Revista Fotosite [n. 8]

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Sua carreira estágarantida.

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A Leica Camera AG é uma empresa alemã, fabricante de câmeras, lentes e binóculos desde 1914. Criadora do consagrado formato 35 mm e referência em câmeras mecânicas, os produtos Leica são fabricados à mão, o que proporciona exclusividade e perfeição.

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ALÉM DO QUE FOI COMBINADO

Esta oitava edição da REVISTA FOTOSITE encerra simbolicamente o primeiro ciclo do Programa de Estímulo à Fotografia Fnac/Fotosite, ação que foi criada em parceria com a Fnac em 2004 e baseada em três frentes de atuação: À Bolsa para novos talentos, a revista impressa e a série de encontros fotográficos. Desde seu lançamento, o programa produziu oito edições impressas, promoveu inúmeros debates que abordaram desde curadoria até fotografia de Guerra e acaba de premiar o fotógrafo João Wainer como o vencedor da Bolsa Fnac/Fotosite para fotógrafos até trinta anos (Ver página 10).

Tudo o que compreendia o programa foi feito. Mas, o que o foi feito além disso? Levamos o site para o Portal Terra, o que fez nossa visitação atingir cerca de 35 mil pessoas por mês - números que colocam o portal definitivamente como o site referência para a comunidade fotográfica no Brasil, pela qualidade da informação que prestamos toda a semana e pela abrangência do site; lançamos também neste ano, em parceria com o portal Terra, o FOTO-

SITE TV, programa criado especialmente para a televisão de Banda Larga. Depois de quatro edições gravadas, a estréia no formato ao vivo aconteceu no dia 29 de setembro, e se repetirá em todas as últimas quintas-feiras de cada mês (veja detalhes na seção Snapshots). No mês de agosto, promovemos a Primeira Semana Epson Fnac/Fotosite da Fotografia, um super evento que mobilizou mais de 1,3 mil pessoas, um público qualificado e assíduo, que se reuniuno fórum da loja da Fnac no bairro de Pinheiros, em São Paulo, para acompanhar uma maratona de debates com especialistas em temas tão diversos quanto complementares, como direitos autorais, fotografia publicitária, novos talentos, além das projeções de documentários nacionais e internacionais e leitura de portfólios. Procurando crescer sem se desviar de sua vocação natural, a do conhecimento do mundo da fotografia e da imagem distribuído em várias mídias, o Fotosite vai continuar a experimentar novos formatos de comunicação com seu público, sempre em um ambiente democrático, onde circulam todas as vertentes da fotografia. Mas como um tripé, a função primária do Fotosite nunca mudará: servir de base estável para a relação entre a fotografia e você.

Pisco DeL Gaiso

Miniatura comprada de um artesão chileno na praia de Ipanema, Rio de Janeiro. Se você gostou dela e quiser uma também, leve a revista, certamente você terá um belo desconto

Boa leitura!
Penna Prearo assina a capa desta edição com a imagem 13 da série Artificial, de 2001

WWW

Para ler o conteúdo exclusivo desta edição, acesse www.fotosite.com.br e clique nesta marca Co) ESTESER. Ao abrir a página, DIGITE A SENHA: Bnove10

10 BOLSA

Sai o nome do grande vencedor da BOLSA FNAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA. Viagemà França e R$ 12 mil em produtos na Fnac

17 SNApSHOTS

Sebastião Salgado troca de câmera, os processos químicos da fotografia como Patrimônio da Humanidade e muito mais

26 NA LATA!

Os bombeiros americanos são bons fotógrafos, os vacilos da publicidade e outros achados do nosso colunista

28 BLOG DE PAPEL

Nossa cyber curiosa de plantão mostra cartões-postais exclusivos na rede e diz como se tornar um jornalista cidadão

3º CARREIRA

Tiago Santana, o primeiro personagem da série fora do eixo , sobre fotógrafos bem-sucedidos além de Rio e São Paulo

39 BEM NA FITA

Conheça mais sobre o projeto foto.doc, que documenta em vídeo a obra de vários importantes fotógrafos brasileiros

40 PORTFÓLIO

Penna Prearo assina as oito páginas de portfólio desta edição. Seres estranhos e muita cor

48 FOTOGRAFIA EM BANDA LARGA

O pesquisador Ricardo Mendes dá as dicas sobre televisão de banda larga e os programas sobre fotografia na rede

50 FOTO|ORNALISMO

André Vieira esteve no maior festival de fotojornalismo do mundo e faz uma reflexão sobre as novas tendências

52 PERFIL

Chico Audi, o fotógrafo preferido das celebridades populares. Hebe e Faustão estão entre seus amigos mais próximos

56 FOTO X DESIGN GRÁFICO

Projeto de livro de fotografia em formato de sanfona reabre a discussão entre fotógrafos e diretores de arte

58 WALTER FIRMO

Prestes a lançar um livro antológico sobre os 50 anos de sua carreira, o fotógrafo tira a roupa na boa!

60 FOTOGRAFIA DE CINEMA

bregory Crewdson faz um recorte realista cinematográfico da sociedade americana

66 COLUNA DO SCAVONE

Marcio Scavone apresenta, em texto e foto, uma das musas da nossa fotografia

12,3 MILHÕES DE PIXELS
VALEM MAIS DO QUE MIL PALAVRAS.

CO M 0 FO SUA

5EM

Que as Semanas virem os anos

Parabéns pelo sucesso da Primeira Semana da fotografia. Profissionalismo, acerto nos convidados, na forma de organização, no local escolhido e no espírito de reunião e debate. Nestes tempos difíceis de mudanças de mercado, tecnologia e individualismo exagerado, é muito bom participar destes encontros, onde há um novo ar de estímulo. Longa vida ao Fotosite e seus parceiros, longa vida às Semanas de fotografia!

Marcelo Vigneron, por e-mail

Preciso de um tempo

Acredito que nos próximos debates poderia haver mais tempo para o público interagir com os participantes (perguntas nos debates).

Gostei muito do vídeo do fotógrafo James Nachtwey. Acho que, por o 5 = E s Ss, E. 5 = e

Virginianamente organizado

Gostaria de aproveitar para fazer uma sugestão. Como acho que a revista é uma revista colecionável, gostaria de sugerir a idéia de uma magazine file para guardar as revistas ou uma capa dura para encadernação de 10 em 10 volumes. la escrever uma carta para a revista. Podem encaminhar por favor?

Ricardo Mello, por e-mail

Caro Ricardo, viu como sua carta foi bem encaminhada! Quem sabe não acontece o mesmo com sua sugestão do magazine file . Mesmo sem ele, esperamos que você guarde bem suas edições, que fazemos com muito carinho.

ERRAMOS

Legenda trocada

A legenda da página 31 da REVISTA FOTOSITE &7, da matéria Os Escolhidos, versa sobre a foto do fotógrafo Tim Gutt, que foi publicada na página do sumário e do editorial

Algumas pessoas que pas-
saram pela Primeira Semana
Epson Fnac/Fotosite da Fotografia, entre os dias 15 e 21 de agosto, responderam a esta pergunta...

ser primeiro evento, foi muito bem organizado, porém há sempre algo a ser melhorado ou agregado, estimular o participante a ficar ou fazer parte do evento (período) seria uma meta, uma vez que em alguns momentos, houve pessoas que se desinteressaram e saíram do local. Mesmo assim, particularmente gostei muito.

Maciel Gomes da Luz, por e-mail

Eu quero mais

Gostaria de parabenizá-los pela bela iniciativa! Espero que essa seja a primeira das muitas oportunidades criadas para discutirmos o rumo da fotografia e trocarmos informações. Quero sempre estar em contato e ser informada, não só de outras edições da Semana da fotografia, como de outras palestras e discussões acerca do assunto. Márcia Pinho, por e-mail

A culpa é do editor

Entrei no site para ler o regulamento porque pretendia enviar meu trabalho para a seleção e fiquei tremendamente chateada, pois já se encerraram as inscrições. O Pisco foi ao Senac dar palestra e me lembro perfeitamente de ele ter dito que iria até a oitava edição da revista. Fiquei, então, trangúila acreditando que daria tempo. Que pena que não vi prazo pelo site. Espero que continuem com as Bolsas. Não tenho muito tempo, pois estou com 28 anose pela primeira vez fiz um ensaio bastante significativo.

Lucinéa Santos, por e-mail

A Bolsa começou há quase um ano e a culpa é do editor, que sina essa!

Data errada

Ao contrário do que informou a matéria Salve Thomaz Jorge Farkas, na edição 6, a data correta do aniversário de Farkas é dia 17 de setembro, e ele é do signo de Virgem

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Na avaliação da curadora Rosely Nakagawa, uma das juradas do comitê especial, João Wainer já um grande fotojornalista mas está surgindo agora como fotógrafo autoral

CERTO, MANO.

João Wainer ganha Bolsa FNAC/FOTOSITE com o projeto Marginália, que retrata o universo de três rappers brasileiros

Aquele menino que escutava o rap dos Racionais MC's não imaginava os frutos que seu gosto pela música porrada iria lhe render. João Wainer, 29, o vencedor da BOLSA FNAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA, tinha 16 anos quando escutou pela primeira vez o grupo comandado por Mano Brown e decidiu transformar em fotografia aquela realidade dura e versada. Aquela música era Cinema puro , comenta. E começou a fotografar, despretensiosamente, o universo de três rappers da primeira geração do movimento hip hop brasileiro: o próprio Mano Brown, dos Racionais, que poetiza sobre o cotidiano violento da periferia paulistana; MV Bill, carioca nascido e criado na Cidade de Deus, que canta o dia-a-dia das favelas cariocas; e Dexter, preso desde 1997, que denuncia as mazelas do sistema carcerário. O tempo foi passando João foi se consolidando com um dos principais fotojornalistas brasileiros de sua geração. O tema que ele havia escolhido para seu ensaio autoral só foi crescendo e ganhando evidência. O próprio João admite: enquanto houver desigualdade social no Brasil, eu tenho o que fotografar. Por isso Marginalia é infinito , Atualmente, o herdeiro do clã Wainer (ele é filho da artista plástica Pink Wainer e neto de Samuel Wainere Danusa Leão), acabou de sair de uma bem-sucedida carreira de dez anos na Folha de 5. Paulo e dirigiu a fotografia da série de documentários sobre o cantor Chico Buarque.

O ensaio Marginália foi escolhido entre 12 Finalistas. O júri especial reuniu-se no último dia 23 de setem-

bro: os curadores Diógenes Moura, Rosely Nakagawa e Rubens Fernandes Junior; os fotógrafos Alexandre Catan, Cris Bierrenbach e Lalo de Almeida; o publicitário Gabriel Zellmeister; o editor João Bittar; os sócios do Fotosite Marcelo Soubhia Pisco Del Gaiso; e a diretora de cultura e comunicação da Fnac, Martine Birnbaum. Eu me norfeei por pessoas que têm trabalhos quase prontos. Gosto de trabalhar com os 'quase . O João, pela maneira que montou o ensaio e apresentou o projeto, mereceu a BOLSA , comenta Rosely Nakagawa. Outros dois ensaios chamaram a atenção dos especialistas. O trabalho Beira-Mar, de João Kehl, documentário sobre a pequena vila de Caraíva, na Bahia, e PRO(lou)CURA-SE, de Patrícia Kitamura, que usou peças de roupa como memória e lembrança de seus retratados . Ambos receberam menções honrosas. Todos os 12 Fotógrafos selecionados pelo comitê são de alto nível e muito promissores , comenta Marcelo Soubhia, coordenador da BOLSA. Segundo João Bittar, a grande virtude do projeto do João Wainer é o registro de uma cultura que está ignorada na mídia; é uma população que não aparece, a não ser nas páginas policiais ou na literatura marginal. E esse tipo de assunto é fundamental para entender o país , finaliza. ABolsa chega ao seu final. Agora, cabe a João desfrutar dos R$ 12 mil em produtos nas lojas Fnac e aproveitar sua viagem paraa França. Conheça, nas páginas a seguir, o ensaio do vencedor e os trabalhos que receberam menção honrosa.

ENQUANTO HOUVER DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL, EU TENHO O QUE FOTOGRAFAR

JOÃO WAINER

PRO[LOU)CURA-SE

MENÇÃO HONROSA

PATRÍCIA KITAMURA

A fotógrafa foi pré-selecionada na edição 6 da REVISTA FOTOSITE. Pós-graduanda em Fotografia pelo Senace formada em moda pela Santa Marcelina, Patrícia

Kitamura mesclou suas duas especializações e paixões - no ensaio PRO(lou)CURA-SE. As roupas servem como a memória de seus retratados , que não apare-

cem nas imagens. A fotógrafa teve a preocupação de mostrar classes sociais diferentes, bem como épocas distintas, fotografando roupas de sua avó e vestimentas modernas. Minha vontade era sair pelas ruas atrás de pessoas que quisessem ser fotografadas pelas suas roupas , comenta Patrícia.

BEIRA-MAR

MENÇÃO HONROSA

JOÃO KEHL

O fotógrafo João Kehl, pré-selecionado na edição $3, procurou documentar as transformações sociais e culturais da pequena vila de pescadores do sul da Bahia, Caraíva. Até o final dos anos 70, essa comunidade estava intocada, sobrevivendo apenas do extra-

tivismo local. Até hoje o lugar não tem luz elétrica, mas o turismo invadiu a região pesadamente, alterando o estilo de vida de muitos moradores. Meu enfoque está no resgate de uma cultura que aos poucos está desaparecendo , finaliza João.

