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Sua carreira está garantida.
SE VO A C discorda, ligue
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FOLHA DE S.PAULO
dente inter-
dia acreditar. qua,
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tica do Mercosul
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O FIM É SÓ O COMEÇO
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A ILFORD ESTÁ AQUI PARA PROVAR QUE O FILME NÃO ACABOU. ESTAMOS APENAS COMEÇANDO. OU RECOMEÇANDO.
ENQUANTO PROFISSIONAIS, ENTUSIASTAS E AMADORES PREFERIREM A QUALIDADE, A GRADUAÇÃO DE TONS E O CONTRASTE QUE APENAS UERR TOA O FILME PERMITE, A ILFORD CONTINUARA SENDO À ESCOLHA DOS eo Cida MELHORES FOTOGRAFOS DO MUNDO.
NÃO LIMITE SUA CRITIVIDADE ÀS PREVISÕES.
Wollheim
No Paula Sabbag, André Arruda, Angela
Cury, João Wainer, Marcio Scavone, Maria Joaquina, Ormuzd Alves, Robert Stevens
PALACE
NASCEMOS ASSIM
Esta última edição de 2005 da REVISTA FOTOSITE concentra intuitivamente vários casos de fotógrafos que partiram em busca de novos patamares de expressão. Juan Esteves, velho conhecido e respeitado por seus clássicos retratos em preto-e-branco, está às voltas com o Photoshop, reconstruindo sua cidade como uma criança que risca no papel o desenho de sua casa, sem a pretensão de ser fiel à realidade e sim aos sonhos, a imaginação. Pedro Meyer, incansável provocador, testa novas possibilidades de expressão imagética e ques-
Eu também fiz
Depois de ver a nota Caso do acaso , sobre semelhanças nos trabalhos de fotógrafos que não se conhecem, publicada na edição 8, me lembrei da = tiona a relação entre a pintura e a fotografia. Enquanto Pedro muda sabiamen- foto que fiz no primeiro desfile da Banda te os pixels de lugar, emenda dizendo, em entrevista ao jornalista Eder Chio- de Ipanema, em 1989. detto, que é irônico o esforço histórico da fotografia em negar que tudo é cons- Márcio RM, por e-mail trução. O americano Terry Richardson vem quebrando algumas regras da técnica e da boa etiqueta da clássica fotografia de moda e de comportamento. Ao usar sua câmera snapshot com flash direto na cara de seus personagens, Terry está simplesmente provocando o establishment com sua visão pornôfashion do mundo, uma realidade longe da imagem montada, falsa e que já cansou a beleza de muita gente.
O jovem fotógrafo João Wainer, ganhador da primeira edição da Bolsa Fnac/Fotosite de Fotografia, assina uma coluna contando sobre suas experiências com o cinema ao dirigira fotografia dos documentários sobre a vida de Chico Buarque. Todos estes exemplos e outros mais que recheiam a edição fapra zem uma combinação interessante, mas, nem de longe imaginada por nós. Se- ami ria metódico demais prever o tom de uma revista como essa, que nasceu de um site e que pretende continuar ensaiando, provocando. Nas páginas a seguir, você encontrará uma miscelânea democrática, arejada, e razoavelmente ordenada sobre qual é a nossa visão das coisas em torno da fotografia nos últimos tempos. Páginas e páginas do que mais gostamos e um pouco talvez do que queremos ser quando crescer. E quando a gente crescer, vamos usar como norte o pensamento do designer Rafic Farah, um dos nossos entrevistados da seção Snapshot: quando eu ficar velho, quero ser como o Pablo Picasso: andar de calção de banho, num lugar arejado, aberto e fazendo arte 24 horas por dia . Até fevereiro então!
Boa leitura! Pisco DEL Gaiso
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Os links corretos relacionados ao conteúdo da coluna de Ricardo Mendes, publicada na edição 8, são: TV Cultura Metrópolis:
SNApSHOTS
Um dos designers mais celebrados do Brasil também é fotógrafo, roteirista e poraí vai; a foto que vale mais de milhão de dólares, lentes líquidas, Lucía Chiriboga, os fotógrafos mais influentes do mundo
NA LATA!
Sempre ligado no vacilo alheio, João Wady Cury pega mais um anunciante pra Cristo . A história da invasão das fotos feitas com celulares no fotojornalismo e otras cositas más...
BLOG DE PAPEL
Bia Granja mostra os Papais -Noéis de shopping um tanto quanto bizarros identifica o primeiro Ffonetógrafo do planeta
CALENDÁRIO CHIQUE
Conheça a história de dois dos calendários mais bacanas do mundo. Belas mulheres e fotógrafos badalados
REPORTAGEM
Levamos a boa fotografia para as ruas. Acompanhe a odisséia de nossa equipe em busca da opinião do povo diante de uma imagem contundente
HISTÓRIA
Zé Medeiros: naquela época, fotógrafo era igual agalã da Globo, dava autógrafo nas ruas
PEDRO MEYER
Pintura x Fotografia?
PORNÔ-FASHION
Terry Richardson quebra as etiquetas e instala a fotografia do (mal) comportamento
COLUNISMO
André Arruda João Wainer dão o ar da graça, confira
SENSO ESTÉTICO
Juan Esteves passa a cidade a limpo com o Photoshop
FORA DO EIXO 2
Miguel Chikaoka é mais um exemplo de sucesso na fotografia fora do eixo Rio-SP
ESCOLA DE ESPECIAIS
Maurício Lima e a elite do Fotojornalismo mundial
CRÔNICAS FOTOGRÁFICAS
Marcio Scavone encontrou Cristiano Mascaro no posto de gasolina
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Para ler o conteúdo exclusivo desta edição, acesse www.fofosite.com.br e clique nesta marcal
DIGITEA SENHA: nc ]. Ao abrira página,
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Chegou Dois botões de disparo (conforto e estabilidade na horizontal ou vertical) e Resolução de 12,3 MP (6,17 MPS + 6,17 MPR) e Tecnologia Super CCD SR Il de 42 geração
e Compatível com objetivas Nikkor e Dois slots para mídia (xD-Picture Card e CF IIMicrodrive) e Carregador com 4 baterias recarregáveis Dois monitores LCD Melhor empunhadura
a nova FinePix S3 PRO.
NR
12,3 MILHÕES DE PIXELS
VALEM MAIS DO QUE MIL PALAVRAS.
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FARAHÔNICO ......
ELE É arquiTeTo, arTISTA GráFICO, DesenHISTA, rOTeIrISTA E... FOTÓGIAFO. RaFIC FaraH, um DOS Designers mais INnfLuenTes Do BraSIL, Fala De Fotografia e DISpara: quanDo eu ficar VELHO, quero ser como o paBLo picasso: anpar De calção De BanHo, num Lugar arejaDo, aBerto e fazenDo arte 24 Horas por pia
Vamos direto ao ponto. Rafic Farah, autor de inúmeros logos, gráficos, designs e projetos de arquitetura, é também fotógrafo. Basta passar a vista em seu livro, Como Vi O Design de Rafic Farah, para notar que muitas de suas obras são feitas a partir de fotografia, a maioria clicada por ele mesmo. Fotografia é uma forma de raciocínio, como qualquer outra ciência , comenta Rafic durante a entrevista em seu estúdio uma casa espaçosa e iluminada na Vila Madalena, zona sul de São Paulo. Esse leonino de 57 anos está sempre na ativa. Faz parte da exposição A Imagem do Som, em que uma música (nesse ano são as composições de Dorival Caymmi) é interpretada por um artista visual e, de quebra, revela um segredo: estou pensando seriamente em fazer cinema .
Como começou sua relação com a fotografia?
Quando tinha 14 anos, fui num sebo pra comprar revista de mulher pelada. Aí eu abri um livro doPicasso (The Private World of Pablo Picasso, de David Douglas Duncan). Pensei que quando tivesse a idade desse velho, queria ser como ele, andar de calção de banho, num lugar arejado, aberto e fazendo arte 24 horas por dia com essa mulher linda que ele tem aí. Depois, aos 15 anos, peguei uma câmera do meu avô e comecei a fazer fotos abstratas. Aí, mais velho, no cursinho, eu era o último aluno da classe, eles não queriam me dar bolsa. Propus uma parceria, tinha um amigo que fazia a arte gráfica do jornal do cursinho e eu peguei a fotografia. Comprei uma Nikon, com todas as lentes, eo cara que me vendeu deu umas dicas de como usá-la.
Que trabalhos de fotografia você fez?
A maioria são catálogos de moda e participo de alguns projetos, como A Imagem do Som. Óbvio que no meio da produção, ia fazendo fotos mais pessoais, mas nunca me interessei em participarde exposição. Nesse sentido eu sou bem pop, gosto do trabalho de encomenda, em que você imprime e publica em grande escala, para mais pessoas verem. A galeria é bacana, mas é muito restrita.
Quais são suas referências na fotografia?
A grande referências que tive, como muita gente da minha geração, foi o CartierBresson. Otto Stupakoff tem algumas imagens que me marcaram muito. Gosto muito do Robert Frank. Eu considero o Paolo Roversi [www.paoloroversi.com] o melhor fotógrafo de moda do mundo. No Brasil, para fotografar mulher, 0). R. Duran [www.jrduran.com.br]é imbatível, deixa qualquer uma gostosa. Eu sou suspeito parafalar do Bob Wolfenson [www.bobwolfenson.com.br], que é meu amigo. Mas a última exposição dele, a Antifachada, é de um glamour muito original. As fotos de cidade do Gal Oppido [www.galoppido.com.br] são fantásticas, ele penetra em outras camadas da realidade.
CONTEÚDO EXCLUSIVO
Leia a matéria completa sobre o designer Rafic Farah no [www.fotosite.com.br], e veja alguns de seus trabalhos, como o pôster censurado na Eco-92
S Barcos adúzia
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QUEM DÁ MAIS?
peLa primera vez na HISTÓrIaA, UMa Fotografia uLTrapassa O vaLor De 1 miLHÃãO De pÓLares Por Érica Rodrigues*
Parece até ironia: enquanto o banco de imagens Orangestock anuncia no Brasil a venda de fotos por R$ 2,72 a dúzia (na imagem menor) a casa de leilões Christie's alcançou a quantia de US$ 1,248 milhão pela foto Untitled (Cowboy), tirada em 1989 por Richard Prince [www.richardprinceart]. Foi
produtibilidade. A foto de um milhão faz parte de uma série em que o autor reproduz imagens de vaqueiros americanos que saíram em revistas e jornais. Untitled (Cowboy) é nada mais nada menos que a reprodução de um anúncio da célebre.série publicitária doiMa-
temos mui s versões Eiros queiros, tropeiros desta imagem do omem sobre o cavalo, com este corte no horizonte. Detão cênica , acaba sendo recorrente (como roupa no varal, que os diretores de ad ram usar). Poderíamos fazer uma verdadeira rapsódia de autores variados com o tema.:O que há de especial, én-
go autor gira em torgens e de sua re-
ícone. Sua tiragem é de apenas duas cópias e uma delas pertence à coleção do Metropolitan Museum, o que, obviamente fez seu valor chegara este patamar . O leilão ocorreu no dia 8 de novembro, em Nova York.
Colaborou Priscilla Vilarinho
SAIBA MAIS
[www.orangestock.com] [www.richardprinceart.com]
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AEE
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OLHO NO SOCIAL
A Fabrica abrica.it], Escola de Comunicação da Benetton (foto acima), se juntou ao Centro Internacional de Fotografia Forma para lançar o Prêmio F de Fotografia Engajada. Fotógrafos com até 25 anos de idade, de qualquer parte do mundo, podem mandar trabalhos que contam histórias de dramas, batalhas, dignidade, dor e consolo, desespero e esperança, desrespeito aos direitos humanos. Personalidades da área como MaryAnne Golon, editora de fotografia da revista Time, e Marloes Krijnen, diretor do Museu FOAM, de Amsterdã, estão no júri que vai decidir quem leva uma bolsa de um ano no Departamento de Fotografia da Fabrica, além de 20 mil euros e a publicação de um livro.
O prazo final para entrega dos trabalhos é 31 de maio de 2006. O regulamento está disponível no site
54 q Anoteaí três dicas de livros fotográficos lan=. | gados recentemente e que merecem um espaço na sua prateleira.
= Domingo, de Roberto Setton, Editora Terra Virgem, 144 págs, R$ 48. Durante todos os domingos do ano de 2002, o fotógrafo dedicou-se à tarefa de registraros mais diferences lances da cidade de São Paulo
= Do Reino Encantado, de Gustavo Moura, Edição do Autor, 110 págs, R$ 60. Livro do fotógrafo paraibano traz um documentário imaginário sobre o universo doescritor Ariano Suassuna. = sem título /untitled / sin título, de Rochelle Costi, Editora Metalivros, 150 págs, R$ 70. Reúne 20 anos de trabalho da artista gaúcha. Textos de Rafael Vogt Maia Rosa e entrevista de Ivo Mesquita.
DIVULGAÇÃO
COMO ESCOLHO UM FOTÓGRAFO
MÔNICA MAIA
Editora de fotografia da Agência Estado desde 1990, a paulistana Mônica Maia começou na empresa como fotógrafa, em 1988. Dois anos depois recebeu a missão de reorganizar a editoria de fotografia, tornando-se uma especialista na comercialização do conteúdo fotográfico do Grupo Estado. Cursou Artes Plásticas na FAAP, em São Paulo e participou do júri do conceituado prêmio internacional World Press Photo, em Amsterdã. A seguir ela conta como seleciona seus fotógrafos:
QUAL É O SEU IDEAL DE FOTÓGRAFO?
Não sei se existe o tipo ideal, mas acredito no profissional que busca constantemente a boa foto, a foto diferenciada e boa história. O fotógrafo deve se preocupar com o conteúdo da imagem, com a informação visual que ela transmite e, para não correr o risco de cair no lugar comum, o grande desafio fica para as sutilezas, aqueles detalhes que podem fazer a diferença numa cobertura. Acho importante também o domínio técnico. Com a digitalização da fotografia, passa a ser fundamental conhecer tecnologia e pesquisar constantemente novos recursos. O repórter fotográfico precisa estar apto a transmitir qualquer foto de qualquer lugar a qualquer momento.
QUANTOS PORTFÓLIOS VOCÊ VÊ POR MÊS?
Pessoalmente poucos, a maioria tem sido digital. Recebo imagens pelo e-mail, FTP e em CDs. Pela dinâmica de uma agência de notícia, focada em jornalismo diário, muitas vezes fechamos o acordo com um profissional sem conhecer o seu trabalho. Tera foto naquele momento, é o que interessa. Apesar da velocidade que o mercado editorial demanda, a avaliação constante é sempre importante.
