Revista Fotosite [n. 3]

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Fatos que marcaram a fofógrafia na ne Ed dia Andujar

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: FOLHA DE o. PAULO

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Reprodução

EDIÇÃO 2

Parabéns! Há tempos a fotografia brasileira merecia uma publicação desse nível. William Silveira, por e-mail

Saudações! Linda a revista de vocês. Ficaram muito boas aquelas páginas nas

quais vocês divulgaram as fotos da Melina Resende e do Alexandre Órion. Também gostei da cobertura da Bienal e da matéria das cooperativas. Enfim, parabéns, o traba-

ÓRIO) lho está ótimo e tem muito horizonte: voem! lara Hortal, por e-mail

= Quero parabenizar a equipe do Fotosite pelo importantíssimo trabalho que vem =| desenvolvendo em prol dos fotógrafos e da fotografia brasileira. Adenor Gondim, por e-mail

A matéria Olheiros ficou muito boa, o portfólio do Eustáquio é lindo e as notas sobre novidades e serviços são absolutamente úteis. Até o retrato do Lorca, no anúncio da Leica, é uma preciosidade. Se fosse para fazer alguma ressalva, seria na parte gráfica, que ainda não encontrou o caminho. Marcos Magaldi, por e-mail

OCULOS

Achei a revista muito legal, boa mesmo, exceto pelo tamanho da fonte usado para escrever os textos. Está pequeno. Na matéria Olheiros o texto está muito pequeno mesmo. Um abraço.

F Lopes Filho, por e-mail

BOLSA

Escrevo para parabenizá-los pela publicação, está muito boa. O trabalho do Órion, selecionado para a Bolsa, é sensacional. O outro escolhido sobre mulheres prostitutas é muito legal também. Viva vocês! Pio Figueiroa, por e-mail

BOLSA

Minha reclamação é contra a Bolsa de Fotografia, que a meu ver e na opinião de muitos que tenho conversado é discriminatória e preconceituosa. A atitude rotula os fotógrafos com 30 ou mais anos de vida. Já é comum no mercado de trabalho quanto mais idade, mais difícil de arrumar emprego. Achei lamentável e só posso dizer que isso macula a imagem da revista e dos demais patrocinadores. Indignado. Douglas R. Nascimento, por e-mail

ENCONTROS FOTOGRÁFICOS

Parabéns ao Fotosite pelo saudável encontro com os curadores. Sem dúvida foi um dos melhores eventos fotográficos do ano.

Valeu!

José Bassit por e-mail

ERRATA E/OU VACILO m erro de fotojornalista ... na matéria Bo

QUER MANDAR UM RECADO?

Comentários? Críticas? Elogios? Idéias? Fotos? Uma sugestão de pauta? Escreva um e-mail para cartaldfotosite.com.br ou por carta para: Rua Pensilvânia, 1.136, casa 8, Brooklin, CEP 04564-003, São Paulo SP

ALEXANDRE
ILUSTRE

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enconiro coma forogrelia

A última edição dos ENCONTROS FOTOGRÁFICOS, evento que fechou a agenda de 2004 do PROGRAMA DE ESTÍMULO À FOTOGRAFIA FNAC/FOTOSITE, reuniu mais de uma centena de pessoas em São Paulo para assistir ao debate entre curadores de fotografia. Fotojornalistas premiados, fotógrafos de moda, fotógrafos ensaístas, documentais, experimentais, publicitários, artistas que usam a fotografia como suporte, estudantes, estudiosos, amadores, especialistas, curadores e, por fim, todos juntos para virar um só personagem. Sentado na primeira fileira e isso quer dizer que ele chegou cedo embora não precisasse , um ilustre espectador deferiu apenas uma frase antes que as divergências animassem a noite: Não consigo criticar, apenas sinto. Há fotografias que

falam comigo, e é o sentimento que conta . Com essa intervenção, o fotógrafo, cineasta, enfim... o melhor de cada um de nós, Thomaz Farkas, que acabou de completar 80 anos, se reinventou em todos os fotógrafos possíveis, virou a voz do curador, do estudioso, trouxe à mesa a simplicidade de um amador que apenas sente emoção em carregar uma câmera. Na verdade, o que ele e sua sabedoria dizem é que restam poucas coisas a ser discutidas se não houver emoção ao se tirar uma fotografia ou apreciar uma imagem tirada por outro. No ano em que perdemos Bresson, Avedon e Helmut Newton, perdemos também um pouco dessa capacidade de se emocionar frente a uma bela imagem. Por outro lado, ganhamos razão, velocidade, ganhamos até mais pixels, coisa que talvez nem precisássemos agora. Por sorte, temos Thomaz Farkas para nos lembrar que viver fotografia é, acima de tudo, uma opção apaixonada e renovadora que não se explica, emociona.

Pisco Del Gaiso

BOLSA

Bolsa FNAL/FOTOSITE anuncia mais dois finalistas

CONTATO

João Colovatti, René Burri, Boris Kossoy, Mario Cravo Neto e o melhor da fotografia na internet

PERFIL Ê 8

F4: A história de quatro fotógrafos e um ideal

REPORTAGEM

Alei do Brazil Out volta a causar polêmica no mercado do fotojornalismo

Retrato Íntimo nº32, 2003, foto de Marcelo Arruda que integra 13º edição da Coleção Pirelli/Masp de Fotografias, um dos assuntos do ano na retrospectiva [leia na pág. 52]

PORTFÓLIO

Claudia Andujar revisita seu arquivo, publica um livro e monta uma exposição com fotos inéditas

RETROSPECTIVA

Reunimos 35 acontecimentos que marcaram o mundo da fotografia em 2004

MERCADO

Caras, Quem, Contigo! A trinca de revistas de celebridades que mais movimenta fotógrafos no Brasil

RETRATO

Maurício Lima é o personagem da coluna ilustrada de Marcio Scavone Leia mais sobre algumas matérias desta edição em www. fotosite.com.br/revista3

Henri Cartier-Bresson fai às ruas de Paris registrar o Maio de 68, movimento de revolta dos estudantes e trabalhadores que protestavam contra o capitalismo e o governo do General Charles de Gaulle. A morte de Bresson foi um dos assuntos sobre fotografia mais discutidos em 2004 [Leia retrospectiva do ano na pág. 52] FOTO: Alain Nogues/Corbis Sygma/Stock Photos

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GABRIELA SLAVIERO e JOÃO KEHL são 05 escolhidos da segunda rodada

Gabriela Slaviero, 26 anos, e João Kehl, 22, formam a segunda dupla de selecionados para integrar o grupo de finalistas que irão concorrer a R$ 12 mil em produtos FNAC e uma viagem para a França na BOLSA FNAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA.*

O comitê de seleção da BOLSA FNAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA, parte do PROGRAMA DE ESTÍMULO À FOTOGRAFIA FNAC/FOTOSITE, se reuniu no final de novembro para selecionar mais dois finalistas. Os ensaios dos escolhidos Gabriela Slaviero e João Kehl ilustram as páginas a seguir e se juntam aos primeiros escolhidos, Alexandre Órion e Melina Resende. Para quem perdeu essa rodada, o próximo prazo para apresentar os projetos fotográficos vence no dia 1º de fevereiro de 2005.

