribeiro: Investimento e compromisso com os custos são estratégias para crescer no setor
herve peneau: Dalkia Brasil tem a meta de crescer o seu fauramento 10 vezes em 10 anos no setor de saúde
Para alcançar a meta traçada, a empresa aposta na oferta de soluções integradas para os hospitais e ainda vê um grande potencial nas parcerias público privadas. A ideia é passar a ser a responsável por toda a operação de manutenção do prédio e integrar a isso as soluções de eficiência energética e atuar como parceira das instituições na gestão dessa manutenção e fornecimento de energia. Para isso, a Dalkia firma contratos de garantia de custo para os seus clientes, que sabem o quanto vão pagar por aquele serviço e pelo período determinado. “O nosso papel é fazer a gestão de tudo para garantir esse custo. Caso contrário, o prejuízo é nosso”, pontua Ribeiro. Outro ponto da parceria para o fornecimento de soluções de energia para os hospitais é a realização de investimentos nas instituições para garantir a infraestrutura do projeto. No Vitória Apart Hospital, por exemplo, hospital com o qual a Dalkia assinou um contrato de fornecimento de gás natural em horários de pico, a empresa irá investir na compra dos geradores. O valor será depreciado ao longo do período de contrato. Nos últimos dois anos, a companhia realizou investimentos da ordem de R$ 10 milhões em hospitais e a perspectiva é que nos próximos 10 anos sejam investidos mais R$ 100 milhões. Dentro do planejamento de oferecer uma solução integrada para o setor de saúde, a Dalkia tem como case o complexo da Santa de Casa de Misericórdia de São Paulo, que envolve sete hospitais. A companhia é responsável por toda a gestão e manutenção dos prédios. Além disso, já há um projeto envolvendo a parte de energia, que visa aproveitar o vapor das caldeiras da lavanderia para aquecer a água do hospital. “O que temos pode agregar
valor às empresas. Há processos para manutenção, o que está de acordo com os preceitos de acreditação, além de permitir uma economia e um cuidado com o meio ambiente por meio do projeto de eficiência energética”, destaca o diretor. Outro direcionamento considerado estratégico para a companhia é estabelecer as parcerias público privadas, fechando contratos com o governo. A proposta é ser responsável pela gestão da construção e da manutenção do prédio, além do fornecimento de energia. A Dalkia fechará parcerias com construtoras e com financiadores do projeto, construirá o prédio e depois cederá o espaço, por meio de contrato de longo prazo, para que ali funcione um hospital ou uma unidade de saúde. O custo disso será depreciado em contratos de longo prazo, de no mínimo 30 anos, e depois disso, o ativo seria do governo. “O hospital precisa de um prédio com serviços, e é isso que oferecemos. Fica a nosso cargo. Esse conceito de terceirização ainda é desconhecido no Brasil”, aponta o presidente da Dalkia no Brasil. A importância do crescimento no mercado brasileiro de saúde é tão grande, que a empresa começou a se estruturar internamente para dar suporte a essa expansão. A vinda de Herve Peneau para assumir os negócios no Brasil foi um dos passos. Tendo acumulado a experiência de lidar com o mercado de saúde em outros países da Europa, a matriz francesa resolveu designá-lo para o cargo. Além disso, a equipe técnica tem sido constantemente treinada com equipes da França. “Estamos preparados para o crescimento”, enfatiza o executivo. Para 2009, a empresa estima um crescimento superior a 35% no setor, chegando ao faturamento de R$ 55 milhões.