QUAIS TRABALHOS OS FOTÓGRAFOS NÃO DEVEM COLOCAR EM UM PORTFÓLIO?
Aqueles que são seguidos de desculpas.
O QUE TE CHAMA A ATENÇÃO EM UM PORTFÓLIO?
Personalidade. É importante escolher fotos que realmente representam o trabalho do fotógrafo para não ocorrer frustrações. Acho que os portfólios em papel têm sido bem apresentados, mas os digitais devem ser melhor organizados. Que tamanhoa imagem vai aparecer na tela, qual a seqiência, quantidade, temas selecionados etc. O que for editado, ou como for apresentado, deve fazer com quem está olhando perceber o estilo do fotógrafo. É importante surpreender.
Novidades do mundo digital
Com aproximadamente 35 seminários e palestras diárias e cerca de duzentos expositores dividindo um espaço de 6.900 mí, a
Photoplus Expo 2005, que aconteceu em Nova York no mês de novembro, se tornou um dos maiores eventos da indústria fotográfica do mundo. O fotógrafo Ormuzd Alves esteve lá e conta, com exclusividade para o fotosite.com.br), tudo sobre as lentes líquidas, a mais inovadora evolução da tecnologia digital dos últimos tempos. Conheça também as câmeras de 34 megapixels e as novidades sobre o software Aperture, da Apple.
CONTEÚDO EXCLUSIVO
Para ler esta matéria especial sobre tecnologia, acesse o www.Fotosite.com.br e digite a senha que está na página do sumário desta edição.
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'S = S 5 >
Fragmentos de uma pequena lente líquida desenvolvida pela Philips. À direita da foto, a minúscula peça transparente que contémolíquido
REVISTA IGUATEMI
CLIENTE: Shopping Iguatemi
UTILIZAÇÃO: Revista Iguatemi, dezembro 2005, matéria de Beleza
CÂMERA: Hasselblad 503, lente 120
FILME: Astia Fuji, ISO 100/120
ILUMINAÇÃO: 1 tocha frontal com um haze-light octogonal, 1 tocha no contra-luz para o cabelo, 1 tocha no fundo
EXPOSIÇÃO: velocidade do obturador 1/125, abertura do diafragma f8
LOCAÇÃO: Estúdio
MANIPULAÇÃO: Fusão da modelo com o céu
À CASA DA FOTOGRAFIA Por
Guilherme Maciel
Se as paredes daquela casa azul da rua Caetés, em Perdizes (zona Oeste de São Paulo), falassem, fotografia e cinema seriam, sem dúvida, suas especialidades. Ao longo de muitas festas, reuniões, churrascos e encontros, muitos fotógrafos já frequentaram o lar de dois andares do fotojornalista do Grupo Estado, Vidal Cavalcanti. Atualmente, chegam na casa correspondências de outros fotógrafos como César Tiberê,
DIFICULDADE: Média, o recorte do cabelo foi o mais difícil
DICA: Nesta foto tentei criar um clima de final de tarde. O tema da matéria era Festa de Final de Ano, e nesta imagem tentei reproduzir um ambiente de praia no final de tarde. A luz frontal mais lateral me passa a sensação de aconchego, é mais tranquila. A luz de contra no cabelo ajuda na hora da fusão para enfatizaro brilho do pôr-do-sol. E por último, a luz direcionada para o fundo aumenta a profundidade.
PACHOAL RODRIGUEZ, 38, é Fotógrafo de moda e o site dele é
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Ubijara Dettmar, Beto Barata, Frâncio de Hollanda, Andréa Felizolla e Brígida Rodrigues, entre outros. Ou seja, se recebem cartas, é porque já moraram lá em algum tempo de um passado próximo. E, antes de Vidal ocupar a casa, vivia um pessoal de cinema , garante o fotojornalista.
Vidal habita o local desde 1998, que funciona também como a sede da BR Imagens, banco de imagens virtual criado por ele próprio, que conta com cerca de 5 mil figuras. A casa em si tem incontáveis fotos, negativos e cromos espalhados, muitos já serviram como cortina da sala. O local também já serviu de palco para uma produção de projetos de cinema, fotografia e pintura do atual morador. Mas o que faz a casa ser mais famosa, mesmo entre quem não fotografa ou faz cinema, são as festas. Vidal explica que tem três aniversários: no dia 10 de julho, quando, ainda um feto, supostamente começou a chutar a barriga de sua mãe; 10 de novembro, quando nasceu e 10 de janeiro, quando foi registrado.
Algumas lendas rondam o local. Uma vez, uma loira foi dormir na casa e, quando Vidal acordou, as portas estavam todas trancadas por dentro e a mulher, desaparecida. Fiz até uma escavação no barranco do fundo do quintal para ver se ela estava enterrada, mas não encontrei nada , conta. Mas esses assuntos só aumentam a fama da casa, que continua vivendo de vento em popa com suas festas e fotografias.
OCH
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Milla Jung, 31, é coordenadora do Núcleo de Estudos da Fotografia e sócia da Galeria de Fotografia Estreita, em Curitiba. Formada em jornalismo e pós-graduada em Fotografia como instrumento de pesquisa nas Ciências Sociais, estudou e trabalhou como assistente no ICP (International Center of Photography) e na Escola para Assuntos Fotográficos de Praga. A seguir ela comenta-um dos livros que usa como referência em suas aulas:
&ypsies, de Josef Koudelka, Aperture, 1975, US$ 325, na amazon.com
Gypsies, de Josef Koudelka é o clássico que eu recomendo. Este fotógrafo tcheco, que é membro da agência Magnum, percorreu a antiga Tchecoslováquia nos anos 60 para documentar os ciganos. Até então fotógrafo de palco (característica bem marcada na sua composição até hoje), Koudelka revela neste trabalho todo seu potencial humanista. Cada fotografia dentro da edição adiciona uma nova camada de entendimento sobre o assunto e sutilmente desfaz o imaginário estereotipado dos ciganos. Uma das questões que mais me encantam, são as metáforas que o autor constrói a partir de cenas cotidianas usadas para narrar aspectos subjetivos, ritos de passagem, história oral, tradição e religião. Há anos venho mostrando este livro em workshops e sempre descubro novas camadas de significado. Inclusive, uso como estratégia para fazer com que as pessoas se apaixonem definitivamente pela fotografia. Tem funcionado. A foto que eu mais gosto é a de um menino correndo entre duas casas com uma arma nas costas. No ponto de partida há uma senhora gesticulando com as mãos como se o menino tivesse escapado. No ponto de chegada, há uma moça belíssima esperando. De menino ao homem, assumindo o papel que lhe cabe.
Seção
Remember
A Finepix $9500, novo modelo semiprofissional de 9MP da Fuji, que acabou de ser lançada no Brasil, traz para a era digital um dos recursos mais cobiçados pelos fotojornalistas da época do filme, o prisma móvel. Ele era o charme de algumas das clássicas câmeras da história, como a Canon FI (foto abaixo) e os modelos da linha F da Nikon, como a F, F2, F3 e F4, por exemplo. Nelas, era possível retirar o prisma parafazer fotos em ângulos baixos ou altos. Em alguns modelos como a série limitada da Canon feita para as Olimpíadas de Los Angeles de 1984, era possível mover o jogo de espelhos do prisma Speed Finder FN em busca de ângulos mais radicais e sem a necessidade de colocar o olho no visor, exatamente como funciona na nova Fuji. Para saber mais sobre a S9500, entre no site [www.fujifilm.com.br]
ou ligue para 0800 770 6627.
DIVULGAÇÃO
A IMAGEM E A MODA
Depois de já ter feito 17 livros, quatro curtas, quatro longas e inúmeros editoriais, o célebre fotógrafo norteamericano Bruce Weber está apostando na moda, e não em fotografia de moda, como ele já cansou de fazer. Weber lançou, em 2004, a Weberbilt, grife
especializada em roupas de banho, feitas na garagem de sua casa. Na primeira coleção, seu cachorro comeu as peças, mas isso não foi motivo para o fotógrafo desistir. Ele fez uma nova série, com bermudas, camisetas e chapéus. As criações estão lojas nos Estados Unidos e na Inglaterra.
Fotógrafos no Photoshop
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Os escolhidos
Entre fotógrafos consagrados e outros pouco conhecidos do público, a Coleção Pirelli/Masp de Fotografias chegou este ano ao número total de 850 fotos de 230 autores. Mas como é feito este trabalho de sondagem e aquisição? Anna Carboncini, coordenadora da Coleção, explica que os conselheiros - Rubens Fernandes Junior, Mario Cohen, Thomas Farkas, Boris Kossoy, Luiz Hossaka e o diretor-presidente da Pirelli, Giorgio della Setadisponíveis para venda em seu site [www.brucewe tcom| ou em
A nova versão do Photoshop CS2, da Adobe, traz um diretório de fotógrafos profissionais. A ferramenta aparece na seção Favoritos do recurso Adobe Bridge e também está acessível no [www.photogra phersdirectory.adobe.com]. Segundo o fabricante, o objetivo da ação é permitir que designers, diretores de arte e compradores de imagens encontrem facilmente os fotógrafos para concretizar suas idéias. A novidadefoi proclamada no final de outubro, quatro meses depois que a Union des Photographes Créateurs (UPC), da França, propôs boicotar o uso do programa, que só oferecia acesso a alguns bancos de imagem específicos, como a Gettyimages, Comstock e DigitalVision, e a arquivos royalty free. Agora, a nova ferramenta permite acesso às páginas de sete associações profissionais nos Estados Unidos e de fotógrafos da Austrália, Canadá, Alemanha, Nova Zelândia, Noruega e Reino Unido.
ERRO
CoLeção pIreLtI/masp cHega à 14a eDição. entenDa como é Feira a SELEÇÃO DOS TraBaLHOS
apresentam uma lista de sugestões, mas também examinam portfólios apresentados pelos próprios fotógrafos. Normalmente os conselheiros já conhecem os trabalhos, entram em contato e pedem para enviar um determinado ensaio , explica Anna. À partir daí, cada conselheiro deve justificar as próprias decisões e tentar convencer os outros. Em caso de desacordo é feita uma votação, em que todos os votos têm o mesmo peso . Sobre os
fotógrafos pouco conhecidos, a coordenadora salienta que todos os selecionados têm trabalhos relevantes; alguns estão somente esquecidos. Quando o conselheiro lembra de alguém, sugere. Às vezes levamos anos para encontrá-los . Nesta edição, cada autor recebeu R$ 900 por foto.
SAIBA MAIS
Veja o portfólio com alguns autores selecionados na última edição em [www.Fotosite.com.br]
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(o Loira AoA 150)
NUMO RAMA
(D QUE PENSAM FOTÓGRAFOS MUNDO
O AFORA)
LENTE ABERTA ...
A equatoriana Lucía Chiriboga realiza fotomontagens de fotos históricase atuais, propondo uma revisão crítica sobre a representação do índio em seu país. No início do mês de novembro, a fotógrafa esteve no Brasil, para ministrar a palestra "Identidades Confrontadas , em um cológuio realizado em Belém (PA). Lucía Chiriboga inaugura a seção Lente Aberta, que terá, a cada edição, um pingue-pongue com um fotógrafo fora dos grandes centros
Como surgiu seu interesse por temas relacionados à identidade e às raízes culturais?
Na década de 80, fiz um curso sobre as realidades sociais da América Latina, na Universidade de Paris. No final dos anos 80 e início dos 90, produziu-se o maior levantamento indígena da história do Equador e que transformou o panorama social e político do país. Foi fundado um centro de investigações fotográficas que começou a sistematizar imagens do índio equatoriano do final do século 19 e início do 20. Ao mesmo tempo, eu realizava prolongados percursos por todo o país, sempre tratando de assuntos relacionados à fotografia. A confluência desses fatos conduziu-me aos temas de identidade e de raízes culturais.
Essa questão das raízes culturais é explorada por diversos artistas latino-americanos, africanos, do leste europeu, da Ásia. Como você vê a questão social refletida na arte mundial hoje?
Penso que o paradoxo da globalização, especialmente no campo das comunicações e da arte, reside precisamente na força local. É no fundo dos problemas e raízes locais, que a obra de arte se universaliza. Creio que os criadores da América Latina compreendem essa dimensão da arte contemporânea.
Todo o seu trabalho é voltado para essas temáticas?
Minha obra tem sido, em grande parte, um confronto de olhares entre imagens produzidas há muitas décadas e imagens atuais. Recorro ao
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efeito e à técnica da montagem fotográfica. São trabalhos que amalgamam a fotografia que se havia realizado historicamente, de povos indígenas com o meu olhar. Retratos fotográficos que constituem uma revisão crítica da representação visual do indígena, condicionada por prejuízos étnicos; crítica que favorece uma elaboração de novos conteúdos culturais na construção de obras visuais. Além dos limites da fotografia como documento, me aproximo de fatores subjetivos, culturais e de identidade do mundo andino.
Você acha que os países latinos são muito isolados entre si? Via de regra, não sabemos o que nossos vizinhos estão fazendo...
Parece que nos anos 90 houve um momento muito interessante de diálogo e encontro entre criadores latino-americanos no campo das artes visuais e especificamente na fotografia. Aquilo foi um impulso e se debilitou. No fundo, persiste um profundo isolamento entre esses países. As fronteiras artificiais que o poder colonial no século 18 traçou persistiuna conformação dos países no século 19 e formaram verdadeiras fronteiras culturais. O fato mesmo de que a exposição retrospectiva mais importante sobre a América Latina nos últimos anos, Mapas Abertos tenha sido organizada e seja difundida na Espanha, fala de uma América Latina fragmentada e sem iniciativas de conjunto.
Como você analisa a produção fotográfica atual do Equador? Há duas décadas, houve um importante ressurgimento da fotografia equatoriana, não só em termos quantitativos, mas em termos de uma maior busca de novas possibilidades de expressão e de integração às correntes contemporâneas. Creio que o que ocorre em geral com a arte visual no mundo, também acontece no Equador: a arte se contagia e se nutre da fotografia.
CONTEÚDO EXCLUSIVO
Veja o portfólio de Lucía Chiriboga no [www.fotosite.com.br]
LUCÍA
CHIRIBOGA
ALE
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DECEMBER 13
Eu sento onde eu quero
Utilizando o famoso conceito "Pense Diferente", a Apple divulgou novo anúncio homenageando a americana Rosa Parks, morta no último dia 24 de outubro. Ela transformou-se em ícone da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, ao se negar a ceder seu lugar para um passageiro branco, em um ônibus em Montgomery, no Estado do Alabama. Há cinquenta anos, leis de segregação racial eram permitidas naquele país. Rosa foi presa e multada, gerando protestos da comunidade negra local, liderados pelo então desconhecido pastor Martin Luther King. O novo anúncio trabalhou graficamente uma foto em que Rosa aparece sentada num ônibus, com um homem branco na poltrona de trás. Sobre a silhueta dos dois, os típicos fones do iPod.
