Revista Fotosite [n. 11]

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Assinale quantos números você está marcando neste jogo: Em [6] [71] [8] [94 a [120 SAS!

SURPRESINHA - Aqui o sister! apostas deseja fazer: LIZ SA

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O TERMINAL. SUAAPOSTA. escolhidos ou preta

VOCÊ PODE JOGAR MARCANDO EM UM, DOIS OU NOS TRÊS QUADROS ABAIXO:

O FIM É SO O COMEÇO

A ILFORD ESTÁ AQUI PARA PROVAR QUE O FILME NÃO ACABOU.

ESTAMOS APENAS COMEÇANDO. OU RECOMEÇANDO.

FILME PERMITE, A ILFORD CONTINUARÁ SENDO A ESCOLHA DOS

MELHORES FOTÓGRAFOS DO MUNDO. da NÃO LIMITE SUA CRIATIVIDADE ÀS

A vida nos portos do mtndo é tema, do ensaio Hotel Marinum, de Alex Majoli (leia a entrevista a partir da | pág. 54); "Um hotel que fica em EA nenhuma parte, a não ser em frente | | ao mar. Cada canto traz uma memória, o flash de um momento que, talvez tenha se repetido ao mesmo | tempo emtantas outras cidades como essa. a história de pessoas Ro que passam a vidas respirando o Cheiro do mar . Na foto, o marinheiro É «Sacha, em Murmansk, Rússia, 2000

D AD INS a | | |) E 0 N NS

Receber 200 revistas por assinatura, frequentar museus, exposições, assistir a Filmes, estudar o comportamento social, de consumo e emotivo, sacar as tendências regionais demográficas, populacionais, de produtos etc. Depois, transformar esses daEf ut E e LER E DISSER Ao pt ELE E CT EE Ra RE Eur E EE EE EE Es A seguir estabelecer uma relação ok com as pessoas, mesmo que você tenha quase dois metros de altura e seja loiro, além de gringo e fotógrafo, é claro. Ser contratado pela mais cobiçada agência de fotojornalismo do mundo, bem pouco tempo depois de viver em uma invasão clandestina, de ter sido um sem-teto. De um lado ,a executiva da Getty Images Denise Waggoner, criadora do conceito caçador de tendências , que gerencia uma equipe pelo mundo a fim de entender como as coisas acontecem nesse cal- om deirão humano, para alimentar a mente de seus fotógrafos. De outro lado, a saga particular de Alex Majoli, um dos jovens Fotópod EEToTS o ea AE A De Tap AS oe ET UE Ta RES ESLou fee comportamento humano que alimenta o negócio de um dos maiores bancos de imagem do mundo e o fotógrafo que vive de transformar suas próprias mazelas em imagens, estamos nós, pesquisando, perguntando, enfim, trabalhando para entregar um pacote de informações sobre Fotografia que sejam interessantes, variadas, reais. E sem esquecer que uma revista deve elevar 0 ni- OUVE ES =p rec ESTATE Fi ES E o e LESTE str Pisco Det GAIsO Fato: a de to

CAÇADORA DE EMOÇÕES

Denise Waggoner foi quem criou o cargo de Creative Researcher na Getty Images. Você sabe o que isso significa?

CARIOCAS DA GEMA

Os bastidores do ensaio de Bruno Veiga para a capa do novo CD de Chico Buarque

POSTAIS REAIS

Fotógrafa Letícia Valverdes convida refugiados para posar diante de pontos turísticos

NO SMOKING

Gravadora tira cigarro de antigas fotos dos Beatles para relançar discos

ARTE DE ILUDIR

Artistas usam fotografia para desafiar a lógica e provocar o espectador

MITO DA CAVERNA

Fotógrafo Marcelo Greco utiliza famosa tese de Platão para comentar as angústias do homem contemporâneo

MERCADO

Demos uma geral no mercado da fotografia documental no Brasil. A conclusão está aqui!

BRASILEIROS

EUMEBOLN CLUBE

Depois de muitos cartões vermelhos, Ed Viggiani emplaca seu primeiro livro solo

NOVOS

EXPLORADORES

Quem são, o que pensam e quais as principais motivações da novíssima geração de fotógrafos documentaristas brasileiros

ALÔ? VOCÊ

ESTÁ NA MAGNUM

O italiano Alex Majoli vivia como um semteto quando se tornou um dos membros da mais prestigiosa agência de fotojornalismo do mundo

NOME DE MOTOCICLETA

André Arruda continua sua ficção sacana sobre a vida de um fotógrafo que faz books para modelos

BRAIN STORM

Masao Goto Filho estréia sua coluna falando de fotojornalismo feito com áudio, legendas completas e, quem sabe, até vídeos

RETRATO DO RETRATO

Acoluna de Marcio Scavone completa dez edições. Refletimos sobre isso aqui!

WWW

Para ler o conteúdo exclusivo desta edição, acesse www.fotosite.com.br e clique nesta marca (3 ERENEREZENENA Ao abrira página, DIGITE À SENHA: fotositebanos

A REVISTA FOTOSITE tornou-se a melhor publicação nacional de fotografia e é sempre aguardada com muita expectativa. É um prazer fazer parte dessa iniciativa.

Tibério França, galerista

Fiquei impressionado com a REVISTA FOTOSITE de fevereiro. A melhor da história, parabéns! Fiquei chapado lendo de pé" na Fnac... um tesão! Vocês acertaram na intensidade, no visual, conteúdo! Acho o Diógenes Moura o melhor curador de fotografia que conheço, além de escrever sobre o tema MARAVILHOSAMENTE. Convidem- no mais vezes, é isso! Boa sorte...continuem assim!

Vitché Palacin (SP), Fotógrafo e professor universitário

Fico feliz pela nota no portal FOTOSITE, pois admiro muito o trabalho de vocês e gosto muito da revista Fotosite e dos encontros promovidos na Fnac.

Julia Kater, fotógrafa

Para entender: demos uma notícia no FOTOSITE sobre a exposição dela.

Muito obrigado pelo espaço. Ficou muito legal o texto e já repercutiu. Puxa, o FOTOSITE está cada vez mais poderoso!!! Tridimensionais a anamórficos abraços.

Marcos Muzi, fotógrafo Para entender: o Muzi é nosso super colunista especializado em fotografia estereoscópica. Demos uma nota no FOTOSITE sobre a exposição dele.

Tanto mar, tanto mar

Gostaria de saber da possibilidade de mandarem números da REVISTA FOTOSITE pelo correio, pois moro em Lisboa, Portugal. Ou será que aqui a encontro?

Abraços e obrigada.

Ana Rojas

Ana, mande um e-mail para a Flávia Jungbluth [flavialDfotosite.com.brJ, que é nossa diretora internacional de envios além-mar. Passe o seu endereço. Ela te responde rapidinho e esclarece o esquema, tá?

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Legenda trocada

O crédito correto da primeira foto da página 40 é Rogério dos Passos Dias da Luz/FotoRepórter/AE. A legenda correta é Adutora se rompe na rua Frei Caneca, em São Paulo . Na hora do fechamento, trocamos a foto e esquecemos de fazer o mesmo com a legenda.

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Na reportagem Quem é o dono de Seydou Keita? , a grafia correta do nome do jornal é The New York Times. Faltou a gente colocar o The , e eles odeiam isso!

Crédito sempre!

As imagens que compõem o anúncio da Folhapress, na página 23, são de autoria do fotógrafo Eduardo Knapp/Folhapress.

JOÃO KEHL

Eleições presidenciais 2006 - Haiti

A Folhapress é a agência de notícias do Grupo Folha. Comercializa fotos, textos, colunas e ilustrações a partir do conteúdo editorial do jornal Folha de S.Paulo. O site contém um Banco de Imagens on-line com um acervo de mais de 250 mil imagens digitalizadas. Imagens que foram notícia e também que retratam a realidade brasileira. Para contratar o serviço da Folhapress ligue 011 3224-3123 ou acesse www.folhapress.com.br

A boa imagem da notícia

Fotos: Jorge Araújo/Folhapress

Especialista em significado, aplicação e impacto de imagens, Waggoner está há dez anos na Getty e é pioneira na área de previsão de tendências visuais.

Não acredito que haja um único fotógrafo que não esteja vendo as mesmas coisas que nós. À diferença é que ele se volta para a realidade imediata, em vez de dados e análises, para criar suas respostas

Para onde vamos?

Denise Waggoner é vice-presidente mundial de pesquisa criativa da Getty Images [www.gettyimages.com]. Um cargo de responsabilidade, que remete a níveis alarmantes de stress, respostas curtas e técnicas, é pouca atenção a jornalistas brasileiros, certo? Errado. Denise é uma norte-americana atenciosa, simpática e divertida. Sem stress. Posou fazendo caras, bocas e biquinhos, e de costas. De seu escritório em Seattle, nos Estados Unidos, O ela coordena uma equipe ao redor do mundo cujo objetivo é caçar as tendências que norteiam mudanças nas imagens. Na prática, Denise não trabalha diretamente com fotógrafos. Mas ela, munida das pesquisas que seu pessoal realiza, certamente influencia grande parte das imagens do dia-a-dia de jornais, revistas, televisão e mídias eletrônicas. Se você é fotógrafo, pode não saber, mas ela está de olho no seu trabalho.

O que é um Creative Researcher?

Eu controlo o departamento de pesquisa criativa [creative research]. A equipe tem 16 pessoas, espalhadas pelas principais cidades do mundo Pequim, Londres, Nova York, Munique, São Paulo, Tóquio, entre outras. Recebemos 200 revistaspor assinatura, frequentamos museus e exposições, assistimos filmes. Estudamos comportamentos sociais, de consumo e emotivos, tendências regionais demográficas, populacionais, de produtos. Depois, transformamos esses dados em imagens. Tudo o que acontece no mundo vira imagem.

Quais são as tendências mais discutidas por sua equipe?

O maior desafio é o da publicidade. Não acredito que a fotografia esteja se reduzindo, compondo layouts, como se diz por aí, mas se transformando. Recebemos diariamente três mil peças publicitárias que nos afetam de alguma maneira. São novas formas de se anunciar, no celular, em palm tops, na internet... E, depois do 11 de setembro [ataque ao World Trade Center, em Nova York], a economia se intimidou, as pessoas se fecharam. Portanto, as campanhas não podem ser mais agressivas, como eram nos anos 90. Temos dois projetos correndo na Getty para simplificar o uso de imagens publicitárias.

Eno caso da fotografia documental?

Temos um grande volume de trabalhos documentais no site. Além disso, contratamos fotógrafos e stringers [colaboradores] para criar imagens sobre eventos ou fenômenos mundiais, com o intuito de manter um nível de integridade editorial. O jornalismo cidadão, por exemplo, é um caso delicado. Enviamos fotógrafos aos lugares para não ter que dependerde alguém que passou na hora fotografou com o celular sem muita responsabilidade editorial.

Qual sua relação com o fotógrafo?

