Revista Fotosite [n. 7]

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PARA QUE SERVE UM FOTÓGRAFO?

O fotojornalismo ideológico, o glamour da fotografia de moda, a publicidade e suas novas tendências, a fotografia por ela mesma, de rua, simples. Ao entrar nessa edição, deixe um pouco de lado suas preferências estéticas e ideológicas. Não olhe essa revista como se olha um cardápio, guia ou manual. A lógica deve ser outra. Você olhou a capa desta edição na vertical ou na horizontal? Seguiu o título da revista ou o número 7 da edição? Não prestou a atenção nisso? Por favor, volte e refaça o exercício de olhar com mais atenção. Quando estiver vendo a imagem de Nelson Mandela, estampada na página 33, preste atenção aos detalhes antes de responder se aquela figura é humana ou apenas uma ilusão. Cuidado, você pode passar incólume também pela imagem reconstruída pelo fotógrafo alemão Thomas Kellner na página 14. Quando chegar na matéria sobre o futuro capturado, na página 62, pare e leia sem preconceitos o que os especialistas têm a dizer sobre fotografia comercial nos próximos 10, 15 anos. Depois disso, reflita qual será o seu papel nisso tudo. Preste mais atenção ainda no que diz o

texto que abre a matéria. Há uma informação ali que vai parecer mentira, coisa impossível de acontecer. Fotógrafos de carro virando consultores de estúdios 3D. Você deve estar pensando que esta é uma revista da contra-fotografia. Mas ela é exatamente o contrário disso. As imagens estão aqui para serem idas assim como-os-textes-Faça-isso-com a foto que abre o portfólio de Paulo Leite, irritantemente genial e simples. Ela é a prova de que a boa fotografia pode estar em lugares tão improváveis que só um fotógrafo de verdade pode ver. Afinal, é para isso que servem os bons fotógrafos, não? Para nos mostrar o que não podemos ver. Mas o futuro parece 4 que vem cobrando mais do que uma só função para cada um de nós, fotógrafos ou não. Seguindo com a visão atenta, esta edição pode ser um botão de alarme para os novos tempos, assim como «a 1º Semana da Fotografia Epso Fnac/Fotosite foi concebida para elevar o nível de discussão

07 BOLSA

Conheça os doze finalistas do concurso que vai distribuir R$ 12 mil em prêmios e uma viagem para a França

14 5NAPSHOTS

Festivais, o roubo na Biblioteca Nacional, revelador de café, William Wegman e nossas editoras de internet

26 NA LATA!

João Cury com as pernas de Maria Sharapova, os publicitários repetitivos, Itaú Cultural, Tókio, entre outras

28 ENTREVISTA

Os novos talentos da Fotografia publicitária mundial, segundo Lewis Blackwell da Getty

Zehbrauskas e, a american

34 ARTIGO bO MODA Õ

Éder Chiodetto escreve sobre a Dito Stupakoff e os métodos e situação dos laboratoristas PEB que o consagraram como um Mo: em plena era digital dos principais fotógrafos de E moda da história e

42 PERFIL be FUTURO

Um dos principais fotógrafos

Especialistas tentam imaginar de querra do mundo como será um estúdio no futuro vai além do front

:

66 CRÔNICAS

48 PORTFOLIO :

Paulo Leite e suas Viragens FOTOGRÁFICAS

Humanas

Marcio Scavone desvenda mais um rosto por de traz da câmera

58 FOTO) ORNALISMO Leia mais sobre algumas

À história de nove fotógrafos WWw matérias desta edição em Sima foto roliaça www.Fotosite.com.br/revista?

SENHA DA EDIÇÃO: 302015

MANDE SEU RECADO! a E a Envie um e-mail para cartaOfoto- E

2 RR site.com.br ou escreva uma carta (3 para: Rua Pensilvânia, 1136, casa 8, Brooklin CEP 04564-003- S Paulo- SP

benizar toda equipe pelo excelente trabalho Sato e pelo c impressa. Na:sedia 4, adorei ver as matérias sobre a fotógrafa brasileira, Ao a Diane Arbus. Como fotógrafa mulher, gostaria: -de sugerir à redação que publicassem rmais ensaios Sdlire as profissionais mulheres, principalmente as que atuam na fotografia documental e fotorreportagem. Abraços. Daniela Cestarollo, por e-mail ES e

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=) neaS = BOLSA FNAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA

Os fotógrafos mineiros do Paisagem Submersa, João Castilho, 27, Pedro Motta, 28, e Pedro David, 28, e o paulistano Lucas Pupo, 29, formam a última dupla de trabalhos selecionados para a BOLSA FNAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA

Em decisão inédita, a Comissão Julgadora selecionou, em uma só rodada, quatro fotógrafos. O trio de fotógrafos mineiros, João Castilho, Pedro Motta e Pedro David, que desenvolvem em conjunto um trabalho documental no interior de Minas, junto com o fotógrafo Lucas Pupo são os últimos selecionados para a final da BOLSA ENAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA. Desse modo, as vagas para a final do concurso, que vai distribuir R$ 12 mil em produtos FNAC, uma viagem para a França e acompanhamento editorial do projeto pela equipe do Fotosite, chegam ao fim. Ambos os trabalhos, agora, fazem parte da lista de 12 finalistas que concorrem ao prêmio na próxima edição da REVISTA FOTOSITE [veja o perfil de cada um no wuw.fotosite.com.brd.

TRIO DE MINAS Desde 2002, os fotógrafos belo-horizontinos João Castilho, Pedro David e Pedro Motta visitam a região da Usina Hidrelétrica de Irarapé, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, para registrar o desaparecimento das comunidades ribeirinhas tiradas de suas terras para a construção de um lago na barragem no local. No total são mais de mil famílias, distribuídas em sete cidades, que podem sofrer com a construção. O trabalho a seis mãos se transformou em um grande dossiê documental, que os três fotógrafos assinam juntos, e já rendeu algumas exposições e um site, o www. paisagemsubmersa.com.br. A intenção do trio, ao pleitear a BOLSA, é para reunir condições para continuar o projeto, ou seja, documentar as condições das famílias já em outro lugar, fora das comunidades ribeirinhas de lrarapé. O dilema será, caso eles ganhem o concurso, saber quem irá para a França.

LUCAS PUPO A convite do médico e escritor Drauzio Varella, o fotógrafo Lucas Pupo foi fotografar o Carandiru, o ex-maior presídio da América Latina, implodido em 2002. As fotos viraram o trabalho Arquitetura da Destruição, que garantiu a Lucas uma vaga entre os finalistas da BOLSA FNAC/FOTOSITE. O trabalho demonstra a arquitetura carcerária e traços da conduta de detenção utilizada no país. É um assunto atemporal , comenta Lucas. A idéia, caso ele seja o vencedor da BOLSA, é desenvolver uma exposição com ampliações em 60x60 em das fotografias, com água e bolachas de água e sal no vernissage, como os lanches que eram servidos aos presidiários do Carandiru. Outra intenção é espalhar cartazes lambe-lambes pela cidade divulgando a exposição, e, depois de montada, levar a mostra para outras cidades brasileiras. 01/06/2005]

A BOLSA

Esta premiação visa oferecer suporte financeiro e acompanhamento editorial para fotógrafos em início de carreira. Se você tem menos de 30 anos (nascido a partir de 1/10/1975) e um projeto fotográfico em mente ou já iniciado, participe.

Realização Realização e Patrocínio Apoio Cultural

JOÃO
CASTILHO
PEDRO MOTTA

CONHEÇA OS OUTROS FINALISTAS DA BOLSA

MELINA RESENDE A fotógrafa de 21 anos foi selecionada por fotografar prostitutas de São Paulo de forma sensual e bonita, fugindo do imaginário das pessoas, que as vêem como mulheres degradadas e de má vida. Melina começou a produzir o trabalho durante a conclusão do curso de Bacharelado de Fotografia no Senac. Agora a fotógrafa está em busca de recursos para concluir e divulgar o projeto.

ALEXANDRE ÓRION O fotógrafo e artista plástico Órion, 26, questiona o limite entre a ficção e a realidade no seu projeto Metabiótica, com fotografias feitas a partir da reação das pessoas diante de grafites desenhados pelo próprio Órion, em locais movimentados de São Paulo. O fotógrafo pretende completar o trabalho criando um conjunto que deve contar uma história, como se fosse uma peça de literatura fotográfica.

GABRIELA SLAVIERO O Jardim Onde Ela Brinca Escondida é uma tentativa bem-sucedida dessa

JOÃO WAINER. o fotógrafo João Wainer, 28, se inspirou no som dos Racionais MC's, tradicional grupo de rap de São Paulo, para produzir o ensaio Marginal, que mostra três realidades distintas, embora integradas, dos principais rappers do Brasil. O carioca MV Bill canta nos morros do Rio de Janeiro, enquanto Dexter versa sobre os problemas do sistema carcerário e Mano Brown, dos Racionais, poetiza sobre o cotidiano violento da periferia paulistana. João pleiteia a BOLSA para desenvolver um livro dentro de dois anos.

JOÃO FRANCISCO MARIANO o tempo tem uma presença muito forte no trabalho do fotógrafo e web designer João Francisco Mariano, 27, que apresenta São Paulo Pulso Cidade, com imagens de paisagens em movimento, feitas em longas exposições. João deseja aumentar o projeto, primeiro criando um website e, depois, pretende clicar 288 imagens, divididas em 12 temas, com 24 fotos sequenciais feitas em intervalos de uma hora cada uma.

ESTES 10

4 SELECIONADOS

NESTA RODADA

CONCORREM AO

PRÊMIO FINAL turou fotografia e circo no trabalho acroGRAFIA FOTÓbacia, um estudo fotográfico do corpo a partir de técnicas de acrobacia. João foi o executor e o modelo das fotos, feitas por timer e realizadas em uma barra de ferro colocada na porta do seu quarto, à contraluz, e mostram o momento síntese de uma acrobacia. Seu objetivo é investir em uma infra-estrutura para desenvolver o estudo apresentado.

JOÃO PENONI João Penoni, 21, estudante em comunicação visual e praticante de acrobacia, mis- FINALISTAS E 05 fotógrafa de bandas e DJs, de 26 anos, de tornar sonho em realidade. A idéia apareceu enquanto Gabriela dormia e viu meninas com cabeças de travesseiro brincando em um jardim. Para as fotos, ela usou cromo invertido para obter cores saturadas e contrastes que passassem a atmosfera de um sonho. Gabriela pretende desenvolver o projeto 35 mm, uma revista pocket que funcionaria como um portfólio e uma exposição ambulante, com outros três ensaios novos.

JOÃO KEHL A pequena Caraíva, no sul da Bahia, até o final dos anos 70 ficou escondida, sobrevivendo do extrativismo local, e hoje vive em torno do turismo na região, que chega a atrair 5 mil viajantes por temporada. São essas transformações sociais que o fotógrafo João Kehl, 22, documenta em seu ensaio sobre a vila baiana. Atualmente, ele trabalha na Cia. de Fotos e, caso seja o escolhido, pretende ficar três meses na comunidade para completar seu ensaio e montar um boneco de um livro.

FABIO OKAMOTO A cidade é o tema central do trabalho Espaços Intersticiais, do fotógrafo e arquiteto Fabio Okamoto. A intenção é variar entre o analógico e o digital, exaltando as qualidades de cada um. Okamoto costuma trabalhar bastante com as imagens, seja no ampliador, seja no Photoshop. Caso ganhe a BOLSA, vai dar continuidade à pesquisa, com mais elementos da fotografia digital, para montar uma exposição e publicar um livro.

DING MUSA A proposta do fotógrafo Ding Musa, 26, é questionar os elementos da fotografia. No ensaio Cidade, ele levanta suas dúvidas na maneira como as paisagens das cidades são representadas. A pesquisa desse trabalho teve início em 2001 e já passou por diferentes lugares: Rio de Janeiro, São Paulo, Londres: em suportes distintos: filme, digital, colagens e película de cinema. Com a BOLSA, Ding pleiteia continuar seu projeto, abranger a pesquisa e transformar o resultado em uma exposição.

PATRÍCIA KITAMURA Pós-graduanda em fotografia pelo Senac, e formada em moda, Patrícia, 27, mandou o projeto PRO(lou)CURA-SE para concorrer na BOLSA. A idéia é usar as roupas como elementos da memória de seus retratados, de classes sociais bem diferentes. Isso, para mostrar estilos de vida bem simples, remetendo ao passado, ao lado da vida moderna nas cidades, do futuro. Caso seja a escolhida, ela pretende continuar o projeto usando os processos fotográficos que permitam o uso de tecidos.

[OCH orlo SS RSTo ai fteli são importados da Europa e Estados Unidos e projetados para obter resultados [este o leiajto profissionais. Lee (er= OR (cj (Oo = amostra ao lado e confira!