GABRIELA SLAVIERO Tornar um sonho em realidade foi o que motivou a fotógrafa de 26 anos a desenvolver seu projeto, O Jardim Onde Ela Brinca Escondida. Depois de sonhar com meninas com cabeças de travesseiro brincando em um jardim, Gabriela começou a produzir o ensaio, utilizando slides com alteração na revelação original, para obter cores saturadas e contrastes que passassem a atmosfera de um sonho. O universo do onírico e do lúdico são temas sempre presentes nos meus ensaios pessoais. É minha fuga do mundo real , diz ela. A fotógrafa pleiteou a BOLSA FNAC/FOTOSITE para viabilizar um outro projeto, intitulado 35 mm, uma revista em formato pocket que funcionaria como um portfólio e uma exposição ambulante. Caso seja a vencedora, Gabriela vai colocar outros três ensaios na revista, todos seguindo a mesma linguagem das fotos apresentadas neste trabalho. Atualmente, ela fotografa bandas e DJs, e a Bolsa foi mais um estímulo para ingressar de vez no universo da fotografia.

JOÃO KEHL A pequena Caraíva, no sul da Bahia, parece ter parado no tempo. Mas por trás de seu cotidiano folclórico - não há luz elétrica na vila que fica entre o Rio Caraíva, uma reserva indígena e o mar existe uma população que até o final dos anos 70 ficou escondida, sobrevivendo do extrativismo local primeiro com madeira e depois com pesca mas que hoje em dia vive em torno do turismo na região, que chega a atrair 5 mil viajantes por temporada. São essas transformações sociais que o fotógrafo João Kehl, 22, documenta em seu ensaio sobre a vila baiana, Beira-Mar. É um trabalho social, mas não nos moldes de Lewis Hine ou Sebastião Salgado. Meu enfoque está no resgate de uma cultura que aos poucos está desaparecendo , comenta o selecionado. Atualmente, ele faz parte da agência Cia. de Foto, em São Paulo, e, caso seja o escolhido ao grande prêmio da BOLSA FNAC/FOTOSITE, pretende dar continuidade ao projeto em duas etapas: ficar três meses na comunidade para completar seu ensaio, e os outros três meses para o trabalho de revelação, edição e finalização de todo o material que deve ilustrar um projeto de um livro.

A BOLSA

R$ 12 mil em prêmios, uma viagem para a França e suas fotos publicadas na R E V STA F 0 ij 0 S E E fotográfico em mente ou já iniciado, participe.

Esta premiação visa oferecer suporte financeiro e acompanhamento editorial para fotógrafos em início de carreira. Se você tem menos de 30 anos (nascido a partir de 01/10/1975) e um projeto

* INFORMAMOS QUE, INDEPENDENTEMENTE DA INTERVENÇÃO DO BANCO CENTRAL NO BANCO SANTOS, A BOLSA PARA JOVENS TERCEIRA SELEÇÃO

Prazo de entrega dos trabalhos: 01/02/2005

TALENTOS =PARTE DO PROGRAMA DE ESTÍMULO À FOTOGRAFIA FNAC/FOTOSITE = ESTÁ MANTIDA NO SEU FORMATO ORIGINAL. A PREMIAÇÃO QUE CABIA AD BANCO SANTOS (VER REGULAMENTO) ESTÁ SUSPENSA ATÉ QUE SE TENHA UMA DEFINIÇÃO DO

Regulamento completo e ficha de inscrição: DESTINO DA INSTITUIÇÃO. TODOS 05 OUTROS ITENS ESTÃO MANTIDOS. wwyw.fotosite.com.br

Realização Realização e Apoio Cultural Patrocínio

O ABC da fotografia

Fotografia de cinema

O fotógrafo Walter Carvalho começou sua carreira no cinema com o filme MAM SOS, em 1978, curta sobre o incêndio do Museu de Arte Moderna, no Rio. Nos últimos anos, fez a fotografia dos longas Madame Satã, Lavoura Arcaica, Abril Despedaçado, Central do Brasil, entre outros. Produziu Janela da Alma e dividiu a direção de Cazuza O Tempo Não Pára com Sandra Werneck. Veja os filmes que influenciaram sua trajetória.

FABIO CIANCHETTI

É a história de um pianista que mora sozinho em uma casa de vários andares, em Roma, com uma governanta. O filme é feito em pedaços, os personagens não se vêem e tudo aparece fragmentado. A luz nem DIVULGAÇÃO sempre é usada para iluminar, a falta de luz é utilizada para 'proteger' a ação do personagem. Me impressionou muito.

HENRI ALEKAN

Henri Alekan vai na contramão do clássico americano, que é ruim por que dita regras. Hollywood estabeleceu parâmetros que devem ser seguidos para ser considerados bons. Gosto desse fotógrafo porque trabalha no sentido contrário dos códigos estabelecidos pela indústria americana com sede em Los Angeles.

Para mim é um clássico, uma referência na fotografia preto-e-branco. Coutard fez um filme inaugural, pela maneira como tratou o P&B, que foi referenciado inúmeras vezes. A mobilidade e leveza das câmeras, que surgiram na época, trouxeram agilidade para as filmagens, o que refletiu no resultado final do filme.

Fotos no Minhocão

A fotógrafa Ana Lucia Mariz achou uma alternativa criativa para expor o seu trabalho sobre o Carandiru, ! realizado antes e durante a demolição do prédio, em 2002. Enviou um projeto para a E Experiência Imersiva Ambiental [www.vêstudio.com/i/eia], um salão de intervenções urbanas de São Paulo. Depois de aceita, a fotógrafa passou a fazer parte do evento, que reuniu, em novembro, dezenas de pessoas colando imagens pela cidade. Ana Lucia apresenta 34 ampliações em formato A3 na pilastra da Praça Marechal Deodoro, embaixo do Minhocão, esquina da Rua Albuquerque Lins com a Avenida São João, na região central da capital paulista, até os cartazes resistirem.