Da concepção ao livro impresso

Muitos fotógrafos acreditam que o livro é uma das melhores maneiras de publicar e de registrar um trabalho fotográfico. Por outro lado, os custos envolvidos em publicações de livros são proibitivos, reservando esse privilégio a poucos escolhidos.

Para quebrar esse paradigma, o Fotosite em parceria com a Digipix, criou o Fotosite OneBook, uma combinação de conhecimento, software e equipamentos de ponta, que permitirá que as pessoas produzam livros Fotográficos de qualidade com baixas tiragens. E, o que é melhor, a preços bem acessíveis.

A Digipix, empresa especializada em soluções em fotografia digital fez recentemente investimentos em equipamentos de impressão [tecnologia offset digital) e em software (D-Book) que permitem produzir e imprimir livros com baixas tiragens e de alta qualidade com custos muito competitivos. O Fotosite entra com o know-how de produção de conteúdo e de fotografia, numa parceria que criará uma nova maneira de se fazer um livro de fotografia no Brasil.

Você poderá criar sozinho o seu próprio livro, usando o D-Book, é fácil, rápido e simples ou, se preferir, poderá participar do Programa Fotosite OneBook que desenvolvemos para orientar e auxiliar na produção do seu próprio livro, estudando conosco desde a concepção do livro, a edição das imagens, saindo do Programa com o seu livro pronto e impresso, parte da Coleção Educacional Fotosite.

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ENTREVISTA Por Guilherme Maciel

ELA ESTÁ MAIS SEXY

Playboy . Foi essa a saudação usada por Susane Sassaki para atender ao telefone, em plena redação da revista Sexy, a principal concorrente da Playboy. O ato falho da moça deve ser perdoado, afinal ela faz parte da equipe da superprodutora executiva Ariani Carneiro, 38, que trabalhou por 17 anos na editora Abril atendendo o telefone assim: Alô... Playboy! Recém-contratada pela revista Sexy, da editora Rickdan, Ariani e sua equipe estrearam oficialmente para os novos leitores em outubro, com um ensaio de Scheila Carvalho. Voltando um pouco no tempo, em 2000, Ariani foi a primeira entrevistada do Fotosite (a matéria se chama A Mulher que Todo Homem Gostaria de Ser leia no www.fotosite.com.br). Se a Scheila for capa de novo, vai vender 600 milexemplares , garantiu ela à época. Agora, Ariani vai usar todo seu know-how para mostrar na Sexyas mulheres mais cobicadas do Brasil como vieram ao mundo. Abaixo, fala da transição e, claro, de fotografia.

Por que você decidiu trocar a Playboy pela Sexy? Fui demitida pela Playboy. Por muito tempo, a Sexy me sondou e, recentemente, tinha vontade de vir para cá, porque não me alinhava mais coma parte editorial da Playboy. Mas não podia abandonar uma carreira de 17 anos pedindo demissão. Então, o universo conspirou a meu favor, me demitiram e assumi a Sexy.

Por que não se alinha mais com a parte editorial da revista?

Recentemente, Bob Wolfenson afirmou em um debate que nunca mais faria Playboy...

A revista está mudando o tipo de ensaio. A nova equipe de arte cria o conceito e não há mais espaço para pensar as fotos em eguipe, eu, o fotógrafo, o diretor de arte. Eles estão apostando numa coisa mais americana, em estúdios produzidos o que às vezes sai mais caro do que uma viagem. Aqui na Sexy, vamos trabalhar mais a mulher e pensar em locações interessantes.

Como foi o primeiro ensaio para a Sexy?

Foi ótimo! Fomos para Trancoso, uma praia paradisíaca, e abençoados com três dias de sol. Todo mundo sabe que a Scheila é um mulherão, mas não queria exibir esse lado dela. Queria luz natural, sem muita maquiagem, mostrar a mulher mesmo.

Você pretende trabalhar com os mesmos fotógrafos que atuavam na Playboy?

Estou trabalhando com as pessoas que estiveram comigo nesses 17 anos de Playboy. É natural. Esse ensaio da Scheila, por exemplo, chamei o Fábio Heizenreder, que fez os ensaios da Sandrinha, da Ana de Biase e da Dani Bananinha. Quem eu puder trazer, vou trazer. Até porque pretendo fazer coisas diferentes na Sexy.

Na primeira entrevista que deu ao Fotosite, você aparece com um livro do Mario Testino. Em quais fotógrafos você se inspira para realizar os ensaios?

Não gosto de me inspirar em outros fotógrafos. Não posso chegar para o Bob Wolfenson ou o Duran e pedir um ensaio a la David La Chapelle. Sei como eles trabalham e como quero os ensaios, então já ligo o conceito do ensaio ao fotógrafo, que acho que vai fazê-lo da melhor maneira.

LAU E

SEBASTIÃO SALGADO: MÉDIO FORMATO E TELE DE 250 MM

Sebastião Salgado sempre fotografa populações humanas espoliadas pelo mundo com suas inseparáveis Leicas, certo? Errado. Desde que anunciou Gênesis, seu último grande projeto fotográfico, Salgado anda às voltas com bichos, plantas e tribos indígenas, que ele considera a essência do planeta. Não bastasse a mudança de tema, o fotógrafo, que sempre teve seu trabalho intimamente associado ao formato 35 mm, está usando agora uma Pentax 645, médio-formato. O fotógrafo foi flagrado em ação pelo fotojornalista Sérgio Moraes, da Reuters, durante a cerimônia do Kuarup, no Xingu, no Mato Grosso. Parece que a mudança de formato se deve ao fato de Salgado estar visando grandes ampliações das suas novas fotos. Outra novidade notada na maleta do célebre fotógrafo é que anda carregando uma teleobjetiva de 250 mm.

E or WPP na rede

A World Press Photo

renomada

instituição do fotojornalismo mundial, lançou sua revista virtual Enter

Trimestral, a edição contempla assuntos do fotojornalismo mundial, como a vinda de Sebastião Salgado ao Brasil, especialistas respondendo às dúvidas sobre a profissão e exposições ao redor do mundo.

PROJETO VERÃO

O verão começa oficialmente no dia 22 de dezembro, mas, para o fotógrafo Klaus Mitteldorf, o princípio da temporada mais quente do ano abre no dia 6 de dezembro, data marcada para o lançamento de seu novo livro, Mermaids, da editora americana Gingko Press [wwy 0h]. O preço de venda da publicação de 168 páginas é de R$ 70. Durante o evento, na Fnac Pinheiros, em São Paulo, está previsto um debate com um jornalista especializado em fotografia, junto com o fotógrafo, para discutirem a obra de Mitteldorf. O livro traz fotos de praia, mar e sol, e o projeto gráfico foi feito pelo designer alemão Sven Hoffman, que segue a linha de David Carson. É um livro de filosofia de vida, tem vários pensamentos meus, do Wim Wenders [ww JM - cineasta alemão), do Nine Inch Nails [wlyw.NIN.COM - banda de rock norte-americana) , resume Klaus.

Fotógrafo ou Ativista?

Assim começou nosso papo com oativista, e também fotógrafo, Shahidul Alam, como ele mesmo se define. A fotografia é o meio que utilizo para expressar minhas opiniões, mas uso também vídeo, texto e muita internet , completa Shahidul, que esteve no Brasil participando do VideoBrasil de Artes Eletrônicas, na FAAP, onde conversamos. Formado em química, Shahidul mudou sua vida quando estava fotografando crianças nos subúrbios de Bangladesh, sua terra natal, e percebeu que um garoto cego fazia de tudo para se incluir na cena. Aquele menino nunca veria a foto, pensei. Compreendi então a força da fotografia. O menino, apesar de cego, ao posar para a foto estava intuitivamente se auto-inserindo na sociedade, ele se tornava alguém, num mundo de excluídos e marginalizados , explica. A partir daí, Shahidul não parou mais e é hoje um dos mais importantes ativistas-fotógrafos do mundo, jurado do World Press Photo, e uma voz fotográfica muito ativa do Sul e da Maioria do Mundo , como ele define o hemisfério sul e o terceiro mundo.

[62| CONTEÚDO EXCLUSIVO

Leia a entrevista completa e veja as imagens do portfólio de Shahidul Alam no www.fotosite.com.br

AO VIVO NA TELINHA

Depois de quatro edições gravadas, o programa para banda larga FOTOSITE TV fez sua estréia ao vivo, no dia 29 de setembro. A atração vai ao ar pelo Portal Terra e também pelo Fotosite, toda última quinta-feira do mês. O programa é apresentado pelo editor do Fotosite, Pisco Del Gaiso e dirigido pela

Anote aí as duas próximas datas: 27 de outubro e 24 de novembro.

jornalista Érica Rodrigues, do Fotosite, e pelo editor de Multimídia Marcelo Monteiro, do TV Terra. Nesse novo formato, o internauta pode participar via chat, fazendo perguntas ao entrevistado
SHAHIDUL
ALAM
ANA PAULA SABBAG

Ds VW CROSSFOX

Maurício Nahas um dos principais fot

Recentemente, ele ficou preocupado com uma matéria

Futuro Capturado, divulgada na última edição da REVISTA FOTOSITE, que dizia que os fotógrafos de carro estão sendo contratados para auxiliar na iluminação de campanhas de carro feitas em 3D. Quando o convidamos para fazer parte dessa sessão, ele então mandou um de seus mais recentes trabalhos de anúncio de automóvel. Acompanhe abaixo como foi feita a foto.

CLIENTE: Volkswagen

AGÊNCIA: Almap BBDO

DIRETOR DE CRIAÇÃO: Rodrigo Almeida e Tales Bahu

DIRETOR DE ARTE: Julio Andery e Rodrigo Almeida

REDATOR: André Faria e Tales Bahu

UTILIZAÇÃO: Anúncio em revista

CÂMERA: SINAR 4X5, lente 300 mm e 150 mm

FILME: VS 4X5 da Kodak

ILUMINAÇÃO: Luz natural com rebatedor para desenhar a traseira do carro

EXPOSIÇÃO: Abertura do diafragma 45, velocidade do obturador2 minutos

LOCAÇÃO: Reserva florestal em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo

MANIPULAÇÃO: O fundo foi feito separadamente da imagem do carro com a árvore

DIFICULDADE: Encontrar uma locação que tivesse uma árvore com dimensões suficientes para que o carro encaixasse perfeitamente na frente sem a necessidade de aplicação em sistema digital; encontramos um dos maiores jequitibas-rosa do Brasil, de3 mil anos, com 3,6 metros de diâmetro, perfeito para a realização da foto.

DICA: Procurar o máximo de realismo possível, deixando o sistema atuar como uma ferramenta do seu trabalho, fazendo com que a imagem fique com cara de foto e não de uma imagem feita em 3D.

Homem Bomba

O fotógrafo norte-americano Paul Shambroom [Wwww.paulshambroomart.com], 49, sempre se interessou por bombas. Quando criança, escreveu um poema que chocou sua professora: Look up the sky/See the pretty mushroom cloud/Soon we will be dead. (Olhe para o céu/Veja a linda fumaça cogumelo/Em breve, estaremos mortos). Em 1992, logo após a primeira Guerra do Golfo, ele começou a clicar as bases nucleares do exército ianque. O projeto, que durou até 2001, virou o livro Face to Face With the Bomb: Nuclear Reality After the Cold War (US$ 98,50, no w.amazon.com) e o site www.nukephoto.com, no qual vende seu

& arquivo de cerca de 10 mil imagens nucleares.

Em nome do filme, do químico e do papel também!

Preocupado com o futuro da fotografia tradicional, Antonio Augusto Fontes, fotógrafo paraibano radicado no Rio, lançou um abaixo-assinado para tornar o processo tradicional de revelação e ampliação Patrimônio Cultural da Humanidade. A idéia é fazer com que as fábricas do setor recebam incentivos fiscais para continuar produzindo esses insumos. Precisamos fazer algo para que o filme continue sendo uma possibilidade , argumenta Fontes. Não se trata de uma postura reacionária contra o digital. Só não quero que, por questões mercadológicas, os que utilizam filme tenham que descontinuar seus trabalhos ou sejam obrigados a aderir ao digital , frisa. Para ele, a película está na essência de muitos trabalhos documentais e deve-se preservar o direito de escolha dos fotógrafos. O texto do manifesto foi redigido pelo também fotógrafo e antropólogo Milton Guran, que já o apresentou no FotoSeptiembre, no México, e no Festival de Arles, na França. O texto do manifesto está disponível na internet e quem quiser assiná-lo pode acessar o www. patrimonio.fot.br

COMO ESCOLHO UM FOTÓG

ALEXANDRE SASSAKI

Editor de fotografia do jornal O Globo desde 1997, Alexandre Sassaki, 48 anos, teve seu primeiro registro profissional publicado em 1978, quando trabalhava em um jornal de bairro chamado Tribuna de Madureira, no subúrbio carioca, enquanto ainda cursava jornalismo na Faculdades Integradas Hélio Alonso. Trabalhou como freelancer para a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, revista Veja, entre outras publicações no país. Também foi editor do jornal O Dia, do Rio de Janeiro

QUAL É O SEU IDEAL DE FOTÓGRAFO?