Em mosira inédita no Brasil, Thomas Kellner, da Alemanha, participa do Festival com trabalhos que desconstroem monumentos arquitetônicos para reestruturá-los a partir de fragmentos fotográficos

VEM AÍ O FOTOARTE

Oitenta e cinco exposições vão compor o cardápio do FotoArte Brasília em 2005, espalhadas por 60 espaços. Entre as internacionais, destaque para Objectif Paris, que mostrará a capital francesa sob a perspectiva de seus mais ilustres fotógrafos do século 20, como Robert Doisneau, André Kertesz e Henri Cartier-Bresson. Outro destaque é a mostra Felix Nadar, feita a partir da coleção do fotógrafo Guy Veloso. O conjunto traz apenas retratos de personalidades, entre elas o compositor Franz Liszt (1811-1886) e o poeta Guillaume Apollinaire (1880-1918). Entre os brasileiros, Walter Firmo e Numo Rama marcam. presença, e o historiador Boris Kossoy expõe pela primeira vez seu trabalho fotográfico autoral. O evento também garimpou talentos regionais, que poderão ser vistos em mostras como Jovem Fotografia Contemporânea

Goiana. A programação inclui seminários e uma leitura de portfólios com mais de 40 profissionais. Entre as personalidades, Jean-Luc Monterosso, diretor da Maison Européenne de la Photographie; Pablo Berastegui, curador do PhotoEspafia Sérgio Mah, curador do LisboaFoto já confirmaram participação. Além disso, os sempre atuais de todo o Brasil, como Cristiano Mascaro, Juvenal Pereira e Orlando Azevedo, vão fotografar a capital federal durante 45 horas. A jornada, sob o comando de Rui Faquini, vai resultar na exposição e no livro Brasília 45. O festival não tem uma data definida ainda, mas o período de espera é entre setembro e dezembro. A relação dos eventos já confirmados, suas datas e locais, podem ser conferidos no

FALA

O mexicano Pedro Meyer, criador do site ZoneZero [www.zonezero.com), faz sua primeira individual no Brasil, com registros da Romaria de Trindade (60), realizados no ano passado, quando esteve no país para participar da última edição do FotoArte

BRASIL ESTRÉIA INDIVIDUAL EM PERPIGNAN

Pela primeira vez, o Brasil tem uma mostra individual na 17º edição do Visa Pour Image O festival internacional de fotojornalismo, em Perpignan, na França. E mais uma vez o fotojornalista Maurício Lima é o responsável pelo feito. Lima vai apresentar uma compilação do trabalho que realizou no pós-guerra do Iraque, nas duas vezes que esteve no país árabe. No festival inteiro, de 27 de agosto a 11 de setembro, são 28 mostras no total, divididas em dez pontos da cidade, além das tradicionais projeções e encontros com editores e fotógrafos de

revistas, jornais e agências do mundo inteiro.

5NAPSHOTS

IMERSO NA PENUMBRA

Ding Musa, um dos finalistas da BOLSA FNAC/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA, vai abrir uma exposição no Centro Cultural MariAntônia, a partir de 26 de agosto. Na mostra, ele exibe uma série parecida com a que o consagrou na BOLSA, Reconstruções, de fotos escurecidas de campos de futebol, rugby e críquete, intitulada Campo em Construção. Algumas dessas imagens estão em galerias no exterior, e essa mostra fica no MariAntônia até 2 de outubro.

ONDE Centro Cultural MariAntônia Rua Maria Antônia, 294 - Vila Buarque - São Paulo (SP) INFO (11) 3255-7182

HOUSE DA FOTOGRAFIA

A George Eastman House

O mais antigo museu de fotografia do mundo, com um acervo de mais de 400 mil imagens, e o International Center of Photography em Nova York, estão promovendo um ambicioso projeto. É a criação de um site, o à UM custo inicial de US$ 800 mil. A página de web ainda está em fase de testes, mas já é possível conhecer algumas exposições e visitar, virtualmente, as coleções.

A ELOQUÊNCIA DO SANGUE

Depois de fazer uma turnê por Salvador, São Paulo, Porto Alegre e Brasília, com sua exposição A Elogtiência do Sangue, o fotógrafo Rogério Ferrari volta com uma versão diferente de suas imagens feitas na Palestina em 2002. Ele vai veicular um vídeo, com algumas das imagens dos 50 filmes (a exposição tem 28 quadros) e umas gravações de diálogos, ruídos, manifestações. A estréia da nova versão está prevista para acontecer em Porto Alegre, no dia 23 de agosto, na Casa de Cultura Mario Quintana, depois vai para São Paulo, na Galeria Imã, em setembro (acompanhe o para saber as datas exatas), e por enquanto em Recife e Salvador, ainda sem local nem os dias confirmados.

A

CARA DA CAGADA

O Fecal Face Cara de fecal em inglês, era um

fanzine artístico que migrou para a internet em 2000 e desde então vêm representando os fotógrafos e artistas gráficos jovens da cidade de São Francisco. Além das seções de fotografia, links e galerias, o

site tem uma loja virtual com vários produtos feitos pelos artistas: desde pôsteres até brinquedos, como a van do coelho.

ESCOLA DO PARQUE LAGE COMPLETA 30 ANOS

O nome da Escola de Artes Visuais do Parque Lage tornou-se quesito de destaque no currículo de renomados artistas contemporâneos

FOTO DE PLATINUM

A imagem abaixo faz parte da nova coleção do recém-aberto departamento de fotografia publicitária do Museu do Louvre, em Paris. Criada pelo estúdio carioca Platinum do Rio de Janeiro, a imagem venceu o Europe's Premier brasileiros. E não é por menos. A instituição, que funciona como escola aberta e é mantida pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, está completando 30 anos de atividades como um dos principais núcleos de formação em artes visuais no Brasil. Para celebrar a data, a fotógrafa e artista plástica Denise Cathilina preparou a exposição (foto)contemporanea2005, em cartaz a partir de 26 de agosto. Denise, que é cria da casa, pesquisa técnicas manuais e experimentais de fotografia há 13 anos e atua como curadora com ênfase em novos talentos desde 1996. Um dos principais aspectos da EAV é a possibilidade de interação dos mais diversos meios, muitas vezes dissolvendo limites

concurso francês Epica Creative Awards, em 2004 por isso teve o direito de integrar a coleção do Louvre. A Platinum é formada pelo fotógrafo Leonardo Vilela, pelo designer Flavio Albino e pelo ilustrador Luciano Honorato. Somos uma firma de concepção de imagens, não importa o processo que fazemos, mas sim o resultado , comenta Leonardo. Confira esses resultados no site. entre a fotografia, a pintura, o desenho e a gravura , enfatiza a artista. (foto)contemporanea2009 traz o trabalho dos alunos Alexandre Mascarenhas, Ana Beatriz, Fátima Rodrigues, Felipe Salgado, Leonardo Ayres, Mabel, Miguel Bandeira e Raquel Garcia, entre outros. As imagens serão montadas numa grande câmera escura, desenvolvida por Elisa de Magalhães especialmente para a mostra.

ONDE EAV - Parque Lage, Rua Jardim Botânico, 414

- Rio de Janeiro (RJ) INFO (21) 2538-1879

IA Ae:

VEÍCULO: Agência Age para a Camp Light

UTILIZAÇÃO: Revista Caras

CÂMERAS: Nikon F601 35 mm com lente 50 mm, sem filtro

FILME: Negativo Portra 160 nc Kodak

ILUMINAÇÃO: Luz natural em um dia nublado para a foto da modelo e do cachorro no cartaz; uma tocha de flash com haze-light para as fotos do cachorro em estúdio

LOCAÇÃO: Muro de uma residência nos Jardins, em São Paulo

EXPOSIÇÃO: Cena externa, velocidade do obturador 1/125 abertura do diafragma 11, cena do estúdio velocidade do obturador 1/90 abertura do diafragma 16

MANIPULAÇÃO DIGITAL: Fusão da foto do cachorro com a da modelo foi feita pelo diretor de arte da Age, Cristiano Neves

DIFICULDADE: O cachorro está numa posição muito difícil, e tomou bastante tempo para que conseguíssemos realizar a foto. Na verdade, foto de bicho é sempre complicada de se fazer. Tivemos ajuda do professor Jairo (conhecido adestrador de animais muito requisitado por fotógrafos) para fotografar no estúdio

DICA: Sugeri para a agência usar negativo 35 mm, para termos uma linguagem mais realista. O vestido com cetim tem bastante brilho e desenha melhor os vincos do cachorro. Fizemos primeiro a foto da modelo na externa, depois fizemos um travesseiro de 1x1 metro com o mesmo tecido do vestido, e usando um haze-light, que é uma luz bem suave, como a luz que eu havia fotografado a modelo, fiz o cachorrinho no estúdio. O cuidado a ser tomado é com os ângulos eo tipo de luz. Devem ser parecidos, para que a fusão das imagens seja perfeita.

Conheça mais sobre o trabalho de FELIPE HELLMEISTER, 33, no site

Indico a biografia de Robert Mapplethorpe, escrita pela jornalista americana Patricia Morrisroe. Patrícia desenvolve uma apaixonada crônica sobre o artista e fala da sua obra usando como pano de fundo a cultura americana dos anos 70 e 80. É um livro comovente, divertido e esclarecedor, pois aponta os primeiros passos desse singular fotógrafo em direção à arte contemporânea. Fala também da sua obsessão por sexo, suas ambições, conquistas, glórias, frustrações e, finalmente, a morte. Para mim esse livro prova mais uma vez que o resultado do processo de criação fica mais intenso e verdadeiro quando conseguimos traduzir visualmente nossas questões mais íntimas. Uma das minhas fotos preferidas é um retrato que o Mapplethorpe fez da roqueira Patti Smith para a capa do seu primeiro disco chamado Horses. A foto tem um grande valor afetivo, pois os dois viveram um intenso amor na juventude e ela sempre foi fiel ao diabólico estilo Mapplethorpe de ser.

Mapplethorpe: Uma Biografia, de Patricia Morrisroe, Editora Record, 1997, R$ 56,90

À dica acima é de ROGÉRIO REIS, 51, que já ganhou vários prêmios como fotógrafo e é um dos fundadores da agência Tyba

Tenha o acessório que toda câmera digital precisa.

EXPRESSÕES RETRATADAS

A Folhapress é a agência de notícias do Grupo Folha. Comercializa fotos, textos e ilustrações a partir do conteú- do editorial do jornal Folha de S.Paulo. O site contém um Banco de Imagens on-line com um acervo de mais de 250 mil imagens digitalizadas. Imagens que foram notícia e também que retratam a realidade brasileira. Para contratar o serviço da Folhapress ligue 11 3224-3123 ou acesse www.folhapress.com.br

Fotos: Marlene Bergamo/Folha Imagem

COMO ESCOLHO UM FOTÓGRAFO

MARCOS ROSA, é editor de fotografia da revista Caras há dez anos. Como fotógrafo, trabalhou para vários veículos da grande imprensa, como as revistas Veja e Isto É. Participou de coberturas como a Copa do Mundo, Olimpíada e a entrega do Oscar. É ele que comenta abaixo como seleciona seus colaboradores.

Qual seu ideal de fotógrafo?

A condição fundamental é que tenha o domínio da técnica. Aquele que sabe qual a velocidade e abertura adequada para cobrir determinado evento, os efeitos de um contra-luz, fill-in, compensação entre luz natural e flash, que saiba fotografar pessoas em sua casa. Como aqui na revista nós contamos os fatos por meio das pessoas, o fotógrafo tem que ser um sujeito interessado, ler, saber das notícias sobre aquele determinado personagem, estar informado. Mas o fotógrafo ideal é aquele que me traz mais do que eu esperava dele.

Quantos portfólios você vê por mês?

Não muitos. Fico atento ao que sai publicado e chamo o fotógrafo que eu acho que pode se adaptar aos nossos altos padrões de exigência.

Quais trabalhos os fotógrafos não devem colocar em um portfólio?

Aquilo que ele não sabe fazer direito, não adianta ter lábia, tem que desempenhar.

O que mais te chama a atenção em um portfólio?

A dificuldade da foto e como ela foi resolvida. Juntando a técnica e a informação, dá para saber como o fotógrafo resolve a história, como ele vai dirigir as pessoas de modo que a foto saia do jeito que ele a imaginou. Se ele resolver tudo isso, bem, já estará no caminho certo.

RIA

LAURO ESCOREL, 55 anos, começou a carreira em 1966, fazendo comerciais e videoclipes, foi o fotógrafo still do filme Terra em Transe, de Glauber Rocha. Seu primeiro longa foi América do Sexo, em 1969, do diretor Leon Hirszman. Trabalhou com Hector Babenco, em Rei da Noite, Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia, lronweed e At Play in the Fields or the Lord; Cacá Diegues, em Bye Bye Brasil, Quilombo e Dias Melhores Virão; Arnaldo Jabor, em Toda Nudez Será Castigada e Eu Sei que Vou Te Amar. Foi premiado no Festival de Gramado, em 1974, por São Bernardo. Recentemente fez a fotografia dos longas Acquaria, de Flávia Moraes; O Xangô de Baker Street, de Miguel Faria Junior; e Domésticas, de Fernando Meireles e Nando Olival. Leia agora sobre o filme que mais o impressionou nos últimos anos.