MARIZ

LÚCIA

ANA

As exclusivas do Bill

Bill Silva é o nome do documentário, com lançamento previsto para o começo de 2005, que a produtora Mnemocine prepara sobre o motorista-fotógrafo do Grupo Estado Francisco Moreira da Silva. Bill, seu nome de guerra, registra com uma xereta seus companheiros fotógrafos e jornalistas em ação no meio das pautas. Suas imagens foram ficando conhecidas até virarem uma exposição no prédio do grupo, e outra na Pinacoteca do Estado. Sua insistência lhe rendeu a primeira página no Jornal da Tarde, quando foi o único que chegou a tempo de registrar um desabamento na região do Aricanduva, na capital paulista, em 2002. Na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, a ECA, Bill falou sobre sua experiência para os alunos, e, em janeiro de 2005, vai repetir a dose na UniFiam, em São Paulo.

TESE uu et iça públicas, Mário Covas inaugura um poser DE ERR AD en EEE

BILL SILVA

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Foi o livro que mais me balançou e me emocionou. É uma combinação entre trabalho e arte, que apresenta uma: perspectiva maior e mostra uma visão do papel da fotografia ma vida cotidiana de hoje. Vi Images à la Sauvette sem piscar.

É a história dos novos homens depois da Segunda Guerra Mundial, com fotos desde o final do conflito até o meio dos anos 80. Nós mostramos gradualmente e visualmente a curva do império comunista, com a chegada heróica dos russos a Berlim, e como esse império cresceu e ruiu.

Fuji val financiar compra da Fine Pix 53 Pro

A nova câmera digital da Fuji, a Fine Pix S3 Pro, que chega oficialmente ao mercado brasileiro em meados de janeiro, poderá ser paga em até 12 vezes com juros de 2% ao mês. Segundo Marcelo Lombardi, supervisor comercial da marca no Brasil, o preço de tabela da câmera será de R$ 15.178,73, e a empresa pretende oferecer um desconto de 20% para o lançamento. As vendas serão feitas diretamente pela Fuji [IN 91-4000]. Acompanhe o teste da câmera, feito pelo fotógrafo e professor do Senac Thales Trigo, no

Boris Kossoy reedita Hercule Florence

Nomearia meu livro, porque sei o trabalho que deu. Tem uma imagem, que é uma colagem de duas fotos, que, quando mostrei ao Bresson, ele começou a gritar, me perguntando por que eu fiz aquilo. Eu disse, 'Não importa . Nesse momento me libertei das amarras do meu mestre, nunca lhe expliquei o porquê daquilo.

Trata-se de mera coincidência. No mesmo ano em que se comemora o bicentenário de nascimento do francês Hercule Florence (18041879), o pesquisador, historiador e fotógrafo Boris Kossoy relançou, no México, Hercule Florence. O Descobrimento da Fotografia no Brasil, de 1976, em espanhol, e à venda em alguns países da América Latina e nos Estados Unidos. Kossoy considera Hercule um dos cinco fundadores da fotografia. Essa edição está bem contextualizada do ponto de vista histórico, com mais textos e material iconográfico, porque nunca parei de pesquisar , diz o historiador. A versão em português deve estar disponível apenas no segundo semestre de 2005.

O legítimo sucessor de Henri Cartier-Bresson e um dos fotojornalistas mais antigos da agência Magnum, René Burri veio ao Brasil para ministrar um workshop da Leica, visitou o prédio do Banespa, de onde fez a famosa foto da Avenida São João em 1960, no centro de São Paulo, e falou em uma palestra no Senac. Em meio a seus compromissos, atendeu o Fotosite para uma conversa [Leiaa integra no wu. fotosife.com.br/revista3].

O LÍDER BRESSON

Henri era nosso líder na Magnum e, graças a ele, a agência ainda está viva, nos ensinava a ser minimalistas e perfeccionistas. Foi ele quem descobriu as pautas na Rússia, na China. Na época em que estava nos Estados Unidos, ele desligava o telefone na minha cara. Então eu pegava uma de suas fotos, rasgava, fazia uma colagem e mandava para sua casa, com o nome de Hank Carter, porque nos EUA não sabiam pronunciar Henri Cartier-Bresson. Ele me ligava uns dias depois e falava: 'René, aconteceu um milagre, o correio me encontrou!. Ríamos bastante.

O CARISMA DE ROBERT CAPA

Robert Capa foi realmente o maior (fotógrafo de guerra) e tinha um carisma muito grande. Fui para a Argentina depois que Bob havia morrido, fazer a história dos gaúchos. Fiquei amigo de um jornalista, Manuel Odofies, que me deu uma perua azul novinha. Fizemos a mesma viagem que Che Guevara, a do filme Diários de Motocicleta. 'Por que você me deu um carro?, perguntei a Manuel. 'Conheci Bob Capa em Paris e ele me levou para conhecer a cidade. Quando vi seu nome, da Magnum, quis retribuir , ele respondeu. Foi uma experiência que nunca vou esquecer. CRÍTICAS A SEBASTIÃO SALGADO

A Magnum foi revolucionária porque os fotógrafos mantinham os negativos. Mas algumas pessoas usaram esse prestígio para se promover. É o caso do Sebastião Salgado, que ficou conosco por alguns anos e saiu, tragicamente, na minha opinião. Quando ele chegou, não tinha nada. Mas depois de ficar um período e se tornar mais conhecido, foi embora, ao invés de acrescentar alguma coisa para a agência. AS FOTOS QUE NÃO TIREI

A fotografia me trouxe para a vida, me fez interessar pelas pessoas. Era tudo fascinante! Mas há momentos em que não se deve fotografar. Estava em Nova York com minha câmera e vi Greta Garbo andando na rua. Ela passou por mim como uma grande caravela, colocando seus tentáculos para fora e deu um sorriso... Eu disse para mim mesmo: 'sem fotos!. E esse foi o dia em que René não virou um paparazzo! (risos) Pretendo fazer um livro sobre as fotos que não tirei.

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O editor de fotografia do Correio Braziliense 1, Luís Tajes, começou a clicar profissionalmente em 1980, pela Agência Focontexto, em Porto Alegre. Já trabalhou nos jornais Zero Hora, Jornal de Brasília, O Estado de S.Paulo, Folha de S. Paulo, Diário Populare O Globo, e foi editor de fotografia do Diário de Pernambuco.

