

4 MEGA-SENA

[51] [52] [53]
Para anular este jogo, marque ao lado: Assinale quantos números você está marcando neste jogo: dl 112] 113] 114] Ay É aros por você. Indique quantas
SURPRESINHA - Aqui o sist apostas deseja fazer: Ei [1] [2] (300
TEIMOSINHA - Escolha este mesmo jogo: EM

Cresce o mercado de previdência para jovens
O FIM É SÓ O COMEÇO

MELHORES
Código de Barras, da artista Dani Soter. Às vezes nos sentimos como mercadoria e muitas vezes somos tratados como tal. À imagem integra a mostra Fio de Ariadne, em cartaz na agência Leo Burnett, em São Paulo, até 16 de maio

DA
Te eee eeeereta ue
Come g=s ofojEue SE [Ele Ac] e EE ES au Ro de uma imagem de autoria do fotógrafo Claudio Edinger. Imagem inédita, é bom dizer. Então, qual a lógica da edição? Logicamente não tem uma lógica, aceitamos sugestões, críticas E afete telegrama. Desta vez, vamos inverter as Fo ERA ER E e ae LoL NE identidade. Quem achar uma identidade atenção , pode ser a nossa, quem sabe a sua. Perdeu sua identidade Fotográfica? O jogo é aberto, PopeNE ELA eo ea informação? Acho que nós também. Bom, fizemos uma espécie de lição de casa para organizaras ERA ficamos um tempão reunindo fatos, fotos, pequenas e grandes histórias, curiosidades, enfim, juntando material para você Des Et (o) para decidir. Analise tudo, vá aos detalhes, leia a notinha sobre o verdadeiro nome de alguns Lc pedi Ene Su eo de quando estiver lendo sobre a história do fotógrafo africano que morreu sem entender como um original seu valia poucos dólares na o original, em formato grande, era vendida em ALE Cad La LE ee se o EEE baixe a mo confuso: fotografia de nu, o fim da Polaroid sx70, as imagens Cree Ta pe E DE e Ee eo LA [ee Ie
polpa LES e Lo ES geui iate: METER Ee Eau [eretaee UR notícias são de toda ordem e o mundo da imagem está mes surreais criadas pelos photodesigners e fotógrafos foro Ie jest ER ElieEe ae ED la EI EST EECICR Too e UR UE Deve Sto Ta oe (UE é a única dica concrevire a página, vamos começar 0 ano... Sad pessoas em foto ta que trouxemos para a reunião. Bom, tudo o que queremos discutir com você ESEme ER ISCA
EE NAO SETE EE ea
[=D
Terry Jones, criador da revista i-D, Fala sobre identidade, moda e... avisa: a fotografia pode ser chata!
ARTE INVENTADA
Artista brasileiro troca de identidade e a imprensa cai no conto!
SEU RG, POR FAVOR!
Fotógrafos e seus verdadeiros nomes
FOTOS TROCADAS
Sebastião Salgado X Antônio Gaudério
sx e
FILME ACABOU
Armando Prado escreve sobre o fim da sx70
BLOG DE PAPEL
Código de conduta para o jorna-

lismo cidadão e outras cyberdescobertas
HISTÓRIA AUTÊNTICA
Flávio Damme suas imagens inéditas dos puteiros de Salvador dos anos 50, por Diógenes Moura
FORMATO
INÉDITO
Claudio Edinger continua sua saga em busca da identidade brasileira no formato 4x5
ECOSPDORCONS
SERVADORISMO?
Jornalismo cidadão gera controvérsia no meio do fotojornalismo
NU NÃO
TEM IDENTIDADE
Juan Esteves despe a Fotografia de nuno Brasil
RETRATO
DO RIO
Sentea pressão! Suor e pancadão sem estereótipos
puBLICIDADE
Tratador de imagem não, photodesigner!
MODA A DOIS
O casal Klajmic fala de moda e fotografia
EXTRA, EXTRA, EXTRA!
Brigas, acusações de roubo, perjúrio e falsificação. A incrível história de um dos mais importantes fotógrafos africanos
MULHERES
DEMAIS
Nosso colunista discute a relação... entre mulheres e fotografia
ESTÁ NA CARA
Software de reconhecimento pode ser o novo Grande Irmão
RETRATO
Marcio Scavone encontra Caio Reisewitz e o silêncio poderoso da fotografia
Lendo a coluna de Juan Esteves, tive a grande idéia de mandar uma foto [essa aí acima!!) para o jornal O Estado. Pra minha alegria e surpresa, publicaram no espaço do Fotorepórter. É uma foto que tirei da vista do Edifício Copan. Foi uma emoção ver a foto e meu nome por lá. Discordo do Juan e acho que o Estado saiu de novo na frente, criando esse espaço para os não "famosos" terem a chance de mostrar suas imagens, não faltando com respeito a ninguém, e sem ter que passar pelas peneiras de agências que já conhecemos. Hoje meu dia foi muito mais feliz !! Obrigado ao Estado.
Genaro Ferrante (SP), por e-mail
Parabéns, Juan
O seu texto é uma das porradas mais elegantes que já li. Finalmente vi a REVISTA FOTOSITE na mão. Ali, ao vivo e a cores. (ue revista legal! Parabéns a toda a equipe do FOTOSITE. Agora só colecionarei a REVISTA FOTOSITE. Obrigado e um forte abraço.
Wank Carmo (RR), por e-mail
Comprei a FOTOSITE...
e fiquei muito Feliz em saber que finalmente existe uma revista de Fotografia no Brasil. Muito bacana o trabalho que vocês estão fazendo... Parabéns.
Jairo Goldflus (SP), por e-mail
SAIBA MAIS
Nas duas primeiras cartas acima, os leitores comentam o texto do colunista Juan Esteves, publicado em janeiro no FOTOSITE, e que trata do assunto Fotorepórter, projeto recentemente lançado pelo jornal O Estado de 5. Paulo e que permite que leitores enviem imagens e, eventualmente, publiquem no jornal. O caso está gerando controvérsias no meio do Fotojornalismo. Confira matéria à página 39 desta edição e leia a coluna de Juan Esteves no [www.Fotosite.com.br]


AA! o) [je nela!
Apesar megaproduzidas que circulavam pela última edição da São ishio De OSLO LoL Do UT pofo E TS Pete [EDIR Tea ELE chegou à exposição i-Dentity, que comemora os 25 anos de sua publicação, de camisa e tênis brancos e calça preta . [LR se pelo fato de ser sua exposição, Jones poderia até ser tachado de careta. Mas gua presença arrancou muitos suspiros e flashes aflitos afinal, ele é responsável pela revista que é a bíblia do hype. Passado o burburinho inicial, eis Co TERA ted) (es eco feNg] [4] e 0 ATS) EE cuta tudo que falo. Mas acredito que aqui não seja um bom lugar, tem muife Ss Mess tee a Lotto Ao EM feAMC LET Te oe Sega semana que vem. Eu concordo. Qual o seu nome? , ele me pergunta. Guilherme. Tento, em vão, explicar a fonética. Não vou lembrar, mas me dê um cartão seu. Abro minha carteira, e nada. Lembrei de meu último cartão, que havia dado em outra entrevista, dias atrás. Estou sem cartão, mas tenho uma foto 3x4. Pode ser? Terry Jones pega minha foto e coloca na palma da mão. Sure! Escreva no verso o seu nome, que você está com uma camisa vermelha e o nome da sua revista. Enfim, eu estava identificado. Uma semana deooo ope) o TALeo Co det o o ole fo E Fo te Ve ST) SUE MR AH NUS
[OCO EGres Red et DESPONTA RC eggTER peter dote [ERITS a EAST po, o lugar onde foi feita, e se expressa de maneira marcante. A identidade de uma boa fotografia também tem a identidade de seu criador. Aliás, esse conceito de identidadeé muito amplo, pois podem ser levados em conta a mecáCorr E o)cg ER TETE [E] o çoLO TERESA o A a imagem pode ter identidades diferentes, dependendo até de se for traba[poe Ro o CC EAR
joao ur ERA (UA

SPV eo
Para nós, da i-D, a fotografia de moda é uma mistura complexa. Consideramos a moda uma forma de expressão humana, portanto desenvolvemos a fotografia straight-up , retratos que vão da cabeça até os dedos dos pés.
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oe fes Rj Lopo STel ESSE EN St ER LS O AL De SME RELfo EM cod Ne DES TOSSSOD] TARA a locação e o clima fazem uma grande diferença.
TERES ed eres Ee reco DOER o ES Roe]FOR e SNC E)[E ROUTE oo [www.henriquegendre.com] de São Paulo a Salvador, em 2005. E, agora há fo EC fo ST oe: eo cg ATOS
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Pao DETONA COCA: gos eg eee oo efeito Mate Foo MESES e ELOS oao) Ne [O ASA A TESTOR tuando no are algumas pessoas, intuitivamente, as criam, outras as seguem.
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BLEFE D | ly ITAL
Por Flávia Lelis
Os jornais cearenses noticiaram com grande entusiasmo a exposição do artista japonês Souzousareta Geijutsuka, no Museu de Arte Contemporânea de Fortaleza, no mês de janeiro. Bastou soltaro release da mostra - que vendia a obra do artista com frases do tipo evidência da fragilidade da vida, bem como da harmonia entre a natureza que nascee morre -, para a imprensa celebrar a sumidade das artes japonesas . Detalhe: otal artista japonês simplesmente não existia!
Souzousareta Geijutsuka é uma obra desenvolvida pelo artista cearense Yuri Firmeza para 0 projeto Artista Invasor, encabeçado pelo MAC de Fortaleza. Depois de revelada a verdade, os jornais passaram a atacar Yuri, questionando a validade de seu trabalho, e também o MAC, que avalizou o projeto. No final das contas, a ação acabou gerando mais interesse pela mentira do que pe- | la obra em si, que questiona os valores que movem o mercado de arte, as políticas culturais e a cobertura da imprensa. Recém-selecionado para o Projeto Rumos, do Itaú Cultural, o provocador artista fala um pouco mais sobre sua invenção.
Qual era o seu intuito ao adquirir essa nova identidade?
Eu não adquiri uma nova identidade. O que fiz foi criar um trabalho, um artista japonês. O trabalho lida com diversas questões. Algumas das intenções eram a de suscitar uma discussão sobre o museu, sobre crítica e possibilidade de pensamento no mercado da arte, sobre formação, sobre políticas culturais, sobre o marketing, a mídia.
O que você fez para convencera imprensa de que o Souzousareta Geijutsuka realmente existia? Segui os procedimentos que são utilizados em todo o país. Uma assessora, press release [material de divulgação enviado às redações], imagens do trabalho do artista... Todos os jornais do Brasil copiam notícias da internet, por exemplo, sem se preocupar com a veracidade da informação.
Houve uma grande crítica à imprensa. Você acha que os artistas locais realmente sofrem preconceito por parte dos jornais, já que, antes de Souzousareta , artistas cearenses que expuseram no MAC não tive» ram seus trabalhos divulgados?
b Quero deixar claro quea intenção não era a de criticar o pouco destaque da arte cearense na mídia! O todo foi julgado pela parte, na medida em que as discussões estão se restringindo à "polêmica" da veiculação de uma matéria sobre um artista fictício. É bom deixar claro que a crítica, da qual você fala, não é apenas à imprensa local, mas sim a toda a mídia brasileira.
Depois de tanto alarde, que conclusões você tira dessa sua atitude?
cá » s Fica evidente a perda de autonomia não só í 7 Ç de alguns artistas, mas também dos jornalistas e de algumas instituições. O jornal se
reduz a discutir a polêmica , atendo-se simplesmente às matérias veiculadas na imprensa. E, reunindo todas as matérias que saíram nos jornais, percebemos que não conseguem abordar 1/10 das questões que o trabalho
propõe discutir. O que acontece é quase uma repetição... e sem diferença.
À direita: imprensa cearense festejou a obra do artista fictício, Sousouzareta Geijutsuka, publicando a imagem do gato, retirada de um vídeo, como se fosse aufentica. Na sequência, obra Identidades de Yuri Firmeza & 5 a

Objetivo
JARBAS
OLIVEIRA
OttoSTUPAKOFF RN a ArnaldoPAPALLARDO BobWOLFENSON
Curso Master Fotografia
Objetivo
Formação avançada em áreas específicas para formandos profissionais que procuram atualização e aprimoramento.
Currículo baseado na criação desenvolvimento de projetos reais, ligados ao mercado.

