Em foco [n. 11]

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JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS REPÓRTERES FOTOGRÁFICOS E CINEMATOGRÁFICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - ARFOC-SP. JULHO 2003 - ANO V- NÚMERO 11 em
em foco
+ CURSOS E 153 crasbrricaDOS arena REEATO Ed 3D JUCA VARELLA Juca Varella
Bombardeio no mercado periferia de Bagdá mulheres choram a perda de familiares

Só o trabalho, unido ao esforço e dedicação fazem possívelo êxito em nossos objetivos. Digo isso pois tenho testemunhado dentro de nossa Associação, quantos resultados positivos temos alcançado com a cooperação mútua. A retomada do jornal Em Foco, a criação de novos espaços para colocarmos nossas idéias: cartas do leitor, classificados, e um assunto de interesse geral que é falar e discutir sobre saúde, além de estabelecer parcerias com algumas instituições para colocar em prática nossos projetos. Outra meta à ser atingida é atualizar nosso site com mais fregiiência, a fim de proporcionar mais velocidade em nossas informações. Acredito que a participação de nossos associados mesmo através de cartas e/ou e.mails terá pontos positivos. Só assim poderemos dar continuidade e desenvolvermos ainda mais, através da implantação de outros projetos. Duas novas grandes oportunidades são a de junto com a Caixa Econômica Federal estarmos promovendo a exposição e catálogo fotográfico que deverá ser lançada neste próximo mês de agosto, e participar da feira Photo Image Brazil, onde estaremos com nosso stand divulgando a associação e seus associados, diante das maiores empresas do nosso ramo. Portanto, não deixe de participar. Só assim será possível fazermos uma Arfoc-SP forte. Obrigado.

expediente:

notas da diretoria

PARCERIA

A Arfoc-SP acaba de fechar convênio com o laboratório profissional Labtec. Confira a relação de serviços com descontos especiais para os associados: 30% na revelação de slides cor e PB, contatos, e ampliações fotográficas nos tamanhos 18x24 a 24x30. A loja oferece ainda desconto de 10% na compra de filmes da linha Kodak. Para ter direito aos descontos, é necessária a apresentação da carteirinha. A Labtec fica na Av. Angélica, 2424 Tel. (11) 32594499 www.labtec.com.br

PHOTO BRAZIL

A Arfoc-SP participará da feira da imagem Photo Brazil 2003, que vai de 19 a 22 de agosto no Centro de Exposições Imigrantes. Venha saber das últimas novidades, lançamentos, promoções e visite nosso stand.

FOTO RETROSPECTIVA 2002

A Arfoc-SP, com patrocínio da Caixa Econômica Federal e curadoria de Vidal Cavalcante, tem o prazer de convidar todos os fotógrafos a participarem da exposição fotográfica RETROSPECTIVA 2002, prevista para 15 de agosto de 2003. Serão aceitas no máximo 5 fotos/ pessoa até 30/07/03, em formato digital resolução 300 dpi ou arquivo acima de 5 mega/TIF, identificadas com nome do autor, data e legenda, juntamente com ficha de inscrição disponível no site www.arfoce-sp.org.br O material deverá ser enviado para a sede da Arfoc-SP R. Rego Freitas, 530 sobreloja Centro SP CEP 01220-010 ou pelo e.mail arfoc-sp Carfoc-sp.org.br. Informações: 32573991ou 32143209. Participe!

TABELA DE PREÇOS

TABELA DE PREÇOS MÍNIMOS PARA REPÓRTER CINEMATOGRÁFICO

O jornal EM FOCO é uma publicação da ARFOC-SP Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado de São Paulo. Sede: R. Rego Freitas, 530 sobreloja São Paulo SP CEP 01220 010. Tel.: (11) 3214 3209 Fax: (11) 3257 3991 Site: www.arfoc-sp.org.br; E.mail: arfoc-sp O arfoc-sp.org.br- Presidente: Carlos Cerino Vice-presidente Marco Antonio dos Santos (licenciado) Secretário Geral: Jorge Washington de Sousa Alves (licenciado) Tesoureiro: Manoel Roberto Nascimento de Lima Diretor de Marketing Cultural: Flavio Augusto Florido Martins Diretores de Credenciamento e Direito Autoral: Lucy Bianco (licenciada), Milton Toshiyuki Michida (lincenciado) e Agnaldo Fonseca Rocha Conselho Fiscal: Antonio Pereira Mendes, Ivan Carlos F. da Silva e Luiz EugênioGoulart Suplentes: João Augusto Teixeira, João Xavier Wainer de Oliveira, Marcelo Alves de Almeida, Nário Barbosa da Silva e Rossana Claudia Lana. Secretária: Regina Meira. Marketing: Elvis Cardoso. Jornalista Responsá; Colaboradores: Wagner Martins, Euler Paixão, Juca Varella, Marcos Muzi, Ricardo Bakker, Luiz França. Diagramação, fotolito e impressão: Editora Raiz 3207.8561. Tiragem: 2000 exemplares.

