Cliques e escritos: Foto Clube de Londrina 40 anos

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CLIQUES E ESCRITOS FOTO CLUBE DE LONDRINA 40 ANOS


SUMÁRIO

edição geral, projeto gráfico e diagramação Rafael Garcia Martins coordenador Mario Jorge de Oliveira Tavares

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Prefácio

textos

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Introdução

Antônio Ferreira dos Santos

Escritos

Norman Neumaier Rafael Garcia Martins revisão de textos Chico Amaro

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Fotografia e fotoclubismo

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Foto Clube de Londrina

Lucinea Aparecida de Rezende

Cliques colaboradores

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Ângelo Portelo Neto Suren Saadjian

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Preto e Branco Cor

realização

Biografias e anexos

Foto Clube de Londrina

patrocínio

gráfica e editora

tiragem

Midiograf . Londrina ∙ Pr

1.000

242

Biografias dos fundadores

246

Biografias dos autores das imagens

260

Galeria dos Presidentes

262

Diretoria do FCL


Convergência

PREFÁCIO

Desde que foi inventada, a fotografia sempre exerceu um inexplicável fascínio sobre a humanidade, independente de lugares, classes, cores e credos. A sensação de ter um momento congelado, um fragmento da realidade preservado, uma recordação emoldurada, sempre intrigou e emocionou o homem. Além de suscitar recordações, quase sempre boas (não é da cultura das pessoas fotografar más recordações), a fotografia já foi estudada como representação de “posse” das pessoas e objetos fotografados; como “arma” de defesa nas mãos de fotógrafos que se aventuram a cobrir conflitos (eles sempre acharam que, por estarem de posse de uma câmera, nada lhes poderia acontecer – e muitos pagaram com a vida por pensarem assim); como uma alternativa de “arte” nas mãos – e cabeças – de grandes criadores que nela viam uma forma massiva de manifestação e persuasão; ou como “trampolim”, uma forma de saltar do anonimato para a fama com uma imagem premiada.

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No final da década de 70 e início dos anos 80, a fotografia passou a ser reconhecida como documento pela academia, que até então a encarava como mera ilustração de textos. E é importante falar da academia porque nela estão inseridos e aconchegados os pesquisadores, historiadores e, principalmente, os autores de livros. Por conta disso, ou também por conta disso, a partir da década de 90, a preservação da memória ganhou consistência na academia e maturidade na sociedade. Nas duas últimas décadas, graças ao trabalho de muita gente, recuperar e preservar a memória tornou-se prioridade nas instituições, organizações, associações de classe, clubes, igrejas, escolas, empresas, bairros, ruas, famílias. Desde que passou a ser vista como documento, a fotografia tornou-se imprescindível para a preservação da memória, pois, como ensina o mestre Boris Kossoy, “fotografia é memória e com ela se confunde”. Nesta vertente, é com grande orgulho que destaco Londrina como uma das cidades que mais recuperam e preservam sua memória. E, neste aspecto, vanglorio o pioneiro, penoso e imprescindível trabalho do Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss, da Universidade Estadual de Londrina. Pouquíssimas cidades do Brasil dispõem de tão vasto, representativo e organizado acervo fotográfico de seu passado. Desde sua colonização, Londrina foi abençoada pelos deuses da fotografia. A cidade e região tiveram a sorte de haver sido colonizadas por estrangeiros de várias etnias que conheciam a técnica, a arte e sabiam da importância documental da fotografia. Quem fez a primeira fotografia aqui foi George Craig Smith, brasileiro, filho de ingleses, desbravador, colonizador e morador da cidade. Representantes de outras etnias também fotografaram o nascimento e desenvolvimento de Londrina: Hans Kopp (austríaco), Carlos Stenders (alemão), Haruo Ohara, Yutaka Yassunaga e a família Matsuo (japoneses), além de Theodor Preising e José Juliani, contratados pela Companhia de Terras Norte do Paraná, que era inglesa. Para se ter uma ideia da “sorte fotográfica” de Londrina, basta compará-la com algumas cidades das regiões Norte e Centro-Oeste, que começaram a ser im-

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plantadas na década de 70 – há menos de 40 anos, portanto – e que não possuem fotografias daquele início. Foram colonizadas por gaúchos, paranaenses e paulistas, que foram expandir as fronteiras agrícolas. Assim, chegaram, desmataram, plantaram e colheram, mas... não providenciaram uma documentação fotográfica dessa aventura epopeica. Nesse aspecto, Londrina teve muito mais sorte, pois os estrangeiros mal chegavam, construíam uma escola, levantavam um templo e passavam a fotografar cada conquista do cotidiano. Em 1971, pouco antes de Londrina comemorar quatro décadas de emancipação política, foi fundado o Foto Clube de Londrina. Iniciativa entusiasta e inocente de menos de uma dúzia de fotógrafos amadores, capitaneados por uma jovem apaixonada pela fotografia: Vivian Kern. Na época, os fotoclubes proliferavam pelo Brasil e representavam um espaço de congraçamento, troca de informações e estudos sobre fotografia. Na academia, referida no início destas linhas, o interesse pelo tema ainda era incipiente nessa época. Por conta disso, muito do aprendizado, da discussão conceitual e da produção autoral de fotografias estava concentrada nos fotoclubes. Desses ambientes saíram muito artistas, professores de fotografia e repórteres fotográficos de importantes jornais e revistas do país. Por idealismo, até hoje, os fotoclubes preservam o entusiasmo e a “inocência” que estavam presentes na fundação do Foto Clube de Londrina. O entusiasmo pode ser visto nas discussões, nos estudos, na troca de ideias e informações, na participação em concursos e salões de fotografia. Peço permissão para trocar o termo “inocente” por um sinônimo: pureza. Os fotoclubes preservam a essência, ou seja, o estado mais puro da fotografia. Não a fotografia pelo trabalho, muito menos pelo dinheiro, e sim a fotografia pelo fascínio, pelo prazer, pelo desafio de aprender, aprimorar e superar-se a cada imagem registrada. Preservam e cultuam a fotografia por aquela sensação inexplicável de saboreá-la vagarosamente, esboçando sorrisos de satisfação. Além de cultivar a essência da fotografia, o Foto Clube de Londrina também se atentou para a preservação da memória. Essa atenção sempre existiu, mas talvez

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tenha ficado mais consistente nas duas últimas gestões: de Rui Cabral, fotoclubista apaixonado, que foi responsável pela recuperação e preservação do acervo fotográfico do Museu Histórico de Londrina; e de Mário Jorge Tavares, que atuou na recuperação e preservação da memória da Sercomtel, empresa onde trabalhou por mais de trinta e cinco anos. Na introdução deste livro, o presidente Mário Jorge diz que, ao mexer nos armários e arquivos, percebeu que a memória do Foto Clube de Londrina estava “fragmentada e dispersa” e, graças a convergências de propósitos e ações, foi possível recuperá-la, organizá-la e divulgá-la por meio de uma publicação há muito acalentada. Maravilha! Não poderia ser de melhor forma. A história merece – e precisa – ser dividida, acessada e democratizada. Parabéns ao Foto Clube de Londrina pela iniciativa, pela disposição e pelo trabalho. Com esta publicação, não será só a sua memória que permanecerá preservada, mas uma parte importante da história de Londrina e do Norte do Paraná. Parabenizo também a percepção e a grandeza da atitude de buscar a parceria da academia nessa empreitada. Com a mesma convicção com que alguns entusiastas constituíram o Foto Clube de Londrina há 40 anos, seus atuais membros não tiveram dúvida em entregar a empreita a um estudante (pouco mais que um adolescente na idade; pouco menos que um gigante na capacidade) da Universidade Estadual de Londrina: Rafael Garcia Martins. Confiaram a ele a pesquisa, a produção e a programação gráfica do livro – e, em minha opinião, conseguiram um excelente resultado. Coube a outra representante da academia, a professora Lucinea Aparecida de Rezende, da área de Educação, com larga experiência em publicações, a honra de dar o título. O resultado é prova inconteste de que a academia, o mercado de trabalho e as associações classistas só têm a ganhar com o estreitamento de relações. Particularmente, sinto-me honrado e feliz por ter sido escolhido para prefaciar este livro. Honrado porque sei que mais de uma centena de membros que viveram, fizeram e transformaram a história do Foto Clube de Londrina teriam

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melhores condições e mais méritos que eu para esta missão. Feliz porque percebo a convergência de diversos elos: o crescimento da vertente pela preservação da memória; a seriedade do Foto Clube de Londrina; o estreitamento de relações entre diversos segmentos da sociedade; mais um livro, mais história recuperada e publicada; mais pessoas trabalhando pelo coletivo, acima de suas ansiedades e ambições individuais. Parabéns a todos os envolvidos neste projeto. Parabéns a todos que fizeram e fazem parte do Foto Clube de Londrina. Muita luz para todos!

Paulo César Boni Coordenador do Curso de Especialização em Fotografia e do Mestrado em Comunicação Visual da uel. Editor da revista Discursos Fotográficos.

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INTRODUÇÃO

Quando dos trabalhos de revitalização da Sede do Foto Clube de Londrina, em 2008, ao organizar-se os armários e arquivos, comprovou-se que muitas fotografias, catálogos e outras informações importantes estavam dispersas, guardadas em casa (ou na memória) por associados que participaram dessa interessante caminhada de registros fotográficos. Era necessário e importantíssimo resgatar, aglutinar e preservar tal acervo histórico e cultural. A Diretoria do fcl discutiu a necessidade de reunir o acervo em mídias digitais diversificadas (disco dvd, disco rígido – hd, etc.). Eis que, em março de 2009, num encontro semanal, o novo associado Rafael Garcia Martins expôs sua intenção de abordar em seu projeto de Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Design Gráfico da uel, a história da fotografia e do fotoclubismo, e questionou se haveria interesse do fcl em ajudá-lo com informações. Tal proposta foi aceita prontamente, pois poderia resultar num livro, idéia há muito acalentada pelo vice-presidente Norman Neumaier.

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O foco do tcc acabou sendo a produção do livro “Cliques e Escritos”. O titulo foi sugerido em maio de 2009, pela associada Lucinea Aparecida de Rezende, professora da uel, que se dispôs a organizar os textos, encarregando-se o jornalista Chico Amaro da revisão literária e gramatical. O importante passo seguinte foi a aprovação, em junho de 2009, pela Confederação Brasileira de Fotografia – Confoto, da proposta para que o fcl, nas comemorações de seus 40 anos, em maio de 2011, sediasse a xvii Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Cores, quando se pretendia lançar o presente livro. Assim, o título foi ampliado para “Cliques e Escritos – Foto Clube de Londrina – 40 anos”. Em dezembro de 2009, Rafael Garcia Martins apresentou o boneco do livro como parte de sua defesa de monografia, quando testemunhamos os elogios da banca examinadora à proposta de programação visual e conteúdo. Restava buscar recursos para materializar a confecção do livro, elaborando-se projeto submetido ao Programa Municipal de Incentivo à Cultura (promic), que foi aprovado conforme o Edital n º 002/10 - Projetos Culturais Independentes, em 29 de março de 2010, pelo Secretário Municipal da Cultura. Nesse ponto começou uma verdadeira maratona em busca de informações adicionais, procurando-se enriquecer o que havia sido selecionado do tcc de Rafael Martins, para constar no livro. Para tanto, foi criado um “petit comité” encarregado da seleção das fotografias e da criação dos textos, envolvendo os incansáveis fundadores do fcl, Antônio Ferreira dos Santos e Angelo Portelo Neto, além de Norman Neumaier e o autor destas linhas. Rafael ficou responsável pelo projeto gráfico e a diagramação do livro, acompanhando e discutindo com os demais todas as etapas do livro, providenciando parte da digitalização e tratamento das imagens analógicas, a partir de filmes e fotografias em papel. Foram inúmeras as reuniões, as checagens de informações, os contatos com associados mais antigos e novos, garimpando fatos e fotos mais significativos. Outra atividade foi o esmerado o trabalho de tratamento das imagens, de modo

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que o livro representasse a “fine art” da produção do fcl nas suas quatro décadas de existência ininterrupta e respectivas biografias dos autores, alguns já falecidos, outros com paradeiro incerto. No Foto Clube de Londrina, o produto do círculo virtuoso e prazeroso da amizade, atividades de contínuo aprimoramento e engajamento por objetivos comuns, está sintetizado e retratado em imagens mostradas neste livro. É a vida que nasce e renasce a cada clique, cujo interesse foi potencializado com a tecnologia da captura digital das imagens, registrando de forma multicolorida ou em preto e branco, diferentes olhares, e compreensão, desde a exuberância da natureza e seus fenômenos, às transformações e comportamentos de cada ser vivo, até a quietude e paz do anoitecer. Há inúmeros exemplos de famílias, empresas e povos que sobreviveram e mantiveram sua individualidade e prosperaram devido, em grande parte, ao resgate de suas origens, de sua história, e ao culto a essa memória. Com esse mesmo objetivo foi criado este livro, cuidadosamente montado e confeccionado, no qual se buscou, em ações sinérgicas, sintetizar 40 anos de dedicação de cada um e de todos os membros do Foto Clube de Londrina. Esperamos que esta obra seja apreciada por todos os leitores amantes da arte fotográfica e seja útil a quem deseje informações sobre a história da fotografia e do fotoclubismo.

Mário Jorge de Oliveira Tavares Presidente do Foto Clube de Londrina.

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ESCRITOS


Fotografia A atividade fotográfica atual está relacionada a uma complexa e sempre fluente trama de acontecimentos, que remete diretamente à primeira metade do Século xix. O fotoclubismo e suas ações fazem parte deste processo relativamente recente, mas rico em descobertas e constantes evoluções em seus quase dois séculos. Cabe aqui uma pequena reflexão dos antecedentes que culminaram na “descoberta” fotográfica. O homem sempre teve necessidade de representar graficamente suas experiências, e isso pode ser facilmente comprovado pelos desenhos e pinturas espalhados por todos os períodos da história humana. Entretanto, desde o Século xv, a evolução das técnicas e da estética apresentava novos elementos que encorajavam artistas e entusiastas a obterem resultados mais próximos da tridimensionalidade enxergada pelos olhos humanos. Essa “fixação do espaço tridimensional em uma superfície bidimensional”1 tornar-se-ia qualidade comum nos meios de representação a partir dessa época. Porém, ferramentas para obtenção mais fiel da perspectiva, câmaras escuras2 e outras aproximações de ordem física e química necessitavam de alguém que as reunisse3 , de maneira a atingir o objetivo maior que era fixar com exatidão a realidade visível.

