Revista Fotosite [n. 5]

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IVISINIA

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Verdades e mentiras sobre a fotografia

Quando um dos primeiros festivais do Brasil, o 1º Mês Internacional de Fotografia, criou corpo nas mãos dos abnegados membros do Nafoto, em 1993 (leia matéria na página 26), o Fotosite nem sequer existia. Pouco menos de dez anos mais tarde, tomava forma a primeira página do que arriscamos chamar de site na ocasião, e que completou cinco anos no último dia 1º de abril. Isto mesmo, a primeira página do Fotosite entrou no ar no dia da mentira de 2000. Para falar a verdade, não escolhemos o dia, apenas o aceitamos como um dia qualquer, sem pensar talvez que esse tenha sido o dia qualquer mais importante de nossas vidas na fotografia. Então o dia da mentira passou e a verdade veio nascendo nas mãos de outra leva de abnegados, desta vez diante de computadores conectados à internet, dando forma e conteúdo a um sonho que nem sabíamos bem onde estava no começo da internet, ninguém sabia exatamente onde ficava um site. Depois de cinco anos, nosso pensamento ainda é exatamente o mesmo de todas as pessoas que vestiram a camisa pela fotografia muito antes de nós: espalhar de forma viral o conhecimento fotográfico para mais e mais pessoas. Na verdade, somos apenas reflexo de nossos predecessores. E reflexos se alteram e se multiplicam dependendo do suporte e da posição da luz... coisas tão fundamentais em fotografia quanto o próprio fotógrafo. Publicar uma matéria sobre três festivais no Brasil e dar voz aqueles que os tornaram realidade, antes de ser uma obrigação editorial, é uma constatação de que as coisas acontecem para quem tem perseverança. O lema quanto mais difícil, melhor deve ter sido criado por abnegados em alguma coisa. Parece mesmo mentira que o Fotosite permanece firme e forte e seus frutos estão amadurecendo, assim como parece mentira que teremos esse volume de movimentação em torno da fotografia acontecendo no país neste ano Rio, Brasília e São Paulo. Para quem ainda acha que sonhar com festivais, sites e revista de fotografia é uma grande mentira que contamos a nós mesmos, recorro à sabedoria do poeta Mario Quintana, que certa vez escreveu: A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer . Obrigado por acreditar em todos aqueles que fazem da fotografia brasileira uma verdade!

Pisco Del Gaiso

BOLSA

João Penoni e João Francisco Mariano descolam mais duas vagas entre os finalistas da BOLSA FNAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA

CONTATO

Photoshop dos sonhos, Claudia Jaguaribe, Renan Cepeda, Gui Paganini, PhotoEspafia 2005 e outros frames

NA LATA!

João Wady Cury fala de sucesso e fracasso, do relógio humano virtual e outras aberrações midiáticas

CHOCOLATE

Juan Esteves vai além da obra de Vik Muniz.

PANORAMICA

Demos uma geral nos três principais festivais de fotografia do país

ENTREVISTA

Mario Cravo Neto no computador: As fotos pulam na minha frente!

PERFIL

Alunos de fotografia do Senac: em vez do boletim, eles mostram o portfólio

PORTFÓLIO

As fotos que inspiraram Claudio Edinger a fazer o livro Rio com a câmera 4x5

Parabéns por colocar no site a discussão que aconteceu na FNAC no início de março. Foi uma verdadeira aula, com uma participação sensacional do público presente. É uma grande oportunidade para os

que não puderam participar, pois se discutiram assuntos muito atuais, por pessoas que estão dentro da mídia e têm muito a dizer!

Leo Drummond, por e-mail NOTA DA REDAÇÃO: acesse a íntegra do debate Fotojornalismo na Mídia Mundial n w.fotosite.com.br/especiais/esp. debate.php

Parabéns pelos cinco anos de vida! Vocês nasceram no boom da internet, passaram pela quebradeira e, agora, editam uma revista de extrema qualidade. Vida Longa. Erico Marmiroli, por e-mail

OnTECNOLOGIA

Conheça o trabalho do fotógrafo Allard. Criatividade e domínio do Photoshop

FOLEGO

Três fotógrafos de surfe contam os perrengues da profissão de aquaman

RETRATO

Pedro Martinelli encara a lente de Marcio Scavone

Leia mais sobre algumas matérias desta edição em www.fotosite.com.br/revistaS dos err: na REVISTA

Itaylê Ogun, na legenda da é o nome do ensaio de A foto mostra Nini, integrante da

foto de Adeno

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Vl e JOAO FRANCISCO MARIANO To ES ONO SE

grupo de Finalistas depois da quarta rodada tegramc =)

O estudante em comunicação visual João Penoni, 21, e o fotógrafo e arquiteto por formação João Francisco Mariano, 27, são mais dois selecionados para a final da BOLSA FNAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA, parte do PROGRAMA DE ESTÍMULO À FOTOGRAFIA FNAC/FOTOSITE

A comissão julgadora da BOLSA escolheu mais dois candidatos à premiação de R$ 12 mil em produtos FNAC e uma viagem para a França. A quarta dupla de finalistas se junta, agora, aos outros seis selecionados [veja o perfil de cada um no www.fotosite.com.br/estimulo/bolsa.phpJ. O prazo de entrega da proxima etapa é 27 de maio.

Agora restam apenas quatro vagas entre os 12 finalistas. MANDE SEU ENSAIO O QUANTO ANTES PARA CONCORRER!

JOÃO PENONI Literalmente um fotógrafo do circo. João Penoni, 21 de 1« inicação Visua ex-partic je cursos de ac misturou suas duas moti tografia e circo, trabalho acroGRAFIA FOTObacia, um es do À 9 4 partir de técnicas de acrobacia. Agora ent finalistas DLSA, ele pretende stir em uma infra-estrutura que dê suporte ao desenvolvimento do estudo apresenta iS matrizes para uma futura Exposição ", Caso se C e lo Tu eu quarto, à , ê e E executor e o modelo das fotos, que foram realizadas na tram mento síntese da acrobacia na barra de ferro. O: eram rados por timer. O objetivo, diz Joã us corpo como pincel e pintar forma XY Wa tray Cc À |

JOÃO FRANCISCO MARIANO o tempo é o mote principal do Ma 2004, ele fez parte alho do fotós João Amor,riano, 27. Em da mostra coletiva São uma foto chamada Te Vista, do labx com tavo finalista da BOLSA apresenta São Paulo P m imagens de pa mento, feitas em longas exposições. O título de cada foto é dado pelo nome do ro Badaró 12h12 imentar o projeto. O primeiro r288i cada, mais a ia BOLSA com um website para hora e o tempo de exposição, por exemplo: Líbe inscreveu o objetivo de al jasso escolher e conce 24 fotc ituar os temas. Dep em 12 temas, com sequenciais feitas em intervalos d em preto-e-branco da beleza e da força da luz natural, das 12 horas do e em cores do erotismo da luz artificial, nas 12 horas da noite , finaliza João

R$ 12 mil em prêmios, uma viagem para a França e suas fotos publicadas na REVISTA FOTOSITE

QUINTA SELEÇÃO

MANDE SEU ENSAIO O QUANTO ANTES PARA CONCORRER! Prazo de entrega dos trabalhos: 27/05/2005.

Regulamento completo e ficha de inscrição:

A BOLSA

Sta premiação visa oferecer su

porte financeiro e acompanhamento orial para fotógrafos em início de carreira. Se você tem menos de 30 anos (nascido a partir de 1º/10/1975) e um projeto fotográfico em mente ou já iniciado, participe.

INFORMAMOS QUE, INDEPENDENTEMENTE DA INTERVENÇÃO DO BANCO CENTRAL NO BANCO SANTOS, À BOLSA PARA JOVENS TALENTOS PARTE DO PROGRAMA DE ESTÍMULO À FOTOGRAFIA FNAC/FOTOSITE ESTÁ MANTIDA NO SEU FORMATO ORIGINAL. A PREMIAÇÃO QUE CABIA AO BANCO SANTOS (VEJA REGULAMENTO) ESTÁ SUSPENSA ATÉ QUE SE TENHA UMA DEFINIÇÃO DO DESTINO DA INSTITUIÇÃO. TODOS 05 OUTROS ITENS ESTÃO MANTIDOS.

Realização e Patrocínio

Realização Apoio Cultural

Essa é a pergunta que a fotógrafa Claudia Jaguaribe anda fazendo aos internautas, por meio do site www.claudiajaguaribe.com.br/medo. As pessoas são convidadas a participar do projeto de dois vídeos e uma série fotográfica, que vai ganhar exposição no Paço das Artes, em São Paulo, em agosto. Os resultados iniciais da pesquisa apontam solidão em primeiro lugar, morte em segundo e violência em terceiro. Depois, as respostas se alternam em altura , avião , doenças , velhice e fracasso . Para a pergunta O que te protege do medo? , a maioria respondeu sexo , vontade de viver , amor e Deus . Até limpeza apareceu na lista. Para Claudia, o mais interessante é perceber a diversidade de interpretações que cada um dá aos seus medos. Para uma mesma resposta, solidão, por exemplo, existe uma gama enorme de justificativas , diz. Mas, o fato de a pesquisa ser feita pela internet não influencia as respostas? A fotógrafa acha que sim, mas também aponta uma questão contemporânea que não é só dos internautas. As pessoas vivem em ambientes cada vez mais competitivos, com poucas atividades sociais e elos afetivos. A solidão é consegiuência disso , avalia. Ela faz um mapeamento dos dados e os transforma em resultado visual, elaborando o que chama de Arquitetura do Medo . Para a parte fotográfica do projeto, a artista percorre São Paulo, detectando as transformações da cidade em resposta aos seus temores

Os domingos em São Paulo estiveram no foco de Roberto Setton durante todo o ano de 2002. Ele fotografou diferentes lances da vida na cidade de caminhadas no Ibirapuera ao frango assado da padaria, passando pelas intermináveis sessões de lan house dos Jovens paulistanos. Sem limitações formais ou temáticas, o resultado é um passeio entre fotos em preto-e-branco e coloridas, que ele expõe na Pinacoteca do Estado de São Paulo a partir de 23 de abril. Minha única obrigação era sair com a câmera todos os domingos , disse Setton, que pretende lançar um livro com o trabalho ainda este ano.

O fotógrafo Cássio Vasconcellos ratificou seu talento em duas publicações estrangeiras. Mesmo depois de três anos que seu Noturnos São Paulo foi lançado em 2002, continua ganhando corpo e repercussão. Primeiro, foi capa da revista espanhola Exit [http://exitmedia.net], dedicada às cidades, e Cássio ainda colocou mais oitos imagens dentro da publicação, seis dos trabalhos Noturnos e outras duas aéreas. Outro feito internacional do fotógrafo de 39 anos foi ser o único brasileiro a participar do The Polaroid Book, com uma imagem das noites paulistanas. O livro, de 400 páginas, apresenta fotos da Polaroid Collection, criada há mais de 50 anos pelo fundador da Polaroid [www.polaroid.com], Edwin Land, e pelo fotógrafo Ansel Adams. A edição está à venda no site da editora Taschen aschen.com] por US$ 39,99, mas não há entregas previstas para o Brasil, apesar de o livro ter uma versão em português. Em tempo: Cassio reformou seu site pessoal [www.cassiovasconcellos.com.br], vale conferir a edição do Noturnos de São Paulo e Paris, além de outras cidades, como Tóquio, Chicago e Barcelona.