144 f qd editorial
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ARFOC-SP
TABELA DE PREÇOS MÍNIMOS PARA FOTOJORNALISMO Institucional Editorial Saída 3 horas R$ 271,00 R$ 384,00 Diária 5 horas R$ 429,00 R$ 610,00 Diária viagem R$ 712,00 R$ 1.017,00 NS Atol ea EG a ESC RG Editorial Institucional. Miolo de jornal, Revista, Sites e Portais R$ 170,00 R$ 249,00 Capa de Jornal R$ 497,00 R$ 701,00 Capa de Revista R$ 1.017,00 R$ 1.424,00
MÍNIMOS
DIGITAL Saída até 3 horas R$ 351,00 Saída até 5 horas R$ 550,00 Diária viagem R$ 901,00 Plantão até 7 horas R$ 925,00 Escaneamento por Imagem R$ 8,00 Tratamento por Imagem R$ 15,00 Transmissão por Imagem R$ 5,00
TABELA DE PREÇOS
PARA FOTO
Sem equipamento Com equipamento Jornada de 5 horas R$ 271,0 R$ 721,00 Hora Extra R$ 115,00 R$ 115,00 1: Mônica Bento Mtb.22 891 monicabento Quol.com.br Edição de
Juca Varella.
imagem:

NÓS NÃO VAMOS PAGAR NADA!

O ISS Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza cobrado pela Prefeitura de São Paulo, que têm gerado muita controvérsia devido ao grande reajuste deste ano, não deve ser cobrado do fotojornalista. Todas as entidades de classe (médicos, fonoaudiólogos, advogados etc.) entraram na Justiça contra a referida cobrança. Apesar de muitos terem recebido o carnê para ser pago no dia 10 de julho, a maioria conseguiu barrar o aumento por meio da decisão liminar. O Sindicato dos Jornalistas informa que os profissionais da área não precisam pagar tal imposto: não pagar tributo indevido é, afinal de contas, dever de todo cidadão, especialmente quando a carga tributária é excessiva e desproporcional com os serviços prestados pelo Poder Público , afirma Raul Haidar - advogado tributarista e Conselheiro da OAB de São Paulo.

O Senado Federal ratificou a tese da APIJOR Associação Brasileira de Proteção à Propriedade Intelectual dos Jornalistas de inexistência de taxação como serviço prestado (ISS), os Contratos de Cessão de Direitos Autorais ou Licen-

ças de Direitos Autorais. A Lei define esses Direitos, como um bem móvel passível apenas de taxação de Imposto de Renda.

O trabalho profissional da categoria não deve ser entendido como prestação de serviços e sim como licenciamento de obra autoral. Segundo Haidar: Não resta a menor dúvida que os serviços profissionais de jornalistas não estão e nunca estiveram sujeitos ao imposto municipal sobre serviços. O fato de que tais serviços sejam prestados através de empresas, é irrelevante, como também o é que tais empresas possam ter como sócio do jornalista alguém que não exerça a mesma profissão .

ORIENTAÇÃO SOBRE DIREITO AUTORAL

O trabalho jornalístico, como todo de natureza intelectual, reconhecido pela CLT, está protegido pela legislação de direitos autorais. O instrumento legal para receber o pagamento e se livrar destes tributos protegendo o seu trabalho, éa uti-

Lunapresss

Banco de Imagens e Serviços

Buscando atender as necessidades das editoras e agências publicitárias, a Lunapress conta com profissionais atuando nas mais diversas áreas da fotografia como still, publicidade, turismo, fotojornalismo, documental e científica, entre outras.

Uma das novidades oferecidas pela Lunapress é o arquivo de textos, conjugado ao banco de imagens onde é possível encomendar ambos; digitalização de imagens, locação de estúdio e espaço para workshops, são alguns dos serviços: Queremos fazer da Agência uma casa para os fotógrafos, colocando nossa tecnologia a serviço de quem produz imagens , afirma Fernando Fernandes, fotógrafo idealizador do sistema.

lização da Licença de Publicação ou Reprodução de Obra Jornalística. Sobre esse documento não incide o recolhimento do Imposto ou qualquer contribuição ao INSS. O modelo de Licença está disponível no site da APIJOR www.autor.org.br Os fotógrafos (free lancer fixo e eventuais) que assinam CCDAs Contratos de Cessão de Direitos Autorais e tiveram desconto ilegais relativos a ISS e INSS devem procurar o departamento jurídico da APIJOR. Os jornalistas que possuam empresas que prestem serviços típicos de sua profissão, devem procurar seus contadores para as devidas providências de ordem burocrática junto às repartições municipais e seus advogados para, se for o caso, pleitear restituição do ISS que pagaram indevidamente.

Por Luiz França Consultor de Direito Autoral e Diretor da APIJOR Tel.: 32176299 ou autoralista yahoo.com.br

Fotográficos

Virtualmente, a agência conta com um dos mais sofisticados sistemas de busca via internet do país, onde é possível, por exem-

plo, pesquisar imagens em cinco idiomas: Trabalhamos com o que existe de mais avançado em banco de dados, pois nosso objetivo é atingir o mercado lá fora, especialmente o europeu. Para isso, temos que estar preparados , explica Ravel Paixão, webmaster responsável pelo gerenciamento do sistema.

