(Natal/RN)
Edua rdo Máia Foto;
0 JORNAL DAM
E FOTOGRAFIA O 2 ANO
Il * Nº 11
ag
Março/Abril
2 Mai/Jun-94
Henrique José, 23, natural de Aracati(CE), é repórter-fotográfico e estudante de Comunicação Social na UFRN. Entre as várias exposições que participou, destaca-se: Potengi - um rio em preto e branco (92); mostra O Predestinado (92); Varal O Foco (93); Imagens da Redinha (93); Imagens de Maio (93) e Crianças de Rua (93). Suas fotos estão na página 12.
Fotografar paisagem (Pág. 4)
Fotografia brasileira atual (Pág. 5)
Entrevista exclusiva
com
Glênio Guttmar (Pág. 9)
Curso de Fotografia
Foto: Heudes Regis (Natal/RN)
(Pág. 11)
Foto: Pedro Paulo (Natal/RN)
O
INTERFERIR NA FOTO
Sistema Kodak Express. Suas fotos em 50 minutos com o máximo de qualidade. MATRIZ: Rua Amaro
Av. Rio Branco, 728 - Cidade Alta - Fone: 221-5462 - Natal/RN Barreto,
1325
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j U);
ID Foo
Pág. 02
Marginador
CARTAS
EDITORIAL
Foto: Gustavo Moura (João Pessoa/PB) o prde
Z| Cc - Ro
Ea
too
A
o
pa
S
S o E «<
2 o e G =
e
nematográficos
do
Rio Grande
do
Norte
continua
num impasse e sequer a diretoria assume as consequências
para
mobilizar
a categoria
em
busca
de união e trabalho. O ex-presidente abandonou a entidade e o resto da diretoria está apática. Esperando o quê? O resultado é que vai ser criada a representação nacional da categoria e nosso Estado pode ficar de fora, por não ter representantes
na Assembléia Nacional a ser realizada no próximo mês de setembro. A falta de interesse dos profissionais mostra que a categoria é muito atrasada em relação aos outros Estados e isso só traz prejuízos. O repórter-fotográfico Henrique José trouxe em sua viagem de trabalho ao centro-sul uma matéria relacionada ao Museu Mariano Procópio, de Juiz
de Fora (MG), fazendo um paralelo entre a história da fotografia e o material do acervo mineiro. O encontro do autor com a história da fotografia vai ser publicado em capítulos, como anotações de viagem. Um diário que pesquisa os fatos e traz ainda as fotos. O jornal O FOCO continua fazendo contatos com entidades diversas para dar continuidade ao projeto “Retratos da Cidade”, que é um ensaio cultural a partir da fotografia em preto e branco, através de exposições, encartes e projeções fotográficas.
Recebemos com imensa satisfação o jornal O FOCO e informamos que a publicação já está em nosso mailing list. Assim sendo, a partir desta data, a redação receberá a programação das atividades do IBAC. Sendo tudo para o momento aceitem nossas cordiais saudaçõas. (Angela Magalhães/Fotografia/IBAC/Rio de Janeiro/RJ).
decemos
a
divulgação
no jornal e nós ficamos ao
seu
inteiro
dispor.
(Francisco Stuckert/Agência Stuckert Press/Brasília/DF). Adorei
jornal, o
ter recebido
achei
trabalho
(Val capá/AP).
o
o máximo de
vocês.
Mendes/Ma-
Thaís
Santos
foi
N
É um prazer mantermos contato com a produção do jornal O FOCO e gostaríamos ainda de ficar recebendo a publicação. Agra-
[>d
ensaio
Pç
apresentado num
/f
que as autoras possuem,
dinâmico que mostra a experiência de vários fotógrafos de norte a sul do Brasil. A Associação dos Repórteres-fotográficos e Ci-
Cá.
Nessa edição trazemos vários assuntos que ampliam a discussão em torno da fotografia potiguar e também se estende ao movimento fotográfico do país, frente a essa crise estrutural existente em vários segmentos. E tudo isso não deixa de refletir no mercado da fotografia. A responsável pela área de Fotografia do IBAC/Funarte (RJ), Angela Magalhães, em parceria com a coordenadora do setor de Fotografia da Universidade Federal Fluminense/RJ, Nadja Peregrino, cedeu um texto inédito para publicação nas páginas do jornal O FOCO, que trata do panorama da arte fotográfica atual. Esse trabalho foi incluido na palestra da | Semana Paraibana de Fotografia, em João Pessoa e será editado em capítulos. E sem dúvida, a oportunidade de descobrir um pouco mais sobre a área através do conhecimento
Foto: Ivanês Lopes (Natal/RN)
o ur
a
ASSINATURAS DO JORNAL “O FOCO”. Envie 8 selos de 1º porte junto com nome, endereço completo para Caixa Postal 2708 - Natal-RN 59022-970. aluna contemplada com a assinatura do jornal O
DESCULPEM QUE TAL AGORA UMAS Fotos
FOCO,
uma
das
pre-
miações do 1º Concurso de Fotografias do CEI, realizado no período de 04 a 08 de novembro/93. Ela participou
Foto: Cláudio Marques (Macaíba/RN)
do
concurso
nos
levando
um
daguerróti-
po em
metal
na classifi-
cação da foto mais antiga. 103 fotos foram inscritas e expostas numa
94
EXPEDIENTE Diretoria:
Fernando
Pereira (Editor
- DRT/RN 292), Canindé Soares (Repórter-fotográfico DRT/RN 719) e Adrovando Claro (Repórterfotográfico - DAT/RN 726).
bem-sucedida
experiência
Diagramação: Carlos Magno DRT/RN 630 á Composição: Jorge Alvares Impressão: Gráfica Santa Maria Publicidade: Canindé Soares
Fone: (084) 211-2947 / Bip 1167
de
aproxi-
mar
os
alunos
das
tur-
mas
de
52 e 62 séries
-
do atraente fotografia.
-
de oferecer aos meus alunos um material tão
muito
a
universo da Agradeço
oportunidade
importante
como
o jor-
nal O FOCO, um exemplo a ser saudavelmenRedação,
Produção,
Correspondência:
Fotografia
Caixa
e
Postal
2708 - Natal/RN - 59022-970 - Bra214-4149 (084) Fones: sil 218-2712 - 217-4105
Assinaturas do jornal O FOCO, remeta 8 selos de 1º porte junto com nome e endereço completo à redação
* As opiniões
dos artigos assina-
dos não representam obrigatoriamente as adotadas pela publicação Contribuições em forma de artigos, fotos (fotos P&B) e artes devem ser encaminhadas à redação aos cuidados do editor. O material não será devolvido, fica no arquivo da publicação para posterior aproveitamento.
te invejado.
(Nilson Xa-
vier/Professor
cação
de
Edu-
Artística
do
CEI/Natal-RN).
ganização da fotografia do Rio Grande do Norte. Solicito que sejam enviados os valores atuais de assinatura e os meios de cobrança. Sou fotógrafo há 12 anos, tenho várias exposições e realizado palestras. Desde já me coloco à disposição. Aguardem notícias. (Marcos | Veloso/João Pessoa/PB). Sou dor,
fotógrafo aficionado
amapor
fo-
tografia, formado pela Oficina de Artes de Santo André (SP). Tive o conhecimento do jornal O FOCO através da revista Iris Foto. Estou entrando em contato com
o jornal,
porque
tenho
interesse de enviar algumas fotos do meu trabalho e gostaria de saber se existe a possibilidade de mandar um
exemplar do jornal. Para Tomei conhecimento do jornal O FOCO. Seus serviços, matérias e publicações. Fiquei sur-
encerrar,
gostaria
parabenizar tiva.
(Carlos
pela
de
inicia-
Eduardo
Plens/Ribeirão ' Pipreso com a grande orres/SP). Toda segunda-feira nas bancas
Rs S Ea FEIRA DE MODA Fernando
Pereira/O FOCO
O Natal Shopping Center realizou de 21 a 26 de março a segunda versão da Feira de Moda na praça de eventos do estabelecimento. Este ano o acontecimento contou a particpação de mo-
Adrovando
Claro - O FOCO
Tripé
delos da agência paulista mais
Elite,
entre os conhecidos,
Reinaldo
Halzchuh,
Cláudia Liz e Andréia Oliveira. Até o final da feira vários fotógrafos profissionais fizeram a cobertura e registraram os top models
vestindo
várias
nes,
estimulando
Reinaldo Halzchuh
dos
a
con-
sumidores. E mais uma opção periódica de trabalho para o mercado - fotográfico da capital do Rio Grande do Norte.