Professores
Professor Master: Otto Stupakoff. Um dos cinco maiores fotógrafos de moda do mundo com trabalhos publicados nos Estados Unidos, França, Japão, Itália e Brasil. Escolhido como um dos fotógrafos da década pela Revista Vogue edição internacional.
Coordenador: Máximo Jr. Acompanhamento dos projetos: Bob Wolfenson, Arnaldo Pappalardo
Requisitos para ingresso
Diploma do Curso de Fotografia ou Experiência profissional na área, com apresentação de portfólio.
SUEulE NOME DE BATISMO
Por Flávia Lelis
Em 1962, lan Fleming e o seu agente 007 incendiaram a imaginação de milhares de pessoas com a possibilidade de um cidadão se tornar um outro através de uma simples identificação secreta. Sempre muito charmoso e misterioso, esse especialista em informações confidenciais estava sempre em busca de um grande objetivo, como, por exemplo, a salvação mundial. O uso de uma nova identidade também deixou marcas profundas na história da fotografia, especialmente na fotografia de guerra, quando o então desconhecido fotógrafo húngaro André Friedmann decidiu criar uma nova identidade para assinar suas imagens. Essa simples troca de nomes daria vida e personalidade ao trabalho de um dos mais influentes fotógrafos de guerra de todos os tempos. Nascia ali, na Paris dos anos 30, o mito Robert Capa. Aqui, em uma versão mais pós-moderna, os espiões estão munidos de belas objetivas e um olhar fotográfico diferenciado. Pode parecer estranho, mas ao longo de um mês oferecemos um desafio a 15 agentes da fotografia: revelar a sua verdadeira identidade. O resultado foram 15 histórias marcantes, engraçadas e um tanto quanto intrigantes. Acredite: em algumas situações, reconhecê-los pelo nome registrado em suas certidões de nascimento seria uma missão de nível internacional. Talvez nem todos tenham o charme sedutor de James Bond ou de Robert Capa, mas certamente, assim como no caso de Capa, o nome foi decisivo para dar uma personalidade ao trabalho de cada um desses ilustres desconhecidos RGs.

Milton Alves da Silva O ORI
Ormuzd é o nome de um deus persa e tem a ver com a minha incursão pelo mundo das religiões à época. Achei bacana o nomee resolvi adotar, mas só passei a usar para assinar meu trabalho anos mais tarde. Cheguei a usar Tom Alves no princípio da vida como fotógrafo, mas não gostei e adotei Ormuzd Alves. Parece que funcionou.
Ariovaldo Carlos Prearo (O PENNA PREARO Chegando em São Paulo, fui trabalhar na Editora Abril em 1969, como pesquisador de vendas em bancas. Ainda não era fotógrafo, mas já estava distorcido pela possibilidade depular fora de lá para cair na fotografia. Dois amigos, Dagmar Dias Guadalupe e o Aranha, por conta de uma trapalhada qualquer minha, chamaram-me um dia de Peninha. Saí de lá e, pasmem, fui dividir moradia com Pena Schmidt, técnico e produtor de som dos Mutantes, em 1971. Assinei meu primeiro trabalho comissionado, que foi uma capa do disco Tim Maia, em 1972, como Peninha Imagem, já que ele era Peninha Som. Ano seguinte, um outro amigo, artista plástico, músico e arquiteto, Zico Priester, alertou-me e levou-me para as águas cristalinas e turbulentas da arte, e me rebatizou como Penna Prearo. O resto é história sendo reconstruída, fato e/ou lenda, escolha!
Antônio Carlos Matos dos Santos O ANTÔNIO GAUDÉRIO
Fui gerado lá no Rincão dos Mirandas, município de São Nicolau, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. Fui batizado de Antônio Carlos Matos dos Santos. Em 1978, em Porto Alegre, quando morava numa casa de estudantes da Juventude Universitária Católica e militava no movimento estudantil, ganhei o apelido de Gaudério. Gaudérioé uma espécie de gaúcho ao mesmo tempo grosso, malandro e vadio, um cão errante sem dono. Quando me tornei fotógrafo, em 1983, um jornalista, ex-morador da casa de estudantes, assinou as minhas primeiras fotos sobre enchentes do rio Uruguai como Antônio Gaudério. Para evitar que eu lhe matasse esganado, ele prometeu que não ia mais fazer isso. Na semana seguinte (o jornal era semanal), as fotos saíram de novo com o crédito de Antônio Gaudério. Daí ficou pra sempre.
Gal Oppido registra suas próprias mutações: à esquerda, primeira série de auto-retratos (1977 e 1979). À direita, em 2002, comemora 25 anos do primeiro ensaio.
Marcos Aurélio Oppido O GAL OPPIDO
Eu sempre tive apelidos, antes desse era Cabelo . Quando eu estava no cursinho, os professores geralmente perseguiam e tiravam sarro de determinados alunos. Eu sempre corri disso. Sentava discretamente no fundão e procurava não chamar a atenção. Durante uma aula de física, um rapaz (com o cabelo de cor caju) me fez uma pergunta e, nesse mesmo instante, o professor gritou: E você, baiana, entendeu? . O rapaz ficou na dele e nada falou. O professor virou para mim e disse: E você, Caetano, entendeu? . Na hora eu respondi: Caetano não, Gal! . Todos riram e o apelido pegou. Foi para tirar um sarro e, na mesma época, aquela música Meu nome é Gal estava se popularizando.
AUTO-RETRATO
Antonio Genérico Diniz Alves
(O TONY GENÉRICO
Na realidade, meu segundo nome Genérico veio do meu avô paterno. E nunca soubemos a origem. Acostumei ser chamado de "Genérico" muito cedo, desde o período ginasial, para me diferenciar dos então muito comuns "Antônios . Quando certa vez liguei para uma agência para mostrar minha pasta e disse meu nome, o diretor de arte respondeu: Meu! Não estamos interessados em fotógrafo genérico! . Então eu respondi em tom de brincadeira: Legal, cara, mas olha que não sou barato, ok? . Por algum tempo foi um transtorno.

Josep Ruaix Duran O ].R. DURAN
Há 25 anos, Duran começou a utilizar essa assinatura (1º letra do nome e 1º letra do primeiro sobrenome) porque dois escritores e um jogador de pólo H.G. Wells, T.E. Lawrence e P.G. Meirelles assinavam desse jeito. Achou diferente e resolveu fazer igual.
Veja também as histórias de Ali Karakas, Clício Barroso, Ed Viggiani, Egberto Nogueira, latã Cannabrava, Izan Petterle, Jonne Roriz, Miro e Nana Moraes no [www.fotosite.com.br]
E ALE

JMAKING DF REVISTA CONTIGO
CLIENTE: Editora Abril
UTILIZAÇÃO: Revista Contigo
FOTÓGRAFO: Miro
TRATAMENTO DE IMAGEM: Fujocka Photodesign
CÂMERA: Sinar P2
FILME: Kodak EPP
LOCAÇÃO: Estúdio
MODELOS: Alinne Moraes e Cauã Reymond
DIFICULDADE: Criara ambientação baseando-se na pintura de Jean-Honoré Fragonard
ELABORAÇÃO: A cena foi montada utilizando-se um painel pintado de fundo e ambientado com elementos naturais (como folhas e pedras). O rosto de Cauã foi retirado de um outro cromo do ensaio, e a capa com flechas foi fotografada separadamente para se obter melhor controle no movimento do personagem. No final, amenizamos a saturação no tom de pele da Alinne para dar a sensação de palidez.
Patrícia Gouvêa é fotógrafa, integrante do coletivo de artistas Grupo DOC (Desordem Obsessiva Compulsiva) e uma das fundadoras do Ateliê da Imagem. O espaço situado no charmoso bairro da Urca, no Rio de Janeiro, há dez anos vem formando fotógrafos e gente interessada na produção e difusão das artes visuais contemporâneas. A seguir, Patrícia comenta um livro bacana para ter na prateleira:
Indico Cinema, Vídeo, Godard (Cosac Naify, 2004, 329 págs., R$ 44), novo livro de Philippe Dubois. Para mim um dos maiores pensadores do campo da imagem eestética, ele foi idealizador da exposição O Efeito Cinema na Arte Contemporânea , que esteve no CCBB do Rio em 2003, um verdadeiro marco! O livro é uma compilação de ensaios escritos entre 1987 e 2002 (na seqiência do seu primeiro livro, O Ato Fotográfico) sobre temas como o surgimento do vídeo e sua interação com o cinema e a televisão, a videoarte etc., todos muito importantes para a compreensão da produção contemporânea de novas tecnologias da imagem. Se a fotografia é a base tecnológica e conceitual de todas as mídias contemporâneas, Philippe Dubois mostra nessa obra como, apartir da imagem fotográfica, chegamos ao ambiente híbrido atual, onde tecnologia e arte não são mais categorias isoladas.

(COM IESTO (como esto
LHO UM FOTÓGRAFO)
TIBERIO FRANÇA
Criador da Primeira Fotogaleria, de Belo Horizonte, Tibério França se dedica à tarefa de mapear a produção contemporânea de fotografia mineira. Nesses dois anos de funcionamento do espaço, já prospectou mais de 500 autores. Tibério é graduado em Comunicação Visual, fotografa profissionalmente há 22 anos e atua na área acadêmica há oito. Seu projeto de mapeamento serviu de referência para a criação de uma linha de pesquisa no Departamento de História da UFMG. Veja as dicas do especialista para você não marcar bobeira na hora de apresentar seu portfólio numa galeria de fotografia.
O QUE VOCÊ BUSCA EM UM PORTFÓLIO?
Boas apresentações nem sempre precisam de muitas palavras. E, examinado um portfólio, podemos descobrir mais a respeito do fotógrafo além daquilo que as fotografias nos contam apartir da apresentação, do formato, do seu cuidado (ou não) na escolha da pasta ou caixa, da coerência com o tema proposto, da edição, da sequência de leitura, do cuidado em eliminar ruídos, das pausas para respiro, do respeito pelo tema abordado etc. As fotografias devem estar impecáveis, impressas em papel fotográfico.
VOCÊ PREFERE QUE TIPO DE FORMATO DE APRESENTAÇÃO DO TRABALHO?
Prefiro os prints, ou cópias em papel fotográfico, montadas em cartão rígido e apresentadas soltas em uma caixa, de maneira que possam ser dispostas lado a lado. Prefiro formatos acima de 11 x 14 polegadas, apesar de apreciar rupturas nesses formatos padronizados. Tenho recebido muitos portfólios em CD, mas nada substitui uma boa impressão. Apesar dos avanços nas impressoras, ainda prefiro as impressões feitas através da luz.
O QUE NÃO DEVE SER COLOCADO EM UM PORTFÓLIO?
Um risco comum é apresentar fotografias que não dialogam entre si, ou aquelas que só interessam ao fotógrafo, devido a alguma relação afetiva com o tema, o momento ou as eventualidades sofridas pelo autor. Um portfólio com fotografias de arquitetura, paisagem, retratos e nu geralmente é um desastre. Pode até ter, mas preciso reconhecer a sintaxe do fotógrafo nessas diversas tratativas. Na minha opinião, um portfólio não serve para mostrar a habilidade em se virar nas mais diversas situações, e sim a capacidade de tratar bem um tema e apresentá-lo.
COMO OS FOTÓGRAFOS PODEM ENTRAR EM CONTATO COM VOCÊ?
Através de contato telefônico ou e-mail, para agendar uma visita. À Primeira Fotogaleria funciona em Belo Horizonte, à Rua Zodíaco, 430, no bairro Santa Lúcia. O telefone é (31) 32937507 (de segunda a sexta, das 14h às 19 h), e o e-mail, [pr meirafotogaleria gmail.com].
(LA CTA Godard
ELLE ECINEMA
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Em Deus e o Diabo na Terra do Sol, clássico do cineasta Glauber Rocha, o diretor de fotografia Waldemar Lima elaborou uma luz estourada, branca, dura, que remete à dureza do sertão. Apesar do laboratório ter corrigido a exposição do filme em algumas partes, destoando do conceito elaborado pelo diretor, a obra, juntamente com outras do período, marcou o início de uma identidade cinematográfica, da chamada luz brasileira , que os diretores tanto perseguem e discutem até hoje. Waldemar também trabalhou com o cineasta Maurice Capoville e dirigiu, ao lado de Luiz Carlos Maciel, o filme Society em Baby Doll. Hoje, o fotógrafo mantém em São Paulo a escola livre de cinema Luz e Câmera [www.luzecameraescoladec e or]. Waldemar escolheu o filme O Rei Pasmado e a Rainha Nua, do espanhol Imanol Uribe, para comentar:
Gosto da fotografia do filme O Rei Pasmado e a Rainha Nua (1991). Sua tonalidade carregada no preto, nos cinzas, com poucas áreas iluminadas, potencializa o tema da história e o período da Inquisição. O diretor de fotografia, Hans Burmann, demonstra como a fotografia pode ser utilizada como importante instrumento narrativo: o espectador, desde o primeiro instante, adentra os sombrios castelos e conventos de uma época de pouca liberdade, seja cultural ou religiosa, época em que sentimentos e prazeres eram determinados, observados, louvados ou castigados pelo temor religioso. No filme, há uma mistura de sentimentos em constante oposição: mentiras e verdades, fé e heresia, nobres e cortesás em situações onde a história parece se encaminhar num trajeto pendular. É na estranha e escura atmosfera de palácios, conventos, alcovas, prostíbulos e ruelas, e em seus personagens, com falsas ou nenhuma profundidade na fé cristã que pregam, que a fotografia desse filme se sobressai. Uma fotografia que surpreende na visão de um corpo nu de mulher iluminado no meio da escuridão, quando o rei, extasiado pelo efeito sensorial e deslumbrado pelo visual, deduz que o paraíso deve ser como aquela mulher. As imagens todas em baixos tons de preto são a grande virtude do fotógrafo, que soube artisticamente e tecnicamente compor uma fotografia que estará sempre como uma das melhores e mais participativas do cinema.
Espelho, espelho meu!
Globos de discoteca, óculos escuros, capôs de carros, prataria do Ritz-Carlton em Montreal, lustres em Istambul ou um carrossel na Disneylândia não importa o lugar nem o objeto: o que a turma do Mirror Project (Projeto Espelho) gosta mesmo é de fazer auto-retrato. Criado pela webdesigner Heather Champ em 2001, o site nasceu com o nome de Friends of Jezebel's Mirror (Amigos do Espelho de Jezebel). Hoje, tem um arquivo com aproximadamente sete mil imagens, que mostram desde o dinamismo criativo de fotógrafos profissionais, registrando suas variações de humor, até inusitadas imagens de amadores. Champ recebe diariamente de 20 a 30 imagens e, segundo diz no site, torce para que esses números aumentem. Escolha o seu espelho! As instruções para envio de imagens encontram-se no site do projeto: nirrorproject.c