Primeiro tem que ter uma boa formação técnica, que faça a fotometria direito, que enquadre bem, que saiba usar a luz com criatividade. Tem que tertambém uma formação cultural, estar bem-informado do que está acontecendo. E, principalmente, que seja jornalista, vá atrás das matérias e sugira boas pautas.

QUANTOS PORTFÓLIOS VOCÊ VÊ POR MÊS?

De dois a cinco por mês. Não são muitos, mas as portas estão abertas para quem quiser mostrar o trabalho, não sendo de sexta-feira, que é complicado, qualquer outro dia estou recebendo fotógrafos. Eu quero ver mais portfólios, gostaria de ver gente nova o tempo todo.

QUAIS TRABALHOS OS FOTÓGRAFOS NÃO DEVEM COLOCAR EM UM PORTFÓLIO?

Principalmente material de viagem, porque fico sem saber seo cara é amador e só faz aquelas fotografias dos lugares por onde viaja, ou seé uma matéria bem elaborada. É melhor apresentar coisas atuais com bons temas.

O QUE TE CHAMA A ATENÇÃO EM UM PORTFÓLIO?

Olhando cruamente para um trabalho de alguém novo no mercado, procuro ver se o cara tem olho de fotógrafo, se tem uma visão particular, se surpreende a cada foto. Tem que mostrar no portfólio que tem olho de fotojornalista. É bom quando apresenta uma matéria bem-resolvida, em que as fotografias tenham uma luz boa, um enquadramento legal.

Caso do acaso

A idéia do zeitgeist, palavra alemã que traduzida ao pé da letra significa espírito do tempo , foi melhor definida por Goethe como o pensamento comum que rege as pessoas de uma determinada época sem que elas próprias se dêem conta disso. E parece ter sido o que aconteceu com a fotógrafa holandesa Carli Hermés [www Je a brasileira Fernanda Zerbini. A semelhança entre os trabalhos das duas foi notada por acaso aqui na Redação, quando publicamos o ensaio de Fernanda na seção Visor na mesma semana em que osite da Galeria Blow-Up [wyww.bioi lery.com], que representa Carli, foi o destaque de Links no Fotosite.

José Roberto Eliezer, mais conhecido como Zé Bob, começou a carreira em 1975, em documentários, curtas e comerciais. Recentemente ganhou o Kikito de melhor fotografia no Festival de Cinema de Gramado, com Cafundó, de Paulo Betti e Clovis Bueno. Seu primeiro longa foi Janete, em 1982, de Chico Botelho. Fotografou, entre outros, A Grande Arte, de Walter Salles, A Dama do Cine Shangai, de Guilherme de Almeida Prado, e Nina, de Heitor Dhalia, entre outros. Saiba qual o fotógrafo que ele destaca nos últimos anos.

Recomendo o trabalho do diretor de fotografia australiano Christopher Doyle. Radicado em Hong Kong, Doyle tem em seu currículo filmes como o épico Herói, O Americano Trangúiilo, o remake de Psicose, e é o principal parceiro do diretor Wong Kar-Wai, com quem fez Amores Expressos, Felizes Juntos, além do filme que destaco, AmorÀ Flor da Pele. Belo e elegante, o filme é um poema visual, com enquadramentos pouco convencionais, que criam um clima de tensão em torno do casal de amantes. Os personagens estão sempre emoldurados em quadros dentro do quadro. A câmera lenta funciona para sublinhar os estados emocionais dos protagonistas. Ele usa muito bem as cores e a textura da luz. As cenas do encontro do casal na escadaria são simples, mas muito expressivas. Uma verdadeira obra-prima, imperdível. E vem por aí a continuação, 2046.

FERNANDA

FOTOGRAFIA PARA LER

Não de hoje queo universo da fotografia inspira a literatura. Só para ficar em dois exemplos internacionais, citemos Tereza, a garçonete que vira fotógrafa no clássico À Insustentável Leveza do Ser (Companhia das Letras, 352 págs., R$ 45,50), do tcheco Milan Kundera, e Joaquín Buitrago, retratista de prostitutas e loucos em Ninguém me Verá Chorar (Editora Francis, 264 págs., R$ 34,50), da premiada mexicana Cristina Rivera Garza. No Brasil, claro, não é diferente. Oescritor catarinense radicado em Curitiba, Cristóvão Tezza (foto acima), 52, faturou recentemente o prêmio de melhor romance do ano da Academia Brasileira de Letras e o terceiro lugar na categoria romance do Prêmio Jabuti com a obra OFotógrafo (Rocco, 223 págs,, R$27). No melhor estilo Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade (que aliás descreveu a figura do fotógrafo em vários poemas), o livro de Tezza narra a história de um fotojornalista cujo nome não é revelado - que recebe a incumbência de seguir etirar fotos de uma mulher chamada Íris. Mas, em vez de mantera devida distância, ele se interessa pela moça e acaba nutrindo uma paixão por ela, que faz análise com a psicanalista Mara, mulher do professor de Lídia, que é mulher do fotógrafo e se apaixona pelo professor, formando um círculo restrito de acontecimentos que se desenrolam no período de um único dia. O escritor Cristóvão Tezza é fotógrafo amador e usou a fotografia como um gancho para mostrar a humanidade do personagem central. Há duas fotos fundamentais no enredo eo ato realístico e, ao mesmo tempo, simbólico de revelar uma imagem está no centro do livro. O personagem fotógrafo foi a primeira idéia do romance. O livro veio depois dele. Gosto de fotografia e sempre tive uma boa relação com as artes visuais. A fotografia educaoolhare, de certa forma, alimenta um certo lado mais intuitivo de compreender o mundo , explica o autor. (Por Érica Rodrigues)

mesmo de química, como a que vai revelar nes-

le seus mo respirar de sbordante de tensão e de suaendo-a de vazar, inmaqu se domesisso toda a pele se eriça

Vigíligília

O relatório Internet Under Survailance (Internet Sob Vigilância), da ONG Repórteres Sem Fronteiras (wWWwW.RSF.OR6) traz uma avaliação sobre a utilização da internet - itens como liberdade de expressão e circulação de informação - em 56 países. China, Cuba, Irã e até os Estados Unidos, apresentam um ranking mediano (middling), com alguns aspectos chegando no muito sério (very serious). Segundo a RSF, há 70 pessoas no mundo presas por terem algum tipo de participaçao em sites de protesto, consideradados subversivos.

Another Brick in the Wall

A foto acima é de uma parede em Perth, Austrália e está no site www.picturesofwalls.com. Esse portal aceita qualquer tipo de imagem com frases em paredes públicas (desde que não seja grafite ou mensagem racista). Qualquer pessoa pode participar, basta mandar suas fotos para o e-mail turesCpicturesofwalis.com e ter um pouco de paciência, já que eles demorarm para publicá-las.

Leia trecho do primeiro romance do fotógrafo
Claudio Edinger www.fotosite.com.br
LIBERTÉ DE LA PRESSE Freedomolthepress Libertaddelaprensa =Entrer Enter Entrar Reporters sans frontiêres présente
Reporters Without Borders present ts the Handbook for bloggers and cyber-dissidents

O fotógrafo Cláudio Edinger (www.clau- | dioedinger.com), 53 anos, VA) autor dos livros Carna- UM) val, Rio e Citiscapes, entre outros, está captando material para sua próxima publicação, De Bom Jesus a Milagres, na cidade de Bom Jesus da Lapa, na Bahia. A seguir, ele comenta um livro que o inspirou:

Winogrand - Figments from the Real World, de John Szarkowski, Museu de Arte Moderna de Nova York, 1988, US$ 45 (preço do Moma www.moma.org)

Garry Winogrand uma vez disse que se não fotografasse, estaria preso. Quando morreu de câncer em 1984, com 56 anos, deixou 2.500 rolos de filme sem revelar. Sua obsessão era tão grande que, para ele, ver suas fotos reveladas se tornou irrelevante. Funcionava assim: a vida é curta, então, clique, clique, clique! Sua compulsividade é um exemplo perfeito do fotógrafo caçador, sempre atrás da imagem extraordinária, que é a chave de todos os mistérios. Seu trabalho visceral e sua capacidade de ver as coisas mais óbvias de uma forma extraordinária, influenciaram toda uma geração de ótimos fotodocumentaristas, como Eugene Richards, Gilles Peress, Eli Reed, Richard Kalvar, Carl de Keyser e Sebastião Salgado. Era um mestre da Leica, da invisibilidade, do momento decisivo. Seu niilismo confesso esconde um fotógrafo obviamente tentando decifrar, através da coreografia espontânea de suas imagens, as questões que interessam a todos nós: quem somos e o que estamos fazendo aqui. Winogrand consegue, através do balé das personagens, mostrar a complexidade dos figurantes que atuam numa festa. Ele universaliza uma imagem absolutamente particular: a festa que ele fotografou vira um recorte bem-humorado e crítico de todas as festas.

TRADIÇÕES PAULISTAS

O Animatoscópio que você vê nessa imagem reproduz, digitalmente, todo o acervo de mais de 3 mil fotos do fotógrafo Militão

Augusto de Azevedo, feitas entre 1862 e 1885, e pertencentes ao acervo do Museu Paulista, mais conhecido como do Ipiranga.

As fotos de Militão integram a exposição

Terra Paulista Histórias, Arte, Costumes, em cartaz no Sesc Pompéia, em São Paulo, até o dia 11 de dezembro, e fazem parte do projeto homônimo do Cenpec, Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária (www.cenpec.org.br). A exposição também traz objetos, recria cenários paulistas antigos e apresenta a instalação Caleidoscópio Humano, com mais de mil cartões-postais de cidades do interior de São Paulo durante o auge do ciclo do café. É um mergulho na história do Estado e queremos mostrar que todos têm sua parte nela , avalia uma das idealizadoras da exposição, Elena Grosbaum.

CRIAÇÃO | PUBLICITÁRIA? NÃO,

MESMOMENTIRA

Enquanto empresas como Dove, Natura e LOccitane mostram rugas e gordurinhas sem photoshop dos

Edmundo Schwatz personagens de suas campanhas, a Volkswagen segue na

Engenheiro Projetista contramão do respeito ao leitor, perpetuando um tipo de 0815778-1 publicidade com 20 anos de atraso. Anúncio recente mostra

Depto. de Design

um suposto empregado da montadora alemã, inclusive com crachá e número funcional, comemorando o sucesso de vendas do Fox. Ele é feliz, ele é simpático, e também gorducho e bonachão. Tem nome sugestivo, Edmundo

Este é o Edmundo, que teve a idéia de projetar o Fox com muito espaço Schwatz, e seria engenheiro projetista do departamento

A interno, comemorando o sucesso do carro. Fox. Eleito o melhor compacto da Europa de design. Na mão, uma taça de champanhe.

e a escolha do ano pela revista AutoEsporte.

Mas é enganação pura. Trata-se do ator César Gonçalves, da agência Nossa Senhora do Casting, que foi utilizado pela agência Almap/BBDO para convencer os leitores que o Fox, a Volkswagene a própria agência são o máximo.

Até quando publicitários vão poder lançar mão de mentiras impunemente para formar conceito e vender mais?

Vida de bombeiro é foto

As agências internacionais têm seus sites coalhados de fotografias de catástrofes, mas às vezes é bom ver o fato por quem trabalha diretamente com ele certamente aqui não se exige qualidade total, mas o ineditismo e o registro histórico. Um bom site para isso é o do bombeiro Keith Muratori, que trabalha na cidade de Bridgeport, em Connecticut (EUA). Sempre que vai atender a uma ocorrência ou mesmo quando está de folga como bombeiro leva a tiracolo sua câmera No site é possível ainda ver os equipamentos usados pelos bombeiros, outros bombeiros que fotografam e imagens feitas por bombeiros que foram publicadas na imprensa. Detalhe: Muratori usa duas câmeras. Uma Canon EOS 20D (8.2 Megapixel Digital SLR) e Canon EOS Digital Rebel (6.3 Megapixel Digital SLR).

APANHADO) UA ONSEVERINO IQUEIBA NAO TEMMAISICONDIÇÕES DE PRESIDIRIALCAMARA,

SEVERINO

PE LA E UAU CEU CU A EEE UE IA

Muito mais do mesmo

Na banca de jornal, as capas de Época e IstoÉ confundem o leitor e sugerem ser praticamente a mesma revista. O tema é o mesmo (mensalinho), o personagem também (Severino), com a mesma fotografia (Severino careteiro) e do mesmo fotógrafo, Dida Sampaio, da Agência Estado. Com esta imagem, o fotógrafo Dida Sampaio foi o rei da mídia e esteve presente em jornais, revistas, sites e TVs do país em uma semana de setembro passado. Outros profissionais, como Celso Júnior, da Agência Estado, autor de

Katrina, a mina, não o furacão

HELP!

JURRICANE PHOTOS?

fotos como as que ilustram as capas de Veja nas edições com as denúncias do deputado Roberto Jefferson e com o depoimento do publicitário Marcos Valério, criticam a falta de qualidade das revistas. "Foto de jornal em revista não funciona, a linguagem é diferente , diz ele. No fim, a conclusão é simples. Com equipes menores de fotógrafos ou somente com frilas, os veículos impressos têm restrito a cobertura política em Brasília ao básico, sem criatividade ou surpresas. Ao leitor, resta muito mais do mesmo. Ou seja, quase nada.

AREIA NOS OLHOS

Está tudo lá, em www.katrina.com.