Eu não trabalho com fotógrafos diretamente. Minha equipe e eu interpretamos os diferentes dados que recebemos e como isso afeta emocional e comercialmente as pessoas. Passamos os resultados ao diretor de arte, que pauta os fotógrafos. Meu chefe Lewis Blackwell [REVISTA FOTOSITE7] costuma dizer que a pesquisa criativa é a cabeça, e a direção dearte é o coração. (GA

o) DNTEÚDO | CLUS E

Leia o restante da entrevista no [www.fotosite.com.br]

MAKING DF FORUM

FOTÓGRAFO: Laurent Seroussi/Flair

AGÊNCIA: AlmapBBDO

CLIENTE: Forum

VEICULAÇÃO: Outdoor, mídia impressa, vitrines

DIRETOR DE CRIAÇÃO: Marcello Serpa

DIRETOR DE ARTE: Marcello Serpa

PRODUTOR GRÁFICO: José Roberto Bezerra

MODELOS: Jeisa Chiminazzo e Alexis Vinas

LOCAÇÃO: Estúdio

CONCEITO: À campanha usa o jeans, que é um dos símbolos históricos de contestação, para expressar inconformismo e questionaro atual cenário da política nacional

ELABORAÇÃO: As fotos foram feitas na própria agência,em estúdio montado para a campanha. Cada cédula que aparece foi aplicada por cima da foto original com um computador. Levou-se um dia inteiro para se chegar ao resultado final

Ele é carioca

O fotógrafo Bruno Veiga é autor das fotos FR TAL AMU ES Ro RCE AUS Ure o Le ue ee Au PR TE ELES DS EST PTE LR RU (Ato FSEE ET ET Cope e et COL TALE jetar mapas da cidade do Rio no seuPOC oc ut AU Ciulaa CODE TER ue e a e CR da revista [Te OLL E US [EO ELE EE rop rara do , diz o fotógrafo. Bruno, então, reproduziu os mapas é 0s CE lhou digitalmente, dando mais contraste aos desenhos para que as liPEER TSS TE LLÇE ESEOSE SUECO SUE] S UU formadas em slides e projetadas sobre o corpo de Chico. As fotos finais foram feitas com câmera digital. Chico participou de todo o processo FERE o era ED A histórico com o mundo da música e já havia inclusive clicado Chico para a caixa de PDS TE O ETTA PESE RE LOL CS E EO PRE LET ESSE O TU SER LU ATC

Chico Buarque posa para as lentes de Bruno Veiga

ESTANTE O LIVRO D

OS LIVROS*:

Armando Prado já passou por todas as vertentes da fotografia, do fotojornalismoà publicidade. É considerado o brasileiro que mais produziu imagens com a extinta câmera Polaroid SX-70, algumas delas integrando o arquivo do Museu de Arte de São Paulo. Atualmente, trabalha como freelancer e dedica-se à produção de sua próxima mostra, uma retrospectiva de suas polaróides, intitulada Espelhos e Janelas . É do seu acervo de mais de três mil livros de fotografia que Armando selecionou The book of 101 books Seminal photographic books of the twentieth century para comentar:

A história dos livros fotográficos começou há cerca de um século. O escritor e colecionador Andrew Roth selecionou 101 dessas obras, por seu caráter seminal e inovador, para compor The book of 101 books. Cronologicamente, o livro começa com o primeiro volume do fotógrafo Edward Curtis, que em 1907 fotografou os índios norte-americanos, e termina com o livro LaChapelle Land, do fotógrafo David LaChapelle. Entre as duas pontas, estão livros de Walker Evans, Berenice Abbott, Atget, Brassai, Robert Frank e Garry Winogrand, entre outros fotógrafos desbravadores. Para cada livro comentado, há uma página dupla maravilhosamente bem impressa, seguindo as formas originais de cada publicação, com fotos, texto, informações sobre tiragem, ano de lançamento e resenha crítica. O livro dos livros ainda tem seis ensaios, escritos por Vince Alletti, crítico e curador de fotografia do Village Voice, por Jeffrey Fraenkel, dono de uma das melhores galerias dos Estados Unidos, e por Daido Moriyama, fotógrafo com dois livros dentre os 101, entre outros autores. Mais um aspecto importante é o fato de algumas das publicações escolhidas estarem fora de catálogo há muitos anos e, assim, tem-se ao menos uma idéia desses livros. Infelizmente, o próprio The book of 101 books está esgotado. No entanto, ele pode ser encontrado em alguns sites, como 0 que leiloam exemplares usados. Trata-se de uma referência estética essencial para a compreensão do que foi a fotografia no século 20.

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TONI PIRES

Toni Pires está no Grupo Folha desde 1993, e há dois anos assumiu o cargo de editor de fotografia do jornal Folha de S.Paulo. Entre os destaques de sua carreira estão a cobertura da Copa do Mundo, em 1998, e uma expedição científica à Antártida, entre 2001 e 2002. Formado em Economia e Jornalismo pela UNESP, atualmente conclui sua pós-graduação em Fotografia, no Senac.

O QUE VOCÊ BUSCA EM UM PORTFÓLIO?

A identidade do fotógrafo. Procuro um profissional arrojado, organizado e que tenha uma história para contar, independentemente de possuir ou não experiência. Alguém que mostre seu domínio técnico e sua personalidade na construção das imagens. E, acima de tudo, que me surpreenda. Gosto muito de profissionais que tenham um trabalho autoral para expor no portfólio.

VOCÊ PREFERE QUE TIPO DE FORMATO DE APRESENTAÇÃO DO TRABALHO?

O conteúdo me preocupa mais do que a forma de apresentação. Os trabalhos impressos em papel, na maioria das vezes, são bem apresentados, mas grande parte dos fotógrafos ainda não aprendeu a mostrar o material digital. Poucos se preocupam com o tamanho da imagem, com a forma de visualização. Frequentemente encontro dois extremos: os que apresentam um CD que contém um superprograma, mas que na hora H não roda, ou os que trazem um CD cheio de fotos desorganizadas, sem nenhum padrão. Isso já derruba o profissional.

O QUE NÃO DEVE SER COLOCADO EM UM PORTFÓLIO?

O que o fotógrafo não tem certeza se é bom ou trabalhos que busquem somente agradar o observador. Saber editar seu material é muito importante, sobretudo porque hoje, nos grandes jornais, o fotógrafo é o primeiro editor do seu material. Fotos em p&b só devem aparecer num portfólio se o profissional tiver um trabalho autoral definido, com começo, meio e uma linha para o fim. Caso contrário, não vejo necessidade. É sabido que todos nós gostamos da fotografia em p&b. Mas o mercado é colorido.

COMO OS FOTÓGRAFOS PODEM ENTRAR EM CONTATO COM VOCÊ?

Eu vejo em média de sete a dez portfólios por mês. Sempre reservo um período para convidar alguém cujo trabalho eu esteja admirando ou para receber os jovens que me procuram. O ideal é entrar em contato comigo pelo e-mail

Futebol Arte

A maior paixão nacional tem ocupado as atenções do atual diretor do Instituto Goethe no Brasil, Alfons Hug. Alemão de nascença e brasileiro por adoção, Hug foi curador-geral da Bienal de São Paulo em duas edições consecutivas, e agora está à frente da mostra Futebol - Desenho sobre fundo verde , em cartaz no CCBB Rio, entre 09 de maio e 09 de julho. Entre os trabalhos selecionados pelo curador, estão fotografias de Caio Reisewitz e Andreas Gursky, telas de Paulo Climachauska, e instalações de Artur Bispo do Rosário e do grupo Chelpa Ferro. Futebol é antes de tudo superfície e linha; e o jogo, desenho coletivo , define Hug. Ele ainda divide com Fernando Cocchiarale a curadoria de uma mostra de fotografia contemporânea brasileira sobre o mesmo tema, que deve percorrer várias cidades alemãs, entre abril e julho. Ambos os eventos integram o calendário cultural do governo brasileiro em comemoração à Copa do Mundo [Érica Rodrigues]

Exposição Futebol Desenho sobre fundo verde Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Primeiro de Março, 66, Rio de Janeiro-RJ

De 09 de maio a 09 de julho de 2006

Tel.: (21) 3808 2020

Entrada franca

Assim como o futehol, arte tambémé catarse?

Sim, a boa arte produz catarse, como toda experiência estética.

O senhor torce para algum time?

Acompanho o futebol brasileiro e o internacional dentro do possível, mas não torço por um time em especial, e sim sempre pelas zebras.

Vai torcer pelo Brasil ou pela Alemanha na Copa?

Como torço pelas zebras, vou ter que ficar com a Alemanha desta vez, que não é favorita!

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Andreas Gursky, 2000 ANDREAS

). Em As Filhas do Vento, filme dl ad brasileiro com o maior elenco de atores negros de todos os tempos, o diretor de fotografia Jacob Sarmento Solitrenick viveu o desafio de abordar o tema racismo de maneira leve e sensual. Luzes naturais, velas ou escuridão parcial acentuaram a dramatização dos personagens, enquanto o vento garantia a sensação de liberdade. Jacob já participou de 26 longas-metragens ao lado de cineastas renomados, como Carlos Reichenbach em Bens Confiscados, filme com o qual conquistou o prêmio de Melhor Fotografia no 9º Festival de Miami, em 2005. Solitrenick escolheu o filme Levity O quinto passo, de Ed Solomon, para comentar:

Tenho vários diretores de fotografia como heróis e como referência da maestria dessa arte, que é em parte uma ciência exata e em parte alquimia, talento e sensibilidade. Mestres da luz, da sombra, da câmera e mais importante da narrativa. Para mim, o americano Roger Deakins é um dos mais notáveis. Ele faz questão de operar a câmera o que nos Estados Unidos é raro - e, assim, compor cada plano pessoalmente. Adapta-se ao filme, criando características únicas para cada história que fotografa. Em Levity- O quinto passo (2003), Deakins trabalha a realidade simultaneamente de forma crua e poética. O universo do personagem central, o subúrbio de uma cidade americana, é tratado de maneira precisa, com poucas fontes de luz e bastante escuridão. Em inúmeras cenas, apenas uma lâmpada é a origem da luz, e ele a utiliza com simplicidade e concisão. A atriz Holly Hunter representa a redenção, e é em torno dela que o brilho das luzes se manifesta. Já Kirsten Dunst traz a desesperança, a decadência, o desperdício da própria vida, e a luz suave e mais contrastada revela isso. Morgan Freeman é o mais próximo do mundo do personagem central; nele existem fantasmas e afloram lembranças, fotografadas de outra forma. Há quase sempre alguma luz ou janela em quadro e, claro, a fotografia não pode prescindir da direção de arte, dos figurinos e da boa interpretação dos atores para compor uma linguagem única.

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À vida real em cartões postais

ImIGranNTES posam peLa primeira vez

Diante ne cenários TurísTICOS

Boa parte dos imigrantes que moram nas grandes cidades nunca botou os pés nos prédios históricos nem nos pontos turísticos dos lugares onde vive.