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Heloíse Costa e Renato Rodrigues da Silva, A Fotografia Moderna no Brasil, São Paulo, Cosac Naify, 2004, p.16.

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Sabe-se que Aristóteles (Séc. iv a.C.) já havia utilizado as câmaras escuras, cuja designação em Latim, “camera obscura”, é utilizada para não se confundir com a câmara escura onde são feitas as revelações de filmes fotográficos e efetuadas as ampliações. Esse método permite a projeção de uma imagem invertida no interior de uma sala escura através de um pequeno orifício em uma parede da sala – algo muito parecido com a fotografia pinhole (buraco de agulha), que surgiu depois e é à base de todo o processo fotográfico.

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Marie-Loup Sougez, História da Fotografia, Lisboa, Dinalivro, 1996, p.18.

FOTOGRAFIA E FOTOCLUBISMO Texto de autoria de Rafael Garcia Martins, designer, fotógrafo autoral e professor. Formado em Design Gráfico e pós-graduado em Fotografia: práxis e discurso fotográfico, pela Universidade Estadual de Londrina.

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Apesar de 1839 ter sido o ano do anúncio oficial da invenção da fotografia4, por Louis-Jacques-Mandé Daguerre, na França, sua descoberta já havia sido feita e outros inventores merecem reconhecimento. O processo que viria a ser batizado de daguerreótipo nada mais é do que uma pequena revisão e atualização dos procedimentos praticados por Joseph-Nicéphore Niépce – este, sim, o maior nome na invenção da fotografia. Estudos baseados em suas cartas e outros vestígios remetem a descoberta da fotografia para 1816, com suas chamadas Heliografias. O Ponto de vista da janela de Gras, imagem de 1826, pode ser considerado a fotografia conhecida mais antiga. Do outro lado do Atlântico, no interior de São Paulo, no Brasil, o franco-brasileiro Hércules Florence (Antoine Hércule Romuald Florence) também teve uma parcela de mérito no descobrimento da fotografia. Dedicado a diversas áreas do conhecimento, esse inventor autodidata comprovadamente criou um processo próprio para fixar imagens provenientes da câmara escura e multiplicar documentos por ação da luz. Empregou, em 1833, a palavra photographie em seus manuscritos - cinco anos antes do termo começar a ser difundido na Europa. Entretanto, o fato de ter passado quase toda a vida numa localidade isolada, não proporcionou a este inventor a possibilidade de ser reconhecido ou ao menos ter suas pesquisas relacionadas na principal linha do tempo da história da fotografia5. Independente da proveniência da fotografia, refletir sobre esta descoberta, relacionando-a com uma sociedade capitalista em constante transformação, no Século xix, revela que seu surgimento não poderia ter ocorrido em momento mais propício. O mundo, agora se aglomerando em centros urbanos, via-se se-

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O método do daguerreótipo foi tornado público pela Academia de Ciências da França, em Paris, em 19 de agosto de 1839, passando o dia 19 de agosto a ser considerado o “Dia Mundial da Fotografia”.

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Para abordagem detalhada sobre Florence, consultar, de Boris Kossoy, Hercules Florence 1833 - a descoberta isolada da fotografia no Brasil (2ª ed.), São Paulo, Duas Cidades, 1980.

guidamente atingido por descobertas6, e a novidade do daguerreótipo viria a contemplar a necessidade emergente de documentação, devido à velocidade das mudanças. Por esse motivo, esse século pode ser considerado para a fotografia como uma época de inovações majoritariamente técnicas e produções majoritariamente documentais, na qual a inserção da fotografia como forma de expressão estética ainda era tratada com parcimônia. A expansão da fotografia pela Europa e para os outros continentes foi imediata, chegando à América ainda em 1839 e ao Brasil em janeiro do ano seguinte7. Com o método disseminado, a prática da fotografia se beneficiou de muitas melhorias nos campos óptico e químico. Do processo original, derivaram inúmeros outros8, semelhantes ou consideravelmente distintos, e em poucas décadas a gravação de uma imagem evoluiu da necessidade de exposição de vários minutos até a fotografia instantânea. Mesmo assim, praticamente todos os processos utilizavam câmaras muito grandes e difíceis de manusear, requerendo dos fotógrafos profundo conhecimento técnico e a proverbial paciência pela qual são reconhecidos até hoje. De qualquer maneira, as possibilidades e o novo mundo da fotografia, totalmente inexplorado, fizeram fermentar a inquietude e a vontade de produzir de alguns nomes que resolveram fazer da fotografia algo inusitado, seja pela utilização da tecnologia de maneira não convencional, explorando novas técnicas e

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Heloíse Costa e Renato Rodrigues da Silva, A Fotografia Moderna no Brasil, São Paulo, Cosac Naify, 2004, p.15.

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Em 1840, D. Pedro ii, então com 14 anos de idade, ao tomar conhecimento do daguerreótipo, encomendou de Paris, possivelmente, o primeiro equipamento desse tipo utilizado no Brasil.

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Entre os processos mais comuns no Século xix, em adição ao daguerreótipo, encontram-se o calótipo, colódio e gelatinobrometo. Sobre os processos, para introdução ao assunto, o livro de Marie-Loup Sougez (já citado) traz muitas informações.

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possibilidades artísticas, seja simplesmente enxergando uma nova ideia economicamente rentável. Exemplo disso foi a popularização de Carte de Visite, iniciada por André-Adolphe Disdéri, na década de 1850. Essas imagens, “colecionáveis”, contendo um indivíduo fotografado em estúdio em pose e trajes que poderiam ou não ser expressões de sua realidade econômica, circularam largamente pelos bolsos dos cidadãos, num reflexo da visibilidade que a fotografia alcançava ainda em sua juventude. Entretanto, a maneira como as câmaras e a fotografia eram pensadas, produzidas e utilizadas, sofreria uma grande alteração no final do Século xix. George Eastman (1854-1932), fundador da Kodak, fez uma revolução, em 1888, ao lançar a primeira câmara Kodak – que prometia tornar o processo fotográfico algo muito simples. A campanha publicitária do novo produto, cujo preço estimado era de 25 dólares (incluindo o filme), dizia que ele possibilitava fotografar 100 imagens (sendo então recarregada com 100 novas exposições), e prometia: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”. E realmente, era o que acontecia. A partir desse momento, a câmara fotográfica passaria a fazer parte dos pertences das famílias. Acrescente-se que, pouco depois, outro elemento presente nas câmaras Kodak seria elevado ao patamar de referência na fotografia. Em 1889, o rolo de papel contido nas primeiras câmaras da empresa foi substituído por um de celulóide9. Era o nascimento do rolo de película, até hoje comercializado e só agora ofuscado em importância, frente ao processo digital. De meados do Século xix ao início da década de 1920, surgiram diversos expoentes da fotografia que se tornariam referência para as gerações seguintes.

Utilizavam diferentes métodos para a obtenção de imagens. Podemos citar Félix Nadar10 (1820-1910) e suas diversas contribuições para a fotografia – esse francês teve importante participação na obtenção das primeiras fotografias aéreas e se aventurou por diversos segmentos da arte fotográfica; e o também francês Eugène Atget (1857-1927), que fotografou, além de objetos inusitados, o vazio das ruas de Paris, utilizando a ausência do ser humano como expressão. No início do Século xx, surgiram, em consequência das novas possibilidades da fotografia e graças às referências do século anterior, aqueles que são lembrados entre os maiores nomes da fotografia. Para citar alguns de uma extensa lista daqueles que devem estar na mente de qualquer fotógrafo ou entusiasta, temos August Sander (1876-1974), André Kertész (1894-1985), Robert Doisneau (1912-1994), Henri Cartier-Bresson (1908-2004), Robert Capa (1913-1954) e, mais recentemente, Annie Leibovitz (1949) e o brasileiro Sebastião Salgado Filho (1944). Obviamente, esta lista é ínfima e não pretende de modo algum limitar as referências, mas demonstra, ainda que superficialmente, os rumos e possibilidades da evolução decorrente da fotografia oitocentista. O panorama geral de 170 anos de fotografia se completa com a citação obrigatória da mais recente revolução no processo fotográfico: o sensor digital. Em duas décadas, a imagem digital proveniente de câmaras fotográficas substituiu quase totalmente o “filme negativo” – processo que permaneceu em evidência por cerca de 100 anos11. Discorrer sobre os rumos dessa nova forma de obter imagens significa aventurar-se por um tema que se encontra em seu estágio embrionário, mas é 10 Félix Nadar era o pseudônimo do fotógrafo francês Gaspard-Félix Tournachon.

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Marie-Loup Sougez, História da Fotografia, Lisboa, Dinalivro, 1996, p.147-148. Como nota adicional, em 1925, foi comercializada pela alemã leica (leitz & camera), a primeira câmara com filme de 35mm de alta qualidade, a Leica 1, criada por Oskar Barnack. Pesquisa realizada por Mario Jorge de O. Tavares no endereço eletrônico http://en.leica-camera.com/culture/history. Acesso em novembro de 2010.

11 A câmera de captura digital de imagens foi inventada em 1975, por Steve Sasson, do laboratório da Eastman Kodak Company. Sasson gravou imagens em preto e branco, numa fita cassete digital, com resolução de 10 mil pixels (0,01 Mpx). Tais passos foram decisivos para o atual estágio das câmeras digitais. Pesquisado por Mario Jorge Tavares no endereço eletrônico http://pmanewsline.com. Acesso em novembro de 2010.

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plausível afirmar que a revolução digital causou impacto semelhante na comunidade fotográfica ao provocado pela introdução das câmaras Kodak, em 1888. As novas possibilidades e aplicações, que vêm conquistando espaço com velocidade justificada pelas novas mídias, somam quantidades inimagináveis para padrões ainda recentes e a fotografia se torna, mais do que nunca, peça onipresente na contemporaneidade.

Fotoclubismo As raízes do fotoclubismo estão conectadas a alguns acontecimentos que fazem parte da história da fotografia desde seus primórdios. O homem sempre teve necessidade de se agrupar e se comunicar, e os fotoclubes surgiram como grupos nos quais os sócios se reúnem para fazer produções e discussões relacionadas à fotografia. Devido à enorme repercussão da aurora da fotografia, não tardou para surgirem, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, associações fotográficas que objetivavam a discussão técnico-artística do novo tema, nas quais se reuniam amadores, profissionais, artistas e técnicos. “Em 1851, um grupo de personalidades parisienses funda a Société Héliographique, primeira associação fotográfica do mundo, que se converteria em 1854 na Société Française de Photographie”12. Entretanto, um pouco antes, em 1847, tinha havido uma iniciativa na Inglaterra, o Photographic Club. Desse clube nasce, em 1853, a Photographic Society (depois Royal Photographic Society). Tanto o grupo francês quanto o inglês encontram-se até hoje em atividade. À mesma época foi criada a revista La Lumière, vinculada à Société Française, que funcionaria como suporte para divulgação de avanços científicos da fotografia. 12 Marie-Loup Sougez, História da Fotografia, Lisboa, Dinalivro, 1996, p.98.

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A atividade fotográfica desses grupos e de autores que compartilhavam com o seu pensamento, aliada à presença cada vez maior dos chamados amadores, culminou em mudanças na maneira de produzir fotografias, que proporcionaram maior visibilidade a algumas vertentes13. Exemplo disso é a corrente pictorialista, que apareceu inicialmente na França, Inglaterra e Estados Unidos. Apesar de existirem alicerces em décadas anteriores, esse movimento surgiu na década de 1890 e seus adeptos “ambicionavam produzir aquilo que consideravam como fotografia artística, capaz de conferir aos seus praticantes o mesmo prestígio e respeito granjeado pelos praticantes dos processos artísticos convencionais”14. Apesar do nobre intuito, o pictorialismo sobreviveu apenas até meados de 1920, sendo sobrepujado por correntes que maximizavam o valor estético proveniente da própria fotografia, ante uma tentativa de imitação de pinturas e desenhos15. Em oposição ao pictorialismo, surgiu nos Estados Unidos, em 1910, a Straight Photography – fotografia direta –, que, apesar de pequenas diferenças conceituais, é muito similar ao que as vanguardas europeias faziam na mesma época, com sua Nova Objetividade Fotográfica e Nova Visão. Essa corrente propunha a obtenção da fotografia de maneira diretamente relacionada à realidade, sem interferência posterior no laboratório, e “enfatizava a noção de fotografia como expressão 13 Não foi por acaso que “algumas grandes inovações na fotografia foram presididas por amadores”, segundo afirmou Simonetta Persichetti durante as aulas ministradas no curso de pós-graduação em Fotografia na Universidade Estadual de Londrina. Ela leva em consideração a sempre presente atividade dos fotógrafos classificados como amadores – ou entusiastas. Invariavelmente, pelo constante e fiel contato com a fotografia, as possibilidades de obtenção de resultados inovadores são elevadas neste meio. 14 Enciclopédia Itaú Cultural – Artes Visuais. http://www.itaucultural.org.br. Acesso em setembro de 2010. 15 De maneira geral, a fotografia sempre esteve marginalizada como expressão artística. Isso foi verdade por muito tempo, mas sofreu grandes alterações no Século XX, com a melhoria de sua visibilidade, muitas vezes por causa da ação dos fotoclubes.