Salir a AA fotografia
PRECIOSIDADE INÉDITA
Foto de autoria de Antônio Gaudério, feita em outubro de 1995, mostra crianças descendentes de escravos do quilombo dos Kalungas, no Vão das Almas (60), durante a Festa do Império da Nossa Senhora. Na época, a comunidade lutava para ter reconhecido seu direito sobre a posse da terra que ocupava há gerações. A matéria publicada na Folha de 5.Paulo foi determinante para que esse direito fosse reconhecido, mas esta imagem nunca chegou às páginas do jornal.

o, Ca fera E, Ly G. A la. DUÇÃO DE OBRA DE
Entre dois autores
O Sebastião Salgado viu esta foto dos Kalungas na Bienal
Internacional de Fotografia de Curitiba, no Paraná, em 1996. Quando veio a São Paulo, me disse: Gaudério, vi uma foto sua espetacular em Curitiba. Vamos trocar uma cópia? Como é isso?, perguntei. Você me dá uma ampliação 30 x 40 dela, e eu te dou uma minha , completou Salgado. Fechado!, respondi. Qual foto você vai me dar? Você escolhe , disse ele.
Missão difícil escolher uma foto do Salgado. Decidi por uma imagem dos sem-terra, que era o trabalho que ele estava fazendo aqui no Brasil na época. Depois, essa foto acabou sendo a última imagem do livro Terra. Eu levei mais de seis meses para mandar fazer uma cópia da minha foto no laboratório, botar num envelope e deixar no correio. Passaram-se mais uns seis meses e não recebi nada de volta. Liguei para a França, falei com a secretária. Ela achou estranho, porque nunca nada havia extraviado. Sempre receberam os filmes do Salgado, que ele manda de qualquer lugar do mundo. Por acaso, eu tinha o comprovante do correio. Pedi uma pesquisa à ECT. Depois de mais uns 45 dias deram a resposta: o envelope foi entregue no endereço certo e na data prevista. Liguei
de novo. O envelope tinha sido localizado. O Salgado mudou de casa bem naquela época e o envelope com a minha foto havia ficado com umas correspondências que não tinham sido abertas. O Sebastião disse: Façam uma 40 x 50 para o Gaudério, para compensar o transtorno . Cinco dias depois disso, recebi um pacote pardo, da Federal Express. Dentro dele, duas tábuas de compensado de quase um centímetro de espessura protegiam um outro pacote pardo. Dentro desse segundo pacote pardo, um papel-manteiga dobrado com uma nota da Amazon Image, e ainda dentro desse papel-manteiga um filme transparente, que permitia ver a foto sem precisar encostar nela. No canto esquerdo inferior, a marca do autor, em alto relevo, onde pode-se ler Sebastião Salgado . No lado direito da cópia, uma dedicatória de próprio punho: Para Gaudério, com amizade. S. Salgado.
ANTÔNIO GAUDÉRIO Fotógrafodo jornal Folha de S. Paulo

por
FINe-ar7T
Antônio Gaudério
IDENTIDADE À LA CARTE
Se você precisa imprimir mais identidade na sua fotografia e acha que um nome de peso pode ajudar, comece comprando uma Leica Ralph Gibson. Mas seja rápido, já que foram produzidas apenas 50 unidades do modelo MP com assinatura do mestre americano, que sai pela bagatela de 5.500 dólares, cerca de 13 mil reais só o corpo, sem lentes. O mimo exclusivo vem com revestimento em couro vermelho e com uma alça também de couro, como essa que Gibson segura na foto abaixo. Mas se você acha que já tem cacife para colocar o seu próprio nome em um equipamento dessa linhagem, entre no site [wyw.leica-camera.com] e procure pelo configurador Leica À la Carte. O sistema permite que você monte a sua própria câmera revestimento, tipo de alça, tipo de visor e, claro, seu nome e assinatura impressos no equipamento. Ao final da navegação, o site diz quanto vai custar a exclusividade. A câmera escolhida será entregue pelo representante brasileiro, veja link abaixo.
SAIBA MAIS
Anote osite brasileiro da marca [www.marinho.com.br]

Gibson segura o modelo Leica com sua assinatura cravada no corpo, como mostra o detalhe na outra foto. São apenas 50 câmeras produzidas.
Escravos digitais?
Fundada há 12 anos, a Indian Eye eye.com| oferece serviços fotográficos de retoque, colorização e diversas outras manipulações digitais com fotografia, design e por aí vai. O atrativo, claro, é o preço. Segundo o e-mail marketing enviado a futuros clientes, e que nossa redação também recebeu, o custo da mão-de-obra varia entre US$ 2 e US$ 3,5 por foto, dependendo do volume. Ou seja, para colorir uma imagem como essa manjadíssima Marilyn Monroe, você vai gastar cerca de cinco reais. Seria esse o primeiro caso de trabalho escravo, semiescravo, baratíssimo, mágico, inacreditavelmente em conta... no mundo da fotografia digital?
REPRODUÇÃO
Primeiro foi o fim da fabricação da câmera por volta de 1981, e agora o filme deixou de ser produzido. À sx70 acabou! Desde a sua criação em 1972 até hoje, somam-se 33 anos, se minhas contas estiverem certas. Idade emblemática. Mas, afinal, o que teria acontecido com essa genial invenção do Dr. Harold Edwing Lang, que foi ao mesmo tempo um sucesso e um fracasso? No Brasil elas foram vendidas por um curto período de tempo e logo sumiram do mercado. Falou-se que as cores esmaeciam e não tinham durabilidade. As primeiras fotos que fiz com a sx70 são de 77 e estão em perfeito estado de conservação! À sx70 nunca chegou a ter uma concorrente. Nunca houve uma câmera com um design tão arrojado de Henry Dreyfuss , e ela logo foi adotada por artistas do calibre de Andy Warhol, Walker Evans, André Kertesz, Manoel Alvarez Bravo, Stephen Shore, Helmut Newton, para citar alguns. O preço era relativamente baixo na época do lançamento (U$180) e nunca subiu muito além disso, e o filme custava algo em torno de U$11,00, bem razoável. Então, o que teria acontecido? Especulo que ela exige certos cuidados, que não é tão fácil de ser aberta e que muitas vezes é necessário o uso de tripé, pois a velocidade do filme é relativamente baixa (150 asa). Será?
As razões da minha não-compreensão são muitas. Começam na primeira sensação do uso da câmera ao se saborear aquele clickrrrrrrck na hora em que fotografamos, passam pela delícia que é ver a foto sendo revelada dianuti oia
Puedo oo) a sx70 e seu último A dll

te de seus olhos e navegam pela total independência de terceiros, a foto pronta em minutos, sem laboratório, sem downloads, só você e ela, na sua mão linda, mágica e imprevisível. O que teria, então, dado errado? Não sei. Durante anos fotografei, olhei e guardei minhas polaroids, que só saíram da gaveta após 10 anos, quando fui convidado a participar do site SX 70 [www.sx/0.com.br]. Intactas. Em 2004 mostrei-as na galeria Lurix, do Rio de Janeiro, na exposição Notações e Instantâneos, com curadoria de Nessia Leonzini. Estavam lá também as polaroids de Walker Evans feitas nos anos 1970, pertencentes ao acervo do Metropolitan Museum de Nova York, imagens que ainda mantinham o frescor e a modernidade inerentes ao trabalho do grande artista. Em tempo: Evans deixou aproximadamente 2.600 polaroids, que foram editadas em livro recentemente, o Walker Evans Polaroids. Para mim, nada substituirá essa pequena grande câmera e a magia de ter nas mãos em minutos uma foto única e instantânea. Os atuais leds e pixels nunca trarão de volta para mim a magia, o mistério e o encanto da sx70. Outros sonhos virão, mas esse acabou.
ARMANDO PRADO passoupor todas as vertentes da fotografia, do fotojornalismo à publicidade, e é um dos fotógrafos brasileiros que mais produziu com a câmera sx70. Seu trabalho autoral em Polaroid pode ser visto no site citado acima, ou no livro sx70.com.br [isbn 85-89523-02-0).
BLOG De papel
Por *Bia Granja

Se você já leu sobre o RYIA (pág 64 desta edição), aquele programa que reconhece e identifica a cara das pessoas em imagens, acaba de ser lançado um serviço onde você sobe uma foto sua ou de quem quisere o software identifica com qual celebridade a pessoa se parece. Testei um pouco a brincadeira e achei ainda meio falha. Ao postar uma foto do meu perfil direito, o software diz que eu me pareço com a feia e brilhante escritora Susan Sontag, e ao postar uma do perfil esquerdo, eu me pareço com a atriz bonitona Scarlett Johansson, o que pra mim não foi um problema, já que esteticamente eu sempre me identifiquei mais com meu lado esquerdo mesmo. :-) Testei também com fotos do Sebastião Salgado e o resultado foi tão divertido quanto assustador. Eu imaginava que o Telly Savalas, o ator que interpretava o personagem Kojak na TV, estaria na lista de parecidos com Salgado, mas para minha surpresa a lista incluiu Albert Einsten, Príncipe Charles, Michael Douglas, Shimon Peres, Harrison Ford, Patrícia Arquette (!!!) e olha que coisa Henri Cartier-Bresson. Como divertimento o software é válido, mas dá medo de pensar em usar esses resultados pra algo mais sério.
O futuro da mídia
A palavra do ano para 2006 é User Generated Content, ou conteúdo gerado por usuário . Já falamos disso no ano passado, mas a coisa toda vai estourar ainda mais neste ano. A grande discussão em todo o globo é como a participação de pessoas comuns está mudando a cara das notícias. Os leitores não querem mais ter uma relação unilateral com as empresas de mídia, ou seja, apenas como espectadores. Querem também estar envolvidos com a notícia, colaborar e complementar o trabalho dessas empresas. As pessoas estão procurando informações que sejam diferenciadas, novas, éticas e, acima de tudo, conectadas com seu estilo de vida, que sem dúvida alguma é imediatista, tecnológico, informado e multitarefa. A mídia como a conhecemos hoje está se transformando, o futuro deve ser mais colaborativo, com conteúdo criado por e para pessoas comuns, porque elas se sentem no dever de democratizar o mais rápido possível as notícias e imagens que consideram importantes.
TODO MUNDO É UM BANCO DE IMAGENS
E as mudanças não param por aí. Além de todo cidadão comum ter sua porção jornalista, agora eles também têm sua porção banco de imagens. Uma empresa americana acaba de lançar um servicinho que pega aquelas fotos de viagens, paisagens, fauna, flora, família e amigos que estão ocupando espaço no seu HDe as transforma em fonte de renda. Depois de se cadastrar, você faz upload de quantas imagens quiser. Quanto mais imagem, mais dinheiro, já que você ganha US$ 0,20 toda vez que uma foto for baixada, sendo que precisa acumular pelo menos US$ 75,00 para receber o pagamento, o que seriam 375 downloads. Oscaras já têm meio milhão de fotos e quase 22 mil contribuintes. Ao subir a foto, você deve enviar um termo de uso de imagem assinado pelas pessoas que eventualmente apareçam, principalmente porque a maioria das imagens será usada para fins comerciais (anúncios, catálogos, folders etc). Caso você não tenha esse termo, eles classificam a foto como editorial. Agora, olha esse detalhe: no FAQ há uma pergunta assim: Eu tenho fotos de pessoas do Terceiro Mundo que não podem assinar seus nomes em um termo de uso de imagem. Posso mandar essas fotos mesmo assim? Preconceituoso, né?
0 código de conduta do jornalista cidadão
A União Nacional de Jornalistas da Inglaterra e Irlanda acaba de criar o primeiro Código de Conduta para o Jornalismo Cidadão. O documento determina como as organizações de mídia e os indivíduos devem fazer para manter padrões de profissionalismo e ética nesse novo ambiente, passando por questões como verificação de fontes, pagamento, copyright, e direitos legais e morais. O código ainda pede às organizações para que não incentivem as pessoas a se colocarem em situações de risco apenas para obterem mais material para suas matérias.
* BIA GRANJAé gerente de negócios da TRIPIX e uma feliz e contribuinte jornalista cidadã.
A Folhapress é a agência de- notícias do Grupo Folha. Comercializa fotos, textos, colunas e ilustrações a partir do conteúdo editorial do jornal Folha de S.Paulo. O site Cpo LCALR Dot ER Toe ed SO PIE OR acervo de mais de 250 mil imagens digitalizadas. Imagens que foram notícia e também que retratam a realidade brasileira. Para contratar o serviço da Folhapress ligue 011 3224-3123 ou acesse www.folhapress.com.br

boa imagem da notícia
a. a E Homem-réptil no desfile da Beija-Flor, Carnaval 2005 no Rio de Janeiro


