Foto: Roberto Duarte
00 JORNAL DA DD FOTOGRAFIA O Ano Ill- Nº 13 Nov/Dez-94
mm]
Foto: Eduardo Maia (Natal/RN)
R$ 0,70
LJ
*
Foto brasileira
na Inglaterra (Pág. 9)
e
História da Kodak
(Pág. 10)
e
Richardson Sant'anna (Natal/RN)
CJ
Pioneiro no Book Roberto Duarte, 36, é natalense, exerce a profissão de fotógrafo desde 1979. Expert em book, teve sua primeira foto editorial publicada em circulação nacional aos 20 anos, na extinta revista Peteca. Em 82, foi selecionado no concurso da revista Playboy em 5º lugar, sendo o único no norte-nordeste. Suas fotos estão na página 12.
Fotografia
de Casamento
(Pág. 4)
e
Recife defende
a Expofoto
(Pág. 7) Sistema Kodak Express. Suas fotos em 50 minutos
com o máximo de qualidade. SUISSE FOTO
COLOR CRENTE
R
MATRIZ: Av. Rio Branco, 728 - Cldade Alta - Fone: 221-5462 - Natal/RN Rua Amaro Barreto, 1325 - Alecrim - Fone: 223-6568 - Natal/RN Natal Shopping Center - Candelária - Fone: . 35-8163 - Natal/RN anaira Shopping Center -- Manalra -- Fone: : 246-4600 - - João Manal Joã Pessoa/PB Av. Miguel Couto, 178-A - Centro - Fone: 222-2919 - João Pessoa/PB
CARTAS
EDITORIAL
Questão de sobrevivência Foto: Breno Romano (São Paulo/SP)
Fiquei contente em receber o jornal, principalmente, porque saiu uma matéria sobre o 1º Encontro de Fotografia da Paraíba. Isto sem dúvida, trará incentivo para
que
aconteça
Marginador
Foto: Canindé Soares/O FOCO
»
od
P
Pág. 02
a Il
Semana Paraibana em João Pessoa. Parabenizo a todos que fazem o jornal O FOCO. (Wal Cavalcanti/João Pessoa-PB).
Aos
mo. Estamos entrando no terceiro ano de luta com esta publicação e precisamos alcançar cada vez mais um nível editorial com mais profissionalismo,
colocando
uma
periodi-
cidade ideal dentro de uma pauta mínima de eventos fotográficos no Estado e um resumo do que mais importante acontece em outras ca-
pitais do país. Para de,
isso se tornar uma
buscamos
uma
realida-
parceria
mais
séria e comprometida com a publicação. Dentre as idéias, há o contato com
mo
empresas
fotográfico
estaduais
para
do ra-
patrocínios
e
assim sair desta eterna indecisão quanto ao problema do financiamento para impressão gráfica. Outra proposta é a de veicular o jornal com determinados profissionais em cada
Estado,
dando
uma
dimensão
mais ampla para publicidade de cada
lugar,
mediante
a
remessa
de
exemplares para os anunciantes que ajudarem no fechamento de cada edição. Uma exclusividade que pode ser oficializada em contrato de alguns meses garantindo uma tranquilidade para aperfeiçoar ainda mais
as matérias,
seleção
de fotos,
entrevistas e demais asssuntos gados a confecção do jornal.
lIi-
Foto: Marcus Ottoni (Natal/RN)
editores
tando
para
este
ano
realizar uma boa exposição. Sempre conte conosco, aqui em Aracaju. Juntamente com o vereador José Lopes que tem nos auxiliado com vários requerimentos e projetos ligados ao setor da Fotografia. (Jorge Luiz da Lapa/Aracaju-SE). Com satisfação recebi o jornal O FOCO, contendo | informações do vencimento de minha assinatura. Em anexo, segue 8 selos de 1º porte nacional para efetuar o pagamento da anuidade, além de informes sobre fotografia no jornal SOS Mata Atlântica. Agradeço-lhe pela atenção e despeço-me desejando felicidades a todos. (Jorge Bastos Furman/Rio de Janeiro-RJ). Informo
aos
amigos
do jornal O FOCO, que estive fazendo a entre-
ga dos exemplares que recebi aí em Natal nos seguintes locais do ramo fotográfico em Salvador: Minilab do Shopping Iguatemi, Minilab do Shopping Piedade, ARFOC/BA - Associação dos Repórteres-fotográficos da Bahia, Sindifoto - Sindicato
dos Fotógrafos nomos da Bahia, dos Fotógrafos,
AutôLojão Jadil
materiais fotográficos e Fotolab. Breve enviarei notícias. (Armando Pereira/Salvador-BA).
um trabalho de alguns alunos meus da Faculdade de Formação de Professores da MataSul/Famasul, de Palmares/PE. Estou enviando
Com satisfação comunico o recebimento do nº 10 do nosso jornal O FOCO. Cada vez melhor, com mais fotos, artigos excelentes como “Um pioneiro no Fotojornalismo | Potiguar”. Na verdade, um jornal a altura da arte fotográfica. Parabéns pela inovação e por um jornal tão moderno e tão útil a todos nós. Sempre procuro incentivar a leitura deste veículo da arte fotográfica e recomendando
a
será
breve,
sua
os selos correspondentes a renovação da mi-
nha assinatura. Felicidades, amigos e respeitosos cumprimentos. (Severino Cassiano/Água Preta-PE). Foi com satisfação que recebemos o jornal de fotografia O FOCO. Estamos
leitura,
tema
para
EXPEDIENTE
Envio-lhe Diretoria: Fernando Pereira (Editor - DRT/RN 292), Canindé Soares (Repórter-fotográfico DRT/RN 719) e Adrovando Claro (Repórterfotográfico - DRT/RN 726).
Redação, Produção, Fotografia e Caixa Postal Correspondência: 2708 - Natal/RN - 59022-970 - Bra214-4149 (084) Fones: sil. 218-2712 - 217-4105.
Assinaturas do jornal O FOCO, remeta 8 selos de 1º porte junto com nome e endereço completo à redação.
Diagramação: DRT/RN 630
Carlos
Magno
Composição: Jorge Álvares Impressão: Gráfica Santa Maria Publicidade: Canindé Soares Fone:
(084) 211-2947 / Bip 1167.
As opinlões dos artigos assinados não representam obrigatoriamente as adotadas pela publicação.
Contribuições em forma de artigos, fotos (fotos P&B) e artes devem. ser encaminhadas à redação aos cuidados d: ditor. O material não será devolvido, fica
no arquivo da publicação posterior aproveitamento.
para
enviando
a
nossa programação, com votos de boa sorte com a publicação e de estreitarmos o nosso intercâmbio. (Marília Brandão/FOTO RIOGRAFIA-Rio de Janeiro-RJ).
Henrique José (Natal/RN)
O jornal O FOCO já não é o mes-
amigos
do jornal O FOCO: E com grande satisfação que através desta venho acusar o recebimento do nº 10 do nosso “Foco”, que a cada número vem sempre melhor. Aqui em Aracaju, seguindo o exemplo de vocês, estamos ten-
os
oito
se-
los (1º porte) para renovação de minha assinatura do jornal O FOCO e aproveito para informar-lhe
meu
novo
endereço. (Fernando Luiz 'Rosa/Florianópolis-SC). Na semana sou
tive
a
que pas-
grata
satis-
fação de tomar conhecimento através de um colega, também fotógrafo como eu, deste interessante jornal O FOCO. Parabenizo a todos responsáveis pela edição do mesmo. Gostaria de recebê-lo aqui pelas “Gerais” e para assinatura estou enviando 12 selos postais. Desde já, antecipo meus agradecimentos. (Lúcio Dias de Oliveira/Contagem-MG).