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subjetiva”16. A essa corrente americana e às vanguardas europeias pode-se atribuir a criação do conceito de fotografia moderna – incluindo “diferentes experimentalismos vanguardistas”17, comumente presentes no ambiente fotoclubista. O ambiente fotoclubista sempre esteve intimamente ligado com essas vertentes e expressões da fotografia. Mas a propagação clubista só chegaria ao Brasil com mais de meio século de atraso. É fato que, no Século xix e começo do Século xx, a divulgação da fotografia no Brasil ficou restrita a poucos profissionais, a maioria deles estrangeiros. Esses fotógrafos encontraram aqui um ambiente promissor para lucrar com a atividade e, obviamente, guardavam para si os segredos do ofício. Por outro lado, embora a fotografia tenha chegado ao Brasil menos de um ano após sua invenção, o desembarque de informações e produtos relacionados à sua realização era mínimo. Só em 1910 é que se, segundo alguns indícios, teria sido criado o Photo Club do Rio de Janeiro. A primeira sociedade com existência efetiva foi o Photo Club Helios, de Porto Alegre, de 1918. E apenas em 1923 nasceu um movimento mais consistente, no Rio de Janeiro: o Photo Club Brasileiro. “Trata-se do primeiro clube de fotógrafos efetivamente organizado no Brasil: promove exposições, cursos teóricos e práticos, debates, concursos, excursões, salões e a publicação das revistas Photo Revista do Brasil e Photogramma”18. Até o fim dos anos 1940, essa sociedade foi uma difusora fundamental da expressão da fotografia como forma de arte, contando com todas as atividades tradicionais de um fotoclube e ainda mantendo correspondência com grupos internacionais, que davam notícia de novidades técnicas e estéticas. É curioso observar que o Estado do Paraná tem papel de destaque no fotoclubismo brasileiro, se não pelo pioneirismo, pela longevidade de nossa primeira

entidade do gênero: o Foto Clube do Paraná, de Curitiba, foi fundado em 1938, e detém o título de mais antigo fotoclube em atividade no país. No âmbito nacional, foi graças às notórias contribuições do Photo Club Brasileiro que o fotoclubismo começou a tomar outro rumo, dado especialmente pelo Foto Clube Bandeirante (depois Foto Cine Clube Bandeirante), criado em 1939. A ação de um grupo de fotógrafos desse fotoclube marcou as décadas de 1940 e 1950, culminando no que foi batizado de Escola Paulista. Vários autores modernos, que fotografavam temas atuais, urbanos e não se prendiam ao pictorialismo de outros tempos, despontaram no Bandeirante. O experimentalismo de Eduardo Salvatore, Josê Yalenti, Eduardo Ayrosa, entre outros, ganhou destaque. Em 1942, o I Salão Paulista de Arte Fotográfica vira referência nacional. Ainda na década de 40, o clube começa a dar cursos de fotografia, algo pioneiro no país, e em 1946 seu boletim informativo dá origem à revista Boletim Foto Cine19. Estava traçado o caminho que levaria os fotoclubes no Brasil a uma época de extensa notoriedade. Na década de 1950 surgiram inúmeros clubes fotográficos em todo o Brasil, principalmente no Estado de São Paulo, nas cidades mais industrializadas. O movimento fotoclubista atingiu um alto nível de organização, que pode ser aferido pelo grande intercâmbio de ideias e pelos inúmeros salões realizados anualmente. Além das várias publicações dos fotoclubes, a revista Íris circulava desde 1947, tendo sido a primeira revista brasileira de fotografia de caráter comercial. Visando a organização da atividade clubista no país, promoveu-se em dezembro de 1950 a I Convenção Brasileira de Arte Fotográfica, da qual resultou a fundação da Confederação Brasileira de Fotografia e

16 Enciclopédia Itaú Cultural – Artes Visuais. Acesso em setembro de 2010. 17 Heloíse Costa e Renato Rodrigues da Silva, A Fotografia Moderna no Brasil, São Paulo, Cosac Naify, 2004, p.12. 18 Enciclopédia Itaú Cultural – Artes Visuais. Acesso em maio de 2009.

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19 Heloíse Costa e Renato Rodrigues da Silva, A Fotografia Moderna no Brasil, São Paulo, Cosac Naify, 2004, p.34.

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Cinema, que por sua vez passou a representar o Brasil na Fedération Internationale de l’Art Photographique (fiap).20

A Confederação Brasileira de Fotografia (Confoto) é a entidade que integra os fotoclubes do país, contando hoje com cerca de 80 associações filiadas, que representam aproximadamente 3.000 fotógrafos amadores e profissionais. A Confederação Brasileira de Fotografia foi criada em 1958. Já realizou 42 bienais fotográficas, divididas em preto e branco e em cores, estando a 43ª bienal, a xvii Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Cores para ser realizada em maio de 2011, sob a responsabilidade do Foto Clube de Londrina, que estará comemorando 40 anos21. Por sua vez, a Fédération Internationale de l’Art Photographique – fiap (The International Federation of Photographic Art) foi criada em 1950, mas possui antecedentes que remontam a 1891. Com sede em Paris, a federação congrega 82 países22. Por volta do fim dos anos 60, a atividade fotoclubista perdeu um pouco da sua força, frente à elevação de outros hobbies, como a televisão, e à expansão do mer20 Heloíse Costa e Renato Rodrigues da Silva, A Fotografia Moderna no Brasil, São Paulo, Cosac Naify, 2004, p.48.

cado fotográfico, que exigiu profissionalização e especialização do fotógrafo23. No entanto, é nessa época que surge o primeiro fotoclube da região de Londrina, em Rolândia, em 1967, criado por um pequeno grupo de aficionados da arte fotográfica, na maioria funcionários do Banco do Brasil. O Rolândia Foto-Cine Amadores no mesmo ano mudou de nome para Foto-Clube Amador – foca. Chegou a realizar duas exposições fotográficas com a participação de outros fotoclubes do país e encerrou atividades no início da década de 1970. Entre seus diretores, estiveram Gladstone Honório de Almeida Filho, Arlindo Barbera e Wilson Lovato. Apesar da aparente contração da atividade fotoclubista brasileira, muitos clubes atravessaram as últimas décadas como agentes de transformação locais, com extensa produção fotográfica, sendo sempre vistos de maneira exemplar tanto no Brasil como no estrangeiro. Adicionalmente, um fenômeno muito positivo começou a acontecer no final da primeira década do Século xxi: com a popularização ainda maior da fotografia graças à ascensão dos equipamentos digitais, tem crescido o número de entusiastas que procuram os fotoclubes para se aproximar dos amantes da arte fotográfica. Esse fato tem gerado um dinamismo cada vez maior ao ambiente fotoclubístico, dando esperanças de que se possa reviver, até com maior intensidade, os tempos áureos desse movimento no Brasil.

21 A Confederação Brasileira de Fotografia foi criada e teve sua primeira diretoria eleita em 9 de agosto de 1958. Em 1º de julho de 1961 houve a mudança de nome para Confederação Brasileira de Fotografia e Cinema, devido à fusão com a União Brasileira de Fotografia e Cinema, do Rio de Janeiro. Em 7 de maio de 2005, a denominação voltou a ser Confederação Brasileira de Fotografia (Confoto). Das 42 bienais já realizadas, 26 foram em preto e branco (a 1ª em 1960, em Campinas, sp, e a 26ª em 2010, em Caxias do Sul, rs) e 16 em cores (a 1ª em 1979, em Volta Redonda, rj, e a 16ª em 2009, em Ribeirão Preto, sp). Pesquisa de Mário Jorge de O. Tavares no endereço eletrônico www.confoto.art.br e por e-mail com o diretor administrativo da Confoto, Ourivaldo Barbosa do Valle, jul. de 2010. 22 Informações obtidas por Mário Jorge de O. Tavares no endereço eletrônico www.fiap.net e em contato por e-mail com Béatrice Lemoine e Andrea de Palacio, em junho de 2010.

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23 Heloíse Costa e Renato Rodrigues da Silva, A Fotografia Moderna no Brasil, São Paulo, Cosac Naify, 2004, p.110.

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Este capítulo retrata a história do Foto Clube de Londrina - fcl, nos seus 40 anos de existência e de atividades ininterruptas. Revela fatos sobre a sua fundação, formalização e criação de uma identidade própria. Expõe sua trajetória, suas influências, sua participação em bienais e salões nacionais e internacionais de fotografia, suas dificuldades e conquistas. Os fatos aqui apresentados foram coletados de diversas fontes, entre elas, documentos, atas de reuniões e registros diversos do clube, recortes de jornais, catálogos de salões nacionais, etc. e, principalmente, da memória dos associados Antonio Ferreira dos Santos, Ângelo Portelo Neto, Suren Saadjian, Mário Jorge de Oliveira Tavares, Norman Neumaier e Vivian Hillmann, além de colaboradores como Cleto de Assis e outros.

O início

O FOTO CLUBE DE LONDRINA

O Foto Clube de Londrina foi fundado em maio de 1971, por iniciativa de Vivian Kern, uma jovem que, à época, gostava de fotografar com sua Kodak Instamatic. Naquele mês, a Kodak brasileira, a convite da Associação Médica local, ministrou o seu Curso Básico de Fotografia pela primeira vez em Londrina, para mais de 30 inscritos. No encerramento do curso, Vivian conversou com o instrutor, Vergílio Francisco Cação Filho, sobre a possibilidade de se fundar um fotoclube, já que não havia nenhuma entidade que congregasse aficionados da arte fotográfica na cidade. Incentivada pelo instrutor, expôs a ideia aos demais participantes do curso, que ficaram entusiasmados. De imediato, foi marcada para o sábado seguinte uma reunião dos interessados na fundação do clube. A semente havia sido plantada. Outras reuniões foram realizadas, porém nem todos mantiveram o entusiasmo inicial e apenas nove assinaram a ata de fundação do clube, na assembléia realizada especialmente para tal fim.

Texto de autoria de Antônio Ferreira dos Santos e Norman Neumaier.

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Os primeiros encontros foram realizados em sala cedida pela Associação Médica, à época situada na Praça 1º de Maio, 130. Mais tarde, as reuniões passaram a ser feitas aos sábados, nos fundos do Instituto de Idiomas Yazigi, na Rua Pernambuco, 431, em sala cedida pelo diretor do Instituto, Prof. Álbio José da Costa. Com a mudança vislumbraram-se os primeiros progressos, pois no Instituto havia um pequeno laboratório fotográfico, onde os associados do fcl deram os primeiros passos nas técnicas de revelação e ampliação de fotografias. Na ix Bienal de Arte Fotográfica Brasileira, realizada em Porto Alegre em 1976, o fcl participou do evento com uma delegação composta pelos associados Ronald Luz, Antônio Ferreira dos Santos, Elias Moutinho Passos e Hélio José Armarolli. Nessa época, Vivan Kern, assim como Kyria Lane Reyes, ambas fundadoras do fcl, residiam naquela cidade. Como Vivian estava grávida de seu primeiro filho, e por ter sido dela Ficha de inscrição da sócia nº 01: Vivian Kern. a ideia que proporcionou a gestação do Clube, seus companheiros londrinenses passaram a chamá-la de “Mãe do Foto Clube de Londrina”, o que acabou por se firmar como um apelido carinhoso.

A formalização Logo após a primeira das reuniões que antecederam à fundação, Angelo Portelo Neto enviou correspondência a vários fotoclubes, solicitando orientação a respeito da formalização do Clube. De todos os consultados, apenas o Foto Clu-

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be de São Leopoldo, rs, respondeu de maneira simples e objetiva, relacionando os documentos necessários. Numa segunda etapa, Antônio Ferreira dos Santos, como profissional da área contábil, se encarregou do procedimento burocrático. Assim, no dia 22 de maio de 1971, às 15h30, em uma sala nos fundos do Instituto de Idiomas Yazigi, foi realizada a assembleia de fundação do Foto Clube de Londrina, com a presença de Vivian Kern, Kyria Lane Reyes, Ângelo Portelo Neto, Manoel Lopes Damazio, Antônio Ferreira dos Santos, Dirceu Blanco, Armínio Archimedes Pedro Gonçalves Kaiser, Edgard de Lima Ribeiro e Paulo Osamu Sakamoto. Esses foram os que assinaram a ata de fundação e, por força dos estatutos sociais posteriormente aprovados, são considerados os únicos sócios fundadores da entidade. Naquela assembleia foi eleita uma diretoria provisória, tendo Vivian Kern como presidente ,Ângelo Portelo Neto como secretário e Antônio Ferreira dos Santos como tesoureiro. Para fazer frente às despesas com a instalação do clube, ficou decidido que cada um contribuiria com a importância de 20 cruzeiros, a título de joia de admissão. Em 21 de agosto de 1971, na primeira assembléia geral, foram aprovados os Estatutos Sociais, e no dia 28 foi eleita a primeira diretoria, composta por Antônio Ferreira dos Santos (presidente), Kyria Lane Reyes (vice-presidente), Vivian Kern (secretária), Ângelo Portelo Neto (tesoureiro), Manoel Lopes Damazio (diretor Primeira diretoria do FCL (com ausência de Kyria L. Reyes). Da esde laboratório) e Paulo Sakamoto querda para direita: Antônio F. Santos, Manoel L. Damazio, Ângelo (diretor sem pasta). Portelo Neto, Vivian Kern e Paulo Sakamoto.