A partir dessa constatação, a fotógrafa Letícia Valverdes, em Londres desde 1993, resolveu fotografar o que chama de limites invisíveis dos grandes centros urbanos. Durante um ano, a fotógrafa convidou indivíduos e grupos de refugiados para posar em locais de Londres onde, por questões diversas, nunca haviam chegado a entrar.

Posteriormente, a imagem virou um cartão postal, que o próprio retratado enviou para parentes e amigos de qualquer lugar do planeta. Graças a uma bolsa de trabalho conquistada por Letícia (confira no box), ela segue em maio para Kuala Lumpur, na Malásia, para continuaro projeto, intitulado Real Post

Cards (Cartões Postais Reais).

Letícia já coleciona uma série de histórias, como a de Christian Nuller (cartão acima). Natural do Congo, Christian passou por diversos países da Europa, até chegar em Londres. Ele escolheu posar deitado em todos os pontos turísticos que encontrou pela frente, como uma forma de protestar contra a sua condição e mostrar o mundo sob a perspectiva como o enxerga, ou seja, de baixo para cima. No cartão enviado a amigos que vivem em Bruxelas, ele diz: Eu nunca coube inteiramente na cena. Assim, fiz a minha própria. É melhor ser você mesmo do que uma versão de outra pessoa . Em junho, as imagens vão ganhar exposição na Old Town Hall, em Londres. A fotógrafa agora busca recursos para viabilizar o trabalho em São Paulo.

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Ee TRE

O projeto Real Post Cards , de Letícia Valverdes, Cpu ET Ce Te SEO RR Gero concedida pela IPRN International Photographers and Researchers Network. À instituição, financiada pela União Européia, funciona como uma plataforma de intercâmbio internacional que colabora com projetos, [oC ToS [e ao e [SM TI RO UETE ET quivos, tanto de fotógrafos quanto de curadores, escritores e pesquisadores. O site da instituição é [www.theiprn.org]. place stamp here

LETÍCIA INDICA

Antenada no calendário das instituições que oferecem bolsas de pesquisa e trabalho, Letícia dá a dica: o lan

Parry Award concede verbas para estudantes de fotografia e fotógrafos com idade até 24 anos. Este ano,

o prazo final para entrega dos projetos é 26 de junho. Saiba tudo sobre o prêmio no site [www.ianparry.org]. na dera

SNAPSHOTS

É proibido fumar!

manipuLação para TIrar cigarro DE FOTO DOS BeaTLes DeIxa rINgo Starr sem os DeDos

Graças a um imenso arquivo de imagens deixado pelos Beatles, nem é preciso ser aficionado pelo grupo para saber que John, Paul, Ringo e George fumavam. Os integrantes do Fab Four posaram

Capa do single Real Love, lançado em 1996: foto já havia sido manipulada e os cigarros, retirados, mas Ringo ainda aparece com os dedos inteiros para inúmeras fotos segurando os tais cilindros que expelem substâncias cancerígenas, tão abominados pela cartilha do politicamente correto dos tempos modernos. Mas, se o hábito é parte da biografia do quarteto mais famoso de todos os tempos, por que a gravadora está apagando os cigarros das capas de relançamento dos discos? Eis a pergunta que não quer calar. A EMI não divulgou uma resposta oficial para essa questão, mas comenta-se que a decisão foi tomada em consonância com o esforço antitabagista do governo americano.

Na capa da compilação The Capitol Albums Vol. 2, caixa com quatro álbuns gravados pelo grupo em 1965 que acaba de ser lançada nos Estados Unidos, os cigarros dos integrantes e até os dedos de Ringo Starr desapareceram. Para o jornalista paulistano

Claudio D. Dirani, pesquisador da obra dos Beatles e autor de Pau/ McCartney Todos os Segredos da Carreira Solo (Editora Lira), a manipulação é uma bobagem. Os Beatles fumavam, isso é parte da história deles. É como querer colocar uma orelha no Van Gogh . Dirani, inclusive, nota ser a segunda vez em que a mesma foto é modificada. Há dez anos, quando o single Real Love foi lançado, os integrantes já aparecem sem os cigarros, porém notam-se os dedos de Ringo ainda inteiros. Na época, nada se comentou sobre a manipulação.

A EMI também alterou outras capas dos Beatles por causa dos cigarros. Quando Want To Hold Your Hand foi relançado nos Estados Unidos, em 1984, o cigarro de Paul McCartney foi retirado da cena. Em janeiro de 2003, o mesmo foi feito com a famosa foto de Abbey Road, no pôster de divulgação do

Lapa da recém-lançada compilação The Capitol Albums Vol, 2: além de suprimidos os cigarros da cena, Ringo Starr Ficou sem as pontas dos dedos relançamento do disco. [ER]

Click beat

Computadores, iPods, cd players, toca-fitas, vitrolas, milhares de mídias proporcionando milhões de agradáveis e inspiradoras músicas, e você preocupado apenas com o que seus quilos de equipamentos fotográficos podem fazer pelo seu ensaio? Uma tonelada de boa música está disponível, feita quase sob medida para ajudar a marcaro ritmo de seja lá qual for sua sessão de fotos. Do clássico ao contemporâneo, a intenção desta coluna é sugerir o som perfeito para a batida dos cliques.

ZÉ MAIA é

Casa cheia

The Private Press DJ SHADOW Fofo, ácido, calmo, frenético. Mexa o esqueleto e as idéias com Dj Shadow, um dos mais respeitados da atualidade. Compositor de uma já vasta playlist, o músico navega com facilidade por quase todas as tendências eletrônicas e além. Não se surpreenda ao dançar ao som de criancinhas bucólicas ou relaxar com um suave acid-jazz logo após um beat-box exaltado. De 2002, o delicioso The Private Press é um dos pontos altos de sua discografia. Quando for encarar quinze modelos, ver seu estúdio tomado por beldades confusas em meio a uma produção com muito trabalho pela frente e isso remeter você a uma balada desastrosa, relaxe e descarregue Dj Shadow no talo, que o sucesso é garantido.

Dormindo, dirigindo ou comendo torrada com margarina

Multiply JAMIE LIDELL

Branquelo, inglês, o produtor e músico Jamie Lidell se eleva à elite da soul music contemporânea em seu novo álbum Multiply. Mesmo sendo sempre comparado a dinossauros como Stevie Wonder e Prince, Jamie esbanja modernidade em sensuais e relaxantes faixas, desconstruídas por dissonantes samplers da mais alta diretor de arte e gosta de se meter AL Rosen Stooges ape ] qualidade. Para exaltar os ânimos sem perder a calma. Ideal para embalar os é mais diversos ensaios, mantendo a atmosfera sonora sóbria e suingada.

Pia
Leonardo V. da Costa e Silva
Marcio Cabral
Ana Boclin

ELLE

Detalhe do díptico Levitar , de Edilaine Cunha. 2005

Da série Experiências Fisica [Performance realizadano Palácio Gustavo Capanema, no Riode Janeiro); hico Fernandes. 2004/2005

eo mareiiicocomRE Já o desafio de lógica de pde:deixar ocorpo durante o sono e ER E

SNAPSHOTS

Silêncio Selvagem

DELE ul Au O Tie Ergo RT Le A e eo O CT e LT ORE na Galeria Leica de Solms, cidade-sede da marca alema, Silênc TONCTEr E ui enfatiza dorese segredos je sociedades. EUR ES Eu LE TR E PEL LUI UTP LÇ E Tp R O DICCd EeeToRR TOTO REARre E E E O ELSA o RO ARO RS ET DRE TE ES UU LA Tur O RS SALES TUASUr EEE pe ET ERC ETA ERA DC LE TER DIET uma função determinante, tornando-se elemento essencial para refletir esse sentimento. As sombras instigam o pensamento e conferem um caráter duplo às imagens não se sahe até onde vai a realidade e onde entra a ilusão. Apesar de morar em grandes conglomerados, o ser humano vive profundamente isolado. Todos gritam, mas não são ouvidos. Não acho que o homem primitivo fosse mais selvagem do que nós , aduz. Depois de Solms, a mostra segue para Frankfurt, onde permanece até agosto. Greco, que acaha de assumira coordenação da agenda expositiva da Galeria Leica de São Paulo, antecipa que, em 2007, a exposição vem ao Brasil e UU) Na ogro um LCA

pos do Império. No entanto, vários fatores Fizeram com que essa modalidade fotográfica fosse um pouco relegada nas últimas décadas, exceto por alguns bons momentos de luta e lucidez. A virada do século trouxe uma movimentação em prol do documental. Considerando oito das principais editoras brasileiras de livros de fotografia, quase 200 livros foram lançados desde 2000. Aos poucos, fotógrafos e produtores vão deixando de lado a falta de espaço e dinheiro dos jornais e das revistas e embarcando em novas formas de viabilizar a fotografia documental. Acompanhe nossa análise

Mercado restrito, dificuldade para bancar projetos, pouca rentabiliEi TUR dade, editores maniqueístas, falta de espaço em jornais e revistas. As reclamações dos fotógrafos documentais no Brasil caem às pencas, como bananas maduras. Por maduras, leiam-se críticas bem fundamentadas, é bom que se diga. Mesmo com as críticas, a verdade é que nunca se produziram tantos ensaios documentais, de um simples blog ao mais sofisticado livro, claramente ajudados pela revolução digital na fotografia e acompanhados de um interesse maior em consumir imagens. Curiosamente, oito das principais editoras brasileiras de livros de fotografia produziram 157 livros do tipo desde 2000. São elas Aprazível Losac Naify DBA Metalivros Senac Tempo d'Imagem, Terrabrasil e Terra Virgem

Ou seja, apesar de um tímido movimento, o mercado da fotografia como um todo está se mexendo e isso inclui o documental. Confira seis histórias que ilustram a situação desse mercado no Brasil.

O MUNDO IDeaL

Sebastião Salgado não tem do que reclamar. Seu mais ambicioso projeto, O Gênesis , chega muito próximo ao mundo ideal reivindicado por fotógrafos do mundo todo. Apoiado por organismos internacionais, como a Unesco 0 programa ambiental Unep eo Conservation International O Gênesis pretende mostrar como a humanidade e a natureza coexistiram tanto tempo dentro daquilo que hoje chamamos de equilíbrio ecológico , conforme João Bittar destaca a capacidade de pesquisa de Salgado, que o leva consta no texto de abertura do projeto divulgado em jornais e revistas que aos lugares mais impressionantes para fotografar seu tema escolhido

Documentar a cultura cabocla, que está sendo esquecida, foi a mola propulsora de Pedro Martinelli ao fotografar a Amazônia. Acredito que o caboclo é a essência do Brasil

publicam os ensaios: Paris Match na França; Visão em Portugal; La Repubblica na Itália; Rolling Stone nos EUA; La mo na Espanha, e The Guardian na Inglaterra. Cada um desses veículos paga anualmente para publicar o projeto [que tem previsão de duração de oito anos) e recebe um jogo de 50 imagens por matéria. Com essa renda, o projeto se banca.