+ ga
Foto: Fernando Pereira/O FOCO
Pauio Oliveira
ID Fo)
| EE
FOTOS NA UFRN A mostra “A Arte de Ver” do jornalista e fotógrafo Fernando Pereira, participou da III Semana de Humanidades do dia 4 a 12 de novembro no hall da biblioteca central Zila Mamede no Campus Universitário. Foram 35 fotos em cores e em preto e branco com temáticas de natureza, retratos, paisa-
gens e trabalhos premiados em mostras coletivas. Fernando Pereira é fluminense de Santo Antonio da Pádua (RJ), reside há 20 anos em Natal e trabalha no departamento de Comuni-
tema
cação Social da UFRN, além de ser o editor do
jornal O FOCO. Ia
ma
'
Pd
o
Au
“a
Poesia e Fotografia ANATOMIA
Claro, diretor do jornal O FOCO, com apoio do Sesc/RN. A programação foi a seguinte: tira-dúvidas com projeções de slides, explicações sobre o uso do flash, acompanhado de um ensaio fo-
fotográfico diurno na praia da Redinha (travessia do rio Potengi da Ribeira à Redinha), discussão dos ensaios nos contatos e a edição em grupo das fotografias que participam de uma exposição itinerante nas unidades do Sesc até o final do ano. A oficina teve a participação de 13 fotógrafos profissionais e amadores que receberam certificadcs no encerramento. O eventc ainda foi apoiado pela agência Zoon (projetando slides do acervo) e a Natal Color Foto-Studio (cedeu material didático). O projeto da oficina vai ter continuidade no próximo ano em várias entidades culturais e de lazer da capital poti-
tográfico
guar.
OFICINA PRÁTICA Uma oficina prática de fotografia foi realizada em outubro nos dias 17, 19, 23, 24 e 26, coordenada pelo fotógrafo profissional Josenilson Moraes, ex-laboratorista da KODAK, au-
xiliado
pelo
repórter-fotográfico
noturno
no
centro
de
Adrovando
Natal,
ensaio
PROJEÇÕES DE SLIDES cipação
dos
fotógrafos
interessados
em
apre-
sentar seus cromos. Todo mês há uma nova sére de slides e a projeção é aberta a qualquer pessoa interessada em fotografia. Basta incluir seu nome na lista de convidados pelo fone 211-4291. A Zoon fotojornalismo faz apresentações em entidades culturais, escolas, instituições, etc., é só marcar uma data.
O muro de Berlim O Espaço Cultural Babilônia apresentou de 9 a 23 de novembro a mostra comemorativa “1989-1994”: Cinco anos sem o muro”. São fotos dos grafites do muro de Berlim na Alemanha. As reproduções fotográficas são de autoria de Francesco e Alessandro Alacewch, idealizadas em 1987. Na ocasião da abertura da exposição aconteceram mostras de filmes e vídeos sobre a cidade de Berlim, os grafites do Muro e a reunificação da Alemanha (Internationes - Consulado Geral da Alemanha/Recife/PE).
Foto: Carla Ibrahim (São Paulo/SP)
lhos de vários autores do acervo, além da parti-
Foto: Canindé Soares/O FOCO
A agência Zoon está com uma programação mensal de projeções de slides em sua sede (rua FDes. Virgílio Dantas, 766, Tirol), reunindo traba-
Foto: Adrovando Claro/O FOCO
A flacidez do músculo denota o envelhecimento do homem a flacidez da pele consta o envelhecimento do homem.
Em enduções mirabolantes através de textos extravagantes analisando os ocidentes contemplando o oriente elaborando elaboradamente.
A rapidez do tempo perfaz a insatisfação do homem incoerente com seu corpo exercitando sua mente.
Foto: Arquivo Pessoal
O fotógrafo Paulo Oliveira produziu 22 fotos em preto e branco a partir dos poemas de Welshe Elda numa parceria que foi transformada na mostra “Codificando a poesia”. O terceiro livro da poetisa, “Temporalidade”, foi lançado no dia 14 de outubro na Aliança Francesa de Natal(RN), transformando o evento num inusitado encontro de artistas, intelectuais e fotógrafos.
“Retirantes mostra
- do
fotográfica
sertão de
Carla
a construção” Ibrahim,
é a
resultado
do “Prêmio Estímulo para Realização de Ensaio Fotográfico de 1993" oferecido pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. A exposição tem realização na Galeria da Consolação de 18 a 30 de novembro. A fotógrafa Carla Ibrahim foi o portfólio da edição nº 10 do jornal O FOCO. Parabéns pelo prêmio, Carla!
Fotos aéreas, industriais e cromos. Dispomos de um arquivo de vasto material para folders
TELEFONE:
e cartazes.
(084) 222-7102
Bro
Pág. 04
"Estúdio
p-
arquivo fotográfico fato
dos
negativos
serem
frágeis,
eles
devem
trata-
ser
dos a parte. Somente lançamos mão dos negativos quando precisamos reproduzir cópias de fotografias. Uma maneira simples de proce-
que
se possam
encontrá-los
Vale
a pena
uma
re-
comendação muito importante: jamais aceite fazer as fotos oficiais de um casamento, a não ser que tenha absoluta
rapi-
der . ao arquivamento| dos negati vos* é numerar Os filmes revelados
'damente. Neste caso, devemosE numerar as folhas nas quais estão |
Paes ie Lembre-se que
na
guardados os negativos; numerar cada tira existente na folha e cada negativo individualmente, em cada
para a grande maioria das pessoas, o casa-
ordem
mesmo
que
vão
momento
surgindo.
No
em que se man-
da revelar o filme, pede-se para copiá-lo por contato (o contato é
um
“retrato”
em
tamanho
tira. Assim
natural
por exemplo,
mento
a
respeito do conteúdo das fotos. de negativo ao conjunto
No momento de localizar o negativo de uma determinada foto, procura-se através dos contatos e pelo
representa
um
momento — importantissimo em suas vidas. Se o fotógrafo amador se compromete a registrar sozinho a cerimônia, está correndo um risco:
seguinte numeração: 3.2.5. Isto quer dizer que uma determinada fotografia corresponde ao quinto negativo individual da segunda tira que se encontra na terceira folha do arquivo. Em seguida, anotar a numeração do negativo na ficha de dados da respectiva foto. Por exemplo, pode-se adotar o canto inferior direito da ficha.
do negativo). Neste contato se coloca o número do negativo correskpondente e outras informações a (*) Neste caso chamamos do filme revelado.
teremos,
“OCO
Pelo
Organização: Canindé Soares/O FOCO
Foto: Fernando Pereira/O
número se vai direto ao negativo. Outra maneira de se arquivar os negativos - um poucos mais trabalhosa, mas que facilitará a consulta mais tarde, quando existir uma grande quantidade de fotografias é relacioná-los com as respectivas fotos que estão arquivadas, para
OS NEGATIVOS mais
CASAMENTOS
quaisquer | problemas com as fotos podem trazer sérios aborrecimentos para os noivos e consequentemente
para ele também. Por isso em caso de dúvida resista firmemente aos elogios ao seu trabalho e a tentação de aceitar a incumbência; ao contrário recomende a con-
tratação de um fotógrafo profissional. Se tiver plena confiança em seu equipamento e na qualidade de seu trabalho, pode ser que resolva
TIRAS EXTRAIDAS DE UMA FOLHA DE CONTATO
aceitar a incumbência de ser o fotógrafo oficial do
CAÇA
casamento.