Para saber mais Visite: www .lunapress.com.br

contato O lunapress.com.br

Telefones: 0**11 6915 7026 ou 0**11 6168 2105

ISS
Festa de lemanjá Pedro Viegas/L
unapress LAR
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sum saúde OLHO NO OLHO

Você sabia que seus olhos podem revelar muito além do que suas lentes podem ver?

Estamos falando de Iridologia, ciência que faz diagnóstico da Íris do olho, onde está impressa nossa constituição física, mental e emocional. Pode ser considerada medicina preventiva, já que estuda as tendências e fragilidades do corpo de uma determinada pessoa antes que a doença se revele. A Iridologia não pretende mapear, mas sim observar o organismo e seu funcionamento. Através dela compreendemos melhor a natureza humana de cada um.

Descoberta no princípio do século XIX na Hungria pelo Dr. Y gnatz Von Peczely, a Iridologia vem se desenvolvendo apesar de ainda não ser muito reconhecida. Existe hoje na ciência, medicina e áreas ligadas a saúde, uma abertura de pontos de vista em busca de novas formas de tratamento: Por ser uma técnica que observa e compreende o ser humano como um todo, o diagnóstico pela íris é um auxiliar de grande valor para a medi-

cina . Quem garante é a especialista Dra. Liane Beringhs e continua: Encontramos algumas dificuldades no meio científico da mesma forma que a homeopatia e acumpuntura tiveram um dia; tem excelente aceitação pelos pacientes por causa da precisão da compreensão da lama humana .

O exame é relativamente simples, feito com lupas-câmeras fotográficas ou filmadoras, e o tratamento consiste na desintoxicação através da alimentação, visando a conscientização, melhora dos hábitos e da qualidade de vida. Indica-se, além de atividades físicas, técnicas terapêuticas alternativas que auxiliam o processo de cura.

Dra. Liane Beringhs é vice-presidente da Associação Médica Brasileira de Iridologia. E.mail: lianeberinghs O ambr.com.br ou acesse www.medicinaintegrativa.com.br

notas

SP FASHION WEEK

Divulgação/AE Naúltima semana Fashion de São Paulo, tudo que observamos foi o completo desrespeito aos cinefotojornalistas. A forma e maneira encontrada pelos organizadores do evento, no que diz respeito ao espaço de arena para os profissionais trabalharem não condiz com o recomendado. Para piorar a situação, ainda existem pessoas que disputam este mesmo espaço, e que não são do meio. São várias anos, foi assassinado com um tiro no peito, arbitrariamente enquanto cumpria sua função: informar os leitores da revista Época sobre a ocupação feita por cerca de seis mil sem-teto em uma área da Volkswagen.

La Costa foi desligado da revista no ano passado, mas vinha fazendo freelas para o veículo nos últimos meses.

Totó, como era chamado carinhosamente pela família e amigos, veio de Borda da Mata, em Minas Gerais, para tentar um espaço na grande imprensa paulista. Instalou-se na Vila Buarque, em um pequeno apartamento onde fazia books para jovens e adolescentes. Começou a freelar para Jornais e revistas até ingressar no O Estado de S. Paulo em 1990, mesmo ano em que se casou com Luciana e se mudou para o Japão. Registrou em 95 o terremoto que abalou a cidade de Kobe, onde morava e fazia um grande trabalho sobre a cultura oriental. Em 98, voltaram para o Brasil.

Totó era feliz com a vida, com os amigos. Amava a família e o casal de filhos. Bom caráter, camarada de boas conversas, brincalhão e bem humorado, deixa tristeza e revolta para nossa classe, que trabalha todos os dias no limite, corre riscos a cada pauta para tentar mudar o retrato de nossa sociedade.

Vidal Cavalcante, repórter-fotográfico do O Estado de S. Paulo.

pessoas que não estavam trabalhando , e ficavam ali apenas para poder ver melhor o desfile ou dispunham de uma digital para registro pessoal. Um evento de porte internacional como este deveria prezar pela qualidade, não só dos desfiles e coleções como também, de serviços para quem faz esta cobertura. Esperamos que sejam tomadas as devidas providências para que possam oferecer melhores condições de trabalho aos profissionais de imagem, e quem sabe para as próximas edições, teremos o espaço devidamente organizado. Afinal profissional de imagem, também é jornalista.

4º MOSTRA DE FOTOGRAFIA TANGRAN

Em junho, a Tangran Photo Service inaugurou a 4º mostra de fotografia com 28 imagens de fotógrafos profissionais e amadores. Dentro da proposta de reunir a mais variada coleção de nomes, técnicas e especialidades, a coletiva apresenta fotógrafos publicitários, ensaístas, retratistas, ambientalistas e repórteres fotográficos. Até o dia 22 de setembro. Espaço Tangran de Fotografia R. Dr. Renato Paes de Barros, 533 Tel. (11) 3071 3173.