Clique rápido

As ruas são um tema comum aos fotologs. Talvez porque uma das características desses diários seja justamente registrar o cotidiano. E quer coisa mais cotidiana que uma rua? A luz se derrama indócil entre a calçada, a faixa e o sinal. Pare, não pare na curva, não suba na guia, nem acelere demais. Nas horas vagas, nas vias, vão arranha-céus, esquinas, vidas por detrás do vidro, o mundo de frente pra trás, as retas faixas seguras, as curvas formas de andar. Era um anjo ali parado? Não sei, não vi, lá se vai. Lá se vão a rua, o dia, abismos, postes e os mortais. Não pense, clique. Registre. Recorte o tempo, a paisagem, rumos, tardes e passagens, os pedestres, suas viagens: a cidade neste olhar.

Eva lviedo

www.fotolog.net www.flickr.com [veja a lista com os links no

De dia, ele conversa com os moradores. De noite, volta ao local para fazer as fotos de suas casas. Essa tem sido a nova rotina do fotógrafo carioca Renan Cepeda n]. Depois de realizar várias séries com filme infra-vermelho na cidade do Rio, ele agora usa a técnica do light painting para fotografar casebres pelo Brasil. Utilizando-se do filme Fujicolor NPL 160 ASA colorido, para longas exposições, o fotógrafo abre o obturador da sua Rolleiflex, ano 1952, e vai contornando as casinhas com uma lanterna. O resultado não tem manipulação posterior. A série feita no Vale do Catimbau, no sertão pernambucano, lhe rendeu o Prêmio Agfa, uma bolsa do Iphan Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e, recentemente, o Prêmio Aquisição do Salão de Arte de Santo André-SP. e próximas paradas de Cepeda são o Quilombo Kalunga, em Goiás, e a Vila de Paranapiacaba, na Grande São Paulo.

BEE SÁ

A Getty Iwww.gettyimages.c bancos de imagem do mundo, fez duas parce-

], um dos maiores rias para suprir uma defasagem de seu acervo de imagens do Brasil. No dia 1º de março, foi anunciada a união com a France Presse m] e, no dia 18 de março, fecharam com o banco brasileiro autoral SambaPhoto [www.sambaphoto rr]. Gianfranco Coppola, 37, diretor geral da Getty Images Brasil para América Latina, falou um pouco sobre a estratégia da empresa.

REVISTA

estratégicos das parcerias da Ge

FOTOSITE Quais são os motivos ly com o SambaPhoto e com a France Presse?

Gianfranco Coppola Estávamos um pouco defasados em relação a fotos locais do Brasil para nossos clientes brasileiros e na América Latina. Já havíamos adquirido muitas fotos e muitos bancos de imagens a Getty tem um acervo com mais de 60 milhões de imagens, dos quais cerca de 5 milhões estão disponíveis on-line. Então essas parcerias foram a forma que a empresa encontrou para entrar mais forte no mercado da América Latina. Como é a parceria com o SambaPhoto?

O Samba foi o banco de imagens especializado em Brasil que mais nos seduziu, por causa da qualidade das fotos e das pessoas envolvidas. É pequeno, mas tem fotógrafos bons.

Com a parceria, pagamos uma comissão para eles de cada foto que vendemos. Conseguimos vender mais fotos deles e aumentamos nosso acervo para nossos clientes. É um ganhaganha para todo mundo.

E no caso da France Presse?

A Getty e a France Presse já tinham uma parceria nos Estados Unidos e na Europa. Mas aqui no Brasil não podíamos vender as fotos deles, apesar de termos algumas imagens em nosso site. No dia 1º de março, incluímos uma

emenda no contrato que autorizou com que pudéssemos comercializar as imagens da Fiaee Presse no Brasil e na América Latina. Qual a repercussão das parcerias até ac jora Foi imediata. No caso do Samba, no ta dia comercial da parceria, já vendemos fotos para um cliente nosso brasileiro. Pela France Presse, a repercussão está grande, estamos vendendo bastante fotos deles. Grosso modo, o Samba nos ajuda mais com fotos publi-citárias, ea France Presse, com fotos editoriais.

Criado em 2001 para ser o primeiro banco de imagens autoral do Brasil, o SambaPhoto se juntou à Getty para se tornar mais conhecido mundialmente , e garante que não perdeu autonomia ao se aliar com um dos maiores bancos do mundo. A diretora executiva do Samba, Juliane Bezerra, 35, comenta a seguir sobre a parceria. Até o fechamento desta edição, o diretor da France Presse, JeanClaude Boksenbaum, que negociou com a Getty e teria as informações para comentar sobre o assunto, estava de férias.

REVISTA FOTOSITE O Samba se colocava como um banco brasileiro autoral, um pouco avesso às grandes empresas. Essa parceria com a Getty não vai um pouco contra isso?

Juliane Bezerra A estrutura do Samba não muda por causa da parceria fechada com a Getty. Continuamos com o mesmo conceito de banco de imagens autoral, mas agora com um dos maiores bancos do mundo nos representando lá fora. O Samba vai ficar mais conhecido, até mesmo dentro do Brasil. Como surgiu a chance de se aliar com a Getty?

A Getty estava sentindo falta de um banco mais focado na América Latina, no Brasil, e nos procuraram para fazer a parceria. Não houve venda, nem sessão de direitos, é uma parceria. Quais são os moldes da parceria?

A Getty representa e vende uma parte do nosso acervo, que foi combinada nas negociações, para os clientes deles. Para o mercado interno do Brasil, ainda temos autonomia de vender as fotos que quisermos, sem restrições. Vamos receber uma comissão por foto vendida pela Getty.

É uma referência mundial, conta a história dos retratos de moda do Newton. Ele faz a linha meio pornô chic. Coloca uma modelo nua no chão com um senhor olhando em pé, com com uma cela de cav:

PHELMUT NEWTON 88 fro ITC loss,M.E

um cachorro grande e alo. Sempre tem uma conotação de mistério e submissão.

AVEDON Ro

Br LAURA WILSON E

As imagens deste livro são portraits, são pessoas de verdade. Tem um açogueiro, um fazendeiro, um criminoso. simples. Embora seja : tudo em fundo branco, permite que você imagine. Parece que o Weber fez este livro ontem. A foto é boa independentemente do tempo, da moda, porque ele não se baseia nisso. Você vê uma coisa e pensa que foi fácil pegar 15

pessoas e fotografar, e ele faz muito bem. Fotos que parecem bobas ficam incríveis.

CLIENTE: Bob Store (marca de roupa feminina) UTILIZAÇÃO: Catálogo da coleção inverno 2005 CÂMERA: Pentax RN FILME: Cromo 6x7 Kodak EPP ILUMINAÇÃO: Uma tocha de flash para o fundo e dois Kino Flo (caixa de luz fria) para a modelo LOCAÇÃO: Estúdio EXPOSIÇÃO: Abertura do diafragma 16 e velocidade do obturador 1/30 PRODUÇÃO: A proposta era criar um ambiente de sonhos inspirado no Pólo Norte, então criamos um bosque branco com árvores e paisagens. O cenário foi composto com 40 eucaliptos e folhas pintadas com cal para atingir a atmosfera de inverno DIFICULDADE: O grande desafio de todo trabalho comercial é conseguir o equilíbrio entre a venda do produto e a criação; a liberdade do uso da sua linguagem. O meu trabalho é muito espontâneo e vou criando no meio da produção. Faço a maquiagem, bato uma Polaroid e refaço, assim o ensaio vai crescendo enquanto estamos no estúdio. A proposta inicial era o gelo, que foge da imagem que o cliente já tem no mercado, então você só entende o trabalho enquanto está fazendo DICA: Para obter um ambiente de temperatura fria, foi usado filtro azul na luz do fundo. Mas a técnica é muito subjetiva pra mim, sou eu quem guio a técnica e não ela que me guia. A minha dica é: siga o seu instinto.

No começo dos anos 1990, a MTV chegou ao Brasil com uma proposta de criar uma equipe nova e jovem, sem profissionais com vícios de outras emissoras. Entre os contratados estava Marcelo Tintin Trotta, 35. Alguns anos depois, 1999 mais precisamente, ele começou a se dedicar intensamente à direção de fotografia de filmes publicitários e curtas-metragens. Em 2002, fez a fotografia de segunda unidade do filme O Invasor, de Beto Brant. Dois anos depois, 2004, ele faturou seu primeiro Kikito do Festival de Gramado com o curta Deseguilíbrio, de Francisco Garcia. Participando e apreciando muitos filmes, Tintin comenta as três produções que mais o influenciaram recentemente.

1EROI, 2002. DIRETOR: YIMOU ZHANG FOTOGRAFIA: CHRISTOPHER DOYLE

Esse épico oriental é um dos raros casos em que o diretor de fotografia trabalha com o diretor de arte e o resultado é muito bom. O tratamento das cores nas imagens também é bom. A batalha no campo de ipês é um exemplo, é tudo amarelo. O ipê só fica amarelo uma vez por ano, eles pagaram uma pessoa pra ficar lá no campo, pra avisar quando as flores brotassem. CONSTANTINE, 2005. DIRETOR: FRANCIS LAWRENCE FOTOGRAFIA: PHILIPPE ROUSSELOT E JEFF CUTTER

Rousselot já ganhou Oscar com Nada É para Sempre em 1992. Constantine é bem contrastado, bem podrão, com imagens granuladas. Tem luzes esverdeadas, é realista e a história, sombria. Hollywood não faz muitos filmes desse tipo, por vaidade dos produtores e dos atores. É difícil filmar o Keanu Reeves e jogar a luz só em metade da cara dele. DESVENTURAS EM SÉRIE, 2004. DIRETOR: BRAD SILBERLING FOTOGRAFIA: EMMANUEL LUBEZKI

O mais interessante de Desventuras é que foi feito inteiramente em estúdio. Isso é muito bom, porque o fotógrafo tem controle total da luz, dá pra iluminar cada cena sem ter que esperar a hora certa do sol. Gosto do trabalho do Emmanuel, ele fez Alie A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça.

Marina Prado ] foi coordenadora do estúdio da agência W/Brasil até 1993, antes de criar a MP Agência de Fotografia, uma das pioneiras no agenciamento de fotógrafos. Atualmente representa seis profissionais: Fabio Ribeiro, Feco Hamburger, Kiko Ferrite, Roberta

Dabdab, Rui Mendes e Thierry Des Fontaines. Além do mercado publicitário, a MP produz exposições como Os Heróis do Samba (2002) e Entrudo (ainda em cartaz), ambas de Rui Mendes, e Noites em Claro (2004), de Feco Hamburger, todas na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

SEU IDEAL DE FOTÓGRAFO?

PRADO Sei lá, acho que isso não existe. E se existisse, certamente seria bem chato. Respeito muito aqueles que levam a sério o trabalho, sempre estudando e experimentando.

QUANTOS PORTFÓLIOS VOCÊ VÊ POR MÊS?

A análise de fotografias é parte fundamental do nosso trabalho. Portanto, vejo portfólios todos os dias. Uma das minhas tarefas aqui na MP é discutir constantemente os portfólios dos seis fotógrafos que representamos. Além disso, sempre que posso recebo fotógrafos profissionais ou não, que me procuram para discutir o trabalho.