Andréia Oliveira
DEZ MULHERES
grifes
de franquias nacionais e internacionais para as gerências locais. Algumas lojas montaram mini-mostras de fotografias nas vitri-
curiosidade
Cláudia Liz
O grupo “Dez Mulheres” formado por fotógrafas de Aracajú, Recife, João Pessoa e Natal, realizou a exposição “A Sedução” no Espaço Cultural da agência Potiguar da Caixa Econômica Federal, reunindo 44 fotos em preto e branco e coloridas. A mostra foi exibida de 05 a 19 de abril apresentando trabalhos das autoras Carla Asfora, Cláudia de Holanda, Debórah Valença, Eliane Velozo, Ana Libório, Giselma Franco, Irene Faiguenbolm, Rachel Lúcio, Stela Maris e Yêda de Mello. “A Sedução” foi bastante divulgada na imprensa local e bem visitada, recebendo elogios pela diversificação de idéias e técnicas colocadas pelas autoras numa temática estabelecida pelo grupo. A mostra itinerante encerrou seu roteiro em Natal depois de cumprir o calendário de exposições em outras capitais Nordestinas. “Fantasias” é a próxima exposição itinerante das “Dez Mulheres” a partir de maio.
Itália em fotos Ana Silva (Natal/RN)
O fotógrafo Márcio Miguel em parceria com o argentino Martin Pont, também profissional da área, estão com uma mostra fotográfica itinerante que vai durar sete semanas em vários restaurantes italianos de Natal.
Foto: Canindé Soares
;
CARTÃO POSTAL A fotógrafa Ana Silva do jornal Tribuna do Norte está com um cartão postal circulando por todas ONGs do país. Trata-se de uma campanha nacional contra a prostituição infanto-juvenil. A produção do cartão foi uma iniciativa do CEBRAIOS, dentro do programa da Casa Renascer, criada pela psicóloga Dilma Felizardo. A foto foi selecionada entre as várias imagens de matérias publicadas na imprensa natalense sobre a temática e a elaboração do cartão contou com apoio da Visão Mundial, entre outras entidades que combatem a prostituição infanto-juvenil.
São 20 fotos em tamanho 30x40, apresentando paisagens e cenas do cotidiano do
país
europeu,
em
duas modalidades: coloridade e em preto e branco. À abertura foi no restaurante Tibério, em seguida desloca-se para Mamma Itália, Don Vicenzo, Fellini, Bella Napoli, Banana Café e Sapori di Mare. Vale a pena conferir o trabalho dos autores. Márcio
Miguel
(C| centro coLom LABORATÓRIO
FOTOGRÁFICO
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Jornal de Natal
Toda segunda-feira nas bancas
ID roi)
Pág. 04
Estúdio
Como organizar arquivo fotográfico Preparação das fichas
|
[ERRA
No TEMA
[ES
[e
Nº FOIO FOTOGRAFO:
1. Ficha de dados A primeira ficha a ser preparada é aquela que
PRODUÇAO
b Taliças.
conterá dados relativos a
- Fcot
cada uma das fotos, tais como: data, local, nome do fotógrafo e descrição. Esta ficha poderá ser impressa em três cores, uma para cada categoria de material fotográfico. Por exemplo: rosa - eslaides; branca - papel cor; azul - papel preto e branco. Um outro recurso é usar fichas da mesma cor (branca), marcadas com caneta hidrocor na margem superior direita, no mesmo esquema das fichas em cores. Após devidamente preenchidas, essas fichas deverão ser guardadas em fichário próprio, em
FRENTE
32 Fotos ARQUIVA
PB
G& Foros ARQUIVADAS
Cor 1
[z
pa
ESLAIDE Ra
134 VERSO
numérica crescen-
te e separadas de acordo com os números dos temas a que pertencem. 2. Ficha de subtemas e de localidades O segundo tipo de ficha a ser preparado é a ficha de subtemas. Recomendamos um modelo (tipo “Unitermo”) que tem colunas numeradas de 0 a 9, na frente e no verso, que facilita muito o trabalho de fichamento e de consulta. Para cada subtema deve ser utilizada uma ficha que pode ser preenchida da seguinte forma: no canto superior esquerdo escreve-se o subtema; no canto supefior direito o tipo de fotografia (preto e branco, cor, eslaide). Nas colunas são colocados os números das fotos que se enquadram no subtema em questão. Assim, os temas que terminam, por exemplo, com o algarismo 2 (2, 12, 22 etc.) ficam na coluna que tem o número 2. As fichas de subtemas devem, também, ser guardadas em um fichário auxiliar em ordem alfabética. Um mesmo subtema (por exemplo, hortaliças) pode pertencer a mais de um tema, neste caso, produção e comercialização. Este mesmo modelo de ficha pode ser utilizado, ainda, para permitir o acesso a uma determinada fotografia conforme o local (município, estado) onde ela foi produzida. Este procedimento permite
ANUNCIE AQUI. Fone:
214-4149
que as várias fotos batidas em um mesmo lugar possam ser localizadas juntas,
apesar
de terem
sido
distribuídas por diversos temas. A maneira de preencher a ficha é basicamente a mesma,
com
a di-
ferença de que se escreverá o nome do município e o respectivo estado no lugar do subtema. 3. Ficha de controle Finalmente, para que se possa ter um bom controle do arquivo fotográfico como um todo, é conveniente preparar um terceiro tipo de ficha, que neste caso pode ser um modelo comum, encontrado nas papelarias. Nesta ficha devem constar os seguintes dados: tema, número do tema e respectivos subtemas. Além disso, o espaço da ficha deve ser dividido em três: uma parte para cada tipo de fotografia (preto e branco, cor, eslaide). Em cada uma destas partes são anotadas as fotografias que vão sendo incorporadas ao arquivo. Desta forma, é possível se ter uma visão mais global da quantidade de fotografias existentes em cada tema, bem como checar o número da última foto arquivada e da ficha de dados, o que diminui em muito o risco de erros na numeração. * Transcrito do Projeto Tecnologias Alternativas (Fase).
ID rodo
Breno Romano
Quando falamos de verão ou de férias, logo associamos
nosso
pen-
samento à praia, montanha ou viagem. Esta edição de “DICAS & TRUQUES" é para você que gosta de viajar e
que à proporção de tamanho junto à natureza. Para que o ambiente fique ainda mais natural, a pessoa deverá ficar
Fernando Pereira/O FOCO
ordem
e Lalicínios
aproximadamente
documentando, através de fotos, os momentos de lazer e descontração.
Para
se
providência
a
primeira
que
deve-
mos tomar diz respeito ao equipamento, ou se-
ja, antes de viajar, verifique sempre: 1) Se as lentes
estão
limpas
e
sem fungos; 2) Se os contatos do compartimento das baterias (se houver), estão limpos e sem sinais de oxidação;
3)
Se
possui
a
sua
flash
câmara embutido,
usar sempre pilhas alcalinas e removê-las da máquina após o uso (o mesmo
se aplicando
às
baterias). Em segundo lugar deve-se proceder a escolha do filma mais adequado. Em geral o fotógrafo amador esco-
lhe o filme para cópias em
papel
(negativo),
ao
invés dos slides (diapositivos),
por
permitirem
olhando
para
a
6
câmera a
e
paisa-
pouco'de criatividade.
conseguir
fotos,
da
gem e não para a cámera. Não esquecer também que, fotos tiradas com a neblina ou chuva dão bons resultados quando bem planejadas e usando um
registrar todos os lugares por onde passa,
boas
metros
maior facilidade no ma-
claro e sol forte.
Deve-
nuseio
se lembrar sempre a areia e o próprio
que mar
e
exibí-los soas.
na
hora
à outras
de
pes-
Para esses filmes,
o melhor
é comprá-los
na sensibilidade
de
100
ASA (ISO) que reproduzem bem as cores e permitem | ampliações
consideráveis sem muita granulação. Leve sempre filmes de sobra em suas viagens e nunca deixe os filmes ou a
máquina com filme dentro, em lugares quentes, isso poderá prejudicar a película. Com gem,
relação a paisaquando
se
tratar
de uma praia, não esqueça de usar sempre o diafragma mais fechado (11, f:16, f:22) pois as condições de luz são
excelentes, principalmente em dias de céu
ajudam
a refletir a luz
solar.