Prefiro começar por recomendar toda a obra do diretor de fotografia Conrad Hall. Sua filmografia inclui desde Butch Cassidy, A Sangue Frio, O Dia do Gafanhoto, Fat City, até títulos mais recentes, como Procurando por Bobby Fisher, Jennifer 8e Beleza Americana. Sua obra articulou com maestria a tradição e a vanguarda da fotografia de cinema do século XX. Seu último: filme, Estrada da Perdição, que parece ser um resumo de toda sua obra, tem um primoroso trabalho de iluminação, que se caracteriza pela forma como as regiões de sombra envolvem os personagens e os cenários, o que é, em grande parte, o fator responsável pela sua atmosfera poeticamente violenta. Suas imagens, na maior parte do tempo, narram por si só o drama que se desenvolve diante dos nossos olhos. Destaco tanto a cena do ajuste de contas embaixo da chuva entre Mike Sullivan e John Rooney, que é lindíssima. Aqui a tecnologia digital permite a realização de uma tomada que efetua uma transição espacial das mais sofisticadas, em um único plano, sem cortes, vemos através das janelas do automóvel a passagem do campo para a cidade. Não percam!

ARQUIVO
PESSOAL
Conga

AE

COLETIVO HIGH-TECH

O Motomix Coletivo de arte, tecnologia e música criado pela Motorola, realizou um workshop em São Paulo no mês de julho com diversos núcleos criativos: música, imagem e tecnologia, arte e intervenção urbana. A intenção foi criar novas expressões artísticas nessas áreas, a partir de palestras de artistas ativos, como Mario Ramiro que realiza experimentos telecomunicativos, com rádios, televisões, scanners, câmeras e Eduardo Kac, artista transgênico, autor da polêmica obra em que trocou os genes de um coelho para que o bicho refletisse luz verde quando jogassem nele um feixe de luz azul. O resultado das oficinas, além de imagens para download, podem ser acessadas no sítio de web

VALE A PENA

Dois concursos estão em evidência no bimestre

PASSADO ROUBADO

Não é de hoje que a imprensa vem noticiando roubo de fotografias agosto/setembro. O Prêmio Esso raras. À última ação criminosa, ocorrida em 18 de julho, desfalcou O mais tradicional do Brasil, o acervo da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, em 150 fotos, está com as inscrições abertas até 30 de setembro, sendo que 30 delas foram recuperadas com comerciantes de nas categorias Fotografia (R$ 10 mil), Criação antiguidades. Cada imagem está avaliada em US$ 15 mile o Gráfica Revista (R$ 10 mil) e Reportagem (R$ 15 conjunto roubado supera os US$ 2 milhões. São fotos de Marc mil), entre outras. O outro concurso, o Salão Arte Ferrez, Guilherme Libenau e Augusto Stahl, doadas por D. Pedro Il Pará, organizado pela Fundação Romulo Maiorana a nação, em seu testamento. Como o caso foi amplamente traz novidades em 2005. As divulgado, os ladrões terão maior dificuldade em vendê-las. inscrições para a mostra, que podem ser feitas até O principal desafio da Polícia Federal no momento é fazer com ã A 5 de setembro, são permitidas somente para artistas que as fotos sejam devolvidas, pois na ânsia de se livrarem da do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No total, serão prova do crime, teme-se que o material seja destruído pelos = A E aaa e 35 selecionados para concorrer aos prêmios, que ladrões. A investigação está sob sigilo da Justiça e a polícia chegam a R$ 40 mil. A exposição com escolhidos, informou que não vai prender quem devolver as fotos. Quem mais 20 artistas convidados pelo curador Paulo tiver informações sobre o paradeiro das imagens pode entrar em to Herkenhoff, fica no Museu do Estado do Pará contato com a Divisão de Iconografia da Biblioteca Nacional, de 6 de outubro a 30 -mai o ; e6 de outubro a 30 de novembro pelo e-mail iconoQbn.br ou pelo telefone (21) 2220-9438.

O seguro do seu equipamento custa menos do que você pensa

A cobertura é mais ampla do que você imagina

É facílimo de contratar. Você já sai com a cobertura na mesma hora.

Os waimaraners são tema recorrente na obra do artista americano William Wegman. Em seu site, é possível conhecer linhagem dos cachorros que ele fotografou

FESTIVAL DE VÍDEO EM SÃO PAULO |

William Wegman fotógrafo, videomaker e performista cria-

Do ,

do na onda do minimalismo americano dos anos 60 e 70, teve dois marcos em sua carreira. O primeiro foi quando aprofundou seu conhecimento na obra de A Man Ray, e outra quando teve sua primeira cachorra weimaraner, Fay. Desde então, Wegman tornou célebre seu trabalho fotográfico sobre a linhagem dos cachorros da família de Fay, bem como suas performances transformadas em KER I 7 MAN N vídeos ou fotografias. Agora, os vídeos de Wegman vão ser exibidos, junto com outros mais de 100 filmes, no 15º Festival Internacional de Arte Eletrônica, E promovido pela Associação Cultural Videobrasil no Sesc Pompéia, em São Paulo, entre 6 e 25 de setembro.

ONDE Sesc Pompéia - Rua Clélia, 93 - São Paulo (SP) INFO (11) 3871-7700

Circu-

Em tempos incertos sobre a continuidade dos reveladores de sal de preta, está E = fó de revelar fotos em preto e branco com pó de café. A AA ancom peE E om 352 ml de água a 28º C, adicione duas colheres UTRORIE-SE receita é simples: num recipiente 8 RES o E En há cheias de café solúvel, mais duas de soda cáustica e uma de hidróxido de Rh 3259 2244 e EsdoaS 5 minutos e voilá! Essas e mais outras 149 receitas no ) da E poicesto, Cleo ae a ine Cookbook (Darkroom Cookbook), de Stephen KertzmannsegurosQuol com.br ã The Film Develop! Rea Esq PER pes a Troop, disponível e Amazon a partir de US$ 19,35. AV São Luiz nº 140 - [E 3 nene E A IT cep 01046-908 São Paulo - SP

CHIQUE RÁPIDO Fogos

ABOVE US ONLY SKY O céu é a única coisa permanente que você tem, o céu é minha manta de segurança Yoko Ono

MAYRHOFEN, ÁUSTRIA HTTP:/FLICKR.CON/PHOTOS/ATOMTIGERZOO/

LONDRES, INGLATERRA HTTP:/FLICKR.COM/PHOTOS/GRANGEBS

MALLORCA, ESPANHA HTTP://FLICKR.COM/PHOTOS/TROPICFRUIT

OKLAHOMA, ESTADOS UNIDOS HTTP://FLICKR.COM/PHOTOS/JASONBONDY.

HTTP:/FLICKR.COM/PHOTOS/SCHERRE BRISBAINE, AUSTRÁLIA

HTTP://FLICKR.COM/PHOTOS/SEBI VEVeY, SUÍÇA

HTTP://FLICKR.COM/PHOTOS/AFASIA SÃO PAULO, BRASIL

HTTP://FLICKR.COM/PHOTOS/MOTTRAM EDIMBURGO, ESCÓCIA

EVA UVIEDO, dir a 0 esp s o e apreciar o ou o va a sua cas iretora de e do site da Trip e

PAPEL DIGITAL

A Fujitsu lançou em meados de julho, em Tóquio, a primeira versão do papel eletrônico, que armazena texto e imagens por meio de transmissão wireless. Uma das vantagens do papel é não distorcer a imagem, mesmo quando estiver dobrado. Os dirigentes da empresa acreditam que será utilizado no mercado publicitário, quando o artigo entrar no circuito comercial, no segundo semestre de 2006.

CELULAR VIDEOMAKER

Acima, policiais fecham a estação de Brixton depois dos atentados. À esquerda, polícia interdita rua da casa do brasileiro Jean Charles de Menezes, e, ao lado, homenagem póstuma a Jean, morto a tiros pela polícia londrina

O site Zone Zero ubli Times Publicou recentemente um texto, original do Los Angeles Tessalt; foram os primeiros eventos d neo rs e ataques terroristas em Londres, no final de julho, Isso é um p OS de importância mundial com cobertura de celulares com vídeo recurs oa pa or do jornalismo cidadão , profetizou o presidente da CNN, Jon Klein Outro dado i teressant iaç gs, co uitas agens feitas por celular, dos foi laçã f e Tola c ão de otologs, ataques londri os. Veja algu as delas no E

À esquerda: momento logo após o serviço sujo do cachorro, sob o olhar incrédulo das outras pessoas do metrô; repare no dedinho da moça apontado para a câmera. No centro: os idosos são considerados as pessoas mais importantes da sociedade coreana, mas mesmo assim, o senhor limpou a sujeira alheia. Ao lado: suposto pedido de desculpas da dona do cachorro, em seu blog - ela pediu que as pessoas parassem com o linchamento moral, sob ameaças de processos judiciais e eventual suicídio.

HUMILHAÇÃO VIRTUAL

Tudo começou quando, em junho deste ano, uma jovenzinha dentro de um metrô na Coréia do Sul não quis limpar o cocô de seu cachorro é mandou os outros viajantes passearem quando eles pediram pra ela limpar. Para o azar da moça, uma das pessoas que estavam no vagão tirou uma foto do incidente com seu cameraphone e postou em um site popular na Coréia, que deu início a um processo nacional de humilhação virtual da menina. Com a foto foi possível identificá-la, fazendo com que em poucas horas ela fosse apelidada de Dog Shit Girl (algo como garota da merda do cachorro ) e, com que, passados alguns dias, sua identidade, seu passado e sua vida fossem desvendados. Esse processo levou a garota a abandonar a faculdade e trabalho. Não se confirma, mas parece inclusive que ela enviou um pedido de desculpas em que dizia que estava muito triste com a situação e que se os bloggeiros não parassem com a humilhação iria processar todos e cometer suicídio. A resposta de um bloggeiro: A vida dela merece ser arruinada e ela não vai se matar pois é uma p*** .

BIG BROTHER

Essa história bizarra deu início a uma discussão maior sobre se netizens (cidadãos da internet bloggeiros, leitores e afins) têm o direito de invadir a privacidade de uma pessoa dessa forma e expô-la a tamanha humilhaçãoe ridículo. O mais assustador é que a maioria acredita que sim. Um comentário postado em um dos blogs que detonaram a humilhação sintetiza: Graças à tecnologia, temos condições de construir uma sociedade melhor, na qual os cidadãos serão a polícia, os acusadores e os juízes . Tudo isso deu início a uma discussão maior ainda sobre o poder que a internet tem/terá quando associada a todos os

novos gadgets e ferramentas digitais que estão transformando cidadãos comuns em repórteres e PIOR em delatores das cacas alheias. Nos países onde o avanço e a adoção da tecnologia é maior como é o caso da Coréia, onde todo mundo tem um cameraphone, SMS é algo imprescindível e a maioria das pessoas fica muito tempo conectada na banda larga esse tipo de humilhação pública virtual virou moda. No Brasil, já tivemos casos parecidos, como a publicação de fotos de jovens em atos íntimos em uma festa da FGV e de um rapaz de coração partido que postou fotos de sua ex-namorada pelada em um site de garotas de programa, fazendo a moça até abandonar a faculdade e mudar de cidade.

CLICK, ENVIE E VENDA! tj

Por outro lado, essa onda toda de tecnologia e cameraphones pode trazer novas oportunidades de negócios também: acaba de ser lançada a Scoopt agência de notícias criada única e exclusivamente para cidadãos comuns que têm a felicidade de estarem com suas câmeras digitais na hora e no lugar certo. Você deve ter ouvido falar deles, são os citizen reporters. Funciona assim, quando você achar que tem um furo de reportagem, se cadastre no site da Scoopt, envie sua foto via MMS e eles farão com que ela chegue rápido nas mãos das pessoas certas da mídia. Se sua foto for vendida, eles dividem o dinheiro com você, 50/50. Quem é mais rápido, um fotojornalista saindo do jornal atrás da pauta ou um transeunte que passa na hora do ocorrido, armado com um cameraphone?

*BIA GRANJA, gerente de negócios do TRIPIX, e abomina quem não limpa o cocô de seu cachorro.

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Eles pensam com a sharapova

Ok, ela, dependendo do dia, pode chegar a ser linda. Ok, também tem pernas bonitas e bem torneadas. Mas, antes de tudo, que fique claro: a mídia nem fez muito esforço para aceitar o que os promotores da tenista russa Maria Sharapova vinham tentando impingir: o fato de que além de tudo isso ela ainda era a rainha do tênis. Basta fazer uma corrida pelos portais brasileiros e home-pages de provedores de acesso para descobrir como são desequilibrados na forma de editar um assunto. Para comparar, sites da CNN, New York Times e BBC. Os únicos que colocaram a russa no destaque principal e ainda mais com fotos, grandes fotos foram os brasileiros como Terra, UOL, iG, Estadão. Das duas, uma: ou editores de sites andam pensando com outra parte do corpo, que não a devida, ou consideram todos nós, leitores, um bando de idiotas que só pensa em sexo e possivelmente determina sua leitura pela qualidade das pernas dos personagens.