ABERTO PARA REFORMA

Depois de mais de um ano e meio fechado para reformas, o MIS Museu da Imagem e do Som abrirá novamente ao público em agosto. Além das mudanças físicas, a nova direção planeja uma reforma conceitual que deverá, entre outras novidades, dar mais importância à televisão: é inacreditável o MIS nunca ter trabalhado de modo regular com TV, a mídia mais poderosa e esteticamente mais rica do Brasil nos últimos 20 anos , enfatiza Amir Labaki, que ocupa a direção do Museu desde maio deste ano. Labaki também pretende investir em web arte: o MIS não tem tradição em novas mídias e tem obrigação de estar aberto a demanda da produção contemporânea , diz o diretor, que programa também a inauguração de um site institucional. Confira www.mis.org.br

No dia 23de julho, o companheiro Luís Antônio da Costa, com 36
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especial CENAS DE UMA GUERRA

Foi um conflito como tantos outros. O fato de ter um repórter fotográfico brasileiro na guerra do Iraque foi marcante não só na carreira de Juca Varella, mas também no meio editorial. Com a cobertura quente de uma guerra que abalou o mundo, nosso colega dispara: Apesar de sentir muito medo, faria tudo de novo!

auta de conflito já tinha feito várias, em São Paulo, Brasília, Goiás; pautas perigosas, fuga de presos, tiroteio, mas nada se compara. Você pode passar horas tenso, mas depois vai para casa e volta para sua vida. Cobrir guerra, é uma pauta como outra qualquer, só que bem mais complexa; não tem essa de voltar pra casa depois que a pauta acabar ou quando quiser, além de correr o risco de não voltar.

Proporcionalmente, foi a guerra que mais morreu jornalistas. Quem estava trabalhando, tanto os que estavam acompanhando as tropas invasoras quanto os que estavam em Bagdá que era o meu caso e do Sérgio D' Ávila não chegava a 600 profissionais, morreram 15; dá um pouco mais de 2% e não morreu esse número de soldados. Acho que o jornalismo fica cada vez mais rápido e essa rapidez exige que o profissional seja mais ousado. Hoje contamos com elementos de tecnologia que nos permitem transmitir as imagens do front. Essa guerra tinha o objetivo de arrasar um país que foi comprido e nesse bojo quem está do lado morre também. Os ataques feitos em Bagdá eram terríveis, teve uma noite que caíram quase 400 mísseis sobre a cidade. E a relação do povo iraquiano com a morte é diferente, ele põe bomba no corpo e se explode, apesar de estar em desvantagem no poderio militar. Então, o menor sinal de desobediência podia significar a morte.

EM PÉ DE GUERRA

Prioritariamente, resolvemos o problema de transmissão de texto e foto porque a gente escondeu o nosso telefone satelital. Alugamos esse telefone em Londres, com sistema via satélite de alta tecnologia, uso restrito e controlado pelo governo iraquiano. Esse aparelho só poderia ser usado no Minitério da Informação, durante o dia, e era guardado lá dentro. A gente soube disso antes de ir para Bagdá, então decidimos esconder porque sem esse esquema não tinha como viabilizar uma cobertura quente. Com isso corremos muito risco; usar esse aparelho nessas condições é considerado ato de espionagem, podendo nos gerar prisão e expulsão do país.

Outra dificuldade era em relação ao controle que o governo tinha sobre a ação dos jornalistas. A circulação era restrita, Os iraquianos organizavam cities tours e só levavam a gente onde eles queriam: hospitais, bairros residenciais mais atingidos e instalações de infra estrutura; nunca em palácios ou áreas militares. Se quebrasse essa regra era expulso, como muitos foram.

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REA janbiSegura pedaço o morto no ataque: 4 emu [eso ap tclg ço REM TELO Er e E buracos feitos por um FETPTIrS A

Mas o pior era controlar a ansiedade; sabendo que tinha fotos boas pela cidade, que eles não estavam deixando mostrar nem a metade do que estava realmente acontecendo, e se segurar para continuar não só o trabalho, como também estar vivo. Eu tinha como meta cumprir essa pauta, e para isso eu não podia ser preso, nem expulso, nem me machucar ou morrer. Como repórter fotográfico, meu compromisso era ainda maior: o jornalismo brasileiro não tem uma cultura de enviar repórteres fotográficos para a guerra. Se acontecesse qualquer coisa, era mais um motivo para dizer que não vale a pena enviar um fotógrafo, eu tinha isso em mente o tempo todo.

ARMAMENTO

Usei o equipamento da Folha digital. Eu viajei com um Powerbook G3, uma grande angular 14 mm f2.8, duas zoom 28-70 mm f2.8, uma 70200 f 2.8, uma 500 mm f 4, um teleconverter f 1.4x e duas câmeras EOS ID que era minha câmera principal - e a DCS 520 que era uma câmera reserva e também servia de boi de piranha . Era proibido fotografar das varandas, de onde se viam os bombardeios e de onde mais fotografei. Então, quando a gente percebia que ia ter uma batida eu escondia minha câmera e deixava aquela à vista. Não teve um desses equipamentos que mais usei; só a câmera EOS ID

que é mais rápida e tem uma qualidade superior. Também não teve uma lente de preferência; usei pouco a 500 mm. Achei que seria bom para pegar os bombardeios mas eles aconteciam tão perto que não foi necessário! Detalhe: todas as lentes estragaram. Pegamos pelo menos 3 tempestades de areia, duas das lentes estragaram lá mesmo; foram emperrando o sistema de auto focus. A areia tem textura de talco que penetra em qualquer lugar. As câmeras suportaram bem, só ficaram um pouco sujas.