Imagens dos bregas de Salvador, na década de 50, foram resgatadas do acervo de Flavio Damm para a mostra Bahia anos 50", em cartaz até o dia 16 de março, na Galeria Soraia (als, no Rio de Janeiro

Nenhuma daquelas putas que viviam no 63, residência adjetivada pela exuberância da linguagem baiana como mangue ou brega, sequer percebeu o fotógrafo durante os dias, no final dos anos 50, em que ele ali esteve, nos finais de tarde e depois, à noite, quando um cantor de tango se fazia ouvir na penumbra de mãos entre as coxas e goles de cerveja, na Ladeira da Montanha, encosta sagrada onde esperma, poesia e o luxo dos olhares em diagonal pairavam sobre a Baía de Todos os Santos. Ao atingir o estado do que não se muda, do que fica sempre igual , Flávio Damm criou um repertório de identidades entre ele mesmo, aquelas mulheres e sua fotografia, ação apenas possível numa época em que um fotógrafo, diante do corpo e da alma de uma mulher, ainda sabia proteger um segredo. Por isso que China - antológica cafetina baiana, amiga dos sempre deprimidos coronéis do cacau, dona do 63, o Castelo, uma espécie de diagonal egípcia na vida profana da Bahia disse sim aquele homem discretíssimo, que antes se fez amigo sem desejo de paralelas em carne, músculo, osso, e só depois de muito fempo tirou a Leica do bolso. Nunca lhe perguntaram nem por quê, nem para quê, já que nenhuma daquelas mulheres-damas teria sua identidade revelada, e que, sobre nenhum dos seus poros, respingaria uma gota de suor. Mesmo que seus rostos, limpos de medo do outro e desenhados pela liguidez do rímel, aparecessem em primeiro plano, como nos fotogramas do cinema de Alain Resnais.
Flávio Damm chegou ao mangue em companhia de Jorge Amado e Carybé. Como Pierre Verger e Carybé deixaram para trás Argentina e França, e, aí sim , foi que os dois transgrediram o estado do que não se muda para entrarem de vez numa identidade baiana. A idéia dos três primeiros era a de fazer um livro, As Putas, que depois evoluiu para Mulher Dama. Mas havia a difadura, vieram o Al-5 e a luta de uma nação para se livrar do estigma do
medo e da repressão: corria o ano de 1968, um estudante fora assassinado no restaurante do Calabouço, no Rio de Janeiro, e Jorge Amado, homem de esquerda, resguardou-se, já que chamaria muito a atenção publicar um livro sobre um assunto ainda considerado tabu na época. As mulheres-damas da Ladeira da Montanha, do Maciel e da Rua do Papel, no Pelourinho, não mais ganhariam as ruas. Continuariam inéditas. Outra vez teriam suas doces entranhas e suas memórias guardadas nos arquivos do Fotógrafo. Seriam todas as mesmas.
As mesmas mulheres donas de uma única identidade, essa que a fotografia de Flávio Damm quase nos mostra. Sem nomes, são capazes de ter todos os nomes do mundo, nos dias de sol e varejo. Para suas vidas todos os homens [suas dores, seus prazeres) tornavam-se um homem só: sujeito e predicado. Putas, sim, como todos nós de alguma forma também o somos, ou seremos um dia, basta uma questão de tempo. Mas tão honestas nas imagens de Damm que o que nos resta é o mesmo silêncio que calou a escrita e o mais recente personagem de Gabriel García Márquez, na orgia dos seus 90 anos, diante da menina virgem que lhe foi oferecida pela velha cafetina Rosa Cabarcas, num prostíbulo colombiano. Tão absolutamente putas e verdade que, despida da cintura para cima, uma delas, longiperto da carne pictórica de Rafael, com todos os nomes do mundo, ultrapassa o que não se muda , sendo capaz de, ao olhar para uma Leica, dizer tudo, e dividir pela metade, numa palavra inscrita na toalha sobre o biombo, a poética dos seus instantes: Bom Dia. ta
DIÓGENES MOURAéjornalista, escritor e roteirista. Atua como
Curador de Fotografia da Pinacoteca do Estado e atualmente trabalha na edição do livro Fotografia na Pinacoteca


A história da Parma vem sendo escrita e impressa em cima de valores que a acompanham desdeo início de suas atividades.
A ética nos negócios, a transparência nas transações e o respeito aos nossos clientes, colaboradores e à comunidade fazem da Parma uma empresa sólida e confiável.

de Jesus a Milagres 55.
hi, Ama mili -m









CCOe RL RO TR Ce[E CR TT MENTE E RR CNT TORRE RETA Ce RA CTT RE ER A RC TER RE TIL
Olhares do Morro - Exposição coletiva organizada por Vincent Rosenhiatt - de 22 de fevereiro a 16 de abril[ICT UTC ALE CE RR E PERO ROCCO OR NPR TATTOO ER TS
Eustáquio Neves - Fotografias de Eustáquio Neves - de 22 de fevereiro a 16 de abrilCOTAR ER CRE OR O TE ER CATCRS ET RR ER ENTIRE RT
As exposições fazem parte do circuito das Galerias Fnac no Brasil. Datas e exposições sujeitas a alteração sem aviso prévio, Para a programação completa, consulte a agenda Os Encontros na Fnac da o je MENTEM oiço (ceia oitoWo TIORE LT UE Pop ata no

Depois de anunciar que qualquer pessoa pode vender suas fotos e até ganhar como se fosse um repórter fotográfico profissional, 0 primeiro projeto de jornalismo cidadão no país, criado pelo grupo Estado, já tem mais de quatro mil pessoas, que agora se identificam como Fotorepórteres . Essa novíssima categoria vem gerando situações inusitadas, como a do senhor de 70 anos que ligou para o jornal pedindo credenciamento para cobrira visita de Hugo Chávez ao Brasil. Apesar de classificaro marketing utilizado de mau gosto, o editor do projeto, o fotógrafo Juca Varella, considera as críticas à empreitada gritos do conservadorismo por Maria Lígia Pinto /
E JURNALISMO,
Rogério Passos Dias da Luz, 55 anos, começa a ter a vida que a maioria dos fotojornalistas pediu a Santa Verônica, a padroeira da classe. Não recebe ordens, não cobre pauta mico, não se preocupa com horário de fechamento e não precisa aturara turma da canetinha , como os Fotógrafos chamam os repórteres de texto. E sua estréia foi invejável: publicou no alto da primeira página de O Estado de 5. Paulo, que tem no seu staff Fotógrafos como Juca Varella, dono de uma longa história em jornais. Rogério nem enfrentou concorrência para emplacar na capa. Tinha feito, como quem não quer nada, uma imagem exclusiva. Ele registrou, da janela de seu apartamento, as águas que inundaram a rua Frei Caneca, região central de São Paulo, quando uma adutora se rompeu. Foi até o computador, cadastrou-se no site do Estadão e, no dia seguinte, ganhou uma nova identificação: seu nome/FotoRepórter/AE, bem em cima da foto. A imagem também foi estampada na primeira do /ornal da Tarde. Eu não imaginava. Pulei de alegria quando vi , conta ele, que nunca pôs os pés numa redação. Desde aquele dia, passou a andar pelas ruas com uma de suas várias câmeras das quais sequer sabe os modelos registrando o que entende ser notícia. Nascido em Macau e morando no Brasil desde 1968, 0 corretorde seguros agora pensa até em tirar um dia de folga do trabalho para se dedicar às fotos. Se ainda não pode chamar Santa Verônica de padroeira, Rogério e outros 4.604 cadastrados no FR podem considerar Juca Varella um padrinho. Juca, subeditor de Fotografia do Estado, é coordenador do projeto. O Grupo Estado Foi o primeiro no Brasil a apostar - ao menos, de maneira organizada - na onda do jornalismo cidadão : gente comum que oferece material de interesse jornalístico a publicações. No caso do FR , são amadores com máquinas nas mãos que se inscrevem e enviam fotos. A maioria é de enchentes e acidentes de trânsito. Algumas, selecionadas, vão para o portal na internete seus autores nada recebem. Já os que emplacam no Estado ganham R$ 85 e, no JT, R$ 65.
Antes que haja algum nariz torcido entre os leitores, Juca explica: Não queremos formar um imenso banco de Freelancers para a Agência . Ele mesmo diz ter ficado confuso ao ser chamado para ajudar a elaborar o projeto, que considerava polêmico. Mas logo aceitou a novidade. Essa história de alguns fotógrafos se sentirem melindrados são os gritos do conservado-

rismo ecoando , provoca.
Juca conta que, na reunião para apresentação do projeto, teve gente olhando torto, claro. Como alguns atores que acham absurdo ter de contracenar com modelos, fotojornalistas costumam não ver a menor graça em dividir espaço com amadores. Para eles, o contra-argumento vem rápido. O Estado tem uma das maiores equipes do Brasil, mas nem assim é possível estar em todos os lugares. O fotorepórter, em alguns casos, está no local da notícia antes de o profissional chegar. Isso é agregar trabalho , diz. O FR tem cadastrados em todos os estados e em outros 15 países. Os amadores não competem; ninguém supera a técnica , ameniza Juca.
Ele não está sozinho na defesa do chamado jornalismo cidadão . Neste período de chuvas no Rio, o site do Globo Online colocou chamada pedindo para as pessoas enviarem fotos de alagamentos. João Bittar, editor de fotografia da Editora Globo, que não abrange os jornais e o site citado e, por enquanto, não tem projeto semelhante ao FR , acredita que algo parecido com o que ocorre em países como os Estados Unidos venha a se firmar em ferras tupiniquins. Por lá, há sites de amadores com conteúdo noticioso até regras de conduta para isso. É uma mídia a ser ocupada e desenvolvida , argumenta.
Bittar cita as fotos do atentado ao metrô de Londres e da queda de um avião em Paris como provas de que o uso de registros amadores não é novidade. O que muda, talvez assustadoramente, é a quantidade de gente equipada com câmeras. Mas qualquer editor, em qualquer lugar do mundo, sempre vai preferir a foto de um profissional. A tecnologia e suas conseguências condenam o fotojornalismo e a Fotografia em geral a serem cada vez melhores, mais consistentes e com mais qualidade. Quem tem talento e dedicação não tem nada a temer , ensina.
exTra! exTra! extra!
Valter Real, 38, também parece não ter nada a temer e não esconde quem é: fotorepórter do Estadão, com orgulho. É um dos mais ativos do projeto. Manda três fotos por dia, obtidas no caminho entre a casa e o trabalho, uma companhia de petróleo onde é assessor operacional. Como ele consegue tanta notícia? Fotografo o que espanta, como pessoas limpando prédios sem o mí-
Passarela de Foz do Iguaçu é interditada por conta da vazão da água
Bombeiros interditam a rua Sergipe, em São Paulo, para retirar árvore que caiu