UMA SAÍDA HONRADA, AINDA

Para quem imagina uma saída possível (e minimamente honrada)

edita, a Salon, a lançar ações em bolsa. Já Slate (www.slate.com) é um caso propriamente esquisito. Foi gestada e produzida dentro da Microsoft para o site MSN, mas no final do ano passado teve uma mudança de rota quando foi comprada pela empresa que edita o jornal Washington Post e a revista semanal Newsweek. De forma geral mantém as linhas iniciais desde sua criação: forte cobertura para o jornalismo pode checar em que pé estão duas das publicações virtuais mais badaladas da internet no período pré-bolha (1999 a 2000). A primeira delas é a Salon [www.salon.com), revista eletrônica publicada a partir de São Francisco, na Califórnia (EUA), e que se mantém fiel à mesma linha editorial de quando foi lançada: informação de qualidade, bastidores e matérias de comportamento. É um projeto de sucesso que levou a própria empresa que

DERRIERE AMBULANTE

de política e da área internacional, mas também comportamento. Mas tanto Slate quanto Salon têm outro ponto em comum: a timidez no espaço destinado à fotografia.

Na gana de garantir visibilidade a seus clientes, os gurus do marketing (o que quer que isso signifique) estão criando possibilidades inusitadas de propaganda. Entre elas, imprimir logotipo, website ou slogan de uma empresa no traseiro do biquíni de uma bela modelo. A iniciativa ganhou o nome de Ass-Vertise [www.ass-vertise.com) e transformou-se em uma empresa filiada à agência americana Night Agency. O slogan do negócio é: Se você quer ser visto, vá para onde as pessoas já estão olhando . Utilizar o corpo como outdoor ambulante está se tornando cada vez mais comum. Recentemente, uma americana de 30 anos tatuou em sua testa o site de apostas goldenpalace.com. Ela ofereceu o espaço no E-bay e recebeu 27 mil propostas. Bateu o martelo para o Golden Palace, que pagou 10 mil dólares pela publicidade.

PAZ NA FOTO

O diretor de tecnologia para internet da Sun Micosystems, Tim Bray, é autor também de um site com cara de blog, ou, vá lá, um blog com pretensões de ser site, chamado Ongoing. Mas o que importa para valer é que Bray destacou um pedaço do seu site para focar um fim de semana da História, ocorrido em 2003. Trata-se da véspera da invasão do Iraque pelos Estados Unidos. Perdido no seu site, em meio a uma produção de fazer inveja a muitos blogueiros adolescentes, Bray registra um cotidiano de pessoas comuns que reagem à guerra imprimindo ou escrevendo cartazes com a palavra paz, ou ainda pichações em postes da rede pública de energia. A curiosidade: apesar de terem se passado dois anos, ainda é uma das páginas mais visitadas de seu site.

PUBLICITÁRIOS OTÁRIOS

Mostramos o patético mundo da criação publicitária, que parece trabalhar sobre uma cartilha única de idéias com o exemplo dos painéis no Largo da Batata, em São Paulo.

TÓQUIO CHAMA

Vai a Tóquio? Então consulte antes e durante a viagem um dos melhores guias de programação da

cidade e redondezas, o Tokyo Art Beat (www.tokyoartbeat.com). Exceção feita aos sites que possuem apenas fontes japoneses, o guia abrange mais de 400 espaços e 200 eventos focados em artes visuais. Um bom exemplo é a exposição Colorful, mistura de videoinstalação com fotografias e projeção multimídia que ficará aberta até 4 de setembro, no Museu de Arte Moderna, Gunma. E o melhor do site ainda na versão beta, ou seja, passa por acertos para chegar oficialmente ao mercado, é uma relação de serviços.

ITAU CULTURAL

Enciclopédias de dança, teatro, artes visuais e de poesia e crônicas, hot-sites de assuntos tão diferentes quanto a Tropicália e a arte do vídeo são destaques no ótimo site do ltaú Cultural (www.itaucultural.org.br). Sim, claro, projetos como esses, a fundo perdido, não poderiam ter outro patrocinador a não ser a banca, que faz o investimento com dinheiro de imposto por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O site tem discussões sérias sobre cibercultura, mas também diverte o internauta com o projeto Desertesejo e uma viagem à avenida Paulista de 1919, com a recriação do que era a região naquela época.

REPRODUÇÃO

05 ESCOLHIDOS

Lewis Blackwell, curador da exposição New Photographers 2006, realizada recentemente em Cannes, conta quais foram os critérios que utilizou para escolher, entre fotógrafos do mundo inteiro, 31 nomes que, segundo ele, irão transformar a Fotografia publicitária nos próximos anos. Entre alemães, chineses e outros, a lista aponta um brasileiro

Por Guilherme Maciel

No sentido horário, a partir da esq.: Uchida ganhou notoriedade internacional com seus retratos distorcidos da campanha da Nike no Japão. Depois de trabalhar cinco anos como diretor de arte da agência DDB, em Paris, Lemoigne decidiu se dedicar exclusivamente à fotografia e já ganhou alguns prêmios na França com suas irônias pós-modernas. Li Wei, um dos principais Fotógrafos da Ásia desde o final dos anos 90, tem um projeto de 40 imagens de corpos jogados nos vidros de carros e cabeças flutuando por Pequim. O alemão Tibke se caracterizou por colocar um olhar documental em assuntos contemporâneos da sociedade de seu país, como a imagem da mulher com um pato, feita na pequena vila de Dalliendorf, de 150 habitantes

ESTES eee

Unico brasileiro selecionado para New P 006, Daniel Klajm nternacional desde que clicou o calendário Pirelli, há dois anos, tornando-se o mais jovem fotógrafo a realizar esse ensaio. Em 2004, foi selecionado para o Hasselblad Masters, uma espécie de melhores do ano da marca alemá Agora, em 2005, ele fotografou a cam panha mundial da cachaça Sagatiba. A saturação das cores nas imagens é um dos elementos que Lewis Blackwell mais elogiou na fotografia brasileira, e Daniel vem se tornando um especialista nesse campo, devido ao controle que obtém no processo de seus filmes

Ao lado: Pieter Hugo é um fotógrafo sul-africano e autodidata com projetos que variam desde os movimentos culturais ingleses aos povos Hyena na Nigéria. Abaixo: O humor nas imagens do Tim Gutt já conquistou muitos clientes na Holanda, seu país natal, de cervejas a empresas de carros

PIETER

O inglês Lewis Blackwell é um homem de visão. Um mix de escritor, editor e curador, já publicou alguns livros sobre design, sendo dois deles com o aclamado designer norte-americano David Carson e um outro sobre a história da tipografia do século 20. Já dirigiu a revista inglesa Creative Review, que, mensalmente, analisa o desempenho de outros veículos de comunicação, e deu aula na Ecal, conceituada escola de arte suíça. Blackwell chegou à Geity em 2001, para coordenar a equipe criativa de pesquisadores e diretores de fotografia, delineando a criação dos cerca de 2.500 fotógrafos de um dos maiores bancos de imagem do mundo.

Na última edição do Cannes Lion, o Festival Internacional de Publicidade, na França, junho passado, lord Blackwell assinou a curadoria da New Photographers 2006. A exposição, feita com a produção da nata dos jovens talentos da fotografia publicitária, foi exposta na rua, em frente à porta do Palais des Festivals em Cannes, durante o festival publicitário, para que todos os transeuntes vissem. O Brasil foi representado por Daniel Klajmic, 28, que segundo Faye Dowling, co-curadora da New Photographers, chamou a atenção por sua participação na revista Visionnaire e na Coleção MaspPirellf'. No total, foram 31 selecionados, de 15 países, desde os improváveis Irã e Cingapura às potências Estados Unidos e França. Esperamos revelar artistas que possam transformar a publicidade no próximo ano. Algumas dessas imagens podem lhe dar uma visão esquisita. Pelo menos é o que esperamos , escreveu Blackwell no texto de abertura da mostra. Essas estranhas sensações podem ser traduzidas por novas tendências, que ele cansou de apontar em seus livros e em outros trabalhos editoriais. Agora, na entrevista abaixo, concedida com exclusividade para a REVISTA FOTOSITE, o curador nos diz como imprimiu, na New Photographers 2006, sua marca: o olhar voltado ao futuro.

Como você chegou aos nomes da New Photographers 2006?

Eu trabalhei em parceria com a curadora

Faye Dowling, nossos diretores de fotografia, e com editores ao redor do mundo para formar uma lista longa de possíveis candidatos. Não queríamos apontar os fotógrafos que já fazem sucesso conosco na Getty, mas dar oportunidades aos jovens talentos. Refinamos e refinamosa lista, com o compromisso de ter representantes de vários lugares do mundo, de arte, moda, editoriais, fotografia publicitária. A chave para selecionar foi o fator uau! . Fotografia publicitária tem que causar impacto, estabelecendo rapidamente uma resposta emotiva. O autor tem que ir além das categorias convencionais e estimular uma nova conexão emocional com o seu trabalho. Tivemos que nos abrir a isso e questionar vigorosamente o que realmente gera respostas no imaginário. É uma grande pergunta que nos deparamos todos os dias quando estamos fazendo um trabalho criativo o desafio de ser percebido. De uma maneira geral, o mostruário serviu para revelar, sem medo ou favorecimento, fotógrafos que podem ser novidades para o público em Cannes.

É possível definir uma geografia da fotografia publicitária?

Tem muitos países representados. Claro, os Estados Unidos por serem uma grande economia, uma cultura forte, são muito evidentes. O Reino Unido também tem uma cultura criativa muito forte. A nação que talvez tenha mais nos surpreendido, que apareceu com força, foi a Alemanha. A fotografia parece estar vivendo seu momento hot spot por lá. Também esperamos que a China agite as coisas em breve.

Quais são as principais tendências que você aponta na New Photographers?

Vemos novas tendências nas áreas de fantasia, justapostas com uma forte missão de alguns artistas de sugerir mensagens autênticas de uma maneira nova. Também vemos uma exploração dos mitos, o que é muito importante em anúncios. Outra área que é onipresente e muito enriquecida com novos passos é o desejo. Sexo vende, mas é constantemente metamorfoseado em novas maneiras de mostrá-lo, junto com as nossas novas idéias e explorações da sexualidade.

A publicidade caminha mais para o documental ou para as realidades criadas?

Propaganda não tem que ser uma coisa ou outra, consegue tolerar diversas correntes ao mesmo tempo. Para alguns publicitários, o passo apropriado nesse ponto é fazer uma imagem mais documental, mais crível. Para outros, o caminho é o impacto e o excitamento de realidades criadas. O mais interessante é que vemos o movimento de chegar aos extremos, ao invés de um meio-termo. O que importa mesmo é se as imagens comunicam-se com força, originalidade, emocionalmente, com o seu público.

O design gráfico é imprescindível para uma boa fotografia publicitária?

Em geral, um bom diretor de arte de fotografia deixa muito espaço para o fotógrafo colocar sua visão pessoal. O fazer de grandes imagens envolve uma maestria de muitas coisas a composição básica é um dos elementos. As imagens têm que ser feitas pelo fotógrafo. Também, menos é mais é uma regra valiosa em publicidade. É mais provável que uma imagem atraente, de muita qualidade, tenha um efeito maior do que um monte de imagens jogadas para o espectador.

Você acha que há uma aproximação dessa nova Fotografia com as artes plásticas?

Existe um cruzamento interminável. Alguns dos fotógrafos fazem videos, pintam ou fazem alguma outra atividade criativa. Elas todas se fomentam. Mas a fotografia tem o seu espaço próprio, uma linguagem única, fora das outras artes... É por isso que está presente tão forte hoje em nossa comunicação.

O que acha da fotografia brasileira, baseado no que você viu?

Em geral, a fotografia brasileira surpreende constantemente e nos delicia com um modo diferente de ver as cores e a luz, do que as imagens criadas em outros locais. Eu adoraria ver mais. Por que vocês não convidam seu público para mostrar os jovens talentos para mim?

Os sul-africanos Adam Broomberg e Oliver Chanarin desenvolvem o projeto Mr Mzhike, sobre a sociedade contemporânea da África do Sul, da qual a imagem de Nelson Mandela Faz parte. Fora isso, realizam trabalhos comerciais para bancos, empresas de eletrônica e revistas, como a PDN, Dazed & Confusede The Observer

RITO DE PASSAGEM

Crise no abastecimento de matérias-primas para laboratórios preto e branco e o avanço da tecnologia de impressão por jato de tinta colocam em risco o futuro dos artesãos da fotografia química

Por Eder Chiodetto Fotos Sílvio Pinhatti

A transposição da fotografia química para a fotografia digital, como toda intervenção que a indústria opera determinada geralmente por questões mercantis, segue gerando alguns colapsos no meio fotográfico.