caso
NEGATIVO
do
você
Nesse
será obriga-
a realizar
uma
série
façam várias fotos da noiva sozinha, em close, de meio corpo e corpo-inteiro. Ela deve ficar ligeiramente de la-
fias do casal, peça aos padrinhos que posem ao seu lado. Em segui-
da, fotografe a noiva com as damas de hon-
Rd does a o para do para a câmera, mas pe a e "montos — Plhando para esta, com 9
p
que são fundamentais para uma boa reportagem de casamento: - Não perca a chegada do noivo para fotografá-lo no corredor da
igreja; - Durante nia
A
?
d
compra
Breno Romano
(*)
Nos dias atuais, fotografar é uma pode
se
prática que
tornar
muito
dispendiosa. Quase todos os equipamentos fotográficos vêm do exteror e comprá-los, aqui no Brasil pode não ser a melhor opção, principalmente
quando
se
trata
e
ras,
flashes, Para tanto,
alguns
empresa
oferecendo garantia dos produtos vendidos e
considerado
do
do
dinheiro
Outro
e
tempo para buscá-los no exterior, uma boa alterna-
tiva é a compra de equipamentos usados (câme-
de
Nota
ser
a
ponto
é o estado
equipamento.
onde e,
é colocado
com
importante
para
o
atento
para
o
coçã cas
a colocação as alianças; os dois concentrados nas palavras do padre;
em
so
“B' e abertura total do diafragma, preciona-se o botão de disparo, segurando-o. Dessa forma é
existam.
Asº diversas
veiocidades podem ser testadas ajustando-se o
botão
próprio
na
menor
velocidade (exemplo ) E 1/seg), em seguida disa repetindo-se parar,
qualverificar irregularidade
olhando-se contra a luz.
operação
também,
à
medida
em
que se aumenta a velocidade do obturador, gradativamente.
examinar o funcionamento da alavanca de transporte do filme e os comandos eletrônicos, ca-
Convém também, se
verificar, o fotômetro
de Assis,
Recife/PE
66 - Loja
131
-
(081)
Fone:
noiva,
para
tendo
nia fotografe os noivos saindo pelo corredor da
e
um
9º
vários
inteiro
ou
- Depois
das
ao lado de cada
os respectivos
pais;
a
formar novos rupos com os RSRS ion mos. Talvez seja con-
retra-
tos do casal olhando para a câmera, seja de corpo
que
parte do vestido; - Fotografe os noivos,
criar um clima romântiCo; - No final da cerimô-
Inclua
desde
não seja grande demais e esconda uma boa
veniente
meio-
usar
uma
grande-angualr para colocar um pouco mais de
gente na foto.
fotogra-
Trabalhos em Preto e Branco - Ampliações manuais - Revelações de filmes puxados em cor e P&B - Fotos fotos.
para
documentos
- Reproduções
fotômetro deverá oscilar à medida em que o teste vai se realizando. Com esses pequenos cuidados, é possível se
está funcionando adequadamentee. Existem câmeras em que a leitura
do fotômetro é em forma de agulha. Em outras, ela ; apresenta-se através de um ou mais LEDs. Em qualquer caso, deve-se
abrir e fechar pontos
em
o diafragma,
Sai
de
E
sa as aem segunda P mão que tenha um de-
empenho igual a qualquer outro “zero km”.
vários com
a câmera voltada para a claridade e utilizando-se a mesma velocidade. O
(*)
Breno Romano é fotógrato, professor e pesquisador de fotografia
PROVÃO
CONTATO (COPIÃO) À TRAÇO (B&PI
e Fotoacabamento -
da
SUPERCOPIÃO
ae
Boa Vista 222-3036
filtro de foco suave
lados. Pode-se colocar uma criança na frente
corpo;
- E importante que se
Laboratório
Praça Machado
o buquê nas mãos e os braços ligeiramente flexionados. Uma boa alternativa é empregar um
o filme
a velocidade
Deve-se,
cerimô-
* o beijo etc.
deve-se examinar a objetiva abrindo-se a tampa
Especi-
ficamente quanto à máquina fotográfica, a conservação da objetiva é muito
existem riscos ou fungos. Nas máquinas tipo reflex,
ossiível ei
amadores avançados. Como nem todo munde
peser
conceituada,
risca!
dispõe
cuidados
através
*
seu bom desempenho. Deve-se verificar se não
deve-se
básicos, começando la loja, que deverá
Te cSus CORE QUIPamenoS a profissionais ou
nados
objetivas,
ter segurança quanto à procedência do equipamento a ser comprado e
sempre
e
p
etc.).
tomar
**
ipamentos usados
equ
fique
a
fa, distribuindoas igualmente pelos dois
ELES
IEEE:
CARTÃO FOTOGRÁFICO.
NEGATIVO A PARTIR DE Epis
Ampliações Automáticas-Avulsas
Droit
Filtro
Pág. 05
FOTOGRAFIA BRASILEIRA ATUAL (Final) Paiva.
quim Paiva, Gilberto Chateaubriand e Carlos Leal. No campo do fotojorna: lismo a tendência será ampliar o conceito da fotografia, usando-a de forma mais inovadora em veículos menos tradicionais como livros e audiovisuais. Já está implantado em São Paulo um Centro de Informática e Cultura, patrocinado pelo Instituto Cultural Itaú, uma em-
Nadja Peregrino Num país com problemas tão graves, o fotojornalismo não poderia deixar de
Joaquim
Ângela Magalhães
desempenhar um papel de destaque nas denúncias de atrocidades e das condições sub-humanas em que vive boa parte da população brasileira. Os fotógrafos ligados às agências realizam um trabalho mais investigativo, pautando suas atividades principalmente pela cobertura de temas nacionais em
presa ligada a área financeira, que reúne um banco
de dados
evidência, tais como crianças
abandonadas,
remar-
Finalmente,
cação de terras indígenas, reforma agrária, extração do ouro, violência nos grandes centros urbanos e a expansão de algumas seitas religiosas no país. Ainda dentro deste panorama é importante mencionar a afirmação de uma produção fotográfica feminina no Brasil, mostrando a inserção de fotógrafas em
diversas
áreas,
desde
- Continua, também, muito presente entre nós a preocupação em documentar a paisagem urbana e natural brasileira. Num país continente, onde em algumas cidades se concentram mais de dez milhões de habitantes, essa vertente flui de forma espontânea e quase como uma necessidade. Por outro lado, as questões
ecológicas,
tão
em voga no mundo, tomam no Brasil proporções gigantescas. Como consequência, um número crescente de fotógrafos vem se debruçando em temáticas tão urgentes como desmatamento, poluição ambiental e preservação das espécies animais. Em meados da década de 80 vê-se a emergência de uma fotografia experimental. Ela é a consequência de um complexo de alterações e transformações da fotografia brasileira que rompe com os conceitos de uma fotografia mais purista, acompanhando as experimentações de vanguarda dos grandes centros culturais. A superfície da foto tradicional parece não mais atender, enquanto suporte, às necessidades do trabalho visual, sobretudo quando em torno muitos outros veículos se desenvolvem e se oferecem a novas experimentações. Como contraponto às limitações da prática de uma fotografia do-
para
con-
cluir, iríamos que nos anos 90 muitos fotógrafos exibirão várias formas de seu universo visual, operando diversos meios. Mas o que contará não será apenas a multiplicidade de expressão
mas,
acima
de
tudo, o que está por trás da diversidade de sua atividade - suas motivações e seus conflitos.
a
publicidade até o fotojornalismo. Em decorrõencia, vê-se sua afirmação no mercado profissional e uma divulgação de seus trabalhos fotográficos em galerias de arte.
de fotógrafos e
de imagens sobre a fotografia brasileira histórica e contemporânea, e a produção de vídeos com depoimentos de fotógrafos.