As
aberturas
mencionadas são para velocidades em torno de 1/100 seg. Se a sua câmera for do tipo auto-foco, é só ajustar no modo “paisagem” ou “infinito” e o restante ela fará sozinha. Ainda
com
relação
à praia, procure usar pára-sol, caso sua máquina permita e evite fotografar o mar com a linha do horizonte dividindo ao meio a foto.
Outros
ângulos
deixam
a paisagem mais interessante. Nas fotos de campos e montanhas, o elemento humano sem-
pre acrescenta um certo interesse,
dando
desta-
Se
você
pessoas
é daquelas que
gostam
muito de fotografar o amanhecer ou o anoitecer, lembre-se de que suas fotos poderão ficar mais atraentes se você incluir no primeiro plano alguns assuntos como estátuas, árvores, construções ou mesmo pessoas,que aparecerão na
fotografia em silhueta, contra um fundo amarelado,
alaranjado
ou
mesmo | avermelhado, dependendo do horário (amanhecer tende ao amarelo e o anoitecer tende ao vermelho).
Por último é bom lembrar que o filme deverá ser encaminhado ao laboratório tão logo tenha sido tirada a última foto, para se problemas na
evitar sua
emulsão.
VÍDEO FOTO LIR Fotografias, filmagens, revelação de filmes, fotografias industriais, aéreas e sociais. Rivaldo Gomes Bezerra - titular. Pça. Presidente Roosevelt, 1 Centro
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O rot
Filtro
você
en-
dos, ou por seus gos ou por outras
amipes-
FOCO Soares/O
soas. Nossa proposta é que desta vez você faça
experiências
fotos diferentes, que realmente expressem de forma pessoal e cria-
o
me-
lhor ângulo,
procure
espere
pa-
cientemente iluminação. os detalhes,
a
melhor Descubra estude o
primeiro plano, o ângulo de tomada diferente, inclua
as
pessoas
do
local, enfatize formas e cores. Há dezenas de maneiras diferentes de fotografar a mesma imagem. Para que suas fotos sejam expressivas
é fundamental que antes você estude cada elemento visual da paisagem. O que é preciso observar para obter boas fotos de viagens? Antes de acionar o disparador saiba exatamente o que vai foto-
grafar.
O
que
leva
as
pessoas a se desapontar com algumas das suas fotografias é, muitas vezes um fato extremamente simples.
Faltou
a
pergunta
ini-
cial, que deve preceder o ato de fotografar, porque fazer tal foto?
março
da
pelas
colinas
que são de maior interesse para produzir o resultado da esperado.
ao
longe foi oque lhe cha.mou a atenção? ou será que foi o efeito do sol batendo nas copas das árvores? ou talvez terá sido a estranha formação das nuvens? em suma: qual é o centro de interesse das suas fotos?
Para isso você precisa aprender a olhar com objetividade para as coisas. Em outras pala-
vras você deve se colocar frente exatamente
ao mundo como uma
verdadeira
câmera.
O
olho humano tem propriedades que nem o
Uma vez definidas as razões gerais que Oo
mais sofisticado equipamento óptico possui. A questão é que ao se contempiar uma cena outros sentidos além da
estão levando a fotografar alguma coisa ainda lhe resta decidir quais os elementos da cena
visão
Jean Lopes
(Açu/RN)
Se o assunto é uma paisagem por exemplo, será que a linha forma-
de
de
impressão
pela luz do sol, registrando as imagens dos objetos numa rudimentar câmera escura de construção artesanal. Tal fato, porém, só foi comprovado na década de 1970, através de pesquisas publicadas pelo historiador brasileiro Boris Kossoy.'. A fotografia foi oficialmente introduzida no Brasil em janeiro de 1840 pelo abade francês Louis Compte, que estava em viagem ao redor do mundo. O imperador D. Pedro II (1831-1889) adquiriu, em
tiva sua sensibilidade. Deixe-se envolver pelos temas,
descoberta
interferem
na
im-
pressão geral. A
objetiva
de
sua
câmera porém é dotada apenas da capacidade de visão e nada mais. Como não é afetada por
outros
impulsos
sensoriais nem pelas emoções, é possível que ela, a objetiva, imprima no negativo uma imagem bem mais fiel do que a percebida por seus múltiplos sentidos, e o mais provável é que essa
imagem
fique
aquém das suas expectativas. E necessário pois um treino constante de objetivação do olhar. Um bom jeito de conseguir isto é enquadrar o assunto com as mãos ou com auxílio de uma cartolina recortada conforme fazem os diretores de cinema.
desse
mesmo
ano,
seu equipamento de daguerreotipia e desde então tornou-se o principal responsável pela implantação e desenvolvimento da fotografia no país, através de seu generoso mecenato. De certa forma deve-se a Pedro Il a preservação de grande parte de nossa memória fotográfica do séc. XIX, acervo reunido na Biblioteca Nacional, situada no Rio de Janeiro. Em nosso século é importante assinalar as influências da técnica e linguagem européia, expressas por fotógrafos como Hans Gunter Flieg, Hildegard Rosenthal, Pierre Verger e Jean manzon, entre outros, que no brasil se instalaram nas décadas de 30, 40 e 50, deste século. Destacamos também os fotógrafos fotoclubistas,
em
especial aqueles ligados ao Fotocine Clube Bandeirantes, como Geraldo de Barros e José Oiticica Filho, que foram bastante ativos nos
anos
40
e 50,
buscan-
do nessas associações de amadores o diálogo em torno da técnica e da estética,
e
a
possibilidade
de
veiculação de sua obra no âmbito nacional e internacional.
É, porém, com o fotojor-
nalismo que a fotografia começa a se expandir no século XX, principalmente com o surgimento das revistas
ilustradas,
ram espaço tografia,
a
que
abri-
para que a fopartir
de
essa
Nadja Peregrino, Ângela Magalhães e amiga na Semana Paralbana foi, sem
na que
dúvida,
década
de
introduziu
O Cruzeiro,
40.
Foi
nesse
ela pro-
cesso um moderno conceito de editoração, pois ao invés de se valer da fotografia de forma dispersa e episódica, a empregava como elemento chave na construção do texto. A fotografia, naquele momento, passou a representar o visual da nação, em termos nacionais, mesmo porque o Brasil dos anos 50, com seu vasto território e múltiplas realidades era, ainda, um gigante desconhecido. E assim que O Cruzeiro constrói, então, uma imagem de alma brasileira, fundindo fotografia e tema, para mostrar por exemplo a presença indígena e cabocla num mergulho em nossa paisagem, revelando pólos opostos tais como cultura e natureza, civilização e meta virgem. São dessa época os primeiros ensaios fotográficos realizados pelos repórteres Jean Manzon e José Medeiros sobre os índios brasileiros, representando um esforço de resgate do nosso passado - com todos os desafios inerentes à exploração de assunto inédito - buscando em profundidade as nossas raízes mais tradicionais. Na esteira desse processo, a revista Realidade, que circulou de 1966 a 1976, foi
também um ponto de referência muito forte para os fotojornalistas e a sociedade brasileira. Contando com um grupo de fotógra-
fos estrangeiros que residiam no Brasil - Cláudia Andujar, Maureen Bissiliat, George Love, David Zingg, entre outros - a revista Realidade incorporou em sua
linha editorial as marcas da visualidade norte-americana e européia. Por outro la-
do, a proposta de inserção
do fotógrafo nas diversas etapas de produção e edição da revista, abriulhe a possibilidade de reforçar
o seu trabalho como autor. Cabe
ainda
enfatizar
nesse contexto O surgimento, em 1952, da revista ilus-
trada Manchete, que continua, ainda hoje, a ser-editada no país. Ela tem representado para uma nova geração de fotógrafos uma verdadeira escola para o desenvolvimento de projetos na área de fotografia. Dela sairam importantes fotojornalistas que ocupam lugares de destaque, tais como
Walter
Firmo,
Claus
Meyer, Sérgio Zalis e Carlos Humberto TDC.? a Ângela Magalhães Responsável [a Área de Fotografia do IBAC/Funarte, Nadja Peregrino Coordenadora do Setor de . Fotografia - DDC/UFF/RJ | 1. A este respeito ver o livro Orlgens e Expansão da Fotograia no Brasil, do pesquisador e historiador Bóris Kossoy, editado RP Núcleo de Fotografia, FUNARTE, Rio de Janeiro, 1980.