Mais que dificuldade em abandonar uma forma de pensar e agir para se adaptar ao novo status, essa transição traz em si questões ainda insolúveis. Se por um lado alguns setores da fotografia, como o fotojornalismo e a fotografia publicitária, pareceram menos refratários, justamente por ser mais beneficiados pela incorporação da fotografia digital, que acelerou processos, eliminou etapas e otimizou áreas como o tratamento e o transporte das imagens, por exemplo, algumas outras áreas, que não necessitam dessa velocidade de processamento, se ressentem e reclamam de ter sido esquecidas nesse turbilhão, como é o caso de fotógrafos e laboratoristas especializados em trabalhos de fine-art em preto e branco.

O fato é que há alguns meses papéis fotográficos para ampliações em preto e branco começaram a desaparecer das lojas especializadas. A Kodak segue diminuindo a passos largos a fabricação tanto desses papéis como de filmes e químicos para o processamento do preto e branco, que atinge um público cada vez menor. O amador que frequentava escolas de fotografias ou mesmo os alunos de universidades de comunicação que têm fotografia na grade cur-

ricular formavam a maior parte do público que garantia o consumo de tais produtos. Como esses grupos migraram ou estão em vias de migrar para a fotografia digital, o faturamento de empresas como

Kodak e Ilford, por exemplo, caíram vertiginosamente, levando à diminuição drástica e a eminente descontinuidade da produção.

Para citar um exemplo, na cidade de São Paulo, um dos maiores PIB's da América Latina, contam-se nos dedos de apenas uma mão os laboratórios que ampliam fotografias em preto e branco no sistema manual com a qualidade necessária para atender um seleto e cada vez mais restrito grupo de fotógrafos que ainda não vêm nas cópias realizadas por impressoras a mesma qualidade de um fine-art em papel fotográfico. Esse grupo de resistentes da fotografia química em preto e branco tem passado maus bocados por conta da falta de material para trabalhar. Havia em São Paulo duas empresas que importavam papéis para ampliação de fotografias. Ambas interromperam a importação por conta do pequeno número de pedidos. Atualmente os laboratórios precisam pedir que amigos enviem papel do exterior, ou então viajar até Nova York, por exemplo, para comprar o material e embutir o valor da passagem nos seus custos.

Para o laboratorista Cláudio Machado, que trabalha com P&B há 20 anos, as incertezas da continuidade do processo P&B aqui no Brasil geram entre os fotógrafos uma propaganda tão negativa que faz parecer um processo já mundialmente extinto, o que não é verdade. A indústria virou a página da história da fotografia, mas ainda não conseguiu resolver a transição e mem se importou em prever a decadência de vários setores que necessitam ter um substituto tec-

nológico compatível com o mesmo nível de durabilidade e principalmente com custos similares , diz.

Essa geração que aprendeu a manipular quimica e à fazer fine-art
no ampliador é naturalmente mais habilitada para a transição

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O que ocorre neste exato momento é um colapso, um abismo entre a falência anunciada de um sistema e a falta de estrutura um novo modelo que ainda não provou ser capaz de substituir à altura o modelo anterior. Ou seja, ao mesmo tempo em que os papéis fotográficos sumiram das lojas, os papéis adequados para uma melhor performance nas impressoras a jato de tinta ainda não chegaram ao mercado nacional.

Profissionais que perceberam antes essa mudança e em meio à tempestade conseguiram saltar de um barco para outro, como é o caso de Marcos Ribeiro, ex-laboratorista e atual finalizador de imagens , como ele se nomeia, que afirma com segurança que a diferença de qualidade entre os dois métodos já é praticamente inexistente, desde que a impressora esteja muito bem calibrada, que o profissional saiba escolher as tintas e o papel disponíveis ele precisou viajar à Nova York para comprá-los e tratar as imagens adequadamente para a impressão. Após um elaborado estudo, Ribeiro imprimiu a série Noturnos, do fotógrafo Cássio Vasconcellos, conseguindo um excelente resultado. Já existem tintas que garantem uma durabilidade de mais de 100 anos, com a vantagem de não serem tóxicas, como o selênio e outras químicas , diz.

Ribeiro acredita também que no lugar do laboratorista tradicional deverá surgir um outro tipo de profissional para atender à demanda dos fotógrafos. O fotógrafo não terá tempo para pesquisar todas as infinitas possibilidades de impressão que vão surgir. Ele necessitará de um especialista no assunto, que será o substituto do laboratorista de hoje. Essa geração que aprendeu a manipular químicas e a fazer fine-art no ampliador é naturalmente a mais habilitada a fazer essa transição. É muito bom fazer parte dessa geração que conheceu todo o processo artesanal e agora pode transportar isso para o ambiente dos computadores , conclui.

Silvio Pinhatti, um dos mais conceituados laboratoristas do mercado nacional, que realiza trabalhos para nomes como Mario Cravo Neto, Claudia Andujar e Fundação Pierre Verger, entre outros, aponta que estamos vivendo uma mudança de paradigma. Não se trata de saber se a ampliação em papel fotográfico é

melhor ou não que a impressão. O fato é que são coisas distintas. De um lado é a relação entre prata e luz, de outro é tinta sobre papel. A impressão, desta forma, está mais para a gravura que para a fotografia.

Para Pinhatti, a imagem digitalizada para depois impressa sempre perde em qualidade. O digital tende a chapar a imagem, a tirar suas nuances, o segundo plano desfocado tende a entrar um pouco em focoe a ilusão do tridimensional se perde. Mas quem é que está preocupado com esse nível de detalhamento? Talvez só eu e meus poucos e bons clientes. Terei rápida e inevitavelmente que adquirir uma boa impressora e traduzir todo o meu conhecimento para esses novos sistemas assistido por pessoas dessa nova geração que dominam a linguagem dos computadores , conclui.

A laboratorista Bete Savioli acredita que todos os suportes para se mostrar uma fotografia passarão a conviver, sem que uma substitua a outra. Não penso em adquirir uma impressora, vou me manter no sistema tradicional. Acredito que haverá menos trabalho, mas que eles serão mais sofisticados e que terei mais tempo para me dedicar a eles e fazer um trabalho de melhor qualidade , diz.

O empresário Luiz Marinho será o novo importador de papéis, químicos e filmes da marca Ilford. Até o mês de setembro ele deve começar a abastecer os laboratórios e poucas lojas no Brasil. Marinho acredita que o mercado de filme fotográfico deve se manter ativo por mais uns 20 anos e que o papel fibra para cópias em P&B, o mais utilizado no mercado de arte, irá demorar para ser substituído pelos papéis de impressora.

Um dado, porém, é certo. Tanto o filme quanto a cópia em papel emulsionado serão cultuados por uma parcela cada vez menor de aficionados e a preços que tendem a crescer muito nos próximos meses e anos. No médio e longo prazo não há como resistir aos novos modelos de obtenção de imagem e de impressão. O processo tradicional não será extinto, mas será cada vez mais artesanal, restrito e caro. Afinal, até hoje há quem consiga fazer daguerreótipos, o primeiro tipo de fixação de imagem inventado em 1839. E]

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Por Pisco Del Gaiso Fotos Gary Knight

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Ele é 0 autor das imagens que ilustram as próximas quatro páginas desta matéria e um dos fotógrafos de querra mais importantes da atualidade. Ajudou a fundar junto com outros seis nomes de peso, entre eles James Nachtwey, a agência de Fotojornalismo tida como a mais influente dos Estados Unidos, que escolhe seus fotógrafos não só por suas qualidades técnicas, mas pela integridade com que retratam os conflitos humanos que | vêm marcando este início do século c1.

Quando não está metido em alguma turbulenta cobertura fotográfica pelo planeta, 0 inglês Gary Knight, 41, comanda um ciclo de workshops [que já incluiu o Brasil) com a missão de influenciar Fotojornalistas a praticar o senso de justiça na hora de apontar a câmera para as desgraças do mundo.

Soldado americano é carregado por companh durante a tomada da ponte Diyala, na periferia

Ninguém fez grandes avanços na fotografia de guerra depois de Robert Capa. Podem ter feito fotos mais bonitas, mas não mudaram a maneira de cobrir um conflito. Capa era o primeiro na frente de batalha, um metafotógrafo que lutava contra Hitler, contra Quem diz isso é Gary Knight e ele conhece bem o fotojornalismo de conflito. Franco. Na mais recente guerra em que esteve, no Iraque, se meteu com os soldados americanos na tomada de uma ponte rumo a Bagdá para fazer uma série de fotos que impressionam pela proximidade do assunto e pela sensação de paranóia que elas transmitem. Os soldados que aparecem nas imagens fazem parte do terceiro batalhão do Exército americano, o Kilo Company, uma divisão que carrega a fama de ser a mais agressiva entre todas que George Bush mandou pra lá. Gary sabia que esse mesmo batalhão tinha sido fotografado pelo lendário Larry Burrows, na Guerra do Vietnã. Passou duas semanas acompanhando os caras sem fazer uma foto que valesse o risco de levar uma bala na cabeça. Teve vontade de desistir, ir para outra história. Mas ele acredita que o bom fotojornalista deve saber a hora de não fotografar. Gary persistiu, sentiu que alguma coisa iria acontecer. Se esses caras não fizerem nada, outros não farão, pensou. Decidiu ficar ali, embutido com a linha de frente mais nervosa do Exército. Enquanto isso, investia seu tempo em ganhar a confiança do general que mais parecia o ator americano John Wayne, brinca ele. Quando a invasão começou, na manhã do dia 7 de abril de 2003, Gary tomou a ponte de assalto colado nos soldados (assim como fazia Robert Capa) e fez as fotos que foram publicadas na revista Newsweek em primeira mão. Ele estava lá pela revista, mas

a história era sua. Ele não é pago para ser um mero ilustrador das histórias dos outros. É pago para encontrar as melhores histórias. As imagens fizeram um bom barulho entre seus pares. Gary tem muita percepção, faro e integridade, coisas que vem cultivando muito antes de publicar o seu livro Evidence, em 1999, sobre crimes de guerra em Kosovo. Mas ele não faz barulho só por suas boas fotos e sim pelo que vem construindo além disso. Em setembro de 2001 fundou junto com James Nachtwey, John Stanmeyer e outros cinco fotógrafos (veja texto na pág 44) a agência VIl, exatamente dois dias antes dos ataques às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York. O superataque terrorista foi tema do primeiro livro com a chancela da agência, Rethink: Causas e Consegiiências do 11 de Setembro. Pareciam mesmo predestinados. Em quatro anos, esse grupo de fotógrafos, que agora já são nove, colocou a VII no terceiro lugar do ranking dos cem nomes mais influentes da fotografia nos EUA, segundo a respeitada revista American Photo. Encabeçam a lista a Gettyimages e a fotógrafa Annie Leibovitz, respectivamente. Gary Knight é uma espécie de porta-voz da agência e foi seu primeiro presidente. Hoje, a VII conta com escritórios em Los Angeles, Paris e Nova York e tem, além de bons fotógrafos com ideologias alinhadas, um acervo invejável de ensaios sobre conflitos violentos e não violentos do mundo, todos disponíveis no site da agência, por onde passam editores das mais importantes publicações do mundo.

Workshops pelo planeta

A receita da bem-sucedida história de Gary Knight e da agência que ajudou a criar inclui os workshops promovidos em vários cantos do mundo. Uma semana com ele no Camboja ou em Bali, por exemplo, pode custar ao aprendiz a bagatela de 5 mil dólares. Mas os cursos cumprem também um outro papel na lógica dessa agência e, especialmente, na lógica de seus criadores: ajudar a formar fotógrafos com senso de justiça e que não sejam meros voyeurs das desgraças humanas. Para também fazer eco aos que não têm 5 mil dólares no bolso, Gary e seus pares costumam promover encontros financiados por patrocinadores. Em 2004, a VIl organizou

um workshop em Kosovo com a ajuda da Kodak e da Canon. Com o subsídio, puderam reunir fotógrafos locais sem cobrar nada por isso. Segundo Knight, um dos conceitos da VII é ajudar outros profissionais a desenvolverem capacidade crítica no comando de uma câmera fotográfica, especialmente nas áreas de conflitos, como Kosovo, Israel e outros caldeirões quentes do planeta. O negócio paga em parte as contas da agência e de quebra ajuda a formar fotojornalistas mais independentes, garante ele. O resto do dinheiro vem de clientes dos próprios fotógrafos, como a revista Newsweek, para a qual Gary trabalha mais constantemente.