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Foto: Divulgação
recursos humanos
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SB
Karin Parodi Sócia-diretora da Career Center
Os desafios
da gestão do futuro Não é difícil notar que, nas últimas décadas, o mundo está se reinventando. As mudanças ocorrem mais rapidamente e com mais intensidade, e nos atingem quase simultaneamente. O mundo dos negócios segue esta tendência: as empresas de hoje precisam ser muito mais ágeis do que antes para conseguirem se adaptar às novidades que surgem todos os dias no mercado. Com isso, é natural que haja uma mudança considerável no perfil dos profissionais, já que o “profissional do futuro” precisa trazer os resultados esperados em um mercado cada vez mais imprevisível. E o “líder do futuro” também deve se adaptar: ganha importância a sua capacidade de enxergar e avaliar as atitudes e habilidades dos liderados, incentivando o aprendizado contínuo e oferecendo meios para que eles possam desenvolver novos conhecimentos e as habilidades e competências mais importantes dentro da estratégia da organização. Neste cenário, programas de desenvolvimento de lideranças ganham espaço e tornam-se ferramentas essenciais para o sucesso das empresas. Ao investirem no
desenvolvimento de competências entre seus líderes (e futuras lideranças), as organizações obtêm inúmeros benefícios e diferenciais competitivos: melhor gestão de pessoas, maior retenção dos talentos e equipes formadas por profissionais mais engajados e mobilizados em superar metas e trazer resultados. Algumas das competências cada vez mais valorizadas (não apenas nos líderes, mas em todos os profissionais), e que são aprimoradas com os programas de desenvolvimento de lideranças, são: visão de negócios, gestão de mudança, flexibilidade para enfrentar novos desafios, comunicação, estratégia e visão de curto, médio e longo prazo. Afinal, para aumentar a competitividade, os profissionais precisam aprender, inovar e mudar! Outra competência em alta é o autodesenvolvimento: contar com profissionais que aliam suas ações de desenvolvimento às demandas da organização e ao mercado é fundamental para que sejam alcançados os resultados esperados. As organizações também precisam ter em seus quadros profissionais com grande capacidade analítica e raciocínio
lógico. Estas características são muito importantes para que eles estejam aptos a acompanhar as mudanças que ocorrem no mercado e dentro da organização e a apresentar, assim, a eficiência que a empresa precisa para alcançar suas metas. Uma das grandes características no mundo globalizado é a conectividade: os avanços tecnológicos nos permitem estar online 24 horas por dia e realizar atividades profissionais a milhares de quilômetros da empresa. As empresas devem aproveitar estas facilidades, mas sem esquecer que nada substitui o relacionamento presencial e que o profissional, até mesmo para ganhar em eficiência, precisa de um tempo para si próprio. É preciso buscar um equilíbrio e evitar excessos, dando espaço para que os profissionais possam cuidar das demais carreiras de suas vidas: família, amigos, saúde e lazer. Não há dúvidas de que as mudanças pelas quais o mundo está passando trazem muitas oportunidades. No entanto, elas surgem acompanhadas de novos e grandes desafios. Investir no desenvolvimento das pessoas é a chave para superá-los. Saúde Business | edição 09 | 93
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SB | Ti & TRANSFoRMAção
Transferência
Ana paula martins – amartins@itmidia.com.br
de CoNHeCImeNto
Depois de desenvolver um projeto de integração da rede pública de saúde, o governo de Andaluzia, na Espanha, dispõe o plano para ser implantado em outras localidades do mundo, visando à criação de uma rede de informação para melhores práticas
Imagem: Snapvillage / Ilustração
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Pensar um projeto de gestão que tem o paciente no centro dos processos e ainda vira um modelo de assistência de rede pública de saúde para outras localidades do mundo. Essa foi a proposta do governo de Andaluzia, comunidade autônoma no sul da Espanha com 10 milhões de habitantes, ao desenvolver o projeto de integração da rede assistencial de saúde no Estado, o Diraya. Tendo um sistema de saúde público unificado, o governo buscou meios de modernizar a gestão do setor visando, sobretudo, a melhora na qualidade do serviço e o aumento de eficiência dos recursos aplicados, tanto financeiros quanto humanos e a geração de informação. “O ideal para o governo é conseguir gerar conhecimento para a melhora da assistência e fomentar, assim, a troca de informações entre as regiões da Espanha e até com outros países”, aponta o diretor de Administração Pública e Energia da Indra, Marcello Palha. O processo de integração da rede pública de saúde passou, claro, pela tecnologia de informação. Para desenvolver o projeto, o governo andaluz contou com a parceria da Indra, multinacional espanhola desenvolvedora de soluções de TI. Tendo a administração pública como um dos seus principais focos de atuação, a empresa foi responsável por desenvolver as soluções de acordo com a demanda do projeto. A grande mudança foi substituir o médico e o hospital do centro do processo de atendimento pelo paciente. “O governo percebeu que só poderia ter uma gestão mais eficaz do atendimento da rede pública se a informação ficasse centrada no paciente. Dessa forma, seria mais fácil transi-
tar pela rede de atendimento e dar continuidade a ele sem a perda de informações”, destaca Palha. O projeto integra os sistemas de agendamento de consultas e internações, de admissão, prescrição eletrônica, exames de imagem, telemedicina, histórico do paciente e sistemas de análise de dados. Com essa integração, a Secretaria de Saúde de Andaluzia passou a ter acesso a todo o fluxo de atendimento na rede de assistência. O Diraya foi desenvolvido há dez anos e teve um custo de US$ 100 milhões para ser implementado. Hoje, com 9,2 milhões de usuários cadastrados, o sistema gera uma economia anual para o sistema de saúde de Andaluzia da ordem de € 27 milhões, entre redução de custos com medicamentos, melhor uso dos recursos e maior produtividade. Outro ganho significativo é a economia de 551 mil horas de médicos por ano. “Em Andaluzia, o governo adota o sistema de remuneração variável. Como com o sistema os médicos deixaram de perder
Números do projeto A Indra encerrou o ano de 2008 com vendas de € 2,3 bilhões. Desse montante, 14% é proveniente da área de administração pública e saúde. Para 2009, a empresa projeta um crescimento de 5% a 7%, sobretudo no mercado internacional.