Ralph Strellow [www.uukmen.com.br], 42, é o autor da fotografia da última campanha publicitária da Credicard e Sedex. Há 18 anos no mercado, já dirigiu a fotografia de diversos filmes publicitários e curtas-metragens, como Viver a Vida, de Tata Amaral; Faça você mesmoe Amor Materno, de Fernando Bonassi; Jó, de Beto Brant; e o longa Redentor, de Cláudio Torres. No universo da música, Strelow é o diretor do clipe premiado Será que é disso que eu necessito, dos Titãs; Barulinho Bom, da Marisa Monte, e fez o novo DVD de Maria Rita. Está estreando um site com curtas de humor www.nasco.com.br]. A seguir, Strelow fala do filme que o surpreendeu pela fotografia:
Minha dica é o incrível filme Sin City, de Frank Miller e Robert Rodriguez. Uma adaptação de luz e textura de uma história em quadrinhos toda feita em fundo de recorte com tecnologia de ponta. Tem um look agressivo de contra-luz e um tom monocromático, com o truque de aplicação de cores estranhas como por exemplo, o vermelho e o amarelo, que dá um resultado visual incrível na tela. Acho espetaculartodo ambiente de luz que foi criado. A cena da Nancy dançando no bar é o grande momento do filme, onde cada personagem foi filmado separadamente em fundo de recorte, e o diretor criou uma luz para cada um deles. Se fosse ao vivo não teriam esses elementos de luz, que só existem por causa do recorte. Sin Cityé radical, bem underground, com o recurso do recorte muito bem aplicado, o que deixa o filme com cara de verdade, mais contundente. Essa transposição da história em quadrinhos para o cinema é a melhor que já foi feita. Não é como Capitão Sky, por exemplo, que usa a tecnologia do recorte muito bem, mas tem um ar fofinho e o resultado mais soft.
DIVULGAÇÃO
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FAGAN.
SHANNON
À esquerda: James Nachtwey fotografado por Antonin Kratochvil, seu parceiro na agência VIl e Mary Ellen Mark por Shannon Fagan. Abaixo, da esquerda para a direita: o mestre Robert Frank retratado por Steve Pike e, para fechar a série de fotos, Josef Koudelka flagrado por, nada mais nada menos, que Henri Cartier-Bresson
Os influentes scan
Qual o fotógrafo mais influente do mundo? O que tem mais trabalhos publicados, mais exposições em cartaz, mais livros à venda? A revista norteamericana PDN realiza uma pesquisa para desvendar quem são os 25 fotógrafos mais importantes do planeta, segundo votação dos internautas. Como já era de se esperar, o brasileiro Sebastião Salgado está entre os escolhidos. Os americanos dominaram o ranking, emplacando 16 fotógrafos. Abaixo, perguntamos à editora sênior da PDN, Holly Hughes, o que ela achou da votação.
Qual foi o critério de seleção dos 25 fotógrafos mais influentes?
Deixamos nossos leitores, em princípio, fotógrafos comerciais, decidirem o que eles consideram influente . Alguns fotógrafos da lista inspiraram outros fotógrafos a explorar novos estilos ou assuntos, outros já são largamente imitados, uns poucos ensinam ou são mentores de outros fotógrafos, ou têm assistentes e alunos que desenvolvem trabalhos interessantes.
Você ficou surpresa com os resultados?
O mais interessante foi a quantidade de novos nomes que entraram na lista em relação à última edição, cinco anos atrás. Esta lista tem mais fotógrafos de fine art, como Cindy Sherman, Andréas Gursky e Lee Friedlander. Nossos leitores estão mais influenciados pelos trabalhos das galerias e museus.
A maioria dos fotógrafos na lista são americanos. Você acha que os Estados Unidos hoje têm a maior produção de fotografia no mundo?
Não acho que os Estados Unidos são o centro da fotografia mundial ou mais importante do que outro país. A fotografia se tornou global. Nos EUA, fotógrafos de moda, fine art e fotojornalistas estão olhando para o que está sendo feito ao redor do mundo. Os fotógrafos publicitários nos EUA estão cientes de que estão competindo com outros do mundo todo.
Quais outros fotógrafos poderiam ter entrado na
lista dos mais influentes?
Muitos receberam votos e estiveram perto de entrar na lista, mas não vou nomeá-los, pois eles vão ficar mais tristes do que já ficaram ao saber que não estavam no ranking.
Há espaço para jovens fotógrafos?
Eu considero 40 anos jovem! Existem muitos jovens fazendo trabalhos interessantes, que são comentados. Acho que quando nossos leitores pensaram o que faz de um fotógrafo influente , estavam pensando em profissionais que têm carreiras longas e fizeram muitos trabalhos interessantes ao longo do tempo, trabalhos que outros fotógrafos estudaram e aprenderam com o tempo.
Você tem referências da fotografia brasileira?
Pessoas do mundo todo participaram da votação, o que foi muito empolgante, e muitos nomes da América do Sul apareceram. Os três mais bem representados foram Mario Cravo Neto, Eustáquio Neves e Cássio Vasconcellos. FO tocoeterate SOyeors à besimess. ESSE
Todas as imagens desta página foram extraídas com autorização dos editores do [imagem acima) e parceiro oficial do FOTOSITE nos Estados Unidos site responsável pela votação
DA WEB PARA A PAREDE
O photoblogging, onda de postar fotografias em blogs, pegou em Nova York na segunda metade da década de 90. A mania se alastrou de tal forma que os fotoblogueiros da cidade fundaram uma comunidade, a NYCPB - New York City Photobloggers c.photobloggers.org]. No último mês de novembro, as imagens produzidas pelo grupo saíram do mundo virtual para serem exibidas nas paredes das galerias. Mas, afinal, que leva uma legião de pessoas que fotografam descompromissadamente a querer mostrar suas imagens em uma galeria? A REVISTA FOTOSITE conversou com Jonathan Greenwald http://shrued.com], editorda NYCPB, para saber esta e outras respostas.
Como começou a NYC Photobloggers? Nosso site foi colocado no ar em junho deste ano, mas a comunidade NYC Photobloggers vem ganhando popularidade desde que o photoblogging começou. Nossa meta é informar aos fotoblogueiros de Nova York sobre eventos e oportunidades relacionadas à fotografia na cidade. O recurso mais popular em nosso site é o que permite aos usuários postar suas imagens para que sejam exibidas aleatoriamente.
Por que vocês quiseram levar esse tipo de
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fotografia, originalmente feita para a internet, para as paredes das galerias?
Existem milhares de fotoblogueiros na região de Nova York. Nossa mostra celebra a popularidade do photoblogging em si e também serve como uma mídia adicional para fotoblogueiros menos conhecidos terem seus trabalhos exibidos. Como resultado, eles ganham mais acessos em seus fotoblogs. Além disso, muitos dos visitantes não estão familiarizados com o conceito de fotoblog. Assim, nós oferecemos umlugar fora da web para que eles possam conhecer nosso trabalho. Esperamos que a exposição lance a merecida atenção a esses talentosos fotógrafos.
Vocês trabalham como fotógrafos profissionais?
Nossa comunidade abriga tanto fotógrafos amadores quanto profissionais. A razão pela qual o photobloggingé tão popular vem de o próprio meio ser uma ótima ferramenta de aprendizado para os iniciantes, uma vez que seu trabalho é debatido. Profissionais também podem mostrar seus portfólios nos photoblogs.
Além do fenômeno dos photoblogs, outra consegiiência do crescimento da fotografia digital é que flagrantes de interesse jornalístico, captados por não-profissionais, estão sendo
Por
Érica Rodrigues
publicados pela imprensa. Você acha que isso toma o espaço dos profissionais? Ou é a democratização da informação?
Em Nova York, vários canais de notícias na internet fornecem endereço de e-mail para que pessoas comuns possam enviar suas fotos de eventos jornalísticos. O site c.com] é um exemplo perfeito do Jornalismo Cidadão na internet, pois possibilita aos seus usuários fazerem upload de suas imagens e matérias, para que sejam publicadas no próprio Nowpublic. Posteriormente, a empresa disponibiliza um sistema de notificação aos seus assinantes, que informará quais pautas jornalísticas acontecem em seus respectivos locais naquele momento. Como resultado, sites como esse podem enviar imagens de notícias com maior rapidez do que os fotógrafos profissionais destacados para cobrir as mesmas matérias. Isso aconteceu, por exemplo, no recente ataque terrorista a Londres. Quanto ao impacto para o fotojornalista profissional, depende para quem você pergunta. Os fotógrafos podem enxergar o fenômeno do Jornalismo Cidadão como uma formacorrompida de fotojornalismo. Entretanto, ninguém podenegar 0 impacto do acesso instantâneo à informação. Em um mundo on demand, quanto mais veloz a informação trafegar, mais rapidamente se pode publicar as notícias.
Fotos da mostra NY, NY, promovida por comunidade de fotoblogueiros americanos
JONATHAN GREENWALD
Soluções Digipix para profissionais
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Amplie suas opções. E ganhe mais tempo.
A tecnologia está mudando o mercado fotográfico. Seu trabalho pode ser apresentado com alta qualidade em Sa meios, de forma mais acessível e prática. Com as soluções Digipix, você solicita a ampliação de suas imagens sem seu local de trabalho, monta fotolivros exclusivos e vende seu portfólio na Internet.
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É Morelenbaum?
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Afinidades eletivas
Esta vai para quem procura obras afins e nem sempre sabe a quem recorrer. O site What Should Read Next Lwww.whatshouldireadnext.com] tem uma engenhoca de pesquisa que relaciona títulos de livros e seus autores com outros títulos e autores que estão relacionados entre si. Vale testar. Jogado o nome do mestre Henri Cartier-Bresson na busca, a pesquisa apontou as seguintes obras: Bystander: A History of StreetPhotography, de Joel Meyerowitz, Basílico: Cityscapes, de Alvaro Siza; How You Look at lt. Photographs of the 20th Century, de Thomas Weski, Heinz Liesbrock; Robert Frank: The Americans, de Robert Frank; On Photography, de Susan Sontag; e Manual Alvarez Bravo, Henri Cartier-Bresson, and Walker Evans: Documentary and Anti-Graphic Photographs, de Manuel Alvarez Bravo, Henri CartierBresson e Walker Evans.
da agência que faz sua publicidade não garantiu a qualidade
Nem sempre o olho do dono engorda o gado. Afinal, ser dona do último anúncio da SCA Ambientes Planejados, de Bento Gonçalves (RS). Talvez nem a legalidade. Na fotografia da peça, uma TV ligada mostra a imagem de um músico, muito parecido com Jacques Morelenbaum, tirada de um DVD. Não sei de quem é o DVD ou quem está na imagem, mas isso não vem ao caso, já que o artista quando vende esse produto passa a propriedade da imagem para o comprador. Apenas exploramos essa imagem , diz Roberto Majola, diretor de criação da Thematica, a agência da SCA. Outro jeitinho foi, com espaço comprado nas revistas Voguee IstoÉ, sendo à primeira em página par e a segunda em página ímpar, preparar apenas uma imagem coringa. Para compor melhor as páginas, espelhamos a foto , admite Roberto Majola, diretor de criação da Thematica, a agência da SCA. O
resultado foi que o anúncio da/stoÉ saiu invertido.
DESVIO DE ROTA
Olhe pelo pára-brisa do avião e responda rápido: que lugar SÃO PAULO-RIVIERADE SÃO LOURENÇO é esse? Se acertar, pode recla- e, mar com a Rumo Certo Aviação e Táxi Aéreo uma passagem de ida e volta para Sidney, Austrália, pelos R$ 600 anunciados na propaganda eletrônica. Afinal, é essa cidade, a mais de 13 mil quilôme- tros de São Paulo, que apare- Remi ce através do pára-brisa do teco-teco da propaganda. Na
aaa o anúncio é para quem quer evitar o trânsito nas Estas me do de avião para a Riviera de São Lourenço, no Guarujá. Mas, certamen- te, esse destino não era tão fotogênico. Sendo assim, Epúndo a Opera nuca com o bico do avião e escondendo a Harbour Bridge no fundo de prédios, escolheram Sidney como dublê de corpo do Guarujá. Gran de deferência, mas o melhor Seria a passagem ultra-econômica para É Oceania sugerida pelo comercial, coisa que, com sorte, um Procon mais chato obrigaria a companhia a honrar.
Ambientes Planejados
Saudosismo nada instantâneo
Na contramão da febre digital, quatro amigos austríacos lançaram em outubro um site para difundir fotos instantâneas. [www.polanoid.net] é a página na web que publica fotos de Polaroid do mundo inteiro. Saudosistas, os mentores do projeto fazem uma homenagem virtual à marca e ao seu criador, Edwin Land, que lançou a primeira câmera em 1948. O discurso é fervoroso: Famintos por realidade analógica, nós decidimos nadar contra a maré e lançar a maior e melhor comunidade on-line de fotos , diz um texto no site. Cerca de 2200 fotos já foram cadastradas na página. Cada colaborador recebe um vale de cinco euros para gastar em um outro site, o [www.unsaleable.com|, que vende câmeras e acessórios. Todos equipamentos Polaroid, claro. Criamos este site para que todos aqueles que são aficionados por Polaroid tenham um local para compartilhar essa paixão , explica Webmeister, um dos polanóides .
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A
FLASHES DE UMA POLEMICA
| O projeto Foto Repórter, lançado no começo de novembro pelo Grupo Estado quer difundir a fotografia digital publicando imagens clicadas por leitores do Brasil nas páginas de seus jornais e em seu portal. A iniciativa animou dublês de fotógrafos e fez lotar a caixa postal do jornal com o envio de uma média de 150 fotos por dia. O lambe-lambe de ocasião re| cebe R$ 85 e R$ 65 por foto estampadas em O Estado de S. Pauloe Jornal da Tarde, respectivamente, e 50% do va| lor comercializado pela Agência Estado caso a imagem seja vendida para outro órgão. A experiência gerou polêmica entre os fotógrafos profissionais. A seguir, as posições do presidente da ARFOC (Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado de São Paulo), Rubens Chiri, e da advogada do Grupo Estado, Andréa Martinelli. O que acha do projeto Foto Repórter?
Acho perigoso. O repórter profissional, a priori, tem ética.
Nesse caso fica difícil verificar a veracidade da imagem, controlar sua manipulação. Acho que facilita fraudes.
Prejudica o mercado de trabalho?
Sim. Ajuda a desvalorizar a categoria. O mercado de trabalho não está fácil e isso prejudica ainda mais. Não seria nada interessante se fizéssemos um hospital apenas de voluntários, certo? Então por que desvalorizar o jornalista?
Vocês pretendem tomar alguma medida jurídica?