11. A abordagem feita sobre outros aspectos da produção
cumental surgem a apropriação, a manipulação e a reciclagem de fotografias, onde se destaca a interdisciplinaridade de linguagens que provoca a expansão do espaço de intervenção do fotógrafo, como uma nova prática de visualidade, um novo critério de conhecimento do espaço visual. Bem representativas desta tendência experimental são as exposições Luz, Cor e Experimentação (1986), Iconógrafos - 13 Fotógrafos (1989) e Il Studio Internacional de Tecnologias de Imagem (1991) que apresentam trabalhos com instalações, imagens construídas, auto-representação, apropriação e abordagens não convencionais da fotografia, que implicam mudanças de suporte, pesquisa de diferentes emulsões, retomada de processos fotográficos do século XIX, reaproveitamento do lixo urbano e preocupações conceituais. Assim, uma geração de fotógrafos, entre 20 e 40 anos, adentram num universo em que a fotografia não tem só um caráter utilitário, mas é, também, um meio de comunicação e expressão individual.
OUTROS ASPECTOS DA PRODUÇÃO ATUAL!! No campo editorial há uma grande lacuna no que tange à publicação de autor.
todavia,
importantes
obras foram lançadas, dando início a uma cronologia analítica da fotografia brasileira concentrada em enfo-
car aspectos teóricos e críticos. Destacam-se as fundamentais contribuições que fotógrafos e pesquisadores como Gilberto Ferrez, Boris Kossoy, Luis Humberto, Pedro Vasquez, Rubens Fernandes Jr, Joaquim Paiva, Arlindo Machado, Nadja Peregrino, Stefania Bril, Nelson Brissac e Anna Theresa Fabris vêm dando no campo da reflexão mais conceitual. | À revista especializada lris ocupa há 46 anos o mercado nacional, com uma tiragem de 96 mil exemplares, mas timidamente, no que concerne a uma visão crítica sobre a produção atual e às perspectivas filosófica, política, técnica, estética e funcional que caracterizam o colóquio fotográfico contemporâneo. Na área de ensino contamos com poucos cursos regulares, como os da Escola Imagem e Ação em SP e da Escola de Artes Visuais do parque Lage no RJ, cursos estes que estão basicamente centrados no eixo Rio-São Paulo. Junto a espaços institucionais consagrados como o Museu da Imagem e do Som de São Paulo, desde 1989 está sendo desenvolvido o projeto Foto de Autor, através do qual grupos de fotógrafos desenvolvem projetos de
expressão
pessoal
que
são . analisados coletivamente. Em nível universitário é fundamental destacar a atuação da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, da Escola
de Comunicação
da
Universidade de Brasília e da Universidade de São Paulo, que há alguns anos vêm oferecendo cursos regulares e de extensão. Só recentemente, porém, a maioria das Faculdades de Comunicação Social do país incluíram em seu currículo o ensino sistemático do fotojornalismo. Grandes investimentos estão sendo feitos nos anos 90 no campo da formação e aperfeiçoamento. Novos espaços estão em funcionamento - a Escola Fotoriografia, e o Centro Cultural de Fotografia Fuji, que oferecem programação em vídeo, workshops, espaço para exposição e biblioteca especializada.
Destaca-se,
ainda,
o
trabalho do setor de fotografia da Universidade Federal Fluminense, que tem realizado workshops, exposições e encontros fotográficos fuscando fazer uma reflexão crítica sobre a produção contemporânea. Há uma necessidade crescente de conhecimento da produção nacional e internacional e, consequentemente, de intercâmbio com profissionais de outros países. Em alguma medida isso vem ocorrendo através de exposições, palestras, workshops e doações de livros, atividades patrocinadas por instituições ligadas as representações diplomáticas. Um exemplo é o Mês Internacional da Fotografia, organizado em maio de 1993 pelo Núcleo de Amigos da Fotografia/NAFOTO - constituído por um grupo de fotógrafos de São Paulo. Este evento coloca definiti-
vamente o Brasil no circuito da
fotografia
a
exemplo
internacional,
dos
Encontros
da Fotofest, em Houston, e da Primavera Fotográfica, em Barcelona.
Merece destaque ainda o crescente número de candidatos que buscam financiamento para projetos na área de documentação fotográfica, pesquisas técnicas e teóricas sobre fotografia. A Fundação Vitae e o Instituto Brasileiro de Arte e Cultura têm patrocinado muitos trabalhos e tudo indica que deverão destinar mais recursos para essa vertente. Acervos fotográficos contemporâneos estão sendo constituídos no museu de Arte Moderna do Rio de Ja-
neiro!?, no Museu de Arte de São Paulo, no Instituto Brasileiro de Arte e Cultura e por alguns colecionadores particulares como Joa-
OU
temporânea, da curadora de fotografia Ângela Magalhães, publicado no livro Brasillen entdeckung und selbstent dec kung, Zurique, Suiça, 1992. 12. Cabe ressaltar o trabalho pioneiro do fotógrafo Pedro Vasquez na década de 80, na formação de um acervo de fotografia brasileira para o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Até então, os acervos de museus e instituições municipais tratavam a fotografia sob o ponto de vista documental. Por intermédio de Vasquez a fotografia passa a entrar no museu com status de obra de arte, através de um programa de aquisição de fotos. Cabe ressaltar ainda o trabalho de Vasquez na divulgação da fotografia brasileira no exterior. Dentre as mostras internacionais destacam-se: Espelho rebelde, Mois de la Photo (1986), História da fotografia brasileira, Centro de Estudos Uruguaios (1987), Fotografia brasileira no século XIX, Fotofest, Houston (1988).
Produções Fotográficas
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teve como referência o Fotografia brasileira con-
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trt
es
Reportagens,
Casamento
Aniversários,
Fotos
Filmagens,
eto
publioit
Pág. 06
Ê
F 08)
Galeria
Foto: João Maria Alves
Ana Silva (Natal/RN)
O melhor
lanche
três trayllers Marcelo Sayão (Natal/RN) pe:
»
com
MATRIZ: - Em frente ao Marista - Av. Rio Branco - Natal/RN Presente em todos os eventos! Foto: Carlos Santos (Natal/RN) = pm
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Ko roit)
Na mira da objetiva
Pág. 07
Recife defende a intinerância da Expofoto
localizadas
no
suas
virtudes,
precisando ainda respeitar a identidade cultural, pois é uma qualidade e referência que garante o impulso da expressão, da criatividade do profissional da fotografia. O FOCO - Por quê está acontecendo esta espécie de discriminação das grandes empresas, principalmente do centro-sul, com esse evento tradicional da Expofoto, aqui no Recife? Luiz Gonzaga - Esse congresso da Expofoto normalmente vem acontecendo todos os anos em capitais diferentes. Antes de acontecer o congresso havia uma convenção de fotógrafos coligada entre Recife, São Paulo e outras capitais. Existia uma convenção que se reunia, decidia interesses da classe. Daí, nasceu a idéia de fazer um congresso. Esse congresso aconteceu a primeira vez em São Paulo em 1975. No ano seguinte, aconteceu aqui em Recife. Depois de três anos de congressos, aconteceu a primeira feira que é denominada Expofoto, que é a exposição de material e equipamentos fotográficos. Ficou combinado o seguinte: um ano seria realizado em
São
Paulo,
o
seguinte
seria em outra capital e novamente São Paulo seria a sede. E assim sempre haveria uma cidade-sede diferente para a feira após São Paulo. Este é o quarto congresso que se realiza em Recife. Realizamos em Curitiba,
Belo
Horizonte,
Era
j
Salva-
dor, etc. Agora uma empresa promotora de congressos e eventos, cresceu os “olhos” neste “bolo” e não queria mais dividir as fatias com ninguém. Daí, que eles quiseram tirar o congresso de nossas mãos. Alguns expositores, empresários, vamos dizer assim... que só
esse
pensam
s
nos
lucros,
acha-
ram a idéia muito boa de só fazer em São Paulo. E muito cômodo para eles. Só que eles querem fazer a feira em São Paulo e tirar proveito de todas as capitais. Quer dizer, no caso a gente trabalha para esse pessoal. E eles estão esquecendo de colaborar com a gente. Esquecendo que fomos nós que criamos esse mercado para eles. E a nossa persistência, nossa garra não está deixando que isso aconteça. A gente quer que o congresso aconteça todo ano, porque é realmente um evento de fotógrafos. E se
realize
em
dada
cidade,
dando oportunidade a todos. Existe até um projeto nosso, junto a Federação, um projeto da convenção de fazer até congressos em cidades que não possuam sindicatos. Desde que eles sejam administrados por estes sindicatos de classe. Por exemplo, Recife, a Federação, quer dizer, convencionais organizavam a cidade. Como por exemplo, em Manaus que não tem sindicato. Mas a gente ia lá e realizava o evento. Daí, tinha a idéia com esse lucro abrir um sindicato em Manaus
e
va,
levar
sentido.