tempo com processos burocráticos, ganharam em produtividade e, consequentemente, houve uma melhora no atendimento aos pacientes”, salienta o executivo.
C ódigo aberto
Depois dos bons resultados na comunidade de Andaluzia, a Indra pretende replicar o projeto em municípios e Estados brasileiros. Vendo o sistema público de saúde como uma oportunidade, a ideia da empresa é disseminar o projeto no País e crescer no mercado. “Estamos em fase de prospecção, mas as perspectivas são boas”, complementa. O diferencial para os governos é que a propriedade intelectual do Diraya é do governo andaluz. Dessa forma, o licenciamento da solução é gratuito e pode ser obtido por meio de um acordo de transferência de tecnologia. A Indra participa apenas da implantação da solução. “Ganhamos mercado e o governo de Andaluzia ganha em benchmark e na criação de uma base de pesquisa e de troca de informações, que é o que interessa a eles”, pontua Palha. A solução também é desenhada em código aberto, o que permite a mobilidade e o desenvolvimento de novas ferramentas de acordo com a demanda de cada localidade. A Indra pretende implantar no Brasil um pólo de desenvolvimento e manutenção. Hoje, para serem implantados, os projetos contam com colaboradores da Indra e do governo Andaluz, que contribuem com o processo de transferência de tecnologia em cada localidade em que for implantado. “Até o final do ano, pelo menos três contratos devem ser fechados aqui”, projeta o executivo. Saúde Business | edição 09 | 95
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A evolução contínua do setor da Saúde no Brasil é notória. Indústria, hospitais, operadoras, centros de diagnósticos, associações e governo se interagem em uma complexa e abrangente dinâmica de relações comerciais.
Como atingir e realizar negócios com os líderes desta complexa rede de alianças?
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7a Edição
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SB | marketing
Renato Borgheresi Foto: André Conti
Sócio-diretor da STRAT CONSULTING, especializada em assessoria na gestão empresarial de marketing. Mestre em Administração e Planejamento pela PUC-SP, atua como professor de pós-graduação da ESPM, sendo coordenador do curso de Inteligência de Mercado.