nimo de segurança, gente fazendo coisas que deveriam ser feitas pelo governo, e problemas no trânsito , explica. Ele soube do FR pela internet e não costuma ler o Estado ou o JT. Viu suas fotos no portal, mas nem sabe se já publicou nos jornais. Acho que saiu, sim. Eles avisaram que vão me pagar alguma coisa, mas não sei por qual , conta.
As imagens de Valter se juntam a outras 80 enviadas diariamente e arquivadas num banco que tinha, até a primeira semana de fevereiro, 7.039. Sem contar as muitas que foram descartadas: de bebês, de animais de estimação, de festinhas. Mas há espaço até para o campeão dos álbuns de viagens: o pôr-do-sol. Uma pasta guarda 500 entardeceres.
Uma vez, mandarama foto de uma menina linda com um recado: 'Não sei se serve, mas que é bonita, é , diverte-se Juca. Fotorepórter não leva bronca por ter feito bobagem ou não sabero que é notícia. Até que melhorou bastante. As pessoas foram percebendo que esse tipo de coisa nunca será publicada. Tanto que, no início, recebíamos cerca de 200 fotos por dia. Agora, são 80 , conta.
A diminuição não representa a decadência do projeto. Ao contrário, as expectativas foram superadas. À previsão inicial era de que, em um ano, 0 número de cadastrados chegasse a 5 mil. Em três meses, o banco já tem quase isso.
Poucas imagens não-informativas passam no crivo editorial e conseguem parar no portal, como a de um bode que puxa carrocinhas com crianças em Poços de Caldas (MG). Não serve para os jornais, mas era curiosa e foi feita quando a cidade estava completando 130 anos , diz Juca.
O SOL Nas Bancas De revista Como diria Caetano Veloso, quem lê tanta notícia? O exército em formação de fotógrafos amadores está em toda parte trazendo os mais variados assuntos. No dia em que uma coroa seria colocada sobre a árvore de Natal no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o portal do Estado publicou uma imagem, feita pela fotorepórter Kátia Kuwabara, que mostrava a decoração completa. Entrou no site ao meio-dia, cinco horas antes de todos os outros veículos fazerem a foto. Kátia havia registrado tudo durante o teste feito pela manhã, ao passar pelo local. Se era realmente importante? O FR' é um projeto. As coisas ainda estão sendo adequadas. Acho que a grande foto ainda não veio. Demos uma do Paulo Malufno Guarujá (litoral de SP), no réveillon. Era uma boa foto, mas ainda não é a grande foto , pensa Juca.
Afinal, excesso de informação ou informação privilegiada, o que representa o jornalismo cidadão? Bittar fica com as duas opções. Eu preferiria chamar isso de informação que importa ou bobagem, e chamar aten-
ção para nossa capacidade de exercero senso crítico, de aprimorá-lo, além de avaliar a utilidade do que queremos saber.
Um minuTo para o comerciaL
Recentemente, a imagem de um bebê sendo retirado de dentro de um saco de lixo boiando na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, causou comoção nacional. À Globo comprou a imagem do cinegrafista amador nos bastidores, fala-se na cifra de R$ 600 - e a revendeu para a Reuters, e ela foi exibida em várias emissoras. Também uma senhora de 80 anos pegou sua máquina e mostrou ao país, pela televisão, a ação de traficantes em Copacabana. É uma coisa comum em TV.Alguns jornalísticos policiais contam com apoio de quem se dedica a andar por aí com suas câmeras. Se é notícia, bota no ar. E por que seria diferente com fotografia?
A diferença é que, no caso do FR , há também um projeto de marketing espalhafatoso. Coisas como ganhe como um fotojornalista profissional são as mais levezinhas da campanha. Optaram por deixar de lado o caráter comunitário do jornalista cidadão para divulgaro glamour da profissão, além de ações que, no jargão publicitário, chamam de agressivas . Juca não gostou. Houve um marketing de mau gosto, que já foi corrigido. Eu, pessoalmente, questiono. O 'FR' é um canal para as pessoas mostrarem o que fazem. São coisas de cidadania, mesmo. Alguns pontos do marketing foram um equívoco , considera Juca.
CarteiraDa
A vida de Juca não anda fácil. Teve de lidar com questões como convencer os fotojornalistas de que o FR não era um inimigo, lidar com gente que enviava fotos de família e amigos, pensar sobre marketing. E não pára por aí. De vez em quando, tem de contera empolgação dos Fotorepórteres do projeto. Quando o Hugo Chaves esteve no Brasil, um deles foi expulso pelos seguranças. Ele ligou, dizendo que tínhamos de credenciá-lo , lembra. Entre brincalhão e carinhoso, Juca conta que se trata de um aposentado, com mais de 70 anos, que sai para fotografar e leva tudo a sério. Numa outra vez, um dos amadores registrou a cassação de José Dirceu. Claro que a foto publicada foi a da equipe do Estado em Brasília. São situações que aparecem e a gente tem de resolver na hora , ri. ta
SAIBA MAIS
Qualquer pessoa que tenha uma câmera ou um celular que tire fotos pode fazer parte do projeto. Basta acessar o site [www.estadao.com.br/fotoreporter] e preencher um cadastro. Menores, só com o CPF dos pais.
Juca, fotojornalista
Juca compartilha a empolgação com os seus fotorepórteres. Gosta de falar do projeto. Defende, questiona, diverte-se com ESSO [ESTATE eo A [O LeTAN OR do cobriu, então pela Folha de S.Paulo, a guerra por lá. Pouco mais de um ano depois, foi chamado para ser subeditor no Estado. Deixou as ruas, seu antigo lugar de trabalho, e foi para o outro lado do balcão. Quando posso, dou umas Es o O) oo eg e [eo [etapa oo [ER TO to de ir até a janela e colocar meu foco no infinito. Isso me Fc P4c) [Leto aeTato oo] 740 te)fa oa nas cinco metros. Mas havia chegado a hora. Não podia recusar um convite desses. O bonde passou e eu peguei. E, sinceramente, estou feliz, diz.


À esquerda: Da série Nu Infrared, de Angelo Pastorello de 1996. Acima, Juan Esteves reconstrói, em computador, imagem de sua autoria especialmente para esta matéria

Acima: Destaque 3534.9594-outdoor, Segundo a autora, a série aborda a questão que envolve a hiperexposição do corpo feminino nos veículos de publicidade de cidades como São Paulo. Esse corpo pré-fabricado estimula toda uma economia que circula ao redor da idéia do corpo perfeito. À escala da obra revela um estado de um corpo forçado dentro de um espaço reduzido e rigoroso, aprisionado a uma máscara social por cosmésticos e pela estética da perfeição
Se alguém ainda tem alguma dúvida quanto a existir ou não uma identidade da fotografia de nu brasileira, está redondamente enganado. Ela não existe, assim como não existe em nenhuma outra manifestação da nossa eclética imagética. Não que isso seja um defeito, pelo contrário, sua ausência revela que a multiplicidade da produção brasileira é mais que sadia e liberta de preconceitos.
A questão da luz tupiniquim, tão debatida por vários analistas, reforça que há momentos em que a produção chega perto de determinar caminhos semelhantes até mesmo para distantes produtores, contudo isso se limita a momentos marcados por um aspecto geográfico menor, onde a concentração de alguns autores parece esboçar um conceito maior ou mais permanente. Envolvido nas próprias querelas de conteúdo, ou na dicotomia entre a arte e a pornografia, foi natural que o nu fotográfico passasse a não ter uma unanimidade em seu formato. Afinal, era mais um trabalho para o fotógrafo, que em muitos momentos podia se confundir com "fotografia de autor , mas que não ganhava, até recentemente, as paredes das galerias de arte, como aconteceu nas mostras deTripoli, Duran/www.jrduran.com.brl, Wolfenson [www.bobwolFenson.com.br] e Guerreiro [www.antonioguerreiro.fot.br].
).R.Duran, uma unanimidade do nu fotográfico, diz não fazer diferença entre o nu autoral, ou pessoal, daquele que produz para as publicações. Por muitos anos, assim como Guerreiro, foi colaborador da Playboy [www.playboy.com.br], e agora com a Sexy [www.sexyclube.com.br] tem um compromisso para fazer seis capas, sem deixar de contribuir para a revista Trip [wwmw.trip.com.br]. Para ele, a diferença está clara. "Sou apenas um colaborador. Nunca esqueço que sou chamado para executar um trabalho. Mas pelo meu espírito, minha maneira pessoal de ver, tento sempre que seja uma coisa a mais autoral possível.

Acima: Da série As Duas, de Gal Oppido
GAL OPPIDO
A,

O MEDO VENCEUA
ESPERANÇA.AS PUBLICAÇÕES ESTÃO ANDANDO PARA TRÁS, SALVO ALGUMAS EDIÇÕES.O TODOÉ MEDONHOE GROTESCO,E PIOR, COM ARES DE IDÉIAS BRILHANTES E ACHADOS ANEDÓTICOS
Bob Wolfenson
Quanto à edição de seu trabalho, revela que praticamente tudo o que eu faço é encomendado. Sou contratado para dar o máximo de minha criatividade. Porém, as revistas aproveitam de maneira diferente o meu material. Em algumas tenho mais liberdade e em outras menos, mas, se você for no meu arquivo e olhar os contatos, verá que meu olhar é sempre o mesmo .
Outro craque do nu, o paulistano Bob Wolfenson, leva mais adiante: "Na década passada, a Playboy foi muito mais que uma revista de mulher pelada . Wolfenson não se refere apenas aos demais conteúdos da revista, mas às próprias fotografias de nu. Além do estímulo próprio que as imagens causavam, Wolfenson crê que os fotógrafos celebravam algo mais naquelas páginas, um "joie de vivre e umasingularidade impensáveis nas similares internacionais pautadas por fórmulas muito rígidas.
"Nossos ensaios eram atrevidos, sem serem grotescos, e realizávamos nossos egos muito mais que nas revistas de moda."O fotógrafo credita isso à cordialidade permissiva do brasileiro", que, com uma moral mais amena que nos outros países, fez com que essa possibilidade existisse. Arrisca mesmo dizer que isso só funcionaria aquino Brasil. "Pode-se dizer que havia uma maneira Playboy-brasileira de fotografar mulheres nuas.
a arte DO NU
A autoria permanece quando as imagens deixam as revistas da banca e vão para os livros e projetos pessoais, como a Freeze, editada por Duran, só que sem a edição de terceiros. Ele resume: "Eu sou sempre autoral, eles nem sempre! Mas isso não é um problema que me aflija muito . Hay que ser pragmático sem perdero olhar , parafraseando Che Guevara, dispara o catalão.
Assim como esses fotógrafos usam as paredes das galerias como um passo além das publicações, outros ocupam esses espaços para mostrarem seus nus, outrora só publicados em revistas de moda e fotografia e livros. Caso do
paulista Otto Stupakoff, que publicava elegantes nus em revistas como a Vogue, e do paulistano Gal Oppido que há anos desenvolve seusensaios pessoais, tanto femininos quanto masculinos, envolvidos em diferentes contextos, criando sua imagética própria recheada de conceitos que extrapolam a própria imagem. Diferentemente, fotógrafos como Penna Prearo Eustáquio Neves ou Cris Bierrenbach, que, como Oppido, optam por uma visão personalizada, se distanciam cada vez mais de uma possível identidade brasileira, rumo ao cenário internacional.
As explorações do nu como objeto e conceito permeiam a obra de Bierrenbach em várias ocasiões. À recorrência, instalada por modelos nus em cenários oníricos, preenche com substância a obra de Penna Prearo em suas diferentes metáforas. O mesmo vale dizer para os registros de Neves, cuja leitura do nu está embutida em suas propostas gráficas, transferidas de seu universo familiar.
Ainda nesse pluralismo de idéias e conceitos, que destoam de uma possível coesão, constam as séries de nus criadas por Ricardo de Vicq, em "light painting , as de Ângelo Pastorello Com suas imagens de estúdio, os nus de grande formato produzidos pelo brasileiro radicado nos Estados Unidos Valdir Cruz,a arte da curitibana Vilma Slomp em seus delicados trabalhos, e as fortes cores de Klaus Mitteldorf entre tantos outros, cada um com seu caminho diferenciado.
Contudo, passados tantos anos, todo avanço conquistado se torna motivo de questionamento. O que vem se fazendo de novo, com identidade ou não, é uma questão a atormentar produtores e analistas. Para Wolfenson, o m venceu a esperança, as publicações estão andando para trás, salvo algumas edições. O todo é medonho e grotesco, e pior, com ares de idéias brilhantes e achados anedóticos . Para ele, revistas de mulheres nuas estão em extinção. Prevê que os sites serão o futuro, e arremata: "Aí, Deus nos acuda", Com leve esperança, acha que poderá existir alguém a desafiar o curso natural das coisas. Alguma coisa parecida com Fotografia vai existir nos próximos 200 anos, e certamente alguns estarão retratando o corpo humano de todas as maneiras, uns bons, outros não.
Para dealers como Cliff Li, proprietário da Leica Gallery brasileira ele mesmo um grande colecionador de nus - 0 gênero é rentável. Em sua galeria, imagens de Pastorello, de Vicg, D Fedrizzi
Marcos Magaldi e Ricardo Junqueira vendem bem. Ele também acha que o nu brasileiro está mais conectado ao editorial, ao glamour, e que sempre entre um clique e outro se percebe nos ensaios uma ponta pessoal do trabalho do fotógrafo. Também não foi à toa que o colecionador Edemar Cid Ferreira investiu nessa fatia. Boa parte de sua ex-coleção de três mil imagens = que agora caminha, por motivos legais, para uma grande instituição de arte - era de nus, gênero que resume a predileção nacional, de pobres ou ricos.
*JUAN ESTEVES é Fotógrafo e crítico de fotografia.
Da série Nefelibatas, de Penna Prearo