propagar
o
a
projeto
Então,
as
iniciati-
neste dificul-
dades que enfrentamos foi essa destes gulosos, que não querem ter trabalho, não querem investir e querem só faturar. E querem tirar das nossas mãos nosso propósito, porque congres-
so,
expofoto,
convenção,
isso é coisa nossa. E coisa de fotógrafos. Então, não é interessante que venha uma promotora, que venham alguns empresários acomodados, que queiram tirar esse importante evento que está em nossas mãos e só eles administrarem. Nós não queremos deixar isso acontecer. Nós de Recife, estamos fazendo nossa parte. No sentido de não permitir que o evento fique locado somente numa cidade, como por exemplo, São Paulo. Que venha trazer lucros apenas para uma dezena de pessoas. Queremos que o evento aconteça e não acabe nunca. Estas são realmente as dificuldades que nós enfrentamos e estamos debatendo. O FOCO - E a nível de Recife? Quais as princl-
pais
empresas
que
o
SEAFSEPE val poder contar nesta Expofoto? Há entre elas algumas que estão resistindo a proposta?
Luiz Gonzaga - Em Recife, recebemos apoio. Por exemplo, vamos participar com a Pro-Center, que atende a profissionais e trabalha com produtos da Kodak. Produtos realmente profissionais e de primeira linha. Temos uma loja deste gênero e ela está participando. Há ainda uma empresa que vai participar com livros importados bastante interessante, que é a Farache revistas e livros importados e atende a categoria. Eu por exemplo, uso muitos livros desta empresa e também os principais colegas que trabalham com publicidade. Acredito que poderia contarmos com empresas como a Canadá
Color,
que
até
o mo-
mento não se pronunciou. Seria interessante que a Canadá Color colaborasse. Das vezes anteriores, ela colaborou. Em compensação, temos a indústria Pronto-Jax, que é uma empresa pioneira que fabrica molduras com design de primeiro mundo. Inclusive, essas molduras são patenteadas. Porque foi a primeira moldura no Brasil em que o consumidor admiquiria o produto e colocava a foto na moldura sem depender de trabalho de terceiros. E a Pronto-Jax já vem participando de todos os eventos da Expofoto. Então, são essas e outras importantes empresas que fazem a Expofoto no Recife. Infelizmente, Recife não tem uma gama industrial de produtos fotográficos, se tivesse, tenho certeza que participaria. O FOCO - E quanto aos palestrantes? Houve dificuldades nos contatos? Eles também resistiram a idéia e entraram nesta “jogada” das empresas, de não participar e boicotar?
Luiz Gonzaga - Não! Essa parte de palestras ficou comigo. Tenho muitas amizades e gozo da simpatia de muita gente do ramo, do setor e não tive dificuldades na parte cultural do congresso. Procurei reunir bem esta parte cultural das palestras, porque nos congressos anteriores, ouvi reclamações dos congressistas que havia muita coisa que não tinha nada a ver com fotografia e normalmente não interessa. Então, esse congresso tem as palestras todas voltadas para o interesse total do fotógrafo, que vai aprender e melhorar seus conhecimentos.
como
estivesse
RESISTÊNCIA AO BOICOTE
DO CENTRO-SUL
em
“cima do muro” em rejação as outras firmas que tinham a intenção de boicotar. A Fuji mesmo que não viesse ao congresso, colaboraria de forma expressiva. Inclusive, nós tivemos em São Paulo, fizemos uma visita a Maria José, da Casa Fuji, tivemos com o Sr. Wilson Vilela também da direção da Fuji e eles prometeram realmente de colaborar e até pediram plantas dos stands, orçamentos, etc. E nós confiamos muito, deixamos espaço reservado, mas infelizmente a Fuji seguiu as outras e acabou ficando no clodo das que ficaram em cima do muro. A Kodak de certa forma assumiu a palavra, mandando um palestrante, que é o Gentil, custeando todas as despesas e também está junto com o stand da ProCenter. A Kodak de certa forma não está total, mas está dando sua contribuição que para nós é muito importante. A Fuji nos deu o silêncio como resposta. Nós não esperávamos por isso, mas infelizmente ela desistiu e não compareceu.
O Presidente do Sindicato das Empresas de Artes Fotográficas e Similares do Estado de Pernambuco (SEAFSEPE), Jaime Apolonio Ximenes, garante que seu desabafo é mesmo com grande parte das empresas e indústrias
fotográficas paulistas, que não prestigiaram a Expofoto de Recife por falta de interesse. E esta atitude não foi pela questão econômica,
O FOCO - O que a SEAFSEPE está esperando da Expofoto 1994? E qual a resposta que dão as empresas que boilcotaram o evento? Luiz Gonzaga - Estamos esperando é que venham
os congressistas.
E a res-
posta está nas palavras do presidente da Expofoto do Recife, o Sr. Maurício La-
cerda, ele diz que “O NORDESTINO E FEITO DE UMA ARGILA MAIOR!”.
transporte
por
ficou como principal empreendedora do evento, participando
através da Pro Center Tabira Filme. Até a nível local, como por exemplo
a
Canadá
Color,
ocor-
reu o constrangimento de última hora dizer que não ia participar da Expofoto. Na opinião de Jaime Ximenes, o congresso foi muito prejudicado em virtude da divulgação da imprensa especializada, que ignorou o evento e fez críticas a iniciativa do SEAFSEPE. Apesar do boicote, pois as empresas do centro-sul parecem está
mais
interessadas
na
con-
corrência do MERCOSUL, esquecendo o resto do país, principalmente
discriminando
o
mer-
cado do norte-nordeste; “A Expofoto de Recife foi montada aos trancos e barrancos com 13 stands e vai ser fortalecida pela vinda de 300 congressistas”, es-
clarece Jaime Ximenes.