Nesse site é possível acessar a lista rem peusmoçen ummimmmmers| de pessoas desaparecidas, de pessoas reencontradas, dos órgãos de ajuda, enfim, os principais endereços daqueles envolvidos na tragédia do furacão Katrina, que

atingiu o sul dos Estados Unidos em setembro. Ah, sim, também é possível saber que Katrina é web deziner , casada com Curtis e tem um filho, Brady. Naverdade, o site era, até antes da tempestade, o endereço pessoal de Katrina Blankenship, moradora do estado da Virgínia, que não está nem perto de New Orleans e dos locais afetados pelo furação xará. Auto-intitulada deziner e não designer porque cria sites que têm personalidade ... websites com carinho e profissionalizmo (sic), utilizou seu site como forma de ajudar. Por conta da devastação do Katrina, o furacão, Katrina, a deziner, transformou a página inicial de seu site em um dos endereços mais completos de ajuda às vítimas e pessoas atingidas pelo desastre. Ela chega ao detalhe de oferecer links para listas de animais de estimação perdidos e encontrados na área atingida.

Veja o ator Márcio Garcia com a loira na fotografia deste anúncio da confecção Lemier. A imagem sugere o oeste selvagem ou as proximidades do Grand Canyon. Repare nos detalhes: nenhum grão de areia no sapato com salto agulha da loira ou mesmo na roda da moto. É claro que nem poderia existir. A loja paulistana contratou o estúdio de fotografia Kromak, com sede em Porto Alegre, para produzir a situação falsa. Foi utilizado seu banco de imagens para a fusão do cenário inóspito, com a fotografia do ator e da modelo feita em estúdio. Segundo Marcos Luconi, um dos sócios da Kromak, o estilo do anúncio é uma tendência mundial. Os atores não têm tempo disponível para ficar horas em uma locação. Hoje, graças à tecnologia, conseguimos mesclar imagens para garantir um trabalho adequado à marca , afirma Luconi. Ok, ok, papo pra inglês ouvir. E talvez por isso a fotografia tenha ficado tão naturalmente convincente e com qualidade indiscutível.

* Colaboraram Juliana Mariz e José Sérgio Dsse

na Lata

E ES US Life will NEVER be the same again! INTERESTED IN DONATING OR OFFERING
Por João Wady Cury

PUBLICIDADE PorPisco Del Gaiso

FICHA TÉCNICA

Fotógrafo: Mark Zibert (http://www.markzibert.com)|

Agente: Jooli Kim(http://www. jkreps.com)

Cliente: Lentes de contato Acuvue

Agência: Lowe Roche, Toronto Canadá

Produtora: Standby Productions (http://www.standby.ca)

n A foto levou 14 horas para ser concluída

u Fotógrafo, modelo e mergulhadores de apoio ficavam submersos em seções de trinta minutos

= À modelo respirava com a ajuda dos mergulhadores dentro do set, que levavam oxigênio até ela sempre queo fôlego acabava

= Apenas duas imagens foram aplicadas na pós-produção, os peixes do aquário e a cena da cidade ao fundo

= À imagem foi feita com uma câmera digital Canon 1Ds Mark Il, protegida por uma caixa estanque de acrílico

= Segundo o fotógrafo, a parte mais difícil Foi estabelecer uma comunicação eficiente com a modelo

CONTEÚDO EXCLUSIVO

Leia a entrevista completa e com o fotógrafo Mark Zibert no www.fotosite.com.br

ARTE POSTAL

A Arte Postal, uma tendência artística criada na década de 60 por Ray Johnson, fundador da Escola de Arte por Correspondência, servia como um circuito alternativo de disseminação da arte. A idéia era trocar mensagens e trabalhos criativos usando o sistema de correios como meio de divulgação. A maioria dos trabalhos usava elementos do próprio correio selos, fotos, cartõespostais, carimbos, adesivos, envelopes, etc. para fazer colagens e pinturas.

Com a tecnologia, os artistas hoje se cadastram em comunidades virtuais e trocam trabalhos e mensagens de maneira bem mais rápida através de e-mails, SMSs e MMSs. Há duas bem bacanas: a PostSecret, onde as pessoas enviam anonimamente seus mais profundos segredos escritos em cartões-postais feitos em casa e que fez tanto sucesso, que será lançado um livro em dezembro. E a Phototag, uma comunidade fotográfica que usa càmeras descartáveis, estilizadas artisticamente, seladas e com endereço de retorno e que devem circular pelas pessoas. Cada uma tira apenas uma foto e passa adiante. A pessoa que clicar a última foto do filme deve colocar a câmera na caixa de correio, que será recebida pelos donos da comunidade e postadas no site.

= www.artepostal.com.br = www.phototag.org

Transforme suas fotos em Pop Art

mWWww.iuoma.org mWwww.postsecret.com

A empresa de e-commerce Nova Pop tem como missão levar a Pop Art para todas as pessoas através de criações personalizadas envolvendo fotos. O último serviço dos caras é transformar suas fotos em retratos de dois mestres da Pop Art, Andy Warhol e Roy Lichtenstein. Para as fotos estilo Andy, você escolhe se quer composições de à 9 painéis, escolhe tamanho, molduras, acabamento e em 15 dias o retrato está na sua casa. Se for ao estilo de Lichtenstein, é possível acrescentar texto ao retrato. Até Ronaldinho, o Fenômeno, já comprou o seu retrato a la Andy Warhol. Quem quiser conhecer um pouco melhor o trabalho dos artistas da o Pop Art, o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, está realizando a

exposição sobre Roy Lichtenstein até o dia 20 de novembro. = WWww.novapop.com

CIDADÃO JORNALISTA, VOCÊ AINDA VAI SER UM!

As pessoas comuns estão participando ativamente da criação de conteúdo e informação, descentralizando o poder da mídia, o que está criando o chamado Jornalismo Cidadão . Em 2000, o coreano Oh Yeon Ho, lançou o site OhMyNews Todo cidadão é um repórter - e trouxe pela primeira vez à tona a idéia de jornalismo colaborativo. Os blogs também vêm disseminando a idéia, tirando das mãos dos grandes veículos de mídia a exclusividade na criação e distribuição de informações.

Porém, a verdadeira revolução no mundo do jornalismo cidadão só começou a acontecer mais recentemente, com o boom dos cameraphones. Para a maioria das pessoas é muito mais fácil tirar uma foto do que escrever um texto. A Scoopt, primeira agência a se dedicar ao comércio de fotos de cidadãos, tem mais de 2 mil cadastrados em 60 países já está vendendo para jornais e revistas. Com o potencial de negócios que se configura - até o final de 2007 serão mais de 600 milhões de cameraphones no mundo, segundo a Jupiter Research, empresa de pesquisa e análise em tecnologia a Scoopt já ganhou concorrentes: a Spymedia e Cell Journalist. Quem será a Corbis ou Reuters dos novos tempos?

mWww.scoopt.com = Www.spymedia.com mwww.celljournalist.ccom mwww.ohmynews.com

* BIA GRANJA é gerente de negócios da TRIPIX e cyber curiosa de plantão

BLOG De papel

Por
*Bia Granja

Nos últimos meses, mais uma vezaterra brasileira ardeu no calor das queimadas. O fogo cobriu o sol, tingiu o horizonte, espalhou silêncio e cinzas. Mas, principalmente, expôs nossa irracionalidade, nosso descaso, nossa conivência com o crime inominável: a desertificação de um país que tem a maior riqueza biológica do planeta e que abriga cerca de vinte por cento das 1,5 milhão de espécies já catalogadas.

Como podemos permitir que os governos ignorem a ganância dos senhores de terras, a voracidade das grandes madeireiras, o enriquecimento ilícito, a redução avassaladora das Florestas, a soja avançando pela Amazônia, as carvoarias e mineradoras, o garimpo sangrando a terra, a Mata Atlântica no fim...

Tudo em nome de um progresso que enriquece alguns indivíduos e empresas e deixa o povo na mais absoluta miséria. Digo o povo do sertão, da Amazônia,os ribeirinhos, sertanejos; os que não têm voz, os que são espoliados diariamente, os que dormem com fome.

O que está acontecendo agora, neste momento, no estado do Pará, é vergonhoso. Trabalho escravo, corrupção, uso de violência, invasão e ocupação ilegal de terras públicas, a degradação sistemática dos recursos naturais. Destruição que ameaça não apenas a floresta ou as comunidades tradicionais, que dela dependem para sobreviver, mas a integridade da própria Constituição brasileira e o futuro do país.

Por que quilômetros de vida, séculos de maravilhosa construção, são destroçados num único gesto?

NÃO DEVERIA ESSE HOLOCAUSTO PRODUZIDO PELO HOMEM SER RELATADO DE GERAÇÃO PARA GERAÇÃO?

NÃO DEVERIA O MANUAL DE HISTÓRIA APROVADO PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COMEÇAR ASSIM: CRIANÇAS VOCÊS VIVEM EM UM DESERTO; VAMOS LHES CONTAR COMO FOI QUE VOCES FORAM DESERDADAS.

Warren Dean, em 4 Ferro e Fogo (companhia pas Letras)

CONTEÚDO EXCLUSIVO

Veja mais imagens do livro Amazônia, no www.Fotosite.com.br

TANTA INconscIência

Por que, entra governo sai governo, e a hipocrisia prevalece?

Por que não nos revoltamos, mesmo sabendo que a terra se consumirá a vida se tornará impossível?

As florestas são grandiosas demais para se explicar, nelas residem novo, o mistério, o conhecimento. Como diz Norman Myers não compreenderemos vida enquanto não compreendermos as florestas

O fogo não renova, apenas destrói. O que era música e cor, transforma-se em silêncio e cinzas. O predador humano agride a eterna lei da natureza de nascer e morrer, estagna a vida, cria o deserto.

É urgente que o país acorde e a opinião pública exija um novo modelo social e econômico de uso responsavel das florestas, com o compromisso do governo a multiplicação de áreas protegidas. Um esforço nacional urgente para implementar uma nova política de desenvolvimento social voltado para os interesses dos 20 milhões de amazônidas, com o máximo de florestas em pé

É urgente que se estabeleça um novo pacto, uma nova ética entre os seres humanos e a natureza.

Como já nos alertou Warren Dean (1932-1999), o último serviço que a Mata Atlântica pode prestar, mesmo que de modo trágico e desesperado, é demonstrar todas as terríveis consequências da destruição de seu imenso vizinho do oeste.

Estas fotos são o anseio de salvar o que ainda pode ser salvo, elas Clamam por indignação e atitude.

Editora

A história da Parma vem sendo escrita e impressa em cima de valores que a acompanham desde o início de suas atividades.

A ética nos negócios, a transparência nas transações e o respeito aos nossos clientes, colaboradores e à comunidade fazem da Parma uma empresa sólida e confiável.

Ele é profissional, tem boa formação e se dedica há anos. Porque não daria certo? , questiona a curadora Rosely Nakagawa, não dando muita atenção para a questão de Tiago Santana estar fora de São Paulo e Rio e, teoricamente, sem oportunidades. Miguel Chikaoka, agitador cultural de Belém do Pará, vai mais longe: Ter tudo na mão pode ser comodismo. Estar em desvantagem pode sera grande vantagem . O Fato é que vivemos tempos de globalização, a internet encurtou as distâncias e, quem sabe, até mesmo o Brasil está menos centrado. À visão romântica ou talvez errada e antiga de que a única fonte de trabalho e vanguarda para fotógrafos seja o eixo Rio-São Paulo está desatualizada. Essas mudanças todas têm feito surgir histórias de sucesso na fotografia em todos os cantos do país, como a de Tiago. Sediado em Fortaleza, ele abre asérie de reportagens sobre os fotógrafos fora do eixo Rio-São Paulo que refletem essa nova era.

sons De romaria

Tiago atendeu o celular com a romaria de Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, no Ceará, ecoando ao fundo. Ele estava lá para fotografar mais uma série sobre as peregrinações da cidade, fundada pelo Padim Ciço , o Padre Cícero, santo milagreiro cultuado em todo o Nordeste. As peregrinações são corriqueiras para este fotógrafo de 39 anos, nascido no Crato, cidade vizinha de Juazeiro. Aliás, foram as festas religiosas a razão maior pela qual se tornou fotógrafo. Desde 1992, quando começou sua carreira mais autoral, Tiago vem se notabilizando também por seus projetos de fôlego, série de longas imersões em temas regionais como as romarias, que chegou a frequentar por oito anos antes de lançar o seu primeiro livro individual, Benditos. Em 94, ganhou a Bolsa Vitae, meu único salário fixo , brinca ele. Em 97 levou tambémo prêmio Marc Ferrez de Fotografia. À medida que as incursões, prêmios e projetos foram tomando seu

Tiago Santana, que abre a primeira reportagem da série Fora do Eixo , se transformou em um nome autoral de peso ao longo de 13 anos de carreira. Empreendeu uma estrutura de negócios para viabilizar seu próprios projetos e também de outros, e mostra que é sim possível viver da Fotografia documental, note bem, fora do eixo Rio-5P

Tiago Santana, na foto à esquerda, foi convidado pelo jornalista
Audálio Dantas para fotografar o Chão de Graciliano. As imagens, feitas nas cidades em que o escritor morou - Quebrangulo, Viçosa, Palmeira dos Índios e Maceió, em Alagoas, e Buíque, em Pernambuco foram palco dos clássicos literários de Ramos, Vidas Secas, São Bernardo e Caetés

cotidiano, ficou claro que era necessário profissionalizar o processo de captação de dinheiro. O primeiro passo foi fundar, em parceria com o fotógrafo Celso Oliveira, a editora Tempo d'Imagens. A empresa torna possível, ou pelo menos mais fácil, viabilizar os projetos por meio de leis de incentivo, patrocínios e vendas de livros. No total, já são 14 títulos lançados e mais 11 no forno. ETiago participou de alguns clássicos, como o Brasil Bom de Bola, de 1998, em que 11 duplas de fotógrafos e escritores interpretaram a paixão nacional, e Brasil Sem Fronteiras, de 2001, com Antonio Augusto Fontes, Celso Oliveira, Ed Viggiani e Elza Lima, que retrata as divisas do Brasil com os países sulamericanos. À Tempo também viabiliza projetos de vários outros fotógrafos, como o primeiro livro do belenense Luiz Braga, o Caixa de Luz, para 2006. É difícil, mas tem sido possível viver dos trabalhos autorais , resume.

receita para o sucesso Não existe planejamento infalível para um projeto vingar. Tiago sabe disso. Tem que focar em um projeto e, paralelamente, iragregando outros , admite. Atualmente, ele desenvolve Chão de Graciliano, com o jornalista Audálio Dantas, em que interpreta o universo dos livros de Graciliano Ramos, autor de Vidas Secas e Caetés, em Alagoas e Pernambuco; e com oescritor Xico Sá, um ensaio sobre caminhoneiros. Ambos estão sob captação de recursos por meio de leis de incentivo.