QUAIS TRABALHOS 05 FOTÓGRAFOS NÃO DEVEM COLOCAR EM UM PORTFÓLIO?

Só não existe desculpa para falta de rigor técnico. Por exemplo, quando o fotógrafo diz: Adoro esta imagem, a cópia não está muito boa, mas olha a fotografia... . Nem sempre o fotógrafo está presente nas apresentações de seu portfólio, então ele deve ser forte sozinho, sem ninguém para explicá-lo. Editar é um trabalho árduo, bem difícil de ser feito apenas pelo próprio fotógrafo. Pedir opiniões é fundamental para montar um portfólio consistente que, ao ser apresentado, cause impacto, provoque excitação e inspire confiança.

O QUE TE CHAMA A ATENÇÃO EM UM PORTFÓLIO?

Estilo. Vou tentar explicar: gosto de ver portfólios que mostrem a fotografia que o autor pode fazer, não apenas aquelas que ele já produziu. Imagens que me inspirem a imaginar outras imagens com aquele estilo. Pasta, papel bonito e acetato sem riscos são coisas bem importantes, mas no fundo. não importa muito a embalagem do estilo, importa que ele exista e seja pessoal.

Snapshots

Coletivo virtual

Fundado pelo fotógrafo Pedro David em 2003, o blog Diário dos Olhos [www.diariodosolhos.blogger.com.br] é um coletivo virtual de fotografia de Belo Horizonte. Funciona como um laboratorio, vou testando fotos novas, dípticos, séries... Dá pra conviver mais com a foto na tela , comenta João Castilho, um dos pioneiros do grupo. No começo, havia muitos participantes, que ao longo do tempo deixaram de colaborar e foram tirados do expediente . Outros entraram e, atualmente, a equipe conta com 19 fotógrafos. Cada participante pode convidar quem quiser , diz Pedro.

CASTILHO

JOÃO

60 segundos

Um minuto. É o que demora o novo carregador de pilhas da Toshiba [www.toshiba.co.jp] para dar carga em 80% da capacidade das baterias de lítio. É 60 vezes mais rápido que os carregadores convencionais. O produto, disponível apenas no Japão, deve chegar aos mercados americano, europeu e brasileiro em 2006.

Photoespafia 2005

Um dos maiores festivais da Europa, o PhotoEspafia 2005 [www.phedigital.com] começa a partir do dia 1º de junho em Madri. O tema desta edição é Cidade. Além de muitas exposições inéditas, realizadas em várias galerias pela capital espanhola e em praças públicas, a organização vai promover aulas com fotógrafos como o suíço René Burri, o inglês Martin Parr [www.martinparr.com] e o italiano Oliviero Toscani [www.olivierotoscani.it]. O festival vai até 17 de julho.

Tricel

Esta vai para a série é bom saber que você existe, mas não sei quando vou precisar . A empresa norte-americana Joy Innovations [www.joyinnovations.com] que em português, ao pé da letra, significa inovações felizes lançou um tripé para celulares com câmera digital. O Cellpod pode ser encomendado diretamente no site da indústria e custa US$ 24,95.

Prolab Kodak

No último dia 2 de março, a Kodak [www.kodak.com.br] inaugurou O Prolab, controle de qualidade para ampliações profissionais, na Golden Photo [www.goldenphoto.com.br], em São Paulo, para atender especialmente os fotógrafos de eventos sociais, festas e casamentos. A fotografia social tem um volume de serviços grande no Brasil , diz Herson Manfrinato, diretor de comunicação da Kodak. Todo o programa que envolve o ProLab faz parte de uma estratégia mundial da empresa. O fortalecimento da Kodak no mercado da fotografia digital é uma consequência dos benefícios do ProLab , finaliza Herson.

ONDE

Papa na língua

INFO

O italiano Arturo Mari reuniu um acervo de nada menos que 5 milhões de fotogramas do papa. Ele foi o fotógrafo oficial do Sumo Pontífice durante 23 anos, cobrindo praticamente todos os aspectos de sua vida. Apesar de Arturo nunca ter assumido, cogita-se que seja o autor da célebre foto de João Paulo Il mostrando a língua, que o site www.popeface.com colocou em leilão em julho do ano passado, pelo lance mínimo de 1 milhão de euros. Apesar das controvérsias em torno da autenticidade da imagem, a página na internet explica que o negativo, feito nos anos 1980, teoricamente foi destruído, mas uma cópia em papel foi salva.

Photoshop dos sonhos

Para muitos, é o programa dos sonhos. O novo Adobe [www.adobe.com.br] Photoshop Creative Suite 2 (CS2) tem uma conexão direta com sites de cinco das principais agências de fotografia: Getty [www.gettyimages.com], Comstock [www.comstock.com], Digital Vision [www.digitalvision.com], Zefaimages [www.zefaimages.com] e Amana [http://amana,jp]. Além disso, a função Bridge interconecta o CS2 com os outros softwares da família Adobe, para que as imagens trafeguem pelos programas, sem ter que salvá-las em outros formatos, sem perder a qualidade ou algum outro dado. O lançamento da versão em português no Brasil está previsto para julho.

Comunicação radical

A quarta edição do festival de comunicação radical, o Memest [www.memefest.org/brasil], está com as inscrições abertas até o dia 20 de maio, para estudantes de design e fotografia. O tema é uma resposta ao texto Design Is not Enough, apresentado no simpósio de [Interldependência e Ilmedialtismo do Design em 2001, em Montreal, no Canadá. Os trabalhos podem ser enviados por e-mail ou correio. Confira o regulamento no site do concurso.

Legião internética

Entre oito finalistas da BOLSA FNAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA, cinco apresentam uma página pessoal na web. O mais novo lançamento foi da fotógrafa Gabriela Slaviero [www.gabislaviero.com.br], desenhado pela Criaturas [www.criaturas.art.br]. Além de Gabriela, Alexandre Orion [www.alexandreorion.com] João Wainer [www.joaowainer.com.br], João Kehl [http://ubbibr.fotolog.net/joaokehl] e João Francisco Mariano: [www.oficinals6.com.br] também apresentam seus trabalhos na internet.

Manipulador

Desde o meio dos anos 1990, o fotógrafo inglês Douglas Fisher é um entusiasta das técnicas digitais. Agora, uma década depois, ele se nomeia, além de fotógrafo, um pós-produtor de imagens ele monta, no computador, cenas a partir de uma sequência de fotografias. Douglas foi um dos indicados do Favourite Web Awards [www.favouritewebsiteawards.com), um site voltado para design gráfico que indica boas produções do mundo todo. No site pessoal do fotógrafo [www.douglasfisher.co.uk] estão os passo-a-passo das manipulações que ele realiza.

O vodafone

FOTOGRAFIA A GOSTO

O fotógrafo Alexandre Schneider, atualmente frilando para Veja e Quatro Rodas, rodou o país durante quatro meses com uma Canon EOS Id Mark 2, de 8.5 mp. Colheu 8 mil fotos, das quais 170 estão no livro Brasila Gosto, de Ana Luiza Trajano. Trata-se de um delicado registro de pessoas, hábitos alimentares e formas de produção na culinária regional do país.

NA LATA! O que um trabalho desses mudou na sua visão e postura?

Alexandre Schneider O que muda é a relação com a pauta. A questão estética é muito importante. Mas optei por não interferir na luz e nos ambientes fotografados. Encarei o trabalho como documental. Como dirige a pessoa comum no momento do retrato?

Não é o fotógrafo quem tira, é o retratado quem dá a foto. Na hora do clique tem que existir uma cumplicidade entre os dois. Para isso, sempre converso com o retratado antes e durante a foto. Antes de empunhar a câmera, vou sacando o jeito da pessoa, para tentar registrar espontaneidade. Por que você começou a fotografar?

Fiz várias viagens que despertaram meu interesse de trabalhar como fotógrafo. Foram as viagens que me levaram à fotografia. Acabei me encantando pela profissão. O que significará ser fotógrafo dentro de 20 anos?

Câmeras com resoluções e prazos de entrega de fotos menores. Os filmes serão usados em trabalhos cujos prazos são mais extensos, como livros e projetos pessoais. E sempre existirá espaço para o bom fotógrafo.

UMA NO CRAVO...

Fotografia, design e conceito, muito conceito e subjetividade. A revista

MIT NA CABEÇA

Se você gosta de eventos de tecnologia e mídia, visite o site do Laboratório de Mídia do MIT, criado em 1980 por Nicholas Negroponte. Ali há uma extensa programação de palestras e cursos, geralmente ao vivo. Anote: www.media.mit.edu/events/livewire.html

Daniel Craig Giffen teve uma idéia quase boba, mas absolutaeletrônica Receiver, com material de qualidade, vem se tornando uma das principais referências na internet. Bancada pela Vodafone (sim, de novo!), já está na décima segunda edição e vem expondo trabalhos dos mais diferentes tipos de fotógrafos e artistas. Mas enquanto a Receiver mantém constância e qualidade, há

É TARDE, É TARDE!

mente genial. Criar um site em que minuto a minuto registre a hora com fotografias enviadas por internautas de qualquer país, sendo que cada um compõe a hora jane E como bem entender. Resultado: o um péssimo exemplo de projeto malsucedido porque não teve continuidade. A Sony Ericsson lançou sua revista eletrônica, cujo foco era fotografia com aparelhos celulares, mas só para o lançamento de um novo modelo. Seis meses depois de lançado, o hot site da revista T-Six-Ten ficou perdido no ciberespaço. Para quem quiser conhecer alguns trabalhos curiosos que estão lá, digite wiww.sonyericsson.com/t610/2overview/index.htm

Human Clock insere 1440 novas fotografias por dia, 525600 fotos por ano. Do outro lado da linha, o site da hora oficial brasileira. Pobre em imagens, o que chama a atenção é a voz metálica que a cada 20 segundos declina a hora. Feinho, mas vale pela curiosidade: http://pcdsh01.on.br

REPRODUÇÃO

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Leitor da Revista Fotosite participa da promoção com Código Fotosite

MODELOS FOTOGRÁFICOS NA REDE

Pensando em fazer seu site? Duas Ótimas referências no mundo da fotografia merecem sua atenção. A primeira delas é o site de Pierre Verger (1902-1996), criado pela fundação que leva seu nome e que reúne mais de 5 500 fotos na rede. Bem organizado e de fácil navegação, é dividido pelas áreas de interesse do fotógrafo francês, que ficou radicado em Salvador até sua morte. É bem possível que o melhor do site de Verger seja o mecanismo de busca, ferramenta essencial na internet para quem trabalha com fotografia. Outra referência importante é o site da fotó-

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O Es da Ásia e África retratando conflitos.

E já que o assunto é internet, vale uma passada pelo site do papa da usabilidade e navegabilidade na Albuns internet, Jakob Nielsen. Simples, quase tosco, tem conteúdo saindo por todos os lados: www.useit.com

BEM PROBEL DORME NO PONTO

O anúncio da Probel para a revista Casa Claudia conseguiu fazer o improvável: dividir nortistas em negros que usam camiseta regata e colarzinho de surfista e sulistas em moças brancas de pele macia e rosada. Tudo para dizer que o brasileiro dorme num Probel do Oiapoque ao Chuí. Não bastasse a falta de criatividade, a peça, criada pela agência

Almeida Angelini Comunicação, foi ainda mais petulante ao É maquiar um homem branco, emprestando-lhe uma tez que não tem, quase caramelo. Ao fazer isso, partiu do princípio que o leitor é idiota e que pode comprar gato por lebre. Será que o colchão é tão ruim para que seja despendido esforço em uma produção fake como essa?