Marketing de todos os tempos Marketing sempre foi um tema muito controverso porque, ao longo da sua história no Brasil, deu margem a muitas interpretações sobre a sua real finalidade e seus benefícios, tanto para as empresas quanto para a sociedade em geral. Passamos a verificar no dia-a-dia inúmeras apresentações de Marketing para as mais diversas situações: se uma empresa produz banner para eventos ou vende brindes personalizados, ela se apresenta como uma empresa de Marketing; se um profissional se destaca por ser “bom de lábia”, por estar em todas e não levar as coisas muito a sério, ele é um “marketeiro” de primeira, dizem. Não admira que muitos empresários se perguntem: por que nós precisamos disso (Marketing)? Contudo, conforme explanei no artigo da edição anterior, o Marketing em seu sentido essencial é sinônimo de uma filosofia de administração. Assim, ele pode ser encontrado em todas as iniciativas e decisões tomadas pela empresa porque todas refletem, em síntese, a filosofia que a alta administração segue como orientação. As empresas que têm clara a necessidade de equilibrar a busca por lucros com
a questão da sustentabilidade vêm se pautando dentro da filosofia de Marketing muitas vezes sem saber que o fazem. Desde sempre na sua história. Essas empresas têm em comum vários aspectos dignos de serem analisados e, por que não, copiados. Uma clara visão sobre como podem gerar benefícios para a sociedade no futuro, pensamento estratégico para enfrentar as adversidades dessa jornada, coragem para mudar quando as pressões do mercado assim exigirem, determinação para perseguir os objetivos respeitando seus valores somente para citar alguns. Outros aspectos muito importantes foram apurados em uma pesquisa realizada há alguns anos junto a empresas que tinham mais de 50 anos de vida, como a Nestlé, Brahma, IBM, CocaCola, Antarctica e outras. O objetivo da pesquisa era o de obter dos seus
principais executivos as razões para tal longevidade. Apurou-se que são três os fatores que mantêm um ícone vivo por décadas: 1) Modernização dos itens comercializados; 2) Inovação em Produtos e Serviços; e 3) Construção de vínculos emocionais com os clientes. Dos três fatores quero chamar a atenção para o terceiro. Reflita: é possível uma empresa criar vínculos emocionais por tantos anos com seus clientes sem pautar seu relacionamento em valores como, só para citar alguns, respeito, transparência, seriedade e ética? Pois é, essa é a essência do Marketing e a sua principal bandeira. A simples história dessas empresas depõe a favor do método e deixam, por mim, a reflexão: Será que a sua empresa está no caminho certo? Pense nisso. Um abraço e até a próxima.
É possível uma empresa criar vínculos emocionais por tantos anos com seus clientes sem pautar seus valores em valores como respeito , transparência e ética?
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SB | LADO B
C Fred Linardi - editorialsaude@itmidia.com.br
Com uma máquina fotográfica na mão e sensibilidade, acumula imagens e compartilha milhares de cenas “Não dá para falar sobre fotos sem mostrá-las”, diz Marcelo Murilo logo no início da conversa, no escritório da Benner, empresa da qual foi um dos fundadores e hoje é gestor da divisão de ERP e Recursos Humanos. E então, o executivo tira seu notebook da maleta, conecta o drive externo e uma enxurrada de fotos se mostra diante de nós. Murilo logo me explica que aquelas não são todas, pois, desde que começou a fotografar, acumula em torno de 16 mil delas. São fotos que englobam diferentes cenários, cores e momentos. É isso: Murilo coleciona momentos e ângulos, resultados de uma busca constante pelo diferente de lugares conhecidos, ou pelo privilégio de ter captado algo que poucos conhecem ou que tivesse durado poucos instantes. E foi com essas intenções que Murilo começou a se dedicar às lentes e obturadores. Há quatro anos, quando foi fazer uma viagem pelo caminho de Santiago de Compostela, decidiu que tirar fotos seria uma de suas motivações durante a viagem que faria de bicicleta. Levou ainda uma máquina simples, apesar de já ser uma máquina digital. Foi o início de algo que continua até hoje, como mostra o executivo, clicando nas fotos que lhe agradam mais. Essas cenas servem também como sugestões de rotas de viagens por belos lugares do mundo: são campos do caminho de Santiago; luzes e céu de Paris; cores diferentes dos Alpes Suíços; arquiteturas diferentes; cemitério à beira mar em Canoa Quebrada, situada em
Marcelo Murilo, da Benner,