O FOCO - Como vaiser a entrega do prêmio Hércules Florence? Luiz Gonzaga - Vai ser na abertura da Expofoto “com um show folclórico muito bonito. A convenção colocou nos estatutos agraciar um amigo da fotografia e principalmente dos fotógrafos. Esse troféu Hércules Florence é destinado a pessoas que colaboraram direta e indirstamente com a nossa classe.. O homenageado deste ano, o Orlando Tonini, que é um exKodakiano, trabalhou 30 anos na Kodak, passando por todas as áreas: laboratório, vendas, instrutor, etc. Viajou o mundo e tornou-se amigo dos fotógrafos brasileiros, da América Latina e de outros países. Foi feita uma assembléia, aqui no nosso sindicato e por unanimidade ele foi escolhido a ser agraciado com o troféu Hércules Florence. Ele é paulista e sua formação acadêmica é advogado. Mas ele até por influência da senhora sua mãe, que era funcionária da Kodak, ainda garoto começou a trabalhar na Kodak. Levado pelas mãos de sua mãe ficou na empresa até se aposentar.
como
exemplo, que foi a desculpa de boa parte das gerências. As duas empresas âncoras reservaram stands, Kodak e Fuji. À última desistiu. Somente a Kodak
(Recife/PE)
(Natal/RN)
E ' E
pólo
do centro-sul, que preferem centralizar todo o evento apenas em São Paulo. A reação não assustou O SEAFSEPE que dentro de sua capacidade de luta defendeu o interesse maior da categoria, que é o in tercâmbio e o acesso de técnicas e conhecimentos da fotografia brasileira em todas regiões. Esta EXPOFOTO 94 não cedeu ao egoísmo aleatório do lucro fácil e aos conceitos mercadológicos, submissos ao corporativismo. Os esclarecimentos do presidente do SEAFSEPE, Jaime Ximenes e do Relações Públicas, Luiz Gonzaga, apontam uma imensa distância neste continente chamado Brasil, que ainda desconhece
O FOCO - E a Fujl desistlu darExpofoto do Recife? Luiz Gonzaga - No início quando tivemos a idéia de participar e de organizar esse congresso, a Fuji se prontificou em colaborar.
Foto: Aluízio Costa
ficas,
Foto: Wanderley Adams
A EXPOFOTO 1994 que tem sede na capital Pernambucana de 27 a 30 de setembro, enfrentou sérias dificuldades para ser idealizada e dar continuidade a uma tradição de 19 anos de congressos no segmento fotográfico brasileiro. A persistência do Sindicato das Empresas de Artes Fotográficas(PE) foi encarrada com um boicote de uma grande parte de empresas e indústrias fotográ-
Entre as empresas que acreditaram na Expofoto de Recife estão Colorkit (microlab Kis e vt deo
identidade
Kis/3x4),
Microli-
te, Diamount (molduras para slides e acessórios para laboratórios), Fotografe Distribuidora e Representação Zenith, Color Finco,
Cartona,
Labotronic
(suprk
mentos para miliiabs), Ikonfoto (bolsas), Atek (flashes para estúdios), Prontajax (indústria de molduras), Farache livros e revistas importadas,
e outras que via-
bilizaram o evento respeitando a tradição dos congressistas nos intercâmbios anuais.
AS PALESTRAS DA EXPOFOTO 1994 Palnel de Publicidade - Com a participação do fotógrafo Tadeu Lubambo, ao lado de Kika Melo (Criação), Luciano Melo (Designer), Jomam Barbosa (Executivo de Vendas) e Samuel Braga (Produtor), haverá passo a passo a explicação de uma campanha publicitária, anúncio de revista, out-door, etc. Dia 28/11 às 8:30 hs. Técnica
book Lins
de como
fotografar
- O fotógrafo Rômulo vai
envolver
os
pantes,
modelos,
efeitos
partici-
de
iluminação, maquiagem, conduzir um ensaio prático para os presentes. Dia 28/11 às 14:00 hs. Qualidade Total - Sérgio Duarte e Carlos Alberto vão discutir este segmento que está sendo aplicado nas em-
presas, desempenhando melhor as atividades deste treinamento de funcionários até
um melhor atendimento aos clientes. Dia 28/11 às 16:15 hs.
faz a partir de uma fita bruta, a edição, trucagem, efeitos em
mosaicos,
especiais,
aplicação
de
sonotextos,
gráfica,
etc. O
autor é um expert no assunto e tem trabalhos internacionais
no setor.
Dia 29/11
às 8:30
hs. Como fotograter casamento - O palestrante José Gentil
está sendo trazido pela Ko- | dak, acompanhado grande quantidade
pamentos,
de uma de equi-
ensinando
aos
participantes na prática como se comportar, se vestir, conversar, etc. Como lidar com o cliente e fazer um contrato de
prestação
de serviço.
Saber
usar devidamente efeitos de flashes, eliminar um fundo In-
desejável, valorizar um cenário bonito e realizar um portrait. Dia 29/11 às 14:00 hs. Moda e Top Model - Clicio Barroso vai apresentar na teoria e na prática a fotografia Ilgada ao ramo da moda e
como se comportar na prática com registros fotográficos de top
model,
acrescentando
uma apresentação de trabalhos
Vídeo - O videoman João Maia vai montar um estúdio no palco e mostrar como se
ros,
computação
projetados
em
telão
e
com comentários e detalhes: técnicos das imagens. Dla 30/11 às 8:30 hs. Local: Centro de Convenções de Pernambuco - Complexo dra de Salgadinho, s/n.
FUNDAÇÃO SÓCIO-CULTURAL
SANTA MARIA
1
DD rol)
Pág. 08
AMPLIADOR
IMAGEM A MARGEM Fotojornalismo em Natal (Parte |)
tras partes
do
mundo,
só que
em ritmo muito mais lento. Ao
seu amigo
+
da fo-
tografia ocorreu como em ou-
as fotos de Manoel Dantas eram feitas por “hobby”. Fun-
resto do país. O primeiro da-
cionando com um pequeno estúdio na Avenida Tavares de Lira, João Galvão foi outro grande observador da cidade
guerreótipo em Pernambuco foi tirado em 1841 por J. Evans, que fazia parte dos fotógrafos itinerantes que visitaram o país entre 1840 e 1855. Dessa caravana de aventureiros - buscando lucro através de daguerreótipos da aristocracia rural poucos permaneciam por muito tempo no país. Mas foi a partir do trabalho destes es-
que
a imagem
produzida
chegou
no
de Natal no início do século. João Galvão trabalhava mais para a sociedade da época, ou melhor a alta sociedade que tinha condições de pagar por uma foto. Segundo alguns, João Galvão teria aprendido a fotografar com o alemão que estivera de passagem pela cidade no século passado. O seu estúdio funcionou até 1925, quando após o seu falecimento passou para um fotógrafo que estava iniciando o seu trabalho com fotografia: João Alves de Melo. João Alves de Melo trabalhou durante anos neste local, também documento momentos da sociedade natalense. Ãos poucos o interesse das pessoas pela fotografia aumenta o seu prestígio e abre caminho para novos fotógrafos que tiveram a curiosidade atiçada.
re-
país
e
encantou aquele que foi o seu grande incentivador: D. Pedro Il, que chegou mesmo a possuir um equipamento para produzir daguerreótipos. Após a primeira leva de profissionais ainda entre 1840 e 1850 os primeiros estúdios foram montados, a princípio no Rio de Janeiro, sede da côrte e porto importante. Outras cidades que também tiveram profissionais trabalhando no mesmo período foram Belém, Salvador e Recife. Com o estabelecimento dos primeiros profissionais como Sathl no Recife, Riedel na Bahia e Fredricks
Nos anos 40 Natal já conta com um número razoável de estúdios. Além de João Alves de Melo, Luís Grevi, Emídio Va-
em Belém, a fotografia vai aos poucos sendo mais e mais produzida no país. No Rio Grande
existem
do
Norte
pouquíssimos
regis-
le, João de Brito Namorado, a cidade começa a conviver mais com fotografia. No local onde hoje é a praça Pedro Velho e que era praça também naquela época, as famílias costumavam passear aos domingos e ocasionalmente tirar fotos. O primeiro a fotografar nas praças foi Seabra que foi seguido por Jaecy e vários ou-
tros de fotografia no século passado. Não existe nenhum
dado sobre fotografia no Estado, nesta época, inclusive no maravilhoso trabalho “A Fotografia no Brasil 1840-1900" de
Gilberto Ferraz.