Um fotógrafo que pretende trabalhar em um jornal deve saber fotografar de tudo. Tem que ser bom de esporte, política, cidades ou qualquer assunto que possa aparecer em sua pauta. Também é importante ser uma pessoa bem informada sobre o que está acontecendo no mundo e em sua cidade já foi o tempo em que as editorias de fotografia ficavam em segundo plano. Hoje, a história mudou, a comunicação visual tomou conta dos veículos.

Uma média de 15, mas quando temos uma vaga aberta chegam portfólios do Brasil inteiro. O Correio Braziliense é um dos melhores jornais para um fotógrafo mostrar seu trabalho, e os profissionais sabem disso. Dependendo da faixa salarial da vaga, eu escolho entre um fotógrafo aprendiz e um profissional que esteja pronto para tudo.

Aqueles que o próprio fotógrafo tem dúvida se foram bem realizados. Um fotógrafo atinge maturidade profissional quando desenvolve sua autocrítica.

Aquele que tem de tudo um pouco, que mostra o estilo do trabalho que o profissional desenvolve, ou aquele que mostra o caminho que o profissional tem para seguir. Eu não gosto de profissionais que se contentam com pouco, acho que ele tem que passar o tempo inteiro correndo atrás, sempre procurando sua auto-superação.

No último dia 30 de novembro, o PROGRAMA DE ESTÍMULO À FOTOGRAFIA FNAC/FOTOSITE promoveu mais uma edição dos ENCONTROS FOTOGRÁFICOS, com a esença de mais de cem pessoas na FNAC da Avenida Paulista, em São Paulo, para um debate entre quatro dos principais curadores de fotografia do Brasil, Diógenes Moura, 47, da Pinacoteca do Estado; Eduardo Brandão, 46, sócio-proprietário da Galeria Vermelho; Rosely Nakagawa, 50, arquiteta e pesquisadora de fotografia; e Rubens Fernandes Junior, 53, diretor de comunicação da Faap, Fundação Armando Álvares Penteado, todos em São Paulo. A mediação da conversa coube ao fotógrafo e jornalista Eder Chiodetto, autor da matéria Olheiros , publicada na REVISTA FOTOSITE 2. Tadeu Chiarelli, um dos curadores convidados, não pôde comparecer ao evento. A conversa começou com uma apresentação dos debatedores e o primeiro assunto da pauta foi sobre a palavra curadoria. Ouvi uma pessoa perguntar para uma baiana do acarajé quem fazia a curadoria da comida , disse o baiano Diógenes sobre o desgaste do termo, arrancando risos da platéia. O curador tem que fazer um trabalho de organização e acompanhamento do fotógrafo , completou. Depois, cada um fez um breve histórico, com pontos de vista sociológicos e conceituais. A fotografia ajudou a consolidar os pensamentos soviético e americano , disse Eduardo Brandão. Quando o fotógrafo altera o processo de formação da imagem, ele opera em busca de uma gramática pessoal, e está expandindo sua fotografia , disse o criador do conceito Fotografia Expandida , Rubens Fernandes Junior. Colaboradora de uma ONG que cuida de índios, Rosely partiu para uma abordagem mais antropológica. As novas tecnologias das digitais e dos celulares vão revelar um mundo desconhecido. A discussão esquentou quando a platéia começou a fazer perguntas

Maurício Lima, da Agência France Presse, levantou a questão sobre fotojornalismo Eduardo Brandão respondeu: Os jornais são as maiores exposições do mundo. As fotografias impressas em jornais perdem quando vão para a parede . Ex-crítico de fotografia da Folha de S.Paulo, Rubens também opinou: O fotojornalismo vai ganhar outro caráter, as imagens vão contar uma história, como nos anos 70 e 80, quando: os fotógrafos deram nova vida aos jornais . Em outro momento, Rosely levantou a questão sobre o foco dos profissionais. Trabalhar dentro de um segmento restringe o fotógrafo. Não gosto de quem me pergunta: Quer ver meu trabalho comercial ou o autoral? . Tem que sair dos nichos para discutir os conceitos , emendou. Em meio a tantos holofotes em cima dos curadores, no público estavam representantes de várias vertentes da fotografia, de Bob Wolfenson a Antonio Gaudério, passando por Boris Kossoy, Cristiano Mascaro e Cláudio Edinger. O debate teve seu momento áureo quando o fotógrafo e cineasta Thomaz Farkas, 80, sentado na primeira fileira, pediu a palavra. Não consigo criticar, apenas sinto. Há fotografias que falam comigo, e é o sentimento que conta , disse, aplaudido por todos os presentes.

FOTOS: AND)

Homenagem póstuma

A National Geographic Brasil Lhttp://natio geographic.abri com.br] vai homenagear o fotógrafo francês Nicolas Reynard, morto no dia 11 de novembro, quando o avião em que ele estava com mais três pessoas caiu no arquipélago de Anavilhanas, no Rio Negro, Amazonas. Até abril de 2005, serão publicados dois ensaios inéditos do profissional. O primeiro, feito especialmente para a National brasileira, é sobre a festa amazonense do boi-bumbá em Parintins. O outro traz imagens da Birmânia, país do sudeste da Ásia. Reynard era colaborador da revista desde 1996 e, a partir de 1999, tornou-se integrante do Núcleo de Estudos Amazônicos da Universidade de Brasília.

Revista Estilo, Editora Abril editorial da revista

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INFO: (11) 4992-7730

Fundação Bienal lança revista

A Fundação Bienal de São Paulo lançou no final de novembro a revista Bien'Art

A publicação mensal traz nas suas 64 páginas reportagens sobre artes visuais, incluindo fotografia, cinema, design, urbanismoe literatura. A equipe é formada por ex-editores do Estadão e da revista Epoca.

O Tigre do Dahomey

O fotógrafo baiano Mario Cravo Neto lançou no começo de dezembroo livro O Tigre do Dahomey

=A Serpente de Whydah. As imagens são sobre a cultura do candomblé e dos cultos afros. O lançamento acompanha uma exposição, em cartaz até 3 de janeiro, com imagens do livro, que inaugura o novo endereço da Paulo Darzé Galeria, em Salvador.