E por que o Brasil não entra nessa história? Falta dinheiro às publicações, e acho que o 'Gênesis' não tem o impacto de outros trabalhos de Salgado , comenta oeditor de fotografia João Bittar. Em meados dos anos 30, João estava à frente da Folha de 5.Paulo quando o jornal publicou Cidades , de Salgado. À época, a Folha pagou US$ 20 mil, preço com desconto, já que o The New York Times havia gasto cerca de US$ 35 mil pelo mesmo trabalho. Ainda pagávamos US$ 18 por cópia, e tínhamos que devolvê-las , comenta João. Salgado mandava aproximadamente 90 fotos por matéria; então, só para editar, o custo era de quase US$ 2 mil. Mas é uma das coisas que mais admiro nele, essa capacidade de se valorizar , finaliza Bittar.

BancanDo um projeto

Arelação entre Pedro Martinelli e a Amazônia é conhecida. À floresta representa um projeto de vida do autor. Minha droga é gastar dinheiro fotografando essa cultura e o povo caboclo, que o Brasil esconde embaixo do tapete , comenta. Ao longo de seis anos documentando a região, Martinelli investiu cerca de R$ 240 mil, entre viagens, aquisição e manutenção de seu barco, filmes, revelação e outros custos de produção. Para publicar seu primeiro livro Amazônia, Povo das Águas, a Natura pagou os custos de gráfica e impressão, que giraram em torno de R$ 160 mil, e o livro foi lançado pela editora Terra Virgem. Em seu segundolivro, Mulheres da Amazônia, Pedro se rebelou contra os altos custos cobrados pelas livrarias cerca de 60% do preçode capa vai para a mão dos distribuidores.Fico revoltado com as livrarias. É uma máfia , comenta, indignado. Agora, ele próprio distribui e vende seus livros.

Os soBreviventes

O livro ainda é o objetivo Final de muitos Fotógrafos para seus trabalhos. É

UM LIVRO DA SERIE BRASIL AVENTURA

Três casos de sucesso: Rocinha, fruto de uma amizade que Cypriano fez no projeto anterior, o campeão de vendas Terra Brasil e o Terra Virgem, que já vendeu 15 mil exemplares

aí que se cria uma marca em torno do nome do profissional que, com o passar do tempo, vai adquirindo um valor no mercado. O fenômeno Araquém Alcântara é o maior exemplo disso. Ele foi quem mais publicou livros de fotografia, 23, e detém o recorde de vendas de um título: 65 mil exemplares de Terra Brasil. No entanto, para os parâmetros do mercado brasileiro, 5 mil exemplares vendidos representam uma média de sucesso. É o caso, por exemplo,

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de André Cypriano, que criou sua marca em torno de seus projetos O Caldeirão do Diabo e Rocinha, que já vendeu 4,5 mil unidades. Para nós, não é o fato de ser rentável ou não.O Senac se interessa por fotografia por ter uma faculdade e uma editora independentes, apesar de oretorno financeiro não ser tão bom quanto nas outras áreas , comenta Isabel Alexandre, coordenadora de prospecção editorial da Editora Senac, que produziu o livro Rocinha. Um livro de 250 páginas, 30 x 30 cm, papel couché 150 e tiragem de 5 mil exemplares foi orçado pela REVISTA FOTOSITE em R$ 210 mil, incluindo-se os custos de produção gráfica [tratamento de imagens, layout, textos) e impressão. À parte desse valor, muitos fotógrafos ainda gastam com divulgação: lançamento, coquetel, assessoria de imprensa. Para fentar minimizar esses custos, alguns fotógrafos criam suas próprias editoras. Araquém Alcântara criou a Terrabrasil, Roberto Linsker, a Terra Virgem, e Tiago Santana, a Tempo d'Imagens. Estou há 12 anos nesse mercado, sou um sobrevivente. Acredito que um livro somente deveria ser publicado após profunda autocrítica e forte reflexão sobre sua pertinên-

E po ee

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cia e originalidade, pois ele continua aí, mesmo após a morte do dito cujo autor-fotógrafo , diz Linsker.

vIúva DO passaDo

Eleita pela edição especial sobre o Brasil da revista francesa Photo de junho de 2005 a melhor agência brasileira, a Tyba trabalha com um acervo de 600 mil cromos, dos quais 9 mil estão on-line. Rogério Reis, um de seus fundadores, compartilha da opinião de que está cada vez mais difícil conseguir emplacar grandes histórias. Não acredito que fotógrafos ainda vivam de grandes ensaios documentais, a não ser que encarnem a figura épica do nosso admirável Sebastião Salgado. À própria Magnum hoje investe mais nosetor cultural falando do passado, como forma de sobrevivência , completa Rogério, que vem apostando cada vez mais emclientes institucionais - especialmente empresas e projetos que já nascem financiados.

A3avia

Um dos ramos mais promissores para os fotógrafos, hoje, cabe às empresas e ONGs. Ricardo Teles, por exemplo, foi chamado pela Suzano, de papel e celulose, sob um contrato anual, para desenvolver material para panfletos, campanhas publicitárias e publicações internas. Elejá publicou livros encomendados pela Microsoft e pela Nestlé, além de ter feito pautas para o breenpeace para a ONG de empreendedorismo social Ashoka e para a Eco Futuro Organização ligada à Suzano. Acredito que meus projetos, como o Terras de Preto', me ajudaram bastante, fiquei identificado com a causa social , comenta.

onde TUDO começou

Foi D. Pedro || quem inaugurou a tradição da fotografia documental brasileira. O imperador trouxe ao Brasil muitos fotógrafos da época, como Marc Ferrez, Augusto Stahl e Alberto Henschel, entre outros, para documentara formação e o crescimento das cidades brasileiras. D. Pedro Il Foi o primeiro monarca do mundo a ter um fotógrafo oficial, Joaquim Insley Pacheco. Também sob Pedro Il, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a utilizar fotografias nos passaportes, em 1843. Do daguerreótipo do Brasil Império ao digital de hoje, a fotografia documental passou pelos registros das cidades e por grandes reportagens até chegar aos portfólios virtuais, mas sempre mantendo uma característica única: Fotografar não existe sem sofrimento , nas palavras de Martinelli. E parece que não é agora que vai ser diferente. |

Confira alguns sites de fotografia documental no [www.fotosite.com.br]

A! sele ERES Miicnaue le Ro
[ur rp AEE ER no Rio de Janeiro, é palco para os ol (efe E EA mais um Flamengo e Fluminense

mM Cavar um espaço para publicar um livro de fotografias em preto-e-branco é um trabalho para desbravadores. Aos 47 anos, 28 de profissão, e mesmo com todos os predicativos de um fotógrafo documental consagrado, Ed Viggiani passou dez anos tentando emplacar seu primeiro livro solo. Depois de muito suar a camisa e de tantos cartões vermelhos, o jogo [los ota EA [eoPR pf ee detalhes da história de Brasileiros Futebol Clube, que sera lançado no dia 15 demaio | por Flávia Lelis Fotos Ed Viggiani

O fotógrafo Ed Viggiani já passou pelas principais redações do país, como a revista IstoÉ, o Jornal do Brasil e a Folha de S.Paulo. Carrega na bagagem prêmios importantes, como o The Mother Jones International Fund of Documentary Photography, conquistado em 1991 com o ensaio Irmãos de Fé , que aborda a religiosidade no Brasil. Tornou-se um nome de peso da Fotografia documental brasileira, mas, apesar do talento e de preencher todos os requisitos que consagram um profissional, só agora conseguiu publicar seu primeiro livro solo, Brasileiros Futebol Clube.

Numa tarde de segunda-feira, Viggiani conversou com a REVISTA FOTOSITE sobre as muitas cabeçadas e cartões que tomou, até conseguir emplacar sua obra. Não se passam nem dez minutos de conversa e chegamos ao ponto crucial: para quem chegou a um patamar em que não se precisa provar mais nada a ninguém, por que só agora o primeiro livro? Entre um sorriso apreensivo e um silêncio desconfortável, Viggiani expõe os principais motivos que, por dez anos, o impediram de lançar sua primeira publicação solo: Porque o mercado é cruel. É raro e caro publicar um livro. Isso não quer dizer que as coisas se fornaram mais cruéis agora, há muito tempo é assim. Adoniran Barbosa e Cartola também lançaram discos bem tarde. Mas eu não lamento não ter lançado antes, estou muito feliz agora , argumenta.

O fotógrafo acredita que parte dessa dificuldade para publicar esteja nas leis de incentivo à cultura, as quais ele denomina pseudodemocráficas . Isso porque a possibilidade de profissionais fora do circuito oficial publicarem uma obra, comparada à de artistas consagrados, é muito

pequena. Outra questão apontada é a ação preponderante dos setores de marketing, que regem o patrocínio cultural. Muitas vezes, a seleção dos projetos é feita por pessoas despreparadas, que nem sempre têm conhecimento dos assuntos ligados cultura. Assim, a produção brasileira fica nas mãos do departamento de marketing das empresas , alfineta.

Da Teoria para a prática

Apesar da indignação, Viggiani profere essas palavras com leveza, e mostra que publicar um trabalho documental envolve muito mais do que belas fotos. Brasileiros Futebol Clube nasce evidenciando necessidades - como dedicação e tempo de produção - que atualmente podem passar despercebidas pela nova geração da fotografia. Embora sua batalha tenha durado dez anos, o autor insiste que não foi tempo perdido, e, sim, um aprendizado. Depois de formatar a idéia do livro e submetê-la ao edital do Ministério da Cultura, o projeto foi aprovado, mas com um corte de 45%. A proposta já tinha um orçamento pequeno, ainda assim foi diminuído. A alternativa foi pesquisar na internet outras formas de patrocínio. Nessa busca, ele encontrou a página do Marketing Cultural que lista os 100 maiores investidores em cultura do país. Contatou b0 deles. Excluí as cartas marcadas, como Petrobrás e Coca-Cola, e comecei a pesquisar e tentar entender a filosofia das instituições que selecionei, para mandar uma proposta coerente com a empresa. Via sites, pegava o telefone 0800 e ligava, até achar o contato do departamento de

Vibração. Torcedores assistem a Avaí X Guarani de Palhoça, no Estádio da Ressacada, em Florianópolis
Rivalidade. Agitação da arquibancada durante uma partida entre Corinthians e Palmeiras, em Ribeirão Preto

marketing. Em alguns casos eu consegui marcar uma visita, outros respondiam por e-mail e outros diziam 'não' pelo telefone mesmo.

Asequência de retornos negativos fez com que esse ensaio sobre paixão por futebol se tornasse um trabalho desenvolvido em paralelo aos seus outros compromissos fotográficos. É nesse período que ele organiza o livro coletivo Brasil Bom de Bola, com imagens de Walter Firmo, Vidal Cavalcanti, Marlene Bérgamo, Antônio Gaudério, Tiago Santana, Elza Lima e Flávio Canalonga.