Queremos propor um debate. Qualquer medida judicial seria tomada pelo Sindicato dos Jornalistas.
Andréa Martinelli, Grupo Estado
O que a senhora acha das críticas que o projeto vem recebendo de fotógrafos profissionais?
Não acredito que estejamos propondo a concorrência entre profissionais. Estamos incentivando a fotografia, dando a oportunidade para o leigo que captou um momento mostrar sua imagem.
Quais são os riscos jurídicos desse projeto?
Temos de garantir o direito moral do autor, ou seja, assegurar que o crédito seja veiculado. Por isso o cadastramento é feito antes que a imagem seja mandada. Caso o nome do autor não saia, cabe pedido de indenização.
SP 24HORAS: DIA DE CHUVA
O municipiodeOsas- E] 17h24 mes SS
Alagamento | avenidas ficaram alaga- atinge centro | das(foto) ea águache- gouaentrar nas lojas, de Osasco | ondeos funcionários 17h00 | & Fotorepórter
Lata
Por João Wady Cury
BLOG DE Papel
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Eu sempre achei aqueles Papais-Noéis de shopping um tanto quanto bizarros: aquela barba pinicante, o cheirinho natalino vindo de baixo das roupas pesadas num calor de 40 graus, a peruca piolhenta, a enorme barriga, a bochecha carregada de rouge e, pra completar, eu nunca conseguia me equilibrar direito em ci ma da perna do Noel. Para quem compartilha dessas lembranças, vale visitar a galeria Scared of Santa, reunião de fotos hilárias de crianças que não gostaram nada de serem colocadas no colo do bom velhinho. O link é imenso mas vale a pena...
Os concursos do Worth1000
O Worth1000 é um site que, desde 2001, se dedica a promover os mais variados concursos de fotografia, manipulação, ilustração, animação, 3D. Os administradores do site lançam novos temas quase que diariamente em cada categoria, resultando numa galeria infinita de imagens. No concurso de fotografia vale destacar o último Literalize as canções dos Beatles , em que os competidores tinham que mandar fotos que ilustrassem títulos de músicas da banda. E no concurso de manipulação, os melhores são aqueles que mesclam quadros renascentistas com elementos da atualidade (celebridades, roqueiros, monstros, super-heróis etc).
E agora uma pro réveillon
O conceituado New York Institute of Photography (Instituto de Fotografia de Nova York) lançou um artigo que ensina passo a passo como tirar fotos de fogos de artifício sem sair apenas aquele borrão. O artigoé um dos dez mais acessados da seção de dicas do instituto.
AS BUNDAS DO RIO
Não são só os brasileiros que dão um jeitinho pra tudo. Depois da proibição da venda de cartões-postais com imagens sexy no Rio de Janeiro projeto da deputada Alice Tamborindeguy a empresa inglesa Mobycards, que permite aos usuários enviar cartões-postais personalizados com fotos feitas em seus celulares, está fazendo acordo com agências de viagem, que organizam pacotes para o Brasil, para que incentivem seus clientes a clicarem as bundas brasileiras e enviarem para os parentes e amigos na Inglaterra no formato de postal, por apenas 1,50 libra.
A fonetografia e o fonetógrafo
Matéria do jornal indiano Mumbai on the Web identifica o primeiro fonetógrafo do mundo. Quer dizer, na verdade ele não é o primeiro, hoje em dia todo mundo que tem um celular com câmera pode ser considerado fonetógrafo, mas a expressão é totalmente nova e o legal é que Kunal Kamur, ator e diretor indiano e o tal primeiro fotógrafo mobile, está vendendo fotinhos bem simples do seu cotidiano emolduradas no tamanho de 8x12 cm por US$ 100 cada uma. Ele já comercializou mais de 30 e programa o lançamento de um livro chamado Life, an abstract (Vida, um abstrato) para o fim do ano, junto com uma exposição.
FTP SEM PRECISAR DE FTP
Fiquei maravilhada com o serviço do site - Nele é possível subir arquivos de até 1 GB, para serem baixados por outra pessoa. Funciona exatamente como um programa de Ri! mas você não precisa baixar nada na sua máquina, já que é tudo online. Mega prático.
* BIA GRANJA [bialBtripix.com.br) é gerente de negócios da TRIPIX e, apesar de não acreditar em Papai-Noel, deseja a todos um Feliz Natal e um próximo Ano Novo
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A história da Parma vem sendo escrita e impressa em cima de valores que a acompanham desdeo início de suas atividades.
À ética nos negócios, a transparência nas transações e o respeito aos nossos aients, colaboradores e à comunidade fazem da Parma uma empresa sólida e confiável.
Por Érica Rodrigues
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O FETICHE LALENDARIOS
Altas produções, grandes fotógrafos, modelos famosas e cenários exuberantes são Os ingredientes de alguns calendários que se tornaram brindes de luxo e em cer- tos casos, até referência nas artes visuais. Muitas vezes não há Dean asso- Cação direta da atuação da empresa que promove os calendários com o mercado de fotografia ou mesmo com as temáticas retratadas, mas a ação de marketing as- socia a marca a um determinado conceito, nicho de consumo ou estilo devida. As marcas italianas Pirelli e Lavazza produzem duas das mais cobiçadas folhinhas
LdVazza
Com investimento pesado em imagem, a Lavazza, maior torrefadora de café da Itália e sexta maior do mundo, edita um calendário que é tão disputado na Europa quanto 0 Pirelli, As edições sempre partem de um tema relacionado ao ritual do bom e velho cafezinho, inserido em contextos diferenciados e surpreendentes.
As duas primeiras versões, de 1993 e 1994, foram assinadas por Helmut Newton. Em 1995, a marca apagou as velinhas de 100 anos de existência associando-se à idéia de vitalidade e originalidade. Para tanto, chamou ajovem fotógrafa, então pupila de Newton, Ellen Von Unwerth, que já mostrava sua ousadia e vigor criativo. Ellen clicou também a edição 2006 da folhinha, cujo título é First Class Espresso Experience e tem como pano de fundo o luxo das viagens aéreas de primeira classe, Todas as fotos do calendário, making of, arquivos a história da fotógrafa estão em
DOmem
Na página da esquerda: A fotógrafa Ellen Von Unwerth em ação durante o ensaio para Lavazza 2006. Nesta página, no sentido horário: Uma das fotos do Calendário Lavazza 2006; as modelos Kate Moss, Karen Elson e uma das imagens do making of do Calendário Pirelli 2006
pIFeLLI
Com um longo histórico de aproximação com as artes visuais e com a fotografia em particular, o fabricante de pneus Pirelli promove o mais badalado dos calendários. O The Cal , como ficou conhecido, foi criado em 1964 pela filial inglesa da empresa, que procurava uma nova estratégia de marketing para a marca. O fotógrafo dos Beatles, Robert Freeman, foi chamado para criar o conceito do produto, um calendário que, na contramão das típicas folhinhas de borracharia, reconstruísse a imagem de mulheres de diversos segmentos das artes, como bailarinas, atrizes e cantoras. Ao longos desses 42 anos de existência, o Calendário Pirelli refletiu a evolução tecnológica e de linguagem da fotografia e também as mudanças de hábitos da sociedade, ora mais conservadora, ora mais liberal e, em algumas edições, chegou a exibir formas masculinas em suas páginas.
Francis Giacobetti, Richard Avedon, Annie Leibovitz e Mario Testino são alguns dos profissionais que já clicaram para 0 The Cal. Patrick Demarchelier assinou a edição 2005, feita no Rio de Janeiro, que comemorava os 75 anos de atuação da empresa no Brasil. À edição 2006 ganhou um tom nostálgico dos bons anos 60 e 70 na Riviera Francesa etraza popstar Jennifer Lopez como garota da capa. Gisele Bindchen, Kate Moss e Natalia Vodianova são algumas das beldades clicadas pela dupla anglo-turca Mert Alas e Marcus Piggott.
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EEE
David Lachapelle, Lavazza 2002: m www.espressoandfun.com
Jean-Baptiste Mondino, Lavazza 2003: mwww.espressoandglamour.com
Thierry Le Gues, Lavazza 2004: mwww.missiontoespresso.com
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O QUE VOCÊ ACHA DESTA FOTO:
Qual a reação das pessoas quando uma fotografia que normalmente só é vista nas paredes de um museu ou galeria é exposta nas ruas, no meio do povo? À re- portagem da REVISTA FOTOSITE Foi ao centro de São Paulo fazer 0 teste com uma imagem de autoria do fotógrafo Gal Oppido. À experiência desencadeou críticas, elogios e outros comentários nonsense entre as pessoas que passaram pela Pra- ça da 5é e pelo Viaduto do Chá no dia 17 de novembro de 2005, uma tarde quente
Por Ana Paula Sabbag
Praça da Sé, Marco Zero da cidade de São Paulo. Uma fotografia de Gal Oppido é pendurada em um tripé por um ator, o Biba, que foi convidado pela REVISTA FOTOSITE. Quando termina a montagem, ele começa a explicar aos primeiros curiosos o que está acontecendo ali: quero saber o que esta imagem representa para você? , emenda o ator ao primeiro sujeito que estaciona seu olhar no quadro. Logo uma aglomeração se forma em torno da foto. Mais uma roda, entre as dezenas que tomam a praça todos os dias, vai se formando; uma Fauna urbana que vai de pastores evangélicos ensandecidos a mágicos e camelôs; figuras que ganham a vida entretendo a massa. Giba tem seu momento de curador popular, crítico de arte, provocador geral da nação. E mais gente vai parando. A nossa galeria pública de uma foto só está aberta a reflexões, a seguir...
PRAÇA DA SE
TATUAGEM É CRIME
Afoto só choca, pra mim não quer dizer nada. Acho que teria outros meios de fazer arte, é muito apelativo. Não consegui ligara palavra útero com a imagem. Eusou espiritualista e acho que a tatuagem é o maior crime que umapessoa pode cometer, porque não apaga nunca, em várias encarnações ela vai aparecer. Mas é arte e a gente tem que respeitar. (Antonio, 65 anos)
A CULTURA DA PESSOA
Estou trabalhando em uma feira no Frei Caneca que é sobre neonatal e reflete tudo isso. Esta foto representa simplesmente a mulher emsi, não a promiscuidade, como podem pensar algumas pessoas. Pode ser chocante, mas se vo-
Fotos Pisco Del Gaiso*
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cê não conhece o seu corpo, você não se conhece. Ela se pintou porque gosta de tatuagem, como eu gosto de ser eletricista. É como escolher uma comida pra comer, cada um gosta de uma. Lá na feira aparecem mulheres despidas e ninguém fala nada, porque são todos médicos. (Luiz, 37 anos)
EU GOSTO DE MULHER
Euma imagem curiosa, que fala de amor. Tudo 0 que se refereà mulher euacho bonito. Tudo que é interessante é bom porque faz pensar. (Moacyr, 62 anos, representante comercial)
RECADO AOS POLÍTICOS
A foto está passando que a humanidade está precisando de socorro, porque o que ela segura na mão parece aquele aparelho de escutar 0 coração e deve ter gente que está precisando dele. Acredito que seja um recado para os políticos. (Luiz, 33 anos, representante comercial)
PLAYBOY É ARTE
O nudismo é bonito, mas não este nudismo, não é como a Playboy, que é mais arte. Aqui está muito forte e denigre a imagem desta mulher. Ela agrediu muito a pele. Não é uma arte. (Luana, 23 anos, estudante)
COW PARADE
E uma mulher bem gordinha. Pra mim está ótimo, cada um faz o que acha melhor. Só consigo pensar em uma vaquinha, é quase uma, não é? (Lola, 68 anos)
COW PARADE 2
Ela está com a mão no coração, então é uma mulher que passa a idéia do úte-
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ro no coração. À tatuagem me deu uma sensação meio bovina, não sei se é a visão do útero por dentro. Ela está oferecendo o seio. (Rodolfo, 37 anos)
COW PARADE 3, A MISSÃO
Ela quis dizer que a vaca só muge. O gesto dela é de protesto contra o que as pessoas fazem hoje em dia. Ela prefere ser uma vaca do que uma pessoa, porque as pessoas fingem muito. A vaca só fica mastigando e tem aquela mansidão. (Emerson, 28 anos, porteiro)
EU VEJO PLANETAS
Existe tanta gente perdida no mundo que precisa ser ajudada. Nesta foto eu vejo planetas, a América do Sul e mais outros planetas. Esse gesto da mulher quer dizer que está faltando mais amor na humanidade. (Duarte, 44 anos, auxiliar de laboratório)
SOMOS VENCEDORES
Gostei da estética. Todas as pessoas aqui presentes são vencedoras desde 0 útero da mãe, porque venceram uma maratona com milhões de espermatozóides. À pessoa, por mais insignificante que seja, já é uma vencedora. Acho que esta imagem quer dizer isso. (Eliezer, 44 anos, músico eescritor)
DE QUEM GERA A VIDA
Esta imagem me chamou a atenção. Parece que quer dizer que a mulher é a fonte da criação, quem gera a vida. (René, 24 anos)
NÃO SABE
Parece alguma coisa de saúde, não sei, (Fátima, 45 anos, ambulante)
COISA DE MÃE
Só em Nova York que se vê estas coisas, aqui ninguém faz issode piercing no umbigo. Acho bonito plasticamente, mas não me faz refletir. À mão embaixo do seio é um gesto bem angelical, parece uma coisa de mãe, bem maternal, bem suave. Gostei. (Geraldo, 54 anos, aposentado)
SÓ GOSTO DE PINTAR
Tem o mapa do mundo ali, mas eu achei ridícula. Não me traz nenhuma reflexão, como eu pinto também, eu não gostei. (Lana, 65 anos, artista plástica)
HORA DO ESPANTO
É espantoso. Ver essa pessoa ao vivo me deixaria chocado, mas na foto está bonito. Apesar de que esta pessoa não vai aparecer desse jeito pra ninguém. (José, não quis dizera idade e nem oque faz da vida)
MULHER MANDA NO MUNDO
Retrata a grandeza mundial, a mulher no mundo. Quem é a mulher? Qual o papel dessa mulher? Passar pro povo o valor dela. À palavra útero quer valorizar a mulher, o poder que ela tem de gerar um ser. (Edimilson, 43 anos)
MAIS VALIOSA DO QUE PICASSO
A mente faz parte do todo. Essa arte pode vender mais do que o Picasso, porque na arte temos que enxergar o fundo da realidade. Pensando nisso, observoaarte com mais clareza e penso que nós, seres humanos, temos que ter uma maior conscientização entre os povos. (O cara disse que é vendedor, mas não quis se identificar)
TODO MUNDO NASCE PARA O QUE É
D indivíduo é o que ele quer ser e ninguém tem nada com isso. Ela é livre, independente e é isso que aparece na foto. (Paulo, 44 anos)
CORAÇÃO DO MUNDO
É o estetoscópio do médico. É como se ela estivesse escutando o coração do mundo. Foi a primeira sensação que tive. [José Carlos, 54 anos)
É A SALVAÇÃO
A mão embaixo é a salvação, quando alguma coisa cai você pega bem lá no fim. É isso o que está parecendo. (Carlos Roberto, 45 anos)
SE É MODERNA, TUDO BEM
Estas manchas incomodam. Me agrediu um pouco. É uma imagem estranha, bizarra. É uma idéia moderna. (Marilda)
O PLANETA VAI EXPLODIR
As manchas mostram o mapa-múndi e a parte branca pode ser a água. A mulher é a representação de uma mãe, é a Terra, que tem um risco muito grande de desaparecer. A qualquer hora o planeta pode parar, pode explodir. Já está bem desgastado. Gostei, cada um tem uma visão. (Márcio, 28 anos)
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História da foto e o que ela representa para o autor
A imagem faz parte do ensaio Prata sobre Pele sobre Prata, que o fotógrafo expôs em 2003, na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Cada reprodução de 70x70 cm é vendida por um preço médio de 1.800 reais. A modelo da foto tatuou o corpo mapeando a geografia mundial. Usando um piercing no umbigo o desenho chama a atenção para a palavra /ivmoder, que significa útero em sueco. Na mão, uma peça em prata, que foi desenhada por Gal a partir da tatuagem da modelo, e confeccionada pelo artista Hugo Curtis especialmente para o ensaio. O autor trabalha com as questões do corpo como suporte da arte há duas décadas, e neste caso, procurou as intervenções que podem ser feitas utilizando como adereço objetos de prata. A Priscila (modelo da foto) une sua concepção de vida ao corpo, que é o documento do que ela é , explica o autor. Gal questiona a relação que temos com a dor ao ver suas imagens. À tatuagem, por exemplo, causa uma idéia de dor muito mais intensa do que um singelo brinco, sendo que a sensação real pode ser exatamente o contrário. O trabalho lida com matérias que têm intervenções no corpo. Faço essa ligação entre a prótese e o ornato, e neste caso lido com os adereços. Tudo o que reveste nosso corpo, a roupa, é secundário, porque é um sinal que está falando. Todo externo ao corpo tem um significado e quando é uma marca direta na pele esse significado aumenta , completa Gal.