RELATOS DE CENSURA NOS EUA

Criado pela Universidade Estadual de Sonoma (norte da Califórnia), nos EUA, o Project Censored foca seus esforços em divulgar para o mundo os abusos da mídia norte-americana. São 25 reportagens de cada ano que os próprios meios de comunicação do país acabaram censurando por interesses financeiros ou envolvimento dos donos da mídia com pessoas do poder. Os relatórios são pagos (cerca de 17 dólares, download por internet, ou versão impressa), mas é possível ter uma prévia.

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John Hollander escreveu que poetas e profetas, assim como os mágicos, assimilam conhecimento de seus predecessores. E, como os mágicos, invocam o real para suas supostas ilusões. Vik Muniz, com suas releituras de fotografias, é tão hábil quanto os mágicos. Numa era aclamada por uma espécie de anestesia da arte contemporânea, vem sendo considerado, e com toda razão, um dos artistas mais importantes da atualidade. Foi o primeiro brasileiro a expor no Whitney Museum de Nova York, templo sagrado da arte.

Com técnica invejável, Muniz interpreta imagens antológicas, numa culinária literal que se deposita em camadas de chocolate, açúcar, lixo, geléia, e até mesmo caviar e diamantes, caso desta sua última mostra, Divas e Monstros.

A arte contemporânea, a partir do pós-modernismo, tornou-se híbrida, e a fotografia há muito deixou de ser apenas uma men|

sageme tornou-se onipresente. Muniz é, sem dúvida, uma representação competente desse cruzamento. Por outro lado, a falta de um vocabulário fotográfico favorece outro tipo de ilusão, aquela que coloca a obra de arte em patamares cujo questionamento do mérito se torna inacessível, não somente à maioria do público, mas em boa parte da crítica. Como crítico, me pergunto. Quando o público saberá sobre o que está vendo? Ou melhor, quando a crítica o informará? Faço minha parte citando a obra Action Photo Il de 1997, feita por Vik a partir da imagem do fotógrafo Hans Namuth (19151990). O nome do autor é citado no catálogo da exposição. Contudo, o conteúdo debaixo do chocolate é mais interessante.

Trata-se de Jackson Pollock, pintando em 1950. O curioso é que Namuth não se interessava pela obra de Pollock. Foi Alexey Brodovicht, seu professor, que o alertou. A partir dessas imagens seminais o público passou a ver a obra desse artista com reverência, diante da maneira com que o fotógrafo o mostrava, em plena ação, leitmotiv máximo de sua obra.

No entanto, o questionamento das informações omitidas é muito pertinente quando se discute a obra fotográfica seminal, a questão autoral e a condução criativa ou não desses processos, bem como a difusão da cultura implícita nas imagens. Para mim não há dúvida que a contemporaneidade da arte favorece a repetição excessiva de um mesmo conceito.

A relação de sua obra com outras, como a de Barbara Blondeau (1938-1974), de Chuck Close, que começou seu trabalho emulando Claude Cahun (1894-1954), ou de Joseph Beuys (1921-1986), em seu Greta Garbo Cycle de 1960, é um processo construtivo cuja semelhança é evidente, apesar da reciclagem do material utilizado.

Em resposta à historiadora Aracy Amaral, no catálogo da mostra Ver para Crer no MAM de São Paulo, Vik Muniz diz que: Quando se colocam muitas camadas de representação, o olhar do espectador se retarda na leitura do trabalho . Talvez, com mais informação, O tal espectador permaneça ainda mais tempo. É como dizia Brecht: A simples reprodução da realidade não diz nada sobre esta realidade . Talvez, esteja na hora de se começar a dizer alguma coisa.

Juan Esteves fotógrafo, crítico de fotografia e colunista do

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Osório Netto, do FotoArie, Rubens Fernandes Junior, do Fotografia, para tentar traçar um rápido | de Fotografia no Brasil. Acomp

REVISTA FOTOSITE Como surgiu a idéia da criação do Festival?

KARLA OSÓRIO/FOTOARTE A idéia de criação do FotoArte surgiu em 2002, quando, depois de um grande trabalho desenvolvido em arte contemporânea, identificamos que Brasília reúne um número significativo de pessoas interessadas em fotografia, além de número proporcionalmente grande de bons fotógrafos e artistas que usam a fotografia como linguagem. Assim, criamos esse evento dedicado exclusivamente à fotografia, cuja idéia é criar na cidade um pólo importante no Brasil, formando público e aumentando sua visibilidade. A partir de 2008, tornou-se um verdadeiro festival, incluindo mais de 30 espaços na cidade e, em 2004, quase dobrou de dimensão, tornandose um evento internacional, membro do Festival of Light [associação de 22 festivais de fotografia ao redor do mundo).

MILTON GURAN/FOTORIO A idéia de se fazer um grande evento de fotografia no Rio existe desde muitos anos. Não podemos nos esquecer de que foi aqui, no então Infoto, sob a direção de Pedro Vasquez, que começou o projeto das Semanas Nacionais de Fotografia, eventos precursores desses que existem hoje. Durante o Encuentros Abiertos de Fotografia de Buenos Aires, em 2002, houve uma pressão grande dos nossos amigos latino-americanos para fazer um evento no Rio. Esse era o empurrãozinho que estava faltando. Partimos da idéia de valorizar a fotografia como bem cultural e de dar mais visibilidade aos arquivos e coleções. Assim procuramos as instituições culturais, propusemos uma data, e começamos a organizar a coisa. A adesão maciça de fotógrafos e das 60 instituições mostra que realmente era a boa hora.

RUBENS FERNANDES JUNIOR/MÊS INTERNACIONAL DA FOTOGRAFIA DE SÃO PAULO A partir das experiências das Semanas Nacionais de

Fotografia do Infoto (Instituto Nacional de Fotografia), extinto no governo Collor, o NaFoto (Núcleo de Amigos da Fotografia), surgido em São Paulo, em 1991, começou a articular o Mês Internacional da Fotografia. Trabalhamos nisso durante dois anos, até que, em maio de 1993, aconteceu a primeira edição do evento. Escolhemos maio porque neste mês São Paulo ganha uma luz linda, outonal. O evento nasceu da garra e da vontade dos participantes do NaFoto [encabeçado por Rubens Fernandes Junior, Fausto Chermont e Nair Benedicto]. Foi o Mês que deu início a toda essa agitação que hoje existe em torno da fotografia no Brasil. Na primeira edição, fizemos a maior exposição coletiva de fotografia que este país já viu, com 150 participantes, no Sesc Pompéia, traçando um grande panorama da fotografia brasileira. Por haver boa aceitação do público, muitos espaços institucionais da arte acabam usando a fotografia como chamariz, uma forma de atrair visitantes. Como vocês vêem a utilização da fotografia nesses espaços? No Brasil, ela já saiu do subsolo , ou da decoração do café para as partes nobres dos museus?

KARLA O reconhecimento da fotografia em geral e, especificamente, na arte contemporânea, tanto por museus, quanto por espaços institucionais, é uma tendência mundial que se reforça a cada dia. Além disso, os artistas e fotógrafos brasileiros têm conquistado cada vez mais reconhecimento internacional e isso é fundamental para a consolidação da fotografia

no país. No FotoArte, além dos espaços institucionais, também houve um grande aumento do interesse de espaços não convencionais, como shopping centers, restaurantes e cafés, que abrigam mostras paralelas. O conceito do festival é de ocupação geral da cidade, ampliando a chance de visibilidade da fotografia por públicos diferenciados.

GURAN A fotografia é a mais universal das formas de expressão plástica. Todos fazem algum tipo de foto, além dela estar presente em toda nossa vida cotidiana, da carteira de identidade ao álbum de família. Essa universalidade acabou por se consagrar também na produção erudita e a foto é o meio mais presente na arte contemporânea, da Bienal de São Paulo à Documenta de Kassel [na Alemanha]. Diante disso, nada mais natural que o movimento cultural em torno da fotografia ganhe força.

RUBENS Eu criei o Gabinete Fotográfico na Pinacoteca do Estado de São Paulo e o dirigi entre 1978 e 1979. Depois, na gestão do Emanuel Araújo, na década de 90, a Pinacoteca não só acolheu como propôs exposições para o Mês. Uma coisa não era isolada da outra, havia uma sinergia entre o Mês e a Pinacoteca e essa parceria foi bastante construtiva. Esse aspecto de prima pobre das artes não é verdade. Na última década, a fotografia se elegeu como o principal suporte das artes visuais. De fato, pouquíssimas galerias no Brasil trabalhavam com fotografia. As ações do Mês contribuíram para a sua aceitação nesse meio. No geral, os Festivais acabam sendo apenas um calendário, ou uma reunião de agendas expositivas dos espaços. No período entre suas edições existem ações no sentido de fomentar a produção ou a discussão sobre a fotografia?

KARLA O FotoArte não ocorre apenas um mês por ano. São três meses, com exposições que se alternam e sucedem em espaços em toda cidade. Além disso, realizamos, sim, algumas atividades ao longo do ano, como o Prêmio FotoArte, lançamento de livros e projetos paralelos, como o Brasília 45 Anos, 45 Fotógrafos, 45 Horas, que desenvolvemos neste momento.

GURAN O FotoRio é um movimento de fotógrafos e não se apresenta como um festival, mas como um encontro no qual a fotografia é a razão de ser. Desse encontro surgem idéias e propostas que frutificam. Seu mais significativo desdobramento foi o 1º Encontro de Inclusão Visual do Rio de Janeiro, realizado no ano passado. Durante vários dias, participantes de projetos que usam a fotografia como instrumento de inserção social se reuniram no Centro Cultural dos Correios para trocar experiências e aperfeiçoar seu trabalho.

RUBENS O Mês propõe vários debates para o público das exposições, sobre todos os aspectos da fotografia: produção, circulação, apreciação e aquisição. Fora do Mês, o NaFoto tem

algumas ações em eventos similares em outros países. Estamos trabalhando, no momento, com a seleção de trabalhos para a Bienal de Liêge, na Bélgica. Cerca de 40 fotógrafos vão participar de uma grande retrospectiva brasileira. Existe algum critério de seleção das mostras do evento?

KARLA A coordenação geral do evento é do Arte 21

Escritório de Artes e Projetos Culturais, sob minha direção. A seleção das exposições é feita com base em escolhas orientadas pela qualidade e originalidade do trabalho, procurando mostrar um amplo espectro de produções e dando grande espaço para a fotografia contemporânea. Recebemos propostas de diversos artistas e curadores e não estabelecemos tema específico, pois acreditamos que, sobretudo nestes primeiros anos, o mais importante seja apresentar a fotografia em suas mais variadas formas, inclusive com mostras históricas para contextualizar sua origem.