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Os primeiros passos Alguns dos fundadores já possuíam certa experiência em fotografia. Quanto ao fotoclubismo, ninguém sabia nada a respeito. Em outubro de 1971, o fcl foi convidado a organizar um salão de arte fotográfica integrado ao iv Festival Universitário de Londrina. Foi quando os associados tiveram a oportunidade de entrar em contato com outros fotógrafos da região, entre eles Paco junto aos seus troféus, em foto de 2010. Francisco Martinez Sanchez, um protético espanhol conhecido como Paco. Este já havia participado de um grande fotoclube na Espanha, a Agrupación Fotográfica Sant Joan Bautista, da cidade de Barcelona. Renitente a princípio, por se considerar “aposentado” na fotografia, Paco acabou não resistindo ao convite para entrar no novo clube de fotografia. Sua experiência foi muitíssimo importante para a consolidação do clube, pois com desprendimento transmitiu aos demais os seus grandes conhecimentos da arte, especialmente da composição fotográfica, que fizeram dele um mestre respeitado. Por sua orientação, foi criado o concurso interno de fotografia, e as reuniões, que eram quinzenais, passaram a ser semanais. Ao final de uma dessas reuniões, com o pessoal já se despedindo no portão do Yazigi, estacionou um Opala azul, e dele desceu um homem de óculos escuros, pedindo informações sobre o clube de fotografia. Era Ronald Luz, médico psiquiatra, que viria a se tornar um dos membros mais atuantes da entidade, tendo sido seu presidente seguidas vezes. Em junho de 1972, associou-se ao clube o advogado José de Alencar Soares Cordeiro, que teve participação importante na organização do 1º Salão Nacional de Arte Fotográfica, realizado naquele ano, especialmente na produção do catá-

logo, que fez muito sucesso, bem como por ter facilitado a transferência da sede para uma sala de sua propriedade, a sala 93-A do Edifício Manella, à Rua Maranhão, 177. Assim, o clube passou a ter de fato uma sede social, embora alugada, no centro da cidade. Até por volta de agosto de 1972, as reuniões ainda eram feitas na sala do Instituto de Idiomas Yazigi, porém, com o aumento do número de sócios, havia necessidade de um espaço mais amplo. O novo local configurou-se como a solução para o problema, tendo possibilitado a instalação de um laboratório para utilização dos associados, graças à doação do ampliador e de outros utensílios pelo fundador Paulo Osamu Sakamoto.

Primeiro aniversário do FCL. Em primeiro plano, Antônio F. Santos assoprando a vela e Ronald Luz, de paletó branco, que assumiu a presidência na ocasião. Estão sob os olhares de Francisco M. Sanchez (Paco), Vivian Kern, Kyria L. Reyes e demais presentes.

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As influências A distância dos grandes centros trazia certa dificuldade à evolução do clube e, no princípio de 1972, Antônio Ferreira dos Santos, numa de suas viagens a São Paulo, visitou a sede do Foto-Cine Clube Bandeirante, na Rua Avanhandava. Lá, conheceu Raul Eitelberg e Adolpho Grimberg, fotógrafos consagrados, que gentilmente cederam uma coleção de 70 fotografias em branco e preto, e algumas coloridas, para a realização de uma exposição em Londrina. Foi o primeiro contato que os associados do fcl tiveram com fotografias artísticas de nível internacional, isto em março de 1972. Devido à grande influência daquela agremiação no fotoclubismo brasileiro, por muito tempo os londrinenses do fcl se identificaram com a chamada “escola” do então Foto-Cine Clube Bandeirante. Em agosto de 1972, o fcl, já filiado à Confederação Brasileira de Fotografia e Cinema, resolveu organizar o seu primeiro salão nacional de arte fotográfica, o que aconteceu em dezembro de 1972. Para o clube, foi mais uma grande oportunidade de entrar em contato com o que acontecia no Brasil, em matéria de fotografia. Para fazer parte da comissão julgadora, foram convidados dois membros do Foto-Cine Clube Bandeirante: José Maria Palladino e sua esposa Marisa Palladino. A presença dos dois artistas foi de muita importância para o fcl, com suas análises e comentários sobre os trabalhos que lhes foram apresentados.

Os salões, as bienais, o espaço fotográfico e o site Para um clube com pouco mais de um ano de existência, a realização de um salão nacional se apresentava como um grande desafio. No entanto, as orientações recebidas de Günther Horta Luderer, membro do Clube Foto Filatélico Numismático de Volta Redonda e, na época, diretor da Confederação Brasileira de Fotografia e Cinema, e o entusiasmo dos associados frente ao desafio, com-

Catálogos dos salões e bienais realizados pelo Foto Clube de Londrina.

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pensaram amplamente a falta de experiência. O i Salão Nacional de Arte Fotográfica, em dezembro de 1972, foi um sucesso. Seu catálogo foi considerado um dos mais bonitos do ano, comparável aos de Hong-Kong, Singapura e Taiwan pelo artista Raul Eitelberg. A experiência positiva com o primeiro salão serviu de alento para a realização do segundo, já no ano seguinte. Desta feita, foram convidados para a comissão julgadora quatro artistas-fotógrafos, pertencentes a três grandes clubes brasileiros: Günther Horta Luderer, do Clube Foto Filatélico Numismático de Volta Redonda; Mário Simões Alves, da Associação Carioca de Fotografia; Raul Eitelberg, do Foto-Cine Clube Bandeirante; e José Roberto Hofling, também do Foto-Cine Clube Bandeirante, que conquistara a Medalha de Ouro do primeiro salão. Completando a comissão, participou o associado do fcl, Francisco Martinez Sanchez. Como da vez anterior, os membros do fcl procuraram tirar o máximo proveito da presença dos ilustres conCartaz do I Salão Nacional de Arte Fotográfica. vidados, solicitando opiniões e comentários sobre fotografia. A partir do terceiro salão (1974), a comissão julgadora passou a ser composta somente pelos próprios associados do fcl. Ainda em 1973, o clube passou a participar ativamente de todos os salões nacionais e internacionais realizados no Brasil, com alguns associados obtendo premiações já naquele ano. As primeiras aceitações em salões tiveram início em fins de 1972.

Em 1974 aconteceram as primeiras participações no exterior (Hong Kong e França). Também em 1974, se deu a primeira grande vitória. Com pouco mais de três anos de existência, o fcl conquistou três prêmios no Torneio Fotográfico Nacional, promovido pela Confederação Brasileira de Fotografia e Cinema,e que reuniu os melhores fotoclubes do Brasil. Ficou em 1° lugar na categoria slides; 3° lugar em branco e preto; e 2° lugar na classificação geral. Em maio de 1980, o fcl realizou em Londrina a xi Bienal Nacional de Fotografia Monocromática; em setembro de 1991, a vii Bienal Nacional de Fotografia Colorida; e em maio de 1996, a xix Bienal Nacional de Fotografia Monocromática. Além desses grandes feitos, ao longo de seus 40 anos, o fcl realizou 17 salões nacionais, e inúmeras exposições individuais e coletivas. E prepara-se para sediar

Membros do FCL e da comissão julgadora do II Salão Nacional de Arte Fotográfica realizado em Londrina, 1973.

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a xvii Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Cores, prevista para o mês de maio de 2011. Em 1997, o associado Elias Moutinho Passos criou para o clube um site na Internet, mantido cuidadosamente por ele até 2006, apesar de ter se mudado para a Bahia em 2001. Em outubro de 2007, foi lançado novo site do clube criado pelo associado Fernando Manchini Serenato, (http://www.confoto.art.br/fotoclubelondrina), tendo como servidor a Confederação Brasileira de Fotografia – Confoto. Mais recentemente, em abril de 2007, o Edifício Eurocenter firmou parceria com o fcl para a realização de exposições bimestrais de fotografias de associados no “Espaço Fotográfico Eurocenter – Foto Clube de Londrina”, no saguão daquele edifício.

A logomarca Em 1972, quando o Foto Clube de Londrina preparava-se para fazer seu primeiro salão nacional de arte fotográfica, viu-se a necessidade de que o clube tivesse um símbolo, uma logomarca, que, ao mesmo tempo, o identificasse com a sua finalidade e fosse de fácil visualização. Essa logomarca seria usada em toda a papelaria, como papéis-carta, convites, cartazes, selos e catálogos. O criador da logomarca foi o artista plástico Cleto de Assis, catarinense de Mafra, sc, que estudou Belas Artes em Curitiba e incursionou pelo jornalismo e na área educacional universitária (em Londrina, na uel e na unopar). Foi assessor de diversos Ministros de Estado e Secretário de Comunicação Social no último governo de Ney Braga, no Paraná. Como jornalista, trabalhou na Folha de Londrina e, mais tarde, chegou a fundar, em Londrina, com Gladston Ramalho, o semanário Novo Jornal, que teve repercussão em todo o país, especialmente por suas inovações gráficas. Quando residiu na cidade, deixou, como designer, várias

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marcas que se celebrizaram, como a da uel, do iapar, da Plaenge e do fcl. Atualmente, reside em Curitiba. O conceito da logomarca do fcl foi desenvolvido por Cleto de Assis com a habilidade dos grandes artistas. A marca surgiu da reunião das letras iniciais da entidade, com o círculo do C centralizado e as linhas angulosas do F (estilizado) e do L formando uma moldura. Ao mesmo tempo, as linhas externas lembram duas mãos, simulando o enquadramento de uma foto, feito através dos dedos indicador e polegar de uma mão, em L, contrapondo-se aos mesmos dedos da outra mão, em L invertido, formando a moldura para o enquadramento de uma cena a ser fotografada. O C circular, centralizado no enquadramento, representa a objetiva de uma câmara fotográfica.

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A declaração de utilidade pública e a implantação da sede atual

Área que foi transformada no atual Centro Cultural Igapó, 1974.

Reforma para adequar o prédio.

Sede do FCL após a adequação, 1974.

Pela Lei nº 2.318, de 14 de novembro de 1973, o Foto Clube de Londrina foi declarado de utilidade pública pelo Município. Em novembro de 1974, na gestão do prefeito José Richa, o fcl transferiu sua sede para o Centro Cultural Igapó, localizado às margens do Lago Igapó, onde se encontra até hoje. O prédio é da Prefeitura, cedido em comodato. Antes, havia existido ali uma fábrica de farinha de ossos. Na época, a Prefeitura tinha acabado de criar o Centro Cultural, e o espaço ocupado pelo fcl ainda estava sem destinação. A mudança foi possível porque, diante de dificuldades econômicas vividas pela entidade (cuja única fonte de arrecadação eram as mensalidades dos sócios), a diretoria, encabeçada por Ronald Luz, procurou o então secretário municipal de Educação e Cultura, Iran Martins Sanches para expor a situação e pedir ajuda. Surgiu daí a solução da cessão da sala pelo Município. Havia, porém, necessidade de uma grande reforma nas instalações, pois o velho prédio não tinha sequer janelas e forro, muito menos banheiro. O projeto, com espaço para o laboratório, secretaria, salão de reuniões e banheiro, foi elaborado por Hely Brêtas Barros, arquiteto da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Londrina. O custo da obra

foi coberto graças à colaboração de várias empresas, como uma grande construtora existente à época, a Cebel , que doou todos os tijolos necessários. Angelo Portelo Neto era contador da Cebel.

A revitalização da sede Outras reformas já foram feitas na sede por conta da ação do tempo, principalmente no telhado, castigado com a quebra de telhas por galhos e frutos caídos de uma paineira vizinha que, pequena no início, teimou em crescer e acompanhar a evolução do clube, avançando sobre o prédio. Por se tratar de planta nativa, sua remoção nunca foi autorizada e as frequentes podas não se mostraram

Sede do FCL após a revitalização de 2008.

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suficientes para evitar os efeitos danosos de sua presença. Com isso, a cada chuva mais intensa, a entrada de água acabou por deteriorar o forro e causar prejuízos ao mobiliário. Em 2008, sob a presidência de Mário Jorge Oliveira Tavares, o clube se empenhou em fazer uma reforma que pudesse solucionar o problema de forma definitiva. Houve participação da Prefeitura, através da Secretaria de Obras, e, mais uma vez, o fcl contou com a colaboração de várias empresas da cidade, como a Construtora Plaenge, que forneceu a mão-de-obra para a troca do forro e do telhado. Como das vezes anteriores, os associados estiveram unidos no projeto, prestando serviços e fazendo doações espontâneas que ajudaram a completar a

importância necessária para cobrir os gastos. A reforma foi concluída em outubro de 2008. Mais tarde, o laboratório de revelação e ampliação fotográfica do clube foi restaurado, tendo recebido novos equipamentos e utensílios, doados por associados, e inaugurado em abril de 2010. Recebeu o nome de Laboratório Manoel Lopes Damazio, em homenagem ao sócio fundador e eterno diretor de laboratório, falecido em 2007.

Livro “Cliques e Escritos - Foto Clube de Londrina 40 anos” Em mais um evento marcante para o clube, o associado Rafael Garcia Martins vislumbrou a possibilidade de tratar da história do fcl em seu Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Design Gráfico da Universidade Estadual de Londrina – e a partir disso poderia ser produzido um livro. A edição de um livro sobre o fcl era ideia antiga, que já havia sido sugerida pelo associado Norman Neumaier. Os diretores aprovaram e apoiaram a proposta de Rafael. O custeio do livro foi pleiteado junto ao Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), e planejou-se tudo de forma que pudesse ser lançado na xvii Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Cores, a ser realizada em Londrina em maio de 2011, em comemoração aos 40 anos do clube.

Rafael durante apresentação de seu TCC, 2009.

Norman, Antônio e Ângelo numa das seções da primorasa seleção das fotos do livro.

Placa de identificação do laboratório Manoel Lopes Damazio, inaugurado em 2010.

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Considerações finais O Foto Clube de Londrina, nos seus 40 anos de atividades ininterruptas, construiu uma história repleta de fatos às vezes sérios, às vezes pitorescos, mas sempre interessantes. Além das inúmeras atividades desenvolvidas regionalmente, como palestras, cursos, caminhadas fotográficas, apresentações, concursos in-

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Associados do FCL em uma de suas caminhadas fotográficas.

ternos e troca de idéias sobre fotografia, tem se firmado, através da participação de seus associados em exposições e certames nacionais e internacionais, como um importante centro da fotografia artística amadora brasileira. Com isto, tem levado o nome de Londrina para além de suas fronteiras, fazendo-o conhecido, nacional e internacionalmente, pela qualidade da arte fotográfica produzida no município.

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CLIQUES


preto e branco As fotografias são apresentadas em ordem cronológica. Algumas imagens, produzidas antes de 1971, foram apresentadas por seus autores, no Foto Clube de Londrina, após sua fundação.

Francisco Martinez Sanchez (Paco) Esteira, 1948

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Francisco Martinez Sanchez (Paco) Placidez, 1948

Francisco Martinez Sanchez (Paco) “S”, 1948 Por ter sido considerada um clássico em termos de composição fotográfica, foi adquirida, em 2006, pela The Ella Fontanals Cisneros Collection de Miami, Flórida, eua.

