Uma Filomena: um olhar sobre a comunidade

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EXPOSIÇÃO no museu de arte contemporânea do ceará

UM OLHAR SOBRE A COMUNIDADE

leo silva carlos melo CURADORIA
FOTOGRAFIAS

FICHA TÉCNICA

Ideia, Concepção, Proposta e Fotografias:

Leo Silva

Produção: ar th3mis

Camila Santino (Feijão de Corda Cultural)

Curadoria:

carlos melo

Verbetes:

Ana Aline Fur tado

Helena Barbosa Mulambö

Talles Azigon

Fernanda Siqueira

Jardel Silvestre

Paulo Uchôa

Valzenir Maria

Coordenação de Montagem:

Rebeca Eloi

Expografia:

Rebeca Eloi

Auxiliar de Montagem:

José Claudio de Sousa Eloi

Nágila Gonçalves

Maruska Ribeiro

Filmagem:

André Capelo

Caio Kinte (MG)

Késsia Nascimento

Editor de vídeo:

Walisson Lino

Cober tura Fotográfica:

Beatriz Souza

Desenho Sonoro: Emiciomar

Design Gráfico e Identidade Visual:

Daniel Firmino

Assessoria de Impressa:

Mi Mar tins

Tradução em Libras:

Ellen Costa

Agradecimentos:

Projeto Olhando Pra Frente

Meninos de Deus

Conselho Nova Vida

Fabiano Souza

Dona Creusa

Beth Silva

Iulyana Andrade

Sandra

Ronny Relato

Rennan Relato

Gigi

Ivan Nascimento

Time dos Ouzados

Time Coritiba

Time Pirelli

Time As Quadras

Fabiano Souza

Jardel Silvestre

Veroniza Silvestre

Paulo Uchôa

Valzenir Silva

Albaniza Dantas

Luzanira Pinto da Silva

Vitória Helen

Mulambö

Iana Soares

Evo Contabil

Renata Braz

Rômulo Silva

Kelrylene Gomes

Equipe MAC-CE

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EXPOSIÇÃO no museu de arte contemporânea do ceará

UM OLHAR SOBRE A COMUNIDADE

FOTOGRAFIAS

leo
silva carlos melo CURADORIA

MOSTRA CEARENSE DE ARTES VISUAIS PARCERIA COM A TEMPORADA DE ARTE CEARENSE (TAC)

Uma exposição que é rede e encontro. Soma, emoções e experiências. Um caminhar entre as salas do museu que nos convida a (re)encontrar corpos, revisitar medos e enxergar presença e fabulação em ruínas da cidade. Entre suas paredes e escadas, mostra uma Fortaleza diversa, da Praia de Iracema ao Jangurussu, valorizando a história comunitária. Uma exposição que questiona territórios e corpos, convida às transformações, aos rompimentos de barreiras. Encara cicatrizes e crateras, poetiza a vivência que vira arte e resistência, abre espaço para o desejo e a afetividade, para lendas e imaginação. Uma exposição em bando, com todas, todos e todes, para todas, todos e todes.

A Temporada de Arte Cearense (TAC) é uma ação da Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (Rece) da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará) em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM).

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UMA FILOMENA E UM MUSEU-CASA

A exposição Uma Filomena, do artista Léo Silva, ocupou uma das salas do piso superior do Museu de Arte Contemporânea do Ceará na Mostra Cearense, que reuniu 9 projetos selecionados pela Temporada de Arte Cearense 2022/2023.

As imagens do Santa Filomena, um dos bairros que integram o Grande Jangurussu na cidade de Fortaleza, produzidas pelo artista, demonstram seu olhar íntimo, observador, seu contato corporal e seu testemunho dos acontecimentos do lugar: o café da Dona Neusa, o Bonde da Bike, a hora das pipas ao céu, o açude, o futebol na Areninha, sua mãe Luzanira em seu quintal. O fortalecimento de lideranças, movimentos e projetos, o Direito à Moradia, o manifesto pela paz e a maternidade, esse gesto de resistência. Reunindo retratos e paisagens e deslocando-os no espaço/tempo, Léo reivindica e agencia vida, corpo, pertencimento e identidade.