*Agradecimentos especiais
do.com.brl, Espaço Ophicina e Lab Espaço Visual
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ENCONTRO COM O MESTRE
JOSE MEDEIROS
Um fotógrafo da revista era tão famoso quanto é hoje um galã da Globo. Cheguei a dar autógrafos na rua . Assim José Medeiros [1921-1990] descreveu a Figura do repórter fotográfico nos tempos áureos da revista O Cruzeiro, em depoimento às pesquisadoras Nadja Peregrino e Karen Worcman. Passeando pelo delicioso relato do fotógrafo, publicado em 1986 no catálogo da exposição José Medeiros 50 anos de fotografia, organizada por Nadja em parceria com Angela Magalhães, mergulhamos nos anos 50 e 60, época em que a televisão ainda não falava às massas e a revista chegou a ter tiragem de 700 mil exemplares. Foi neste momento, das grandes reportagens promovidas porO Cruzeiro, nos moldes das estrangeiras Paris Match e Life, que o fotojornalismo brasileiro começou a definir sua linguagem. Muito do que conhecemos sobre a obra de Medeiros, considerado o patriarca do fotojornalismo brasileiro, se deve ao trabalho das duas pesquisadoras, que desde a década de 80 se dedicam a estudar sua obra. À última ação da dupla Foi a organização da mostra /osé Medeiros A Aventura Moderna, na Universidade Federal Fluminense, durante o FotoRio 2005. Em novembro, outro acontecimento lançou luz sobre a obra do Fotógrafo: a Aprazível Edições publicou o livro Olho da Rua O Brasil nos fotos de José Medeiros, luxuosa e merecida edição com a obra do fotógrafo e textos de Leonel Kaz e Arnaldo Jabor. Nas próximas páginas, Nadja Peregrino e Angela Magalhães contam como foram os primeiros contatos com o mestre. Por Érica Rodrigues
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1. José Medeiros em foto de 1986 2. Os fotógrafos se tornaram ídolos tão populares que, no tradicional baile de fantasias do Hotel Glória, o Folião se veste como o fotógrafo Jean Mazon, companheiro de profissão de Medeiros em O Cruzeiro, 1958. 3. Foto clássica, em 1949, do Hotel Copacabana Palace, para matéria de O Cruzeiro
OLHO 8 RUA Olho da Rua - O Brasil nas fotos de José Medeiros [Aprazível Edições, 228 págs., R$ 130)
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Cedes mmura
As inusitadas formas retilíneas da Pedra da Gávea em contraste com as curvas das garotas de Ipanema, no Rio, na década de 50. Cena de praia no Rio de Janeiro, 1950
Por Angela Magalhães e Nadja Fonseca Peregrino
Foi em 1984, num pequeno apartamento em Botafogo, repleto de histórias esquecidas, que tivemos o primeiro contato com José Medeiros. Ele nos atendera efusivamente. Conversamos por mais de três horas. Sentado diante de nós, se esforçava para disfarçar a importância de sua experiência como fotojornalista nos tempos da revista O Cruzeiro. É tudo boiotice, Nadja e Karen , nos disse, disposto a minimizar valor de seu trabalho, quando lhe propusemos organizar uma exposição individual na Galeria de Fotografia da Funarte. [A pesquisa iconográfica do acervo de Medeiros foi realizada por Karen Worcman e Nadja Peregrino. Mais tarde, Angela Magalhães se agregou ao processo de trabalho]. Contrariando, porém, essa postura, Jota Eme [como era chamado na intimidade) não conseguia camuflar o desejo deexibir já naquele momento as marcas de seu percurso. Vez por outra, levantava-se indo até um pequeno quarto nos fundos. De lá, com o espírito brincalhão que lhe era peculiar, retirava centenas de negativos guardados por mais de 30 anos num armário de aço. Agachado entre os inúmeros livros e revistas espalhados pelo pequeno apartamento, Medeiros transpirava emoção enquanto falava sobre a sua fotografia. Sentíamos que ele receava em penetrar naquele mundo, quase esquecido, e não sabia ao certo o que fazer com ele. Voltamos a nos encontrar sistematicamente com JM durante dois anos. Ao longo da pesquisa, pouco a pouco, Fomos tomando consciência do valor do seu acervo integrado por mais de 20 mil negativos. Não sem razão, pensamos que aquele conjunto de imagens possuía o mesmo valor dos ensaios do fotógrafo francês Pierre Verger que, como Medeiros, construiu um largo recorte das tradições sincréticas brasileiras ao longo da segunda metade do século 20. Valiam, também, tanto quanto as aparências de Rugendas, de Debret, como dizia Pedro Nava, referindo-seà iconografia de Marc Ferrez. Sabíamos ainda que estávamos diante de um fotógrafo culto que tinha plena consciência do valor da Fotografia como meio de expressão artística. Nas suas reportagens realizadas nas décadas de 40 e 50, para a revista O Cruzeiro, já ficava claro que a luz como um fenômeno sensorial e plástico era um elemento marcante. Sem contar que sua investigação poética deixava para trás a banalidade da imagem em sua incessante reprodução mecânica. Foi assim que a partir dessa pesquisa seria inaugurada a exposição José Medeiros, 50 anos de fotografia na Galeria de Fotografia da Funarte (RJ) em dezembro de 1986. Pela primeira vez, o artista exibia de maneira consistente seu trabalho numa instituição pública brasileira. Logo depois, esta mesma exposição seria apresentada na Galeria Fotoptica (SP); em Cuba; percorrendo ainda diversas capitais do Brasil. Na época a repercussão foi grande. Poucos sabiam do José Medeiros Fotógrafo, mais conhecido entre
seus pares como diretor de fotografia de cinema. Não demorou muito, porém, para que o valor incontestável de sua obra fosse reconhecido no Brasil constituindo-se, desde então, numa vertente significativa do fotojornalismo moderno. Ao mesmo tempo, suas fotos passaram a ser publicadas sistematicamente em livros expressivos dedicados à Fotografia latino-americana, tais como Canto a la realidad (1993), organizado por Érica Billiter, e Image and Memory - Photography from Latin América 1866-1994, editado por Wendy Watris e Lois Parkinson Zamora, em 1998. Seus trabalhos fazem parte também das coleções do Mam do Rio de Janeiro, do Mam de São Paulo, de alguns colecionadores privados e, recentemente, todo o acervo do fotógrafo foi adquirido pelo Instituto Moreira Sales. Passados mais de 40 anos, as fotografias produzidas por JM ganham um significado especial. Ao ganharmos a bolsa Rioarte em 1998 para pesquisar seu acervo de dez mil fotos sobre o Rio, constatamos mais uma vez que, além do fato de seu trabalho dialogar com a memória, o fotógrafo esgarça ainda mais as fronteiras, há muito já frágeis, que apartam o campo documental da energia criativa do território artístico. Fotografias do início dos anos 40 tipificam, das formas mais diversas, a herança moderna que anima sua produção. Recortes abruptos, perspectivas incomuns, linhas diagonais que se desdobram no espaço, são expostos num real de conteúdo vacilante à maneira das tomadas fotográficas acentuadamente oblíquas de Alexander Rodchenko, Lazlo-MoholyNagy e Paul Strand, dando visibilidade no princípio dos anos 20 às imagens de marcada estranheza. Em outras imagens, mais raras dentro de seu acervo, envereda por uma investigação visual mais radical, fazendo não apenas experiências com a luz, como articulando montagens através da sobreposição de fotos. Não se trata aqui de colocá-lo sozinho no passado. Sua ousadia estética Faz fronteira com as obras revolucionárias de vários fotoclubistas como Geraldo de Barros, Thomaz Farkas, José Yalenti, José Oiticica Filho e Ademar Manarini, entre outros que encarnaram nos anos 50 um dos momentos altos da fotografia moderna no Brasil. E ainda dialoga com os fotógrafos Jean Manzon e Ed Keffel, que atuaram com ele na revista O Cruzeiro nessa mesma época, partilhando as referências formais de um fotojornalismo moderno cunhado por uma visualidade européia. Seus fotogramas e fotomontagens mostraram que não há barreiras para o artista quando penetra no território da arte. Sob essa perspectiva, os auto-retratos de Medeiros, quase surrealistas, talvez traduzam simbolicamente a importância da fotografia como parte viva do seu ser.
m Leia o depoimento de José Medeiros concedido às pesquisadoras Nadja Peregrino e Karen Worcman em 1986 m Veja portfólio com as imagens do livro Olho da Rua - O Brasil nas fotos de José Medeiros
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Apple Ipod Nano
2 GB - Black no cn
Além de MP3, permite ver fotos capas de discos em cores
Capacidade de 26B podendo armazenar até 500 músicas. Reproduz MP3, MP3 VBR, AAC, Audible (formatos2, 3 4) e WAV Jogos, relógios, contatos ecalendários. Armazena até 12.500 fotos
Preço Fnac R$ 1.190,00 em
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N90 |
Câmera digital integrada de 2.0 Megapi Conjunto de lentes Carl Zeiss Função de autofocus, gravação de vídeo flash « Display interno TFT de cores Display externo TFT de 65.000 cores Memória interna compartilhada de 31MB Entrada para cartão RS-DV-MMC Cartão de 64 MB incluído + Sistema Operacional Symbian 8.1 * Bluetooth « GPRS/EDGE" para conexão rápida internet * MP3 player + Comando de voz - Peso de 1739
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Christmas Songs Universal A diva do jazz Diana Krall apresenta seu mais novo trabalho. um CD dedicado exclusivamente às músicas natalinas, com interpretação Única para faixas como Jingle Bells, The Christmas Song e White Christmas, entre outras, com colaboração de Clayton/Hamilton Jazz Orchestra. deR$4150 por R$ 393,20
4 Franz Ferdinand
É You Could Have it so Much Better SA With / Trama
Segundo trabalho da banda liderada por Alex Kapranos e que mantém hype do primeiro álbum. Com muito punk pop influencias de Bowie Beatles, 0 destaque vai para primeiro single Do you want to, além de The Fallen Eleanor put your boots on.
deR$3100 porR$ 24,80
U2
Vertigo 2005 - Live From Chicago Universal Music Registro em dvd da turne
Vertigo do U2. O show foi gravado em Chicago a banda interpreta músicas do cd novo, além de sucessos como Sunday Bloody Sunday, Mysterious ways, Where the streets have no name, One muitas outras
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Vídeofilmes
Documentário dirigido por Jonathan Nossiter que levou 03 anos de filmagem em 03 continentes para contar como é a cultura do vinho, com entrevistas com produtores, distribuidores e consumidores que entendem do negócio.
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Ana & Jorge / Sony BMG Dois dos talentos m promissores da nova geraçã da música brasileira reunidos nesse CD, em que interpretam músicas inéditas seus maiores o sucessos em vibrantes versões acústicas.A tocante faixa de trabalho, É Isso Ai, já está em alta execução nas rádios
deR$2990 por R$ 23,90
Arcade Fire
Funeral Tratore
Cd de estréia da banda canadense que arrasou no Tim Festival e que mistura pós punk, brit pop, com influencias de Roxy Music, arranjos orquestrais, performances enfim, uma banda que merece ser conhecida de R$2890 por R$ 23,10 x O pa > Y N |
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Coleção
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Um dos maiores mitos do cinema Greta Garbo chega ao DVD em uma coleção repleta de seus maiores clássicos. Este volume traz três grandes títulos Anna Karenina (Clarence Brown), Ninotchka (George Cukor) A Dama Camélias (Ernst Lubitsch) por R$ 89,90
O baú do Raul
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Santiman -
Sivio Essinger/ Ediouro terra
dos sonhos
Trata-sedo mais completo volume
Neil Gaiman / Conrad sobre Raul Seixas já publicado.
Fenômeno mundial de Para ler, curtir guardar, a público e de crítica, Sandman obra dá aos leitores e fãs a consolidou o gênero de oportunidade de conhecerem a história de Raul Seixas e do rock nacional através de seus objetos pessoais deR$4990 por R$ 39,90
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Incel da camera
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EDER CHIODETTO
Pedro Meyer: A aura do real na Fotografia é uma ficção. É irônico o esforço histórico da fotografia em negar que tudo é construção
Pedro Meyer mistura fotografia e pintura e coloca o dedo na ferida eternamente exposta que contrapõe estas duas linguagens.
Por Eder Chiodetto Fotos Pedro Meyer
Pioneiro, revolucionário e provocador são adjetivos que se encaixam perfeitamente no perfil do Fotógrafo Pedro Meyer, espanhol de nascença e naturalizado mexicano ainda criança.