Ao contrário do que se imagina, a agência não financia os custos que envolvem a produção do fotojornalismo sofisticado que esses fotógrafos se propuseram a fazer, e sim o contrário. Cada profissional cuida de suas próprias histórias e colabora para financiar a estrutura da agência, que dá sua contrapartida ao manter funcionários dedicados em viabilizar outros projetos, potencializar vendas, conseguir patrocinadores, produzir exposições, livros, etc. Coisas que seriam impossíveis para um fotógrafo sozinho administrar. A agência anda na contramão de um mercado de fotojornalismo que cai, cada vez mais, nas mãos de grandes corporações. Por ser pequena e gerenciada pelos próprios fotógrafos, a VIl consegue manter acordos com organizações como a MSF (Médicos sem Fronteiras), onde se oferecem para cobrir temas pouco atendidos pelas grandes agências, como a fome no Congo. Em troca do apoio dessas Ongs, os fotógrafos doam as imagens para angariar fundos que vão ajudar na solução dos próprios problemas que fotografam, e têm a possibilidade de produzir imagens para projetos temáticos maiores, como o inventário sobre a pobreza no mundo. Se eu fosse de uma grande agência, jamais poderia fazer isso , garante ele. Gary Knight, James Nachtwey e os outros fotógrafos da VIl parecem especiais, mas isso não os livra do estigma que acompanha os profissionais que fazem desses temas pesados o mote de suas carreiras. No filme War Photographer, sobre a vida de Nachtwey, ele diz: Se deixar o meu trabalho ganhar mais importância do que a minha compaixão pelas pessoas que fotografo, estarei vendendo a minha própria alma ao diabo . Se isso acontecer, a essência da VIl e de seus fotógrafos cairá na vala comum.

REFERÊNCIA: FOTÓGRAFOS

DA VII VIRAM

ESTRELAS EM ANÚNCIO DE

PATROCINADOR

Anúncio da Canon para a revista americana PDN mostra os fotógrafos da agência em sua formação atual, com nove profissionais. Da esquerda para a direita: John Stanmeyer, Lauren Greenfield, Alexandra Boulat, James Nachtwey, Gary Knight, Ron Haviv, Antonin Kratochvil, Christopher Morris e Joachim Ladefoged. Gary, Antonin e Nachtwey estão produzindo um grande inventário fotográfico sobre a pobreza no mundo.

WORKSHOPNO BRASIL

Em julho deste ano, Gary Knight passou duas semanas no Rio de Janeiro ministrando um workshop para 22 fotógrafos de O Globo (foto acima). Marizilda Cruppe, fotógrafa do jornal há 11 anos e uma das responsáveis pela vinda do fotojornalista ao Brasil, conta como foi

O primeiro e o último contatos que tive com Gary Knight no Rio foram acompanhados de gestos idênticos: um largo sorriso, a pronúncia engraçada do meu nome e um abraço. Durante dez meses trocamos e-mails até que ele chegasse, em junho, para ministrar um workshop para os fotógrafos de O Globo.

Semanas antes e após sua chegada debatemos temas relacionados à fotografia como há tempos não fazíamos. A correria nas grandes redações às vezes impede discussões mais profundas sobre nosso trabalho. Gary trouxe ar fresco e quebrou essa rotina.

Além da expectativa pelo workshop, tínhamos curiosidade de saber se o famoso fotógrafo de guerra e um dos fundadores da respeitada agência VII seria um cara bacana. E ele logo mostrou que era. Um dos fotógrafos não participaria do workshop porque estava de licença médica e Gary se ofereceu para ir a sua casa ver as fotos. Belo gesto. E o inglês grandão que parecia vestir uniforme (ele tem várias camisas, calças e botas da mesma cor para não perder tempo escolhendo o que vestir) foi conquistando a todos com simpatia, simplicidade e competência. Ele tem olho para fotografar e editar.

Nas horas vagas, andou pela cidade. Achou curiosa a dinâmica da praia de Ipanema onde os sarados exibem seus corpos e riu ao lembrar de um casal que mais parecia fazer a dança do acasalamento. Nas favelas, parecia estar em casa. A Rocinha o surpreendeu pelo caráter definitivo das casas e a área mais pobre de Rio das Pedras lembrou-lhe um campo de refugiados. Diante de celas superlotadas de presos, disse não ter visto nada igual, nem em prisões de guerra.

Interessante ver como alguém alto como ele passa despercebido sem interferir nas cenas que fotografa. Gary é discreto, nunca usa óculos escuros ou carrega lentes grandes. Nas fotos no Rio, algumas disponíveis no site da VII, levou sua Leica e os rolos de filme numa bolsa mínima. Mais do que isso, só a inseparável canga comprada no Quênia, usada como cachecol ou para esconder a câmera. Ficou claro por que ele e a VII se destacam. A fotografia que produzem é resultado dos rígidos princípios éticos que seguem, do comprometimento com as pessoas retratadas e da seriedade com que conduzem as histórias. Gary é fotógrafo e pessoa da mais alta qualidade. Ea

*Agradecimento especial: Marizilda Cruppe e Fernando Quevedo, do jornal O Globo, e Alessandra Del Bene

VIRAGENS HUMANAS

Paulo Leite é surpreendente com qualquer câmera, seja ela uma Polaroid simples, seja uma Snapshot mais simples ainda. À unidade de sua estética, a crítica sutil e apurada e 0 desapego ao tecnológico são o seu maior patrimônio. Paulo é criativo e inquieto o bastante para perceber formas e conexões entre as coisas menos prováveis. Como diz o texto de Lia Fernandes, ao final desta matéria: Algumas pessoas nos contam histórias para que sejam verdades. Outras, para que fiquemos com perguntas. Paulo Leite pertence a esse seleto segundo grupo...

*Edição de fotos em parceria com Marcelo reco e Paulo Leite

AO

DESEJO, SEUS RELANCES...

Há aqueles que nos contam histórias para que sejam verdades. Outros, para que fiquemos com perguntas. Paulo Leite pertence a esse rico segundo grupo do qual fazem parte aqueles que podemos denominar, genuinamente, artistas, criadores. Criadores de obras-arte no caso, fotografias e, por isso também, criadores de mundos, movedores de espaços em meio a um estranho e admirável... mundo contemporâneo cada vez mais opaco. Universo em que somos diariamente bombardeados por imagens publicitárias que não cansam de nos excluir, sejam elas as da propaganda infindável e infinita dos outdoors, dos anúncios, da moda, sejam elas as que emergem tristemente quando essas imagens totalizantes e totalitárias se travestem de cinema ou fotografia. É quando a arte vaí embora, solta a nossa mão e nos deixa no desamparo. Some com toda a nossa possibilidade de olhar e nos atira ao desterro, ao exílio subjetivo.

Frente a esse panorama sombrio e, infelizmente, tão próprio aos dias de hoje, o que nos oferece Paulo Leite? Não apenas lindas imagens -, pois essas poderiam ser justamente aquelas bem-acabadas e retocadas de que falávamos há pouco , mas imagens belamente instigantes. Imagens que nos descompletam, nos infrigam e, para aqueles que aceitam o convite de olhar e não apenas o de ter olhos, oferecem um longo respiro, um lindo remanso. Posso sentir, enfim...

Somos lançados, nas imagens desse artista, ao mundo da fenda, do fragmento, da fresta, daquilo que se furta a ser totalmente apreendido pelo olhar e que, por isso mesmo, o inaugura envolvendo-nos no jogo das lindas transmutações. Lembrando a música de Chico Buarque Ah, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor... Ah, a primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor... Ah, o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor... «Imprescindível R que nos abre a janela do mundo por onde podemos, por fim cada qual sentir, sonhar e inventar... Que mais podemos esperar de um artista?

Ficamos gratos a Paulo Leite pela delicadeza com que nos lega os enigmas, as manchas em seus retratos, as imagens cortadas, fendidas, as atmosferas diáfanas de algumas de suas fotos, as vertigens tremulantes das pola-

roids que apresenta e que fazem de suas fotos pinturas... Pinturas que tangem e destacamo delicado e pungente dos gestos, das mãos, do torso, do rosto, dos olhos, dos abraços, dos sorrisos, dos afagos...

E, como numa viagem pelo caleidoscópio das viragens humanas, também somos transportados às sensações e às delícias do corpo nas experiências mais diversas do mundo... desde as mais tímidas, infantis às mais arrebatadoras do sexual... das paixões. Do sexo no feminino tão presente que emerge ora pujante ora relanceado nas imagens deste artista -, mas também do sexual da boca, do voraz dos olhos nas capturas e apropriações do mundo. Que foge, sempre e em permanente divisão. Para nos reenviar.

Nem sempre ao prazeroso da vida, mas da vida sempre e, por isso também, em seus impasses, angústias e asfixias. O desespero, o limite e o dilaceramento também tão humanos ali figuram dando voz lá onde nossa alma nos deixa e vai embora. Imagens-grito.

Isto tudo para falar das imagens mais diretamente humanas desse autor. Que sua obra, enfim, é toda ela uma ode ao humano, ao desejo humano. Humano-presença, humano-ausência, humano-animal ou animal-humano, humano-árvore majestosa, humano-rastro nas marcas de nossa presença no mundo que Paulo Leite perscruta nas coisas, nos vasos, nos cantos, nas mesas, nas flores, nas passagens, nas paragens.

E humano ali onde ele também é inumano. Humano-inseto que somos. Do homem feito resto, resto largado na rua, nas camas, sofrente, abandonado. Do resto feito cor, destaque, dignidade que ressurge como presença humana nas lentes do fotógrafo.

E, por fim, o humano em seu limite. Em seu corpo-coisa, órgão, dejeto decaído do mundo, corpo morto, corpo para a morte. Horror?? Sim e não... Linda linha que nos marca ali aonde não podemos mais ir, pois a vida nos cobra o seu preço. O preço de sua finitude e fragmentação que nos devolve o ar que celebramos com alegria. Sonhemos...

O que haverá, para sempre, além daquele corpo??? [a]

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NO CENTRO DA NOTÍCIA

Eles formam parte da elite dos fotojornalistas de São Paulo, moram todos em um mesmo quarteirão do centro da cidade e, ao serem reunidos para a foto acima, viraram coadjuvantes de uma história recorrente nas páginas dos jornais em que trabalham: a violência urbana

Por Guilherme Maciel Fusão fotográfica Caio Guatelli

Por trás da linha do trem da CPTM que passa no centro de São Paulo, a meio caminho entre os bairros da Barra Funda e os Campos Elíseos, um dos endereços mais tradicionais da capital paulista, que já foi imortalizado por muitos escritores e pintores, existe um quarteirão que reúne a nata do fotojornalismo dos principais veículos de São Paulo. Não estamos falando de uma nova agência, nem de uma grande redação, apesar de a área ser vizinha à Folha de S. Paulo. Mas em um quadrante formado pelas alamedas Barão de Limeira e Eduardo Prado e pelas ruas Vitorino Carmilo e Lopes de Oliveira moram nada menos do que nove fotojornalistas de ponta. Jorge Araújo, Felipe Araújo, Fernando Donasci, Flávio Florido, João Wainer, Antônio Gaudério, Maurício Lima, Jonne Roriz e Juca Varella formam a elite do, talvez, principal quarteirão fotográfico do Brasil o dos fotojornalistas. Se jogarem uma bomba aqui, vai abrir um monte de vaga nos jornais , alerta João Wainer, mais conhecido no bairro como John Wayne, em alusão ao astro dos filmes de faroeste americanos. Realmente, um fenômeno a ser estudado. Muitas teorias já foram discutidas nas mesas de bar do bairro, e a mais concreta é que o pólo foi formado ainda nos anos 70, quando

Jorge Araújo, que havia acabado de conseguir seu primeiro emprego em 1972 na Folha, começou a habitar a região em 74. Depois de 31 anos, a população de fotojornalistas do bairro cresceu 900%. O Jorge foi o pára-raio , confirma Juca Varella, habitante do quarteirão desde 1999. Ele mora com sua esposa, um cachorro e um filhote de jabuti, além de ter uma pitangueira na varanda. Há quatro anos, quando estava vindo para São Paulo de Salvador, sua terra natal, Jonne Roriz fez um x nos pontos onde poderia trabalhar: jornais, revistas ou agências. A rua Barão de Limeira era ideal, porque era perto de todos os lugares que gostaria de trabalhar. Eu já conhecia o Jorge, que morava lá, então ficou fácil , comenta o baiano. Atualmente no Estadão, ele mora com sua mulher, a também fotógrafa Melissa Haidar, a Mel, e seu cachorro em um apartamento com um jardim, um pé de limão, uma palmeira e muitas flores. Mas o síndico do quarteirão, Jorge Araújo, sempre descontraído, relativiza. Deve ser coincidência. É o bairro mais tranquilo de São Paulo, um lugar legal de morar. Não troco aqui por nada, é meu point , garante Jorge.

O sindicato da família Araújo tem um herdeiro: Felipe, filho de

Jorge e fotógrafo do Estadão, nascido e criado na Barão de Limeira. Junto de seu fiel amigo de infância e parceiro de fotografia Fernando Donasci, da Folha, ficou conhecido por tocar o terror no bairro. Gatos voadores e elevadores mal-assombrados eram algumas das especialidades da dupla. A Barra só é Funda por causa desses dois aí , diz Antônio Gaudério. A parceria entre eles foi crescendo ao longo dos anos = Começaram juntos na fotografia, influenciados por Jorge Araújo, e Felipe é padrinho da filha de Donasci. Mas a turma inteira dos fotojornalistas só se completou em 2002, quando os últimos membros, Flávio Florido e Maurício Lima, se mudaram para o, quarteirão.