Em termos de equipamento, não me senti atrás de ninguém; o que eu levei foi perfeito. Agora, a experiência pessoal, é lógico que foi um fator determinante. Nós nunca estivemos num bombardeio tão forte; tem jornalista que só cobre conflitos, é óbvio que esse cara circula com mais facilidade e dorme melhor.

MIL E UMA NOITES

Antes de ir, nós sabíamos o que nos aguardava e apesar de não declarada, a guerra tinha um forte potencial para acontecer. Mas como nossa previsão de viagem era de 8 dias, ela poderia estourar e a gente não estar mais lá. Só que aconteceu exatamente no dia que a gente chegou. Nós tivemos problema de alimentação vários dias, ficamos sem comer mesmo. Nas primeiras semanas de guerra estava tudo fechado. A gente cobriu a

guerra do lado do bombardeado até a ocupação de Bagdá, os saques foram depois da invasão. Precisamos sair de Bagdá porque estávamos sem grana e a situação estava muito tensa. Foi um dos momentos mais difíceis da cobertura. Dias antes, jornalistas tinham morrido naquele trajeto. Os check points americanos, que já estavam instalados na estrada, haviam sofrido atentados com homens-bomba. Foi o maior risco mesmo! Depois ficamos alguns dias fora, para se refazer e cobrir um poucoo outro lado dos americanos no Qatar. Foi o tempo necessário para derrubarem Bagdá; sem visto, sem fronteira e sem saber o que aconteceria, conseguimos entrar no primeiro comboio de volta, e para nossa surpresa, fomos novamente os primeiros jornalistas brasileiros estarem em Bagdá depois da derrubada. Nós reportamos a guerra de forma exclusiva até aí, depois começaram a chegar outros brasileiros.

PRA LÁ DE BAGDÁ

A sensação mais forte era o medo. Eu não me arrependi. Cobrir uma guerra é o sonho de muitos repórteres fotográficos, só que lá a realidade é maior que o sonho. Não imaginava que o perigo fosse tanto e tão violento. Os mísseis vinham do céu e não se podia fazer absolutamente nada se um desses caísse muito perto. Se você sobe no morro do Rio, ou vai para Kosovo, corre outros

A Saddam Tower, principal complexo de af ER(o)]
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perigos. Pode tomar um tiro, explodir uma granada perto e de alguma forma você tenta se proteger, se esconder, ou se jogar no chão, tem alguma reação na tentativa de se defender. Eu sentia que lá não tinha nenhuma defesa; se um míssel daqueles caísse perto, destruiria tudo. Essa sensação de impotência incomodava muito. E o que os mísseis não destruíram, o povo revoltado destruía depois. Eles saqueavam tudo e depois punham fogo. Os Estados Unidos não se preocuparam em manter uma mínima ordem social. A cidade não tinha mais instituição nenhuma: polícia, bombeiro, nenhum tipo de serviço e deixaram 4 milhões de pessoas desamparadas um verdadeiro caos.

BONITO NA FOTO

Quando me fizeram a proposta de cobrir a guerra, coisa que sempre insisti com a editoria de fotografia, pedi 2 segundos antes de dizer sim. O Sérgio D'Ávila foi um dos grandes responsáveis, porque sem a sua influência não teríamos conseguido visto iraquiano e também, por reforçar que uma boa cobertura nunca vai ser feita por uma pessoa só. Entre medos e soluções para trabalhar e estar vivo, a conquista profissional foi merecida. Apesar de pessoalmente ter me tocado profundamente, o reconhecimento foi marcante. Essa pauta mudou meu olhar. A gente sempre acha que não fez tudo que poderia ser feito, mas fico tranquilo porque tenho certeza de que fizemos o melhor possível, que demos o máximo.

Porta
de entrada do palácio onde EITA o E o Conselho o[A ESG
Juca Varella (E) e Sergio D'Ávila em frente a instalações militares iraquianas, depois da queda do regime. Uma semana antes, a foto custaria a prisão dos dois jornalistas
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eua ERA E >Estados Unidos == bombardeiam-bairro, n apentedgda Baadá Ea Soldado norte-americano descansa em um tanque Abraham; em frente ao SAR SUA na primeira noite após instituido o toque de recolher

Cursos é concursos

ÚLTIMA CHANCE

Este é o último ano para inscrições de projetos nas áreas de Artes Visuais, Fotografia, Cinema e Vídeo para a Bolsa Vitae de Artes. Os interessados em participar da edição derradeira tem até 27 de agosto para inscrever seus projetos de criação artística, pesquisa histórica e/ou estética: pintura, escultura, desenho, gravura, multimídia, realização de roteiros para filmes de longa metragem, pesquisas no campo da animação e computação gráfica, pesquisa de linguagem em vídeos e audiovisuais. Somente no período das inscrições (de junho a agosto). o formulário e o regulamento do programa podem ser solicitados por correio, ou obtidos diretamente no escritório que fica na R. Oscar Freire, 379 5º andar tel.: (11) 30615299 ou pelo site www.vitae.org.br