y
ETA
2. A abordagem feita aqui sobre o fotojornalismo nas revistas ilustradas foi transcrita do texto “O fotojornalismo brasileiro”, “da pesquisadora Nadja Peregrino, publicano no livro Bras ; entdeckung und selbstent dec kung, Zurique, Suiça, 1992,
Jornal de Natal
então,
fosse valorizada em sua especificidade de linguagem visual. No Brasil, a revista que iniciou
Claro/O FOCO
viajar,
da
a História
Foto: Adrovando
Ao
contrará muitos temas já fartamente fotografa-
Antes
Daguerre ter sido anunciada ao mundo, o francês Hércules Florence fazia no Brasil uso prático de seus processos fotográficos para obtenção de rótulos de farmácia. Desde 1833 Florence “havia chegado a bons resultados com suas
Canindé
tradicional.
Revendo
;Foto:
Fotografe com criatividade, sem repetir o
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n
Jornal de Natal Toda segunda-feira nas bancas
ID rot»
Fotômetro
Pág. 07
HORA DA DECISÃO tam os mais entusiastas e outra parte fica em “cima do muro” criticando as possíveis falhas. A perspectiva de realização de uma futura Semana Potiguar de Fotografia ainda precisa ser bastante amadurecida, pois decorre da iniciativa segura de um grupo de profissionais. Inicialmente é preciso uma parceria séria com o poder público no que diz respeito a motivar uma visão cultural e institucional. Só assim haverá um maior interesse na organização de eventos como esse. Uma das estratégias mais coerentes seria a combinação de eventos, como aconteceu em João Pessoa. A Semana Paraibana fez parte do Festival de Arte. Aqui a Semana de Fotografia poderia ser estimulada dentro de uma programação de turismo, no início ou final da alta estação, incentivando as empresas do setor a investir no” evento. Não
A experiência da Semana Paraibana de Fotografia, realizada no Espaço Cultural em João Pessoa no início do ano, trouxe entusiasmo para o pequeno grupo potiguar de fotógrafos que participou do evento. Até os coordenadores de oficinas insistiram: Quando teremos uma Semana Potiguar de Fotografia? A importância de adquirir novos conhecimentos e o intercâmbio com profissionais experientes na fotografia, além da oportunidade de discussão construtiva ao trabalho de cada um em sua área de atuação, é gratificante e renova o espírito de criatividade. A reciclagem através de palestras, oficinas, exposições e a condição de debater e aprender só mostra o caminho do enriquecimento e do profissionalismo. Por outro lado, articular a realização de um evento desse porte,
responsabilidades geralmente afugen-
A Associação dos Repórteres-fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Norte continua estacionada desde sua criação em 1991, quando foi determinada a instalação de uma diretoria provisória. Em novembro de 1992 foi articulada uma nova diretoria que praticamente acelerou a fase de legalização da entidade, porém novamente sucumbiu ao comodismo e à falta de interesse da categoria local. A reunião inicial da ARFOC/RN em 91, contou com a participação de 19 profissionais de fotojornalismo e na época foi convocada uma comissão para organizar a entidade, realizando atividades de divulgação e elaboração de uma proposta de estatuto. Naquela época pouco foi mobilizado devido a indiferença dos profissionais em se tomar providências mais sérias para funcionamento
DESATIVADA
imediato
da
representação.
Em 92, eleita uma nova diretoria, houve uma aceleração no processo de legalização da entidade. No momento, falta apenas uma taxa
para
o requerimento
a
ser apresentado em cartório para registro das sociedades das pessoas jurídicas, além da entrega do original do estatuto no 2º Ofício de Notas. Inclusive, o estatuto já foi publicado no Diário Oficial. O ex-presidente da ARFOC/RN, o repórter-fotográfico Marcelo Sayão, foi demitido da empresa jornalistica onde trabalhava e retornou ao Rio de Janeiro, seu Estado de origem. Fora da sua competência, os demais membros da diretoria ainda não deram continuidade ao trabalho e o processo de legalização continua parado. De acordo com o ex-presidente da representação local, a expe-
riência foi desgastada pelos próprios profissionais da área, que não têm consciência de assumirem suas tarefas e sequer pensam no futuro da categoria. Os trabalhos precários acabaram com várias metas de prioridade para funcionamento
imediato da ARFOC/RN. O mandato da atual diretoria encerra-se no mês de novembro próximo e de acordo com o estatuto, os representantes devem convocar uma Assembléia Extraordinária para tomar urgentes providências com relação a entidade. De 8 a 11 de setembro haverá o XI Encontro Nacional dos Repórteres-Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro quando deverá ser criada a Associação Nacional dos Jornalistas de Imagem. O Estado precisa se fazer representar pela ARFOC/RN. Vamos à luta pessoal!
Adrovando Claro/O FOCO
traz que
ARFOC/RN
adianta partir para um imediatismo de encarar a fotografia como apenas uma promoção cultural, pois há uma indústria de consumo e o planejamento traria o objetivo de resgatar o caráter de lazer, de hobby, servindo de informação e despertando o público para um meio de expressão bastante rico para pesquisa, estudo e produção. O descaso oficial sempre é uma barreira para algumas promoções a nível local, porém, sem esboçar um projeto amplo que alcance motivação dentro da realidade que conhecemos, tudo isso vai sempre ficar no “papel”. Não podemos ignorar que há centenas de pessoas interessadas pelo assunto no Estado. Resta lutar para conquistar a indiferença dos patrocinadores e convencer o poder público do que uma Semana de Fotografia pode alcançar em termos de informação e cultura frente ao turismo.
ASSOCIAÇÃ O NACIONAL
Oficina de Fotojornalismo
De 8 a 11 de setembro deste ano, os jornalistas de imagem estarão no Rio de Janeiro, reunidos no XI Encontro Nacional dos Repórteres-fotográficos e Cinematográficos. Um dos pontos mais importantes deverá ser a criação da Associação Nacional dos Jornalistas de Imagem. Por que uma Associação Nacional?? Com os sindicatos comprometidos com a política partidária e com as Centrais Sindicais, e seus diretores normalmente jornalistas de texto, que apenas utilizam o movimento sindical para se lançar no cenário político como candidatos, ou simplesmente para ter imunidade,
ou
fazem
quase
questões
muito
pouco
nada
pelas
pertinentes
à
classe. Nos Estados onde existem ARFORCS, alguma coisa avançou, independente de qualquer partido político ou direção sindical. Como na Bahia, o
primeiro Estado a ganhar
Alberto Jacob Filho (*) uma ação de Direito Autoral num tribunal de pequenas causas, e no Rio com a criação do jornal Paparazzi, que circula no país e no exterior, chegando a todas as instituições que “representam” os jornalistas. A criação da Associação Nacional fará com que os jornalistas de imagem passem a ter uma representação nacional, organizando os Estados onde não existam ARFORCS, núcleos de representação. Criando um jornal de circulação nacional,
a carteira única de identificação profissional, cartilhas de Direito Autoral, Concurso Nacional de Cinefotojornalismo e o mais importante, ser lobby junto às autoridades públicas para conseguirmos isenção de impostos na importação de equipamentos e material de trabalho,
e
uma
assessoria
jurídica que garanta melhores condições para o exercício da profissão. Para viabilizar a criação da
POLANORD
associação não podemos cometer o mesmo erro de estrutura administrativa e financeira que comete a FENAJ, onde os sindicatos são responsáveis, através de cotas do seu sistema financeiro, ficando a Federação dependente financeiramente dos sindicatos, não podendo ela tomar uma atitude punitiva contra eles. O Sindicato do Município do Rio de Janeiro dizimou todas as comissões | profissionais (Repórter-fotográfico, Cinematográfico, Assessores de Imprensa, Diagramadores, Revisores, Ilustradores) e não conhecem os encontros regionais e nacionais dos segmentos organizados, considerando-os subversivos. O que faz a FENAJ? Nada, porque se o fizer, ficará sem receber as contribuições do segundo maior sindicato do Brasil. (*) Alberto Jacob Filho é presidente da ARFOC/RN. (Transcrito do Boletim Informativo da Comissão dos Repórteres-fotográficos/DF.