O quartel-general da trupe é o Golden Ball, um bar de sinuca classudo, na esquina da Vitorino Carmilo com a Ribeiro da Silva, que funciona como sede da Liga Bafos Liga Barra-Fundense dos Fotógrafos Jogadores de Sinuca -, fundada por Maurício Lima e Antônio Gaudério. O torneio vale taça e é quando o companheirismo fica de lado. Somos uma instituição com fins lucrativos para a sinuca. O que vale é ir pra ganhar do Gaudério , desafia Maurício. Dos três campeonatos da Bafos, Gaudério ganhou dois. O outro título ficou com Felipe Araújo, que levou o troféu para sua casa, mas não quis devolvê-lo no próximo campeonato, contrariando as regras da Bafos, que só daria a taça em definitivo a quem fosse campeão três vezes. No campeonato seguinte, Felipe tentou oferecer um outra taça, não aceita pelos membros da Liga. A Bafos passa por um momento de dificuldade em virtude da expulsão de uns membros e afastamento de alguns dirigentes , comenta Gaudério.

Mas esses contratempos não afetam em nada a amizade dos fotojornalistas do bairro. Sempre que estão fora de pautas, eles se encontram para confraternizar, seja nos churrascos na casa de João Wainer, nos mundialitos de Winning Eleven (jogo de futebol do videogame Playstation) no apartamento de Florido, nas festas dos jornalistas, que acontecem há três anos na casa dos Araújo, patrocinadas por uma conhecida marca de cerveja, seja nos happy-hours do Folhão tradicional buteco da Barão de Limeira, que fica em frente ao jornal, no qual Fernando Donasci e Flávio Florido são tão populares que já têm nomes em sanduíches. O bom astral dos amigos fotógrafos fca evidente no próprio quarteirão tranquilo, pouco movimentado e arborizado, que muitas vezes lembra uma vila de interior, e bem diferente das realidades que eles fotografam diariamente.

RELÍQUIA Da esquerda para a direita: Jonne Roriz esvazia o copo; Flávio Florido com sua câmera atrás do poste; Jorge Araújo, osíndico, inspeciona a porta com sua Canon; Juca Varella, com seu tradicional chapéu; Fernando Donasci fuma um cigarro enquanto espera para jogar; Antônio Gaudério arma sua tacada, observado por Felipe Araújo e João Wainer; e Maurício Lima tem sua aura refletida pelo lustre do Golden Ball. Esta é a única versão da fotofusão do quarteirão dos fotojornalistas, depois que Caio Guatelli foi assaltado no trânsito de São Paulo. Foi-se o laptop e com ele arquivo em alta resolução da foto ao lado, que seria publicado em um pôster de quatro páginas nesta edição

FOTO ROUBADA

Por um momento esta história quase não foi contada como deveria. Depois de todo o trabalho de reunir os nove fotógrafos do quarteirão no Golden Ball, a sede da Liga Bafos, a pedido da REVISTA FOTOSITE, fotografá-los e montar a foto, o fotógrafo Caio Guatelli foi assaltado, na ponte do Morumbi, em São Paulo, quando voltava de uma pauta para a Folha de Ss. Paulo. Levaram seu laptop, com o arquivo. imagem acima em alta resolução, a celular, carteira e quase todo o eq que estava com ele naquele momento - E sua câmera, que os assaltantes não tiveram paciência de esperar. Estou desolado. A primeira coisa que me veio à cabeça no momento do assalto foi essa foto , comentou Caio, no dia seguinte ao ocorrido.

Agora, os nove fotógrafos, rem a elite do fotojornalismo morarem no mesmo quarteirão, têm fato de fazerem parte de uma foto roubada. sorte, Caio havia mandado para a REVISTA FOTOSITE, dias antes, um estudo de como seria a imagem, que se tornou uma preciosidade. Foise há muito o tempo Em reportagem eram vistos cê cia, símbolos de uma so

gum glamour para os profissionais que circulavam neles. Hoje em dia os ladrões estão visando esses veículos, que transportam equipamentos caros na maioria das vezes que estão na rua. Acho que deveríamos fazer um apelo, principalmente agora que estamos perto do ple- E biscito do desarmamento, para que as pessoas E votassem a favor, porque com certeza esses cas sos de assalto vão diminuir. Se houye que proíba a circulação de armasj menos assaltos nas ruas , desabaf Caio está alertando para o referendo: mamento, que vai acontecer no próximo dia 23 de outubro em todo o Brasil. É um caso que merece uma reflexão mais séria ÉS

OTTO POR DEZ

Muitos consideram O trabalho de Otto Stupakoff universal, ou seja, suas fotografias ndo se prendem a estéticas de um certo lugar ou tempo. Ouvimos do próprio Otto os métodos que ele usou para conquistar o mundo, com o aval de grandes mestres da fotografia

Acima, à esq., Otto no lançamento de sua exposição durante o São Paulo Fashion Week, entre Bob Wolfenson e Fernando Lazslo, os fotógrafos-curadores responsáveis pelo revival do Fotógrafo. Acima, à dir., o auto-retrato, feito em 1967 e considerado a principal imagem de Stupakoff, por ele mesmo e por Richard Avedon

Eis que aquele jovem rapaz que queria abraçar o mundo se deparou com uma floresta escura, onde precisava abrir sua trilha. Vencidos os obstáculos, encontrou a saída da mata hostil e pôde enfim, buscar seu lugar ao sol. Não, não mudamos de assunto, esta é uma matéria de fotografia e a metáfora foi usada por Otto Stupakoff para descrever sua trajetória, quando, em 1965, saiu do Brasil e rumou para Nova York para tentar sua carreira de fotógrafo de moda. Ofto vingou no mercado estrangeiro e imprimiu uma marca que conquistou os principais fashionistas do mundo entre os anos 70 e 80. Se eu tivesse produzido durante os últimos 20 anos, meu nome estaria ao lado de um Helmut Newton , comenta sobre o período que ficou inativo por cuidar dos problemas de saúde de sua mulher. Agora, de volta ao Brasil, conta um pouco como foi sua trajetória em dez tópicos.

Que equipamento considera o melhor que já teve?

Uma Kodak Master 8x10, que eu tenho desde os anos 50. À nitidez dela é inigualável e ela traz de volta à fotografia aquele momento solene. As pessoas sentem muito respeito pela câmera.

Qual seu melhor ensaio?

Foi para a Lion Caterpillar (empresa de máquinas agrícolas), uma homenagem ao trabalho do homem rural, ao bóia-fria, no norte do interior de São Paulo. Passei uns 15 dias fotografando exclusivamente as máquinas, as pessoas e o que acontecia ao redor daquele mundo. Mas os negativos foram perdidos.

E o mais sensual?

É o do novo livro chamado RioErotico, que diz na capa a fotografia sensual de Otto Stupakoff . Fiz cenas mais sensuais possíveis, até suruba.

O que é mais importante em um ensaio?

A mensagem é a parte mais pura da fotografia. Richard Avedon uma vez fotografou a Marilyn Monroe naquelas maquininhas fotográficas automáticas na Times Square. Foi um ensaio magnífico. Não é qualquer um que faz isso.

A suruba do livro RioErotico. Otto fez o ensaio com 15 mil dólares, orçamento baixo para os padrões da editora HarperCollins, do magnata das comunicações americano Robert Murdoch. O livro deve ser lançado no fim do ano e vai chegar ao Brasil por meio de sites como o da Amazon

Com que modelos mais gostava de trabalhar?

Minhas fotografias eram cinemáticas, por isso procurei trabalhar com modelos com talento de atrizes. Eu as chamava para o meu estúdio e dizia: Se mexe aí . Umas congelavam e outras vinham com várias idéias. Uma sentou no chão e desmontou o ventilador inteiro e mudava de posição o tempo todo para poder mostrar o vestido dela. Essa vai comigo na viagem, né?

E que viagem foi inesquecível?

Em 1968, por três meses, fiz uma volta ao mundo de primeira classe pela Harper's Bazaar. Parei em 15, 20 países, fotografando beleza, comportamento, maneiras de viver em Bermudas, Polinésia, Indonésia, Tailândia, Taiti e Vietnã, durante a querra.

Qual foi a maior roubada que você passou?

Tinha acabado de chegar a Nova York e fazia muitos trabalhos para a CBS [rede de televisão americana). Em um estúdio deles, minhas duas Leicas e as lentes sumiram. Foi o que a polícia chamou deinside job, trabalho interno.

Qual foi o clique mais caro?

Foi para a Revlon, numa promoção chamada Revlon Rio, que foi distribuída para os Estados Unidos inteiro, em que em cada foto nós recriamos o Carnaval. Aquela viagem para eles custou mais ou menos uns 200 mil dólares.

Com que foto ganhou mais dinheiro?

Uma agência de publicidade apresentou os portfólios para a Priscila Presley e ela escolheu o meu. Ganhei 60 mil dólares por um dia de trabalho.

E a mais valiosa para você?

A fotógrafa Deborah Tuberville sempre me disse que gostaria de ter feito a foto Baden Baden. É uma bela imagem, está em alguns museus. Mas meu auto-retrato, com meu filho segurando a minha mão, é o mais apropriado. É despojado, singelo, direto, honesto, desprovido de qualquer muleta, ponto de apoio, truque, subterfúgio. Richard Avedon, quando viu, me disse, eu era bem mais jovem naquele tempo, Otto, se você continuar assim, você vai ser um grande fotógrafo . Ea

Por ÉricalRodrigues

Ilustração [if

A edição de julho da revisiã americana PDN [www.pdn-pix.com] trouxe a notícia de que agências estavam contratando os melhores fotógibfos da indústria automobilística dos Estados Unidos para atuarem como consultores em campanhas publicitárias já totalmente produzidas em 3D. Em vez de gerenciar as produções caríssimas comuns a esse mercado, a função desses fotógrafos tem sido a de aplicar seus conhecimentos de luz para ajudar técnicos em computação gráfica a ilustrar catálogos da Chrysler, Dodge e Jeep. Diante desse fato recente e também de hipóteses levantadas aqui na Redação FOTOSITE, convidamos estudiosos da imagem, fotógrafos, GTA TEA TE [e ER ua DDR ER CoGdeTE To PES To E) Ro E Cl e Ro DS CUT ORLA RGE IPES Roc Rr SM CEDO SS O TER Do0 TT Rr TETE) RATIO Cr OTELO OESET [ANA e [UR ER AOS ORA MU TITS E ft e Sie DATETETUR [CRE NT CUTE RELER

..São Paulo, 2015. O fotógrafo entra em seu estúdio. A modelo já está a postos no cenário azul cromakey. Ele a vê da sua cabine e visualiza na tela de seu computador o briefing e o layout da campanha da grife de roupas, enviados pela agência de publicidade. Aliás, ambos, fotógrafo e agência, estão online e podem se comunicar a qualquer tempo. A modelo veste, nesse primeiro momento, apenas um macacão com sensores que captam seus movimentos. Tudo é registrado pelas lentes das câmeras motion capture. O fotógrafo observa e dirige a cena através de sua tela de plasma e não mais pelo visor da câmera. A identidade da modelo de carne e osso será posteriormente trocada pela imagem da personagem fictícia criada em 3D, que se tornou celebridade e já fez até uma ponta no último sucesso romântico de Hollywood. Os direitos de uso de imagem da famosa criatura foram comprados pela internet. O fotógrafo lembra ter lido naquela manhã: Criador ganha cachê milionário com os royalties da sua vênus pixelizada . As outras imagens que serão usadas para compor o cenário são selecionadas no banco de imagens do próprio estúdio, de acordo como clima sugerido pela coleção. Alguns cliques de mouse depois e as imagens das roupas e acessórios já estão na pele da superstar virtual. Achou isso tudo digno de ficção científica? Saiba que muita coisa descrita nessa cena não está tão longe de se tornar realidade. Os softwares de manipulação de imagem e a computação gráfica vêm se aperfeiçoando a ponto de elaborar ambientes e modelos virtuais com extremo realismo. Não é preciso muito esforço para notar que outras formas de produção da imagem estão se integrando e até mesmo substituindo a fotografia nas campanhas publicitárias; isso já é realidade. A maioria das imagens vencedoras do Conrado Wessel maior prêmio em dinheiro do país, concedido a fotógrafos -, por exemplo, passou por generosas camadas de tintas virtuais!

NOVOS PARADIGMAS

Numa época de constantes mudanças, em que à cada dia somos apresentados a alguma novidade tecnológica, os profissionais da fotografia se vêem diante da necessidade de remodelar seus processos de trabalho. Em cinco anos, possivelmente o mercado da fotografia será 100% digital e o fotógrafo deverá se cercar de especialistas em eletrônica e computação. Haverá crescimento na área de tratamento de imagem (entendida num contexto mais amplo do que a mera manipulação no Photoshop), pois o suporte científico da fotografia muda da física/química para a matemática/computação. Isso significa que se Sebastião Salgado começasse a fotografar hoje, não entregaria suas imagens a um engenheiro químico, como o faz, mas a um engenheiro eletrônico. O filme, o processamento químico e o papel fotográfico vão se tornar ferramentas artesanais e a utilização desses meios será cada vez mais rara e mais cara, provavelmente delimitada ao campo artístico. Mas é importante frisar que as técnicas podem deixar de ser utilizadas em grande escala, mas uma não exclui a outra; os processos se acumulam.