Fortaleza; contrastes e prédios de São Paulo. A atividade que começou a partir de uma viagem, hoje se mostra como um dos motivos para escolher novos destinos. Murilo chega a dedicar pequenos roteiros em finais de semana para lugares interessantes, como Paranapiacaba, localizada no interior de São Paulo, e conhecida pela antiga estação ferroviária. Aos poucos, além das fotos, é possível ver que tudo pode ser assunto para um clique na câmera. É pensando nisso que Murilo carrega sua Nikon aonde vai. “As situações acontecem sem ensaios e, se perdemos uma oportunidade, não tem volta”, atenta. “Além disso, fotografia é algo que envolve muita paciência, técnica e sensibilidade”, complementa, lembrando-se de uma vez em que passava no começo da Avenida Paulista e viu o reflexo de uma igreja nos vidros de um prédio moderno. A imagem ficou registrada primeiro em sua memória e, depois que a correria da semana passou, Murilo voltou ao local no sábado e lá passou uma manhã, agora com o tempo para escolher as lentes, os ângulos, posicionar o tripé, estudar a iluminação e as possibilidades de enquadramento. Após centenas de fotos – número possibilitado pela conveniência das câmeras digitais – é possível escolher as duas ou três melhores, catalogar todas elas por meio de programas especializados, imprimir a melhor e incluí-la no amplo painel de fotos que mantém em sua casa. “Sim, a prática de fotografia é algo um tanto solitário”, observa Murilo ao con-
tar sobre essas situações. Isso pode ser um fator complicador quando se está em Paris, viajando com a esposa, e estuda-se um ângulo para uma foto diferente da Torre Eiffel, com o sol naquela exata posição. Mas o sol ainda não está no ponto certo e a cidade ainda chama para outros atrativos. Nessas, ocasiões, talvez o ponto certo seja a ponderação e, segundo Murilo, ele tem a consciência disso. Dessa forma, cada um acaba cedendo um pouco em algum momento. As fotos acabam valendo a pena e a viagem também, que continua sendo registrada com sorrisos em momentos de descontração. E não faria sentido se esses registros levassem ao oposto da calma que o ato de fotografar traz, pois essas fotos são frutos de um balanceamento que o executivo busca ao sintonizar-se fora do escritório e focar sua visão para imagens capturadas com suas cores e, por que não, com a alma desses lugares? A contemplação leva a isso. O estresse fica de lado e dá lugar para essa calma e paciência. A solidão, requisito básico para boas fotos, acaba sendo apenas uma base para a prática. O resultado, no entanto, serve para reunir todos em torno de álbuns repletos de momentos e histórias para contar. É neste ponto que Murilo completa seu objetivo para tirar fotos, adicionando poesias de autoria própria e compartilhando os lugares onde esteve quando desejava que mais pessoas tivessem o mesmo privilégio de ver tudo aquilo que ele viu.
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Fotos: Arquivo pessoal
Putat dolor sust ting eui eum vel nullam
Confira mais fotos
e a poesia de Marce lo Murilo em: http ://marcelomurilo.sp ac
es.live.com
SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 101
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4/22/09 3:01:18 PM
SB | livros
“Eu recomendo”
Foto: Divulgação
Sandra Costa, sócia e diretora técnica do Laboratório Sabin (DF) O livro de negócios que li recentemente e recomendo é o Se a Disney Administrasse o seu Hospital, do autor Fred Lee, que reúne sua experiência como executivo em hospitais e uma passagem pelas organizações Disney. O autor conseguiu, com um enorme senso de observação, mostrar que as empresas que prestam um atendimento atencioso e singular geram lealdade e admiração por parte dos clientes. Ao traçar este paralelo, ele mostra que, independentemente do negócio, as pessoas querem ser tratadas de forma atenciosa e única e sempre darão o retorno às organizações que lhes dedicarem este comportamento tão escasso hoje em dia. Nenhum grupo projeta e treina baseado nas necessidades e desejos individuais melhor do que a organização Disney e nada melhor do que trazer este modelo para nossas empresas. Minha outra dica é o livro Tenho Algo a Te Dizer, do escritor londrino Hanif Kureishi, que quando jovem tinha vergonha de ser descendente de paquistaneses No livro, ele desenha uma galeria de imigrantes asiáticos, mulheres solitárias, adolescentes "sem rumo" e artistas em crise. Uma história que se passa em Londres abordando de maneira desencantada temas como o choque entre raças e culturas, a relatividade moral burguesa e a necessidade de satisfação do desejo. É uma história muito madura, que, a meu ver, o autor faz um balanço de sua geração.