GURAN Temos diferentes situações e também diferentes pólos aglutinadores, cada um com a sua dinâmica própria e curadoria própria. A coordenação do FotoRio faz a curadoria de alguns centros, como é o caso do CCBB Centro Cultural Banco do Brasil. Mas o mais importante é que o FotoRio é um evento de adesões. Qualquer fotógrafo pode propor uma exposição. Nós só avaliamos se é um trabalho sério, de alguém que realmente se empenha em fazer uma boa foto. A partir daí, cabe ao fotógrafo viabilizar a realização da sua mostra. Acreditamos na diversidade de expressão e de uso que é da própria natureza da fotografia.

RUBENS Há um diálogo intenso entre os espaços e o NaFoto. Já trouxemos várias mostras internacionais, fotógrafos mundialmente importantes, clássicos EB

franceses, americanos. Não podíamos jogar todo esse esforço no lixo. A parceria com várias entidades, nesta edição, produziu uma programação interessante. A Leica Gallery [que será inaugurada em maio, no antigo Espaço Paul Mitchell, em São Paulo] irá participar com uma mostra do Elliott Erwitt; o Centro Cultural Maria Antônia irá mostrar o trabalho da Guita Seile. Teremos, na FAAP, a mostra do Bernard Plossu. Que análise os senhores fazem de seus eventos?

KARLA Houve uma evolução importante de quantidade e qualidade no evento desde sua criação. Em 2004, tivemos um público aproximado de 500 mil pessoas, 60% a mais do que no ano anterior, transformando Brasília na verdadeira capital da fotografia .

GURAN O FotoRio é bienal, de modo que este ano teremos a segunda edição. Acho que só o fato de acontecer já é muito positivo. O FotoRio é um movimento de fotógrafos que se organiza cada vez mais.

RUBENS Várias ações realizadas pelo Mês mudaram definitivamente a maneira como museus e galerias no Brasil passaram a encarar a fotografia. O Mês, este ano, só vai acontecer graças ao esforço coletivo do NaFoto e seus parceiros. Conquistamos uma posição importante no cenário nacional e isso pôde ser constatado na elaboração desta edição. Recebemos incentivo de várias partes para que o Mês não morresse. Em pouguíssimo tempo, conseguimos reunir várias exposições. Acreditamos

que somos responsáveis por essa ebulição da fotografia brasileira.

O projeto do festival está incluído em leis de incentivo à cultura? Há interesse de patrocinadores?

KARLA Desde a sua primeira edição, o FotoArte usufrui dos benefícios da Lei Rouanet e a maior parte da verba é captada com tal benefício. Isto é, sem dúvida, um grande atrativo e estímulo para os patrocinadores e parceiros do evento.

GURAN Sim, estamos inscritos nas leis de incentivo e nos beneficiamos delas no CCBB, por exemplo. Esperamos que haja interesse dos patrocinadores.

RUBENS A edição anterior estava incluída em leis de incentivo. Esta não. Nas últimas edições, houve um certo desânimo por parte do NaFoto, por não conseguirmos patrocínio, principalmente para as ações mais ousadas que propomos. A crise geral do mercado reflete na produção do Mês. Projetar um evento desse porte não é simples. A 5º e a 6º edições só aconteceram graças ao dinheiro levantado por dois leilões, realizados pelos fotógrafos. Na verdade, a 7? edição é um recado: estamos vivos!

Como fica a questão da rivalidade entre os festivais?

KARLA Não sofremos com qualquer tipo de rivalidade. Pelo contrário. Nosso trabalho tem provado que a parceria e o intercâmbio entre os festivais são fundamentais para o fortalecimento da fotografia. Queremos provar que Brasília pode ser um local ideal para encontro da fotografia no Brasil, sem excluir outros. Na última edição reunimos nomes fundamentais ligados a festivais no país, como Orlando Azevedo, da Bienal de Curitiba; Milton Guran, do FotoRio; além de Rubens Fernandes Junior e Nair Benedicto, de São Paulo. Essa parceria é estimulante e positiva para a fotografia no Brasil. Há lugar para todos!

GLRAN A relação com os colegas e com o mercado paulista sempre foi, felizmente, de cooperação. Fico feliz de ver o Mês da Fotografia acontecendo, e acho que da parte dos colegas paulistas é a mesma coisa. Para esta edição do FotoRio estão programadas exposições importantes advindas da Pinacoteca de São Paulo, como a do Fernando Lemos e a do Flávio Damm e também a da Claudia Andujar, da Galeria Vermelho. Outros paulistas estão convidados para participar das palestras,

JEANLOUP
SIEFF

como Eder Chiodetto, Rubens Fernandes Junior e Diógenes Moura. Já somos obrigados a enfrentar muita adversidade e, é claro, cooperar é muito mais esperto do que competir.

RUBENS Nunca encaramos os Estados que posteriormente vieram a fazer eventos semelhantes como rivais. Tentamos ser parceiros. Às vezes sinto essa rivalidade por parte de alguns, que querem exclusividade das mostras. O Mês não depende de governo, nem de nenhuma multinacional. Somos livres e esse é nosso diferencial. Nossas prioridades são a educação do olhar e a democratização da fotografia. Nosso sonho era colocar São Paulo na rota das grandes exposições fotográficas mundiais. E, isso, nós fizemos.

De um lado, respeitáveis críticos e curadores apontam a fotografia brasileira como uma das melhores do mundo. De outro, há a impossibilidade da realização de algumas ações, que, mesmo quando bem intencionadas, esbarram num problema mercadológico a ser resolvido não só pela fotografia, mas por toda a esfera cultural. Pais e mães sempre defendem suas crias, e, no caso dos festivais, não seria diferente. Karla Osório Netto, Milton Guran e Rubens Fernandes Junior apontam diferentes idéias e soluções geradas a partir dos recursos que têm em mãos.

O evidente hiato que separa o público e o mercado da fotografia hoje no Brasil é um empecilho que pesa significativamente na estrutura para a realização dos festivais. Olhando-se por outro ângulo, o fato de tantas pessoas se reunirem em torno da fotografia não pode ser descartado, aliás, deve ser festejado. A fotografia tem aumentado sua visibilidade e notoriedade, não restam dúvidas, também em função dos festivais.

Entre possível e o ideal, esses eventos pendem para o primeiro. O esclarecimento de intenções e a real dimensão de suas realizações, sem sub ou supervalorizá-las como seus três interlocutores puderam fazer neste debate facilitam ao público uma melhor compreensão tanto das fragilidades como, naturalmente, das potencialidades dos festivais e o que eles, de fato, significam para a fotografia brasileira. E

Bienal de Fotografia de Curitiba

O festival que deu certo... mas acabou

Uma das principais características da Bienal de Fotografia de Curitiba, realizada pela Fundação Cultural de Curitiba, entre 1996 e 2000, era o ineditismo das mostras e a garimpagem criteriosa de fotógrafos e trabalhos, a partir de decisões de um conselho consultivo, formado por nomes como o do crítico de arte Agnaldo Farias, o fotógrafo Marcos Magaldi e o historiador especialista em Fotografia Boris Kossoy. Por meio de uma política de aquisição, cerca de 2 mil obras foram reunidas no Museu de Fotografia da Cidade de Curitiba boa parte delas doada por fotógrafos constituindo um acer vo estimado em 1,5 milhão de dólares, hoje confinadas na reserva técnica do museu, sem programação. Outra ação da Bienal era o Prêmio Máximo do Júri, de 2 mil dólares, concedido a fotógrafos para realização de um projeto. Apesar de tudo isso, após três edições, o evento, que tinha orçamento de 350 mil reais, teve sua atuação abortada Segundo o fotógrafo Orlando Azevedo, seu idealizador e coordenador, havia uma arquitetura filosófica por trás do festival, No entanto, todo o esforço no sentido de mapear a produção fotográfica brasileira foi por água abaixo por conta de corte de verbas do município para a área. Todos nós sabemos o quanto são nefastas as gestões públicas para o bem cultural, Não há continuidade, é impossível estabelecer um processo, desenvolver projetos a longo prazo. Há uma podridão nos bastidores, tomados pela parcialidade. Não há critérios, Não temos interlocutores,

FRANK ROTH

dos festivais

vínculo com os eventos di

Links

Veja a programação completa dos festivais brasileiros nos sites oficiais:

FotoArte

FotoRio

Mês Internacional da Fotografia de São Paulo

O site do Festival of Light reúne os principais festivais do mundo:

ALOESo Gus pe EEE Fnac incluem quatro brasileiros

Seis novas exposições fotográficasjá podem ser vistas nas Galerias Fnac no Brasil, até outubro deste ano. Com curadoria de Martine Birnbaum, diretora de Comunicação e Ação Cultural da Fnac Brasil, e de Roseli Nakagawa, crítica de fotografia de renome internacional, estas exposições, sempre com entrada franca, apresentam ao grande público o trabalho de quatro fotógrafos brasileiros Alberto Bitar, João Urban, Kenji Ota e Tiago Santana e dois fotógrafos estrangeiros Inge Morath, austríaca, e Patrick Glaize, francês.

Segundo Pierre Courty, diretor geral da Fnac Brasil, ao expor estes trabalhos nas Galerias Fnac, pretendemos evidenciar a diversidade de estilos e técnicas, tanto de fotógrafos consagrados, quanto de novos talentos. Ao mesmo tempo, as lojas Fnac são pontos de encontro dos amantes da fotografia, locais de discussão e descoberta do universo da arte fotográfica .

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fotografias de Kenji Ota

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O álbum é o quinto da carreira

Nascido em São Paulo, em 1952, Kenji Ota privilegia em seu trabalho a pesquisa técnica. Ele recria suas fotografias imprimindo-as em diversas técnicas, revelando novas texturas, como nos retratos feitos a partir de imagens em monitores de vídeo, e, até mesmo, modificando sua forma, como acontece nas fotogravuras. Interferindo em pontos base do processo fotográfico, como se captação de luz e impressão, ele redefine os limites da fotografia. Como afirma Roseli Nakagawa, ao interferir em cada passo, ele realiza a|experiência plástica de construção da imagem, tornando-a matéria propriamente dita. A pedra, a folha, a pele são as suas imagens, numa tradição oriental da mais pura abstração .

O Chão de Graciliano, fotografias de Tiago Santana

CE le oRSE ieTreDreTN O ir O TE] em 1966. Trabalha com a fotografia documental desde 1989 e é um dos fundadores do grupo Dependentes da Luz, em 1993, cuja finalidade era reunir fotógrafos do Ceará, para discutir RR ES linguagem e projetos especiais dedicados Graciiano Ramos| Record

à fotografia. Com sua experiência trazida q P desde a infância, Tiago traduz com intimidade a relação com a paisagem. Suas fotografias, feitas de intensa luz e duras sombras, ilustram com clareza a obra do escritor que se faz presente em cenas de grandes silêncios e esperados vazios. Como bem escreve Audálio Dantas, neste trabalho de Tiago Santana, o RES

chão de Graciliano começa em Quebrangulo, Alagoas, cidade natal, esfumada na memória, entre montes, verde e miúda às margens do rio Paraíba. Depois se estende até Buíque, vila perdida no sertão de Pernambuco, terra seca, cenário das primeiras descobertas da infância.