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Armínio Arquimedes P. G. Kaiser Esparramando, 1953

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Armínio Arquimedes P. G. Kaiser sem título, 1953

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Armínio Arquimedes P. G. Kaiser sem título, 1953

Avelino Augusto Galante sem título, cerca de 1958

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Armínio Arquimedes P. G. Kaiser sem título, cerca de 1959

Armínio Arquimedes P. G. Kaiser sem título, 1966

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Armínio Arquimedes P. G. Kaiser Vaqueiro, 1966

Armínio Arquimedes P. G. Kaiser sem título, 1968

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Darcy Felix Rodrigues Arte milenar, 1968

Darcy Felix Rodrigues Olhando a chuva, 1970

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Antônio Ferreira dos Santos Um entre muitos, 1972

Francisco Martinez Sanchez (Paco) Grandiosidade, 1972

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José de Alencar Soares Cordeiro Retrato de Paolielo, 1972

Kyria Lane Reyes Silhueta de trabalho, 1972

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Menção Honrosa no Nikon Photo Contest International ․ npci 1977/1978, no Japão.

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Manoel Lopes Damazio Árvore da vida, 1972

Rui Mello Porto Backstage, 1972

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Ângelo Portelo Neto Batismal, 1973

Antônio Ferreira dos Santos Relax... 2ª classe, 1973

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Hélio José Armarolli Descanso, 1973

Kyria Lane Reyes sem título, 1973

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Luiz Antônio Felix Manhã, 1973

Luiz Antônio Felix Nó, 1973

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Manoel Lopes Damazio Menino, 1973

Avelino Augusto Galante Flor 1, cerca de 1973

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Avelino Augusto Galante Revoada, cerca de 1973

Ângelo Portelo Neto Janelas Floridas ii, 1974

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José Mascaro Garcia Molina Mirante, 1974

José Mascaro Garcia Molina Pescador do Sena, 1974

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Kyria Lane Reyes Kendô, 1974

Marcelo Lessa Descanso, 1974

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Marcelo Lessa Palhaço, 1974

Antônio Ferreira dos Santos Só... na multidão, 1975

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Régis Antônio Seben Vida sofrida ii, 1975

Silas Monteiro Status, 1975

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Édison Visoni Dona Mercedes, cerca de 1975

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Vivian (Kern) Hillmann Caetano Veloso, 1975

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Ângelo Portelo Neto Espreita, 1976

Francisco Martinez Sanchez (Paco) Colméia, 1976

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Francisco Martinez Sanchez (Paco) Indiferença, 1976

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Francisco Martinez Sanchez (Paco) Curioso, 1976

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Francisco Martinez Sanchez (Paco) Luz Divina, 1976

Hélio Avelar Teixeira Menina da fazenda, 1976

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Norman Neumaier Zigzag, 1976

Ângelo Portelo Neto Teatral, 1977

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Airton Procópio dos Santos (Caximbo) Olhar felino, 1978

Airton Procópio dos Santos (Caximbo) Pensativo, 1978

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Avelino Augusto Galante Espinhos, 1978

José Mascaro Garcia Molina Cile Rosso, 1978

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José Mascaro Garcia Molina Trigais, 1978

Manoel Lopes Damazio Menina, 1978

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Régis Antônio Seben Pequeno príncipe, 1978

Régis Antônio Seben Nu nº1, 1978

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Antônio Ferreira dos Santos Caminhos e descaminhos, 1980

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Ângelo Portelo Neto Festas, 1980

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Antônio Ferreira dos Santos Vivência, 1980

Sílvio de Oliveira Rodrigues Nu, 1980

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Sílvio de Oliveira Rodrigues Perdido na noite, 1980

Alexandre Modesto Cordeiro Ana 2000, 1981

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Alexandre Modesto Cordeiro Ive, 1982

Alexandre Modesto Cordeiro Vestal, 1982

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Alice Tayoko Ogawa Neblina, 1982

Eduardo de Toledo Barros Gotas d’água, 1982

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Mário Massayoshi Mori Espera, 1982

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Mário Massayoshi Mori Angelical, 1983

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Norman Neumaier Mimetismo, 1987

Rui Mello Porto Portrait de um britador, 1987

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Antônio Ferreira dos Santos Meditabundo, 1989

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Suren Saadjian Samurai ii, cerca de 1988

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José Francisco Haydu Fazenda Bimini, 1989

Rui Mello Porto Labuta diária, 1989

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José Francisco Haydu Pittsburgh, 1995

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Suren Saadjian Eclipse, cerca de 1990

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Manoel Lopes Damazio Cestas, 1996

Norman Neumaier Círculo e linhas, cerca de 1998

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Norman Neumaier Braspiderman, cerca de 1999

Norman Neumaier Voyer, cerca de 2000

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Norman Neumaier Multidão em contraluz, 2002

Manoel Lopes Damazio Alameda, 2002

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Pedro Wagner Saída, 2006

Mário Jorge de Oliveira Tavares Beleza pura, 2006

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Wilton Misuo Miwa Te espero lá em cima, 2006

Antônio Ferreira dos Santos Em nível, 2007

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Pedro Wagner Prece, 2007

Rui Antônio Frias Cabral sem título, 2007

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Ayan Kumar Mukhopadhyay Keep walking, 2008

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Álvaro Manoel Rodrigues Almeida O caminhar solitário, 2008

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Marcos Lucio da Silva Jet sky, 2008

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Luciana Régnier Sisteri, 2008

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Rubens de Oliveira Frente e verso, 2008

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Pedro Wagner Biguás, 2008

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Anna Theodora Berlim I’m Just Waiting, she says, 2009

Magda Helena Cruciol Rodrigues sem título, 2009

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Marcos Lucio da Silva Construçao, o início, 2009

Mário Jorge de Oliveira Tavares Artesão i, 2009

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Norman Neumaier xXx, 2009

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Mário Jorge de Oliveira Tavares Ciclistas na barragem, 2009

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Alceno Alceu Marton Troncos, 2010

Márcia Rosa Vasconcelos Silva Perspectiva da reclusão, 2010

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Marcos Rubo Casarão, 2010

Mário Jorge de Oliveira Tavares A casa dos espíritos, 2010

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Reinaldo dos Santos (Rei Santos) Enquanto você dirigia, 2010

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Pedro Wagner Seo João, 2010

105


cor As fotografias são apresentadas em ordem cronológica. Não foi possível recuperar totalmente as cores originais de algumas imagens, que, no entanto, foram incluídas neste capítulo por seu valor histórico.

Ronald Luz Paineira, 1972

106


107

Ronald Luz Mural, 1973

Ronald Luz Caminho verde, 1974

108


109

Ronald Luz Vale das cores, 1974

Ronald Luz Buona gente, 1976

110


111

Sílvio de Oliveira Rodrigues Jovem ginasta, 1979

Elias Moutinho Passos Fé, 1980

112


113

Norman Neumaier Segregação, cerca de 1980

Eduardo de Toledo Barros Les Jamber D’Or, 1982

114


115

Mário Massayoshi Mori Deus de barro, 1983

Sílvio de Oliveira Rodrigues Equilíbrio, 1982

116


Mário Massayoshi Mori Musa, 1984

117

José Francisco Haydu Jardim do orvalho, 1988

118


119

Suren Saadjian Inferno, 1986

Suren Saadjian Solidariedade, 1986 Fotografia premiada com um troféu e exposta no espaço Viagem à Imaginação, mantido pela Kodak, no Epcot Center da Disneyworld, em Orlando, Flórida, eua.

120


Vivian (Kern) Hillmann Após o banho, 1990

121

José Francisco Haydu Cogumelos, 1990

122


123

Lenísio Navarro Carrion Salto, 1992

Lenísio Navarro Carrion Catedral, 1992

124


Vivian (Kern) Hillmann Cerca, 1996

125

José Francisco Haydu Borboleta de vidro, 1993

126


127

Vivian (Kern) Hillmann Descobrimento, 1996

José Francisco Haydu Hylocharis chrysura, 2002

128


129

Suren Saadjian Solitárias, 2003 1º lugar em diapositivos, na xiii Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Cores (2003), da Confederação Brasileira de Fotografia - Conforto

Terumi Koga sem título, 2003

130


131

Airton Procópio dos Santos (Caximbo) sem título, 2004

Ângelo Portelo Neto Fardos brancos, 2004

132


133

Terumi Koga sem título, 2004

Antônio Ferreira dos Santos Ao trabalho, 2005

134

1º lugar em papel cor, na xiv Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Cores (2005), da Confederação Brasileira de Fotografia - Conforto


135

Marcelo Lessa Gates 6, 2005

Mário Borges Junior (Mário Bourges) Outono no Igapó, 2006

136


137

Pedro Wagner Esperando na janela 2, 2006

Mário Jorge de Oliveira Tavares Fora do alcance, 2006

138


139

Pedro Wagner Um dedo de prosa, 2006

Airton Procópio dos Santos (Caximbo) sem título, 2007

140


141

Ângelo Portelo Neto Âncoras, 2007

Fernando Lino Jr. Ressurreição, 2007

142


143

WIlton Misuo Miwa Ciclismo, 2007

Mário Jorge de Oliveira Tavares Jet sky, 2007

144


145

Wilton Misuo Miwa Almas trincadas, 2007

Alice Tayoko Ogawa Flor de Pata-de-vaca, 2008

146


147

Ângelo Portelo Neto Pernas e pés, 2008

Ângelo Portelo Neto Olhares, 2008

148


149

Antônio Ferreira dos Santos Na abadia, 2008

Antônio Ferreira dos Santos Trilha dourada, 2008

150


151

Daniel Martinon Criança na praia, 2008

Dirceu Vivan Personagens, 2008

152


153

Hélio Avelar Teixeira Perspectiva, 2008

Hélio Avelar Teixeira Véu de noiva, 2008

154


Juliano Tutida Janaika, 2008

155

José de Gouveia Cobra grande, 2008

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Juliano Tutida Pêlos, 2008

157

Lucinea Aparecida de Rezende Bandoneón, 2008

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159

Mário Jorge de Oliveira Tavares Arrozal, 2008

Norman Neumaier Êe-Janaika iv, 2008

160


161

Rui Antônio Frias Cabral sem título, 2008

Rui Mello Porto Fé nublada, 2008

162


163

Rui Mello Porto Final de semana, 2008

Rui Mello Porto Longe é um lugar que não existe, 2008

164


Ângelo Portelo Neto Navegante ii, 2009

165

Suren Saadjian Patchwork, 2008

166


167

João Baptista Bortolotti Brincando no pier, 2009

João Ulisses Lopes sem título, 2009

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169

José d’Oliveira Couto Filho Arco-íris no Igapó, 2009

José d’Oliveira Couto Filho Blue Tree, 2009

170


Márcia Eléia Manha Mitsi Linhas, 2009

171

José d’Oliveira Couto Filho Torneando ii, 2009

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173

Maria Cristina Alves Penha Elegância, 2009

Maria Cristina Alves Penha Nadando no Igapó, 2009

174


175

Maria Cristina Alves Penha Renda, 2009

Norman Neumaier Corrimãos vermelhos e silhuetas, 2009

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Adair Vicente Carneiro Moinho, 2010

177

Adair Vicente Carneiro sem título, 2010

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179

Alice Tayoko Ogawa Flores do vale, 2010

Alice Tayoko Ogawa sem título, 2010

180


181

Alice Tayoko Ogawa sem título, 2010

Álvaro Manoel Rodrigues Almeida Amanhecer no Heimtal, 2010

182


183

Álvaro Manoel Rodrigues Almeida Argentina 4, 2010

Álvaro Manoel Rodrigues Almeida Espiga de milho, 2010

184


185

João Baptista Bortolotti Corrida noturna, 2010

Lourdes da Motta França Arte em cabaça, 2010

186


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Rui Antônio Frias Cabral sem título, 2010

Marcelo Lessa Chile, 2010

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BIOGRAFIAS E ANEXOS


BIOGRAFIAS DOS FUNDADORES

Ângelo Portelo Neto Contabilista, nascido em Londrina, em 1943. Ocupou a presidência do fcl nas gestões 1983/84, 1991/92 e 1992/93. Foi também tesoureiro e secretário do clube por muitos e muitos mandatos. Fotógrafo amador de estilo próprio característico, com incursões tanto na categoria preto e branco como na de cor. Seu Interesse pela fotografia nasceu por influência de um cunhado. Seus temas preferidos são: paisagem, abstrato, gente, grafismo e tudo o que é belo. Foi entusiasta da revelação e ampliações em preto e branco, em laboratório próprio. Hoje, trata suas imagens no computador. Obteve inúmeras aceitações e premiações em bienais e em salões nacionais de fotografia. fotos: 20, 29, 40, 47, 56, 132, 141, 147, 148 e 166.

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Antônio Ferreira dos Santos Advogado e Contabilista, nascido em Morro Agudo, sp, em 1941, londrinense desde 1958. Foi o primeiro presidente do Clube (gestão 1971/72). Foi presidente em vários outros mandatos (1977/78, 1993/94, 1994/95, 1998/99, 1999/2000, 2000/2001, 2001/2002, 2002/03 e 2003/04). Exerceu ainda outros cargos, como tesoureiro, secretário, diretor de salões e diretor de fotografia do clube, no qual está atualmente. Fotógrafo amador de marcante estilo próprio, tanto na categoria preto e branco como na de cor, sempre deu preferência ao tema de gente. Sua paixão por fotografia vem desde a infância e se concretizou, na forma de arte, através da sua participação no Foto Clube de Londrina. Entre os inúmeros prêmios e aceitações em salões nacionais e internacionais, destaque para o 1º lugar obtido no 1º Concurso Nacional de Fotografia curt, categoria amador, em 1978, e 1º lugar na categoria papel cor da xiv Bienal de Arte Fotográfica Brasileira Cores, em 2005. fotos: 14, 21, 35, 57, 58, 71, 85, 134, 149 e 150.

