PHOTOGRAPHY AND BLACK MOTHERHOOD: ENVISIONING A BLACK MATERNAL AUTHORITY
The enduring legacy of slavery on Black women’s bodies in the Americas has notably resulted in some of the lowest rates of breastfeeding and even worse, a crisis of infant and maternal death. Persistent racial disparities today (particularly in healthcare) are the ripple effects of untold physical, psychological and sexual violence suffered by Black women for centuries as they performed domestic and agricultural roles as chattel slaves. In the United States, a North Carolina midwife recently uncovered one reason why breastfeeding has been and still is shunned by Black American mothers: a desire to disassociate themselves from the past, from slavery and the wet-nursing or the “Mammy” stereotype. This widely held but “fixed” and oversimplified image of a Black female slave feeding white babies their precious breastmilk is a revolting representation that was propagated by American visual art mediums. Early representations of the forced role of wet nurse were crafted into etchings and prints that functioned as political cartoons in newspapers and propaganda flyers. As the U.S. Civil War raged and the slave economy was threatened, the wet-nurse image was used for a variety of overlapping political views both against and in support of abolition. White America’s future was being nourished by these Southern earth mothers who were forced to abandon (the needs of) their own children but who despite their bondage, led nuanced and complex lives as sources of wisdom, comfort, discipline, advice and mediation. Despite the central (and powerful) role of the Black enslaved woman both inside and outside the plantation home, it’s this psychological, social, commercial and racist caricature that loomed large in the American consciousness and was later upheld by early photographic representations.
FOTOGRAFIA E MATERNIDADE NEGRA: VISLUMBRANDO UMA AUTORIDADE PARA A MATERNIDADE NEGRA qiana mestrich
O legado duradouro da escravidão nos corpos das mulheres negras nas Américas resultou, de forma visível, em algumas das taxas mais baixas de amamentação e, o que é ainda pior, em uma crise de mortalidade infantil e materna. As disparidades raciais que persistem ainda hoje (sobretudo na área da saúde) são efeitos em cascata da propagação das incontáveis violências físicas, psicológicas e sexuais sofridas pelas mulheres negras por séculos, enquanto desempenhavam funções domésticas e agrícolas na condição de escravizadas. Nos Estados Unidos, uma parteira da Carolina do Norte descobriu recentemente uma razão pela qual a amamentação foi e ainda é evitada por mães negras americanas: o desejo de se desassociar do passado, da escravização e do estereótipo da ama de leite ou mãe preta. Essa imagem, amplamente aceita, ainda que fixa e simplista, de uma escravizada negra que alimenta bebês brancos com seu precioso leite materno é uma representação revoltante que foi propagada pelos meios visuais norte-americanos. As primeiras representações da função forçada de ama de leite foram feitas em gravuras e impressões que funcionaram como charges políticas em jornais e panfletos de propaganda. Enquanto a Guerra Civil nos Estados Unidos se intensificava e a economia escravocrata se via ameaçada, na década de 1860, a imagem da ama de leite foi usada em uma variedade de visões políticas sobrepostas, tanto contra quanto a favor da abolição da escravatura. O futuro da América branca estava sendo nutrido por essas mães negras do Sul do país, forçadas a abandonar (as necessidades de) seus próprios filhos, mas que, apesar de sua condição de escraviza67