Aos 70 anos, recém-completados, Meyer ostenta um currículo que o coloca na linha de frente da vanguarda fotográfica, tanto como um teórico da linguagem como um fotógrafo que está sempre atento às pesquisas estéticas e às possibilidades de expansão da expressão fotográfica por meio das inovações tecnológicas.
Na década de B0 Meyer auxiliou nas pesquisas que possibilitaram a criação das câmeras digitais. Depois criou os Colóquios Latino-Americanos de Fotografia, que já está na 20º edição e que se constituíram em encontros fundamentais para o entendimento da fotografia latina.
Em 1991 lançou o CD-Rom pioneiro, com imagens e áudio, sob o título Fotografo para Recordar, no qual mostra os últimos meses de vida de seus pais. À obra tornou-se um marco da história da fotografia. Com a invenção da internet Meyer fundou o site Zone Zero, galeria virtual que abriga ensaios fotográficos do mundo inteiro após criteriosa seleção, feita por editores contratados, e edição primorosa desenvolvida por uma equipe baseada na Cidade do México. O Zone Zero foi citado por revistas especializadas como um dos cinco melhores websites de arte do mundo.
Mas tudo parece pouco para esse irrequieto criador. Entre dezembro e fevereiro, ele faz em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil, sua primeira exposição no Brasil, dentro da progra-
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Retratos obtidos durante procissão do Divino Padre Eterno, na cidadede Trindade, em Goi, as faces o aufor optou por embaralhar os pixels do entorno, criando uma nova relação enti remete à ferida eternamente exposta que contrapõe pintura e fotografia.
ás,presentes na mostra que integra a programação do FotoArte 2005, em Brasília. Para ressaltar re figura e fundo. O ensaio recebeu o controverso título de O Pincel da Câmera que, de imediato,
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TEMOS DE RECONHECER QUE A IDÉIA DA VERDADE FOTOGRÁFICA FOI UM GRANDE EXAGERO. A DIGITAL E O COMPUTADOR
SÓ ESTÃO DEIXANDO ESSA FARSA NUA
DESAPARECENDO TÃO RÁPIDO COMO 05
DISCOS LP E O FORMATO VHS. NÃO PERCAM O TREM DA HISTÓRIA
que, de imediato, remete à ferida eternamente exposta que contrapõe pintura e fotografia.
mação do FotoArte 2005, sob o controverso título de O Pincel da Câmera de fundi-las e torná-las complementares. A abstração e a textur, pintura se irmanam com os Fragmentos do mundo real (2) da Fotografia. O resultado é, no mínimo, perturbad
Amostra traz à tona as mais novas pesquisas de Meyer no campo da manipulação de fotografias por meio de programas de computador. Defensor ardoroso da fotografia como linguagem ficcional em detrimento da ilusão realista do documento, Meyer trabalhou os retratos obtidos na sua passagem pelo Brasil em 2004 afim de obter não a pretensa objetividade que a câmera possibilita, mas sim a parcela de sonho, mistério e subjetividade que o levou a disparar o obturador em determinado momento.
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Dessa forma Meyer consegue atingira expressão desejada ou, como diz, posso finalmente fotografar meus sonhos . Nos retratos obtidos durante a procissão do Divino Padre Eterno, na cidade de Trindade, em Goiás, presentes na mostra, o Fotógrafo ressalta as expressões de fé, dor, alegria e evocação dos fiéis. Para ressaltar as faces ele optou por embaralhar os pixels do entorno, criando uma nova relação entre figura e Fundo.
A aura do real na fotografia é uma ficção. É irônico o esforço histó-
O teórico Vilém Flusser escreveu que o fotógrafo, para conseguir umaex- rico da fotografia e m negar que tudo é construção. Dizer que a manipula- ção no computadoré responsável por tornar o documento Fotográfico uma fraude é um absurdo, pois isso já é dado na pr
pressão própria, deveria de alguma forma subverter o programa preestabelecido pelos engenheiros que fabricaram as câmeras, caso contrário se tornaria ópria gênese da perspectiva fotográfica , diz enfático. E continua: temos de reconhecer que a idéia da verdade fotográfica foi um grande exagero. A digital e o computador só estão deixando essa Farsa nua , conclui. metáfora pela primeira vez na história , diz Meyer. P mero funcionário deste. O monitor do computador é um espaço que opera como se fosse um cenário. Eu, como diretor, movo as luzes, os atores e finalmente decido onde deve ficar cada elemento. O termo fo rafia, deixou de ser uma ara aqueles que se sentem viúvos da fotografia analógica, Filmes e pa- pel fotográfico, Meyer alerta: mo os discos LP e o formato
Os retratos manipulados pelo artista parecem uma mescla de pinceladas a película está desaparecendo tão rápido coVHS. Não percam o trem da história. As novas tecdestroem o passado, apenas o transformam e o remodelam de tinta com fotografia, o que para alguns críticos soou como uma revisão fora de hora da corrente pictorialista na fotografia, ocorrida no início do século XX, na qual a fotografia se pautava por padrões estéticos da pintura.
Na verdade, o que Meyer propõe com esses retratos é algo mais complexo que uma mera revisão do pictorialismo, Ao manipular os pixels, ele finda por gerar novas imagens que ficam no limite indefinível entre fotografia e pintura. Não se trata mais de contrapor ambas linguagens, mas sim
CALEIDOSCOPIO PAULISTANO
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BiB = E EEs!EESÊ
SS ER | RE ==
SEsooB Ea Ea Ret
= E PORA=iopano A = SS EES
Ea to 1 A O = FO) =) o] = Star = RA = = SSelmo cs eo R= = ESG cass [a on cos Bo = cris bo (6)
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E E SS DE O DR 0 PR)
RES o os E - s ro == a Ss = 60 5E og
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Ee é ah o Ad az ac n SEE ES ORE === E = 5 S 5 PS a ES 2 E = CSS AS CORA 5) ER fa ===acc E E
Barracas de ambulantes no Largo da Concórdia
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£ 0 Cara!
Com uma câmera snopshot barata e um olhar muito particulardo mundo, Terry Richardson,à direita, vem colecionando excentricidades na mesma velocidade com que coloca seu nome entre os 30 mais influentes fotógrafos do mundo, segundo última pesquisa do site americano
PON - Para os defensores da Fotografia clássica de Richard Avedon e Bruce Weber, por exemplo, Terry é uma farsa que logo sairá de linha. Para grifes como Gucci, Hugo Boss e Sisley, que entregam campanhas mundiais em suas mãos, ele é o mestre do documentarismo pornô-fashion
Por Robert Stevens, de Nova York
Fotos Terry Richardson
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Registro de cenas cotidianas marcam o trabalho de Richardson.
Mas não se engane, esse olhar para as coisas banais sempre carregado de sexualidade
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Terry Richardson nasceu no ramo da fotografia assim como tantos atores nasceram no ramo do cinema. Seu pai, o lendário fotógrafo de moda Bob Richardson, era um cara excêntrico. Difícil. Ao mesmo tempo brilhante, uma espécie de William Burroughs da fotografia nos anos 60.
Apesar da fotografia estar no seu DNA, o menino que frequentava a Hollywood High School, nunca teve o menor interesse por essa arte. Vivia em meio à efervescência do cenário punk e hiphop da cidade de Los Angeles dos anos 80, e de bandas como Black Flag e Double Freak, da qual chegou a ser baixista.
De certa forma, foi exatamente essa proximidade com o mundo da música que colocou Terry diante da fotografia. As imagens de Glen Friedman seus skatistas, logo chamariam a atenção do pretendente a músico, mas que se can-
sou do esquema das bandas e de seus parceiros punks nem sempre confiáveis. Richardson trocou de palco e foi encarar uma assistência com o fotógrafo Tony Kent - que por sua vez, foi assistente de seu pai. Kent fazia catálogos de moda para lojas de departamento em Los Angeles com Robinson's e May. Inserido no mundo da moda e rodeado de amigos modelos, Terry se mudou para São Francisco e logo depois para Nova York, em 1991. Lá ampliou suas relações e também suas referências sobre fotografia; conheceu o trabalho de David Sims e da britânica Corrine Day, fotógrafa que estava mudando a maneira de registrara moda com seu estilo fora do convencional, e que enchiam as páginas de revistas como a Ray Gun e a Dazed 6 Confused. Depois de dois anos na Big Apple, Terry viveria seu turning point com uma foto em preto-e-branco feita paraa estilista Catherine Hammett. A cena exibia uma mo-
Aparece vestido com uma fantasia de urso na página de abertura de seu site [www.terryrichardson.com). A cena é menos chocante do que quando ele aparecia pelado.
Autopromoção: nome grafitado na placa de trânsito reforça o estilo irreverente de Terry Richardson
delo de pernas abertas beijando o peito de um homem. Os pêlos da virilha da moça apareciam para além da calcinha e ambos sentados em um sofá, iluminados apenas por uma luz tosca de flash de uma camerazinha de quinta categoria. O anúncio foi veiculado em revistas inglesas como Arena, The Face e i.D e causou tantos comentários entre os leitores, que Hammett preferiu tirar a campanha de circulação. Era exatamente o que Richardson precisava para lançar sua carreira com fama, notoriedade e, claro, repleta de controvérsias.
Inovador para alguns e tosco e sem qualidade para outros, o fato é que Terry Richardson se especializou em
VOGUE, HARPER'S BAZAAR E ELLE: VOCÊ
TEM QUE TORRAR O SACO DOS EDITORES O TANTO QUANTO CONSEGUIR, DANDO A ELES POUQUÍSSIMAS IMAGENS. SE FOR UM RETRATO, DÊ APENAS UMA. CONTROLE AS POSSIBILIDADES DE EDIÇÃO DE SEU PRÓPRIO MATERIAL ter,
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Personagens anônimos, amigos, celebridades, não
m Adora ver aqueles filminhos na internet, em que celebridades como Paris Hilton, Pamela Anderson e Brad Pitt são flagrados em seus momentos mais íntimos.
m Há cerca de um ano, seu site trazia fotos de sexo explícito onde, em alguns casos, ele mesmo foi o modelo. Agora está pegando mais leve. Deve ser a fama!
= Já dirigiu vídeoclipes e = Em seu site há uma lojinha virtual onde comerciais de TV. é possível comprar camisetas e até um pôster com uma foto tosca de um urso de pelúcia. - Ele mesmo aparece na | O bichinho traz a cara de Terry aplicada Foto de capa de seu mais no photoshop de maneira tosca. recente livro, Terryworld [Editora Taschen EUA - E Tem oito livros publicados que podem 288 págs). A publicação ser comprados também pelo site. O mais custa US$ 60 nos Estados importante deles, segundo o próprio Unidos. Fotógrafo, é Kibosh [www.kiboshbook.com]
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capturar ofleeting moment no auge de sua intensidade e usando o mínimo de equipamento possível. Ele nunca se interessou por imagens refinadas ou serenas, como as de Bruce Weber e tantos outros nomes consagrados. Para ele, os olhos vermelhos na foto são um grande look e não algoaser evitado. Além disso, ele não enxerga muito bem e enfrenta problemas para fazer o foco manualmente. Suas imagens são diretas e sexuais. Nelas, há características de instantâneos, como as fotos de drogados feitas por Larry Clark em seu livro Tulsa, editado nos anos setenta em conjunto com a Ballad of Sexual Dependency, de Nan Goldin.
O sucesso de Terry Richardson e de sua fotografia nua e crua pode ser explicado pelo fato de que ele consegue registrar cenas que parecem íntimas e privativas, imagens proibidas de serem mostradas em público. Elas são tão sensuais que remetem ao proibido, à intimidade alheia, ao registro pessoal de um encontro intenso, fotografado apenas para os protagonistas da cena, e não para 0 leitor.
Em 2003, Terry Richardson Terry Richardson , diz Roberta passou uma semana em São Paulo Nahas, uma das diretoras fotografando a modelo Daniela da empresa. Veja mais imagens Cicarelli para o catálogo da grife no site [www.spezzato.com.br]
Spezzato. Segundo a assessoria de comunicação da marca, Terry Foi escolhido por ter um trabalho único para o Terry, basta entrar no site e uma linguagem de moda totalmente e mandar um e-mail. Precisa diferente dos outros profissionais. Existe a Spezzato antes e depois do a tirar a roupa.
Quem quiser posar de modelo ser maior de 18 anos e disposto
Esta capacidade de Terry em transformar o comum em um documentário fashion excitante acabou fazendo dele uma figura cultuada por vários estilistas, gente que anda entediada com a beleza estática, suave e cremosa dos fotógrafos clássicos. Mas ninguém sabe até quando essa paixão entre o mercado e a simplicidade sensual das fotos de Richardson vai durar. Seus críticos não conseguem aceitar esse estilo de fotografia privada e instantânea, e preferem viver com as imagens de um passado mais clássico. Mas suas fotos não são sobre a beleza dos mestres como Irving Penn ou Richard Avedon. Elas retratam momentos de intensa beleza, sensualidade e realidade, um estilo de que já está sendo copiado pela próxima geração de fotógrafos e consumido por clientes como Gucci, Kenneth Cole, Hugo Bosse Sisley.
MAIS [www.terryrichardson.com]
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= Turning point m Quem quiser ver algumas imagens A foto feita para mais quentes feitas por Terry, acesse a estilista Catherine o site [www.richardsonmag. com]
em revistas como Arena, Gosta de filmes como Taxi Driver preferiu tirar a campanha campanha mundial da marca Sisley Hammett foi veiculada
The Face e i.) e causou e O Poderoso Chefão tantos comentários entre os leitores que Hammett = Foi o fotógrafo e modelo da de circulação. [www.sisley.com], em 2002.
= Marcas como Guccy apostam em seu olhar documental, privativo, sexy.
m Para quem gosta do estilo pornô-fashion, vale conhecer o trabalho do célebre Fotógrafo japonês Noboyoshi Araki [www.arakinobuyoshi.com].
SAIBA
Pelo olhar de Terry, o mundo está repleto de elemetos com duplo sentido
Com a calça na mão : assistente é flagrado de cuecas. Informalidade é a marca do trabalho de Terry Richardson
VOCÊ VEIO PEGAR AS PARADAS? SIM, UMA LENTE E DOIS CARTOES DE MEMORIA
O calor. A camisa colava nas costas. Centro da cidade, camelôs, pedintes, mendigos, boys, motoboys, cicloboys, Playboy (não compro mais, vejo 0800 na internet), distribuidores de papéis compro ouro , fumaça de ônibus e freadas variadas. Barulho, gente e uma cacofonia visual impressa e em movimento, Rauchenberg meets Pollock num desfile de escola de samba pobre. Não sabe quem são? Google imagens, mas tira o meets e a escola. Aí chego no endereço certo, um prédio com muitos apartamentos, tipo puteiro ao lado de escritório de contabilidade, eu sei, não pode um ao lado do outro, mas se pagar, até as pernas abrem. Se pagar mais, dizem até Eu te amo .