Armínio Archimedes Pedro Gonçalves Kaiser Engenheiro Agrônomo aposentado, nascido em Salvador, ba, em 1925, londrinense desde 1964. Como poucos, soube unir sua paixão pela fotografia a sua profissão, a Agronomia. Fotografou, com um olhar crítico e ao mesmo tempo poético, a epopeia do café no Paraná. Estas fotografias foram reunidas no magnífico livro intitulado “Ao sabor do Café”. Ainda fotografa em mídia analógica, com suas inseparáveis câmaras Super Ikonta e Contessa 35. Descobriu a fotografia no início da adolescência, ao remexer no baú de reminiscências de seu avô materno, que era fotógrafo de profissão. fotos: 04, 05, 06, 08, 09, 10 e 11. Dirceu Henrique Blanco Médico, nascido em 1949, em Londrina, onde reside e trabalha. Participou muito pouco do Foto Clube, porque era estudante de Medicina e dispunha de pouco tempo livre. E logo se mudou para o Rio de Janeiro. Na Medicina, optou pela especialização em Métodos de Imagem (Raios X, Tomografia, Ultrassom, etc.), o que na vida prática tem algo em comum com a atividade de fotografia. Nunca deixou de fotografar, seja nas imagens dos seus exames, para trabalho de pesquisa ou para montar suas aulas.

Edgard de Lima Ribeiro Desenhista-projetista de redes telefônicas, nascido em 1909, em Manaus, am, londrinense entre 1970 e 1972, quando trabalhou na Sercomtel. Exímio desenhista artístico e técnico, apreciava muito a fotografia e as artes em geral. Participou da fundação do fcl. Trabalhou na Companhia Telefônica Brasileira – ctb, do Rio de Janeiro, e depois na Lacaze & Pizão, em São Paulo, (período em que participou do projeto de implantação das redes telefônicas da Sercomtel). No Rio de Janeiro, trabalhou também como técnico de iluminação de palco e cartazista de shows de teatro de revista. Apesar da idade, tinha um espírito jovem e aberto às novidades. Faleceu presumivelmente na década de 80, em Niterói, rj. Kyria Lane Reyes Nascida em Camaquã, rs, em 1943, viveu por muito tempo em Londrina, onde se casou e teve seus três filhos, que lhe deram 10 netos. Foi professora de Matemática do Instituto Estadual de Educação de Londrina - ieel. Em 1976, mudou-se para Foz do Iguaçu, e depois, em 1983, para Porto Alegre, onde reside. Em agosto de 1972, conquistou o 2º lugar no de Concurso de Fotografias do Ginásio do Moringão, em Londrina, com a foto “Silhueta de Trabalho”. E em 1974, sua foto “Kendô” foi aceita e exposta no Salão Internacional de Hong Kong, representando o fcl. fotos: 17, 23 e 32.

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Manoel Lopes Damazio Mecânico e fotógrafo profissional, nascido, em 1925, londrinense desde 1952. Foi presidente do clube nas gestões 1986/1987, 1987/1988, 2002/03 e 2003/04. Destacou-se como diretor de laboratório e acumulou larga experiência em revelação e ampliação. Por isso, foi reconhecido pela Diretoria, em 2010, através da reforma e re-inauguração do laboratório de revelação e ampliação do fcl, o qual foi intitulado “Laboratório Manoel Lopes Damazio”. No fcl, atuou principalmente na categoria preto e branco. Como fotógrafo profissional, trabalhou em várias empresas londrinenses. Possuía extraordinária habilidade manual, graças à qual desenvolvia diversos dispositivos fotográficos, como adaptadores para lentes e “battery packs”, dentre muitos outros. Faleceu em 30 de maio de 2007. fotos: 18, 26, 53, 76 e 81.

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Paulo Osamu Sakamoto Advogado, nascido em 1942, em Assaí, pr. Mudou-se para Londrina em 1949, formou-se em Direito e em Administração de Empresas. Durante muitos anos, foi sócio da Dra. Yolanda Cosentino num escritório de advocacia e administração de imóveis. Mais tarde, passou num concurso para fiscal do inss. De espírito aventureiro, chegou até a garimpar ouro no Norte do Brasil. O mais pitoresco, entretanto, aconteceu entre 1962 a 1963, quando morou no Rio de Janeiro e trabalhou como fotógrafo lambe-lambe. Sakamoto ia aos bailes de carnaval, fotografava os foliões, corria até seu laboratório, revelava o filme, fazia as fotografias, e antes do baile terminar já estava vendendo as fotos prontas. Foi o doador do primeiro ampliador do fcl, existente até hoje. Faleceu em 5 de novembro de 2003.

Vivian (Kern) Hillmann Formada em Administração na Unisinos e pós-graduada em Estratégia Empresarial na ulbra, nasceu em Curitiba, pr, em 1951. Ainda criança mudou-se para Londrina, onde teve e tem muitos amigos. Começou seu curso de Administração. Casou-se com o gaúcho Ricardo Hillmann e foi morar em Porto Alegre nos anos 70, onde reside até hoje. Nestes últimos 20 anos, tem atendido deficientes auditivos em seu Centro Auditivo. Sua ligação com a fotografia começou aos 7 anos de idade, quando ganhou do avô, Ricardo Kempfer, a sua primeira câmara fotográfica (tipo caixote) que, mais tarde, foi doada ao fcl. Foi Vivian quem teve a ideia de fundar um foto clube em Londrina e, por isto, teve o direito de ser a associada número 1 do fcl. Mais tarde, quando estava grávida de seu primeiro filho, ganhou o carinhoso apelido de “Mãe do Foto Clube de Londrina”. fotos: 38, 122, 126 e 127.

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BIOGRAFIAS DOS AUTORES DAS IMAGENS

Adair Vicente Carneiro Fotógrafo, nasceu em Londrina, em 1972, é associado do fcl desde 1997. Começou a fotografar quando cursava a Faculdade de Geografia, motivado pela fotografia de natureza. Fez o Curso de Especialização em “Fotografia: Práxis e Discurso Fotográfico”, na uel (1997). Realiza trabalhos nas áreas de fotografia de natureza, social e publicidade. fotos: 177 e 178. Airton Procópio dos Santos (Caximbo) Fotógrafo profissional, nasceu em Londrina, em 1946. Interessou-se por fotografia, quando ganhou sua primeira câmara, na “formatura” no antigo Grupo Escolar. Entre 1969 e 1971, trabalhou como repórter fotográfico da Folha de Londrina e, mais tarde, também no Novo Jornal e no jornal Panorama. Ingressou no fcl em 1974. Em 1977, montou seu próprio estúdio. Trabalha com fotografia publicitária. Suas fotos carregam o estilo jornalístico e a apurada técnica dos estúdios. Membro permanente da comissão julgadora dos concursos internos do fcl. fotos: 48, 49, 131 e 140. 246

Alceno Alceu Marton Técnico em telecomunicações, nasceu em Londrina, em 1965, associou-se em 2007. Entrou para o fcl por influência do amigo José Francisco Haydú. Foi proprietário de uma empresa de filmagens. É um estudioso de programas de tratamento e manipulação de imagens e exímio laboratorista virtual. Mantém o blog doutorphotoshop.wordpress.com, no qual desenvolve tutoriais e dá orientações sobre o tratamento de imagens. foto: 100. Alexandre Modesto Cordeiro Engenheiro civil de carreira do Estado do Paraná, nasceu em Ibiporã, pr, formou-se na uel e fez pós-graduação pela fgv. Viveu em Londrina de 1970 a 1985, quando se mudou para Curitiba. Em 1995, voltou a morar em Londrina e foi secretário de Planejamento do Município. Atualmente é diretor técnico da Agência Curitiba s/a, órgão da Prefeitura de Curitiba. Tem particular admiração pela fotografia em branco e preto e seus temas prediletos são o cotidiano, pessoas, costumes e fotojornalismo. fotos: 61, 62 e 63.

Alice Tayoko Ogawa Cirurgiã-dentista, nasceu em Álvaro de Carvalho, sp. Mora em Londrina desde a infância, formou-se em Odontologia pela uel. Há 20 anos atua em seu consultório e dá aulas em cursos de especialização em Endodontia. Interessou-se pela fotografia ao participar de curso da Kodak. Associou-se ao fcl em 1980. Ganhou, em 1981, o troféu Copa Foto Clube de Londrina pelo conjunto de fotos: colorida, monocromática e diapositivo. Teve aceitações e premiações em salões e bienais. Através da macrofotografia, captura imagens de pequenos objetos, insetos, flores e, principalmente, digitaliza e arquiva procedimentos de sua atividade profissional, que utiliza em suas aulas. fotos: 64, 146, 179, 180 e 181. Álvaro Manoel Rodrigues Almeida Engenheiro agrônomo, brasileiro de origem portuguesa, nasceu em Fontelonga, Portugal, em 1949. É londrinense e associado do fcl desde 1975. Fotografa tanto em preto e branco quanto em cor. Adotou a fotografia como hobby por ser uma atividade prazerosa e ao mesmo tempo desafiadora. fotos: 88, 182, 183 e 184. Angelo Portelo Neto Ver o Capítulo “Biografia dos Fundadores”.

Anna Theodora Berlim Formada em Administração pela uel, nasceu em Londrina, em 1982, e é das novatas do fcl. Descobriu a fotografia depois de voltar de uma viagem à Europa, quando percebeu que algumas de suas fotos tinham uma visão diferenciada. Desde então tem se dedicado ao hobby, que tem cada vez mais tomado um rumo profissional. foto: 94. Antônio Ferreira dos Santos Ver o Capítulo “Biografia dos Fundadores”. Armínio Archimedes Pedro Gonçalves Kaiser Ver o Capítulo “Biografia dos Fundadores”. Avelino Augusto Galante Era fotógrafo profissional. Nasceu em Ibitinga, sp, em 1924. Londrinense desde 1939, associou-se ao fcl em 1973, participando ativamente até por volta de 1990. Começou a fotografar em 1942. Em 1948, tornou-se o primeiro repórter fotográfico do Norte do Paraná quando foi trabalhar na Folha de Londrina, fundada naquele ano. Também fazia reportagens cinematográficas, com sua 16 mm. Em 1968, aposentou-se do fotojornalismo, ficando somente com seu estúdio de fotografia à Rua Maranhão. Foi pioneiro também na fotografia aérea. Discípulo de José Juliani e amigo de Haruo Ohara, deixou um acervo de mais de 100 mil negativos. Faleceu em 2009, aos 85 anos. fotos: 07, 27, 28 e 50.

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Ayan Kumar Mukhopadhyay Engenheiro eletricista, nasceu em Calcutá - Índia, em 1979, onde se filiou ao Foto Clube de Calcutá, em 1998. Veio para Londrina em 2009, tendo se associado ao fcl em 2010. Sua paixão por fotografia começou na universidade, onde participava do foto clube. Lá aprendeu muito sobre fotografia e câmeras. A arte fotográfica é seu hobby. Seus temas preferidos são paisagens e fotografia de rua. Já teve fotos publicadas pela bbc, no Reino Unido. foto: 89. Daniel Martinon Fotógrafo, nasceu em Londrina, em 1970, e associou-se ao fcl em 2006. Iniciou na fotografia como auxiliar de seu pai, Daniel Martinon y Manrique, tradicional fotógrafo de Londrina. Também colaborou com o seu pai em reportagens para veículos de comunicação da cidade. Mantém estúdio profissional, atuando na área de fotografia comercial. foto: 151

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Darcy Felix Rodrigues Foi repórter fotográfico da Folha de Londrina por 15 anos. Nasceu em Santa Mariana, pr, em 1938. Tornou-se londrinense em 1940, associou-se ao fcl em 1972. Na década de 1980, mudou-se para Curitiba, onde montou uma oficina de conserto de câmaras fotográficas. Faleceu em 6 de julho de 2006. fotos: 12 e 13. Dirceu Vivan Professor, formado em Educação Física, com especialização em Gestão Pública, Administração Escolar, Supervisão e Orientação Educacional, nasceu em Londrina em 1961. Viveu sua infância em Marilena, sp, onde mais tarde seria Secretário de Esportes. Em 1994, retornou a Londrina. É diretor do Colégio Estadual Benjamim Constant desde 2000. Foi secretário municipal de Educação de Londrina, em 2009. Suas duas filhas o motivaram a fazer da fotografia uma paixão. Suas viagens, como técnico da Seleção Paranaense de Xadrez, foram um laboratório e uma grande oportunidade de clicar. É associado do fcl desde 2008. foto: 152.

Édison Visoni Engenheiro mecânico, formado no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ita). Nasceu em São Paulo em 1948. Associou-se em 1974 ao fcl quando morava em Arapongas. Em 1975, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde filiou-se à abaf Associação Brasileira de Arte Fotográfica. Trabalhou na área de Engenharia Nuclear, no Rio e em Angra dos Reis. Há muito não fotografa, mas mantém em standby uma Hasselblad 500c “cujo apelo é cada vez mais forte”. Aposentado, mora em Itaipava, no Município de Petrópolis, RJ. foto: 39. Eduardo de Toledo Barros Médico, nasceu em Lins, sp, em 1956. Hoje mora em Primavera do Leste, mt. Foi associado do fcl de 1978 a 1983, onde exerceu o cargo de diretor de laboratório. Seu tema preferido é o fotojornalismo artístico. Sua paixão por fotografia vem da infância. Fotografar e revelar era, para ele, um mistério que o fascinava. Além de um local de discussão dos aspectos relacionados à fotografia, considerava o fcl sobretudo uma casa de amigos. fotos: 65 e 114.