Registro Fotográfico
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CS | Reunlão na ARFOC/RN
A sofisticação
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Reativação da ARFOC /RN em 93
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Jornal de Natal
Toda segunda-feira nas bancas
Pág. 08
AMPLIADOR
Henrique José ? Foi Gerais,
entre
as
serras
mais
das
especifica-
mente em Juiz de Fora que tive um encontro com a origem da fotografia (estava lá o Silvio Andrade, um jornalista natalense em férias que não me deixa mentir, companheiro desta e de outras viagens por Minas). Outubro de 1993, tarde ensolarada, bosques do museu Mariano Procópio... momentos depois estávamos apreciando uma fotografia do francês Jean Jacques Mandé Daguerre... “em 1835, quando Daguerre apanhou uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata, e que apesar de exposta
Foto: Henrique José (Natal/RN)
EM FOTOS, EM FATOS: Um encontro com a fotografia e sua história (Parte |)
não apresentara sequer vestígios de imagem, e displicentemen-
lo, no dia seguinte, porém, encontrou sobre ela uma imagem revelada. Criou-se uma lenda em torno da origem do misterioso agente revelador - o vapor de
mercúrio -, sendo atribuído a um termômetro quebrado entretanto, é mais provável que Daguerre tenha dispendido algum tempo na busca daquele elemento vital, recorrendo a um sistema de eliminação. Em 1837 ele já havia padronizado esse processo, no qual usava chapas de cobre sensibilzadas com prata e tratadas com vapores de iodo e revelava a irragem latente, expondo-a à ação do mercúrio aquecido. Para tornar a imagem
inalterável,
bastava
sim-
plesmente submergi-la em uma solução aquecida de
sal de cozinha”.? Pudemos ainda, naquela oportunidade, contemplarmos fotos do Imperador Dom Pedro Il morto, feitas pelo francês Gaspard-Félix
Tournachon, o célebre Nadar “.. amigo e companheiro do escritor Júlio Verne, responsável por duas proe-
zas aparentemente antagô-
nicas: a primeira fotografia aérea e a primeira fotografia
subterrânea,
em
1858
e
1861, respectivamente. Igualmente pioneiro da conquista do espaço, Na-' dar fotografou Paris de 520 metros de altura a bordo de seu balão Le Géant, o maior jamais construído até hoje. Para tirar as primeiras fotografias subterrâneas nas catacumbas de Paris, ele inovou duplamente,
Dom
Pedro Il morto (Museu Marlano Procópio)
lentas placas de colódio úmido chegava a dezoito minutos nas catacumbas, impossibilitando o uso de modelos vivos, Nadar apelou astuciosamente para manequins, para simular a presença humana.“ E são exatamente os membros da família imperial brasileira, os personagens centrais do acervo fotográfico do museu Mariano Procópio. Entre fotos avulsas e álbuns de família (principalmente do Imperador Dom Pedro Il), cartões postais (como por exemplo, fotos inéditas do RJ e MG feitas por Marc Ferrez), além do já mencionado daguerreótico, bem como ferrótipos (processo semelhante ao de Daguerre, feito com
chapas
de
alumínio),
fotos em albumina (proteínas solúveis em água e coaguláveis por aquecimento),
e várias fotos de di-
versos nomes da fotografia (conhecidos ou não), sem mencionar inúmeras fotografias de autores anônimos. Entre esta variedade de nomes, R.H. Klumb, teve uma participação importante na história, pelo fato de durante anos ter acompanhado várias das viagens da
família
imperial,
entre
elas, algumas para a casa de campo do imperador em Petrópolis. Klumb fez as primeiras fotos da região onde futuramente seria a cidade de Juiz de Fora (como a foto da família imperial desembarcando nas margens do rio Paraibuna em 1869, rio este que hoje corta a cidade). São de
pois esta também foi a pri-
Klumb
meira vez que se usou a luz
inauguração da estrada Union Indústria que ligava Petrópolis à Juiz de Fora
elétrica para iluminar a tomada de uma foto. Como o tempo de exposição das
ainda,
(considerada
as
a
fotos
da
“rodovia” Sul,
cujo
da
América
percurso
do
por carruagem). Idealizada, projetada e construída pelo Engenheiro Mariano Procópio Ferreira Laje, a estrada, apesar da sua importância, teve logo sua vida útil encurtada com a chegada dos trens (esta é uma outra história que vivemos em Minas). Amigo de Pedro Il, ambos compartilhavam um grande interesse pela fotografia. Provavelmente, Mariano Procópio teria tido contato com vários fotógrafos europeus de sua época, além dos inúmeros fotógrafos da corte ou que passavam em visitas e expedições, tendo a partir destes contatos iniciado a coleção de fotos de pessoas ilustres e postais. Entretanto, foi seu filho, Alfredo
Ferreira
far. Utilizou uma folha de papel sensibilizada com nitrato de prata, que sob a ação da luz natural e por meio de uma 'câmara obscura' reproduzia objetos. As propriedades do nitrato de prata, Florence aprendeu do boticário 'campineiro
era feito
Laje,
Joaquim
Corrêa
que
de
“...docu-
mentar o burgo que ainda continuava a vida modesta própria dos paulistas..." “Militão começou retratando ruas nas quais transitavam ainda “pesados carros de bois": tempos de uma gente que, sem saber, preparava o amanhã enquanto ouvia as últimas discussões sobre a libertação dos escravos, e a paulicéia espelhava uma economia sem gatilhos e pacotes. Sim, havia pintores para nos fazer saber daqueles decênios: os paisagistas, entre eles raros estrangeiros de passagem. A palma seria dada ao doméstico Benedito Calixto, por suas telinhas | documentadoras
até de minúcias."”.
E já que estamos falando da história da fotografia não custa voltarmos um pouco mais no tempo e lembrar as pesquisas de Aristóteles com pequenos orifícios para melhor observar fenômenos astronômicos, ou mesmo do “multimídia” Leonardo
da
Vinci,
precur-
sor da câmara obscura. Poderia lembrar ainda (co-
em
1826,
com
uma
placar de metal pintada de betume branco da Judéia, que endurecia recebendo luz, depois de oito horas de exposição a esta, numa câmara obscura, através de um orifício, tinha reproduzido uma imagem aproximativa da fachada de uma caSaias NOTAS 1. Em fatos/Em fotos Juiz de Fora, titulo da exposição do acervo de fotografia do museu Mariano Procópio, dez/88 até jan/89, Espa-
ço Mascarenhas, Juiz de Fora-MGQ. 2. Henrique José C. Fernandes é repórter fotográfico free-lance em Natal/RN e mantém um laboratório especializado em preto e branco. Quando viaja, é correspondente
especial do jornal O FOCO. 3. Trecho do livro: Tudo sobre Fotografia, Michel Bussele, 4º edição,
editora Pioneira. 4. Revista Super Interessante especial - 150 anos de fotografia -
1989,. S. Para maiores informações sobre Florence; livro de Bóris Kossoy, editado pela faculdade de Comunicação Social Anhembi, intitulado
“Hércules Florence, 1833, a descoberta isolada da fotografia no Brasil." 6, 7, 8. do livro: em torno da fotografia no Brasil, de P. M. Bardi, coleção arte e cultura - MASP.