RALPH

GIBSON

MINISTRA CURSO NO BRASIL

A Leica do Brasil trará o fotógrafo americano Ralph Gibson para a realização de um workshop em São Paulo, entre os dias 8 e 11 de agosto. Gibson iniciou sua carreira profissional como assistente de Dorothea Lange e depois foi trabalhar com Robert Frank em dois filmes. Já produziu mais de 35 monografias, sendo que a mais atual Light Strings será publicada em 2004. Suas fotografias estão incluídas em mais de cento e cingiienta coleções em museus pelo mundo, e apareceram em centenas de exposições. Entre prêmios e bolsas de estudo, tem título de doutorado por duas universidades dos Estados Unidos. As inscrições já estão abertas, e as vagas são limitadas. Informações: pelo telefone (11)50521206 ou e.mail info O leica-brasil.com

CNN CRIA CONCURSO PARA ARTES VISUAIS

A rede de TV CNN está promovendo o concurso Visões Convergentes, voltado a universitários das áreas de artes visuais, artes plásticas e fotografia. Com o mote Imagine, visualize, sonhe e transforme . Os participantes são convidados a mostrar em arte quais as esperanças de renovação e prosperidade que visualizam para o país. Nove finalistas receberão presentes da CNN em espanhol e o prêmio compreende passagem para Nova York, três noites em um hotel, entradas para museus e 400 dólares. As inscrições podem ser feitas até 15 de setembro. Informações no site www.cnnenespanol.com/portugues/index.html

9 VEZES CONCURSO

A premiação do Banco Itaú BBA de fotografias com o tema Árvore Florida, Mata Florida, Plantação Agrícola Florida está na sua 9º edição. As inscrições vão até 12/09/03. Mais informações pelo tel. (11) 32818182 ou e.mail bancoiatubba Oitaubba.com.br

INTERNATIONAL AGFA MULTICONTRAST

Com o tema Ações, Emoções e Memórias, o Concurso da Agfa, exclusivo para fotos em PB, premiará os 12 melhores com câmeras Leica e publicação no calendário 2004 da empresa. As três melhores fotos também serão estampadas nas embalagens do novo papel multicontraste Agfa. Prazo final: 15 de agosto de 2003. www.agfa.com/ photo/multicontrast-competition/

PRÊMIO PIERRE VERGER

Estão abertas até o dia 31 de julho, as inscrições ao Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger 2003, que objetiva incentivar, divulgar e valorizar a produção e a arte da fotografia. O vencedor receberá R$ 25 mil, além de publicação de catálogo com as fotografias concorrentes. Essa é a primeira edição do prêmio que homenageia um dos maiores pesquisadores da cultura afro-brasileira: o etnólogo Pierre Verger. Poderão concorrer fotógrafos maiores de 21 anos, com no máximo 25 fotos. A temática do concurso é gente e/ou costumes da Bahia. Inscrições na Secretaria de Cultura e Turismo www.sct.ba.gov.br Informações pelo telefone (71) 340-5780 ou e.mail sct.aslicW bahia.ba.gov.br

CURSOS DE FOTOGRAFIA PELA INTERNET

Oferecidos pela escola Focus, os cursos intensivos pela internet tem duração de trinta dias, contam com exercícios práticos e se dividem em três módulos: básico noções gerais, fotografia digital-net captura de imagens com scaner, uso de flash portátil digital ou convencional, filtros para a imagem digital, photoshop e resoluções, e avançados-net fotografia de moda, still, publicidade, fotojornalismo, eventos e uso criativo do flash. Além desses, ainda há cursos na sede da escola. Focus Escola de Fotografia telefone (11) 31072219 e.mail info O focusfoto.com.br

DIREITOS AUTORAIS

E AUTORES DE FOTOGRAFIAS

É o tema do workshop ministrado pelo fotógrafo Luiz França no Estúdio Galeria Fotoforma. Será realizado no dia 6 de setembro, 2003 das 9 às 17 horas e abordará noções de direitos autorais e como negociar esses direitos em obras fotográficas. Informações e inscrições pelo telefone (11) 55752917 ou www.fotoforma.com.br

ARAQUÉM ALCÂNTARA

Para quem curte um visual junto a natureza, a programação do curso de agosto é Chapada dos Veadeiros e em outubro é Chapada da Diamantina. O curso ainda prevê uma aula preparatória e outra de avaliação com o mestre. Araquém Alcântara Fotografia e Editora telefone (11) 30441013 ou e.mail araquem Waraquem.com.br.

PRÊMIO VLADIMIR HERZOG

O período de inscrições para o XXV Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos termina em setembro. Os trabalhos devem abordar temas sociais e terem sido publicados entre 2 de setembro de 2002 e 1 de setembro de 2003. Serão entregues no total dez prêmios, um para cada área: jornalismo impresso jornais, revistas, fotografia, artes rádio, televisão especiais ou documentários, noticiário texto de teatro e literatura, além da nova categoria: livro-reportagem. Os fotojornalistas interessados devem enviar três fotos 18x24 originais, mais três exemplares do veículo onde tenha sido publicada, para a sede do Sindicato dos Jornalistas de SP Rua Rego Freitas, 530 sobreloja São Paulo SP CEP 01220-010 A/C Comissão Organizadora. Só podem participar jornalistas com Mtb. www.sjsp.org.br tel. 32176299