Viagens de Samba Photo

wwyw.sambaphoto.com

MoPAAC

INFO: infoBsambaphoto.com

Novos cursos de fotografia

A partir de 15 de fevereiro, Salvador, a capital brasileira com maior população negra, sedia a A Universidade Anhembi Morumbi Jea ; Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea, MoPAAC. O evento reúne cinema, arte, performan- Universidade Paulista, Unip ], abrem em b ces, conferências, debatese oficinas, com objetivo de aumentar o diálogo entre os africanos e seus 2005 cursos superiores de fotografia, ambos com descendentes, e evidenciar a produção cultural de temas negros . A mostra acontece em espaços duração de dois anos. O curso da Anhembi é seguentradicionais da cidade, como o Teatro Vila Velha. Solange Farkas é a curadora, e o projeto tem apoio cial em fotografia, voltado para jornalismo e publicidade cx da Fundação Cultural Palmares e do Ministério da Cultura. Mario Cravo Neto e Eustáquio Neves Já o da Unip é um curso de graduação tecnológica em são alguns dos participantes. fotografia digital, produção, edição e tecnologia.

Amazônia Real tem novas saídas programadas

Sebastião Borges é o nome do barco que carrega 90 toneladas de carga e acomoda 12 passageiros em

camarotes, com banheiro e cozinha, pelos rios da Amazônia, nas viagens promovidas pelo fotógrafo Pedro ; Martinelli. A Amazônia Real om.br] é um encontro de fotografia que sai pelos rios da selva

atrás de paisagens e ensinamentos sobre a vida à beira dos rios. Estão previstas saídas no Natal, Réveillon

e no Carnaval, quando acontece um workshop da Leica [ ;

Colors na net

A revista Colors [» 1] coloca na internet o conteúdo de suas matérias a cada nova edição. Com isso, os internautas podem navegar pelos livros da Colors Book, pela série de documentários, que inclui o vídeo produzido na Rocinha, no Rio de Janeiro, além de conhecer uma excelente compilação de música contemporânea e saber mais sobre as exposições em todo o mundo. A última publicação, outono 2004, a primavera por aqui, traz duas imagens do fotógrafo brasileiro Paulo Fridman, em uma matéria sobre Aids no Brasil, que fazem parte do trabalho Retratos Falantes de um Outro Mesmo Eu, produzidas no centro de São Paulo.

Tem Mosquito no Fotosi

www.mosquitosite.com.br

Paparazzi dos fotógrafos

Os fotógrafos Sérgio Barzaghi, o Barza, como é conhecido entre seus camaradas, e Gustavo Scatena, da revista Caras, criaram um dos sites mais divertidos sobre a dura, mas nem tanto, vida de paparazzo, o Fotosalada [www.fotosalada.com.br]. Como os dois sócios estão sempre metidos nas pautas da noite paulistana, rodeados de celebridades e outros paparazzi, decidiram colocar no ar cenas divertidas e curiosas desses bastidores. Aos poucos, outros fotógrafos se interessaram em mandar seus instantâneos. Alguns personagens foram criados, como o Bicão de Vernissagem, que está em todas desde 1998, e o colunista CeZar Bigode. Queria um blog zueira, para publicar as fotos que ninguém dá , explica Barza. O que começou como um fotoblog ganhou corpo e acabou virando um site de verdade.

Sports Illustrated online

A revista Sports lllustrated [ww.sipictures.com] disponibiliza na web uma parte do acervo de imagens que reuniu durante os 50 anos de publicação. Dá para conferir imagens das lutas de Muhammad Ali, as provas do nadador

Mark Spitz e os jogos de Michael Jordan, entre outros momentos históricos do esporte mundial. Karen Carpenter, diretor de vendas da SI Pictures, disse que a revista precisava se atualizar, já que, nos últimos cinco anos, em todos os telefonemas as pessoas perguntavam sobre um site para visualizar as fotos.

iggia a rot www.fotoensaio.com.br

ANA PAULA SABBAG

O que acontece quando seis grandes fotógrafos brasileiros abandonam suas câmeras profissionais por um dia para clicar com o V710, o mais moderno celular da Motorola?

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de fotografia que revolu e desafiou a censura do regime.militar

Ea ui cio

FORÇA BRUTA Policiais m greve, em setembro de 1979, em imagem de Juca M ae

O talento dos fundadores da agência, associado à crença no poder de transformação social da fotografia e a estética vigorosa, fez a diferença nas redações

Estamos em 1979. A ditadura militar no Brasil vive seus últimos dias. A grande imprensa, que oscilou entre a complacência com os militares e o medo imposto pela vigilância constante da censura, que perdurou por 15 anos, começa lentamente um processo de cooptar os jornalistas que haviam debandado das redações em busca da imprensa alternativa, a única forma de conseguir, ainda que muitas vezes clandestinamente e sujeito aos piores tipos de retaliação, se expressar com um pouco mais de liberdade. O fotojornalismo, paradoxalmente, viveu nos anos 60 e 70 um de seus períodos áureos. Tudo o que não podia ser escrito deveria de alguma forma, ainda que cifrada, ser transmitido aos leitores pela fotografia, que conseguia abarcar fragmentos de subversão que muitas vezes driblavam os olhos nem sempre espertos dos censores, mais preocupados com o verbo que com a imagem. Mas nem por isso o fotojornalismo chegava ao final dos amos de chumbo em boas condições. O panorama era, na verdade, desolador: muitas empresas não cumpriam a obrigatoriedade do crédito e não havia uma tabela de preços que fixasse o valor da saída fotográfica para repórteres fotográficos freelancers. Tampouco havia uma legislação que fizesse valer o direito autoral dos fotógrafos. Por outro lado havia uma nova geração de fotógrafos, inspirada pela batalha empreendida por seus antecessores, ávida por empunhar a câmera fotográfica com seus ideais político-ideológicos e reivindicando um lugar ao sol. É nesse contexto que surge, em São Paulo, a agência de fotografia F4. Fundada por Nair Benedicto, Juca Martins e Ricardo Malta. A agência marcaria profundamente os rumos da profissão dos repórteres-fotográficos no país, como fica provado por uma pesquisa inédita realizada: pelas historiadoras e professoras do Senac Yara Schreiber e Telma Carvalho. Elas desenvolveram em equipe um CD-ROM no qual há depoimentos dos três fundadores da F4 e do fotógrafo Delfim Martins que se associaria a eles tempos depois para formar o núcleo da agência , além de textos que marcam a importância da agência, assinados pelos pesquisadores Ricardo Mendes e Simonetta Persichetti e, obviamente, muitas fotografias que narram boa: parte da história do Brasil em seus primeiros movimentos pós-regime militar.