Para conceber Brasileiros Futebol Clube, Viggiani captou imagens do futebol amadore do amor dos torcedores em estádios do Ceará, Pernamb co, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Isso exigiu um esforço pessoal a mais, que incluiu a venda de lentes fotográficas e outros bens particulares para pagar a revelação dos filmes e as despesas das viagens de ônibus. Sempre que eu viajava para cobrir outras pautas, aproveitava para tirar fotos para o livro. Como eu tinha patrocinador, fiz aos pouguinhos, fui juntando as imagens. Apesar dos obstáculos, Viggiani fala disso com o prazer de um menino admirado pela mágica de um sonho conquistado, demonstrando que, mesmo se tratando de umprofissional reconhecido, todo trabalho deve ter engajamento, e que nada pode acontecer sem investimento pessoal.

É fundamental estar envolvido com o seu projeto. Acho que Brasileiros Futebol Clube é completamente 'contra a maré , pelo fato de ser p6b e por nãotratar apenas do futebol profissional. Ele salienta ainda que só o domínio da técnica não resolve um ensaio. Não são necessários dez anos de pesquisa, mas acho que todo fotógrafo tem que ler muito, seja Machado de Assis ou Euclides da Cunha. É mais importante do que lero manual da cámera. Fotografo bastante até entender do que se trata efetivamente todo o ensaio que está sendo produzido, porque não se pode esperar resultados tão imediatos.

Apaixonado por futebol - corintiano e boleiro nos finais de semana

(oRat elo Ee) entrei na faculdade, meu pai perguntou o que eu queria da Ate ERA se popa (Raia Ea ER Era) IR edi

=, Viggiani construiu uma obra documental a partir de muita disposição e dinamismo, dois ingredientes sem os quais seria impossível enfrentar algumas situações. No sul do país, fui fotografar Avaí X Guarani de Palhoça, com chuva. Eaí você pensa: que cenário é esse? Mas dali podem sair belas fotos. Uma das imagens do livro, por exemplo, retrata a tímida torcida do Juventus, que, na ocasião, era representada por meia dúzia de gatos pingados.

Sacrifícios à parte, essa história não poderia ter um final como outro qualquer. Em dezembro de 2005, 0 fotógrafo estava de viagem marcada parao litoral, quando se lembrou de verificar as mensagens na secretária eletrônica. Para sua surpresa, havia uma ligação do departamento de marketing do Banco Votorantim, avisando que, caso ele não entrasse em contato no dia seguinte, a verba seria repassada para outro projeto. Era a mesma moça que pedira para ele telefonar entre 0 Natal e o Ano Novo. Ele não havia retornado para não incomodar - afinal, nessa época, quase ninguém se dispõe a discutir assuntos profissionais. Sorrisos, muitos telefonemas até a meia-noite, e champanhe para comemorar. No próximo dia 15 de maio, na Livraria da Vila, em São Paulo, Brasileiros Futebol Clube, por Ed Viggiani, torna-se, enfim, realidade.

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Convidamos sete jovens fotógrafos documentaristas que já publicaram livros para indicar sete nomes da novíssima geração da fotografia documental brasileira

Tempo, meditação, raciocínio, concentração, investimento pessoal. As premissas de um trabalho fotográfico documental parecem estar na contramão dos novos tem ação, à içã icaçã num pro- pos digitais, que impõem às mídias um ritmo cada vez mais acelerado de produção, edição e publicação, ao mesmo tempo em que transformam qualquer pessoa p ; à zer maliado dutor de imagens em potencial. Cavar brechas nesse mercado acirrado, encontrar um espaço no meio dessa profusão de imagens e fazer das novas tecnologias um alia a al. Ca ri risti Martinelli - Firmo são os grandes desafios de quem quer entrar nessa seara, sedimentada pela geração de grandes documentaristas como Cristiano Mascaro, Pedro Martinelli, Walter Firm E ã rincipai ivaçõ xploradores e tantos outros mestres brasileiros. Nas próximas páginas, saiba quem são, o que pensam e quais as principais motivações de alguns desses novos explora

www.ciadefoto.com.br

24 anos natural de São Paulo (SP), reside em São Paulo (SP) bacharel em Fotografia fotógrafo da produtora Cia de Foto cotidiano de diferentes povos e culturas

câmeras Nikon F70 e Nikon F100; lentes 24 mm, 35 mm e 80-200 mm; filme Kodak T-Max 400; digital Canon 5d com lentes 17-35 mm e 24-70 mm

Comecei a Fotografar aos 18 anos. Sem saber que faculdade fazer, fiquei um ano 'parado'. Fiz estágio num escritório de design, algumas viagens. Depois, comecei a faculdade de Fotografia do Senac, ao mesmo tempo em que iniciei um estágio num laboratório p6b. Apesar de já fotografar um pouco, só percebi que queria seguir adiante na área quando fiz minhas primeiras fotografias em preto-e-branco, em viagens pelo Nordeste. No início, eu era muito tímido e não me sentia à vontade com uma câmera na mão. Mas, da necessidade de chegar cada vez mais perto das pessoas, fiz o ensaio sobre a vila de Caraíva, no sul da Bahia. Não acredito que possa chegar mais perto do que isso. Acredito, sim, no que Robert Capa disse: Se suas fotos não são boas é porque você hegou perto o suficiente . À carreira profissional só deslanchou mesmo quando entrei para a Cia de Foto, em 2004. Em 2005, fiz o Curso Abril de Jornalismo. Na minha opinião, faltam publicações interessadas em abrir espaço para trabalhos documentais mais aprofundados, sejam ensaios ou reportagens. Normalmente, o espaço para tais trabalhos fica reservado a publicações especializadas em fotografia ou a publicações alternativas , portanto desvinculadas da grande mídia. O fotógrafo documental no Brasil acaba sendo autônomo, trabalha por conta própria. Porém, grandes projetos documentais saem muito caro, e, como na maioria das vezes o produto final acaba sendo um livro, esse custo fica ainda mais alto. Assim, a maneira mais comum de se viabilizar um projeto desses acaba sendo através das leis de incentivos culturais, mas 0 processo costuma ser demorado.

Fiquei impressionado com a estética das fotos do João Kehl. Mesmo tratando de temas recorrentes, ele consegue dar uma [ee De e oa Do EE DER E TE RES vimento com o tema, se aprofundar mais, sacar o que rende boas histórias e mergulhar mais fundo nelas. Mas já deu para perceber que ele tem estilo.

APESAR DE JÁ FOTOGRAFAR UM

POUCO, SÓ PERCEBI QUE QUERIA

SEGUIR ADIANTE QUANDO FIZ

TETE Da oe OTA EM PRETO-E-BRANCO

Pd º

idade::29 anos local::natural de Belo Horizonte (M6), reside em São Paulo (SP) formação::graduado em Comunicação e pós-graduado em Fotografia atuação: é Freelancer. Fotografa para ONGs e colabora para revistas como Raiz, Top Magazine, Latitude, Idéia Social e 02 temas de interesse::favelas, a cidade do Rio de Janeiro, desigualdades sociais. Sua atual paixão é o continente africano

técnica:Pentax 35 mm 6 MP, Mamiya 6 x 4,5 mm; lentes 50 mm 2.0, 24 mm F1.8

ua EAV RO TI Ao RR Wa a TR: SRD DI LE UT

[oo TA pr a ae IA orla o NAS O ES [au e re Lg] pet Teo Ee EEE ETR EE RES e executa muito bem suas pautas, sabe identificaro que rende uma boa história. O que falta, que é se aprofundar mais e mais nessas histórias, o tempo e a maturidade vão lhe dar.

idade 41 anos local natural de Anápolis (60), reside em São Paulo (SP) formação-fez curso livre de Fotografia o-colaborador da Editora Globo temas de interesse-o cotidiano

técnica-câmera Leica Flex SL; lente 35 mm f2.0; filme TRI-X

PETISTA

A TN Era

O Ricardo Padue apresenta o universo do circo de tua neira lúdica, com a sutileza de quem presencia a duto de um cotidiano difícil. Minha dica é de que ele deve persistir, independentemente dos empecilhos e das dificuldades do Ce Toa TE DE EEE

liso tc alo MA

34 anos

natural do Rio de Janeiro (RJ), reside no Rio de Janeiro (RJ) autodidata em Fotografia freelancer

exclusão social, o universo feminino

câmeras Hasselblad 6x6 com lente 80 mm e Nikon FM2 com lentes 28 mm f2.8, 50 mm f1.8, 105 mm f2.5; filmes TRI X 400, TMAX 3200 (P&B), cromo Velvia 50, Press 800 (cor)

Moro e trabalho num estúdio/casa, cercado de mato por todos os lados. Eu respiro, vivo a fotografia o tempo inteiro, a vida é o trabalho, o trabalho é a vida, é uma ação contínua, não tem separação. Na verdade, sou fotógrafo documentarista desde que me entendo por gente (11 anos), mas eu só encontrei a ferramenta (máquina fotográfica) há sete anos, aos 27. Não consegui encontrar um aliado (veículo) que permitisse me desenvolver como documentarista. Desconheço a existência desse mercado no Brasil. Por motivo de sobrevivência, acabei me envolvendo em diversas atividades: fiz moda, publicidade, casamentos, divulgação de peças de teatro. Pude desenvolver meu espírito documentarista fazendo assistência de direção em documentários, entre os quais Ônibus 174. Meu trabalho em cinema tem me levado a distâncias contrastantes sertão cearense, Berlim... Nessas jornadas, eu sempre consigo tempo para me isolar do contexto e das pessoas e seguir um caminho solitário, o que me permite ser fotógrafo inteiro e de certa maneira tentar desenvolver, dar vazão ao meu 2 trabalho pessoal. Agora estou produzindo e dirigindo um curta encomendado, Time for School, sobre educação em famílias de baixa renda, para a televisão americana.

Alexandre tem uma composição muito original e sabe levar um projeto a longo prazo. O mais interessante é que as foDEE FEET o ER E DO E TETRA EEEF) foto tem uma história própria. O conselho que eu dou a ele dou a qualquer Fotógrafo que está começando: siga sua própria intuição e não copie ninguém!