MEIO AMBIENTE

O concurso Um Olhar sobre o Meio Ambiente Urbano Alternativa para as Cidades, pretende incentivar a educação ambiental, mostrando formas criativas de interação entre o ser humano e o meio ambiente nas cidades brasileiras. Os trabalhos podem ser coloridos ou PB, no máximo 5 fotos/participante, e deverão ser enviadas pelo correio até o dia 20 de agosto de 2003. Os três primeiros colocados receberão um certificado além de prêmios em dinheiro. Podem participar fotógrafos amadores e profissionais com idade mínima de 18 anos. Concurso de Fotografias ISER, Programa de Meio Ambiente e Desenvolvimento A/C Karla Matos Ladeira da Glória, 98 CEP 22211-120 Rio de Janeiro RJ. Informações pelo telefone (21) 25553750 ou e.mail aliceOiser.org.br

MÉDICOS FOTOGRÁFICOS

Promovido pelo Conselho Federal de Medicina, o 1º Salão Nacional de Fotografia busca descobrir e revelar como o médico enxerga o mundo e a sociedade à sua volta. Para Rubens Santos, secretário-geral do CFM a fotografia é o meio mais adequado para traçarmos esse retarto . A mostra está aberta para médicos de todo o país. As fotos podem ser coloridas ou PB, tamanho 30x40. O material deverá ser enviado para o Conselho Federal de Medicina, situado na SGAS 915 lote 72, Brasília-DF, CEP 70390-150 tel.: (61) 4455940, em embalagem padronizada da ECT, com conteúdo declarado. As inscrições vão de 15 de agosto a 15 de setembro de 2003, mas o salão será em outubro. Informações www.portalmedico.org.br

e.mail salaodefotografia O cfm.org.br

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VISÃO ESTÉREO

A fotografia 35D nada mais é do que a representação do mundo como o homem vê, ou seja, uma visão em 3 dimensões: altura, largura e profundidade. Neste ensaio o fotógrafo Marcos Muzi nos convida a entrar neste universo mágico.

écnica antiga, que corre paralela a história da fotografia, a estereospcopia é a base do que chamamos hoje realidade virtual. Consta que Leonardo Da Vinci já se apropriava de seus recursos e que influenciou gerações de artistas como Escher, Salvador Dali e tantos outros que transformavam a perspectiva tridimensional num plano bidimensional.

À estereospcopia ou foto 3D é feita em dois ângulos: um para o olho direito e outro para o esquerdo. O segredo se resume na distância entre as duas pupilas. O formato da visão humana é estereoscópica, pois vemos através de dois canais. Mas a percepção do espaço tridimensional é um fenômeno que envolve múltiplos sentidos. A câmera fotográfica não substitui o olho, pois seu objetivo não é a visão mas sim o registro de imagens fixas. Para entrarmos na terceira dimensão é preciso, além de um aparato, abstrair.

A busca desta compreensão acompanhou várias fases do homem, mas foi no século XIX que ela se consagrou. No decorrer dos oitocentos inúmeros inventos encurtaram tempo e espaço; a eletricidade acelerou ainda mais o ritmo da industrialização ditando o novo passo da frenética dança da modernidade. As condições históricas em que e estereoscopia, a fotografia e o cinema se desenvolveram, deram chance para sua popularização. No Brasil, chegou pelas mãos de Don Pedro II em 1860 apaixonado por fotografia e grande colecionador.

par TAR

Bem vindos à terceira dimensão!

Nesse período, foram descobertos vários métodos, formas e modelos de aparelhos que nos possibilitam não só ver a fotografia, mas como entrar no que seria atualmente o espaço interativo: quando vejo uma foto do século XIX é como se olhássemos o passado por uma janela. Essa experiência fotográfica sempre tocou o meu trabalho revela Muzi, que pesquisa o tema há mais de dez anos. Mas ele não está só. O Fator Z, nome do projeto que visa estudar, aprofundar, divulgar e ampliar os limites da fotografia 3D também conta com a colaboração do pesquisador e artista plástico Gavin Adams. Levar a técnica adiante não é uma tarefa fácil. Apesar de muito difundida, o mercado ainda encontra muita resistência. É utilizada hoje em vários campos técnicos, sobretudo na ciência, mas no Brasil é mais voltado para o entretenimento.

Do mais incrível videogame aos estudo mais sofisticado da NASA voltamos, se é que a deixamos um dia, a era tridimensional. Segundo Marcos é difícil falar de foto 3D tem que ver ! Aqui ele propõe uma experiência visual através deste modelo. Para ver esta foto em 3D basta apoiar um espelho ou CD no canto do olho direito, encostando no nariz (foto ao lado), mantendo a distância necessária para visualizar as duas fotos. Respire, concentre, abstraia que a foto virá ao seu encontro. A fotografia estereoscópica precisa de um pouco de paciência e uma certa magia para que a imagem se desloque ao seu encaixe.