Os fundadores da F4 eram bastante politizados. Por dar apoio ao grupo ALN (Ação Libertadora Nacional), Nair Benedicto chegou a ser presa e torturada pelas forças da repressão. Ela e seus sócios tinham clara noção do poder de expressão que a fotografia de denúncia social podia alcançar naquele momento e uma atitude marcante: avessos à passividade dos repórteres fotográficos contratados pelas empresas de comunicação que raramente tinham pautas próprias, eles debatiam os principais acontecimentos da época, sempre foca: dos nos movimentos sociais que indicavam a abertura política, e faziam do relato dessa história cotidiana sua pauta diária.

O surgimento e o recrudescimento do movimento operário no ABC, a repressão da polícia aos travestis no centro de São Paulo e as péssimas condições dos garotos internos da Febem, por exemplo, foram grandes coberturas empreendidas pela F4 que terminaram por firmar o perfil de uma agência combativa, que documentava o presente com: o intuito de suscitar algum debate em torno das condições de vida do homem contemporâneo, sempre com o tom crítico ao modelo político e econômico em vigor. Aliado a isso havia o talento dos fundadores da agência que associavam a crença no. poder de transformação social da fotografia a uma estética vigorosa que fazia a diferença nas redações. Tendo como referência o sistema de cooperativa da mítica agência Magnum, fundada em 1947 por Henri Cartier-Bresson: e Robert Capa, entre outros, não demorou: para que a F4 começasse a expandir seus limites. Logo haviam. fotógrafos associados no Rio de Janeiro e em Brasília. Depois se seguiram outras praças. No auge da agência, cerca de 30) fotógrafos integravam ostaff espalhado pelo país. A F4 sobrevivia basicamente da venda de imagens avulsas ou fotorreportagens completas para revistas e jornais nacionais e internacionais. Estávamos preparados para só investir por dois anos, sem retorno financeiro, mas a partir do quarto mês a agência já começou a se pagar , conta Nair Benedicto em depoimento às pesquisadoras. Uma das maiores surpresas enfrentadas pelos fotógrafos da F4 foi a resistência e um certo preconceito por parte de jornalistas e fotógrafos da imprensa. Os profissionais das redações se sentiam ameaçados por nós. Achavam que as empresas iriam preferir contratar nosso trabalho independente, mais em conta, e colocálos: na rua , contou Delfim Martins em palestra que marcou: o lançamento do CD-ROM em outubro, no Senac, no bairro da Lapa, em São Paulo. Outras agências surgiram! na: mesma época, como a Angular, em São Paulo; a Central de Fotojornalismo, em Porto Alegre; e a Ágil, em Brasília. A F4, no entanto, se diferenciava: por essa postura mais militante e menos comercial. Uma: das implementações que fizeram a agência vingar no mercado foi a estruturação de um banco de imagens que rapidamente se tornou referência de catalogação e pesquisa. Naquela época, diferentemente de hoje, quase nenhuma: empresa valorizava seus acervos fotográficos. O jornal Folha de S.Paulo, por exemplo, em 1980 queimou toda a sua produção Le]

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Jean-Luc Thaly

Associações de classe de jornalistas querem fazer valer a lei de / infernacionais de distribuir aos jornais nacionais fotos pr

Coae loca gu elotateh

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, SJSP, e a Associação dos. Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de São Paulo, Arfoc-SP, estão empenhados, mais uma vez, em ressuscitar a Brazil Out , uma lei criada nos tempos da ditadura militar para restringir a atuação das agências internacionais no país. Instituída em 1967, a regra dizia que as empresas do exterior não podiam distribuir textos e fotos a respeito de temas brasileiros para a imprensa nacional. Para identificar o material embargado, deveriam escrever nas legendas das fotos os termos Brazil Out (Brasil Fora, em português). A justificativa oficial era a de que a norma protegia o mercado fotográfico brasileiro da concorrência estrangeira. Sabe-se, porém, que a Brazil Out foi usada como forma de controlar e até mesmo censurar o noticiário produzido pela imprensa internacional sobre o Brasil nos anos de chumbo. Com a redemocratização do país, a lei foi sendo aos poucos esquecida, embora nunca tenha sido revogada. Agora, as entidades de classe de jornalistas querem que ela volte a ser respeitada, usando o mesmo argumento da época da ditadura militar: o de garantir a reserva de mercado. O descumprimento da lei prejudica o mercado de trabalho. Os jornais estão deixando de contratar e diminuindo seus quadros, pois usam as fotos das agências , opina Rubens Chiri, 34, presidente da Arfoc-SP e um

dos coordenadores da Comissão de Jornalistas da Imagem, formada pela Arfoc-SP, pelo SJSP e pela Apijor, Associação Brasileira para Proteção da Propriedade Intelectual dos Jornalistas. Uma confusão recente envolvendo a Folha de S.Paulo e O Estado de São Paulo tem sido usada como exemplo pelo SJSP e a Arfoc-SP de que a Brazil Out é uma lei bastante útil. A polêmica envolveu uma foto do. piloto Michael Schumacher durante o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, publicada na capa da Folha. O jornal havia

O descumprimento da lei prejudica o mercado de trabalho. Os jornais estão deixando de contratar, pois usam fotos das agências

comprado o material da France Presse. A agência, por sua vez, tinha adquirido a imagem da Agência Estado.

Vendi a foto para a AFP com 'Brazil Out" e No Archive , diz Mônica Maia, editora da Agência Estado. Os editores da Folha retiraram a foto da página quando

Ver o resultado desta imagem na tela do computador foi como ver um cromo na mesa de luz Comentário do fotógrafo Pedro Rubens referente ao rendimento da faixa dinâmica da S3-PRO Imagem produzida em estúdio, pelo fotógrafo Pedro Rubens, no dia 26 de novembro, às 13h24'02 , com a nova câmera FinePix S3 Pro

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Louva-deus na terra indigena Yanomami, Wakata-u; 1974

os últimos anos, a fotógrafa suíça naturalizada brasileira Claudia Andujar, 73 anos, ganhou dois prêmios importantes no cenário nacional e internacional, que possibilitaram a ela fazer um trabalho de revisão de seu arquivo de imagens. O primeiro foi em 2000, o Prize for Cultural Freedom, da fundação norte-americana Lannan. O outro, mais significativo para o mercado brasileiro, foi a conquista da última edição da Bolsa Vitae em 2004. Essa revisitação foi muito agradável, me surpreendeu perceber que minha maneira de ver não mudou. Desde o princípio tinha essa preocupação com o ser humano. Tenho uma visão que o engloba numa maneira mais cósmica , comenta

E o trabalho não pára por aí. Claudia prepara uma exposição e um livro para 2005. Primeiro vem a mostra intitulada Vulnerabilidade do Ser e dividida em duas séries, Vulnerabilidade do Ser e Territórios Interiores, com abertura no dia 22 de janeiro, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e curadoria de Diógenes Moura. São 80 imagens de grande formato, que ocuparão o hall da Pinacoteca e mais três salas no primeiro piso. Claudia e a fotografia, a fotografia e Claudia, é tudo uma coisa só, uma simbiose. Não dá para separar a fotógrafa da obra, é uma fusão, um jogo entre a criatura e o criador. Essa exposição é um mergulho na obra dela , afirma Diógenes Moura.