Lá se vão cinco anos desde que o francês Vicent Rosenblatt veio ao Brasil para fazer um curso de três meses na FAAP, em 5ão Paulo. Mudou o rumo da sua vida depois de conhecer uma favela carioca. À paixão imediata e a vontade de fazer algo para interferir de maneira positiva naquela realidade fez com que Ficasse de vez. Incomodado com a imagem errada que a mídia geralmente faz dos moradores das favelas, ele criou a agência Olhares do Morro , que funciona no coração do Morro Dona Marta. Lá, jovens de várias comunidades cariocas não só aprendem o ofício da Fotografia, mas lale[suE ER Doo [Joe [U/cà oo [PAS Sto Ta a realidade local para jornais e revistas do mundo todo. E o projeto vai indo bem, graças ao apoio de algumas instiTp do TE ei pois de mostrar o trabalho na França, durante o Ano do Brasil, o grupo agora se dedica à mais nova empreitada: a baleria Olhares . Localizado na Lapa, o espaço estende a venda das imagens do projeto para o mercado de colecionado[SE Io Aee SO EST Rc tro Cultural Telemar seu ensaio Sente a Pressão , feito em bailes funks do Rio. (Por Érica Rodrigues)
por Guilherme Maciel

A Fotografia publicitária está trocanentidade. Com as tecnologias Dvos profissionais de pósprodução no mercado, o limite se tormou infinito. Ou seja, a imagem superou o clique e encontrou o surrealismo. Nesse novo quadro, qual é o papel do Fotógrafo? Seria pessimismo demais afirmar que o caráter documental e realista da Fotografia morreu ou que o fotógrafo se resumirá a um executor de layouts. A nova identidade da fotograFia publicit jermitir que isso aconteça. Pois, mesmo em meio a essa onda de fantasia, sonho e surrealismo, tanto a fotografia pura quanto o Fotógrafo estão muito bem, obrigar


As imagens desta página e da abertura da matéria são de autoria do estúdio de photodesign Platinum [www.platinumfmd.com.br], baseado no Rio de Janeiro. À empresa mantém representantes em outros países, como Portugal e Espanha. Expansão do mercado de manipulação de imagens é grande
O papel se inverteu. No fim do século XIX, quando a fotografia surgiu, muitos pintores ficaram preocupados com os rumos que a pintura iria tomar. A arte das tintas estava fadada ao desaparecimento. Mas a pintura se transformou e encontrou um novo espaço. Guardadas as devidas proporções, agora é a fotografia que vive esse dilema pois está cada vez mais perdendo seu caráter realista, principalmente quando aliada às técnicas de manipulação digital. Isso quer dizer que a fotografia publicitária propriamente dita vai desaparecer? Não, mas vai rearranjar sua identidade. Cada vez mais os fotógrafos, as agências e os produtores estão procurando os photodesigners para realizara pós-produção de imagens surreais, fantásticas. Antes, os fotógrafos eram chamados para trabalhar seu lado artístico com total liberdade; hoje, são requisitados por seu repertório técnico, e a fotografia pura e simples parece que vai achando seu lugar dentro de um conceito maior de imagem.
Por conta disso, novas formas de trabalho vêm surgindo para preencher essa nova ordem da identidade da fotografia publicitária. Um dos exemplos, atualmente, é a parceria entre Miro e o photodesigner José Fujocka, do Fujocka Photodesign (www.fujocka.com.br). De um ano para cá, a maioria das fotos publicitárias feitas por Miro são pós-produzidas por Fujocka. Hoje em dia, a fotografia vai além do clique. Não que tenha perdido em qualidade, mas o fotógrafo que quiser criar imagens fantásticas tem que procurar essas parcerias. Mas ainda estamos em um momento muito inicial, e essas coisas ainda não são percebidas , comenta Fujocka.
Ele começou a carreira como fotojornalista e tem um trabalho pessoal que, ironicamente, dispensa tratamentos. Sou da linha Cartier-Bresson, minhas fotos são puristas , diz Fujocka, rindo. A afinidade profissional com Miro é grande. É uma expansão criativa. A fotografia tem a cara do Miro, já que a luz e a direção são dele. Mas ele me disse que eu faço coisas que ele não consegue fazer , resume Fujocka.
DIFeTO DO Louvre
Outro exemplo vem do Rio de Janeiro, onde o estúdio de concepção de imagens Platinum (www.platinumfmd. br), do fotógrafo Leonardo Vilela, do designer Flavio Albino e do ilustrador tridimensional Luciano Honorato, é responsável por uma das mais conceituadas imagens gráficas realizadas no Brasil. No final do ano passado, uma das peças da Platinum foi a campeã do Epica Awards (wu rds.com), prêmio europeu de publicidade que permiteà imagem vencedora integrar a mais nova seção de propaganda do Museu do Louvre, na França. Os trabalhos da Platinum têm, geralmente, três caminhos: a fotografia, o layout ou a ilustração em 30, dependendo do pedido do cliente. Cada caso tem seu especialista . Para nós, a fotografia é o início, a base, pode ser 20% da imagem, 80% ou o suficiente. Depende da imagem que vai ser concebida , comenta Leonardo Vilela, responsável pela parte fotográfica. Apesar dessa setorização , os trabalhos saem assinados como Platinum. Isso por-

que, de uma certa forma, todas as pessoas que estão lá dentro colaboram para o resultado final.A identidade dos trabalhos, e do estúdio, se resume ao dia-a-dia das pessoas que lá estão, à troca de conhecimentos e de experiências. Aqui ninguém é dono do trabalho, a concepção original é a mesma, de discutir, encontraros melhores caminhos, mas cada trabalho varia de acordo com as melhores idéias que cada um apresenta , resume Leo.
FIM?
O limite da nova fotografia, para Leonardo e Fujocka, é o mesmo da imaginação, isto é, infinito. O ato de manipular Fotografia é antigo, você podeclarear uma pele, dar mais contraste no negativo. Mas o digital acabou com os limites. O conceito da fotografia documental mudou completamente. Abrir mão da pós-produção digital é abrir mão de uma arma muito poderosa , afirma o sócio da Platinum. Se o limite é infinito, não é de se surpreender que muitas pessoas acabem cada vez mais sendo atraídas para esse campo. Hoje em dia, os photodesigners ainda têm um mercado carente para preencher, e muitos profissionais com formação em artes plásticas, design e fotografia, como Fujocka e Vilela, acabam assumindo a pós-produção do clique. Se dois artistas se juntam para fazer um trabalho juntos, vão criar uma identidade totalmente nova , aposta Fujocka. Ou seja, muitas identidades podem ser criadas. Basta imaginá-las. ta
Acima e ao lado: imagens feitas pelo fotógrafo Miro em parceria com o photodesigner Fujocka, especialmente para campanha Inverno 2005 do estilista Walter Rodrigues
FOTOS
moda

Entre resquícios de uma mentalidade que ainda copia padrões de fora, ao mesmo tempo em que carrega em estereótipos nacionais, o Brasil começa a dar sinais de uma moda mais consciente e menos mercadológica. Mas, afinal, é possível imprimir personalidade num trabalho comercial? E existe um Fazer brasileiro na fotografia de fofo EA ATE E: Rule Roi: tem uma identidade? Conversamos com dois dos profissionais mais requisitados do momento, o casal Chiara Gadaleta Klajmic e Daniel Klajmic, ela stylist e ele fotógrafo, para saber o que eles pensam sobre o assunto [ag ee Lute
AE A A o
[O ETR CLEAR SEIT rr ELE RE E pa RR R! [a RE anos 20 para a Vogue: fora das convenções

Em maio de 2004, Londres foi surpreendida com um Cristo Redentor de braços abertos sobre a Oxford Street. Os 20 metros da réplica do maior símbolo carioca, instalado em frente à loja de departamentos Selfridges, constatavam: a moda brasileira nunca esteve tão na moda. E o fenômeno é munCDE J RoTO oo RO PR EE RS TRES
[REED EEE RR TER
Mas há algo por trás das estampas de coqueiros e abacaxis, além do interesse mercadológico? Para a stylist Chiara Gadaleta Klajmic, 34, ainda estamos distantes de sintetizar um movimento de moda - como já aconteceu emalguns momentos da música brasileira, por exemplo. Existe uma certa ingenuidade no que se faz por aqui. Mas isso também pode ser uma vantagem, pois existe aí uma liberdade criativa. Há uma galera jovem com muita vontade de moda, fazendo trabalhos surpreendentes , pontua.
Quanto ao fazer brasileiro na fotografia de moda, Daniel Klajmic [ENA A ETTA 4) fui et 1] PASRa Pro a EEE [e e [o fole efe ET Raa Adair o o oo URSS TRUE e RES RE LT o que eu faço é brasileiro. Por ter começado a carreira no exterior, ele afirCooper(ue Ef o p=] [e [o SEgd TST EA oo ERR TA DA Cesta fo TaoEEE ST RT SET
Too Dere[EM pote go ae tea OS fo E SD fotos ou roupas , provoca. Ele coloca ainda que a globalização da informação
SER Moe est RS DRT Io deter So re Como se vê, Chiara e Klajmic, além de casados, são cúmplices também na POLE a pe fo] o TEA DO TT TD RT DEAR Tea LA DERA af RL: ES E Tele O na moda aos 20, quando deixou a faculdade de Relações Públicas e caiu, por acaso, na carreira de modelo. Morou em Paris, onde fez curso de especialização na área e, quando LCA TOSA E oo RL OEA TO EE Tee ea o Se e a IS EA RT logos das maiores grifes nacionais. É ela quem ajusta os canais e faz a ponte OLL ER EDeo o ESTELER e ETTA PESEED [SE TT METT cheado de trabalhos que vão desde campanhas para grifes famosas até ediEJA E TELE LER ea LA EEE era DaRE eli Pao oa DE No fo ro E) [ee ES nal inglês Sunday Times, reconhecida pelo faro em identificar novos talentos. aBaixo a cópia!
Eee LEE a Tra Ee aaa A
Eae TER To ELE AL Ure UT ARE CSI UT Pepeoe o LL Ac qr O Briguei com muita gente por Fe TEREM a eae ee pe ONE AV PI oa o e oa CEM) [ea DERA EL e e Ie eae VIRIAM SET
Lao PESE ETTA Pe ENTE e ART E duas ES ATE ENTE UC Ore So Le trangeiras e era mais fácil escondera cópia. Hoje, com a ua dra eee
so à informação, não dá. Conclusão: isso tem, de certa forma, obrigado produtores, fotógrafos, editores, estilistas, enfim, todos os envolvidos no pro[RE ER DER EIN ER criação, formação, personaLipaDpe
[ATDE Ri O co eso Ugo Pai e SER LER EE EreEe jo Zoe o AOS TOR LEE TA ES TER niel cria atmosferas insólitas, densas, luzes saturadas, inusuais. Mas para quem pensa que estar fora dos padrões vigentes restringe o trabalho criativo à gaERES Er TREE Dr EE DES Doe e TES TETE Ser SR TENER ERR eU RD A E E TRT]
[Tu oo) res paof=EN Do O a RR Deo TOUR EEE paro state TOTAL Lp To DATOS [eita Tea Teo too Te A É preciso falar 'não! para aquilo em que realmente não acredita. No começo, FepUR ale eQgco ce etafo =] [oe[atada ER DE TA ERROU [eo Rep leo ape OD O STA ad RA RS E poe ra oe RS so fo o ER Ee Ta feita que desenvolveu , diz Klajmic.
[oe oe Ure SRT TOTO SO e ATESTO tes de mais nada, muita conversa. Todos têm de falar a mesma língua, estar EST ATER Doi o Re TA Di Ta RESTe o O o STE OR TOUT DRE TE e O MN RES
Doesoe rena eo esto RoTo ENT TOS TES a Drop OR fe erre o RASTRO TT To [EDER DE DE ES DR TD TETO DE Ta RE a e pero RO RR DI e ER talidade colonizada e a falta de repertório do brasileiro para interagir com EMOCIONAR consciente. A stylist salienta que o ensino na área ainda é elementar. Sem Fo LL ES go o TO fo ETR RT TES TES
Klajmic, o mercado brasileiro está saturado de gente habilitada a resolTE e ora LAST OTELO LOTE TOS ER 4 TO AT TU a Artes oaro o fere o Ta Teo TOR TR DDD ooo seguir criar uma linguagem própria, se ele não tem onde aplicar isso, se o oracao NETO ET ARS ER TUaTRR
Representantes da nova geração criativa do país, os dois mostram que ES Sa ua RR ee ee RESE) Te O UT ET e TOS
Faroe a RS o a a eae Toa Tate Te RR a Lea] Er ETA SS pa RL NT
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Fa PA TR Re RR RO RO RD SS O
STR NoRiS ro Ao LRN O LUA oras TOTO fotógrafo de moda Renato de Cara, em ONDA]

Untitled 4455, 1956-1957
silver gelatin print
152 x 122 cm tiragem de3
61x51 cm tiragem de 10
SEYDOU KEITA
Cortesia: Galeria Sean Kelly, Nova York