É difícil localizar a primeira
tros.
foto feita em Natal. Sabe-se que no fim do século passado Natal já possui um fotógrafo profissional, o alemão B. Max
Dentre os fotógrafos que se estabeleceram na cidade no início dos anos 40, um dos mais importantes para a foto-
Porugard. Segundo nota saída na
seção
solicitadas”
da
Escola Doméstica (chegada de professores, festas). Além de Manoel Dantas, por volta de 1910 Natal já tinha um fotógrafo profissional - já que
“
contrário do que se poderia imaginar, o nordeste do país teve um desenvolvimento fotográfico que não ficava atrás do
trangeiros
Pedro Velho e o re-
gistro dos acontecimentos
ne
Foto: Seabra
Brasil a evolução
3
Max Pereira (*) No
grafia na cidade é Jorge Mário. Em Caicó, cidade onde mora-
do jor-
nal A República no dia 10 de outubro de 1897, Max deixou a cidade e passou o seu estúdio
as lojas de artigos fotográficos - as primeiras pertenceram a Jaecy e Luís Grevi. Os fotógrafos começavam a se especializar em determinados temas. A sociedade da época sempre recorria a Jaecy, um autodidata que aprendeu a fotografar
usando os seus colegas do Atheneu como modelo, além de Seabra, que também era autodidata e fotografava figuras importantes do cenário político da época. Todos os fotógrafos que tra-
balhavam em Natal eram autodidatas. Inexistia qualquer curso ou possibilidade de aprender a técnica que não fosse a
ajuda e os conselhos de outros profissionais ou ainda, como foi para o primeiro fotógrafo da cidade, a leitura de manuais importados. Mas a falta de professores não impediu que a fotografia se desenvolvesse e fosse cada vez mais requisita-
da. Com a segunda guerra, ficou extremamente difícil para os fotógrafos obterem material de
trabalho.
A maior
parte deste
material vinha de fora. Natal se encontrava sediando tropas
americanas
em
Parnamirim
o
que facilitava a compra de material no câmbio negro. Foi um período difícil para os profis-
sionais de fotografia. Alguns como João de Britto Namorado, um português que aprendeu fotografia na Inglaterra e fixou-se em Natal, a guerra serviu de promoção do trabalho.
Ele foi contratado aérea
pela força
brasileira para fotografar
as tropas americanas e as armas e aviões utilizados em combate. Mas para a grande maioria outro ponto conflitante
era que com americanos
a presença dos em
Natal,
muito
serviço existia para os fotógrafos, só que com a deficiente obtenção de material, não se ia muito longe. Com o fim da guerra, a situação volta ao
normal nuam
e
os
estúdios
conti-
a se estabelecer pela ci-
dade. João de Britto, além de fotógrafo, também realiza consertos em máquinas. Os
Bruno Borgard. A produção de
va, adquiriu uma câmera por volta de 1930 e largou a profissão de mecânico para se dedicar a fotografia. Passou
Bruno Bourgard ainda pode ser
dois anos com José Ezelino da
lhando
encontrada em algumas salas de famílias tradicionais da cidade. Quanto ao seu irmão,
Costa, fotógrafo bastante conhecido em Caicó, na época. Veio para Natal no início da
Waldemir compra o ponto que até hoje lhe pertence, na ave-
provavelmente o pioneiro fotografia na cidade, não
década de 40 e em 43, com um
para
as
mãos
de seu
irmão
da foi
encontrado nenhum dado sobre a sua chegada à cidade nem do seu estúdio. Na mesma época em que o irmão Bruno fazia fotos das famílias ricas da cidade, um entusiasta das letras travava O seu primeiro contato com a fotografia, vindo a se tornar o primeiro fotógrafo amador da
cidade.
Manoel
Dantas,
escri-
tor, intelectual, homem de mil atividades tinha dois grandes hobbies no fim do século passado: ler e colecionar revistas importadas que recebia pelo correio. Numa dessas revistas viu um dia por volta de 1895 o anúncio de uma máquina “Ve-rascope Richard" que produzia
vistas em finíssimas lâminas de vidro que depois de reveladas eram encaixadas numa espécie de binóculo e, vistas contra a luz davam a ilusão de tridimensionalidade. Eram as 'câmeras estéreos” sensação entre os amadores da fotografia. Manoel Dantas resolveu adquirir a máquina e pouco tempo depois estava recebendo o seu equipamento pelo correio. Sendo um homem muito culto que falava várias línguas, não foi difícil aprender a trabalhar com a máquina e montou num canto em sua casa um laboratório de tamanho reduzido para revelar as fotos. No início
INDÚSTRIA DE MOLDURAS
PRONTO JAX Novidade de muito bom gosto
ele se limitava a fotos de fami-
liares, mas a novidade despertava a curiosidade
em
sua
grande
de amigos,
parte
intelec-
tuais como José Augusto e Pedro Velho que: ouviam falar da máquina mas não viam as fotos - o uso do dispositivo para ver as vistas dificultava a locomoção com as delicadas folhas de vidro. Com o passar dos anos, já neste século, Manoel Dantas passa a fotografar outros temas que não a família. O mais interessante é que vistas hoje em dia, suas fotos surpreendem pelo requinte da composição e caráter jornalístico na maneira de retratar os
PRONTOJAX
- Um
bonito
fatos importantes da época. Um de seus mais completos trabalhos de “reportagem” foi quando da chegada do primeiro bispo que se estabeleceria em Natal A chegada de D. Antônio constituiu um dos mais importantes fatos ocorridos em 1911 na cidade. Manoel Dantas fotografou vários aspectos da chegada do bispo: a ansiedade da população, as autoridades, o bispo chegando na cidade de lancha, numa cobertura espetacular do evento. Outras grandes reportagens de Manoel foram feitas no enterro de
acabamento
em
moldura
é toque
número razoável de clientes, mudou-se da pensão Caiana no Alecrim - onde iniciou o seu trabalho - para a rua Amaro Barreto, também no Alecrim. Além do trabalho no estúdio,
Jorge Mário também trabalhou para jornais e foi o pioneiro a trazer cursos de fotografia para a cidade. Os cursos eram realizados na sala dos grandes atos da Fundação José Augusto e eram muito concorridos. Para o fotógrafo daquela época, o simples fato de sair à rua com uma câmera já proporcionava muitos contatos e
fotos de pessoas que ao ver o profissional, solicitava os seus serviços. A década de 40 consolida os estúdios e também
de
bom
gosto,
na
apresentação de suas fotos. As molduras PRONTOJAX são modemas e funcionais. E você já as encontrará nas medidas padrões das fotos, PRONTAS PARA USO. Uma novidade patenteada.
Peça uma demonstração na Loja de sua preferência. Apresentadas já nas medidas padrões das fotos, "RONTAS PARA USO, as Molduras patenteadas PRONTO JAX valem, ainda, por um toque de distinção e beleza. Av. Presidente Castelo Branco, 7021 - Candeias - Jaboatão dos Quararapes/PE “Fone: (081) 381-1404 - Fax: (081) 221-2138
irmãos Luís e Waldermir Grevi se
separam.
no
Luís
fica
Grande
traba-
Ponto
e
nida João Pessoa. Os estúdios eram
compostos
por um
labo-
ratório, um fundo infinito e lâmpadas incandescentes. Os interessados por fotografia continuavam sem ter a quem recorrer para se familiarizarem com as técnicas. A solução continua sendo aliar a intuição com a ajuda de profissionais estabelecidos. Começa a se formar mais uma geração de fotógra-
fos em Natal. OBS.:
,
Esta é a primeira parte do “Projeto Experimental”, trabalho defendido por Max, para a conclusão do Curso de Jornalismo na UFRN em 1993. Publicamos todo o trabalho, em
partes,
nos ou-
tros números de “O FOco”. (*) MAX PEREIRA é fotógrafo e jornalista.