OportuniDaDe Fortaleza, Ceará, Nordeste. Esses lugares não fogem da lógica que o mercado de imagens está crescendo. Se os fotógrafos vivem aqui no Norte e no Nordeste, é porque tem dinheiro e investimentos , afirma Miguel Chikaoka. Eu não precisava ter nascido em Nova York para ter esse olhar, aliás, dá para fazer um grande ensaio dentro de casa , avalia Santana. Hoje em dia, os argumentos contra quem não mora em São Paulo ou Rio estão cada vez menos relevantes. Em pouco tempo, talvez sequer existam.

ESTAR EM DESVANTAGEM

PODE SER A GRANDE VANTAGEM

MIGUEL CHIKADKA

Dois dos 14 títulos lançados pela Tempo d'Imagens - Benditos e Brasil Sem Fronteiras. Ao longo de dez anos de existência, a editora vem se especializando em livros de fotografia documental brasileira, sempre com ensaios acompanhados de textos de antropólogos, historiadores, sociólogos e jornalistas

Três admiráveis talentos. Três formações diversas. Três novas oportunidades para você exercitar seu olhar no instigante mundo da fotografia. As Galerias Fnac recebem novas exposições, com o trabalho fotográfico de Eustáquio Neves, Paula Sampaio e Pedro Lobo.

Por Fernando Sant Ana

Eustáquio Neves - fotografias

Formado em Química, Eustáquio Neves nasceu na cidade de Juatuba, Minas Gerais, em 1955. Fotógrafo autodidata, pesquisa e desenvolve técnicas alternativas EEN TO jato [toi o) arc t(=1= nl] 9 O] ta(o [o Na <]o[ci V£0 AIN oooto sobrepondo camadas e imagens manipuladas.

Aborda temáticas relativas à identidde e à memória da cultura afro-descendente com trabalhos de acentuada visão crítica com relação às regras sociais e culturais.

Recentemente, tem pesquisado as mídias eletrônicas, incluindo a sequência e o movimento. Seu trabalho tem recebido inúmeros prêmios e a consagração do público e da crítica.

Eu vivo em mundo imagético com infinitos códigos para decifrar... uma quimica que é às vezes um pouco corrosiva quando se trata das desigualdades, ou quando os reagentes miscíveis relutam em não se misturarem, que é o caso das diferenças sociais e raciais, incompreensíveis.

Eustáquio Neves

Antônios

e Cândidas têm sonhos de sorte Fotografias de Paula Sampaio

Há dez anos, um desafio motivou Paula Sampaio: documentar o que sobrou do projeto da rodovia Transamazônica. Nascida em Belo Horizonte, em 1965, mora em Belém desde 1982. Recentemente, ela retomou os contatos para a complementação de fotografias ao longo da estrada, para entregar fotos e mais uma vez fotografar amigos que fez ao longo desses anos. Seus primeiros ensaios apresentavam alguns temas desenvolvidos com a linguagem caracteristicamente jornalística, devido a sua formação e ao trabalho cotidiano. Essa viagem de retorno mostra um ideal projetado em imagens de grande plasticidade, revelando o universo de sonhos das pessoas que ficaram à margem do projeto de inserção, interrompido como a estrada.

Formada em (Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará com especialização em Comunicação e Semiótica na PUC/MG, Paula Sampaio foi membro da Comissão dos Repórteres Fotográficos no Pará e participa de projetos realizados pela FotoAtiva. E repórter do jornal O Liberal e desenvolve, desde 90, projeto pessoal sobre a colonização e migrações de comunidades que vivem às margens das rodovias Transamazônica e Belém-Brasília.

Esse trabalho foi premiado pela Funarte (Prêmio Marc Ferrez, 19983) e pelo Mother Jones International Fund for Documentary Photography (1997).

A proposta inicial de Paula Sampaio, de simples documentação das vidas desenvolvidas ao longo do tempo, ampliou-se ao longo das fronteiras, físicas e conceituais, tornando-se independente do fato.

Rosely Nakagawa, curadora

Arquitetura de resistência

Fotografias de Pedro Lobo

As cidades são o foco principal do trabalho do fotógrafo Pedro Lobo. Brasileiro por opção, Pedro Lobo nasceu em Budapeste, em 1954, e mora atualmente no Rio de Janeiro, Cidades belamente retratadas por ele, assim como São Paulo, por ocasião dos seus 450 anos.

Ultimamente, tem se dedicado a fotografar a arquitetura de resistência , em favelas e cadeias públicas. Ele tem ampliado seu território, documentando outros aglomerados semelhantes em cidades do sudoeste do Brasil, e mais recentemente incluiu a arquitetura interior dos cárceres. Paciente artesão da luz, Pedro Lobo é rigoroso com o momento ideal do clique. Suas imagens, de alta definição e qualidade, mostram bem esse seu esmero técnico. Por outro lado, traços de humanidade suavizam a paisagem desenhada pela violência. Esta exposição faz parte do Foto-Arte 2005, em Brasília.

A instalação e o manuseio do equipamento pesado obrigam Pedro Lobo a manter uma longa permanência nos locais escolhidos. No entanto, o que poderia ser um risco a mais o diferencia dos fotógrafos jornalistas, em sua maioria indesejados pela população que vive nestes lugares.

Rosely Nakagawa, curadora

Fnac Barra

Ago =Tiro ARS a ars eeTSço)

Tel (21) 2109.200

Fnac Brasília

Pedro Lobo - 5 setembro a 23 outubro

Tel (61) 2105.2000

Fnac Campinas

LET[EE Teo RE Tr TS)

[es É Tel (19) 2101.2000

ECN RC]

sonhos de sorte

Paula Sampaio

Fnac Curitiba

João Urban - 5 setembro a 23 outubro

Tel (41) 2141.2000

Fnac Paulista

Paula Sampaio - 5 setembro a 23 outubro

Tel (11) 2123.2000

Fnac Pinheiros

Eustáquio Neves - 5 setembro a 23 outubro

Tel (11) 4501.3120

Em 2006, estas exposições continuarão circuito as E das Galerias Fnac no Brasil. Datas e Galerias sujeitas om oLEiS - Fotografias a alteração sem aviso prévio. Para a programação completa, consulte a agenda Os Encontros na Fnac da loja de sua preferência ou o site wwwfnac.combr

Arquitetura de resistência
Tui Tam Tr João Urban

BEM NA FITA

série de vídeos Foto.doc usa tom intimista para mostrar processo criativo de fotógrafos brasileiros Por Érica Rodrigues

A idéia de mostrar a produção fotográfica autoral brasileira numa série de vídeos-documentários uniu os fotógrafos Camila Garcia e Renato Suzuki, que desde 2004 se de-

dicam à tarefa de mergulhar na intimidade de fotógrafos brasileiros como Cristiano Mascaro, Paulo Leite, Cássio Vasconcellos, Carlos Moreira, Penna Prearo e Thomaz Farkas. Camila tem formação em Rádio e TV e conheceu Suzuki durante o curso de fotografia do veterano Carlos Moreira, no estúdio-escola do fotógrafo na Barra Funda, em São Paulo. Foi lá que os então pupilos assistiram ao documentário Henri Cartier-Bresson: Point d'Interrogation, Feito pela fotógrafa Sarah Moon, em 1994. A linguagem intimista, que mostra a proximidade entre Bresson e Sarah, foi uma influência decisiva para nós , conta Renato Suzuki. Asérie foto.doc vem sendo mostrada na Pinacoteca do Estado de São Paulo, na programação de debates mensais O Fotógrafo Por Ele Mesmo, coordenados pelo também fotógrafo Marcelo Greco a convite do curador, Diógenes Moura. O foto.doc e O Fotógrafo Por Ele Mesmo são dois projetos com trajetórias próprias e que acabaram se encontrando pela proximidade de intenções , explica Suzuki.

Para cada vídeo de 25 minutos, são captadas aproximadamente cinco horas de imagens, que mostram o personagem em sua casa e em seu local de trabalho. Narrado em primeira pessoa, 0 documentário faz um mergulho na obra do autor, que fala das influências, inspirações e do seu processo criativo. A questão técnica praticamente desaparece , comenta Suzuki. Nosso objetivo é que o espectador tenha a sensação de estar dialogando com o autor , acrescenta.

Para o segundo semestre de 2006, Camila, Suzuki e Greco já planejam a realização de mais seis documentários que devem fechara série. Além de coordenar os encontros na Pinacoteca, Greco irá fazer a produção executiva dos próximos vídeos. Otrio já planeja lançar uma série de seis DVDs,

De cima para baixo: Renato e Camila no helicóptero, Thomaz Farkas com Diógenes Moura, Penna Prearo - que assina o portfólio a seguir - com Paulo e Cássio. À esquerda, o professor Carlos Moreira. Documentários podem virar DVDs cada um com dois autores, de linguagens bem diferentes entre si. Quem gosta do Mascaro, vai poder conhecer melhor 0 Paulo Leite, e vice-versa .

O projeto conta com apoio técnico do Curso de Comunicação Social da Universidade Anhembi-Morumbi e com o apoio cultural do Fotosite. A primeira temporada encerra com as exibições de Penna Prearo (veja o portfólio na próxima página] no dia 05 de novembro, e de Thomaz Farkas, no dia 03 de dezembro. Auditório da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Praça da Luz, 2, São Paulo-SP

Penna Prearo (05/11) e Thomaz Farkas (03/12); às 11h

Entrada Franca (11) 3229-9844

FOTOS
RENATO
SUZUKI
faia mos DR

Sa: on dO TESS A(O

Penna Prearo dissolve os limites entre o consciente e o inconsciente, constituindo um terade a fo Do Lo Efe o TE RE RE Ro sua fotografia a antítese do retrato

Edição de fotos feita em parceria com o autor
Da série Quem Você Pensaque É &17, 2001
Da série Transmutantes, *15,1989

Da série Lista de Presença &03-07-11-15, 2005

*1 da série Transmutantes, de 1985: marco do amadurecimento da cor no trabalho de Penna Prearo

FORA DO CONTROLE

Como você vê televisão? Como distração ou fonte de informação? Para aqueles que mantêm uma certa distância da programação das grandes redes, surgem alternativas na internet que podem modificara curto prazo o modo deassistir TV. A televisão por demanda na rede permite ao espectador uma atitude mais ativa na forma de escolher entretenimento e informação: até mesmo sobre fotografia. Essa aproximação é uma possibilidade nem tão restrita, nem mesmo recente na internet brasileira. Programas especializados como aqueles oferecidos pela Fotosite TV ou pela série Fotografia.br no portal Ulltratv surgem em meados do primeiro semestre de 2005, desenvolvendo experiências na busca de formatos e públicos.

A oferta em geral de canais vem crescendo nos últimos dois anos, mas apenas com o acesso por banda larga a preços mais acessíveis essa opção ganhou fôlego. Grandes provedores como Uol e Terra oferecem o serviço, cobrindo cultura, entretenimento e noticiário diário. As emissoras comerciais ainda não descobriram o mercado, com a exceção da Globo, através do Globo Media Center, mas canais públicos como TV Cultura ou TV Câmara já disponibilizam parte da programação.

SEM CONTROLE REMOTO: se você está interessado, saiba que o novo veículo apresenta dificuldades. A maior delas é a ausência de um guia de programas que facilite a seleção de ofertas e definição de uma grade personalizada de canais . Nem mesmo serviços de busca como Google são alternativas para a falta de integração dos sistemas. Outra dificuldade está no sistema de busca, pois os webcanais não oferecem um conjunto de descritores uniformes com raras exceções, como o programa Metrópolis. Isso significa que você terá de quebrar

cabeça eutilizar sua experiência em pesquisa. Parta de palavras-chaves como "fotografia", tentando variações como "foto" ou "artes". O acesso pago é um problema adicional, pois nem tudo está disponível para não assinantes. No Globo Media Center, que recomendo para os mais preguiçosos, os vídeos oferecidos gratuitamente estão identificados pela tarja Passe livre.