O livro, que será lançado em fevereiro pela Editora Cosac Naify, mostra, além das duas séries da Pinacoteca, uma terceira, chamada Sonhos, com imagens que foram retrabalhadas, recicladas com intervenções , a partir do arquivo da fotógrafa São construções de novas imagens refotografadas com interferências de luz e fusões. Essa série é acompanhada por um texto de Eduardo Brandão, da Galeria Vermelho, que representa a artista. Além de Brandão, o livro terá textos de Diógenes Moura, Laymert Garcia dos Santos, Darcy Ribeiro, Carlos Alberto Ricardo, Paulo Herkenhoff e depoimentos da própria autora.

A novidade da exposição e do livro, para quem liga o nome de Claudia imediatamente aos índios Yanomami, é que, entre as 80 fotos selecionadas, apenas 12 são referenciadas a eles. São imagens que feapareceram e que representam 50 anos de vida, não só de fotografia , explica a artista. A trajetória de Andujar na fotografia começou em meados da década de 60, quando trabalhou para revistas como Life, Look, Fortune e Realidade, na qual publicou grandes reportagens fotográficas. Nos anos 70, começou a documentar a vida dos povos Yanomami, e se tornou uma militante pela defesa da demarcação de terras e preservação da cultura desse povo. Durante um tempo, inclusive, parou de fotografar para se dedicar exclusivamente a causa dos índios. Ela é uma das fundadoras da Comissão pela Criação do Parque Yanomami, CCPY, e ajudou a coordenar a campanha pela demarcação das terras indígenas daí sua forte ligação com esse povo. Suas obras fazem parte de acervos internacionais, como o do MoMA Museu de Arte Moderna em Nova York -, o Museu de Arte Amsterdá e a Eastman House, em Rochester, EUA; e das coleções nacionais do Museu de Arte Contemporânea, o MAC/USP, e da Pirelli/Masp de Fotografias, ambas em São Paulo

trimani; 1974
Bento Gonçalves (RS); 13

As duas fotografias acima fazem parte da série Território: s Interiores. Todas as outras imagens pertencem à série Vu

Lagoa Santa, Minas Gerai

Henri Cartier-Bresson, Helmut Newton e Richard Avedon. O ano de 2004 vai ser lembrado para sempre em função da morte da trinca de gênios que ajudou a estabelecer boa parte dos parâmetros estéticos da fotografia moderna que conhecemos hoje. A tragédia ocorreu num momento em que essa arte passa por um novo período revolucionário, marcado pelo avanço da tecnologia digital. Há inúmeros indicadores do fenômeno. Em janeiro de 2004, por exemplo, a Kodak anunciou que não irá mais produzir câmeras analógicas para os mercados dos Estados Unidos, Canadá e Europa, concentrando seus investimentos em máquinas digitais. Multiplicaram-se com uma velocidade impressionante os celulares que fotografam, aparelhos que viraram um novo objeto de desejo entre os consumidores. O investimento nesse tipo de produto mostra que a indústria não tradicional está de olho no mercado da imagem.

Parte desse interesse pode ser explicado pelos números. Só na Europa, foram vendidos aproximadamente 24 milhões de câmeras digitais em 2004, cerca de 42% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Isso quer dizer que há uma câmera digital para cada 15 habitantes. No Brasil, a onda digital continua alterando o cenário profissional da fotografia. Ter um equipamento desse tipo tornou-se quase obrigatório para a maioria dos fotógrafos. Quem tra balha hoje com máquinas de filme, exceto o mercado de publicidade, que ainda não vive plenamente esse dilema, corre o risco de ficar

para trás. Novos pacotes de demissões que atingiram fotógrafos de grandes veículos como a Folha de S.Paulo e o uso maior de materiais de agências são fruto da situação de penúria das redações. Essa situação tem ligação direta com o aumento de freelancers no mercado Por outro lado, inúmeras mostras realizadas em museus e galerias em todo o país atestam uma renovação no interesse pela fotografia de um modo geral.

A proliferação das câmeras digitais também vem mudando a maneira com que as pessoas se relacionam com fotografia. Tudo ficou muito mais fácil, tanto do ponto de vista de produção quanto da circulação de informações (via internet). O desafio agora é fazer com que esse processo de massificação da imagem ganhe qualidade. Caso contrário, a tecnologia vai banalizar a linguagem fotográfica. Num cenário ideal, os profissionais devem usar as novas ferramentas como plataforma para lançar outras soluções e propostas estéticas para a fotografia. Bresson dizia que sua arte consistia em captar o momento decisivo para eternizar o tempo visto pela lente. O ano de 2005 será o momento decisivo para começar a se fazer justiça ao legado dos três mestres que se foram Pisco Del Gaiso