Elias Moutinho Passos Médico formado em 1967, na Bahia, com aperfeiçoamento em Ribeirão Preto. Morou em Londrina de 1971 a 2001. Foi professor de Anatomia Patológica na uel e teve um laboratório de análises clínicas na cidade. Em 1973, frequentou o primeiro curso de fotografia oferecido pelo fcl e, em seguida, filiou-se ao clube, permanecendo até 2001, quando retornou à Bahia. Vive na ilha de Tinharé, na vila de Gamboa do Morro, Município de Cairu. Em Londrina, foi presidente do fcl (gestão 1976/77) e diretor de salões por várias gestões. Criou o primeiro site do clube na Internet, mantido de 1997 até 2006. Obteve inúmeras aceitações e premiações em bienais, salões nacionais e internacionais de fotografia. foto: 112. Fernando Lino Júnior Professor universitário e técnico em Prótese Odontológica, nasceu em Londrina, em 1972, é associado do fcl desde 2007. Gosta de fotografar cenas do cotidiano, de natureza e de apresentações, como shows e teatro. É adepto de imagens com o mínimo necessário de tratamento. Fotografa desde 1997. Começou com uma câmara manual Minolta, o que lhe possibilitou aprender a trabalhar com diferentes aberturas e velocidades. Sente imenso prazer quando regula a câmara e vê a foto como a havia planejado, e esse é um dos motivos pelo qual pretende fotografar sempre. Espera poder se divertir com essa arte até o fim da vida. foto: 142.

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Francisco Martinez Sanchez (Paco) Nasceu em 1920, em Ponferrado, Leon, Espanha. Lá viveu até os 31 anos, quando veio para o Brasil, fixando residência em Londrina, no início da década de 50. Sempre trabalhou como protético, profissão que exerceu até os 87 anos, na qual se iniciou aos 12 anos, com seu irmão mais velho, que também o encaminhou para a fotografia. Na Espanha, participou da fundação da Agrupación Fotográfica Sant Joan Bautista, de Sant Adrian de Besos (Barcelona), onde aperfeiçoou sua técnica na composição fotográfica, da qual é considerado um mestre. Com um estilo fotográfico inconfundível, de fortes contrastes e composição esmerada, obteve inúmeras aceitações e premiações em bienais e salões nacionais e internacionais. Foi presidente do fcl (gestão 1975/76). Sua foto “S”, por ter sido considerada um clássico da composição fotográfica, foi adquirida, em 2006, pela The Ella Fontanals Cisneros Collection, de Miami, Florida, eua. fotos: 01, 02, 03, 15, 41, 42, 43 e 44.

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Hélio Avelar Teixeira Médico cirurgião vascular, nasceu em Manhuaçu, mg, em 1953, viveu em Londrina de 1964 a 2007. Foi fotógrafo do Jornal Panorama, enquanto cursava Medicina na uel. Associou-se ao fcl em 1973, sendo fundador e presidente do Foto Clube Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu. Tem preferência por fotografia em preto e branco, com temas diversos, especialmente gente em seu modo de vida natural. Hoje dedica-se a explorar e aprender as novas técnicas de hdr e longa exposição digital. fotos: 45, 153 e 154.

João Baptista Bortolotti Arquiteto, nasceu em Tambaú, sp, em 1936, londrinense desde 1941, e aclimatado no Rio de Janeiro na década de 60. A arte foi sempre sua aliada, no desenho, na fotografia, nos filmes em 8 mm, super8 e Vídeo Betamax. Participou do início do Cineclube de Londrina e sempre acompanhou o crescimento do fcl, com participação ativa a partir de 2009. É autor do livro “Planejar é Preciso”, que reúne fotos documentais de diversos autores, retratando os primórdios de Londrina e a sua transformação urbana. fotos: 167 e 185.

Hélio José Armarolli Vendedor, nascido em 1943 na cidade de Londrina, ingressou no fcl em 1972. Era tão entusiasmado pela fotografia que, por algum tempo, frequentou o Clube sem possuir nenhum equipamento. Após adquirir uma câmara continuou participando ativamente de todas as atividades do Clube. Dedicava-se mais à fotografia em diapositivos coloridos e tinha preferência por natureza morta. Em razão de sua atividade profissional, deixou de fotografar como hobby por volta de 1980. foto: 22.

João Ulisses Lopes Arquiteto, nasceu em Apucarana, em 1962, é londrinense desde 1995 e associado do fcl desde 2004. Começou a fotografar na adolescência. Ganhou sua primeira câmara (Kodak Instamatic 177x) no Natal de 1978. Possuiu câmaras slr analógicas e, mais recentemente, tem fotografado com câmaras digitais. Tem buscado aprofundar seus conhecimentos da técnica fotográfica através por meio da leitura de materiais especializados e das discussões no fcl. Seus temas preferidos são retratos e paisagens. foto: 168.

José de Alencar Soares Cordeiro Advogado, nasceu em Sacramento, mg, em 1939. Londrinense desde 1959, foi associado do fcl de 1972 até meados dos anos 80. Interessou-se pela fotografia a partir do curso da Kodak, que deu origem ao fcl, apesar de não ter participado da fundação do Clube. Contudo, sua passagem pelo clube foi muito importante, pois facilitou a mudança da sede para uma confortável sala do Edifício Manella, de sua propriedade. Foi também o produtor do catálogo do 1º Salão Nacional de Arte Fotográfica, promovido pelo fcl, e que foi considerado um dos mais bonitos do ano, comparável aos internacionais. foto: 16. José de Gouveia Economista agrícola, nasceu em Siqueira Campos, pr, em 1929. Londrinense desde 1944, associadou-se ao fcl em 2005. Gosta de fotografar natureza e paisagens. Fotografa em cores e prefere o uso de macro e teleobjetivas. Tem especial dedicação à microfotografia, usando tanto microscópio ótico quanto digital. Iniciou na fotografia através do fotojornalismo, prestando serviços para a Associação Comercial de Arapongas. Em 1956, editou o Almanaque de Arapongas. foto: 155.

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José d’Oliveira Couto Filho Médico e professor universitário, nasceu em Lins, sp, em 1946. Londrinense desde 1976. Desenvolveu o interesse pela fotografia para uso profissional, documentando casos clínicos e cirurgias como material didático para o ensino da Medicina, publicação de trabalhos científicos, apresentações em congressos etc. Depois passou a dedicar-se também à fotografia de paisagens, natureza e macrofotografia. fotos: 169, 170 e 171. José Francisco Haydu Técnico em telecomunicações, formado em Psicologia, nasceu em 1949, em Rolândia, onde mora. Associado do fcl desde 1987, prefere temas ligados à natureza, como plantas e animais. Gosta de grandes desafios técnicos, por isto especializou-se em macrofotografia e em fotografia infravermelha. Seu interesse pela fotografia surgiu em 1985, quando precisou fotografar a grande coleção de bouganvilleas que possuía em sua chácara, para um catálogo. Obteve inúmeras aceitações e premiações em bienais e em salões nacionais e internacionais. Considerado o melhor fotógrafo de beija-flores do Brasil, atualmente dedica-se à pesquisa e cultivo de plantas que são fontes de alimento e abrigo para as diferentes espécies de beija-flores que costuma fotografar em sua chácara. fotos: 72, 75, 117, 121, 125 e 128.

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José Mascaro Garcia Molina Nasceu em 1948, formou-se em Direito na uel, chegou ao Foto Clube de Londrina em 1972, por sugestão do amigo Luiz Antônio Felix. Trabalhou como fotógrafo na antiga agência de publicidade Traço Propaganda. Teve fotos aceitas e premiadas em salões nacionais de fotografia. Cursou a Faculdade de Fotografia do senac, em São Paulo, de 2001 a 2004, e lá se especializou em fotografia de moda com Danilo Russo. Pratica fotografia subaquática, tendo fotos publicadas em revistas especializadas. Gosta de fotografias documentais. fotos: 30, 31, 51 e 52. Juliano Tutida Cirurgião-dentista, nasceu em Londrina, em 1971. Ainda jovem, começou a se interessar pela fotografia ao observar o seu “ditian” (avô) fotografando, e compartilha com seu pai, que possui uma Rolleiflex, o gosto pela fotografia como hobby. Participa do Foto Clube de Londrina desde 2005. Cuida com carinho da atualização e manutenção da página do clube junto à Confederação Brasileira de Fotografia (Confoto). Gosta de fotografar natureza, esportes e pessoas. fotos: 156 e 158. Kyria Lane Reyes Ver o Capítulo “Biografia dos Fundadores”.

Lenísio Navarro Carrion Foi farmacêutico-bioquímico, entre 1978 e 1992, e é auditor fiscal da Receita Federal, desde 1992. Nasceu em Londrina, pr, em 1956, onde morou entre 1956 e 1992. Morou também em Foz do Iguaçu (1992 a 1997) e, desde outubro de 1997, vive em Curitiba. Associou-se ao fcl em 1978. Interessou-se por fotografia desde os 12 anos, quando ganhou sua primeira câmera fotográfica (Kodak Rio 400). Como observador, aprecia todas as formas de fotografia, mas, como fotógrafo, seus temas preferidos são paisagens urbanas ou rurais, flores e crianças. Hoje fotografa pouco. fotos: 123 e 124. Lourdes da Motta França Funcionária pública, nasceu em Londrina, em 1963, associada do fcl desde 2009. Ainda criança, interessou-se pela fotografia, quando passou a fotografar amigos e familiares com câmaras analógicas compactas. Hoje, possui uma Nikon D90, com a qual gosta de fotografar natureza, pessoas e pequenos eventos. Tem especial predileção por fotografar crianças. foto: 186. Luciana Régnier Arquiteta, nasceu em São Paulo, mora em Londrina há 29 anos, é membro do fcl desde 2009. Ingressou na fotografia há cerca de 15 anos, por ser uma atividade bastante relacionada à sua profissão. Tanto numa quanto na outra, composição, luz, foco e equilíbrio são essenciais para o bom resultado de uma obra. foto: 90.

Lucinea Aparecida de Rezende Professora da uel, doutora em Educação pela unimep, sp, pós-doutora pela Universidade de Aveiro, Portugal (2007), atua no ensino e pesquisa em Educação. Nasceu em Borda da Mata, mg, em 1951, e veio para Londrina em 1995. Produz e apresenta a coluna semanal “Ler para ser” na Rádio uel fm. É colaboradora cultural da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina e associada do fcl desde 2006. Como sua atividade acadêmica tem foco na questão da leitura, sua porta de entrada para o mundo fotográfico foi a leitura da fotografia. Daí rumou para o clique fotográfico – e pelo qual se apaixonou. foto: 157. Luiz Antonio Felix Professor universitário, formado em Direito e Administração, doutor em Administração, nasceu em Lavínia, sp, em 1942, é londrinense desde 1949. Associado do fcl desde 1972. Foi o primeiro funcionário da Sercomtel, onde permaneceu por 18 anos, ingressando depois na uel. Sempre se interessou por fotografia, especialmente por macrofotografia. Hoje desenvolve, como hobby, a união das artes visuais, pintura e fotografia. fotos: 24 e 25.

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Magda Helena Cruciol Rodrigues Nasceu em Primeiro de Maio, pr, em 1963. É empresária. Seu primeiro contato com a fotografia foi no curso de Educação Artística, na uel. Morou em Oxford, Inglaterra (1985-1988), onde fez dois cursos de fotografia, e também sua primeira exposição. Ingressou no fcl em 1988. Desde então não deixa de fotografar, principalmente paisagens, sua paixão. Retratos delicados registram o urbano, a natureza e seus detalhes. A ausência de pessoas nas suas imagens paradoxalmente celebra a humanidade do seu trabalho. foto: 95. Manoel Lopes Damazio Ver o Capítulo “Biografia dos Fundadores”. Marcelo Lessa Executivo financeiro, nasceu em Londrina, em 1957, foi associado do fcl de 1973 a 1992. Foi membro da diretoria do fcl nos anos 80. Participou de várias exposições no Brasil e nos eua. Gosta de fazer ensaios sobre temas específicos e recentemente terminou um ensaio sobre a cidade chilena de Valparaíso. fotos: 33, 34, 135 e 188.

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Márcia Eléia Manha Mitsi Nasceu em Londrina, em 1967. É graduada em História e especialista em “Fotografia: Práxis e Discurso Fotográfico” pela uel. Funcionária pública estadual, participa do fcl desde 2007. Aprecia temas relacionados à natureza e aos detalhes do cotidiano que passam despercebidos pela urgência de nossa época. Recebeu menção honrosa pela fotografia “Do campo para as cidades: verdes caminhos do Paraná”, no Concurso Servir com Arte, promovido pelo Governo do Paraná, em 2010. Utiliza câmaras dslr digital, mas acredita que o olhar e a sensibilidade do fotógrafo são os melhores equipamentos para a produção de uma boa fotografia. foto: 172. Márcia Rosa Vasconcelos Silva Fotógrafa, nasceu em Catalão, go, em 1970. Londrinense desde 1996, associou-se ao fcl em 2008. Gosta de fotografar a natureza e o cotidiano, tanto em preto e branco quanto em cor. Descobriu a fotografia aos 10 anos, quando ganhou uma câmara Olympus de presente de aniversário. Só começou a levar a fotografia a sério depois de ingressar no fcl. foto: 101.

Marcos Lucio da Silva Servidor público militar, nasceu em Jaguapitã, pr, em 1971. Londrinense desde 1997, trabalha no Centro de Tecnologia da Informação do 5º Batalhão da Policia Militar do Paraná. Ao tentar fotografar o nascimento de seu filho com máquina analógica, não conseguiu um registro sequer. Decidiu aprender sobre fotografia e associou-se ao fcl em 2008. Já em 2009, uma foto sua foi publicada em livro e no calendário oficial do Estado, após receber Menção Honrosa no concurso Servir com Arte, do Governo do Paraná. Seu interesse é fotografia de retrato, esporte e paisagem. fotos: 91 e 96. Marcos Rubo Contabilista e professor universitário, nasceu em Londrina, em 1971. Iniciou na fotografia ao receber de uma câmara analógica Pentax k1000 de presente da namorada, hoje esposa, filha do fotógrafo Franklin Marques de Assis. Fez fotografia comercial, mas hoje se dedica à fotografia artística, inspirado pelos colegas do fcl. foto: 102.