O QUEVER? Há de tudo. Apesar da televisão via internet ser um empreendimento recente é possível achar produções antigas como uma reportagem de 2001, por exemplo, sobre o Afeganistão e a política severa de controle de imagem promovida pelo Taliban (GMC, Jornal Nacional, 13.12.2001).

Com certeza, é a cobertura diária que predomina e muitas inserções sobrevivem ao tempo. Veja por exemplo no site do Metrópolis a reportagem sobre a coletiva do World Press Photo, no Sesc Pompéia (TV Cultura, 25.07.2005). À vantagem dessas inserções é poder conhecera montagem dos eventos e contar com depoimentos dos fotógrafos e curadores. Nos programas especializados, como 0 Fotosite TV, a marca é a entrevista no formato talk show. Uma opção especial, voltada para a publicidade, é a página do Avesso, programa veiculado no Sony Channel, que oferece toda a programação na internet. Os programas são curtos, enfocando produções recentes com cenas dos bastidores e depoimentos dos diversos profissionais envolvidos.

Um dos atrativos é encontrar programas de entrevistas de maior fôlego, veiculados na televisão tradicional. Um exemplo são as inserções do programa Almanaque, entre elas o depoimento de meia hora com o fotógrafo Marcos Prado, sobre o premiado documentário Estamira (Globonews, 15.04.2005). Mas, para minha surpresa, 0 vídeo não está mais disponível, pois afinal audiência conta. Pafa compensar, veja na mesma série o programa, veiculado em 21.04.2004, com Joaquim Marçal falando sobre seu livro História da Fotorreportagem no Brasil (Elsevier/Campus), um marco da pesquisa sobre o início do fotojornalismo brasileiro no século XIX.

O QUEÉ PRECISO PARA ACESSAR? Além da paciência e tempo, dê preferência a uma conexão em banda larga, embora muitos provedores ofereçamopção para acesso distadosEntre os softwares, os players disponíveis não apresentam diferença significativa. Épossível ainda graVar com a mesma qualidade, mas isso é,assunto para outra ocasião.

coordenador do site

Saiba mais Veja alguns links citados nessa coluna m Www.scoopt.com E www.spymedia: ww.celljournalist.com / m www.ohmynews.com £

RICARDO MENDES éhistoriadore

A c Oo G R

NOVEMBRO DE 2005

Paraty em Foco.

Mundo da fotografia se reúne em Paraty.

Bm das cidades históricas mais charmosas e famosas do pais será agora, também, palco de um disputado encontro de fotografia, o Paraty em Foco. Com patrocínio da Fnac e apoio do Fotosite, o evento acontecerá de 03 a 06 de novembro, com pretensões de, no futuro, transformar aquela bela cidade em uma espécie de Arles brasileira. Na cidade de Arles, na França, acontece a cada ano um dos mais importantes eventos de fotografia no mundo, os Rencontres Internationales de la Photographie.

O Paraty em Foco promete despertar toda a cidade para a fotografia e atrair um grande número de amantes e apaixonados por essa arte, tanto do Brasil, como do exterior. Organizado pelos fotógrafos Giancarlo Mecarelli Nepali [Ro STA CAT to Rr fo retratos Sao Trato STS importantes fotógrafos como Marcio Scavone, Klaus Mitteldorf, Marcelo Soubhia, Antonio Guerreiro, entre outros e promete ser o primeiro de uma série.

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Um dos destaques será a apresentação do resultado do trabalho social que os fotógrafos Giancarlo Mecarelli e Richard Roberts realizam com câmeras digitais gentilmente doadas pela Kodak, com jovens de 10 a 15 anos do ITAE, uma ONG que assiste a mais de 600 crianças e adolescentes de comunidades carentes da cidade. As fotografias feitas pelos jovens estarão expostas na Igreja Santa Rita de Paraty, icone da cidade. Além disso, dez renomados fotógrafos doarão uma foto cada. Estas imagens estarão expostas na Casa da Cultura de Paraty e serão leiloadas durante o evento em prol do ITAE, em benefício de seus programas educativos.

Uma bela oportunidade para visitar Paraty nesta época e aproveitar ao máximo das exposições e encontros sobre fotografia! eee

Av Paulista, 901 - São Paulo - SP - Estac. pela AI. Santos, 960 RA PERU

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Av. Pedroso de Morais, 858 - São Paulo - SP (11) 4501.3000

O fotojornalismo, que nasceu.

VISA POUR LIM eu

na.
2 º a saídas para depender me própria mídia

Assistir a uma noite de projeção de fotos no festival de Fotojornalismo Visa Pour L'Image, que aconteceu no último mês de setembro em uma cidadezinha maravilhosa no sul da França chamada Perpignan, é uma experiência única para um fotógrafo. Arquibancadas lotadas, uma sequência interminável de trabalhos maravilhosos, vinho do bom emais barato que água. É tudo tão bacana que quase nos esquecemos que 0 fotojornalismo, um meio ainda tão jovem, é um sujeito em crise. A cada dia, menos páginas são destinadas a reportagens fotográficas e o número de fotógrafos não pára de crescer. Boa parte do material mostrado no festival nunca chegou a ser publicado.

A atmosfera hedonista nos cafés da cidade mal esconde a dura realidade do fotojornalismo por trás do Festival: os fotógrafos que circulam pela cidade durante o evento, ilustres desconhecidos ou mitos do olimpo Magnum, estão competindo para conseguir espaço nas mesmas escassas páginas da mídia mundial. Do outro lado, os mais importantes editores do mundo estão ali pra ver tudo o que adorariam publicar, mas sabem que não têm mais tanto espaço para isso.

Uma olhada atenta sugere que o que está em crise é a indústria da qual a foto reportagem depende, a imprensa, e não o meio em si. Os trabalhos mais interessantes foram de Fotógrafos que já perceberam que o mundo não é mais como nos gloriosos anos da revista Life. Esses fotógrafos se desvencilharam da opressão da objetividade e passaram a buscar um discurso bem mais pessoal. O melhor exemplo disso foi o prêmio Visa D'Or de reportagem, conferido a James Hill, do The New York Times, e seu trabalho sobre o massacre de Beslan. Hill chegou no palco da carnificina uma semana depois do ocorrido, quando o mundo todo já tinha visto uma enxurrada de fotos dohorror que os alunos da escola viveram. Havia uma história que não tinha sido contada, sobre a dor dos alunos sobreviventes quando retornaram ao que restou de sua escola, uma saga contada de forma magistral.

Mas hoje, jornais e revistas já não são mais os principais financiadores da foto de reportagem. Esse posto vem sendo ocupado pelas ONGs, que perceberam o poder que as boas imagens têm de alavancar suas causas. Os trabalhos são usados em relatórios, anúncios

e campanhas de conscientização. Alem disso, os casos mais bem-sucedidos, acabam indo parar nas páginas das revistas, gratas por não terem que bancar os enormes custos de produção.

Os fotógrafos também estão começando a sair do estupor e começam a descobrir maneiras alternativas de continuar trabalhando no que gostam. À agência VU, menos conhecida por aqui mas venerada na Europa, tira boa parte de seu sustento com as vendas de sua galeria em Paris, que expõe tanto fotógrafos do staff como Freelancers.

A venda de fotografia de reportagem como arte foi até tema de um debate em Perpignan, aliás, um dos mais acalorados do festival. Mesmo sem estar presente, a estrela foi o fotógrafo Luc Delahaie, que, ano passado, causou um rebuliço no mundo fotográfico ao deixar a Magnum, renegar o fotojornalismo para se declarar artista e lançar uma série de fotos panorâmicas em grande formato feitas em eventos históricos que cobriu pela revista Newsweek. Todas elas venderam muito bem, apesar do preço na casa dos vários milhares de dólares, o que criou um debate ético entre fotógrafos e editores, preocupados sobretudo, com o Fato de que Luc conseguiu acesso aos eventos e pessoas como jornalista e não como artista. O valor cobrado pelas fotos pareceu incomodar mais o público do que o fato de elas serem vendidas como arte, o que parece ser um caminho irreversível e natural para o meio que, até agora, vem melhor documentando a história recente.

ANDRÉ VIEIRA é fotógrafo, carioca do mundo e já cobriu guerras no Afeganistão e em outras bocadas. Seu site é drevieira.

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Esqueça o gesto na foto, Chico Audi é uma gracinha de pessoa, diria sua amiga Hebe Camargo. O fotógrafo, que tem intimidade com grifes até no sobrenome, construiu uma estreita relação profissional e de amizade com pessoas do naipe de Xuxa, Eliana e Faustão. A Kelly Key, por exemplo, só é Key por causa dele, que teve o insight de sugerir o nome artístico da moça. Mas a carreira bem-sucedida na fotografia não o livra de ser estigmatizado pela proximidade com o mundo sertanejo e televisivo popular, ou brega como preferem alguns. Para vencer esse tipo de preconceito ele mistura muita competência, uma estrutura tecnológica invejável e um gesto provocador para calar as más línguas. Com vocês, Chico Audi

Ler

Numa manhã de setembro, cruzo o grande portão de acesso ao espaço de 500 m?, que abriga dois estúdios fotográficos, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Alguns produtos das Casas Bahia estão na garagem. Possivelmente à espera da próxima sessão de fotos. Espero o entrevistado na sala, de decoração minimalista: sofá de couro preto de linhas retas e um case de metal, espécie de mala rígida de transportar equipamento, serve de móvel para o aparelho de som. Na mesa de centro, em meio a muitas Vogues e Elles, uma revista de fotografia americana. Junto à parede de tijolos aparentes pintados de branco, algumas fotos do dono do estúdio, em molduras de vidro suspensas por fios de aço. Uma delas, de cavalo: surge a primeira pista sobre a história do fotógrafo. De camiseta, calça jeans e tênis vermelho, entra na sala o homem cuja tez morena revela logo sua ascendência árabe. Meu avô era libanês, tinha uma loja de tecidos na rua 25 de Março . Nem dá para acreditar que Chico Audi, 41 anos, já pesou 135 quilos. Usava calça número 58, hoje veste tr 46. Foi Daniella Cicarelli que me incentivou a malhar e fazer dieta , conta o fotógrafo preferido das celebridades televisivas.

Ele nunca havia concedido entrevista a uma revista especializada em fotografia. Frisa que não foi por falE ta de convite, só achava que ainda não era hora. Entra| mos no estúdio. O aço escovado das bancadas dá um ar

- Chico Audi e seu amigo Fausto Silva

2 - Foto para a marca Ana Pegova

3 - Primeira imagen da campanha da Scania feita em externa no Brasil

4 - Foto para campanha da Heidelberg

5 - Uma das fotos de Hebe Camargo, que compõem cenário do programa da apresentadora no SBT

futurista ao local. A entrevista começa e ele vai logo dizendo que tudo que aprendeu foi na prática. Estudou pouco. Sou autodidata em tudo. Só no amor que não, porque a gente vai vendo os outros e aprende . Até os 30 anos, Chico cuidava dos negócios do pai, fundador de uma indústria química. Também foi piloto de helicóptero. Um dia, viu uma equipe de americanos produzindo uma sessão de fotos de cavalos na fazenda da família, em Morungaba, São Paulo. Achou aquilo fantástico. Ali tinha um valor agregado, mobilizava várias pessoas . Decidiu que iria fazer fotos também. Comprou uma Nikonzinha e começou a disparar seus primeiros flashes. Mas as imagens nunca ficavam parecidas com as do pessoal que ia à fazenda fotografar. O pai resolveu o que para ele era o x da questão: faltava a càmera profissional, Deu-lhe uma Mamiya 645 de presente. Mas, pai, só cabem 15 chapas; é muito pouco , comentou Chico à época. À resposta veio para o filho em forma de desafio: Você tem que se concentrar. Se não, pode parar por aí porque isso não é para você .

E ele decidiu encarar. No dia de seu casamento com Samira, resolveu abdicar das regalias da família para viver exclusivamente da fotografia. E assim, clicando mangas-largas e cavalos árabes, rodou o mundo, conheceu príncipes, reis, ganhou dinheiro. Os cavalos também foram o elo com a música sertaneja. Começou Fo-

Autógrafo de Claudia Schiffer e Pelé na parede do camarim

tografando a dupla Leandro e Leonardo e depois vieram Gugu Liberato, Ratinho, Eliana e uma extensa lista de gente conhecidíssima do grande público. Adriane balisteu, por exemplo, havia passado pelo estúdio poucos dias antes deste bate-papo. O fotógrafo é padrinho artístico de Kelly Key, a moça do hit Baba Baby. = 0 Key do nome dela foi idéia de Chico. Era a chave do sucesso que faltava , diz ele.

Aconversaseguee o fotógrafo vai revelando seu jeito simples e enviesado de falar e expor suas idéias. Você acabou ficando amigo desses famosos? - pergunto. Sim, são relações de confiança. Eles sabem que a imagem é muito importante e, tendo liberdade com o fotógrafo, é uma conquista atrás da outra , De quem você é mais próximo? Ai, vou acabar esquecendo nomes... Tenho um carinho muito grande pela Hebe. Há alguns anos faço todas as suas Fotos publicitárias, de palco e também pessoais ,

Durante as quase duas horas de conversa, citou muitos números. Disse ter 60 artistas que preferem ser fotografados por ele, que tem mais de 10 mil fotos de cavalo no arquivo, que emagreceu quase 40 quilos, que usa uma Hasselblad de 22 megapixels, que já publicou mais de 1100 capas. Mostrou-me no computador seu mailing profissional de 218 mil nomes. Até na hora de ser pai, caprichou na quantidade. Teve três filhos de uma vez: Tárik, Zeca e Georgia, hoje com 6 anos, e depois Kiko, de 4.