'2-29 anos natural de São Paulo (SP), reside em Ubatuba (SP) graduação em Hotelaria af freelancer. Colabora com revistas como National Geographic, Vida Simples, Vogue, 02 reresse-causas sócio-ambientais

câmeras Nikon M905; lentes 80-200 mm f2.8, 24 mm f2.8, 17-35 mm f2.8; filmes cromo Velvia 50 (cor), TMAX 400 (P&B)

Comecei a fotografar aos 19 anos. Desde o início, trabalhei com o jornalista Eduardo Pefta, meu marido e pai do meu filho.Minha história sempre foi viajar. De viajante virei fotógrafa, e de fotógrafa virei viajante. Emplaquei várias matérias logo de início, mas foi uma parceria com o Jornal da Tarde, de quase quatro anos, que me deu a oportunidade de conhecer diversos lugares e criar meu banco de imagens. Por amor à natureza, mudei paraUbatuba (SP), onde passei a documentara Mata Atlântica. Logoencontrei um paralelo com meu primeiro trabalho, sobre a Amazônia. Meus pais moram no extremo norte do Mato Grosso, e sempre fui para a região, que me rendeu, aliás, a minha primeira matéria publicada, uma expedição de barco de oito dias rumo à Serra do Cachimbo, onde encontramos uma cachoeira no meio da floresta. Foi capa da revista Terra. Em 2005, eue meu marido montamos uma agêntia de comunicação personalizada, a Memória da Luz. Além de fotografar, cuido da criação das peças, agregando conceitos e valores aosprodutos

ARLETE

ACarolina tem a capacidade de se autopautar, de visualizar temas que podem se transformar em projetos. Ela tem um estilo CENA Nele io ADE RS Cleef p= raio ENE

cAc ER refe O - minha dica: escolher apenas um entre tantos temas e nele focar a ge E e o ae PET E TO

anderson schneider

anos

DURE ua Ee LT

natural de Ponta Grossa (PR), reside em Brasília (DF) graduado em Arquitetura freelancer. Colabora com a Editora Abril e com a agência World Picture News causas sociais

mera Nikon F5; lentes 28 mm, 50 mm, 85 mm; filmes TRI-X ou Ilford 3200

Logo após minha formatura, juntei minhas fotos e minha coragem e saíà procura de emprego. Acabei encontrando no jornal Correio Brasilense. De lá, fui para a revista Istoé Dinheiro. Tinha boa colocação no mercado, bom salário, e meu trabalho era respeitado por todos os meus chefes. Era tudo perfeito. Perfeito demais. Trabalhando no difícil, porém limitado, mundinho da cobertura de política e economia, sentia que faltava a crua e bela vida real. Esse Fantasma começou a crescer, era tempo de me de Optei pelo jornalismo engajado e independente, pesquisando, produzindo e buscando publicação - no aspecto mais amplo que essa palavra pode ter, desde a mídia impressa até exposições, livros, projeções, parcerias com ONGs e por aí vai - para os trabalhos e assuntos que julgo fundamentais, mas dos quais, por diversos motivos, não tomamos conhecimento pelas já cansadas mídias jornalísticas. Foi assim com meu trabalho no Iraque, está sendo assim com esse trabalho sobre os exilados pela hanseníase no Brasil. Para fazer documentário é preciso tempo, dinheiro, interesse. Quanto aos dois primeiros, que são exclusivamente meus, eu dou um jeito. Durmo num aeroporto aqui e numa varanda de alguma alma hospitaleira ali, mas o trabalho se resolve. O problema é o terceiro, o tal do interesse. Está cada dia mais difícil atrair a atenção das pessoas para o que realmente importa. Vivemos trancafiados numa realidade lunática e egocêntrica, num mundo que gasta US$ 15 bilhões ao ano com perfumes quando bastariam US$ 10 bilhões para levar água potável ao 1,1 bilhão de pessoas que morrem de sede. É muito duro ouvir 'essa história é forte demais para nossos leitores de domingo". É por essas e outras que só vejo futuro para o jornalismo fora das empresas de jornalismo. E é só por isso que desenvolvo um trabalho autoral , porque parece que ninguém mais quer assumira 'autoria! dessa criança. ap go RiaALEEEE E og e EE TUE de por. Apesar disso, penso que neste momento o que importa não é somente o ângulo, ou como a pessoa aborda um determinado tema, mas sim suas atitudes. Tudo já foi retratado, tudo já Foi abordado, Et EDER E espe ESSE Sie logia, e isso é o que o Anderson nos mostra.

MSM Ru RSRS ta ga pa

TER FEITO 1550 ANTES

mario lalau

27 anos natural de São Paulo (SP), reside em Los Angeles (EUA) graduado em Administração e pós-graduado em Fotografia e Comunicação foi fotógrafo do jornal Agora, do Grupo Folha, em 2005, e hoje atua como fotojornalista freelancer transformações socioculturais

câmeras Canon EOS 10D e EOS 1N; lentes 17-35 mm f2.8 e 100-300 mm [3.4-4.6

Passei a me dedicar profissionalmente à fotografia há três anos. Contudo, essa atividade permeia a minha vida há aproximadamente 10 anos. Assumir a fotografia como profissão foi uma decisão Fácil, só me arrependo de não ter feito isso antes. Recebi meu primeiro prêmio como fotógrafo em 2004. Fui contemplado com o primeiro lugar na categoria Arquitetura e Cultura do Prêmio FotoArte, de Brasília. Como repórter fotográfico, gosto de trabalhar com temas que se diferenciam do hardnews. No meu último projeto, Iracema , busco mostrar as transformações que a contemporaneidade impõe à Praia de Iracema (Fortaleza-CE). Interessam-me, particularmente, as novas formas de apropriação desse espaço. Também desenvolvo um projeto sobre cybercultura, que aborda a convivência das pessoas com a tecnologia mediada. Tenho fotografado esse tema aqui no Brasil, mas, por se tratar de um fenômeno mundial, preciso buscar imagens em outros cantos, daí minha viagem para Los Angeles. Para desenvolver esses projetos, a saída é procurar fundações, bolsas, prêmios. No Brasil, têm surgido algumas iniciativas, como as da Fundação Pierre Verger, do Itaú Cultural. Contudo, não são suficientes. A maior parcela dos Financiamentos disponíveis ainda está no exterior.

REA geEa EEDoeae epi EMA E e deu e produziu documentários com temas provenientes de um viEne CEE RE feet fra ESRT de um estrangeiro com emoções de um brasileiro. Dica: sempre busGEC E rd ER TES o To To SEA eq Sf sejam comparativos aos de seus documentários feitos no Brasil.

ms.
Flavio, ex-traficante de drogas da [EEERE o pi RS a To ERSSSE ESSE EU] esposae filho, ele ainda esperava pela vingança. Santos (SP), 1996

e ritmo

Há 11 anos, Alex Majoli desenvolve um ensaio sobre o mundo do crime no Brasil, cujo título, Requiem In Samba, faz um contraponto entre a música para os mortos
brasileiro

É muito simples. frase pode até soar paradoxal, vinda de alguém que enfrentou tantas batalhas, nas trincheiras pessoais e nos campos de guerra pelo mundo. Mas foram essas as primeiras palavras ditas por Alex Majoli ao tentar explicar como surgiu seu interesse pela fotografia: aos 12 anos, ganhou do pai uma câmera para tirar fotos dos passeios de domingo. Depois, o pai abandonou a família. Fiquei com a câmera e coma paixão pela fotografia, simples! No início de uma noite quente e chuvosa de março, no café do MIS, em São Paulo, o Fotógrafo italiano de 35 anos, que mantém vasta cabeleira loira, grandes anéis no anular esquerdo e argolas na orelha direita, conta que morava numa casa invadida quando foi escolhido para integrara agência fundada por Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, a Magnum. Hoje, Alex Majoli divide seu tempo entre Milão e Nova York, quando não está em algum canto do planeta no rastro de alguma história. Seu foco de interesse está nos conflitos humanos, sejam eles pessoais ou coletivos. Já fotografou hospitais psiquiátricos, a Intifada na Palestina, a guerra no Iraque e a Aids na Índia, e desenvolve, há 11 anos, um trabalho sobre o mundo do crime no Brasil, cujo título, Requiem In Samba , faz um contraponto entre a música para os mortos e o ritmo brasileiro. Em maio, ele mostra no MIS Off Broadway , instalação multimídia com o seu trabalho e o de outros três fotógrafos da Magnum -Ilkka Uimonen, Paolo Pellegrin e Thomas Dworzak- que alinhavam suas tramas particulares com um único fio: o da humanidade.

EU

VOCÊ PROCUROU O ESTÚDIO? QUANTOS ANOS VOCÊ TINHA?

Eutinha 15, 16. Bati na porta, me receberam. Fiquei trabalhando lá de graça durante alguns anos. Fazia de tudo, limpava chão, janelas. Mas, ao mesmo tempo, tive a oportunidade de aprender fotografia. Foi a minha escola. Aí comecei a ganhar um dinheirinho com fotografia, arrumei clientes. No começo, na verdade, estava muito mais interessado no aspecto artístico da fotografia. Até porque eu estava estudando numa escola de arte. Depois, em 1989, vi as fotos de um repórter fotográfico da Sipa Presse pirei. Foi aí que comecei a me envolver com o fotojornalismo. Resolvi fotografar as guerras na Europa. Depois fiquei com esse diminutivo de fotógrafo de guerra. Mas não sou exatamente um fotógrafo de guerra.

E COMO VOCÊ FOI PARAR NA MAGNUM?

Em 1996, tinha vendido todo o meu equipamento fotográfico e estava sem dinheiro.Eu morava numa casa invadida, não tinha nada. Estava muito mal, voltei da guerra na lugoslávia muito deprimido. A fotografia não dava dinheiro. Tive aquela idealização inicial, aquela idéia de mudar o mundo. Aí, resolvi ira um encontro mundial de fotojornalistas, promovido pela Magnum, onde iam escolhero novo Fotógrafo da agência. Eu fui mais para mostrar meu material e pedir conselhos, não tinha a menor pretensão de nada, fui mesmo para aprender.

NÃO TINHA ONDE DORMIR, NÃO TINHA FAMÍLIA, ESTAVA NA RUA. NA FAVELA, EU ENXERGO UM PONTO DE IDENTIFICAÇÃO, MESMO SABENDO QUE NÃO SOU UM DELES

QUANDO VOCÊ DECIDIU SER FOTÓGRAFO?

Da paixão pela fotografia, fiz uma forma de ganhar dinheiro. Durante dois anos, parava o carro na porta de boates e cinemas e me oferecia para tirar fotos das pessoas. Um dia, estava cortando tomates num hotel, onde eu trabalhava como cozinheiro, e foi nesse momento que decidi ser fotógrafo. Eu ainda era muito jovem, estava na escola, mas não era tão bom estudante. Comecei a fazer pequenos serviços fotográficos, fazia casamentos. Minha sorte foi que na cidade onde eu nasci, Ravena [no norte da Itália), tinha um estúdio fotográfico muito bom. Tinha três, quatro fotógrafos, um de cada área, com trabalhos muito interessantes. Essa foi a única sorte verdadeira que tive na minha vida.

O QUE ERA A MAGNUM PARA VOCÊ, NAQUELA ÉPOCA?

Eu via a Magnum mais como uma instituição que como uma agência. Para mim, era como um museu, Feito de gente muito interessante, louca, que tinha liberdade para fotografar.

VOCÊ SEMPRE SE GUIOU PELA INTUIÇÃO?