Quem
é o dono de
seydou Keita?
por Michael Rips, do New York Times

Mesmo para os elevados padrões do mundo das artes de Nova York, o rumor era excepcional: uma latinha de negativos enterrada na África há três décadas, quando aberta, revelou o trabalho de um fotógrafo que não era um sujeito outsider , muito menos tribal , mas alguém espetacularmente moderno. Boêmios e hypados de NovaYork apareceram em massa na vernissage do dia 18 de outubro de 1997, na Gagosian Gallery, usando braceletes Fulani e camisas como estampas de Matisse, que Faziam referência ao estilo de vestir do norte da África.
Mesmo acostumados com os rumores do mundo das artes e Familiarizados com os exageros no mercado de Fotografia, Ficaram todos muito impressionados. Observavam retratos enormes em preto-e-branco nos quais o intrincado design tribal africano se confrontava com tecidos de motivos arabescos e florais, criando uma aura de Vuillard. Um bom número de imagens foi vendido na mesma noite por valores superiores a 16 mil dólares cada, e no final do evento muitos dos presentes esperavam feito crianças, à frente de suas limusines, para tentar conhecer o autor daquelas imagens que eles nunca mais esqueceriam. Finalmente ele aparece, velho e com pose de rei. O lançamento foi muito bem recebido por todos. Margarett Loke, que escreve no New York Times, descreveu Seydou Keita como um homem que trouxe uma nova vitalidade para a arte do retrato . Um artigo na Artforum destacou o evento, ressaltando que as fotografias eram um sucesso junto à elite de Nova York . Não muito depois da exposição, recebo um telefonema de um homem que conheço e que se chama Ibrahim. Ele tinha algo para me mostrar. Negociante de Mali, Ibrahim costuma ir à minha casa com maletas de coisas que vasculha nas suas viagens para a África. Os objetos que eu não compro, ele tenta vender para outros e, no final do dia, leva tudo o que sobrou para um pequeno mercado no Chelsea, onde africanos negociam mercadorias, tocam música e se divertem. Naquele dia, Ibrahim não trouxe mala alguma. Depois de alguns minufos de conversa, pôs a mão no bolso e tirou um pequeno pedaço de papel. Na frente havia uma imagem de uma jovem africana. O contraste e a densidade dos pretos e dos brancos eram mínimos, a luz modesta e os padrões das roupas quase invisíveis. Virei a fotografia e li: "Keita Seydou, Photographe Bamako - Contra en face prison civile Bamako (Sudan Français)". E uma data: "3 Avr 1959", Fiquei confuso. Essa fotografia não tinha nada a ver com as colossais imagens em alto contraste que eu havia visto na galeria. Essa, Ibrahim me explicou, era um original. Era isso que o modesto estúdio de Fotografia do Sr. Keifa fazia, disse-me. Contaram-me mais tarde que existiam pouquíssimas dessas imagens [eu comprei aquela por algumas centenas de dólares e depois fui atrás de outras que não fazem mais parte da minha coleção).
A história dessa discrepância - de como uma ampliação pequena, vendida por alguns poucos dólares na África, tinha se transformado em ampliações gigantes vendidas por 16 mil dólares em uma galeria no SoHo começa na colonial Mali nos anos 1930 e continua até os dias de hoje- uma nova mostra do trabalho de Keita foi aberta em janeiro de 2006. Trata-se de uma história que inclui brigas barulhentas, processos, acusações de roubo, perjúrio e falsificação, história que sobrevive ao fotógrafo, falecido em 2001, e passa pelas mais diversas facetas da história da humanidade, do colonialismo ao capitalismo, chegando à revolução racial. Mas também envolve outros conflitos: as polêmicas filosóficas sobre a natureza da fotografia e sobre o conceito de autenticidade. Nos anos 1930, Seydou Keita, então jovem, com baixo grau de educação e trabalhando na carpintaria de seu pai, recebe uma câmera Brownie [que produzia negativos 6 x 9) de seu tio. Em 1948 Seydou monta um pequeno estúdio comercial no centro de Bamako. Ele era pobre e fazia cópias usando uma câmera 5 x 7 e colocando os negativos diretamente sobre o papel para operar suas ampliações. Usava seus aposentos como local de trabalho e a luz ambiente como a única fonte de iluminação disponível. Ao contrário de seus ancestrais, que haviam fotografado os africanos para encorajar um trabalho missionário, para justificar a colonização, ou ainda como arte erótica, Keita
fotografava os africanos para seu próprio uso, e revelou-os como nunca tinham sido vistos: gravatas-borboleta (as dele), sentados em motocicletas, segurando rádios ou com uma única flor na mão, numa referência aos simbolismos ensinados nas escolas francesas de Mali. Para os clientes, era uma mistura de poses africanas com roupas ocidentais, ou poses ocidentais com roupas africanas, e que colocava as pessoas na fronteira da modernidade. Okwui Enwenor - professor de fotografia e curador de uma exposição de 1996 no Guggenheim Museum que incluiu trabalhos de Keita - sustenta que, na quantidade de informação que o trabalho de Keita traz sobre a classe média e no grande número de imagens, o legado de Keita é comparável ao trabalho de retratos feito por Rembrandt . O que torna isso mais surpreendente, completaele, é que Keita trabalhava fora de qualquer discurso estético, ou seja, não tinha educação na história da fotografia e das artes. Após a independência da nação em 1960, Keita foi obrigado pelo governo a fechar seu estúdio, colocando seus mais de 7 mil negativos em uma lata que enterrou em seu jardim. Quinze anos depois, proximamente a se aposentar do governo, alguém arrombou seu estúdio e roubou todo o seu equipamento fotográfico. Para se sustentar, Keita converteu o espaço numa oficina de consertos de motos.
Foi apenas em 1990 que ele conheceu Françoise Huguier, uma Fotojornalista francesa. Françoise conseguiu que um pequeno número de imagens de Keita fosse exposto fora da África, onde elas acabaram por chamar a atenção de Jean Pigozzi, herdeiro milionário do grupo francês Simca e um dos maiores colecionadores mundiais de arte africana. Em 1992, Pigozzi enviou o curador de sua coleção de arte Africana, André Magnin, a Bamako para se encontrar com o fotógrafo. Magnin retornou com 921 negativos e fez ampliações, que apareceram alguns anos depois em uma exposição na Fundação Cartier em Paris, e posteriormente em uma exposição-solo na Scalo Gallery de Zurique, acompanhada de um livro chamado Seydou Keita: An African Photographer. Walter Keller, curador da Scalo e editor do livro, disse que as ampliações da exposição tinham 20 x 24 polegadas, maiores que os originais (5 x 7), mas não gigantes.
No momento em que as imagens chegaram à exposição na Gagosian, poucos meses depois, algumas delas haviam pulado para 48 x 60 polegadas [1,20 x 1,60 m). Magnin vendera as imagens que ele havia ampliado para o milionário Jean Pigozzi e para outros colecionadores, galerias e museus. Oprofessor Enwezor deu o crédito a Magnin por ter apresentado o trabalho de Keita para o mundo. Keita, contudo, não estavafeliz. Jean-Marc Patras, um conhecido agente de artistas e músicos africanos, diz que Keita imaginava que Magnin estivesse fazendo ampliações não autorizadas e assinando-as. Eu nego veementemente essa acusação , afirma Magnin. Seydou foi envolvido em cada decisão, sabia de cada ampliação feita e Firmou cada cópia que tem sua assinatura. Fomos também cuidadosos para repassara ele as informações de quanto estávamos recebendo pelas ampliações.
Pigozzi nos contou recentemente que, sem os esforços de André Magnin, Keita estaria totalmente esquecido. Ele conseguiu publicar um livro importante de Keita, e levaram seu trabalho para as coleções dos mais importantes museus do mundo. Ainda com a nossa ajuda, Keita conseguiu ganhar muito dinheiro, vendendo suas imagens de maneira organizada , disse Pigozzi, acrescentando que Patras, contudo, deu um jeito de criar uma grande confusão.
Na época da exposição na Gagosian, Keita se encontrou com Sean Kelly, da Sean Kelly Gallery, em Nova York. Keita estava infeliz com 0 que Pigozzi e Magnin estavam fazendo com suas fotografias, justamente o motivo pelo qual ele me procurou , disse Sean. Mas foi somente em 2001 que o fotógrafo resolveu romper com eles. Lim parente de Keita, Kader Keita, ex-diplomata que estava presente a uma reunião entre Seydou e Magnin, disse: Keita estava fu- rioso com a possibilidade de que Magnin estivesse falsificando sua assinatura, e queria seus negativos de volta , Os negativos não foram devolvidos, e Keita transferiu a exclusividade dos direitos de seu trabalho para Patras, que foi
SEYDOU KEITA
Untitled 4456, 1950-1960
silver gelatin print
152x 122 cm
Er ue
RR tiragem de 10

SEYDOU KEITA
[loja RS ET ERR RES
SAE ET Ad tiragem de3
SR tiragem de 10
(o TEREI ERES
Cortesia: Galeria Sean Kelly, Nova York

trabalhar na preparação de uma exposição de Keita programada para abrir em 2001, na Sean Kelly Gallery sk Algumas semanas antes da data de abertura da mostra, Keita voou a Paris para confrontar Magnin. Dias após sua chegada a Paris, Keita faleceu, com cerca de 80 anos. Duas semanas depois, o trabalho de Keita foi apresentado na Sean Kelly Gallery. Pouco antes da vernissage, conta Kelly, Jean Pigozzi, um homem corpulento, corria pela galeria gritando: O que você pensa que está fazendo?! lembra Kelly. Eu sou o dono de Seydou Keita. Depois de trazer alguém para testemunhara cena, Kelly, exjogador de rugby e também um homem grande e forte, agiu. Não iria me intimidar com Pigozzi e coloquei-o pra fora.
Um mês antes, Patras e outros haviam fundado a Association Seydou Keita em Bamako, a fim de preservar os negativos que ainda estavam nas mãos de Keita e supervisionar e aprovar as ampliações feitas ao redor do mundo. Keita, juntamente com a Associação e Kelly, decidiu que todas as novas ampliações teriam edições limitadas, nunca superiores a 15 cópias, e para algumas delas seriam permitidas três ampliações apenas. Essas ampliações, certificadas pela Associação, comporiam a base para a exposição na Kelly Gallery.
Quanto aos 921 negativos, Magnin diz que eles não estão mais em suas mãos. Ele afirma ter devolvido o material a Lancina Keita, um dos irmãos de Seydou, no funeral do fotógrafo. Lancina se recusou a comentar. Em julho de 2004, a Associação processou Pigozzi e Magnin em Paris. O litígio está ainda em fase de investigações, e Julie Jacob, a advogada francesa que representa a Associação, diz que Pigozzi e Magnin têm feito os negativos passar de mão em mão entre diferentes pessoas, algumas parentes de Seydou, para, de propósito, evitar que eles retornem à Associação . Kelly diz temer que todos os negativos possam se perdera qualquer momento.
A controvérsia criou uma dificuldade para aqueles que compram ou vendem cópias do trabalho de Keita. Bárbara Wilhelm, da Gagosian Gallery, diz que, em função da dúvida se os trabalhos foram assinados por Keita ou por outro alguém sem a sua autorização, obrigamo-nos a tratar cada imagem caso a caso. Como Keita esteve pessoalmente na noite de abertura da mostra na Gagosian, em 1997, e não manifestou qualquer reclamação sobre as obras , diz ela, pode-se entender que as assinaturas nessas obras são autênticas . Kelly, que organizou a mostra de 1997 na Suíça, recomenda que todas as assinaturas de Keita sejam comparadas àquelas sabidamente autênticas. Kelly diz que nunca compraria uma fotografia de Keita que tenha sido produzida por Magnin e Pigozzi. Você não consegue ter idéia de quantas foram feitas, não sabe se Keita as autorizou, e nem pode estar seguro quanto à autenticidade das assinaturas , finaliza. Na mostra lançada em janeiro deste ano, as maiores imagens (60 x 48 polegadas) serão oferecidas em edições limitadas a três, por preços entre 18 e 22 mil dólares, não muito acima daqueles alcançados na Gagosian Gallery, há oito anos. No mesmo período, o trabalho de outros célebres fotógrafos teve seus valores quadruplicados. Pela controvérsia que envolve Keita hoje em dia, Kelly se surpreende que não tenha havido mais barulho. Troque-se o nome de Keita por Bresson e o mundo estaria em polvorosa , diz ele. Até agora, poucos deram importância , Finaliza. Há várias razões pelas quais a posteridade conservará Cartier-Bresson e Keita diferentemente: Bresson era brancoefrancês, e foi reconhecido na Europa já no início de sua carreira, enquanto Keita era africano, autodidata, sem grandes ambições, e para quem a fotografia era, antes de tudo, um ofício. Brian Wallis, diretor de exposições e curador do ICP (International Center of Photography NY) descreve a questão de o que fazer com novas ampliações de fotógrafos falecidos como uma das mais complexas e angustiantes da fotografia . Sandra Phillips, curadora de fotografia-sênior do San Francisco Museum of Modern Art, aponta que, até pouco tempo, os fotógrafos quase não se preocupavam com a maneira como seu trabalho era ampliado. Era a imagem e não a impressão que era importante , diz ela. Os fotógrafos literalmente jogavam seus negativos em museus e revistas para que estes decidissem como seus tra-
balhos seriam impressos. Julia Scully, ex-editora da Modern Photography, diz que a idéia de que trabalhos antigos ou com edição limitada têm valor especial foi recentemente promovida por colecionadores e donos de galerias que, havendo testemunhado o crescimento do valor de mercado da fotografia, querem apenas preservar e proteger seus investimentos. Na fotografia, autenticidade é algo artificial . Quando uma fotografia, ou qualquer outro trabalho artístico, é separada no tempo do contexto cultural em que foi criada, ela está aberta para novos significados. Essa idéia, talvez pioneiramente articulada no ensaio de Walter Benjamin4 Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica (1931), tem sido abraçada por muitos curadores em anos mais recentes, afastando-os do que Wallis chama de o Fetiche do vintage . Ao contrário, curadores estão mais abertos aos novos significados que podem emergir da manipulação de originais, mesmo que esses significados sejam diferentesou até totalmente opostos de qualquer coisa que artista tinha em mente.
O resultado disso abre enormes possibilidades, mas é também repleto de contradições. Hoje não é raro que galerias apresentem trabalhos que refletem esse enfoque pós-moderno e, ao mesmo tempo, cobrem cada vez mais caro por trabalhos originais. No caso de Keita, as fotografias foram realizadas em um momento importante da história da África Ocidental, em meio a um processo de migração interna do mundo rural para áreas urbanas. Seus clientes, diz Enwezor, eram parte da mudança: pessoas recém-chegadas na cidade que enviavam suas fotografias pelo correio para os parentes no campo. As fotos eram parte de uma correspondência particular. Com os aspectos formais da fotografia tamanho, contraste e densidade - sendo manipulados e alterados, essa faceta da história das imagens começa a se evaporar.
Há, contudo, um outro argumento, baseado na própria tecnicidade da fotografia, que mina o conceito de autenticidade. Charles Griffin, que amplia as imagens de Cindy Sherman e Hiroshi Sugimoto, observa que a resolução dos negativos desses fotógrafos é maior que a das ampliações feitas por eles à época. Os negativos, pode-se dizer, contêm um universo muito maior de informações a serem mostradas, dando àqueles que fazem ampliações o poder de selecionar e suprimir detalhes que aparecerão, ou não, na ampliação.
Earesponsabilidade de quem amplia imagens, lembra Griffin, foi aumentada com a decisão dos fabricantes de papel de reduzira quantidade de prata e, portanto, a sensibilidade dos papéis fotográficos. Como resultado, artistas, museus e galerias lidam com os profissionais que cuidam de suas ampliações da mesma maneira como os escritores tratam seus editores, transmitindo a eles a missão de acrescentar ou retirar material dos manuscritos que entregam para a edição final. Foi a Griffin que Kelly confiou o trabalho de ampliação do material de Keita. Pelo respeito que Kelly e a Associação têm por Griffin, concederam a ele a liberdade de decidir de que forma o trabalho de Seydou deveria ser ampliado. Griffin disse que, quando foi à exposição de 1997, na Gagosian Gallery, ficou imediatamente incomodado com várias questões, especialmente o forte contraste entre os brancos e os pretos das imagens. Muitas vezes, quem está ampliando o trabalho é influenciado pelo gosto pessoal dos colecionadores, como imagens muito gráficas, por exemplo. Quando mais tarde ele foi convidado a fazer ampliações do trabalho de Keita, resolveu, entre outras mudanças, dar mais ênfase aos meios tons entre o branco e o preto . A observação de Griffin a respeito da influência dos colecionadores carrega também um paradoxo: independentemente de quanto o universo acadêmico fala de modos alternativos de interpretação, a força dominante no mercado atual é aquela que faz com que muitas re-interpretações sejam mais interessantes. Provavelmente, até agora o único resultado prático do litígio para recuperar os 921 negativos é que a Associação está empobrecida, e com parcos recursos para preservar os negativos em seu poder, os quais, de acordo com Griffin, estão se deteriorando rapidamente. No final, as ampliações controversas de Keita podem ser tudo o que restará dele e,a essaaltura, o pós-moderno te- rá se tornado o autêntico.
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[Unte E PRE EE Ea Eu
SR tiragem de 10
14x 11 inches (36 x 28 cm) tiragem de 15