Atento às instabilidades do mercado, Chico apresenta uma maneira bem particular de lidar com os clientes. O fotógrafo não deve cobrar de acordo com a fama. Não importa se estou fazendo fotos de um Rolex de 100 mil dólares ou da Hebe. Não adianta supervalorizar um momento inspirado. Isso não existe. Quem cobra preço de ocasião depois cai numa deprê e não consegue mais trabalho .

Falando de suas inspirações mostra-se um tanto quanto eclético. É fá de Michelangelo e adora a Capela Sistina porque os renascentistas guardavam tudo na memória para reproduzir nas pinturas . Não tem

PADRÃO CHICO DE QUALIDADE

Foram muitos anos fotografando somente cavalos, muitos outros fotografando somente cantores sertanejos, até Chico Audi conseguir espaço no meio publicitário. Há quatro anos conseguiu transpor os preconceitos , como coloca, e vem desenvolvendo campanhas para marcas como Track6Field, Bridgestone, Rádio Antena 1, Mont Blanc, Anna Pegova e Lupo (para a qual fez recentemente ensaio com a modelo Raica Oliveira, que permaneceu no Brasil somente as quatro horas da seção de fotos e voltou para Nova York). Detalhe: Toda a produção de seu estúdio é 100% digital. Há muito tempo não sei o que é um cromo , brinca Chico, que montou dentro de sua estrutura mecanismos que define com a round trip da imagem . Sua equipe de Fotógrafos e manipuladores digitais trabalha com um profile de cor próprio, batizado de Padrão Chico Audi CMYK e seu site numa ferramenta de trabalho, em que o cliente pode acompanhar a sessão de fotos em tempo real, iniciar o layout baixando os arquivos gerados no estúdio, segundos após a captação, ou ainda receber imagens finais em alta resolução, de qualquer tamanho, via internet. Apesar de já existirem no mercado alguns mecanismos de compressão e envio de grandes imagens, o fotógrafo utiliza o sistema criado no próprio estúdio. Mas Chico não dá maiores detalhes do esquema. E um

foi potencializado

ídolos na fotografia. Há vários fotógrafos bons, mas cada um tem seu estilo. Minha fotografia é uma coisa mais hiper-realista, mais puxando para a perfeição, não é aquela coisa descontraída, solta . E você gosta mesmo de música sertaneja? Sim, morei muito tempo na fazenda. Sertanejo é a memória viva da minha infância: galinhas no terreiro, pescaria no final da tarde, tirar leite da vaca, cheiro de chuva na terra, histórias de assombração. Sertanejo não é um ritmo, é um estado de espírito . E o que tem no seu CD player agora? Duço pop-rock e umas baladas mais tranquilas, tipo Jethro Tull .

Bastante religioso, atribui seu sucesso a Deus. Porque ele me deu a capacidade de enxergar, de fotografar . E encontrou na caridade, participando de campanhas beneficentes de hospitais e entidades sem fins lucrativos, uma maneira de retribuir as conquistas.

Eo preconceito, Chico? Não vou mencionar nomes, mas há pessoas que vivem num mundo fechado e tem lá suas manias, que eu repudio. Eles realmente discriminam 0 Fotógrafo que transita no meio sertanejo. Tive problemas sérios há cinco anos, nem conseguia acesso a algumas áreas da publicidade. Graçasa Deus, eu superei e agora faço grandes campanhas. Dificílimas .

Sentamos, então, em frente ao computador e ele explica o funcionamento do seu sistema de captação, finalização e entrega de imagens via internet, batizado de Padrão Chico Audi de Qualidade (Confira no box). Depois, mostra a menina-dos-olhos do estúdio: o camarim com centenas de autógrafos das mais diferentes celebridades que passaram por lá, como Xuxa, Pelé, Claudia Schiffer. Mostra também sua sala particular. Passamos depois pela sala de manipulaçãoe finalização de imagens, e, então, descemos por uma das escadas espiraladas, até sair novamente em um dos estúdios. Fim da conversa, o entrevistado acompanha-me até o portão. Perto do crucifixo pregado na parede, nos despedimos. Vai com Deus , diz Chico Audi à repórter atéia. Amém, Chico .

supersegredo , diz. Por meio de login e senha, é possível baixar as fotos, de maneira rápida e toda transação gera protocolos criptografados para o cliente e para o estúdio. Acredito ter criado soluções para o futuro. À fotografia convencional está anos-luz para trás , avalia. Hoje, Chico Audi é fotógrafo oficial da Heidelberg [www.br.heidelberg.com], uma das maiores empresas de máquinas gráficas do mundo. A fabricante alemã selecionou 40 Fotografias suas para serem utilizadas como referência em impressão de imagens de grande formato. Fiquei muito contente, porque fiz isso tudo sozinho, sem instrução nenhuma , conta o fotógrafo. Segundo Daniela Bethonico, gerente de marketing da Heidelberg para a América do Sul, Chico Audi é um dos poucos Fotógrafos no mundo que se preocupam em desenvolver processos de finalização e pré-impressão na própria estrutura do estúdio . Chico também atua na PMA (Print Media Academy), entidade educacional vinculada à Heidelberg, que proporciona treinamento a profissionais do mercado de impressão. Durante a última convenção da instituição no Brasil, o Fotógrafo foi convidado pelo professor Ronald Schaul, da Stuttgart School of Media [www.hdm-stuttgart-de] e por Karl Kowalczyk, da Heidelberg, para dar palestras sobre seu sistema de trabalho na Alemanha. Ds alemães não imaginavam encontrar no Brasil soluções de ponta no mercado da imagem , diz Daniela.

Da vontade de fazer uma coleção pocket, barata, que mantivesse o padrão de livros de arte e ampliasse o público de livros de Fotografia, surgiu a coleção FotoPortátil, da editora Cosac Naify. O lançamento de cada volume, de 14 x 17 cm, acontece durante a programação de debates FotoPalavra, promovido pelo Itaú Cultural em parceria coma editora. Entre outubro e dezembro serão oito volumes: Luiz Braga, Cris Bierrenbach, Rosangela Rennó, Antonio Saggese, Kenji Ota, Eustáquio Neves, Mario Cravo Neto e Miguel Rio Branco. Os livros não trazem as melhores fotos de cada autor, mas trabalhos únicos, amarrados conceitualmente , segundo explicou o coordenador do projeto, o jornalista e fotógrafo, Eder Chiodetto. Assim, cada participante está realizando trabalhos em novas versões, adequando-os ao formato da publicação, constituída de uma única folha sanfonada.

A seguir, a diretora de arte da Cosac Naify, Elaine Ramos, e a fotógrafa Rosângela Rennó, autora das imagens do terceiro volume da coleção, falam da relação entre design e foto.

ELaIne Ramos, diretora de Arte COMO DESENVOLVER UM BOM DESIGN NESTA COLEÇÃO, QUE AGREGA TRABALHOS TÃO DIVERSOS, COM AS DEVIDAS CONCESSÕES AOS FOTÓGRAFOS, QUE, OBVIAMENTE, NÃO QUEREM VER SUAS FOTOS CORTADAS?

Eu sempre tive o maior interesse por fotografia e por livros de fotografia. Mas projetar esse tipo de livro é sempre um terreno movediço e eu atribuo isso à tangência, ou melhor, à sobreposição que existe entre a atividade do fotógrafo e do designer os dois lidam com o plano, em que o recorte, o enquadramento, são estruturais [em graus diferentes, dependendo do artista, mas essa questão está sempre presente, nem que seja pela negação). Então, ou o livro é uma parceria ou, se a foto é o foco, é preciso respeitála. À primeira hipótese, na minha opinião, é a maisrica, já que o livro não é a Fotografia pura e simples, mas um livro, na segunda

ESSE PROJETO TRAZ UM FORMATO BASTANTE OUSADO PARAESSE TIPO DE PUBLICAÇÃO. COMO ELE ESTÁ SENDO REALIZADO? 0 problema do Formato pocket é que as imagens ou são muito pequenas ou ficam cortadas pela lombada, o que é agravado pelo fato do livro, por ser pequeno, não abrir direito. Isso se juntou ao meu interesse em pesquisar novas maneiras de construir a narrativa de um livro e de adaptar o suporte a essa narrativa. Isso, na minha opinião, é um dos principais desafios do designer ao projetar livros. A Cosac Naify já fez várias experiências nesse sentido e vem sendo identificada como uma editora inovadora. Daí o livro sanfonado: com um suporte contínuo, eu consigo ter fotos grandes em um livro pequeno, com uma interferência sutil (apenas a dobra]; reforço a questão da narrativa dando mais peso à sequência das fotos e a relação entre elas e ainda abro muitas possibilidades diferentes de ocupação e de leituras que o suporte convencional não permitiria, podendo abrigar bem tanto a fotografia convencional como proporcionar uma liberdade enorme aos artistas. Nos primeiros quatro livrinhos já é impressionante a diversidade que surgiu na ocupação do suporte. Além disso, o livro é racionalizado em uma única folha de offset, o que significa redução do tempo de impressão, um dos principais fatores de custo na gráfica, e da quantidade de papel, o que compensa o custo maior em acabamento.

ROSângeLa RENNÓ, fotógrafa

COMO E COMPARTILHAR O MESMO ESPAÇO COM AUTORES TÃO DIVERS0S? TALVEZ VOCÊ SEJA A ÚNICA DESTE ROL CUJA DESIGNAÇÃO DE FOTÓGRAFA SEJA O MENOS RELEVANTE, JÁ QUE VOCÊ ROMPE AS BARREIRAS DO RÓTULO PARA FAZER DA FOTOGRAFIA O SEU CAMPO DE INVESTIGAÇÃO, SEM NECESSARIAMENTE EXECUTAR O ATO DE FOTOGRAFAR. Acho que a proposta da Cosac para uma série de livros de referência de Fotografia brasileira já predispõe todos nós à miscigenação.

na virada

Diretora de arte e fotógrafa que participam de novo projeto de pocket books, lançado este ano, dão algumas pistas de como fazer para que todos saiam ganhando na velha disputa entre o design gráfico e a Fotografia

hipótese, acho que o designer deve fazer seu trabalho de maneira silenciosa e elegante, sem desviara atenção do foco. O projeto FotoPortátil é interessante por estabelecer na própria estrutura do livro essa parceria entre designer e fotógrafo, o diálogo é inevitável eo resultado é um objeto e não a simples reprodução de originais que não estão ali, A maneira como cada artista vai lidar com isso será muito visível ao longo da coleção.

Por Érica Rodrigues

Além de achar inevitável, penso também ser interessante dar ao leitor/espectador a possibilidade de confrontar usos, linguagens e visualidades diferentes. Entendo que talvez o meu trabalho seja o mais aberto dentro do grupo escolhido para o lançamento do FotoPortátil, mas é sempre bom lembrar que a base dele sempre foi a fotografia, sua história e suas potencialidades de reprodução técnica.

ESUA RELAÇÃO COMA DIREÇÃO DE ARTE? É PRECISO FAZER CONCESSÕES EM NOME DO PROJETO GRÁFICO E DA UNIDADE DE UMA COLEÇÃO?

Conheço a equipe da Cosac há muito tempo e inclusive lancei um livro em 2003 na editora, em parceria com o CCBB doRio. Tem sido um prazer trabalhar com o Eder Chiodetto e a Elaine Ramos e o texto que acompanha meu livro, de Alícia Duarte Penna, é uma abordagem extremamente poética das imagens, muito frias. Concordei com o projeto gráfico e, na verdade, não vejo meu trabalho para a coleção como uma concessão. Aliás, foi bem o contrário, tratou-se de um desafio assumido. Realizei um projeto específico para a publicação, com o mesmo rigor com o qual trato qualquer outro suporte; o livro foi concebido como um "livro de artista , pensado para o formato específico: um múltiplo impresso em offset.

NESSE CASO, VOCÊ PARTIU DA FORMA PARA ELABORAR O CONTEÚDO? COMENTE UM POUCO ESSE PROCESSO E TAMBÉM TEMA DO SEU LIVRO. Transformei meu último projeto, intitulado Apagamentos [20042005), em sequências de imagens entrecruzadas para o formato do livro. A trama das molduras de slide foi mantida na proporção 1:1,

criando uma modulação, portanto, preestabelecida, exatamente no tamanho das pranchas. Assim, era como trabalhar sobre uma grade que deslizava sobre as imagens e servia para controlar o entrecruzamento. Foi a primeira vez que adotei esse procedimento e creio que ele só se presta a esse trabalho. Em geral, não costumo partir de soluções técnicas, elas surgem como ferramentas, quando necessário. Sobre as imagens, só posso dizer que são seguências de fotos de investigação criminal. À origem é confidencial, mas... um crime é um crime... não importa onde.

projeto Fo TOPOrTÁTIL

QUANDO Luiz Braga: 01/11; Cris Bierrenbach: 08/11; Rosangela Rennó e Antonio Saggese: 16/11; Kenji Ota e Eustáquio Neves: 29/11

ONDE Itaú Cultural, Av. Paulista, 149, São Paulo-SP

QUANTO em torno de R$30 (cada volume)

INFORMAÇÕES www.cosacnaify.com.br

RECONHECIDO

Walter Firmo lança livro antológico sobre sua obra e tira a roupa para suas próprias câmeras. A série inédita de auto-retratos irá compora exposição de 50 anos de carreira, em 2007. Meu nu é exatamente o que eu sou.