Durante a montagem da exposição, nós que convivemos com essa movimentação que antecede a abertura,

presenciamos a mudança: uma sala branca, silenciosa e vazia, virando casa. A cada dia que passava, mais pessoas se envolviam, e assim apareceram o verde na parede, tubulações, varais. No móvel, retratos, objetos de saudade, de devoção e o controle remoto. Uma tevê ligada e os sons da sala-de-estar ocupam todo oespaço.

A sala do museu se transforma em um movimento de vida, uma ocupação orgânica. Léo trouxe seu território e de forma muito real, trouxe todos do Santa Filomena com ele. Léo nãoandou só. A equipe de trabalho do projeto, integrada e amiga, também representa tantos outros e nessa coletividade construíram e vivenciaram no museu seu território de afetos e generosamente nos convidam à essa experiência.

Viva o Santa Filomena!

por Cecília Bedê

Gestora do Museu de Arte Contemporânea do Ceará Abril de 2024.

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UMA FILOMENA: ENTRE RUAS, FRESTAS, SORRISOS, RE-EXISTÊNCIAS E AFETOS

Oque dizer sobre a obra de uma/ um artista? Como apresentá-la? Essas foram indagações que me atravessaram durante os meses em que imergi na obra do artista e irmão, Léo Silva. Foi através dessas indagações que percebi que uma das características que sempre admirei no Léo, foi a sensibilidade. Característica esta, que me tocou pela primeira vez em 2017, quando tive a oportunidade de contemplar as fotografias que compuseram a exposição “Simples Cidade – Simplicidade”.

O que me toca profundamente, é a capacidade que Léo Silva tem de transmitir sentimentos através de suas fotografias. Os olhares, expressões, sorrisos e cotidianos registrados em sua obra, nos permitem um contato íntimo não só com as pessoas, mas também com os territórios em que desenvolve sua arte. Talvez por isto, todas as vezes em que tenho a oportunidade de contemplar alguma de suas produções artísticas, sinto-me parte dela.

Ao pensar sobre o conjunto da obra deste fotógrafo, que é ao mesmo

tempo brilhante e sensível, percebo que trata-se de um conjunto artístico tão pulsante que nos leva ao encontro do que podemos chamar de “lugares de vida”. Em “Uma Filomena”, somos convidadas/es/os a visitar e revisitar Santa Filomena, um dos bairros que integram o Grande Jangurussu.

Através das fotografias que compõem esta exposição, Léo Silva nos incita a pensar sobre pertencimento, direito ao território e sobre a importância da “rede de afetos”. Vale ressaltar que por “rede de afetos”, compreendo oconceito desenvolvido pelo poeta e pesquisador Rômulo Silva, que no artigo “Po_ética das mermazárias” discorre que:

Trata-se de uma poética da Relação que habita encruzilhadas e zonas existenciais, um emaranhado de práticas de re-existências poéticas em constante movimento, sem começo e fim, tecida entre “becos” e asfaltos [...].

Objetivando uma aproximação mais íntima, a exposição “Uma Filomena” é apresentada em três ambientes - retrato, momentos e futebol

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-integrados por uma estrutura que remete ao cotidiano das pessoas e dos territórios que compõem a obra. É no aconchego de uma sala de estar, por exemplo, que seremos apresentadas/ es/os as/aos moradoras/es do Santa Filomena. Além dos retratos que estarão dispostos entre tubulações de PVC, na TV de nossa sala estaremos apresentando obras audiovisuais que foram produzidas na comunidade.

O ambiente “momentos”, expõe registros fotográficos que expressam um cotidiano, que por muitas vezes, assemelha-se ao cotidiano dos vários territórios que compõem a Grande Fortaleza. Olhares penetrantes, sorrisos sinceros, brincadeiras e relações de cuidado, são algumas expressões que dão vida a estes “momentos”. No que se refere ao ambiente “esportes”, seria incoerente uma exposição sobre oSanta Filomena que não incluísse um de seus alicerces mais potentes. Os campos e areninhas são exemplos práticos do que podemos chamar de “lugares de vida”.

Por fim, gostaria de dizer que é uma honra ser curador desta exposição. Ainda mais por ser esta, minha primeira curadoria. Agradeço a Aluvaiá pela oportunidade das encruzas, Kiuá Luvaiá Ngananzila Kiuá! Agradeço ao Léo Silva, a Santa Filomena e a todas/ es/os que compõem a equipe que fez desta, uma exposição de excelência. Como disse a maravilhosa Liniker, “é sobre ser excelente”.

por carlos melo, 06 de março de 2023, Ouro Preto-MG.