A campainha do 1201 era nova e made in China. O olho mágico escurece. Alguém me vê. Uma voz Lo-Fi de pilha pergunta um tanto agressiva: Pois não? digo o nome a razão da visita. Uma fechadura pesada abre em quatro voltas e entro. Caixas de papelão, um sofá, uma mesa e um sujeito suado, camisa fora da calça e sem sapatos: a decoração do ambiente. Ele fecha a porta atrás de mim e guarda a chave Tetra? no bolso.
Você veio pegar as paradas?
Sim. Uma lente e dois cartões de memória.
Ah, tá. O sujeito estava mais suado que eu, amarrotado e com cara de sono. Dormia no sofá de dois lugares. Entra num quarto, fecha a porta e demora. Demora. E demora. Barulho de caixas. Um objeto cai no chão, espero que não seja a lente. Um telefone toca. 1, 2,3... entra a secretária eletrônica não programada em espanhol e uma voz indecifrável deixa recado após o bipe. Demora. Vou até a janela. O mosaico de camelôs e gente se move lento, como se estivesse envolto numa pasta quente. No vidro da janela uma marca de batom velha; beijo no vidro. E por falar em vidro...
A lente é essa parada aqui? Uma caixa chique, com medidas em mílimetros.
É, parece ser. O sujeito coloca as paradas em cima da mesa. Abro o pacote. Estava intacto e o doce perfume que só equipamento fotográfico japonês novo tem, aparece. Os cartões estavam ok também. Minha vida está 4 Gigabites maior.
Tu é Fotógrafo, né? Um amigo meu também é. Fez um curso, tá a fim de tirar foto de umas minas aí, o cara comprou até uma máquina comigo.
Quente demais para fingir interesse, aquele meio sorriso e um comentário qualquer do tipo vai em frente, é isso aí, Brasil campeão, político é foda e aquela mulher, com grana, até eu... o foda-se ligado emsilent mode e papo de barbearia. Repara só, revista de barbeiro tem mechas grandes de cabelo no começo, que vão ficando menores e me-
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nores até o fim. Se tiver algum ensaio de mulher nua, sempre tem mais cabelo lá. E páginas molhadas no fim, aquele spray de água.
Tu já tirou foto de mulher pelada? talvez essa seja a pergunta mais ouvida por um fotógrafo.
Não. Só fotos periciais...
Pericia? Tu épolícia? Também vendo umas paradaspros teus colegas. Nãosou policial, faço perícias em obras de arte.Apalavra arte causa até um pouco de decepção no meu interlocutor, mas um pouco de mentira não faz mal a ninguém.
Bem, tenho que ir, muito obrigado. Acho que vou te pedir mais alguma coisa mês que vem. Eu ligo. Apertamos as mãos e o aperto foi forte.
Ju vai pedir coisa de foto, né? Eu tenho outras paradas também. Osorriso abre. Câmera de vídeo, roupa francesa, sapato italiano, dvd player, laptop, cigarro, whisky, muita coisa mesmo... o que eu não tiver, a gente manda (sic) do Paraguai e Miami, rapidinho, esquema quilo, normal.
Dk, obrigado, mas eu não estou com grana pra mais nada.
Porra (ri e abre a porta). De vez em quando vendo equipamento pra fotógrafo, mas é um pessoal que compra pequeno. Bacana é a galera que compra pesado!
Até então, pesado para mim era heavy metal. A curiosidade morde, tento um sorriso, e sorrir nunca foi o meu forte, e a pergunta escapole: o que é comprar pesado? . Ah, esquemão Big Dog... sabe como é... pisca o olho e faz com a mão um gesto de apertar o gatilho. Agradeço e vou embora. Quatro voltas na fechadura atrás de mim. Oelevador desce, a rua está cheia de gente, como eu, como o suJeito do apartamento 1201, como todos nós. No calor.
ANDRÉ ARRUDA é fotógrafo, mora no Rio de Janeiro e qualquer semelhança com a realidade é pura alucinação. Para achar o cara
MARIA JOAQUINA
PO RODO
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A VOLTA DA ADRENALINA
Depois de anos dedicados ao fotojornalismo, João Wainer aposta em um novo tipo de Fotografia para resgatara vontade dos iniciantes... e se dá bem
Depois de quatorze anos fotografando still, resolvi que era hora de começara flertar com uma paixão antiga: a foto em movimento. Dirigi e Fotografei alguns videoclipes e, recentemente, pude exercitar ainda mais essa nova linguagem durante a série Chico Buarque, exibida pela Directv e Bandeirantes e que agora está sendo lançada em DVD pela EMI.
Após um período longo fazendo o mesmo tipo de trabalho, por mais esforço que se faça, as coisas caem em repetição. À busca pela fotografia de vídeo e cinema se transformou, para mim, em uma maneira de sentir novamente aquele frio na barriga de quando se é inexperiente; revelar um filme achando que vai sair tudo preto, aquela vontade de conhecer mais, descobrir novas técnicas, novas luzes em um ambiente em que tudo é novidade.
Tecnicamente, a foto still é muito diferente da foto em movimento, mas a essência da fotografia é a mesma. O instinto que te faz escolher esse ou aquele enquadramento, aproveitando a luz dessa ou daquela maneira, é exatamente o mesmo usado para filmar ou gravar. Durante as gravações com Chico Buarque, que Foram realizadas em Paris, Roma, Budapeste, Lisboa, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraty, tive como parceiro o competente cinegrafista Mariano Kweller, que supriu minhas deficiências técnicas e generosamente me ensinou muito sobre configuração e operação das câmeras High Definition, usadas no projeto.
Asérie Chico Buarque é temática e tem uma fórmula simples: mistura cenas antigas do arquivo da TV Bandeirantes com clipes novos do compositor andando pela cidade escolhida como cenário do programa.
Em uma longa entrevista, Chico fala pelos cotovelos como poucas vezes fez diante de uma câmera e, nas imagens antigas, canta ao lado dos maiores nomes da música popular brasileira.
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Ao contrario do senso comum, Chico não é tímido e é muito Fácil trabalhar com ele. Sua única exigência era que a produção marcasse um jogo de futebol em cada cidade em que as gravações aconteceram. Os locais onde os programas se passaram eram todas deslumbrantes, a luz da Europa é excelente e o personagem é o Chico Buarque. Com essa receita, basta não atrapalhar para voltar pra casa com um bom material.
Apesar do meu encantamento com fotografia em movimento, não pretendodeixar de fotografar still. Acho perfeitamente possível continuar fazendo as duas coisas ao mesmo tempo, dando mais ênfase para uma ou outra, de acordo com a maré.
Hoje em dia, principalmente depois do lançamento da câmera HDV Sony Z1, a primeira High Definition pequena e com preço acessível, e do software de edição Final Cut Pro HD, abriram-se infinitas possibilidades de produção com uma qualidade antes inimaginável a preço baixíssimo se comparado aos equipamentos anteriores.
Qualquer pessoa com uma câmera dessas na mão e um bom computador equipado com alguns softwares de edição, tem autonomia para fazer um curta, um documentário, um programa de TV ou até mesmo um longa, desde que tenha uma boa idéia na cabeça e é isso que, a partir de agora, vai fazer a diferença no mercado de trabalho.
JOÃO WAINER ganhadorda BOLSA FNAL/FOTOSITE DE FOTOGRAFIA, nasceu em um dos mais importantes clãs do jornalismo brasileiro, família Wainer, já fotografou muita rebelião em cadeia até chegar no Chico Buarque
[FOTOSITE
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From: piscoBfotosite.com.br <piscoBfotosite.com.br>
Date: Thursday, November3
2005 9:52 AM
To: juanesteves <juanestevesfuol.com.br>
Lomparaç t
Juan, esse trabalho é muito interessante. Todas as imagens foram feitas por vc? Abrass...
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From: juanesteves <juanestevesBuol.com.br>
Date: Thursday, November3, 2005 10:01 AM
To: piscoBfotosite.com.br <piscoBfotosite.com.br>
Subject: Re: Comparações
Obrigado, que bom que vc gostou... acho também que ficou interessante, apesar do processo não ser nenhuma novidade. Sim, todas as imagens foram feitas originalmente por mim, e trabalhadas posteriormente...
Comecei a colar as imagens no computador, mas como se estivesse usando uma tesoura, de maneira mais displicente, como as colagens feitas pelo Warhol e Rauschemberg nos anos 60, e até mesmo antes, na Bauhaus. Bem grosseiro, mostrando os recortes e transparências, layers, muito longe de uma manipulação digital de alta performance, que não estou habilitado. Meu Photoshop ainda é 05.5.
Fiz tomadas de carros na rua vistos de cima, parados no trânsito e comecei a cloná-los preenchendo os vazios. Em alguns momentos até mesmo aconteceu o acaso, criando cores, que não sei como foram parar lá.
Também há fachadas de prédio onde multiplico as janelas e as recoloco em outros lugares, da mesma maneira. Os neons da cidade onde trabalho as letras sobrepondo-as, criando novas formas. Um patchwork de múltiplas formas.
Uma outra tomada das ruas do bairro da Liberdade, onde se vê uma profusão de luminárias japonesas repetidas até se fundirem... janelas de prédios. Vistas noturnas da cidade fotografadas em cor.
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Como precisava de outras e havia acabado meu estoque , comecei a pegar as tomadas diurnas da cidade do meu livro São Paulo en mouvement, que saiu na França... Aí surgiu a outra metade, totalmente em preto-e- branco. São imagens do edifício Copan e suas janelas recolocadas de maneira irregular. A fachada do colégio Caetano de Campos, cenas internas da Pinacoteca, onde reconstruo os ambientes através da multiplicação de obras e janelas. A Estação da Luz e suas torres e mais torres. As grandes galerias, ícones da nossa cidade, pessoas na rua da Praça da República e assim por diante...
Finalizei usando um processo que se chama "hot stamp , o mesmo que é usado para estampar imagens em camisetas. Já tinha visto o resultado com o Paulo Leite, numa mostra que ele fez no MIS há anos.
Venho querendo utilizaro mesmo processo, conversando com o Paulo.
A oportunidade surgiu agora, expor em uma galeria voltada para gravura. As imagens são impressas em papel especial e depois transferidas a quente para o papel final.
Usei um papel Canson, creme, de 200 gramas. Próprio para desenho ou provas de gravura por ter uma leve textura. Ao estampar as imagens em preto-e-branco adquiriam a cor sépia da base do papel.
Além das 33 imagens em tamanho A3, haverá duas caixas com as mesmas imagens com a metade do tamanho. À idéia é oferecer um álbum com umas 10 ou 15 imagens menores.
Além da inspiração dos Pops Warhol e Rauchemberg, esse mais antigo ainda, veio também Bauhaus, nossos modernos. À imagens do menino jornaleiro da Hildegard Rosenthal, aquilo que a gente acumula pela vida.
Autilização do computador é mera ferramenta. Poderiam ser coladas uma a uma, se fossem recortadas com a tesoura.
Convidei o Luiz Martins, amigo meu, para dividir o espaço. Como o trabalho dele é gravura em metal voltado para o telúrico e inscrições rupestres, surgiu o nome Comparações. O passado e o futuro. O que a terra foi e em que a cidade vem se tornando. Ou melhor, como eu vejo a cidade.
Ando numa fase meio oposta ao meu realismo retratador . Neste próximo mês participo com o Logman numa outra mostra, na Nossa Caixa. São Polaroids 5X70 ampliados em grande formato. Cenas do cotidiano doméstico como um vaso, um copo, uma moto, um cão, um gato... coisas que venho fazendo há uns 10 anos. É isso meu caro, gostaria que você fosse lá ver e tomar um vinho uruguaio de primeira.
Abraços
Juan
From: juanesteves <juanestevesuol.com.br>
Date: Friday, November 18, 2005 9:58 AM
To: piscoBfotosite.com.br <piscolBfotosite.com.br>
Subject: Complemento
PS. Não sei se dá para mencionar que estas fotos farão parte do livro 450 anos de São Paulo, 450 imagens, Editora Decor, que sai em dezembro deste ano. O livro trará dez fotógrafos com 45 imagens de cada um .. Entre os fotógrafos está o Ricardo Fazzi, por exemplo...
abs
Juan
CONTEÚDO EXCLUSIVO
Veja mais imagens no portfólio de Juan Esteves, no [www.fotosite.com.br]
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FOTOSITO =
Já está no ar o FOTOSITE TV, que é transmitido AO VIVO pelo TV Terra e pelo Fotosite toda a última quintafeira do mês, às 16h, e ON DEMAND, na hora que você quiser.