Por Ana Paula Sabbag

Porque a nudez não deve ser castigada. O fotógrafo Walter Firmo [www WALTERFIRMO.COM.BR] contradiz a comédia humana de Nelson Rodrigues para justificar a série de auto-retratos em que aparece nu em pêlo. O corpo é a coisa mais bonita que temos e devemos reverenciá-lo sempre . Uma atifude inesperada e corajosa para um homem no portal da velhice , aos 68 anos, quase 50 dedicados à fotografia.

Firmo não tem pudores em se mostrar, ao contrário de muitos na sua idade e de vários companheiros de profissão. Uma questão de ego? Talvez, já que o ofício de fotógrafo deixa o autor na escuridão enquanto trazà luz imagens que ganham fama evalor. Henri Cartier-Bresson, por exemplo, morreu aos 95 anos acreditando que o que estava na superfície bastava, não importava o que vinha por baixo. O fotógrafo se mostra no seu trabalho solitário , explica Firmo.

Firmo nos Lençóis Maranhenses, 2005: O cenário sempre é importante, pois tenho pé de poeira, não paro nunca

Mas não é só a cara que ele quer dara tapa; Firmo expõe seu corpo, já não tão atlético assim, nem tão jovem, mas encarnando um espírito disposto a confinuar por muito tempo. Meu nu é exatamente o que eu sou . Sim, ele se vê bonifo e jovem e sem nenhum sentimento de culpa. E ainda se define: sou um guerrilheiro na minha aventura, mostrando meu próprio porvir . Afinal, um aufo-refrato é a representação da auto-imagem; nos mostramos como queremos

Piquenique em Paris: Joguei minhas coisas no chão para simbolizar uma possível presença

ser vistos-. E, então, entra a câmera fotográfica como sua máscara, sua proteção e motivação, e é ela que revela seu personagem verdadeiro. Eu acho que não tenho mais nada a perder com quase 70 anos , completa.

LIVIO

Seguindo o caminho das revelações, os primeiros festejos dos 50 anos de fotografia de Walter Firmo começam agora, dois anos antes, trazendo à tona fotos inéditas. Suas imagens, que já passaram por grandes jornais e revistas, e livros de pequeno porte, agora ganham o reconhecimento que merecem. É o primeiro livro nitidamente autoral , diz 0 fotógrafo. Firmo é uma publicação de peso; capa dura, 300 páginas, 240 imagens, seis capítulos, uma seção de homenagens, outra de fotos preto-e-branco, ensaio do jornalista Cláudio Bojunga, depoimento do fotógrafo, comentários de Araquém Alcântara, Arlindo Machado, Joaquim Ferreira dos Santos, Sérgio Cabral e Stefania Brill. Tudo em inglês e português. Lélia Frota, da Editora Bem-te-vi, garimpou o acervo de milhares de fotografias, guardadas no apartamento de Walter, no Rio de Janeiro, para lançar, em outubro, a mais completa obra do autor. O fotógrafo viajante ainda promete que, até 2007, mais livros virão.

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Araquém Alcântara conta em primeira mão algumas histórias do seu novo livro "Amazônia"

O fotógrafo Marcio Scavone comenta algumas imagens emblemáticas de sua carreira

Sérgio Sá Leitão é jornalista, cineasta, fotógrafo e atual Assessor Especial do Ministro da Cultura Gilberto Gil. Aqui ele fala de seu trabalho no ministério

O diretor editorial Fernando Luna comenta algumas capas de revistas do portfólio da Editora Trip

O fotojornalista Maurício Lima, da agência AFP, comenta seu trabalho sobre o pós-guerra no lraque

Ricardo Corrêa, fotógrafo e ex-editor da Abril, comenta algumas fotos antológicas da Placar, resgatadas na edição especial de 35 anos darevista

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aa po eos bombeiros dePifisfiela, uma pequena cidade no interior de Massachussets, para que liberassem algumas casas que pudessem ser incendiadas g s palavras do próprio fotógrafo, ele viu um brilho nos olhos do chefe dos bombeiros quando este lhe entregou uma lista de 40 casas que poderiam ser queimadas para E foto

| Rn fazparte a trabalho Beneath theRoses, que muitos críticos chamaram de dark side of small town America (o lado obscuro da pequena cidade american ls gory não se considera popula pois suas imagens, em princípio, têm um momento de contemplação, que é quebrado pelo mergulho do espectador na cena dr

Quem vê Gregory Crewdson, 43, dando suas braçadas nas piscinas da Universidade de Yale (www.yale.edu), nos Estados Unidos, não imagina que esse professor de fotografia está de fato pensando sobre o que fotografar, ao invés de simplesmente mantera forma. A maioria das minhas idéias vêm enquanto estou nadando , comenta o tranquilo Crewdson de seu escritório em Yale. Ele agitou o mundo da fotografia norte-americana e européia com seu livro Twilight, lançado pela Abrams Book em 2002, por conta de uma série de fotos algumas publicadas nesta matéria - que usam uma iluminação de cinema, que envolve uma equipe de até 40 integrantes de artistas digitais a especialistas em iluminação, arquitetos, modelos e até um diretor de fotografia. Praticamente uma produção hollywoodiana. Seu universo fotográfico começou a ser construído na infância, quando Crewdson, junto com seus dois irmãos, ficava escutando as conversas que o pai psicólogo tinha com seus pacientes no bairro nova-iorquino do Brooklyn. Crewdson construía, em sua cabeça, imagens daquelas conversas. À outra influência paterna na vida do jovem Gregory, foi levá-lo a uma retrospectiva de Diane Arbus no Museu Metropolitan ), em Nova York, no ano de 1972. Aquela visita, provavelmente, serviu como a semente dos louros que ele está colhendo agora , escreveu Rick Maidan no prólogo do primeiro e único livro do Fotógrafo, Twilight. Passado os tempos da infância na casa do Brooklyn e da adolescência musical - Gregory foi guitarrista de uma banda - começou a se envolver com fotografia mais sistematicamente. Formou-se em 1985 na State University de Nova York, e, em 1988, concluiu um M. F. A., um tipo de pós-graduação, na própria Yale, e da qual se tornou professor em 1993. Depois do sucesso do livro, suas imagens se espalharam por museus, galerias e exposições nos Estados Unidos, na Europa e na Argentina atualmente é representado pela galeria Luhring Augustine[ 1] e integra a coleção do museu Guggenheim, ambas em Nova York. O sucesso de (rewdson chegou ao cinema, e ele foi o protagonista do documentário Gregory Crewdson: The Aesthetics of Repression (Gregory Crewdson:À Estética da Repressão), de Michael Blackwood. Agora, Crewdson fala pela primeira vez a uma publicação brasileira sobre como construiu seu próprio sonho.

VOCÊ JÁ CONSEGUE VIVER APENAS DE SEU TRABALHO AUTORAL, OU VOCÊ FAZ

TAMBÉM FOTOS COMERCIAIS?

Interessante... Desde quando comecei como fotógrafo, tomei a decisão de não ir atrás de trabalhos mais comerciais, anúncios, editoriais. Quero man= ter o que eu faço como um artista da maneira mais pura possível. Eu apenas leciono fotografia em Yale.

OPHELIA, A FOTO QUE ESTÁ NA CAPA DO SEU LIVRO, TWILIGHT, TEM UMA PRODUÇÃO COMPLEXA. FOI MUITO CARO TORNAR ESSA IDÉIA UMA REALIDADE? (Risos). Eu não me lembro exatamente quanto foi para fazer essa foto, mas não tanto quanto você imagina. Sempre tem um jeito de reduzir os custos da produção. Trabalhando fora de Nova York, por exemplo. Mas para essa foto, especificamente, tive que construir um set em um galpão, fiz um tanque eo enchi com água.

QUANTO TEMPO LEVOU?

Demorou semanas. Tivemos que trabalhar com o diretor de arte fazendo planilhas, esboços, um arquiteto projetando, modelos. No galpão, ficamos umas duas semanas construindo a cena.

COMO VOCÊ CRIA OS CONCEITOS DAS SUAS IMAGENS? DE ONDE VÊM SUAS IDÉIAS?

Nado longas distâncias, e penso a maioria das imagens enquanto estou na piscina. Estou interessado nos gêneros clássicos americanos, que exploram o confronto entre o teatro e a vida cotidiana.

E QUAIS SÃO SUAS REFERÊNCIAS?

Tem muitas referências em meu trabalho. Eu me coloco em uma linha da pintura americana, de Edward Hopper, e das fotografias de Diane Arbus, Walker Evans e William Eggleston. Tenho uma forte relação de luz e cor com as outras artes. E minhas fotos têm uma natureza psicológica. Acho que cada fotografia, como todo outro trabalho de arte, reflete o tempo em que foi feita, as mudanças na sociedade, na cultura e na arte.

SUAS IMAGENS LEMBRAM OS FILMES DE ALFRED HITCHCOCK, ONDE O ANTES É MAIS IMPORTANTE DO QUE O ÁPICE DA CENA. HÁ SEMPRE UMA SENSAÇÃO DE QUE ALGO VAI ACONTECER OU JÁ ACONTECEU...

Sou um fã do Hitchcock e também de outros cineastas, como Steven Spielberg e David Lynch. Quero fazer imagens lindas, de cinema. Uma fotografia é um still, captura um momento de um contexto temporal. É uma pausa para contemplação.

1550 VAI DE ENCONTRO AO CONCEITO DO MOMENTO DECISIVO , DE BRESSON, NÃO?

Não, como o Hitchcock, na verdade eu quero criar o Momento Indecisivo .

QUANTAS PESSOAS TRABALHAM COM VOCÊ ATUALMENTE?

A equipe foi crescendo com o passar dos anos. Tenho entre 30 e 40 pessoas trabalhando na mesma foto. A maioria ajuda na iluminação, mas tenho também uma equipe de arte. E trabalho muito próximo ao diretor de fotografia, Rick Sands, desde os tempos do livro Twilight.

VOCÊ SE CONSIDERA UM ARTISTA VISUAL OU UM FOTÓGRAFO?

Acho que essa distinção é importante para mim, mas eu penso em termos de imagens. Claramente eu uso fotografias, eu sou fotógrafo. Se tivesse que me rotular, me chamaria de artista.

QUE EQUIPAMENTO VOCÊ USA?

Uma 8x10 grande formato e depois escaneio os filmes no computador.

SUAS FOTOS SÃO PÓS-PRODUZIDAS DIGITALMENTE?

O Photoshop é mais uma ferramenta para criar uma imagem. Eu uso muito para combinar elementos diferentes de negativos diferentes da mesma foto. Isso cria um foco perfeito, por exemplo. Considero o Photoshop uma ferramenta, assim como são as técnicas de iluminação.

VOCÊ TEM REFERÊNCIAS DA FOTOGRAFIA BRASILEIRA?

Eu gostaria de saber muito mais. Nunca estive no Brasil, espero um dia ter uma chance deir até aí.

QUAIS SÃO SEUS NOVOS PASSOS. TEM ALGUM PROJETO NOVO?

Estou em pré-produção para um novo trabalho fotográfico, Beneath the Roses. Mas agora ando em um tempo de reflexão.

A capa do livro Twilight, Ophelia, faz uma clara referência ao mito de Ofélia, a noiva de Hamlet, de Shakespeare, que aparece morta afogada. Na imagem de Crewdson, a expressão de contemplação e sem sentimento dá uma outra idéia ao mito, a meditação. À foto foi feita no Mass Moca, um dos maiores centros de artes visuais dos Estados Unidos, em North Adams, Massachussets, em 2001

Habifamos um mundo de excessos. Nosso universo de imagens, aquele que nos interessa, é superpovoado pelo design e pelo esforço visual. Difícil fotografar em um mundo onde quase tudo pode ser interpretado como arte. Desde Marcel Duchamp até Andy Warhol, aprendemos que, em artes visuais, tudo depende do jeito com o qual olhamos para as coisas. Paul Strand, aquele gigante americano que partiu pelo mundo em busca da Aldeia Perfeita para fotografar, já há anos nos advertia:O mundo do artista não tem limites. Ele pode ser encontrado em qualquer lugar. Longe de onde ele mora ou a alguns metros. Mas está sempre na soleira da sua porta.

Quando a linguagem visual Flui as coisas menos fotografáveis se fornam matéria visual fecunda.

texto e foto Marcio Scavone

Claudia procura a essência das coisas, talvez porque ela saiba que a visão é um Fluxo de imagens cambiantes e que não passamos de apanhadores neste campo de centeio. Estamos todos comprometidos com a busca da Aldeia Perfeita, a grande metáfora para a grande insônia do fotógrafo.

Cláudia é uma artista perplexa diante das possibilidades de reiteração do dia-a-dia. A sua apropriação de imagens é abstrata e por isso mesmo mais perturbadora e profunda, ela teima em freguentar os sonhos e medos de desconhecidos.

Ela diz que suas fotografias são matrizes, concordo e não concordo, suas imagens são antes filhas de sua própria insônia, e carregam no bojo uma bomba-relógio armada pelo seu incansável olho, que ronda.

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