que,
gens
ilustres,
como
é o ca-
so do trabalho pioneiro do franco-brasileiro Hércules Florence. “Hércules que tinha ganho de Afonso D'Escragnolle Taunay o título de 'patriarca da iconografia paulista”,
pois
se dedicou
Lo
HENRIQUE JOSÉ
FOTOJORNALISMO PHOTOJOURNALISM
MARCELO
a re-
ANDRADE
solver, sozinho ou talvez através de informações de problemas
de
repro-
dução da imagem por meio de métodos primitivos, veio afinal a pensar em fotogra-
+
Mello,
oportunidade
apaixonado pela fotografia (participando inclusive de um fotoclube no Rio de Janeiro), desenvolveu o acervo do seu pai, constituindo portanto, grande parte das imagens fotográficas que hoje encontra-se no museu Mariano Procópio. Gostaria de pedir permissão aos leitores para fazer um parênteses na visita ao museu para divagar um pouco mais em torno da fotografia e seus persona-
fora,
primeira
de
que lhe deu o primeiro impulso, entusiasmando-o nas pesquisas."*. O primeiro brasileiro a fo-
mo poderia esquecer um dos pais da jovem fotografia), Joseph | Nicéphone Niepce: “.. um pesquisador
Foto: Henrique José (Natal/RN)
guardou-a,
te, em um armário. Ao abrí-
tografar foi o Militão Azevedo, que saindo do Rio de Janeiro para São Paulo com sua máquina, teve a
Ao
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Jornal de Natal
Toda segunda-feira nas bancas
O roito
Na mira da objetiva
Pág. 09
Fotografia sob medida Paulo Ollvelra - Você é autodidata? Glênio Guttmar - Não. Eu já tive um pouquinho de in+ centivo. Descobri a vocação durante quase quatro anos fotografando para o Senac do Rio de Janeiro. Para depois ingressar e assim aprendi fotografia. Depois fui apredner fotojornalismo que é totalmente diferente. Fotografia é uma coisa e fotojornalismo é outra. E aí, já são oito anos nesta correria. Comecei aos dezoito anos. Fiz muitos freelancers para sindicatos, depois fui para São Paulo, trabalhei um tempo no jornal “Estado de São Paulo”, fiz free-lancer para a revista “Visão” antes de fechar a primeira vez em 88, 89. Depois trabalhei na revista Manchete quase dois anos. Fui para Brasília, trabalhei três anos. Trabalhei no Jornal de
Paulo Oliveira - Por que fotografar em Natal? Glênio Guttmar - Estamos fazendo um trabalho para a revista que é mostrando o no
Brasil.
Então,
mas
o verão da
cidade. Viajamos o país inteiro, estivemos em Porto Seguro, Salvador, agora Natal, depois Fortaleza. Enfim, fazemos
uma
cobertura
no norte-nordeste. A revista como você pode ter tido oportunidade de ver, é uma publicação que não faz fotojornalismo. Faz fotocomposição mesmo. E aquela maneira que você tem que batalhar uma luz melhor, cortar coisas desagradá-
veis na foto, que não influe na imagem. muito
E uma
edição
rebuscada,
muito
trabalhosa e longa. Nós fizemos duas sessões de fotos em Natal, porque são sempre matérias muito grandes e não são coisas pequenas. Então, requer muito trabalho e tempo. Aqui registramos as dunas de Genipabu, o vôo de ultra-leve,
o
Forto
dos
Reis
Magos, o maior cajueiro do mundo em Pirangi, o banho de
mar,
enfim,
fiz assesso-
como
é
o
verão de Natal. Paulo Ollvelra - Fale um pouco sobre sua formação profissional... Glênio Guttmar - Tenho
uma formação ainda à moda antiga, estou a oito anos na profissão. Comecei muito cedo, venho de uma família de jornalistas. Também todos formados à moda antiga, aprenderam a profissão no dia-a-dia. Eu tenho um pai que tem quase 30 anos de fotojornalismo.
F4s, o top de
lismo,
destas matérias está fazendo fotos externas. E verão. Mas em outras matérias, em outra ocasião, faríamos quase tudo em estúdio. Paulo Oliveira - O que você prefere estúdio ou externas? Glênio 'Guttmar - Quem tem informações de estúdio como eu tive, durante quase dois anos em São Paulo, aprendendo com outros fotógrafos, no próprio estúdio da Manchete... quando você gosta muito, fica às
maravilhas num estúdio fo-
tográfico. Te fascina muito.
Clênio Dettmar
Só que o fotojornalismo é uma coisa muito de sangue. Eu tenho outro irmão que é também fotojornalista. E o pai. Paulo Oliveira - Como se chama seu pal? Glênio Guttmar - Ubirajara Guttmar, trabalhou durante quase 20 anos no jornal “Folha de São Paulo”. Trabalhou em quase todos os órgãos de imprensa que a gente já ouviu falar: O Cruzeiro, Jornal do
só
que
Paulo,
Veja, Brasil,
Manchete, O Globo...
na
Folha
de
São
ele
trabalhou
mais
anos. Assina Ubi Guttmar. Tenho um irmão que trabalho no “O Globo”, chamase Cláucio. Paulo Oliveira - Possue uma temática específica? Glênio Guttmar - Não... não tenho. Acho que a coisa rola muito dependendo da pessoa. A fotografia vem muito com a pessoa. Paulo Oliveira - Quando não está trabalhando, por exemplo?
Glênio
Guttmar
- Às
ve-
zes,
procuro
muito
des-
eu
cansar um pouco a fotografia porque o trabalho é muito estressante. Mas sempre
tem como fazer isso, porque a equipe nunca sabe o que vai encontrar na pessoa, como no lugar a ser focalizado. Tem que chegar no local, olhar e descobrir o que tem a fazer.
carregando a máquina. Gosto muito de fazer assuntos que não faço hoje em
dia
na
revista,
são
te-
mas de fotojornalismo mesmo. São retratos das pessoas na rua, são pessoas pobres, carentes, às vezes trabalhadores. Retratando um pouco do Brasil. Uma identificação própria do fotojornalismo. Equilibra um pouco, né? Porque como estou fazendo um outro tipo de trabalho a nível editorial,
há
liberdade
Paulo Oliveira - E a produção das fotos? Gilênio Guttmar - Em Brasília, nós temos uma produtora fotográfica. Uma profissional que nos auxilia, dá base para fotos de estúdios. Nas viagens procuramos combinar com as pessoas como será o nosso desejado. Nós mostramos a revista que é uma base, então, a personalidade a ser fotografada tem uma noção de como será a
para
acompanhar os fatos contemporâneos sem pressa. Paulo Ollvelra - Na revista Caras tem Ilberdade de criar ou já tem um esquema de pautas prontas? Glênio Guttmar - Veja bem... a revista nos dá completa autonomia para fotos. Nós temos reuniões semanais e sugerimos as pautas. Se eu quiser sugerir uma personalidade, posso apontar e vamos fazer uma avaliação em equipe. Agora na hora da realização do trabalho, buscamos sempre um tema. Como nesta matéria que é o verão.
Então,
temos
pontos
básicos para seguir como roteiro. O trabalho em sí, fica muito a critério do fotógrafo. Até os editores não
VAL CLIC - EMPRESA
a direção
umas
a
40
revista
pessoas
o norte-
nordeste inteiro. E um grande passo no fotojornalismo brasileiro. O que vem a provar que jornalista não é somente aquele que escreve, é aquele que também trabalha a imagem. Orlando é um profissional que tem um trabalho muito bom, durante 14 anos na Veja e tem aproximadamente 150 capas, feitas por ele. São todas fotos fantásticas. Não são nada iguais... nunca. Temos também o Jorge Araújo em São Paulo, que é um excelente profissional, um dos mais antigos da folha de São
Paulo,
que é um
dos mestres do fotojornalismo com várias exposições no Brasil inteiro. Temos ainda no Rio de Janeiro, o editor-chefe do “O Globo”, que é um excelente fotógrafo. A gente aprende muito com estas pessoas. Paulo Oliveira - O que um fotógrafo necessita de “bagagem” para ser considerado um bom profisslonal? Glênio Guttmar - Tem que trabalhar muito. Tem que se testar muito. Arriscar muito. Porque o profissionalismo só aprende com os erros. Precisa um bom investimento no teu trabalho, seja em equipamentos... principalmente, aqui no nortenordeste que há dificuldade em ter acesso a bons equipamentos. A fotografia no Brasil é muito cara. Se o fotógrafo quer uma proposta de trabalho, tem que fazer pra valer, investir tudo o que tem e o que não tem para realizar seu ideal. Vende carro, bicicleta, papagaio, piriquito, aluga tudo e compra filmes e vai fotografar, porque errando você vai aprender de verdade.
DE ARTES
Revela e entrega seu filme a domicílio
Jornal de Natal
Vendo
tem
Paulo Oliveira - Um fotógrafo que você admira... Glênio Guttmar - Em campos diferentes, né? Você não pode generalizar.