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fotografias de Alberto Bitar

Alberto Bitar, nascido em Belém-PA em 1970, iniciou na fotografia em 1991 e, desde 1992, vem desenvolvendo ensaios pessoais em baixa velocidade. Esta sua exposição nas Galerias Fnac reúne as séries Hecate, de 1997, e Passageiro, de 2004, realizadas durante saídas fotográficas notumas por Belém. Hecate, (divindade grega que representa a escuridão e seus temores) foi produzida ao vagar pela cidade, explorandoas sombras e seus mistérios. A série Passageiro foi feita durante os intervalos de trabalho para um jornal acompanhado por um motorista pelas ruas da capital do Pará. As dificuldades apresentadas pelo horário e pelo meio de transporte foram para ele o ponto de partida. A pouca luz e a necessidade dé um tempo maior de exposição ajudaram a borrar a imagem, processo acentuado ainda mais pelos movimentos involuntários.

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fotografias de João Urban

Segundo Luiz Carlos Felizardo, no prefácio do livro Tui Tam (aqui e lá, em polonês), de Teresa e João Urban, esta série surgiu da compreensão de que a paisagem molda as pessoas e as mesmas pessoas moldam a paisagem, para alcançar conceitos e visões encravadas em sua memória cultural, recriando um ambiente que, elas intuem, vai alimentálas, num movimento contínuo de interação João Urban, ele mesmo filho de imigrante polonês, ao se dedicar a fotografar este universo cultural, estava a compreender o seu mundo de origem recriando sua memória pessoal, interrompida pela morte do pai, a ditadura que o afastou do convívio com a irmã, parceira de toda vida neste projeto.

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Patrick Glaize, 37 anos realizou reportagens e séries de retratos em Cuba, no Haiti, na Colômbia e na [a ARA tE NEN VISEM Claire, Cosmopolitan, Globe, Paris-Match, VSD, [CT=To) entre outras. Suas inúmeras viagens a Cuba, fotografando pessoas, resultaram numa serie que constitui uma bela crônica sobre a ilha, fugindo dos clichês. A arquitetura, as cenas de UCP o gestora) tudo estimula uma sucessão de pre intimistas. O colorido intenso serve de contraponto a uma certa melancolia o USAS Sc Rcio o aLiT Tg o ciprc McNori TcA

E ELA retrospectiva

A austríaca Inge Morath, nascida em 1923, foi assistente de Henri Cartier-Bresson e passou a integrar a agência Magnum, em 1953, a convite de Robert Capa. Fez retratos dos maiores nomes da cena artística e política contemporânea, além de documentar vários trabalhos do seu

marido, Arthur Miller. prolongadas e

o interesse manifesto que ela tem pela arte encontram sua expressão em ensaios fotográficos publicados em numerosas revistas, tais como Life, Paris Match, Holiday Magazine, Saturday Evening Post, Vogue, Picture Post, Illustrated Magazine, etc, e em grande número de livros. Ela ilustra com suas fotos vários livros como Le masque, com Saul Steinberg, trabalho já exposto no Brasil, nas Galerias Fnac.

Galerias Fnac 2005 - Programação

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O Chão de Graciliano

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Fnac, têm acesso completamente gratuito e estão abertas inclusive domingos e feriados.

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Cravo

chega ao Museu Afro-Brasil, em São Paulo, dia 13 de maio) e Trance Territories (Berlim, 2004), exibida em conjunto com a retrospectiva itinerante Black Gods in Exile, do antropólogo, fotógrafo e amigo Pierre Verger (1902-1996). A maior parte dessas imagens foi feita no Ilê Axé Opô Aganju, do babalorixá Balbino Daniel de Paula, casa de Mario e Verger no candomblé. Mario vê na nova obra o retorno a práticas conceituais deixadas para trás. Outros notam a mudança de objeto. Depois de anos voltado para os espaços circunscritos do culto, ele olha a paisagem , diz Solange. Quis jogar água no meu inconsciente , conta o artista nesta entrevista, concedida na casa-estúdio onde vive, entre pedras e pássaros, e cultiva leituras e acasos, fundamentos de seu processo criativo. Tenho muito material no computador. Às vezes clico um botão errado e pulam imagens na minha frente, imagens guardadas há tempos , fala o homem dos auto-retratos velados, que tem obras no acervo de museus como o Stedelijk holandês e o MoMA de Nova York, é sabidamente irascível quando trabalha, dirige um Tigra preto e anda de Havaianas, óculos italianos e um talo de bambu enfiado na orelha (não deu tempo de perguntar como arranjou o rasgo). A projeção do meu inconsciente atua mais que meu consciente. A divisória entre os dois é tênue.

REVISTA FOTOSITE: De onde você partiu para criar essa instalação?

MARIO CRAVO NETO: O que me foi encomendado foi minha participação no projeto, que tem a ver com atal africanidade brasileira. A africanidade para mim, especificamente na Bahia, está relacionada ao culto religioso, muito mais do que ao partidarismo político. Eu excluo a questão racial; raça não quer dizer nada. Aceitei com uma condição: fazer no primeiro andar do Solar do Unhão. Inicialmente ia usar imagens da instalação que fiz em Berlim no ano passado. Daí tive outra idéia. Quando fiz o livro do MAM da Bahia, descobri um álbum de fotografias do solar antes da restauração de Lina Bardi. Eu iria reproduzir as imagens e fazer uma colagem. Quando você pisasse ali dentro, você voltava 50 anos e entrava naquele espaço anterior à Lina. É uma idéia do caralho, mas que foi colocada de lado porque não encaixava no contexto da africanidade. À idéia da água partiu de uma imagem do mar da Ilha de Gorê, no Senegal, por onde passaram 8 milhões de escravos. Eu queria gravar em vídeo, aqui, uma imagem tipo aquela, com as correntes de água morna, que ficam mais suaves quando o mar está crespo, o que dá aquele reflexo. São as correntes que vêm da África e banham nosso litoral. É por isso que o mar da Bahia é um caldo derramado no coração das pessoas. Mas repetir a imagem era complicado. Então fui ao Solar do Unhão e gravei lá mesmo as imagens que você viu na instalação. No fim, era pra ser ali mesmo. Minhas coisas não têm muito conceito. Eu trabalho na área da criatividade pura e simples, explosiva. As coisas não são pré-colocadas, simplesmente nascem da liberdade da ação que o indivíduo tem de praticar arte. Nós vivemos adicionando camadas, estratificando camadas sobre camadas. Idéias, pensamentos, dores, sofrimentos, prazer. À vida é uma estratificação. É por isso que a psicologia do inconsciente me interessa bastante.

O mar, aqui, é uma metáfora do inconsciente?

O mar não é metáfora, nem aqui e nem em lugar nenhum. O mar é o mar. O que nós temos ali é um mar transposto no sentido poético, através de um elemento tecnológico que são as projeções. Essa instalação poderia ser mostrada em qualquer lugar, mas a importância dela é que foi feita para o solar. Para que as pessoas daqui possam ver um fragmento do mar deslocado de seu contexto. Talvez eu não tenha nunca criado uma obra que fosse um site specific tanto quanto essa. Instalação é uma terminologia que apareceu no final da década de 80, mas que foi usada nos anos 60/70 pelo movimento no qual fui envolvido em minha permanência em Nova York, a arte conceitual. Embora Marcel Duchamp seja o pai disso, os artistas conceituais trouxeram a idéia do objeto achado, deslocado, do conceito que a obra deverá refletir. Ela por si, como matéria, não existe. Algumas pessoas disseram que gostaram da instalação porque ela é vazia. Só tem luz. E é isso. Talvez ali não tenha mar, tenha luz. A luminosidade ofuscante da maré da Bahia. É uma coisa diferente do que você vinha fazendo. É, do que se conhece do que eu vinha fazendo. Se eu lhe mostrar coisas que eu fiz na década de 60, você vai ver que está bastante próximo. Foi um retorno. A tecnologia me proporcionou a retomada de algo que parei a uma certa altura da minha vida de fazer. Eu não me considero assim um fotógrafo, porque tenho formação de artista plástico. Desde o início eu comecei a fazer fotografia e objetos e desenhos. Hoje faço a fotografia com maior intensidade, o que não quer dizer que

outros projetos não fiquem aí, em gestação. Sobre essa temática minha ligada ao candomblé, todo material que fiz durante décadas sobre Salvador está ligado à influência africana, à questão do sincretismo religioso. O ritual do candomblé, com o qual me envolvi bastante nos últimos sete anos, é o meu trabalho mais atual. Mas agora passou a ser pré-La Mer. No fundo, eu queria fazer uma lavagem, jogar água no meu inconsciente, onde residem as imagens e o meu percurso. Essa instalação para mim marca não o percurso de artista plástico, mas de homem. Eu quis jogar água dentro de mim mesmo. Por que você resolveu se iniciar no candomblé?

As pessoas não se iniciam, elas são iniciadas. Nenhum tipo de iniciação parte de uma decisão do indivíduo. Muita gente se deixa fazer para entrar mais naquele mundo, naquela história. E para obter poder. O conhecimento é uma forma de poder. Quando você chegou aqui eu quis ler uma coisa de Jung que por acaso estava em cima da minha mesa, de uma carta que ele recebeu de um filósofo chamado David Hume. Hume protestava que, quando voltava o olhar para o seu interior, só percebia idéias e emoções, um fluxo de consciência . Olhe mais para dentro ainda , Jung responde. Force os olhos para o reino dos sonhos e dos símbolos, até que eles se habituem à escuridão. Pouco a pouco o ego consciente ficará sabendo que não está sozinho, que possui um companheiro ainda mais poderoso. O homem começará a ver a sua própria força. O processo de individuação terá início. Nessas cartas, Jung mostra os questionamentos que ele próprio vivenciou. Porque o homem era um cientista, um criador, mas também um empírico. Para falar daquilo, experimentava mesmo. Eu sou um pouquinho assim. Quero experimentar em mim para ver como é que é. Qual é o papel do confinamento na iniciação?

Ele é necessário para lhe abstrair da realidade que você está acostumado a vivenciar. É um caminho para você se conhecer melhor. Existem exercícios de ioga nos quais você fica confinado durante meses em um quarto escuro. Num certo momento, alguém faz um buraquinho do tamanho de uma cabeça de alfinete na parede. E aí você passa a ver a luz por aquela fresta. Depois esse buraquinho é aumentado, depois ele é aumentado, até que um dia você abre uma passagem e sai do confinamento. É uma passagem do inconsciente para a vida, um processo positivo. Mas não é pra qualquer um.

O que é mais importante para você no culto dos orixás?

É a relação do homem com a natureza viva, o sangue, o sangue das folhas, a terra. Nossa ancestralidade reside no solo em que pisamos, ensopado de sangue por guerras e matanças. Nós precisamos de mais amor, de mais água, de mais entendimento. E menos poder, menos pátria, menos fronteira. Menos etnia e mais mistura de etnias, de religiões, de maneiras de pensar. Quando a gente chegar a um sincretismo maior, as coisas vão ser diferentes.

posições de arte

Moderna da Bahia, no los anos pelo então governador Juracy Magalhães. Para dirigir a entidad missa ama arquiteta italiana Lina Bo Bardi, que Em 98, acomoda emum parque ceno( esculturas, que val de mes ão Paulo (Masp). MAI abriga provisoriamente Teatro Castro Alves e começa espantara Com instalações de Eustáquio Neves, Daniel Lima, Mario Cravo Neto, Maria Magdalena Campos-Pons (Cuba) e António Ole (Angola, a primeira Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea fun

la comunidade talhada para

ciação Cultural Videobrasil e ficou no MAM da Bahia de 18 de março jetais e minerais lestino, Lina cria e pelas soluções de simplicidade do artesanal africana] foi realizada pela Asso- rojeto do Museu de Arte Popular da Bahia, entidade im formar artistas. O museu abrigaria ãos trazidos do interior, que viriam para ca ensinar a 17 de abril. A mostra teve média-de 500visitantes/dia.