ELSE

FOTONOVELA

Pega fogo o mercado brasileiro de fotog confusão com artistas e concorrência acirr

to a leilões de imagens,

Há dez anos, o mercado de fotografia de celebridades no Brasil era tão grande quanto a cobertura por aqui de esportes como o badminton e o futebol americano. Naqueles tempos, a única revista dedicada ao tema, a Contigo!, da Editora Abril, investia em capas com personagens das novelas. A chamada era para quem matou Odete Roitman, a pergunta que eletrizou o país no final dos anos 80 - o nome da atriz Beatriz Segal, que interpretava a vilã em Vale Tudo, ficava em segundo plano. A chegada da revista Caras revolucionou o cenário. Com fotos mostrando os astros e estrelas na intimidade de suas casas, a publicação despertou o mercado. Hoje, ele está ficando cada vez mais parecido com o panorama dos Estados Unidos e Europa, locais onde a cobertura da vida das celebridades é um business sério. Os fotógrafos nos olhavam com muito preconceito , afirma Marcos Rosa, editor de fotografia da Caras. Atualmente, sabem que somos os líderes de um grupo de revistas que mais oferece trabalho a fotógrafos. Não se trata de um exagero. Juntas, a cada semana, as três líderes hoje do segmento Caras, Contigo!e Quem (as duas primeiras da Editora Abril, a última da Editora Globo) têm uma circulação média perto de 600 mil exemplares e publicam cerca de 900 fotos. A Quem e a Contigo! têm um staff de fotógrafos contratados, mas, a exemplo da Caras, recorrem com frequência ao trabalho dos

freelancers. Alguns deles são fiéis a uma publicação (o chamado frila fixo , como a figura é conhecida no jargão jornalístico). Outros atuam como verdadeiros franco-atiradores, produzindo material para vender às revistas e aos sites especializados em fofocas Outro sinal de que vivemos tempos de ebulição nesse mercado é que começaram a ocorrer com alguma frequência leilões de fotos entre as maiores revistas. Um dos lances mais recentes envolveu a imagem da apresentadora Angélica fazendo topless numa praia de Miami, que acabou virando capa da Contigo!e uma das edições mais vendidas da revista em 2004. O autor do flagrante foi o fotógrafo carioca Leonardo Pereira, que afirma ter recusado uma oferta de US$ 3.500 para publicar o material na Caras. Marcos Rosa nega o episódio. Um profissional da Editora Abril envolvido diretamente no caso confirma a negociação. A Contigo!tinha acertado o pagamento de US$ 2 mil pelas imagens e a Caras tentou atravessar o acerto , conta a fonte. O Leonardo achou melhor manter o acordo, mesmo ganhando menos dinheiro. Os editores das maiores revistas de celebridades não usam uma tabela padrão para remunerar os fotógrafos.

EAR! DOU A AA

Os valores do leilão do topless de Angélica ainda são uma exceção. Para se ter uma idéia, cada órgão de imprensa pagou apenas R$ 300 para veicular a foto, com uma tarja preta, de Luana Piovani mostrando que a atriz não usava calcinha debaixo do vestido durante a entrega do Prêmio Austregésilo de Athayde, em setembro. O flagra foi feito pelo fotógrafo carioca Cleomir Tavares. A Playboy me ofereceu um bom dinheiro pela foto sem a tarja, além da garantia de assumir os processos jurídicos, mas eu não quero ficar conhecido como um fotógrafo do 'Click' , diz Cleomir, referindo-se à seção no final da revista com flagrantes de coelhinhas exibindo alguns dos atributos que só costumam aparecer nos ensaios da publicação. Outra diferença fundamental entre o mercado brasileiro, o americano e europeu é a forma de atuação dos paparazzi. No exterior, eles são os fotógrafos que têm fontes próprias e atuam de forma independente. Esses caras são capazes de passar dias em cima de uma árvore para conseguir um flagrante , afirma João Bittar, editor de fotografia da revista Quem. Na maior parte das vezes, aqui no Brasil são os jornalistas de texto que pautam os fotógrafos. Segundo Ricardo Corrêa, editor de fotografia do pool de revistas da Editora Abril que engloba a Contigo!, o surgimento de profissionais com esse estilo é uma questão de tempo. Não faltaria espaço para o cara publicar , diz ele.

O fato de não atuar como os paparazzi clássicos, gente disposta a tudo para conseguir uma imagem exclusiva, não livra os fotógrafos brasileiros de se envolver em confusões. No final de novembro de 2004, o paparazzo Cassiano de Souza, que estava a serviço da Caras, acabou parando numa delegacia de Itacaré, no litoral da Bahia, depois de tentar flagrar Luma de Oliveira em companhia de um novo namorado. Abastecido pela redação com a informação que Luma estaria hospedada num resort da região, Cassiano instalou-se no mesmo hotel e ficou à espreita da musa. Quando percebeu que ela estava acompanhada, montou uma estratégia para conseguir imagens do casal. Na manhã de um domingo, conseguiu quatro fotos dos pombinhos na praia. Mas sua movimentação com a câmera chamou a atenção dos seguranças do resort, que alertaram o acompanhante de Luma. Horas depois, segundo o depoimento de Cassiano à polícia, o grupo confiscou o equipamento e o expulsou do resort, a socos e pontapés. A Caras estampou a história da confusão em sua capa, numa das raras vezes em que um fotógrafo de celebridades virou notícia.

RLL nezEGO
A Música do Século

A fotografia de guerra diz respeito à responsabilidade de se estar lá, com uma câmera. Quando, tardiamente, já nos últimos anos do século XIX, a imprensa foi presenteada com a reprodução fotomecânica do meio-tom, a fotografia que até então era reproduzida em forma de gravura para sua publicação, em grandes tiragens, ganhava imediatismo e credibilidade, duas conquistas insignificantes para os fotógrafos do século XXI, a primeira, atributo óbvio, a segunda, deslocada e discutível. Maurício Lima é herdeiro universal dos grandes olhares que o precederam. Como o de um certo Jean Baptiste Tournassoud e seus autochromes da Primeira Guerra Mundial, com imagens ambíguas de dias azuis no front, paisagens que se recusavam a pactuar com a tragédia dos homens. Assim é sua foto das crianças Ayad e Zahra, que caminham sob as sombras das palmeiras para visitar a avó, absolutamente intocados pela guerra, mas em cuja presença silenciosa e opressora se diluem. Maurício transita no universo das emoções transmitidas instantaneamente. Com suas grandes angulares, nos esfrega no rosto a criança ferida, o cheiro da guerra, o perigo iminente e as armadilhas que a humanidade semeia para si própria, pelos lugares onde andou: Ramallah, Jabalia e Gaza, Basra, Nassiryiah, Hilla, Babylon, Abu Hishma e Bagdá, nomes que antes de soletrarem sofrimento e morte soletravam romantismo e mistério. O nosso não é mais o tempo da fome por imagens e notícias, o mundo que Maurício testemunha é um mundo consumido e cansado, seu desafio maior é, talvez, fazer valer o credo de James Nachtwey, com o poder das suas próprias fotografias: É possível se acabar com uma forma de comportamento humano que sempre existiu ao longo da História através da fotografia?... essa é a idéia que me motiva .

Quando você trabalha com outra gráfica, o seu anúncio pode ser a vítima.

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