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UMA FILOMENA

No Filomena

Chamam de Favela Comunidade

Era Simples as casas

Terra Chão a poeira levantada.

Brinquedos das crianças brincaram

ocarrinho do menino

uma lata de leite rolando a Pipa dos meninos brincando sobre o vento

meninas com as bonecas de pano

O Pião na mão girando Soltam no chão

Futebol os Meninos jogando a Poeira levantada

A dura realidade na comunidade [fome famílias trazendo o sustento [com bicos

Pessoas iniciaram no Filomena deram as mãos união

Independente de religião

hoje no lugar tem Católicos, Evangélicos, [Umbandistas

Hoje colorido mudanças vem no Filomena

A fé

Até o dom dos artistas

amor nas pessoas que ajudaram no crescimento de Uma Filomena

como Jesus Pregou Amor Amor mas olhem ainda tem gente que precisam de oportunidade dentro de Uma Filomena

Fernanda Siqueira, moradora da Comunidade e Poeta.

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DONA CREUSA

EM SUA CASA.
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Leo Silva

Ela me enca ra co m firm eza, acala nto ou sin gel eza. Repa re: germinam aqu i lampej o s de vi talidade e folia. Gua rde i nos olhos a renda que adorna o c orp o negro. Aque l as textu ras flo rais ma rca m o tempo í ntimo do seu enca ntame nto. Por al gu n s s e gundos, tudo pa rece inabal ável : os pés em festa no g ramado, os s egredo s das cadei ras de balan ç o, aquele raio de so l laranja totalme nte atravessado pela pip a in dóci l . Parece uma eu fonia que, em a corde s graúd o s, ca nta: eu caibo nesse mundo . Filome n a, fi l ha da luz, em tom de p rece m e en ca ra e sussur ra: ei, não se esqueça de mim .

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LUZANIRA PINTO DA SILVA CARVALHO. MINHA MÃE EM SEU QUINTAL, ENSAIO PARA O DIA DAS MÃES. Leo Silva
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DONA NEUSA EM UMA MANHÃ DE CAFÉ. Leo Silva

Avida sem reciprocidade é aridez. A constatação sem indagação e sem inquietação é determinista. Andar por entre coletividades sem viver ocomum é ilusão. O direito de ser, a luta por direitos, os modos de viver, os saberes incorporados da comunidade, a alegria, a beleza, a força social e histórica só se tornam um mundo de possibilidades na materialidade do território.

Os olhares de Léo Silva em Uma Filomena, com sua subjetividade curiosa e inteligente, evocam uma memória: “quando eu piso no chão, não é meu rastro que fica, é o nosso”, pelas palavras de Krenak.

ANA ALINE FURTADO advogada, artista multilinguagem e pesquisadora.

SANDRA, ACOMPANHANDO

SEU FILHO EM DIA DE TREINO

DO PROJETO MENINOS DE DEUS.

Leo Silva

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RONNY RELATO

EM SUA CASA.

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Leo Silva

IULYANA ANDRADE.

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Leo Silva

DONA BETH EM SUA

CASA, BANDEIRA

REFERENTE A DIREITO

E MORADIA. Leo Silva

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DANIELA NA MANIFESTAÇÃO

“FORTALEZA PEDE PAZ”

JUNTO AO PROJETO

MENINOS DE DEUS.

Leo Silva

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Vejo o Santa Fi l omena c om o s olh o s da espe rança, um lu gar onde tod o s ac redi tam em si p rópri o e a o mesmo temp o em um força que vem do al to . Me si nto u ma pessoa útil, tenh o emp at ia co m a dor do out ro, me vej o c omo essa c om un idade é, resilie nte.

O seu trabalh o fotog ráfic o vem t razer, o nostálgi co , a espe rança, a vi vacidade , a ex pe r iência, o belo que é e ntardece r nessa c omu n idade, as vi vência s e ex pe r iências, vo u olhar j ovem a criatividade a inocência da criança .

VALZENIR MARIA, Mo rado ra da Co mu n idad e e Ar tic ul ad ora C o muni tár ia .