Revelação em 1 hora Fones: 223-1050
matéria.
que
diferentes, então, ela se enquadra dentro de um perfil deste. Ou seja um jovem, um esportista, um político ou um presidente de uma grande empresa. Acaba se identificando com alguém e procura às vezes fazer o mesmo padrão, porque há uma coisa de refência nele.
FOTOGRAFICAS-ME
REVELANDO A SUA IMAGEM
assumindo
sal que comanda
linha, a
Paulo Ollvelra - Fotos em estúdios ou externas? Glênio Guttmar - Basicamente, a revista neste caso
o
de uma revista. Uma sucur-
Paulo Oliveira - Qual o equipamento que utiliza no trabalho fotográfico? Glênio Guttmar - Nós utilizamos sempre duas câmeras. Até como questão de segurança. São câmeras última geração. E o que há de mais novo e melhor. Basicamente, utilizamos três lentes: uma grande angular 24mm; um zoom 35/75mm; todos muito luminosos, 2.8 de luz; uma 80/200mm, 2.8. São lentes fantásticas da Nikon, que não deixam a desejar de forma alguma. As câmeras são 35mm. Trabalhamos com filmes slides, cromos e basicamente com filmes da Fuji.. Hoje já estamos trabalhando com filmes da Kodak, mas a Fuji nos slides consegue manter um padrão um pouco melhor do que a Kokak.
E
editor-chefe. E uma coisa inédita no Brasil, uma pessoa formada em fotojorna-
ria de imprensa para o governo. Hoje estou na revista “Caras”. Uma revista que está dando muita importância a fotografia.
Nikon
brasileiro.
Orlando Brito gue é o nosso
são
as pessoas em seus Estados de origem, normalmente, no verão. Não só a personalidade,
grandes baluartes do fotojornalismo
- 214-2253
Matriz: Rua Pte. José Bento, 518 - Alecrim Filial: Rua Ilhéus, 2478 - Panatis (em frente a área de lazer) - Natal-RN
Fernando Pereira/O FOCO
verão
Brasília,
Em publicidade, gosto muito do Klaus Mitteldorf. Tem muitas pessoas interessantes. O Brasil inteiro tem autores que trabalham muito bem, é uma coisa até ingrata porque você acaba esquecendo de algumas pessoas. Moda por exemplo, gosto do Duran. Acho que as pessoas se enganam quando imaginam que ele só faz Playboy. Duran tem um livro editado que mostra muito bem como ele faz moda. Poucas pessoas conhecem. Nana Morais também, acho que faz muito bem moda. Trabalha para revista Marie Claire, tem um trabalho muito bom. Falando um pouco de fotojornalismo, estamos com dois
Paulo Oliveira (Natal/RN)
O fotógrafo carioca Glênio Guttmar, 26, veio em dezembro do ano passado fazer a cobertura fotográfica do Carnatal para revista “Caras” e se apaixonou pelo litoral natalense, retornando em janeiro passado para realizar uma matéria especial de verão com o ex-governador José Agripino ao lado dos pontos turisticos da capital potiguar. Na ocasião, o fotógrafo e jornalista Paulo Oliveira, entrevistou com exclusividade este grande profissional da fotografia da equipe de “Caras”, publicação similar a “Ôla” (Espanha) e “People” (EUA), irmá-gêmea da edição argentina. A proposta da revista é mostrar personalidades conhecidas à nível nacional e sua circulação tem destino quase que exclusivo a um público AeB.
Toda segunda-feira nas bancas
IMAGEM
Quando uma categoria não tem uma entidade representativa
forte e atuante
ela fica exposta tuações
a várias si-
grotescas,
mes e tudo mais.
vexa-
Sem ter a
quem recorrer para tomar providâncias necessárias,
como por exemplo, garantir o desempenho legal de suas funções
Este ambiente de falta de profissionalismo é vivenciados
pelos
repórteres-foto-
gráficos e fotógrafos freelancers que trabalham para os iornais de Natal, ficando muitas vezes impedidos de trabalhar, cumprir a pauta da redação. Além de sair prejudicado no trabalho de cobertura de imagens, há ainda que aturar Os incompetentes assessores que
não compreendem o sentido amplo da imprensa. Para posicionar este preconceito com os profissionais da imagem basta citar recentemente
o
que
aconte-
ceu quando o “Rei” Roberto Carlos se apresentou na Vila
Folia
O
fotógrafo
mou
(Parnamirim/RN).
um
que
não
“jeitinho”,
arrusoltou
uma propina, fotografou algum produtor ao lado do “Rei”, ficou a “ver navios”. Não teve acesso ao camarim para registrar o artista.
E até para fotografar o show foi preciso muita habilidade, devido as exigências dos produtores. Mesmo
na portaria da Vila Folia
alguns repórteres quase foram
impedidos
de
entrar
com suas câmeras, mostrando a credencial, pois os seguranças desinformados e sem preparo algum para o evento, criaram discussões
e
empurra.
O acesso sempre
muito
empurra-
é constrangedor para o profissional. E por onde anda os assessores de imprensa? Será que eles tem idéia que isso pode levar à Justiça e o profissional recorrer a indenização por perdas e danos no exercicio do trabalho? Por que acontece isso com o repórter-fotográfico? Será discriminação? Com certeza. Porque as câmeras de TV não-foram impedidas? Estas posturas megalomaníacas e vergonhosas por parte das assessorias de shows, principalmente em eventos com artistas do centro-sul, mostra a incapacidade de tratamento junto a imprensa, que é a parceria de divulgação de qualquer trabalho sério e profissional. Está mais do que na hora da categoria local de repórteres-fotográficos fazer uma união construtiva, colocar a ARFOC/RN (Associação dos Repórteres-fotográficos e Cinematográficos) para funcionar de verdade, pois só com esta entidade mobilizada e atuando na distribuição de credenciamento, é que há garantia de direitos de trabalhar sem enfrentar situações absurdas. Direitos estes que são quase que diariamente esquecidos a pretextos e desculpas sem fundamentos. O que é da notícia sem a fotografia? Qual o leitor que se contenta apenas com o texto? Será que a fotografia perdeu seu valor histórico de testemunhar um fato? Que ponto de referência pode ser tão autêntico e direto como a fotografia?
Beto Kelner invade
Ponta Negra A praia de Ponta Negra em Natal (RN), foi recentemente o cenário inusitado para um desfile bem descontraído com |intenção de lançamento da cueca feminina, realizada pela grife Beto Kelner. A iniciativa da gerência local serviu para divulgar o produto junto aos consumidores | potiguares. A caminhada à beira-mar pegou os banhistas de surpresa e despertou a atenção dos frequentadores de Ponta Negra. Cerca de 15 modelos da agência Ivana Charme e Beleza/Elite Model vestiam cuecas, vestidos,
calças,
shorts,
túnicas, camisas e outros acessórios criativos da Beto Kelner. A coleção posou com
exclusividade para o jornal O FOCO, que realizou assessoria fotográfica e ainda foi matéria especial da TV Ponta Negra no jornalismo do progrâma Aqui Agora local. Maiores | esclarecimentos sobre a etiqueta Beto Kelner na rua Potengi, 734-B, Petrópolis, Natal/RN, fone: 211-2388.
Adrovando Claro/O FOCO
IMPRENSA BARRADA
Adrovando Claro/O FOCO
Pág. 10
O jornal O FOCO está com problemas na distribuição por mala direta, isto é, por correspondência para outros Estados. O dinheiro das publicidades não tem sido suficiente sequer para pagar as despesas gráficas e precisamos urgente de apoio. O jornal está saindo com atraso e a situação piora ainda mais quando pretendemos remeter aos outros Estados, pois a quantidade de selos é bastante ampla e necessitamos de um bom estoque. Então, apelamos para os interessados para remeterem selos, qualquer quantidade. Uma assinatura custa
08
selos,
basta
enviar
um
nome
e os
uy
selos,
ou
simplesmente fazer a remessa de selos para Caixa Postal 2708 - Natal/RN - 59022-970.
Wo
sempre ouro ano, depois da uem
Jornal de Natal
soma,
sempre
o resultado, depois da
pelas
TO anos
Toda
sempre
segunda-feira
nas
bancas
Pág. 11
Rebobinando
BOLSA DE FOTOGRAFIA
VÍDEO PHOTO NOVAS * Vendo ou troco dois filtros: 1 polarizador 55mm e 1 close-up 3 + 55mm. No caso da troca, através dos mesmos produtos se for da linha 52mm. Marcelo Andrade, fone: 211-42991.