Desafiando o Talento
O que e como fazer para se tornar bem sucedido em tempo de crise? Partindo do princípio de que o talento inato não vale nada, Geoff Colven, economista, jornalista e editor da revista Fortune, se propõe a orientar o leitor a tirar o proveito máximo desse período para mostrar excelência profissional. O autor indica como tomar posturas que levem a novas oportunidades. O trabalho árduo está incluso, mas assim como o talento, não significa tanta coisa. Um dos pontos do livro defende que os maiores inovadores, não importa a área de atuação, passaram por muitos anos de preparação intensiva antes de um grande salto criativo. Autor: Geoff Colven Editora: Globo Preço: R$ 32,80 Número de páginas: 288
Renovação da Estratégia
Sempre vai haver um momento em que as estratégias se tornam obsoletas. Podem ter sido medidas vencedoras e que levaram uma empresa a um excelente posicionamento de mercado, mas que podem parar de gerar o retorno esperado. Este livro revela como as empresas bem sucedidas podem se adaptar às mudanças para que suas perspectivas estratégicas continuem excepcionais. Composto pelos melhores artigos da Harvard Business Review, os textos abordam o papel do gestor, sabendo se manter à frente, entendendo a trajetória de seu setor, o papel de sua empresa num mercado que evolui e a liderança necessária para fazer com que as transformações ocorram rapidamente. Autor: vários Editora: Campus Elsevier Preço: R$ 54,90 Número de páginas: 232
Se a Disney A dministrasse o seu Hospital Autor: Fred Lee Editora: A rtmed P reço: R$ 44,00 Número de páginas: 212
Tenho A lgo a te Dizer Autor: H anif Kureishi Editora: Companhia das Letras P reço: R$ 62,00 Número de páginas: 504
Gestão de Contratos
Ao mesmo tempo em que corporações se relacionam em torno de contratos, é tradição observar a gestão de contratos como um assunto de caráter jurídico. Na contramão de visões desatualizadas, o livro tem a proposta de conduzir o leitor a ações inovadoras, focando em questões práticas, incluindo exemplos e ilustrações. Entre os assuntos, estão o controle de contratos, o processo de gestão de contratos, meios para administrá-los, entre outros, sempre incluindo dicas. A intenção é auxiliar os profissionais administradores de contratos, executivos e leitores ávidos por novas práticas.
Autor: Walter Freitas Editora: Atlas Preço: R$ 26,00 Número de páginas: 78
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BRENO JATOBÁ
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Jatobá será o responsável pela operaçã o e estratégia das marcas Paulo Loureiro e Dalmo Oliveira , há 4 anos integrantes da NKB Medicina Diagnóstica, em Pern ambuco. Graduado em Engenharia Civil com MBA em Finanças e pós-graduação em Controladoria e Con tabilidade, o executivo tem 12 anos de experiência na área administrativa com passagem por empresas como o Gru po N. Landim, Multimed Expressa e Hospital São Marcos.
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SAÚDE BUSINESS | EDIÇÃO 09 | 103
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Foto: Magdalena Gutierrez
SB | saúde corporativa
ANA PAULA MARTINS Repórter da Unidade Setores e Negócios / Saúde amartins@itmidia.com.br
O consumerismo e a saúde
Envolver o usuário nas decisões sobre a sua saúde tornou-se um dos pontos fundamentais para a mudança do modelo atual de gestão do setor. E pensar o consumo dos serviços pode ser um caminho Ana Paula Martins – amartins@itmidia.com.br O consumo consciente virou bandeira da sustentabilidade. Pensar no que comprar, como comprar, e, sobretudo, de quem comprar tornou-se sinônimo de prática alinhada com o tripe de sustentabilidade. Muito tem se discutido sobre a sustentabilidade do setor de saúde e a necessidade de inovação no modelo de gestão e de assistência. E isso também passa pelos empregadores e pelo consumo dos serviços de saúde. No mercado norte-americano, cujo sistema de saúde está à beira de um colapso, consumindo cerca de 17% do PIB nacional, um termo vem ganhando força e adeptos ao longo dos últimos anos na área: o consumerismo. Num conceito simplista, quer dizer uma política dedicada à proteção e defesa dos interesses dos consumidores como um todo. Neste setor, isso quer dizer envolvimento dos usuários no cuidado com sua própria saúde e com o uso dos serviços. A conscientização e o envolvimento dos usuários de planos de saúde talvez seja um dos pontos mais fundamentais para modificar o modelo de gestão das empresas de
saúde, e consequentemente, trabalhar pela sustentabilidade do setor. E não é preciso ir longe para constatar essa diferença. Pergunte a um usário do plano de saúde como o sistema de saúde funciona. Quanto custa um exame, um tratamento, uma consulta? A maioria dos usuários sabe quer que a operadora o atenda prontamente quando precisar. Mas pouca gente sabe como funciona ou quanto custa os serviços de saúde. “Conceder o benefício saúde, sem nenhum tipo de acompanhamento ou gestão é o mesmo que dar um cheque em branco a um funcionário”, compara o consultor da Watson Wyatt, César Lopes. Nos EUA, onde 75% dos usuários de plano de saúde são vinculados às empresas, as grandes operadoras já começaram a incluir o consumerismo em suas estratégias, convidando os usuários a participar das decisões. A Cigna Healthcare tem um vice-presidente de Consumerismo. A Aetna mantém um espaço em seu site para discutir o tema. Aqui no Brasil, uma vez que os planos coletivos representam 80% dos usuários do sistema suplementar, as
ações de consumerismo necessitam da participação dos empregadores, os mais afetados pelos reajustes. Mesmo havendo uma ampla discussão sobre o real efeito dessas ações sobre a sustentabilidade do setor, já que só essa ação não basta para modificar o modelo atual de gestão, os resultados começaram a aparecer. “Organizações que envolveram o usuário e passaram a ter uma preocupação com o consumo tiveram bom desempenho no controle de reajustes e nos índices de sinistralidade. Quanto maior o conhecimento sobre os benefícios, melhor o uso”, analisa Lopes. E se pensarmos em cadeia, o benefício vai muito além dos custos. Se o consumo consciente virou um passo primordial para a construção de uma sociedade sustentável, o melhor uso dos recursos da saúde implica em menos repasse de custos para os produtos – nos EUA, o custo anual da saúde para a GM representa o equivalente US$ 1,5 mil por carro produzido pela montadora – o que pode significar mais competitividade e melhores resultados para as empresas.