Maria Cristina Alves Penha Psicóloga, nasceu em Cornélio Procópio, em 1961. Londrinense desde 1972 e associada ao fcl desde 2008. Mesmo sendo iniciante, já obteve aceitações e premiações em bienal e salão nacional e internacional. Seu interesse por fotografia veio do convívio com o pai, um apaixonado por fotografia, e mais tarde com Rui Cabral, que a iniciou nas técnicas fotográficas. Como psicóloga, tenta captar nas suas fotos o interior das pessoas. fotos: 173, 174 e 175. Mário Borges Junior (Mário Bourges) Jornalista de formação, nasceu em 1971, em Curitiba. Desde que veio para Londrina, há quatro anos, atuando profissionalmente com fotografia, em tempo integral. Gosta da fotografia por ver nela maneira de congelar momentos únicos – e eternizá-los. Principalmente os momentos registrados em preto e branco, nos quais a nostalgia embala o olhar dos observadores. foto: 136.

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Mário Jorge de Oliveira Tavares Especialista em Administração e Telecomunicações, nasceu em Portugal, em 1947, é brasileiro naturalizado. Veio da França (onde morou sete anos) para Londrina em 1956. A fotografia é seu hobby preferido. Teve foto selecionada no 1º Concurso Nacional de Fotografia curt, em 1978. Sua primeira slr foi uma Nikkormat ftn e a primeira dslr, uma Nikon d50. Associado do fcl desde 2001, exerceu os cargos de secretário e presidente, liderando importantes melhorias na organização do clube e na reforma geral da sede. fotos: 83, 97, 98, 103, 138, 144 e 159. Mário Massayoshi Mori Fotógrafo profissional que atua na área de formaturas, nasceu em Londrina em 1957. Apaixonado pela fotografia desde os 15 anos, quando conseguiu comprar, com o seu primeiro salário, uma Olympus 35 rc. Especialista em fotografia de retratos e de publicidade, conquistou diversos títulos em sua carreira, entre eles o de “Bicho do Paraná”, homenagem prestada pela Rede Paranaense de Televisão (tv Globo) aos paranaenses que se destacaram no cenário nacional e internacional. fotos: 66, 67, 115 e 118.

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Norman Neumaier Engenheiro agrônomo, PhD pela Universidade do Missouri, eua, nasceu em Santa Maria, rs, em 1949, é londrinense e associado do fcl desde 1975. Já ocupou vários cargos no clube. Na presidência (1984/85), coordenou a realização simultânea do 10° Salão Nacional de Fotografia, da exposição Londrina Antiga e do concurso e exposição Londrina Contemporânea, em comemoração aos 50 anos de Londrina. Exerceu novamente a presidência nas gestões 1985/86, 1996/97 e 1997/98. Obteve inúmeras aceitações e premiações em bienais e em salões nacionais e internacionais. Utiliza câmaras digitais, mas ainda fotografa em mídia analógica (preto e branco). Coleciona câmaras analógicas antigas. fotos: 46, 68, 77, 78, 79, 80, 99, 113, 160 e 176. Pedro Wagner Nasceu em 1950, em Santo Cristo, rs. Veio para Londrina em 1975, para estudar e trabalhar. Formado em Jornalismo e Letras, é professor de Língua Portuguesa na rede pública. Seu interesse pela fotografia começou em 1972, quando, numa viagem ao Rio de Janeiro, registrou cenas da construção da ponte Rio-Niterói com uma máquina amadora. Em 1989 conheceu o fcl e logo se tornou associado. Teve aceitações e premiações em bienais e salões em várias cidades brasileiras. Tem fotos publicadas pelo Jornal de Londrina e pela Folha de Londrina. fotos: 82, 86, 92, 104, 137 e 139.

Régis Antônio Seben Era jornalista. Nasceu em Porto Alegre, em 1937. Seu pai, Hugo Antonio Seben, foi um jornalista muito respeitado. Régis veio para Londrina por volta de 1956 e, em 1961, casou-se com Wanda Totti, com quem teve dois filhos. Foi repórter fotográfico da Folha de Londrina, onde, por um bom tempo, foi o responsável pela página de Fotografia. Associou-se ao fcl em 1972, tendo participado ativamente em salões e exposições. Faleceu em 2005. fotos: 36, 54 e 55. Reinaldo dos Santos (Rei Santos) Nasceu em Londrina, em 1971, graduou-se em Educação Artística na uel em 2008 e é membro do fcl desde 2009. Atua em muitas áreas: como fotógrafo autoral e comercial, nas artes gráficas, na música, na cultura e como professor convidado em Artes e Fotografia. Uniu o prazer ao trabalho, incursionando em assuntos como história, filosofia, estética, antropologia, técnica e tecnologia. A curiosidade e a consciência do inacabado são combustíveis da incansável busca que realiza com uma câmara. Captura imagens com equipamentos digitais e analógicos 35 mm. foto: 105.

Ronald Luz Médico psiquiatra, aposentado, nasceu em Florianópolis, em 1933. Morou em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em 1969 iniciou suas atividades na arte fotográfica, em Londrina. Em novembro de 1971, associou-se ao fcl, onde teve participação ativa até 1980, quando se mudou para Curitiba. Sua passagem pelo clube foi de suma importância, tanto pela qualidade de seus trabalhos fotográficos, quanto por seu desempenho na direção da entidade. Foi presidente nas gestões 1972/73, 1974/75, 1979/80 e 1980/81. Sob sua coordenação, o clube realizou o 1º Salão Nacional de Arte Fotográfica, em 1972, e, em 1980, a xi Bienal Brasileira de Arte Fotográfica, considerada a mais organizada, até então. Obteve inúmeras aceitações e premiações em bienais e salões nacionais e internacionais. Com sua inseparável Leica, era especialista em diapositivos coloridos. Em 1980, participou da fundação do Foto Clube de Curitiba, da qual foi presidente em 1982. fotos: 106, 107, 108, 109 e 110. Rubens de Oliveira Cartorário, nasceu em Ribeirão do Pinhal, pr, em 1950. Mora hoje em Ivaiporã. Interessado por artes visuais, participou de salões e mostras, tendo sido premiado em eventos em Jacarezinho (Prêmio Instituto Nacional de Artes Plásticas), Goioerê (Menção Honrosa) e Curitiba (Prêmio Aquisição Secretaria de Estado da Educação e Cultura). Com o surgimento da fotografia digital, interessou-se pela nova mídia. É associado do fcl desde 2008. foto: 93.

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Rui Antônio Frias Cabral Fotógrafo do Museu Histórico de Londrina, da uel, formado em Direito, nasceu em São Paulo, em 1954, e é londrinense desde 1969. Associou-se ao fcl em 1982. Foi presidente do clube duas vezes (gestões 2006/07 e 2007/08). Obteve inúmeras aceitações e premiações em bienais e salões de fotografia. Fez o curso de especialização em Fotografia na uel e o curso de Conservação e Preservação Fotográfica na Funarte, Rio de Janeiro. Dá cursos de fotografia. Seus temas preferidos: abstratos e detalhes. fotos: 87, 161 e 187.

Silas Monteiro Nasceu em Petrópolis, rj, em 1952. Teve participação no fcl de 1974 a 1978. Foi fotógrafo profissional, exímio laboratorista, com um conhecimento fabuloso da técnica de revelação e ampliação em preto e branco. Era mestre na composição usando o recorte na ampliação, para salvar fotos consideradas perdidas. Atuou em jornais e emissoras de televisão. Começou no jornal Panorama, em 1975, apresentado por Airton Procópio dos Santos, o “Caximbo”. Faleceu em 2006. foto: 37.

Rui Mello Porto Nasceu em Taubaté, sp, formou-se nos eua em Tecnologia da Programação e Análise, cursou fotografia na Los Angeles School of Modern Photography. Fotógrafo profissional em Londrina desde 1972, é membro do fcl desde 1973. Foi presidente do clube na gestão 1973/74. Teve aceitações e premiações em salões e bienais. Sua foto “Backstage” foi Menção Honrosa no Nikon Photo Contest International - npci 1977/1978, no Japão. Foi instrutor de fotografia do Senac por 12 anos. Dedica-se à fotografia digital e ao tratamento de imagens, bem como à montagem de audiovisuais, catálogos e folders. Começou na fotografia na adolescência, incentivado por um tio. fotos: 19, 69, 73, 162, 163 e 164.

Sílvio de Oliveira Rodrigues Cirurgião Dentista, nascido em Marília, sp, em 1947, londrinense desde 1949. Iniciado na arte fotográfica através do associado Francisco Martinez Sanches, que o apresentou ao fcl. Associado do fcl de 1972 até fins da década de 80. Obteve inúmeras aceitações e premiações em bienais e em salões nacionais e internacionais. Foi repórter fotográfico do Jornal Panorama. Recebeu premiação em Concurso Fotográfico da Revista Playboy. A mídia fotográfica de sua preferência foi o diapositivo colorido e sua produção estava direcionada à fotografia de modelos femininos. fotos: 59, 60, 111 e 116.

Suren Saadjian Industrial e comerciante, brasileiro de origem armênia, nasceu na Síria em 1929, é londrinense desde 1948. Associado do fcl desde 1975, exerceu a presidência nas gestões 1981/82, 1982/83, 1989/90, 1990/91 e 1995/96. Na gestão 1991/92, coordenou a comemoração de 20 anos do clube e a realização da vii Bienal Nacional de Fotografia em Cores. Na gestão 1995/96, coordenou a xix Bienal Nacional de Fotografia Monocromática. Teve inúmeras aceitações e premiações em bienais e salões nacionais. Sua fotografia (diapositivo) “Solidariedade” foi premiada com um troféu e exposta no espaço Viagem à Imaginação, mantido pela Kodak, no Epcot Center, Disneyworld, em Orlando, Flórida, eua. fotos: 70, 74, 119, 120, 129 e 165.

Wilton Mitsuo Miwa Nasceu em Sorocaba, sp, em 1971, é membro do fcl desde 1998 e presidiu a entidade nas gestões 2004/05 e 2005/06. Autodenomina-se fotógrafo de rua, possuindo forte tendência jornalística e discreta influência de estúdio. Com visão eclética, transita entre o preto e branco e o colorido. Produtor cultural, prioriza o foco no elemento humano e é autor do livro intitulado Vidas Passageiras. Participou de várias exposições coletivas e individuais, além de bienais e salões de arte fotográfica. Possui diversas premiações no Brasil e no Japão. Filho de imigrantes, atualmente reside no Japão, onde desenvolve projeto de intercâmbio cultural por meio da fotografia. fotos: 84, 143 e 145.

Terumi Koga Fotógrafo, nasceu em Pontal, sp, em 1939. Viveu em Paraguaçu Paulista, sp, até os 16 anos, onde foi aprendiz de fotografia a partir dos 12. Em Londrina, trabalhou no Foto Estrela até os 19 anos e no Foto Pan durante dois anos. Mudou-se para Rolândia e trabalhou no Foto Okada, em 1961. Seis meses depois, comprou a loja e mudou o nome para Foto Célula. Em 1976, abriu a primeira filial em Londrina. Essa loja logo se tornou a matriz de uma formidável rede, que chegou a ter 23 lojas. É um grande apoiador do fcl. fotos: 130 e 133. Vivian (Kern) Hillmann Ver o Capítulo “Biografia dos Fundadores”.

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GALERIA DOS PRESIDENTES Ano

Presidente

Ano

Presidente

1971/72 1972/73 1973/74 1974/75 1975/76 1976/77 1977/78 1978/79 1979/80 1980/81 1981/82 1982/83 1983/84 1984/85 1985/86 1986/87 1987/88 1988/89 1989/90 1990/91

Antônio Ferreira dos Santos Ronald Luz Rui Mello Porto Ronald Luz Francisco Martinez Sanches (Paco) Elias Moutinho Passos Antônio Ferreira dos Santos José Mascaro Garcia Molina Ronald Luz Ronald Luz Suren Saadjian Suren Saadjian Ângelo Portelo Neto Norman Neumaier Norman Neumaier Manoel Lopes Damazio Manoel Lopes Damazio Rui Frias Cabral Suren Saadjian Suren Saadjian

1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/2000 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/12

Ângelo Portelo Neto Ângelo Portelo Neto Antônio Ferreira dos Santos Antônio Ferreira dos Santos Suren Saadjian Norman Neumaier Norman Neumaier Antônio Ferreira dos Santos Antônio Ferreira dos Santos Antônio Ferreira dos Santos Antônio Ferreira dos Santos Antônio Ferreira dos Santos Antônio Ferreira dos Santos Wilton Mitsuo Miwa Wilton Mitsuo Miwa Rui Frias Cabral Rui Frias Cabral Mário Jorge de Oliveira Tavares Mário Jorge de Oliveira Tavares Mário Jorge de Oliveira Tavares* * Eleição ocorrida em 16.05.2010 para o biênio de 01.06.2010 a 31.05.2012.

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Diretoria Executiva*

DIRETORIA DO FOTO CLUBE DE LONDRINA

Presidente Vice-presidente 1ª. Secretária 2º. Secretário 1º. Tesoureiro 2º. Tesoureiro Diretor de Fotografia

Mário Jorge de Oliveira Tavares Norman Neumaier Maria Cristina Alves Penha Juliano Tutida Ângelo Portelo Neto João Baptista Bortolotti Antônio Ferreira dos Santos

Conselho Fiscal* Efetivos Suplente

Suren Saadjian Dirceu Vivan José d’Oliveira Couto Filho

Diretoria Extra-estatutária** Diretor de Comunicação Diretor de Eventos

Pedro Wagner Rui Antônio Frias Cabral

* Eleição ocorrida em 16.05.2010 para o biênio de 01.06.2010 a 31.05.2012. ** Nomeação ocorrida em 09.11.2010 pela Resolução Interna nº 01/2010. Fotografia da atual diretoria. De pé da esquerda para direita: Dirceu, Couto, Bortolotti, Pedro, Rui Cabral, Mário Jorge e Juliano Tutida. Sentados: Suren, Antônio, Ângelo, Cristina e Norman.

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Foto Clube de Londrina Filiado à Confederação Brasileira de Fotografia sede Centro Cultural Igapó ∙ Rua Souza Naves, 2380 correspondência Rua Minas Gerais, 297 ∙ 11º andar ∙ sala 113 ∙ Centro cep 86010-905 ∙ Londrina, pr tel.: (43) 3322-2277 www.confoto.art.br/fotoclubelondrina e-mail: fotoclube.londrina@gmail.com


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