SEYDOU KEITA
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RSRS tiragem de 10
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Cortesia: Associação Seydou Keita, Bamako, Galeria Sean Kelly, Nova York, e JM Patras, Paris
Galeria Sean Kelly, Nova York
Galeria Sean Kelly, Nova York
Patras, Paris.
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Eu queria entender essa sua mania por pés...
Ela estava acordada e ficou me vendo com o scarpin preto dela na minha mão. Era desses sapatos que poderiam ser chamados de perfeitos, que põem uma mulher no pedestal, uma peça Feita com a intenção de provocar más intenções.
Vou fazer uma foto desse scarpin.
Você já fez fotos de outros pés antes?"
Já. Te contei isso! - e ela levanta com certa pressa, aquelas pernas balzaquianas de ex-bailarina, andando forte do quarto à cozinha.
Na cozinha, ela pergunta alto se quero café. Digo que sim. Deixo o sapafo no chão e olho o ventilador de teto girar. Refresca e espanta os mosquitos. Para os insetos devem ser um furação violentíssimo aquelas pás de plástico injetado girando.
Manhã sem café é deserto sem areia. Tomamos um café made in Bialetti na cozinha, ela em meio silêncio, ou seja, o mar entrou para dentro do oceano, venta quente e nuvens surgem: o tsunami, numa manhã de sábado, está por vir.
Sabe a Cris?"- a xícara dela estava no fim. Uma arma de porcelana em potencial.
Cris? Que Cris?
Não se faça de desentendido. Amiga da Fernanda, que se separou agora daquele advogado babaca... 'Não lembro."
Se lembra/sim. À gente estava na casa da Fernanda e ela falou que tinha feito umas fotos sensuais, bacanas. Os pássaros fogem em direção ao sul, o ar fica pesado. A tormenta se arma no horizonte e meu inocente veleiro luta bravamente.
Cris... Ahhh, lembrei. Uma designer? (Todo mundo é designer, produtor e fotógrafo hoje, reparou?) Fiz umas fotos dela sim. Ela gostou, disse que sempre quis um tipo de foto assim. Entre as neobalzaquianas isso está se tornando bem comum, querem sentir-se capas de revista, pin-ups de alguma maneira, querem imagens delas mesmas penduradas no próprio closet ou banheiro recém-decorado. Uma memória 20; de que foram belas um dia. Ou um espelho que nunca muda de imagem. A pose é correta, a luz exataeo Photoshop? faz o lifting perfeito, um mix de pele de veludo e textura de mármore, liso e sem marcas. Eterno. Mármore é o material mais usado em lápides. Há quem prefira granito, mais barato.
Ela disse que o Fotógrafo era um doce, super profissional. Charmosécéérrrrrrimo. O ééérrrrrimo parecia um rugido de tigre, ou melhor, tigresa. Ou um trovão de tempestade. Lava a xícara na pia.
Um dos capítulos deA Arte da Guerra recomenda abriro campo para o inimigo entrar. Vamos ver se Funciona:
'Mas o que têm essas fotos? Não tinham nada demais!'- pergunto e afirmo, com um sorriso desinteressado.
Desculpe, mas eu não me sinto bem. Elas ficaram olhando para mim como se o meu namorado fosse um Don Juan...
O diálogo que se seguiu foi aquela discussão de relação (errgh!), em que ela fala muito, gira em círculos, faz quadraturas de Marte em Saturno, diz que Vênus anda muito assanhada para o meu lado e reclama do meu silêncio. Se a fama ao menos se aproximasse da realidade, eu estaria morto por stress ou aposentado por insalubridade. Não há muito o que argumentar, até porque a realidade é um meio de justificar um dos lados da verdade. Ela diz que vai à praia com umas amigas, se arruma rápido e bate a porta. Não fiz a foto do scarpin e o ventilador ficou lá, a espantar mosquitos do quarto, ainda que não houvesse nenhum. Deito e durmo. |
ANDRÉ ARRUDA é fotógrafo, mora no Rio de Janeiro e qualquer semelhança com a realidade é pura alucinação. Para achar o cara:

EVOLUÇÃO DAESPÉCIE
O Riya, novo buscador de imagens da internet, consegue reconhecer a face das pessoas a partir de seus traços e medidas. Mas o programa, que veio para solucionar a identificação de | fotos digitais, pode se tornar a mais * bem acabada versão do Grande Irmão por Guilherme Maciel
O Big Brother, não o do Pedro Bial, mas o do George Orwell, autor do livro 1984, ganhou o seu brother conceitual mais novo, moderno e internético. Trata-se do recém-lançado Riya .riya.com], um software de busca de imagens que reconhece caras, textos e signos de imagens digitais. O diferencial do Riya em relação aos outros buscadores de imagens da interneté identificar as pessoas nas fotos por meio de seus rostos, e não pelas legendas ou outras indicações escritas. Segundo rumores, durante a fase de testes, o programa fez a proeza de reconhecer 150 mil imagens do expresidente americano Benjamin Franklin, que ilustra a nota de 100 dólares.
O princípio básico do Riya é fazer uma varredura na imagem à procura das proporções do rosto: distância entre pupilas, tamanho dos olhos, comprimento da boca, além de muitas outras nuances. Apesar de algumas dificuldades no percurso, como o fato de uma pessoa estar com barba em uma foto e sem barba em outra, ou com e sem óculos, a versão recém-lançada e disponível para download no [www.riya.com] já apresenta muitos avanços em relação aos problemas dos primeiros testes.
A identificação de imagens digitais faz parte de dois estudos mais complexos, o reconhecimento de padrões e o machine vision, desenvolvidos nos Estados Unidos a partir dos anos 70. Para o seu bom funcionamento, são necessários dois componentes: um software eficiente e a capacidade de processamento de dados em grande escala. O valor de mercado de uma ferramenta como o Riya ainda não foi avaliado, mas deve ser alto. Sabe-se que o Google tentou comprar o Riya por US$ 40 milhões e as negociações não

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evoluíram. Esse é um projeto muito complexo, que envolve muito dinheiro , comenta o fotógrafo e físico Thales Trigo.
Criapor e criatura
O George Orwell da era moderna é um empreendedor indiano, Munjal Shah, que entre outras crias é o pai do Andale [www.andale.com|, a ferramenta que movimenta o site de leilão eBay [www.ebay.com]. Os dois braços direitos de Shah, também indianos, são Burak Gokturk, especialista em visão de computadores, e Azhar Khan, engenheiro especialista em software. Riya, em um dialeto indiano, significa ostentação, fazer as pessoas acreditarem que você seja mais virtuoso do que é, com o intuito de conquistar confiança. Isso, em princípio, não teria nada a ver com a idéia de Munjal. Mas o nome surgiu depois que a filha de Azhar, chamada Riya, foi curada de uma grave doença no coração.
Uma das motivações de Munjal, além de homenagear a pequena garota e a família Khan, foi não ter mais as fotos digitais nomeadas como, por exemplo, DCS. 0000035.jpg, em meio a seu acervo de mais de 30 mil imagens. Mas o uso da criação de Munjal vai além de um mero reconhecimento de imagens. Com essa tecnologia, é possível fazer levantamentos de pessoas a partir de suas caras. Imagina criar um banco de dados com as faces das pessoas? Numa loja, por exemplo, será factível reconhecer os clientes preferenciais, bem como os assaltantes , provoca o fotógrafo e professor do Senac Thales Trigo. ta
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A fotografia de uma ilha na represa de Guarapiranga, vista não sei exatamente quando, marcou minha memória visual de tal maneira, que passei a não saber exatamente se eutinha visto a imagem ou se ela era um traço impregnado de tinta antiga em algum canto do meu cérebro.
A sensação era de um verso de poema que falasse da espera e do tempo que se arrasta ou permanece quase imóvel quando somos crianças.
Quando a memória é distante demais ela cria um sfumato, como alguns contornos nas telas de da Vinci, que não gostava de terminálas, mas, como tinha que terminar, usava a dúvida da bruma nos seus fundos. Cresci brincando nas margens da mesma Guarapiranga, e a monotonia dos dias brancos de garoa, quando olhávamos para os lados de uma certa ilha, apareceu naquela fotografia como se um estranho

usasse me lembrar do meu próprio sonho.
Caio e sua imagem me adormeceram no sono tranqúilo do silêncio poderoso da fotografia. Sua afinidade com as coisas que já estão lá me faz pensar na honestidade do criador, que é o espelho das coisas que não conseguimos enxergar.
Você sabe por que não conseguimos enxergar uma cidade antes de vê-la fotografada? Porque a inquietude e a ameaça real, nosso cor- po em movimento e a imersão no quadro nos deixam praticamente ce- gos. Impossível ver a periferia andando pela periferia ameaçadora. Mas e as coisas tranquilas e desertas? A essas rendemos odes em grande formato como faz esse fotógrafo, recriando com talperfeição as coisas, que nos perdemos nelas como se elas fossem o mundo.
CAIO REISEWITZ Foi retratado por MARCIO SCAVONE [msBmarcioscavone.com.br] especialmente para esta coluna
Dio

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