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ESQUERDA
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ser vista através do espelho em foco julho 2003 - 9
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VELOCIDADE EM PRIMEIRO LUGAR

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Documentography, cooperativa de jovens fotojornalistas do mundo todo, sediada em Do air acaba de lançar sua 4º edição o www.documentography.com/issue A revista Online Studium, do Departamento de Multimeios da Unicamp, acaba de lançar seu 12º número www.studium.iar.unicamp.br/ A Galeria Virtual da Casa França-Brasil está com inscrições abertas para fotógrafos iniciantes que queiram expor seus trabalhos no site www.fcfb.rj.gov.br Site americano de debates, discussões, galeria e banco de imagem www.photo.net

Stephen Bulger Gallery Toronto www.bulgergallery.com

Informações a respeito de e-film www.siliconfilm.com Centre National dela Photographie

s mudanças tecnológicas que ocorreram no mundo nos últimos anos afetou a vida de todos nós, mas em especial a dos repórteres fotográficos.

Há dez anos o equipamento utilizado era analógico, ou seja, filme 35 mm e máquina fotográfica convencional. O grande problema, na época, era durante as viagens. O processo todo demorava, em média, uma hora: depois da conclusão da pauta, tínhamos que revelar, fixar e secar o filme; escanear o material para só depois, transmití-lo para o jornal. Tudo isso sem a estrutura de um laboratório. Precisávamos buscar uma base com linha telefônica, como um quarto de hotel, por exemplo. O improviso era feito no banheiro ou qualquer lugar que pudesse ser vedado, comprometendo até a qualidade do filme. Na redação, embora tivéssemos uma equipe de laboratoristas e uma estrutura montada, havia o problema de tempo entre a realização do trabalho e o fechamento da edição diária.

Hoje, com a chegada dos equipamentos digitais, tudo ficou mais fácil e mais rápido. Todo o procedimento é feito em tempo quase real, ou seja, on line. Fazemos a pauta utilizando a câmera digital, voltamos para a redação e, diretamente no computador, fazemos uma pré edição do material. Durante as viagens, o processo é o

Somesmo, com a vantagem de que o material pode ser transmitido de qualquer lugar, desde que tenha um computador portátil e uma linha telefônica fixa. Além disso, para facilitar ainda mais, o celular pode ser conectado ao computador e transmitir fotos de boa qualidade.

Como exemplo, nos últimos grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas (esta última, em Sidney, na qual eu participei), o celular foi bastante utilizado. As competições eram feitas em vários locais diferentes, e o processo necessitava de agilidade.

Toda essa transição do analógico para o digital foi bastante tranquila. Foram suficientes apenas alguns workshops, a leitura de livros especializados e muito bate papo com os colegas para que eu me adaptasse às novas tecnologias e passasse a utilizá-las. Na minha opinião essas mudanças só vieram a acrescentar e melhorar o meu desempenho profissional, e embora tenha aprendido muito a resolver as dificuldades que apareciam na época, não sinto saudade dos banheiros de hotéis.

é repórter fotográfico do Diário de São Paulo www.bakker.com.br

www.cnp-photographie.com

Revista britânica www.portfoliocatalogue.com The Maine Photographic www.theworks.com Kodak On Line já está no ar o site que disponibiliza produtos e serviços fotográficos através da internet www.kodakonline.com.br Lavazza Magazine mais nova publicação da empresa de café Lavazza, de Milão, que promove o Espress Yourself Contest www.espressoandglamour.com

James Nachtwey, site do renomado fotojornalista americano, premiado pelo Dan David um dos concursos mais importantes do mundo

www.jamesnachtwey.com

Minotaure revista francesa entitulada o jornal das cabeças pensantes www.leminotaure.org Ralph Gibson, site do fotógrafo americano que tem suas fotografias incluídas em coleções e museus pelo mundo, além de vários prêmios e bolsas, tem o título de doutorado www.ralphgibson.com Henri Cartier Bresson, a Biblioteca Nacional da França consagra o fotógrafo, desenhista e pintor com a mostra retrospectiva de seus 50 anos de carreira www.bnf.fr ou na Fundação www.henricartierbresson.org Richard Avedon, site do fotógrafo novaiorquino, referência para toda uma geração de fotógrafos de moda www.richardavedon.com Prêmio Pulitzer de Jornalismo Internacional www.pulitzer.org ateste Dito roali)

www.emapmagazines.co.uk Conrado Wessel, site do fotógrafo, cineasta, inventor e técnico em fotoquímica na primeira metade do século XX www.few.org.br Colors, revista italiana encabeçada pelo contundente Oliviero Toscani www.colorsmagazine.com O nome do site já diz tudo www.fotografoscontralaguerra.orgs A World Association of Newspaper criou este site para celebrar o dia mundial da liberdade de imprensa www. worldpressfreedomday.com O site da Fotograma Imagens está de cara nova. Visite, conheça as novidades e concorra a uma bolsa de estudos em uma das oficinas. Acesse

www.fotogramaimagens.com.br

Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo www.senna.globo.com.br

Federação Internacional dos Jornalistas www.fij.org Galeria e estúdio Fotoforma www.fotoforma.com.br

Tudo sobre foto 3D site americano que tem links com Associações Internacionais www.reel3d:com ABPI Associação Brasileira de Propriedade Intelectual que está promovendo Seminário Nacional www.abpi.org.br

Errata gostaríamos de corrigir o endereço do site do Centro de la Imagem México publicado na edição passada www.arts-history. mx/museos/cima/dir.html

ter isagão
12 - em foco julho 2003
Mauricio de Souza o SSL DE ZA Ricardo Bakker com seu equipamento durante um treino do Santos

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