Vivemos numa era dominada pela imagem, e, nesse contexto, o poder da fotografia como ferramenta de comunicação deve reafirmarse e, principalmente, remodelar-se. Elucubrações à parte, um fato é inconteste: impulsionada: pelas novas tecnologias, a fotografia vem se tornando uma ferramenta cada vez mais acessível e sua construção e difusão continuará ganhando força. As pessoas irão cada vez mais ser produtoras e receptoras de imagens.

Hoje já temos vários | apetrechos capazes de registrá-las e, no futuro, teremos uma extensa gama de dispositivos que oferecerão produtos imagéticos de uso doméstico. Isso será realidade graças à inexorável convergência tecnológica, que está quebrando paradigmas na comunicação. A seguir, um roteiro com as principais transformações que deverão ocorrer com os equipamentos e com a operacionalização do estúdio fotográfico comercial num futuro próximo.

PESSOAL X PROFISSIONAL

Para o uso pessoal, possivelmente dispositivos de comunicação, como palms, celulares, câmeras de fotografia e vídeo, sintonizadores de TV e notebooks, serão condensados num único aparelho. O telefone, inclusive, deverá se transformar em um dispositivo que permi-

tirá conversar e ver o interlocutor em tempo real. Os celulares mais modernos, com tecnologia video sharing, cujo lema é: Vê o que Eu Vejo , e os primeiros modelos de convergência de telefonia móvel e fixa já apontam nessa direção. Porém, no campo profissional, os aparelhos dedicados não serão substituídos pelos de multifunção.

Profissionais da imagem sempre terão suas câmeras especializadas.

CÂMERAS

FORMATOS As câmeras de médio e de grande-formato, cujo tamanho do corpo está intimamente ligado ao tamanho do filme, sofrem as maiores transformações, tornando-se cada vez mais leves e menores. As modificações apresentadas pelos últimos modelos da Sinar e da Mamiya já indicam essa tendência: a Sinar P3 tem só 1/3 do tamanho de sua antecessora, a P2. E a Mamiya ZD médio-formato, de 22 MP, lançada recentemente, se assemelha a uma câmera 35 mm. Vale ressaltar que os fabricantes não deverão promover alterações maiores no visual da câmera, por questões ergonômicas.

SENSORES É provável que a corrida desenfreada pelos megapixels a que assistimos hoje tenha terminado com as câmeras amadoras oferecendo entre 8e 16 MP e as profissionais, 30 MP de resolução, porque isso já é suficiente para dar conta de qualquer produto fotográfico com os parâmetros de qualidade de imagem que temos hoje (tudo que o filme pode oferecer). A corrida dos pixels só vai continuar se surgirem novas aplicações ou novos formatos de imagem. O CCD (Charge Coupled Device), hoje, é o tipo de sensor mais confiável, porque lá se vão 40 anos de pesquisas e testes no seu aprimoramento, se comparado ao CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor), que existe há pouco mais de uma década. Há um terceiro tipo de sensor, o Foveon X3, que tem uma tecnologia completamente diferente e, segundo vários especialistas, é melhor do que os outros dois. Mas a Foveon lançou seu produto num momento em que os fabricantes de câmeras já haviam feito suas opções e contratos para utilização dos outros sensores (apenas a Sigma implantou o X3 na SD10, de 10 MP).

Considerando ainda que o CMOS tem a tecnologia mais barata dos três, os fabricantes continuarão as pesquisas para seu aprimoramento e o seu uso deverá predominar no futuro. Vale lembrar: isso não significa que os fabricantes deixarão de promover mudanças ou continuar criando a necessidade de consumo de novos aparelhos, conforme a lei da obsolescência programada.

LENTES O tamanho das objetivas não deve ser alterado, porque a lente em si continua sendo regida por mecanismos ópticos/físicos. O que muda é que elas terão seu funcionamento 100% adaptado aos sensores digitais, ou seja, seu campo de visão, que hoje sofre alterações quando utilizadas no sistema digital, será normalizado. A Canon EOS 1Ds Mark II já é assim.

HÍBRIDOS Em dez anos, os backs digitais, assim como todas as outras soluções híbridas para conversão do sistema analógico para o digital como scanner para negativo e lentes adaptadas das câmeras de filme =, até continuam em uso, mas provavelmente deixarão de ser fabricados em larga escala.

CARTÃO DE MEMÓRIA

Como as câmeras já deverão apresentar seus próprios recursos de

wWwlw.gimp.org

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memória, pode ser que os cartões tenham sua fabricação descontinuada, ou então encontre novas utilizações, funcionando como um dispositivo de armazenamento de imagem, som e vídeo. Não será mais necessária a existência de um hardware para transferência das imagens, que vão direto da câmera para a mesa de trabalho do fotógrafo, para edição e transmissão das fotos.

SOFTWARES

Quando a Adobe comprou a Macromedia, enviou seu recado: Quem vai mandar no mercado de manipulação de imagens somos nós! . Portanto, dificilmente outro programa terá espaço para prosperar. Até porque ainda não existe um concorrente à altura do software da Adobe. Só um detalhe: o Photoshop está se voltando cada vez mais para o designer e criadores de produtos finais e menos para o fotógrafo. Uma evidência disso é a ligação direta do novo Photoshop, o Creative Suite, com alguns bancos de imagens, o que gerou uma onda de insatisfação por parte de fotógrafos no mundo todo. O programa gratuito Gimp poderá ser potencializado para se tornar uma ferramenta para os fotógrafos, caso o Photoshop não ofereça contrapartidas.

OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÚDIO

Os estúdios que trabalham para oferecer imagens de produtos de varejo, ou de alto consumo (como catálogos de maquiagem e de lojas populares) deverão ser os primeiros a ter seus processos totalmente monitorados por computador. De forma semelhante a um estúdio de vídeo, o fotógrafo terá controle total sobre a cena a partir de uma cabine (equivalente ao switcher), onde, pelo computador, poderá controlar os mecanismos de luz, montados em torres e sobre trilhos. O fundo infinito permitirá a utilização de cromakey. Esses mecanismos já foram apresentados em algumas feiras do setor de fotografia e imagem, mas ainda podem demorar para se tornar realidade no Brasil.

MODELOS VIRTUAIS

Na internet proliferam personagens fictícias com personalidade própria e milhares de fãs. No Japão e nos Estados Unidos já há concursos para modelos virtuais. Há quem aposte que em dez anos boa parte das campanhas já serão feitas com esses seres criados pela computação gráfica. Personalidades famosas e modelos reais em campanhas? Ainda existirão, mas os recursos tecnológicos permitirão que a Gisele Bundchen do futuro ceda sua imagem para utilização em campanhas, sem ser necessária sua presença física no estúdio para realização das fotos.

BANCOS DE IMAGENS

Se por um lado assistimos à centralização no trânsito das imagens nas mãos de poucas agências, por outro, vários estúdios já começam a criar seus próprios arquivos. Esses bancos de imagens são gerenciados pelo próprio fotógrafo e tudo pode ser arquivado e até vendido com segurança pela internet.

ARQUIVAMENTO

Um dos maiores desafios do fotógrafo tem sido o arquivamento e a catalogação de suas imagens digitais. Ao que tudo indica, o conceito de tagging, cujo uso prolifera em comunidades e sites da internet, deverá entrar, num futuro próximo, no léxico dos fotógrafos. A dinâmica consiste em indexar imagens, músicas, vídeos, ou qualquer outro tipo

de informação, com uma ou mais tags (rótulos) ehierarquizá-las em categorias, facilitando sua identificação posterior. De olho nesse filão, muitas empresas começam a potencializar serviços de administração de imagens a partir do tagging, como o Flickr, disponível ainda em versão Beta.

TRANSMISSÃO

Na próxima década, já teremos dado o adeus definitivo ao emaranhado de fios embaixo da mesa. As tecnologias wireless serão realidade e as conexões entre a câmera, o computador, a impressora e a internet irão, literalmente, pelos ares. Especialistas afirmam que o Wi Max, solução da Intel para superbanda larga sem fio, deverá ganhar as massas e predominar entre as tecnologias de acesso à internet, por ser uma opção relativamente barata e cobrir grandes áreas, oferecendo comunicação em alta velocidade.

O ESSENCIAL

A fotografia tornou-se o próprio signo de que somos mortais. Quando o ensaísta Roland Barthes proferiu essa frase, nem se falava em fotografia digital, mas o pensamento pode se ajustar perfeitamente ao atual momento. Bem, a essa altura você pode estar achando que o cenário é desolador e que os fotógrafos estão fadados ao desaparecimento.

Especialistas em mercado da imagem são taxativos: o fotógrafo não deve virar as costas ou ficar alheio às mudanças, mas ter uma visão abrangente sobre essas questões e apresentar soluções diversificadas, descobrindo novos nichos de atuação. Os meios eletrônicos, por promoverem uma maior interatividade entre as mídias, condensam vários produtos imagéticos e ampliam o leque de atuação do fotógrafo, que pode se tornar um produtor de imagens num sentido mais amplo. No Brasil, muitos fotógrafos já fazem parcerias bemsucedidas com designers, como é o caso dos estúdios Fujocka PhotoDesign, de São Paulo, e Platinum, FMD, do Rio de Janeiro. Ok, estamos falando de tendências e possibilidades futuras, mas é sempre bom olhar o passado... Será que quando William Talbot inventou o negativo, inserindo a fotografia na era da reprodutibilidade, os daguerreotipistas com suas imagens únicas não reclamaram? E quando o jovem George Eastman inventou a câmera compacta com filme de rolo? Certamente despertou a ira dos tradicionalistas! Por incrível que pareça, essas discussões estavam nas rodas de fotógrafos há mais de cem anos.

Enfim, técnicas e tecnologias sempre podem ser suplantadas, mas aquilo que todo bom fotógrafo traz consigo sua maneira particular de observar o mundo nunca será superado. Ea

Clício Barroso, Fotógrafo e especialista em tratamento digital [http://clic gdrive.com/; Duda Escobar, diretora da PhotolmageBrazil; Fernando Fogliano, f fotógrafo, engenheiro de software, doutor em semiótica e professor de Tratamento de Imagem da Faculdade de Fotografia Senac/SP; Flavio Albino, designer com formação em Desenho Industrial, sócio-proprietário da Agência de Imagens Platinum, FMDj [www.platinumfmd.com]; José Fujocka Neto, fotógrafo, artista plástico, especialista em imagem digital e sócio-proprietário do estúdio Fujocka PhotoDesign [www.fujocka.com.br]; Ricardo Mendes, pesquisador em História da Fotografia. El ão pela ECA-USP) nr do curso superior de bacharel em Arquitetura e Cinema com mestrado em Comun [www.fotoplus.com]; Thales Trigo, fotógrafo e prof Fotografia do Senac/SP. É bacharel em Física, mestre em Astronomia e doutor em) Engenharia de Sistemas; Thomas Susemihl, fotógrafo publicitário.

Havia um fotógrafo que queria fotografar outro fotógrafo, mas o retrato nunca terminava. O que fotografava olhava no visor e só conseguia enxergar metade da imagem, a outra metade estava na cabeça do fotógrafo que posava. Este sentou-se no banquinho e logo indicou o seu melhor ângulo, seu lado mais favorável, sua expressão mais verdadeira, inspirava e expirava no ritmo do gerador do flash, nunca piscava.

Faça o que quiser, se o retrato não ficar bom eu volto , ávido para tirar a cabeça do bloco onde a lâmina do algoz encontra descanso.

Quem sabe a história fosse essa, uma vez por semana nos fecharíamos no estúdio e tentaríamos realizar a perfeita simbiose das duas metades da idéia pré-visualizada. Conversaríamos muito, de como nos tornamos fotógrafos por amor e, depois, de como fizemos muita fotografia por dinheiro. Fomos atirados no bordel em

ANDREAS HEINIGER

texto e foto Marcio Scavone

idade tenra, mas descobrimos o verdadeiro amor depois dos 40; o amadurecimento fotográfico emite sinais inconfundíveis.

Já fomos curados demais , diríamos. A vida inteira milhares de pares de olhos a julgar, opinar e determinar, até que inseguros olhamos para o cinza perfeito do céu e decretamos: Agora vou fazer a minha coisa .

Conversaríamos ainda sobre a morte anunciada do cromo, sobre o manto monocromático de luz que cobre certas regiões do Nordeste do Brasil e sobre a solidão deste ofício que nos endurece.

Não importa se existe uma equipe ou o tamanho dela; entre você e a imagem nunca existe ninguém.

Alô Andreas, tudo bem? Quero fazer o seu retrato. Silêncio absoluto, abissal, de geleiras alpinas nos altos passos. Teria caído a linha? Finalmente vem a voz: Que encrenca, hein! .

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