Exatamente. Eu não sou um cara intelectual. Sou de uma família pobre, de camponeses. Passado um tempo depois desse encontro, recebi um telefonema. Do outro lado da linha, uma voz me falou: Você está na Magnum . Na hora, nem entendi bem o sentido daquilo. Geralmente, para entrar na Magnum, você fem que ser um cara conhecido, ou ser indicado por alguém que

já está na agência.

COMO É O TRABALHO NA MAGNUM?

O lema da Magnum é nãoter pauta. Eu sou dono do meu trabalho. A Magnum cria possibilidades para você viabilizar o trabalho que você quer fazer. Eles agem como se fossem produtores, articulam os detalhes de que você precisa para fazer o seu trabalho. Também fazem a ponte entre o cliente e você. Geralmente, o cliente liga já sabendo quem é você, o seu perfil. Ele já

Somos todos atores no teatro da vida. Partindo dessa idéia, Majoli elaborou o conceito de seu novo livro, Heroes (Heróis), ainda inédito. A série de retratos em fundo negro não resultou de um projeto propriamente dito, mas emergiu de um sentido pessoal profundo, alimentado pelo fotógrafo durante toda a sua vida. Os retratados são descontextualizados de suas atuações, abandonam o papel que exercem no plano social e se aproximam da experiência da morte, o fim da encenação descrito no poema de Totô (ícone da comédia italiana) e utilizado como argumento de Heroes: Você sabe o que é a morte? É o nivelamento

fala: Queremos esse fotógrafo para fazer a eleição na Etiópia . Ou: Queremos aquele fotógrafo para ficar tantos dias no Chile .

VOCÊ TEM QUE SER EXCLUSIVO OU PODE FAZER OUTROS TRABALHOS?

Se eles pedem exclusividade, têm que pagar mais. A agência se ocupa em fazer os acordos de compra e venda, determina quanto cobrar por dia detrabalho. Mas há pautas que você gosta de fazer e vai de graça, só com a passagem paga. Desta vez, fui pago para vir ao Brasil, mas eu costumo vir de graça, porque eu gosto do Brasil. Tenho um trabalho aqui. É muito elástica essa coisa, cada fotógrafo tem o seu sistema particular.

VAMOS FALAR SOBRE 05 SEUS TEMAS. COMO SURGIU A IDÉIA DE DOCUMENTAR 05 MANICÔMIOS, TEMA DE SEU PRIMEIRO LIVRO, LEROS?

Resumidamente, durante nove anos eu fotografei o Fechamento dos hospitais psiquiátricospelo mundo. Essa reforma nos manicômios foi iniciada pelo psiquiatra italiano Franco Basaglia, na década de 70. Ele viajou para a Argentina e para o Brasil, onde as idéias dele pegaram muito e depois foram disseminadas pelo mundo. Eu vim pela primeiravez ao Brasil acompanhan-

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Hospital psiquiátrico de Leros, na Grécia, 1994. Pacientes do Pavilhão 16 anteriormente designado Madra -, pátio onde, até 1990, comida e excrementos misturavam-se no chão e a violência era a regra entre guardas e funcionários

gre. Aqui, apesar de tudo, a vida continua. Na Europa não é esmo A cada ano morrem 46 mil pessoas no Brasil. Mais do que no Iraque. Então, tem que ver por que tanta morte. Tem guerra em todo lugar. Eu queromesinar essas guerras mais escondidas, que não são guerras propriamente ditas, mas que a humanidade tem que saber, ver como é.

ATÉ QUE PONTO VOCÊ SE ENVOLVE COM SEUS PERSONAGENS?

Mesmo morando na favela, eu tinha consciência de que não era um deles. 0 envolvimento tem que acontecer de forma natural. Um dia, em 1995, a polícia encostou todo mundo no muro. Eu agi como um deles, fui revistado, embora pudesse ter ido embora. Eu Fui ganhando o respeito deles, às vezes afrontava a polícia também.

O FILME CAPOTE [BASEADO NA BIOGRAFIA DO JORNALISTA TRUMAN CAPOTE] MOSTRA QUE ELE SE IDENTIFICOU COM SEU PRINCIPAL PERSONAGEM, O ASSASSINO PERRY SMITH. PORQUE AMBOS PASSARAM POR MUITAS PRIVAÇÕES QUANDO CRIANÇAS, ENFIM, PORQUE VIERAM DE UM MESMO MUNDO. CAPOTE DIZ QUE É COMO SE AMBOS MORASSEM NA MESMA CASA, SO QUE ELE SAIU PELA PORTA DA FRENTE E PERRY PELA PORTA DE TRÁS. No depoimento que eu dei para o livro da Magnum, eu também falo dessa identificação. Porque eu não tinha onde dormir, não tinha família, eu estava na rua. Então, na favela, eu consigo enxergar esse ponto de identificação, mesmo sabendo que não sou um deles. Não tenho uma visão paternalista. Lá eu posso conversar, podemos trocar experiências. Mas tem que haver pureza na intenção. Capote prometeu um bocado para salvara vida do assassino.

SEGUNDO O FILME, CAPOTE PAGOU ADVOGADO PARA ADIARA SENTENÇA DE MORTE DO ASSASSINO, PORQUE AINDA PRECISAVA DE UM DEPOIMENTO DELE PARA O LIVRO [A SANGUE FRIO, QUE INAUGUROU O GÊNERO DO JORNALISMO LITERÁRIO]. O QUE VOCÊ ACHA DE SACRIFICAR A ÉTICA EM NOME DA ESTÉTICA?

Eu sempre falo a verdade. A ética tem que prevalecer. Trabalhei nove anos

ESTAMOS FAZENDO UMA PEÇA NO TEATRO DA VIDA. O MEU PAPEL É DE FOTÓGRAFO.

QUANDO ACEITEI I5S0, DEIXEI DE ME VER COMO ALGUÉM QUE IA SALVAR O

do esses psiquiatras. Dentre vários lugares, passei um ano e meio na ilha de Leros, na Grécia, fotografando o pior manicômio do mundo. Essas fotos viraram meu primeiro livro.

FOI NESSA VIAGEM AO BRASIL QUE SURGIU O REQUIEM IN SAMBA , SOBRE CRIMINALIDADE?

Nessa viagem eu me apaixonei pelo Brasil, arrumei uma namorada brasileira. Morei em Salvador. Eu conhecia um italiano que estudava a realidade brasileira e tinha um trabalho social na favela. Por meio dessa conexão, comeceiaviverna favela. Foi muito impactante para mim. A gente fala muito em Iugoslávia, Iraque, mas aqui tem uma guerra social cotidiana muito forte. Só que o jeito como se convive com essa guerra é único. O brasileiro sempre vê o lado positivo das coisas. A Bolívia tem os mesmos problemase é sempre trágico. Há conflitos na Europa e é tudo sempre trágico. Aqui, tem o carnaval, o samba.

O SAMBA TEM EM SI ESSA DUALIDADE, ELE É ALEGRE NA FORMA, MAS TRISTE NA ESSÊNCIA.

Sim, na favela vive-se sorrindo. Essa coisa um pouco louca, trágica e ale-

MUNDO

em hospitais psiquiátricos, imagine quantas imagens de loucos eu tenho! No começo, eu não queria publicar. Era uma experiência pessoal. Em Leros, os doentes eram tratados feito animais e ninguém documentava. Tem um monte de fotos no meu arquivo que serviriam de denúncia, mas essas imagens não sairão de lá. É uma forma de protegera dignidade do retratado. As fotos têm um limite. Mas há também a questão da liberdade de interpretação. Você poderia ver as fotos de alguém que perdeu a dignidade como denúncia. Mas eu não tive coragem de publicar essas fotos.

TEM UMA FOTO QUE VOCÊ FEZ NO IML DE SANTOS (SP). NA LEGENDA ESTÁ ESCRITO: EU RECONHECI O CORPO DE UM AMIGO . QUAL É A HISTÓRIA? Eu estava fazendo uma matéria sobre Aids em Santos, quando a cidade estava entre os maiores focos da doença. Fiquei um tempo no cais do porto fotografando usuários de medicamentos contra a Aids, entre eles uma travesti baiana que Fazia programa, a Márcia. Eu a encontrava sempre, ela me contava suas histórias. Um dia cheguei e descobri que ela tinha sido morta porque vendeu crack de má qualidade. Alguém tinha que fazer o reconhecimento do corpo. Como todos os amigos dela tinham problema com a polícia, ninguém podia ir. Eu instintivamente entrei num ônibus, pensando em

iraté o Cemitério da Areia Branca, porque lá ficam os indigentes. Eu só sabia um nome dela que era fictício. Não tinha mais informação. Era sábado, cheguei a um lugar pensando ser o Cemitério da Areia Branca, não sabia que ali ficava o IML. Conversei com um funcionário, para saber mais informações. Não pensava que ia fotografar. Eu o segui, ele abriu o Frigorífico e tirou o corpo, e eu a reconheci. Daí ele permitiu que eu tirasse apenas uma foto. Fiquei abalado, passei o dia andando na praia. Não foi a primeira vez que isso aconteceu, mas dessa maneira, como os fatos foram coincidindo até eu chegar ao corpo, foi meio mágico.

VOCÊ ACREDITA EM FOTOGRAFIA ENGAJADA?

Na verdade, eu acreditava nessa possibilidade de ação política. Não acredito mais. À figura do fotógrafo é parte do mundo, ele é um ator da realidade. O cara que mora na favela é um ator, é um Favelado, estamos fazendo uma peça no teatro da vida. O meu papel é de fotógrafo. Quando você aceita isso, você deixa de se ver como alguém que vai salvar o mundo. A minha missão é Fotografar.

O QUE VOCÊ ACHA DO TRABALHO DO SEBASTIÃO SALGADO? ELE É UM AGENTE POLÍTICO?

Ele acredita que tem essa missão. Eu não quero salvar o mundo, jáé difícil salvar a si mesmo. Eu sou fotógrafo, faço fotografia porque tenho que fazer isso. Você jornalista, é esse o seu papel. Se existe fogo, precisa-se de um bombeiro. Se há um casamento, precisa-se de um fotógrafo. Se há uma guerra, precisa-se de um soldado, ou de uma enfermeira, ou de um Fotógrafo. Não existe guerra sem fotógrafo. Em todas as guerras há um. Alguém precisa fazer isso, eu faço isso. Mas não quero salvaro mundo. Cada um fazen-

do a sua parte, já seria suficiente.

HÁ QUEM CRITIQUE FOTOS DE CONFLITO, PORQUE A REALIDADE JÁ CHAMA A ATENÇÃO POR Si, A IMAGEM ESTÁ PRONTA, NA SUA FRENTE. ENTÃO, SERIA MAIS DIFÍCIL FAZER FOTOS DO COTIDIANO.