20 CLAITON FERREIRA SOLTANDO RAIA EM SEU “QUINTAL”. Leo Silva

UM TRAJETO SOBRE A EXPOSIÇÃO “UM OLHAR

SOBRE A COMUNIDADE - UMA FILOMENA”

Por um tempo, venho observando o local onde estou, Santa Filomena, localizada no Jangurussu. Lugar em que nasci e que me cresço, me encontro aqui em um outro trajeto além da vivência própria, mas com uma vontade de juntar os fragmentos e fixar algumas memórias, seja ela a vivenciada, a falada, o contato com os moradores, as pessoas próximas. Poder tá aqui, fotografando e pensando, a partir da história local, me faz pensar nas possibilidades dos lugares em que quero estar. Uma Filomena, ou as diversas Filomenas, é isso, é um pouco do que vivi, mas também é algo que tá muito além de mim.

Essa inquietação de pensar e fazer algo aqui, vem desde o início, de quando comecei a fotografar, desde a primeira exposição “Simples Cidade -Simplicidade”, foi a partir destas vivências que comecei a ver quem tá ou estava do meu lado.

Mas de ver o que se encontra em meu redor, aquela casa que não se encontra mais ali, ou aquele morador que antes tava ali, mudou de casa, viajou, mas que deixou ali uma me-

mória, uma vivência, aquele campo que hoje não existe mais. Os pulos na água do açude, as partidas no Campo do Coritiba, hoje Areninha Santa Filomena. Essa ideia de se voltar ao local e a estrutura do próprio espaço veio muito após a Covid-19. Na verdade, durante a pandemia mesmo, quando parei em casa e observei melhor onde moro, vivo; percebi melhor a estrutura da casa, o movimento gerado pelos meus sobrinhos, a tranquilidade de minha mãe fazendo crochê…

Dentro desse trajeto, existe uma pesquisa que ampliou mais ainda os meus horizontes, principalmente quando adentro a história local, a partir dos moradores mais velhos. Essa história não se encontra escrita, ainda, mas está na memória dos moradores. Tenho buscado entrevistas e pensando nas possibilidades de fragmentar essas memórias. Uma Filomena, meu trabalho recente, tem sido uma dessas produções, que se iniciou como uma proposta de jornal em 2019/2020, saindo uma edição apenas. Mas, abrindo possibilidades pro que tá se tornando hoje, que

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caminhamos para uma proposta de acervo comunitário do Santa Filomena, onde não terá só minhas fotografias e produções, mas também material histórico de arquivo-acervos dos moradores, dos fotógrafos antigos e novos, dos acervos dos projetos locais e que estão há muito tempo na comunidade. A “Uma Filomena” que esteve no Museu de Arte Contemporânea, é um primeiro passo para se pensar na diversidade e possibilidade. É uma, mas também são várias, é única, mas também é diversa, é Olhando Pra Frente, é Menino de Deus, é Penha, é Paulo, é Thiago, é Gorete, é Seu Zé, é Helena, é Lurdinha, é Beth, é Valzenir, é Jardel, é Albaniza, é Davi, é Filomena, é Jangurussu. É também um acervo memorial.

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BONDE

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DA BIKE: CALISTA, YURI, IVAN, ÉRIC E GUILHERME. Leo Silva

AÇUDE DO JANGURUSSU, SANTA FILOMENA.

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Leo Silva
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CURITIBA EM CONSTRUÇÃO DA ARENINHA DO SANTA
CAMPO DO
FILOMENA.
Leo Silva

KAIQUE EM DIA DE VISITA AO ESTÁDIO PELO PROJETO

OLHANDO PRA FRENTE.

Leo Silva

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No Santa Fil omena eu me si nto pa rte dele, po rque ch e gue i criança e lemb ro bem que e ra mais o u menos 20 família e eu venh o ac ompanha n do sua evolução, p ra mim é uma c om u nidade c om suas dificuldades , porém cheia de valo res (açude , posto de sa ú de, es c olas, t ranspo rte pú bli co. ..). Tudo c onqui sta do p ovo

As s u as fotog ra fias retratam mui to c om o é noss o p ovo, sua cultu ra, e o dia a dia . Através das fotos é possí vel fazer um a leit ura da c omunidade do Filomen a

PAULO UCHOA, Mo rador da co mu n idad e e C riado r do P roj eto Me n in o s de Deu s