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Klaus Mittleldorf mostra fotos de seus novos livros e comenta algumas histórias de seus 30 anos de carreira
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Araquém Alcântara conta em primeira mão algumas histórias do seu novo livro "Amazônia"
O fotógrafo Marcio Scavone comenta algumas imagens emblemáticas de sua carreira
Sérgio Sá Leitão é jornalista, cineasta, fotógrafo e atual Assessor Especial do Ministro da Cultura Gilberto Gil. Aqui ele fala de seu trabalho no ministério
O diretor editorial Fernando Luna comenta algumas capas de revistas do portfólio da Editora Trip
O fotojornalista Maurício Lima, da agência AFP, comenta seu trabalho sobre o pós-guerra no Iraque
Ricardo Corrêa, fotógrafo e ex-editor da Abril, comenta algumas fotos antológicas da Placar, resgatadas na edição especial de 35 anos da revista
Alunos da oficina Brincando com a Luz, na cidade de Colares, no interior do Pará, fazem exercício com a câmera escura, que eles mesmos construíram. Abaixo, Miguel Chikaoka posa para Valda Marques, uma das fotógrafas de Belém formada nos cursos ministrados pelo ex-engenheiro
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série Fora do Eixo traza
história do ex-engenheiro Miguel Chikaoka. Ao longo de uma trajetória de mais de 20 anos dedicados à fotografia, Miguel se tornou uma referência em Belém do Pará, por conta de suas oficinas, colóquios e varais. Mas essa jornada bem-sucedida ainda não fez com que ele tirasse seus olhos do Futuro
Por Guilherme Maciel Fotos Miguel Chikaoka
É um casamento feliz, que já dura mais de 20 anos. Miguel Chikaoka, fotógrafo e agitador cultural sediado em Belém do Pará, era um engenheiro um tanto frustrado com a profissão. Estava na França quando resolveu dar uma guinada na vida, se divorciar da engenharia e casar novamente, buscando realizar algumas questões mais filosóficas, que evitassem com que sua rotina caísse em um marasmo total. E foi na fotografia que Miguel encontrou seu novo amor. Enquanto estive na Europa, além de começara me envolver com fotografia, descobri que não conhecia muito o Brasil, e queria experimentar novas aventuras. Belém, então, se pautou por essa busca de novos horizontes , comenta Chikaoka. A aventura foi se consolidando e, aos poucos, se tornando realidade. Na capital paraense, no começo dos anos 80, Miguel começou a cobrir eventos ligados ao fim da ditadura militar no Brasil, como movimentos teatrais e musicais, que tentavam se reerguer depois dos anos de chumbo. Eu havia acabado de voltar da Europa, e lá eles estavam passando por um boom do fotojornalismo. Aqui no Brasil, a situação era parecida, muitos fotógrafos fundavam suas agências e eu comecei a fazer fotos para a Agência Ágil, em Brasília, e para a F4, em São Paulo. Em Belém não havia fotojornalismo dos movimentos políticos , relembra Chikaoka, sobre seus primeiros passos na fotografia.
onDe TUDO começou
Naquela época, a única organização em torno da fotografia na capital paraense cabia ao sindicato. A cena de trabalhos autorais em Belém se resumia ao nome de Luiz Braga, apesar de a cidade ter tido uma tradição Fotoclubística nos anos 50 e 60. Foi então que Miguel aproveitou a experiência dos movimentos artísticos de teatro e música do fim da ditadura, e a adaptou para a fotografia. Foi aí que nasceu a Foto Oficina, um núcleo que organizava cursos educacionais, e que, ao longo dos anos, cresceu, começou a organizar os varais e os colóquios, e passou a se chamar Foto Pará e, depois, FotoAtiva - O meu foco tem sido a base, educação. Por
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isso tenho que estar de olho no futuro, meus alunos estão prontos só daqui a dez, vinte anos. É um desafio, pois as imagens estão entrando nas escolas por meio de celulares e da internet , avalia Miguel.
patrimônio pe BeLém 0 FotoAtiva, através do trabalho de Chikaoka, se tornou uma referência na organização de projetos de fotografia. O corpo atual da organização conta com Cinco membros da diretoria e uma secretária. A estrutura para organizar esses eventos tem muitos parceiros, que viabilizam os projetos de fato, como, por exemplo, o Instituto de Artes do Pará [www.pa.gov.br] e o Núcleo de Artes da Universidade Federal do Pará OU empresas como a Petrobras e a Companhia Vale do Rio Doce : A FotoAtiva tem uma capacidade muito grande de organizar, mas nem sei dizer quanto custa um evento como o último colóquio, pois Os gastos são dos nossos parceiros. A Lucía Chiriboga (artista equatoriana) veio graças aos recursos do Ministério das Relações Exteriores , tonta. Depois de anos organizando esses eventos, Miguel admite que seu ciclo na instituição está chegando ao fim. Obviamente, estou muito ligado a esse caminho, mas chegou a hora de andarmos separados. À FotoAtiva é um selo muito forte, criou suas próprias pernas e já tem muita gente envolvida, virou um patrimônio da cidade de Belém , garante o fotógrafo e agitador cultural.
a Base
Lada vez mais envolvido com a educação da imagem, Chikaoka pretende entrar de vez agora nessas questões. O princípio da câmera escura pode ser desenvolvido em uma aula que mistura matemática, física e artes. Essas separações do ensino são agonizantes , opina o educador. Ciente do papel que desempenha, Miguel acredita que sua grande revolução foi trabalhar sistematicamente o ensino da imagem. A meta agora é tentar colocar seu conhecimento nos currículos escolares, iniciativa que pode ser pioneira no Brasil. Apesar da longa estrada já construída, o caminho ainda é extenso , diz ele.
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Grupo de técnicos e arquitetos observam a casa onde atualmente funciona a FotoAtiva, um sobrado colonial do período do ciclo da borracha. Na página ao lado: no alto, homens carregam peixes no Complexo dos Mercados Europeus, no centro de Belém; a fachada da casa da FotoAtiva; o projeto Margens que registrou a vida das comunidades ribeirinhas. As imagens do rio e do mercado fazem parte do acervo da agência Kamara Kó, fundada por Miguel Chikaoka, para vender fotografias da região urbana de Belém e seus arredores
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Ina ício Maur
+30, o primeiro brasileiro ima E [foro
ú|)To5E)ES= 3EDn)SS=)[=)= a part ia organizada na de Fotograf [e old Holanda pelo World Press [do [o OR um relato exclusivo sobre seus d faz EE jorna [o[5 ismo lite do foto)
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Sob o romantismo dos últimos dias do outono europeu, da cultura do transporte de bicicletas e das casas flutuantes que vislumbram os canais de Amsterdã, aconteceu a 122. edição do mais concorrido curso de fotojornalismo mundial, o Joop Swart Masterclass, da fundação World Press Photo na galeria Arti et Amicitiae Foram seis dias de 5a 10 de novembro de memoráveis trocas de conhecimento que, para qualquer jovem que levanta a câmera por paixão e se entrega à intuição e ao descondicionamento do olhar além de uma mera pauta burocrática, cada sessão poderia significar uma injeção de adrenalina ou uma aposentadoria precoce.
Éramos 12 fotógrafos selecionados pelo comitê da WPP em todo o mundo, e seis masters, fotojornalistas e editores com larga experiência no mercado. Os coordenadores do WPP, que estabeleceram uma rigorosa programação, colocaram à disposição uma dezena de livros e os últimos lançamentos de câmeras e lentes à vontade para ver e testar. Os quatro primeiros dias foram destinados à apresentação pessoal e intensa revisão individual de portFólios com dois masters por dia. Por fim, divididos nos dois últimos dias, ficaram a visita ao Fotografiemuseum of Amsterdam ,a edição
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SE A FOME E AS DOENÇAS FOREM ERRADICADAS, 05 FOTÓGRAFOS SERÃO ERRADICADOS IGUALMENTE, PORQUE
NÃO TERÃO ONDE IR BUSCAR IMAGENS POÉTICAS DE PESSOAS MORRENDO
conjunta e discussão do ensaio Ordinary de cada participante, além de abertura da exposição e lançamento do livro com curadoria da espanhola Marta Gili, diretora de fotografia e artes visuais da Fundação La Caixa funda Instituição sediada em Barcelona.
a roTtINa
Desde o pontual café da manha no hotel às 8h15, até os distintos jantares coletivos que terminavam por volta das 22h45, o tema era único: o círculo abrangente do fotojornalismo. Cada master, assim como cada fotógrafo, fazia apresentação de seu trabalho e no final abria-se para o debate com discussões acaloradas.
O futuro do mercado para todo tipo de publicação, o conteúdo da produção contemporânea e o pensar sobre fotografia foram abordados pelos masters Gabriel Bauret, francês, curador, editor da revista Camera International e consultor da semana de fotografia de Paris de 2006. Marta Gili fez uma projeção de frases como: Fotografia é a captura de um momento. O documento transforma o momento em fato. Qualquer tipo de interpretação sobre estes fatos é uma construção e Um envolvimento do fotógrafo a zero grau é qua-
se impossível , para discutir temas como as distintas culturas fotográficas por continente, queda no orçamento da mídia impressa e a redução do espaço editorial para fotorreportagem.
Nesse sentido, via-se um futuro negro para publicações, naspalavras de Ayperi Ecer, diretora de novos projetos de Fotografia da agência Reuters, que projetava uma Fusão de sobrevivência entre as pequenas agências de fotografia, devido à escassez da mídia impressa e a concorrência com as grandes agências de notícias.
a poLêmica
A discussão mais acirrada se deu sobre o trabalho do polêmico fotógrafo britânico-nigeriano Simon Norfolk - Sua família abandonou Londres para Fugir da ascensão do capitalismo na Europa e migrou para Nigéria, onde ele nasceu em 1963. Inspirado em pintores impressionistas e incomodado com as imagens clichês dos jornais, deixou o fotojornalismo em 1994 para se dedicar aos livros - projetos pessoais feitos em 4x5. Suas fotos são vendidas nas principais galerias da Europa e dos Estados Unidos. O polêmico Norfolk, acusou as grandes corporações de comunicação dos Estados Unidos a quem sempre se referia em tom de deboche como American empire - de alimentar a crise da África e compará-las aos laboratórios farmacêuticos norte-americanos, quando disse que se a fome e as doenças forem erradicadas, os fotógrafos serão erradicados igualmente, porque não terão mais onde ir buscar imagens poéticas de pessoas morrendo . É uma cadeia de produção, uma alavanca que puxa a outra , enfatizava. Nesse ínterim, Emma Reeves, editora de fotografia de moda da Revista Another Magazine e da Another Man, tentou descontrair e rebateu: se você pensa que ir para zonas de combates é horrível, experimente cobrir desfiles de moda . Por fim, Norfolk disse que todos nós devemos jogar nossas câmeras 35 mm no lixo e fazer histórias fundamentadas em médio ou, de preferência, em grande formato.
O americano Anthony Suau autor do belíssimo livro Beyond The Fall, obra sobre a queda do muro de Berlim e a transição do extinto bloco Soviético que levou 10 anos para ser concluída, interveio ao dizer que seria leviano ele dizer isso ao acaso sobre fotojornalismo. Ainda mais se levando em conta pessoas sérias que trabalham na área, como James Nachtwey. Havia uma motivação infinita no romantismo de Suau, fotógrafo da Revista Time n.tir desde 1991, que, em nossas conversas particulares, sempre fazia questão de reiterar que discutíamos fotografia de alto nível, no patamar do fotógrafo Antonin Kratochvil [w m|, tcheco, um dos fundadores da agência VII [www.viip! Não importa o tipo de câmera ou o processo de revelação, se é digital ou P6B. As pessoas querem ver a capacidade de desenvolver temas, contar histórias e ver a narrativa dos fatos com alto nível fotográfico. O fotógrafo tem visão própria, linguagem estabelecida e senso crítico. Não é, e nem será com a mudança de câmera que essa percepção será melhor avaliada , acrescentou Suau.
0 poper pa TIME
Aeditora americana da Revista Time, MaryAnne Golon, falou sobre a cobertura especial de três edições consecutivas que a Time dedicou à passagem do furacão Katrina, em Nova Orleans. Golon enviou dois fotógrafos designados exclusivamente para produzir uma cobertura além do dia-a-dia, o alemão Thomas Dworzak, da Magnum [www.magnun m]|, e o americano Christopher Morris hristophermorris.com], da VII. Decidimos, cobrir o Katrina na primeira semana com as agências de notícias e jornais americanos num total de 30 páginas. Em seguida, produzimos um material exclusivo, com Dworzak e Morris, e por fim as repercussões, novamente com material exclusivo , conta ela.
Com isso conseguimos um diferencial em dois aspectos: mesmo com dea-
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Imagens feitas por Maurícia Lima sobre cotidiano dos alunos que participaram do workshop em Amsterdã. Palestras, projeções de fotos e vídeos e muita leitura de portfólio. Uma imersão fotográfica que poucos têm oportunidade de viver
po
dline curto, tivemos uma cobertura em P68, além de ter sido importante colocar um olhar estrangeiro sobre o caos americano. Liguei para o holandês Kadir Van Lohuizen 9huizen.net], da VU a que também é fotógrafo contratado pela Time, e ele foi perfeito, exceto pelo risco que corremos de não ter os filmes a tempo, pois Kadir teve que enviá-los por passageiros que viajariam para Nova York na véspera do fechamento , completa. Na conclusão de sua apresentação, a editora da Time mencionou números que realmente impressionam: são 4,6 milhões de exemplares para a tiragem americana, mais 1,3 milhão para a edição internacional por semana. Todo o material dos fotógrafos contratados - nesse caso, Dworzak, Morris e Van Lohuizen.
a Bagagem
De malas lacradas, recheadas de cartões de visitas e com o livro autografado por todos em meio a roupa suja, ficam na memória talentos como Oded Balilty, Rena Effendi e Alfredo D'Amato, o coração de Lana Slezic com o Afeganistão, os conselhos de Simon Norfolk e as palavras especiais de MaryAnne, Emma e Anthony Suau. E o WPP, claro!
* MAURICIO LIMA, 30, foi indicado pelo comitê brasileiro do Joop Swart Masterclass, composto por Mônica Maia (editora da Agência Estado), pelo fotógrafo carioca Antônio Coutinho e pelos editores do Fotosite.
Caminha-se muito com a câmera atarraxada ao tripé. A busca começa sempre pelo amor a alguma imagem. As cidades invisíveis que habitam a nossa mente respondem por vários nomes femininos como quer lfalo Calvino: Leonia, Trude, Argia ou Irene, ou quem sabe, Santa Isabel do Marinheiro; mulheres cristalizadas que nos atraem pelo mistério de ser uma quando chegamos e outra diferente quando partimos para nunca mais voltar.
Antes era o posto de gasolina de Edward Hopper e a sua metafísica de estar lá simplesmente pela luz mortiça e oblíqua de algum outono distante. Três bombas vermelhas perfiladas, autômatos expedicionários de alguma estrela longínqua com a missão de constatar ou não a existência do cavalo alado no planeta Terra, como afirma a ban-
e
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deira de lata da Mobilgas no topo do mastro.
Depois o posto de gasolina de Robert Frank. Desta vez as bombas são sentinelas guardando a América sob oletreiro gigante que profetiza: SAVE, e que parecem olhar na direção de algum perigo iminente e real, que fosse maior que o próprio tédio americano que a imagem implica.
Agora, Cristiano Mascaro nos deu oseu posto de gasolina, assustador, a flutuar na neblina e na noite, e que parece patrulhar a cidade de 5. Paulo.
A nave-posto, iluminada e silenciosa, concede espaços em tons de cinza sob sua sombra para que a nossa imaginação povoe a ausência de personagens com os desejos da nossa própria solidão.
CRISTIANO MASCARO foi retratado por MARCIO SCAVONE [msBmarcioscavone.com.br] especialmente para esta coluna
texto
foto Marcio Scavone
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O Centro Universitário Senac oferece o único bacharelado em Fotografia, da América Latina. Além de poder optar pelo melhor conjunto de conteúdos para atender ao perfil profissional que pretende desenvolver, você terá a chance de participar de aulas práticas e de exposições organizadas pelo Senac que lhe darão a oportunidade de criar seu próprio portfólio. No Senac, o compromisso de formar profissionais diferenciados é tão importante que os alunos podem usar os laboratórios e estúdios mesmo fora do horário de aula, estimulando a iniciativa e a criatividade de cada um. Por tudo isto, o bacharelado em Fotografia, do Senac, foi classificado com quatro estrelas e indicado para o Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante e Banco Real 2006 , em 3 categorias: Corpo docente e incentivo à pesquisa, Instalações físicas e Empregabilidade.