Abandono o mesmo salão

Acima, o casarão do solar antes da reforma de Lina Bardi, em 1962; no alto, o croqui da arquiteta mostra a escada helicoidal de madeira que projetou para o me:

e SOR ROLES:UN ANY IRONIRO

Por Eder Chiodetto Foto e manipulação Allard

Olhar o mundo contemporâneo e a si próprio tendo a liberdade de expressão como única premissa e uma câmera fotográfica como testemunha foi o que se revelou ao abrir a Caixa Preta, título da mostra que coroou a formatura da terceira turma da faculdade de fotografia do Senac, exposta até 29 de maio no MIS Museu da Imagem e do Som, em São Paulo.

Criada em 1999, a faculdade de fotografia do Senac é a pioneira no Brasil. Seu surgimento se deu num momento em que a tecnologia estava operando profundas transformações na forma de obtenção das imagens, o que inevitavelmente gerou a necessidade de profissionais mais bem formados. Até então qualquer pessoa que ambicionava ser fotógrafo tinha que ser autodidata e limitar seu conhecimento formal em escolas que, com raras exceções, ensinavam apenas a técnica sem aprofundamento algum na linguagem ou na reflexão da produção das imagens.

Para João Kulcsár, professor da faculdade e curador de Caixa Preta, há algumas diferenças marcantes entre a primeira

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turma, formada em 2002, e a que está saindo agora: A fotografia digital ainda era vista com uma certa resistência pela primeira turma, que me parecia mais romântica no sentido de buscar um estilo de fotografia mais tradicional, enquanto para os alunos que se formaram agora isso parece uma questão superada, e a digital está completamente absorvida , diz.

Além do emprego maciço da fotografia digital, Caixa Preta deixa patente também a opção da terceira turma pela fotografia colorida em detrimento da preto-e-branco, além de ocorrer uma abrupta diminuição no número de alunos interessados em fotojornalismo e documentários. Nos trabalhos expostos prevalece uma estética e uma abordagem do visível que tendem a uma leitura mais subjetiva, na qual a objetividade da fotografia é deixada um pouco de lado para que a imagem

final revele mais sobre o sensorial do fotógrafo que suas impressões acerca do mundo externo. Ao mesmo tempo em que os novos fotógrafos emitem sinais de que o interesse pela fotografia como denúncia social está em baixa o que pode ser um reflexo da crise pela qual passa o fotojornalismo nas redações sem investimento em reportagens de fôlego e na maioria das vezes limitado a ser mera ilustração dos textos , revela-se também uma extrema sensibilidade para linguagens como o audiovisual e a aplicação da fotografia em suportes não usuais. É notória essa tendência na nova turma. Com a digital e a consequente habilidade que eles adquirem com o computador, as imagens surgem associadas a sons, seguências. Fotografias viram filme, filme vira fotografia. Podemos de fato falar num movimento de expansão das imagens , afirma Antonio Saggese,

fotógrafo e professor das disciplinas Prática Profissional e Projeto na faculdade. Os dois anos que distam a primeira da terceira turma flagram uma mudança de comportamento: A primeira turma tinha muitas pessoas que já fotografavam e sentiam necessidade de ter uma base maior de conhecimentos. Contudo eles chegavam com alguns vícios, eram mais herméticos e menos abertos para novas experimentações, ao contrário dessa nova turma na qual muitos nunca haviam pegado numa câmera reflex antes da faculdade e estavam ávidos por experimentar de tudo sem preconceitos. Eles são mais poéticos , diz Kulcsár. De fato a poética é um traço que une a maioria dos

Ega

trabalhos observados em Caixa Preta. A REVISTA FOTOSITE destacou quatro novos formandos que optaram por abordagens bem diferentes nas imagens expostas. Simone Etiki, 27 anos, estudava arquitetura quando resolveu fazer um curso breve de fotografia. Fez-se uma revolução na sua vida. Etiki abandonou a arquitetura e iniciou a faculdade de fotografia. Seu ensaio final mostra uma bem-humorada aplicação de fotografia em estampas de tecidos que se transformam em camisetas, bolsas, almofadas, jogos americanos... Da arquitetura eu trouxe a idéia de pensar o espaço tridimensional, com isso sempre imaginava a aplicação das imagens em volumes e suportes diferenciados. Parece que tudo fez um novo sentido.

Agora quero unir arquitetura, fotografia e moda , diz. O trabalho de Etiki pode ser conferido no site www.simonetiki.com.br.

Assim como outros alunos, Etiki critica a divisão que o Senac faz a partir do terceiro semestre, quando os alunos devem optar pelas habilitações de Fotografia Aplicada , com ênfase na técnica, ou Arte e Cultura Fotográfica , com carga maior de disciplinas teóricas: Seria mais interessante que os alunos tivessem liberdade de montar sua grade curricular de acordo com seus interesses. Optei por aplicada , mas teria sido importante o contato com algumas disciplinas da outra habilitação , diz.

O trabalho final de Natalie de Carvalho Jorge, 24 anos, foi uma documentação de uma performance inspirada nas histórias de vampiros, na qual ela própria simula a ingestão de garrafas de sangue, por exemplo. Sou viciada nessa estética , diz. Natalie é um exemplo da nova geração na qual a fotografia não deve ser necessariamente uma reprodução fiel do mundo visível. Não quero flagrar o instante, prefiro construir outras realidades. Mexo em tudo, monto tudo, corto tudo, pinto tudo , diz.

Caio Guatelli, 27 anos, que atualmente realiza free-lancers para a Folha de S.Paulo e para a revista Playboy, busca o equilíbrio entre - O fotojornalismo e a fotografia publicitária. A faculdade me deu a maturidade necessária para diferenciar essas duas linguagens , diz. Em Caixa Preta ele apresenta uma impecável fotomontagem que representa uma orgia romana. Bianca Tatamiya é das raras formandas que realizam fotodocumentários e utilizam filme em preto-e-branco. Minha opção pelo documentário se deu porque gosto de um trabalho fotográfico precedido por uma extensa pesquisa , conclui. Sua produção formatada em um livro aborda festas populares no interior de São Paulo. Os 55 novos formados juntam-se agora aos 76 fotógrafos das outras duas turmas para tentar cavar um espaço no concorrido e ainda pouco fértil mercado de trabalho. Mais bem instruídos e dispostos a oferecer uma nova visualidade do mundo, os novos fotógrafos profissionais estão à solta. Boa sorte a todos. a

Fátima Roque (SP)
Maristela Nogueira (SP)

Quando você trabalha com outra gráfica, o seu anúncio pode ser a vítima.

=" omprei uma câmera 4x5 em 2001 para fotografar o Rio, minha cidade natal. Sempre sonhei em ) fotografar o lugar onde, desde menino, passei todas as férias, mas onde nunca morei. Antes disso, fui fazer um teste na Chapada Diamantina (BA), dando continuidade à eterna busca pela imagem ideal a imagem que irá afetar as pessoas de tal maneira que depois de vê-la elas nunca mais serão as mesmas... é o sonho, o combustível de qualquer artista, uma procura que, para mim, vai se agravando, à medida que o tempo passa... Sempre namorei a 4x5, sonhando com a qualidade de seu negativo de grande formato. Pela sua velocidade de trabalho, é uma máquina que te obriga a manter um ritmo de ação bem mais lento. Exige muita reflexão antes de a foto ser feita. O que importa no visor da 4x5 não é o todo e sim os pequenos detalhes que o compõem. Por isso a idéia de miniaturização aparente em algumas imagens desse trabalho. A câmera possibilita, de certa forma, a síntese da síntese. O fotógrafo mostra exatamente aquilo que achou importante.

A fotografia preta e branca sintetiza melhor como enxerga o fotógrafo, sem a cor para atrapalhar. A 4x5 aprofunda esse contato objeto-fotografado/autor, criando uma relação muito mais divertida e mais madura entre fotógrafo e imagem. Você nunca vê o momento fotografado através dela e sim junto com ela: é a máquina como cúmplice! Em geral, você só descobre o que realmente fotografou quando vê a cópia final do trabalho. Afinal, são tantas possibilidades que você vai testando de forma quase intuitiva: mais clara, mais escura, mais saturada, menos saturada, corta, usa inteira... eu descobri que só ela enxerga minha cidade do mesmo jeito que eu. Para criar estas imagens da Chapada trabalhei durante sete dias intensos, fiz mais de 70 chapas que precederam o livro Rio, lançado em 2008 pela editora DBA. Usei filme Kodak Tmax 100 e uma câmera Sinar P com duas lentes uma Schneider Symmar-s de 210 mm e uma Schneider Super Angulon de 90 mm.

Livro
Pois Fique sabendo

Por Pisco Del baiso oo E RI O A E RT o recortando a realidade e costurando, no próprio computador, uma nova imagem para sua carreira

O cantor Paulo Ricardo está pendurado no heliponto de um prédio em São Paulo. Acima dele, um casal travestido de James Bond se aproxima para tentar ajudá-lo a vencer a grade de metal que o separa de uma queda mortal. Mais acima ainda, sob um céu azul obscuro e tempestuoso, um helicóptero branco de faróis acessos sobrevoa a cena digna dos melhores frames de 007. Mas o casal e o helicóptero não são exatamente verdadeiros, como também não é verdade que o cantor Paulo Ricardo anda pendurado pelos prédios da cidade. Todos esses elementos fazem parte de um mundo surreal que nasce, em parte, da mente e da criatividade de um fotógrafo. Por trás de uma boa idéia, uma câmera fotográfica qualquer uma e muita habilidade diante de um computador potente, está o holandês Allard Van Wielink, 41, radicado no Brasil desde 1998. Ao contrário do que seu primeiro nome possa suscitar, Allard é um sujeito calmo. Seu português, que lembra a pronúncia do rabino Henry Sobel, deixou de ser obstáculo para quem domina cinco línguas e foi casado com uma brasileira muito antes de se casar com o Brasil.