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FAMÍLIA SILVESTRE: FRANCISCA, GIGI E EDILANE. Leo Silva
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DONA LUCIA EM SUA CASA. Leo Silva
MESQUITA E LÚCIA NO CAMPINHO.
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Leo Silva
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RUA NUNES FEIJÓ, NOITE DE ABRIL. Leo Silva

Léo Sil va n os l eva pa ra um passei o pel o Fi lo mena c om uma sensibilidad e de quem con hece o seu lu gar e se nte cada passo dado nesse chão, algué m qu e vi ve e fica mais vi vo por conta de cada hi stória, memória e esquin a de seu bair ro. Ao olhar pela janela d a sala vemos sorrisos, olha res e t roféu s qu e rep rese ntam as vi tórias do diaa-dia. Ao fala r do bair ro, Léo fala d e gente e ao falar de gente, Léo nos faz esc utar a vo z e o som daquilo qu e no s fa z e star vi vo. Vi va o Filomena! ”

MULAMBO

DIA

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DE TREINO, PREPARANDO O CAMPO E A TRAVE. Leo Silva
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DIA DE TREINO, PREPARANDO A TRAVE. Leo Silva

DIA DE TREINO DO PROJETO MENINOS DE DEUS.

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Leo Silva

Assim como as imagens, as palavras também se gastam, perdem o sentido até encontrar um novo. as imagens não apenas desbotam, mas se exaurem, e de tanto pretender dizer a verdade passam a mascarar a verdade, transforma-se em tudo aquilo que a fotografia disse que não seria, um mero discurso. discurso de legitimação, de invasão, de colonização, de desvalidação, de ilusão, de engano. por isso que escrevi em um dos meus livros que fiz com leo:

…embora a última moda estética é fazer editorial de moda performance, espetáculo favela hype olha, como a pobreza sai bem na foto desde que não seja um pobre fotografando

IN SARAL 2 - TALLES AZIGON Poeta, morador do Curió

ANTIGO CAMPO DO CURITIBA, PHELIPE EM MEIO A CONSTRUÇÃO.

Leo Silva

ATUAL ARENINHA DO SANTA FILOMENA, PHELIPE JOGA EM NOVO CAMPO.

Leo Silva

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DIA DE JOGO, AS QUADRAS X OS GUERREIROS. Leo Silva

BIANO SOUZA EM DIA DE

TREINO NO PROJETO

OLHANDO PRA FRENTE.

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Leo Silva
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JOGO NA ARENINHA DOS CAJUEIROS. Leo Silva

RIAN, VINICIUS, “B”, GUSTAVO E DANIEL

“BOCHECHA” NO TREINO DO PROJETO

OLHANDO PRA FRENTE.

Leo Silva

“TOTOI”, GUILHERME, KAIQUE E MARQUIN

EM DIA DE TREINO DO

PROJETO OLHANDO PRA FRENTE.

Leo Silva

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DIA DE TREINO DO PROJETO OLHANDO PRA FRENTE.

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Leo Silva

WILLIAN “MOSQUITO” EM DIA DE TREINO DO PROJETO DOS MENINOS DE DEUS.

Leo Silva

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VINICIUS, JOÃO PAULO, MATEUS E KELVIN, EM DIA DE TREINO DO PROJETO OLHANDO PRA FRENTE.

Leo Silva

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GUILHERME EM DIA DE TREINO DO PROJETO OLHANDO PRA FRENTE. Leo Silva
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DANIEL “BOQUINHA”. Leo Silva

Minha q u eb rada, o lugar onde si nto q u e e stou li teralme nte en rai zado , faz parte da minha história, A gente nasce aqui, cresce aqui e vira tudo isso aqui !

“Os registros feitos pelo Leo mostra um Santa Filomena na qual a alma de comunidade fala por si só, e nos provoca uma reflexão e uma ótica que a gente não enxergava e nem tão pouco sentia, é o resgate do pertencimento com esse lugar que nos faz ter orgulho de chamar de nosso“

JARDEL SILVESTRE, Morador da comunidade e Presidente do Projeto Olhando Pra Frente.

EXPOSIÇÃO no museu de arte contemporânea do ceará

UM OLHAR DA COMUNIDADE

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MONTADA NO MAC
EXPOGRAFIA

“As suas fotografias retratam muito como é nosso povo, sua cultura, .aid a aid o e Através das fotos é possível fazer uma leitura da comunidade do Filomena”.

PARCERIA: APOIO CULTURAL: PRODUÇÃO

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