Não fácil ficar na guerra.Para se chegar até aquela imagem, você tem que fazer uma série de loucuras. Cobri a guerra no Iraque para a Newsweek, mas não fiquei fazendo foto oficial, fazendo só o que era permitido. Cheguei a Bagdá de carona. Eu e outros fotógrafos alugamos carros em Dubai. Alguns vão com o próprio carro. Depois, cada um pegouum caminho. Eu estive sempre sozinho, arriscando a vida. Estar lá é uma sequência de escolhas. Você levanta de manhã e vai procuraro que não seja oficial, senão qualquer um pode fazer mesmo. Temos sempre quesair do sistema para procurar uma visão particular da realidade.

E OS JORNAIS PUBLICAM O QUE NÃO É OFICIAL?

As pessoas acham que os jornais americanos não publicam o que não é oficial, mas eles publicam tudo. As Fotos mais violentas de Abu Graib [cidade onde militares americanos torturaram prisioneiros iraquianos] saíram primeiro em jornais americanos; as fotos do menino com a mão sangrando e que teve os pais assassinados por soldados americanos saíram primeiro na Time e na Newsweek. Não há censura dessas fotos. Nunca. ta

SAIBA MAIS

Site da exposição Off Broadway [www.magnumoffbroadway.com]

Site do ensaio Leros [www.cestino.it/leros]

Fotos de Alex Majoli no site da Magnum [www.magnumphotos.com]

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Onze da manhã e o telefone toca, uma hora boa para telefonemas, sempre acreditou nisso. Uma voz doce, jovem, tateando nas palavras, informou que fora indicada por uma amiga e que queria fazer um book. Concordou com o preço e perguntou se a maquiadora era por fora. Era. Para ficar mais barato, disse que levaria uma amiga maquiadora e que ela faria de graça. Ele não conhecia a amiga-maquiadora, mas tinham outros amigos em comum, uns nem tão amigos, e então a hora foi marcada.

Asessão foi normal, a menina levava jeito para a coisa. Belos olhos, sorriso que não escondia o olhare maxilar decidido; sim, maxilares podem ser decididos. O perfil era forte e olhos rasgavam para cima. Era ex-nadadora e aqueles ombros pendurariam bem qualquer roupa.

Bem, amanhã lá pelas seis da tarde você pode pegar as fotos.

Amanhã já está pronto??

Está sim. O laboratório é bacana, bem rápido.

Legal. Amanhã a gente se vê.

Ela se despede com um beijo e sai maquiada, com cara de festa, ajudando a amiga a carregar asnaletas com bases, rímel, muitorímel, blushes, lápis, corretivos, pincéis... Numa das maletas tinha um adesivo Hello Kitty escrito em japonês. O. cheiro do batom ficou no rosto dele.

10 fotos 25x30cm, sem pasta de book incluída, ela já finha uma. Pouco depois das seis da tarde ela chega, vestida com jeans apertado, uma maravilhosa blusa sem sutiã e botas pretas. Básica, mas o bá> sico do instinto, não o do comportamento. Gostou das fotos ficou examinando em silêncio duas cópias, uma bem de perfil e um close fecha= e, imagem pró- do, bem direto, os olhos verdes acesos, retos paraate aa md = pria - não invertida que espelho nãs-móstra. Ele põe sobre a mesa uma décima primeiça cópia, e ge costas, os ombros lisos e perfei-

tos inclinados para a esquerda, o cabelo caído no lugar certo; um dos vestidos da produção tinha um belo decote nas costas.

Gostei dessa. Pode ficar, é de graça. Fiz uma para mim também, em preto e branco.

Ela ri e guarda a foto no envelope, com as outras, dizendo que adorava preto e branco.

Aquela moto lá embaixo é tua?

EE

Tem o meu sobrenome. Vou tatuar depois de velha a marca nas minhas costas. É muito ego?

Se te der prazer... você deve fazer. Quando dizem que uma tatuagem é ego, é porque faltou coragem. Vai ficar bem, da Itália sempre veio coisa bonita.

A conversa durou o tempo em que as seduções viram vontades. Ela sorriu para ele, os olhos se encontraram e pararam, os olhos dela uns 15 anos mais novos do que os dele. E depois das seis, sete, e das sete, oito, e oito da noite, a boa hora para um jantar, sem carboidratos de preferência, e ainda para se fazer algo depois. E fizeram. Sexo, do bom, sem desculpas, com força, consentimento e repetição.

Ele não cobrou o book. Ela não insistiu em pagar. Se viram mais algumas vezes e, num vôo sem escalas, ela foi morar em Paris dois meses depois. Não havia Photoshop, e-mail, Orkut, voip, MSN ou 5M5, e o mundo nem sonhava com 11 de setembro. O que restou foi um cartão postal, com frases curtas e uma carta devolvida por destinatário não encontrado. fa N

ES

ANDRÉ ARRUDA éFotógrafo, mare.go Rio de Janeiro e tem uma moto daquelas grandes. Mera coincidência, claro! Para achar o cara:

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BRAIN STORM

Novas mídias para o fotojornalismo

Procuram-se talentos para produçõescriativas em multimídia. O anúncio inclui fotógrafos com PrOza, jetos documentais de longos períodos, capazes de O var áudio, compor legendas completas e, eventualmente, filmar vídeos. Depois, na edição, que possam desmontar toda a produção em pedaços independentes para oferecê-los a diferentes mídias: web, televisão, rádio, jornais e revistas. Os interessados devem procurar Brian Storm, um americanode 35 anos, quejá em 1995 soprava suas idéias inovadoras sobre como 0fotojornalismo devia ser transformado. Naquele momento, uma poderosa mídia ambicionava deixar de ser apenas hipertexto e ameaçava a coroa, o cetro e o trono do jornalismo escrito.

Conferindo as previsões de então, a ameaça não existe mais: 0 poder da informação já mudou de endereço. Temos novos reis e rainhas da mídia, e não sei bem se realmente acompanhamos essa expansão virtual em colônias, onde qualquer um pode ter seu domínio. Parao fotojornalismo a questão é o quanto nós, nem tanto realeza muito menos plebe, estamos preparados para responder às exigências dos novos consumidores e ao desafio dessas novas mídias, transformando reportagens e documentários em produtos de consumo, e rentáveis!

Essa é a bandeira de Brian Storm, fundador da MediaStorm, que nem completou seis meses e já ganha prêmios por documentários que seguem a cartilha de seu presidente: adicionar som à reportagem fotográfica, para uma apresentação em slideshow ou sequência de fotos que narre uma história, compondo o que ele define como quarto efeito multimídia .

Segundo Brian, uma legenda bem escrita deve atrair leitor, revelando algo a mais na imagem. À imagem e a legenda são os dois primeiros efeitos. A junção das duas cria o terceiro. O som traz a emoção. Para quem tiver dúvidas sobre a força de um documentário como esse, visite Never Coming Home, de Andrew Lichtenstein e Zac Barr, sobre famílias que tiveram parentes mortos na ocupação do Iraque. Se ficássemos por aqui seria uma novidade, não transformação. Acartilha de Brian é mais extensa. Envolve mudanças na forma de produção de um projeto e profissionais mais bem preparados para lidar com o desafio das novas mídias e para adquirir novas habilidades. A proposta é desconstruir um pacote de reportagem sempre que possível, separando material para a web, o áudio para rádios, eventuais vídeos para televisão e fotos para jornais e revistas, diversificando as outlets. Ninguém sai mais para cobrir uma história somente para a mídia impressa , afirma Brian. Ampliando as possibilidades, temos as outlets emergentes: blogs; DVDs educativos; exposições, com galerias interativas; celulares e as grandes sensações, podcasts e media players, como o iPod, capaz de reproduzir muito bem um documentário multimídia.

Mais do que outlets, são possibilidades rentáveis, o que é uma grande preocupação do projeto e de seu mentor, em particular. Ele conhece o mercado e entende o quanto as mudanças tecnológicas transformaram a fotografia em commodity. Há quatro anos, em meio à sua mudança da MSNBC para a Corbis, Brian declarou: Nós temos que nos

livrar de 40% dos fotógrafos que estão aí. Muitos são simplesmente maus fotógrafos, que trabalharão por maus acordos financeiros. Estamos perdendo os melhores 40% para os piores .

Por onde passou, seu trabalho recebeu muitos elogios, com exceção, talvez, da Corbis, que o demitiu em 2004 sugerindo conflito de interesses . Os fotógrafos são os principais defensores de Brian, e alguns o seguem fielmente nessa empreitada que é criar um modelo de negócio que existe potencialmente mas não está de braços abertos à espera de talentos. Nós temos que descobrir o tamanho do negócio que tem de ser construído.

Há um ano Brian deu uma pista do conflito: Não quero saber qual é o custo de uma cobertura nem como operara 3% de margem de lucro . Na cabeçadele, um trabalho jornalístico é algo que vai muito além de um negócio, é quase que uma missão. Ele é o cara que atuou dentro do sistema e por lá ainda quer ficar. Por isso fundou a MediaStorm. Nós temos que construir nosso business! fa

MASAO GOTO FILHO é Editor de Fotografia do jornal Diário do Comércio de São Paulo, e escreve mensalmente no Fotosite. O e-mail dele é masao coluna uol com br.

CONTEÚDO EXCLUSIVO

Veja perfil de Brian no [www.fotosite.com.br]

MAIS [www.mediastorm.org] [nww.mediastorm.org/0006.htm]

MARIA JOAQUINA

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Vamos contar uma história com uma câmera. Acho que isso seria um bom começo para se seduzir Thelma. Mas, por outro lado, e se deixássemos as sensações acionadas pelo estímulo visual nos arrebatar, perdidamente, de uma vez por todas. E se a tudo isso déssemos um nome simples: OLHAR, verbo intransitivo.

Mas se ainda, por um furtivo instante, as imagens se apoderassem do narrador e do ouvinte, e num só brilho de olhos arrebatasse mestre e discípulo arrastados para o reino insondável do olho. Sempre que o fotógrafo pega uma câmera, ele se propõe a contar uma história. A Fotografia de moda flerta coma ficção. Finge não ser a imagem real que é, para ser 0 espelho lógico de tudo que é efêmero e superficial. De onde veio a perso+

texto e foto Marcio

nagem? Para onde ela vai quando pararmos de olhar? Num rompante de modéstia cristalina, David Bailey declara: sou um vendedor de roupas . O fotógrafo inglês passa perto e longe. A fotografia de moda é comércio sim, mas também conta histórias maravilhosas com luz e sombras. A fotografia de Thelma me surpreende e me atrai. As referências fotográficas são inevitáveis. À obra de fotógrafos geniais que nos precederam são trilhas abertas para se penetrar na mata escura.

A palavra AMOR, pela fotografia ou pela vida (não é a mesma coisa?), está tatuada na parte de dentro do seu braço. Quando Thelma junta este braço ao lado esquerdo do seu tórax, ao empunhara câmera, coração e máquina começam a contar histórias de amor.

THELMA VILAS BOAS foi retratada por MARCIO SCAVONE [ms&imarcioscavone.com.br] especialmente para esta coluna

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