E o órgão informativo em
vídeo/foto/ótica e informática com distribuição gratuita, dirigido especialmente aos fabricantes, representantes e comerciantes do setor fotográfico. Traz artigos variados e lançamentos de produtos fotográficos no mercado. Rua do Rosário, 344 - Jundiaí-SP CEP 13200.
ATENÇÃO! * Câmera Kikon FM nº 3000372 foi roubada. Quem encontrar o equipamento ligue imediatamente para Wanderley Adams, fone: 222-7744.
NRFOTO
outras
novidades,
inclusive,
a foto do Itamar ao lado da polêmica genitália desnuda de Liliam Ramos. Av. Treze de maio,
23, sis 2227/2228,
Centro - RJ-RJ-20031. LIVRO DE FOTOGRAFIA O fotógrafo Giovani Sérgio lançou um álbum de fotografias comemorativo aos 90 anos do Teatro Alberto Maranhão. Para retratar o teatro, Giovanni selecionou, dos ensaios realizados no 21
fotos
que
foram
impressas chê.
local,
em
papel
cou-
especial,
durante
a abertura
da
exposição “RETRATOS DA CIDADE:: MACAÍBA” na Biblioteca Câmara Cascudo no dia 5 de agosto em Natal (AN).
Garanta seu anúncio nesta edição, ligue para Canindé Soa-
O trabalho é um ensaio pessoal a partir do teatro, destacando a arquitetura, a dança,
a música,
as perso-
nalidades que denominaram o espaço cultural. Enfim, o espetáculo da cena, do palco, da história do teatro natalense.
Doisneau acentuou sua importância na história das milhares de fotos que idealizou cotidianamente: “Me maravilho com o jogo da luz. Nem falo da cor mesma, mas das formas que a luz dá às coisas”.
30 de junho; Ensaio Pessoal, O Imaginário Urbano (latã Cannabrava) dias 17, 18, 19, 20 e 22 de junho. Informações: Galeria Fotoptica, rua Cônego Eugênio Leite, 920, 05414-001 - São Paulo/SP/ Fone: (011) 280-5480 e na Clínica Fotográfica: (011) 872-0791.
WORKSSHOPS
lor e Serviço Social do Comércio. Informações pelos fones: 221-4687 (pedir ramal
da
222-5895
biblioteca),
(Lab
Color)
e
211-2947/Bip
1167
(Ca-
nindé Soares). tadas.
Vagas
limi-
PAPARAZZI
Il
ADEUS DOISNEAU Faleceu em 01/abril o fotógrafo francês Robert Doisneau, aos 81 anos, autor da foto “Beijo no Hotel de Ville”. Atuou como repórter-fotográfico para várias públicações nos anos da Segunda Guerra Mundial,
inclusive,
foi
menbro
da Resistência (associação de combate aos nazistas). No
ano
passado,
sua
mos-
tra de fotografias fez parte do Mês da Fotografia em São Paulo. Com esta frase,
A Clínica Fotográfica, em parceria com a Galeria Fotóptica está promovendo várias oficinas de fotografias com o valor de 120 URVs. Fotojornalismo Diário (Mônica Maia) dias 29/30 abril,
1,
3,
4/maio;
A
CURSO
Está aberta as inscrições para o curso básico e audio visual de Fotografia que será realizado a partir do dia 4 de julho no Sesc - Cidade Alta, em horário das 19:00 às 22:00 h. O curso de teoria da fotografia terá a carga horária de 20 horas e será ministrado pelo repórter-fotográfico Canindé Soares com o apoio do jornal O FOCO, Lab Co-
Foto-
grafia de Moda (Luis Crispino) dias 6, 7 e 10/maio; Still Life - fotografia de alimentos (Freitas) dia 14 de maio; Fotografia de Moda (Clício) dias
11,
12
e 15
de
DE FOTOGRAFIA
junho;
Fine art print (Marcos Ribeiro), dias 14, 16, 21, 23,28 e
A edição de abril do jornal da ARFOC/RJ traz matérias sobre o microempresário, dicas para organizar arquivo fotográfico entre outros assuntos. No número de maio, tem como matéria de capa as fotos que comemoram 25 anos da ida do homem a lua, destacando detalhes do material utilizado pelos astronautas e ainda a situação do repórter-fotográfico João Carlos Moura,
(CE),
do
que
jornal
foi refém
O
Povo
no se-
res: fone: 211-2947/Bip 1167 ou 214-4149 Divida conosco esta alegria de
dois anos, divulgando seu ramo de negócio e incentivando a cultura fotográfica. O FOCO dois anos numa força imbatível pela Fotografia Potiguar
E Fofão “TO DE
AGOSTO
DIA MUNDIAL DA NFOTOGRAFIA Ny
questro do arcebispo Dom Aloisio Lorscheider em Fortaleza. Av. Treze de Maio, 23, sls 2227/2228 - Centro Rio de Janeiro/RJ 20031-000.
Foto: Pedro Paulo (Natal/RN)
O jornal da ARFOC/RJ traz na edição 23 o prêmio Esso/93. A proposta da agência Imagens da Terra, destacando o trabalho de João Ripper, além de outros artigos. Na edição 24, destaque para a carreira do fotojornalista Alberto Jacob e ainda como reverter slides para P&B. A edição 25, de março, comenta o Word Press Photo e seus vencedores, a péssima organização do Carnaval no Rio e
aniversário O jornal O FOCO completa dois anos de circulação e haverá um lançamento de uma edição
Foto: Cristiane Rodri igues (Natal/RN)
PAPARAZZI
especial de
JJ8
Brasília/DF/701-000
Edição Foto: Giovanni Sérgio (Natal/RN)
Boletim informativo da comissão de repórteres-fotográficos do Distrito Federal. Na edição nº 04 traz a matéria do “Fantasma Press” e outros artigos relacionados ao fotojornalismo. SIG - Qd. 02 - Lt. 430 -
REGIR LANCHES O melhor lanche com três trayllers MATRIZ: - Em frente ao Marista = Av. Rio Branco - Natal/RN E Presente em todos os eventos! Toda segunda-feira nas bancas
DO rolo
carreira
Natal,
onde
José
iniciou | com
a experimentação,a
de fotojorna-
pesquisa,
trabalhou
propor
lismo no jornal Diário de du-
rante um ano e meio. Utiliza equipamento Nikon, apaixonado pelo P&B, gosta de explorar os flagrantes e cenários urbanos,
buscando intervenções em laboratório através de pinturas e colagens para chegar a uma imagem final. Pretenso pesquisador de poesia visual e fotonovelas, sonha com o dia em que poderá manipular imagens com um computador. “Com a popularização da linguagem icônica (graças à fotografia, ao cinema e à televisão), tornou-se necessário um cuidado maior
etc.
o
Para
intercâmbio,
desenvolver
e
uma | linguagem
pessoal é preciso ter humildade, pois o novo já foi feito, o que precisamos é construir e descontruir, recriar, derrubar modelos e
mitos
como
formas
tervenção”,
de
in-
explica o fotó-
grafo. Henrique é também laboratorista de grande precisão, fez um curso de especialização no “1/4 Escuro” em São Paulo e pretende ingressar no mercado: “Procurar conhecer e de-
senvolver
as
técnicas
de
laboratório ainda é um passo fundamental para a obtenção de uma fotografia de qualidade”.
Henrique José (Natal/RN)
Henrique
sua
Portfólio
Henrique José (Natal/RN)
Pág. 12
Henrique José (Natal/RN)
Henrique José (Natal/RN)
A Fotografia é a memória que: o tempo não destrói
O FOCO Fotojornalismo e fotodocumentação Assessoria fotográfica em eventos artísticos * culturais esportivos * sociais * políticos e turísticos. * Canindé Soares - Fone: (084) 211-2947/Bip 1167 - (084) 214-4149 * Fernando Pereira - Fone: (084) 217-4105 * Adrovando Claro - Fone: (084) 218-2712
Jornal de Natal
Adrovando Claro - O FOÇO
Foto: Canindé Soares
do país.
Toda segunda-feira nas bancas