Embutido em um estúdio discreto e bem estruturado, que divide como fotógrafo Fernando Moussalli, na Zona Sul de São Paulo, Allard vem marcando terreno no mercado publicitário brasileiro como um fotógrafo altamente tecnológico, conhecedor de todas as etapas de seu processo criativo. A idéia de colocar o Paulo Ricardo pendurado no alto do prédio foi con-

cebida a partir de um desejo da redação da revista Playboy, de construir uma situação com o glamour dos filmes de James Bond. A escolha do fotógrafo para realizar esse trabalho e outros que vieram depois com a mesma concepção futurista começou a ser definida curiosamente em Paris, depois de um encontro casual acontecido em 1998 entre Allard e Fernando de Barros, um dos maiores jornalistas de moda do Brasil, falecido em 2002. Dessa reunião informal ficou a promessa de que, ao chegar ao Brasil e Allard já estava de malas prontas o fotógrafo visitaria a redação. E assim foi. Fernando abriu as portas da Editora Abril e do mercado brasileiro para o recém-chegado imigrante. A Playboy sempre me deixou criar, me dava tempo para isso. Comecei a fazer meu portfólio nessa revista , relembra. Dos editoriais matrix para as agências de publicidade, como Almap BBDO, Olgivy e TBWA, entre outras, foi um pulo. Em 2002, Allard foi um dos ganhadores da primeira edição do prêmio Conrado Wessel de Fotografia Publicitária, juntamente com Klaus Mitteldorf e Maurício Nahas, nomes pra lá de respeitados na fotografia brasileira. Com um misto de criatividade e imersão xiita naquilo que o atrai, esse holandês voador cita o fotógrafo alemão [2]

Peter Lindbergh como uma de suas principais referências. Peter recria cenas impossíveis, trocando o computador por muita estrutura de produção. Por mais que eu possa construir uma realidade fantástica usando um computador, ter estrutura para bancar qualquer cenário real, sempre será uma opção mais verdadeira, diz Allard. Enquanto essa crise existencial não se resolve, ele vai tocando sua vida de alquimista fazendo geralmente mais do que o esperado. É claro que ele não é o único nesse universo digital avançado. Segundo Maria Eliza Flores, sócia do estúdio de finalização de imagem Digital Image, em São Paulo, Allard faz parte de uma safra de fotógrafos heavy users, que preferem manipular pessoalmente suas imagens sempre que o tempo permite, e têm prazer nisso. Há outros fotógrafos com muito conhecimento, mas que ainda optam por colocar um técnico dentro do próprio estúdio para fazer o serviço de finalização. É um trabalho muito cansativo, garante Eliza, uma das finalizadoras que mais trabalham com Allard. Antes de a Apple criar o G5 e a Adobe transformar o Photoshop em software referência de manipulação fotográfica, Allard já trabalhava como laboratorista em uma loja one hour e foi assistente de fotógrafo na Holanda. Trabalho com o Photoshop desde sua versão 2.4 , brinca ele (a nomenclatura do Photoshop parou no número 7, a atual é chamada de CS). Sentado diante de seu computador Macintosh G5 dual 2.0 Ghz, ele ainda é um refém de uma peculiaridade cruel do mercado publicitário: a crônica falta de tempo para se conseguir a imagem ideal, perfeita. Os prazos estão cada vez mais curtos e as idéias, mais complicadas de realizar, lamenta. Por mais estranho que pareça, hoje faço mais fotos consideradas de finalização simples do que manipulações complexas, comenta. Isso pode ser explicado em parte porque muitas agências ainda preferem finalizar os trabalhos em seus próprios domínios. Talvez o caminho mais interessante seja contra-

atacar as regras do mercado, ampliando o alcance do fotógrafo autor, não só o de homem faz tudo . Para isso, Allard se volta atualmente para a Holanda como um novo horizonte de possibilidades com a ambição de atrair clientes internacionais dispostos a produzir campanhas publicitárias no Brasil. Tenho meus contatos na Holanda, onde acabei de publicar um ensaio em uma revista importante. Espero que isso traga frutos em um futuro próximo. O ensaio a que se refere chama-se Gatas Brasileiras e como Elas Atacam. Com sangue cenográfico produzido por Betina Schúltze, o fotógrafo reuniu um casting de modelos e as lambuzou com o líquido vermelho. Cada mulher faz par com sua vítima, um homem morto jogado ao chão depois do ataque . É uma série de oito duplas concebida e fotografada em 2003, que a REVISTA FOTOSITE publica pela primeira vez no Brasil. Entre os ensaios autorais e cenas absurdamente manipuladas, o fato é que fotógrafos como Allard Van Wielink vão se transformar, ao longo do tempo, em figuras centrais de um cenário digital rumo a centralização dos processos: só um profissional fotografa, constrói e finaliza sua imagem. O mais desafiador neste inevitável futuro é conseguir cobrar por cada etapa realizada. Por mais metódico que seja ficar sentado diante de um computador, o uso das ferramentas precede criatividade. Como diria Peter Lindbergh: a criatividade é o desejo de nos expressarmos .

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artista plástico havaiano Jon Mozo ETR epa Rd ato aa Backdoor [o lado direito de Pipeline]. Jon chegara à praia por volta do meio-dia e, às 2 da tarde, apareceu boiando no inside SO rasinho], em frente à torre salva-vidas em To dee eae sl a fo o

Porte [oops ES Rel ERRAR oe TE SRS jogado por uma onda, bateu no coral e desmaiou debaixo d'água. Os salva-vidas ainda tentaram ressuscitá-lo com um desfribilador, mas era tarde demais a ambulância demorou 45 minutos

PEDE e Lo fo e £o de mitificação de Mozo. Ele se tornou uma espécie de Eddie Aikau da fotografia o lendário surfista que morreu ao tentar salvar Eee pa el E e Me o EVER 1978. Mais de 2 mil pessoas compareceram a uma homenagem Po SE otro ope eps oRS RE pt RR

Qahu um dos mares favoritos de Jon e onde ele sofreu um Exerce Los EE oro Roi Re TER EE Die To RolaSeal pre Eos TO trabalho era mais artístico, muitas vezes ele pintava em cima das fotos. Jon era experiente, conhecia bem as ondas da região, que, Coe EMESSjE E poa LU EQuaicA Sto ISIS o TO Os perigos de Pipeline

ROSE Er See DS RE o RE

Forte fofo due Morato o SRS EE ESSA E TU PASTA a água bate no peito de um adulto de altura média. Além disso, existem cavernas de corais, em que alguns surfistas ficam presos depois de uma vaca

2 As ondas em Pipeline podem chegar aos 15 pés, quebrando nas bancadas de coral mais distantes, o Banzai Pipeline. No dia 9 de Mec Lc RE it RE qa CER EN Eu OR EE luta linha dos reefs [a uma distância aproximada de 200 metros da areia), que são as mais rasas

3 Swells de oeste são os que entram melhor em Pipeline, como estava no dia em que Jon morreu, e provocam uma correnteza para a direita, Como Jon estava em Backdoor, a corrente o levou para 0 [ulajfoRo Rai Deo pe o Ee pa ES Al

4 Pipeline e Backdoor são duas das ondas crowdeadas do mundo, por surfistas e fotógrafos, talvez por isso que a ausência de Jon ETR ER eee (e Eee Eres E Seu eg da água. Ele só foi descoberto quando estava boiando no inside, por dois bodyboarders. Os primeiros socorros Foram feitos por um salva-vidas que estava surfando, fora de plantão

5 Backdooré uma onda explorada recentemente. Nos anos 1370, quando o surfe do Havaí Foi difundido pelo mundo inteiro por Gerry Lopez, a onda não era muito surfada, pois os atletas tinham elasioo ste e oo o o [STATE TE oo

Risco na fo

tem quase 50 anos e é cons mpleto na

com a ca ensanguentada (d ao imp ontra seu rosto no meio de um caldo) e um sor

Jo quanto sua da revista Surfing e de outras pub s imagens que revelariam vista lá de r onde poucos humanos conseguem estar quando Netuno resolve

de dezembro, ach de 1990 ou 91. O mar estava calmo no Havaí. Aaron e eu havíamos al havaiano John Bain, um dos únicos North Shore que moravam com um jardim dando dicional brunch de Natal. 10 da e ersas agradáveis numa garden party. 11 da manhã, Aaron me chama no balanço na ondulação. 11 e meia, ndulado e uma pessoa aparece rem ja. Meio-dia, as ondas começam a subir ente e em poucos minutos algumas já começam ar com cerca de 10 pés. Chang já tem se momento sua lente de 800 mm apontada, só para garantir. Quinze surfistas superexperientes se aglomeram em Waimea para dropar as ond e 18 a 20 pés que quebravam em série, transforido nosso brunch, num camarote à beira mar.

Entre t um cara de pele escura e cabelo preto bem compríido ch: Quem pega ondas sabe, às vezes, um surfista parece ficar iluminado numa sessão. E tra no ritmo

do mar, começa a atrair as ondas para si e dançar elas em sinton luta. Era fácil dizer: tratade Titus Kinim |, uma espécie de lenda havalana, uma stura de atleta, músico e líder nunitário da um havaiano dos bons. As le. Numa delas, nte, Titus re quele pico. Em vez de zona de impacto, ele a no meio de ede e tubo em Waimea. De a onda, em ente, proporcionant dobrando-o de tal é esticada para trás, na direção suas costz oca tração tamanha que rompe o fê momentos qu seguiram s tanto nele quanto nas po pessoas que assistiam à cena, incluindo aí sua esposa, que via tudo da praia. Enquanto eu, chocado, tentava entender o que acontecia, só me lembro de ter ouvido a sucessão de cliques saídos da câmera de Aaron. Em questão de segundos, ele me ou tudo o que me portante. Enquanto isso se punha em disparada para conseguir registrar, da praia, a agonia da espo: a chegada do helicóptero e a retirada do atleta ferido rumo ao hospital.

Essas imagens se espalharam por todo o mundo, fizeram capa de jornais no Japão, reportagens em revistas de Nova York, emplacaram no Brasil e no mundo, mas, mais do que tudo, levaram a quem não conhece e mesmo a quem está familiarizado com o universo do es o quanto é complexo, sério e técnico esse ambiente das ondas de verdade, em que a maravilha convive com o horror, cara a cara. De lá para cá, muita gente boa apareceu. No Brasil, há desde o grande mestre Sebastian Rojas, uma espécie de Rickson Gracie da fotografia aquática, até nomes supercompetentes, como Tony Fleury, James Thisted, Agobar e os mais novos: Anselmo Cachorrão Venansi, Bruno Lemos, Aleko e tantos outros. Gente que não prioriza dinheiro nem fama, apenas o amor pelo ma um amor tão grande, que precisa ser compartilhado com o resto da humanidade.

PEDRO MARTINELLI

pastel, agora, pela luz e as chuvas da Amazônia, mas não menos que pela síntese granulada de seus brana pensar, para subir o rio monótono, o caçador tornado pescador deixa o peixe grande encontrar a isca. os de Pedro Martinelli, habita a terra de ninguém, região localizada entre a realidade o é possível, transita por aquele r a. Remar um casquinho é o caminho da vida para amadc a a respeito de fotografia e técnica, agora é sobre as coisas que amamos. A fotografia é tudo, mo um dicionário visual, constantemente procurando formas novas para descrever as coisas

O homem civilizado despreza cada vez mais os s emitidos pelo instinto, os cheiros e as marés, ingredientes onomia. E a das imagens? Olho para as dele, vejo o botão dourado no vestia, sorrisos em semblantes antigos, pré-colombianos, expostos com a g de quem tem o tempo docemente e abandonar o peixe que ainda não pe

fia. A arte de er está na

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E KZ a = E N E o)ou o E[SU3[=] 7) y [4 ' e Tecnologia Super CCD SR Il de 42 geração e Compatível com objetivas Nikkor e Dois monitores LCD e Melhor empunhadura e Dois botões de disparo (conforto e estabilidade na horizontal ou vertical) e Dois slots para mídia (xD-Picture Card e CF IIMicrodrive) e Carregador com 4 baterias recarregáveis

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