104 | edição 09 | Saúde Business
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Foto: Ricardo Benichio
SB | hot spot
Alberto Leite Diretor Executivo da IT Mídia S.A
A Realidade da
Tecnologia da Informação Lembro-me como se fosse hoje de 2005, quando intencionalmente marquei uma reunião com o diretor de Negócios Públicos da Cisco Systems, um dos maiores fabricantes de tecnologia do mundo, para falar sobre saúde. Como muitos fabricantes, a Cisco possui uma área destinada ao que chamam “Public Sector” e que, ironicamente, compreende os negócios gerados no governo, educação e saúde, que no Brasil é potencialmente privada em tecnologia. A reunião ia bem até que ele me deixa a impressão de que saúde não era o grande foco. Pergunto o porquê e chego à conclusão de que precisava realmente trabalhar com todas as empresas de tecnologia. Faltava muita informação para todo mundo. Não culpo as empresas de tecnologia, mas sim a coisa da informação do setor. Naquele momento então decidi que iria dedicar boa parte do meu tempo para estudar o assunto e motivar empresas nesse sentido. Depois daquilo, empresas como HP, Intel, Dell, etc., têm dedicado esforços realmente gran-
des para absorver as diversas oportunidades oferecidas pelo nosso setor. Consigo agora olhar para frente e desenhar algumas ondas. A primeira delas, baseada especialmente no desenvolvimento de aplicativos que assegurem contato direto com os indicadores, está em consolidação. Empresas como Intersystems, Alert, SAP, líderes em vários países do mundo, desenvolvem projetos brilhantes no Brasil. Todos com a finalidade de integrar as informações de unidades prestadoras e ao mesmo tempo fornecer conexões entre elas, facilitando o andamento de um tratamento e reduzindo custos lá na ponta. Empresas brasileiras como MV, WPD, Wheb, Benner, Japi e grandes como a TOTVs fazem o mesmo. Do outro lado, analiso a evolução do comprador da tecnologia. A saúde recebeu nos últimos 5 anos os maiores investimentos de tecnologia da informação do que nos vinte do passado. Aprendeu a envolver a tecnologia nas decisões, a retirar da tecnologia o retorno necessário, aprendeu a comprar
melhor, a escolher melhor seus fornecedores. Enfim, cresceu. Assim como setores mundialmente premiados como o financeiro, onde o Brasil inclusive figura no topo por conta das inúmeras variáveis que nos expõem todos os dias, a saúde chegará em um estágio interessante nos próximos anos. A soma dos principais investimentos em software em saúde no país não chega hoje a US$ 130 milhões. Devemos ter um potencial aproximado de 20 vezes isso. Alguns latentes, alguns inexplorados. Vale a pena pensar que esta é só a primeira onda, seguida das ondas de CRM, Business Intelligence, Balance Scorecard, infraestrutura de primeira, redes, empowerment para usuários, etc. Vejo diante dos meus olhos os próximos cinco anos mais interessantes em TI que já tivemos, cheios de esperanças, cheios de grandes investimentos e algumas tristezas, sentimentos importantes num país tradicionalmente baseado em relacionamentos e emoções. Vamos então nos conectar.
106 | edição 09 | Saúde Business
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