Ko rot»
Na mira da objetiva
Pág. 09
FOTOGRAFIA BRASILEIRA PARA INGLÊS VER. (Parte |) A fotógrafa mineira Maria Luiza Carvalho está reaiizando uma pesquisa sobre a fotografia brasileira, que é uma iniciativa para divulgar a produção e o desempenho dos autores nacionais em vários estabelecimentos culturais da Inglaterra, onde reside há mais de 12 anos. ; Trabalhando com fotografia para diversas entidades inglêsas, recebeu um importante apoio no ano passado para ampliar sua pesquisa, conduzindo um profeto inicial de uma mostra de fotógrafos à publicação de um livro voltado para o movimento fotográfico do Brasil nos últimos anos. O painel vai permitir uma avaliação das peculiaridades regionais como instrumento de culiura, sintonizado por alternativas de fotografias pouco convencionais. A empreitada de Maria Luiza tinha um roteiro estabelecido para contactar fotógrafos de várias regiões e escolheu Natal para ser um intervalo rápido de descanso, atingindo ainda o objetivo de conhecer um pouco da contribuição do jornal O FOCO na cultura fotográfica nordestina. Os repórteres fotográficos Adrovando
Claro e Henrique José tiveram uma
bem-sucedida
Eu
Adrovando Claro,
o
em belo Horizonte, fiz meus cursos, o final do secundário, a faculdade de Arquitetura e depois trabalhei dois anos e meio em São Paulo, antes de ir para a Europa. Fiz aquela trajetória já mencionada e vim para o Brasil para passar uns meses. Isso foi em 1978, quando co-
meçou
o movimento
com o mesmo
conversa com esta ex-
sui um laboratório comunitário
e há vagas
tabelecer em Londres com a fotografia? Maria Luiza - Saí do Brasil
como
arquiteta para fazer um
curso de Planejamento Urbano e Regional. Não fui direto à Inglaterra. Primeiro, fui até a França. A minha idéia era ficar lá na França. Depois, achei a Inglaterra mais interessante, nesta área de Planejamento... a
sociedade um pouco mais interessante. Tive que fazer inglês, já tinha sido aceita para um curso na Holanda (Planejamento Urbano e Regional), que era especialmente destinado ao
desenho para pessoas do Terceiro
Mundo.
Terminei
esse
curso que durou entre seis e a nove meses e retornei para a Inglaterra onde já havia sido aceita para outro curso de Planejamento. Ao final desse curso de dois anos, foi na época em que Portugal mudou da ditadura facista para liberaçãzo, então, todo mundo da fala portuguesa ficou interessadíssimo em trabalhar em Portugal. Fui para lá onde trabalhei com comunidades, grupos de mulheres, cooperativas agrícolas, cooperativas de trabalhadores; houve muita ocupação de terras, de fábricas, etc. Com essa transformação política que houve no país, foi um processo muito interessante e dentro desse processo que eu comecei a fazer fotografia. Na verdade, como arquiteta. Aqui no Brasil, eu já fazia algumas fotos, registrando projetos arquitetônicos. Até tenho fotografias de Natal, de 1972. FOCO
- Você
já conhecia
Natal? Maria Luiza - Sim. Fotografei o cajueiro gigante e mais algumas coisas. Bom, depois chegando a Portugal eu fiquei muito interessada em fotografia e documentei bastante o processo dos movimentos populares em Portugal, os movimentos sociais e tudo que aconte-
cia
naquela
época.
Voltando
para a Inglaterra, resolvi fazer um curso de fotografia de verdade. Já havia aprendido fazer revelações, durante o curso de Planejamento na Escola de Arquitetura, em laboratório Preto
vos e eu os processei na Escola de Planejamento. Então, resolvei fazer um curso especffico numa escola de Londres. Esse curso tinha a duração de quatro anos, mas entrei no 3º ano, porque eu já tinha trabalho fotográfico. Comecei fazendo esse curso, mas de re-
pente, tive que vir para o Brasil, onde fiquei por dois anos e meio, realizando um trabalho de documentação fotográfica sobre trabalho de mulheres em Minas Gerais. Este projeto apresentei para a Fundação Carlos Chagas em São Paulo, que é uma entidade ligada a educação. Eles me deram uma bolsa, que aliás, foi o único projeto de cunho fotográfico que a fundação financiou. Por-
que eles não estavam acostumados a trabalhar com fotógrafos, somente com intelectuais, sociólogos, etc. Para mim era muito mais difícil, porque em fotografia você precisa ter uma certa verba para comprar filmes, papéis e tudo mais. Eu sei muito bem como é comprar papel, filmes, químicos no Brasil. Por exemplo, a gente recebia a bolsa no princípio do ano e não tinha correção monetária. E na época, a cada três semanas o papel fotográfico subia de preço em São Paulo. No início deste projeto de documentação fotográfica com as mulheres em Minas Gerais,
apareceu
aquele
concurso
Marc Ferrez, foi o primeiro concurso em 1984, se não me engano, e o meu.trabalho ainda não tinha sido terminado. Eu fui aceita como bolsista, da Funarte. E terminei esse projeto nas mesmas condições do primeiro. Eles me deram o prêmio, a bolsa, e daí a oito
meses o dinheiro saiu, sem correção monetária. No final do projeto, me pediram umas fotos para elaborar uma publicação. Então, dentro daquele cotidiano de mais ou menos 37 fotos de mulheres, resolvei escolher a de uma lavadeira em
Belo
Horizonte,
a Maria
dos
Anjos. Ao mesmo tempo em que a fotografava, eu a entrevistava, ou então ela dava um depoimento e a Funarte ficou com esse trabalho durante um ano. Disseram que se depois de um ano não tivessem condições de publicar, me devolveriam.
achava que no Brasil era impossível fazer fotografia na maneira que eu gosto de fazer, adotando minha própria agenda. Decidi voltar à Europa e le-
vei o material com o trabalho das outras mulheres. Já tinha apresentado para várias agências não-governamentais que dão apoio a projetos, aqui no Brasill e uma delas me deu apoio para voltar aos locais
onde
estão desempregados.
;
E foi o que aconteceu.
Esse foi um ano em que eu estava desesperada, cansada,
eu tinha fotografado
as
mulheres e apresentar os resultados. Para que elas fizessem uma avaliação. E foi muito interessante. Montei o projeto em
grandes
pranchas
laminadas,
tipo o material de carteira de identidade, só que enorme, fiz aquilo e retornei aos lugares de origem. Os pontos de café, reflorestamento no vale de Jequitinhonha, quintadeiras do norte de Minas, mulheres que trabalham na indústria têxtil, professoras primárias e de colégios,
x
ra a seleção
das fotos
através
das folhas de contato com
o
texto falado por elas, para que as próprias participantes do processo, pudessem selecionar também trechos dos textos, cortando outros que não fossem do seu agrado. Nessa época, existia um movimento feminista muito forte, aqui no Brasil, e o pessoal estava muito interessado, tinha uma certa possibilidade
de
discussão.
Achava esse trabalho muito bom para ser um tipo de tema em torno do qual as mulheres discutiam a própria situação. O movimento feminista era um movimento de mulheres de
classe média, estavam mais interessadas em temas como liberação sexual, enquanto que as mulheres da classe trabalhadora tinham uma outra perspectiva. Denominei esse meu trabalho de “A conquista
paneleiras, essas mulheres que
de
faziam potes, que eles chamavam por lá de paneleiras, en-
Pensava em imagens celebrando mulheres bastante independentes, mas chegando no dia-a-dia, o cotidiano das mulheres se resumia em trabaho. Resolvi mudar o título para
fim, foi muito interessante. Para mim era muito especial o seguinte: eu já tinha uma formação política-social e achava muito importante que quando
estivesse fazendo a documen-
uma
imagem
“Trabalhadoras
positiva”.
trabalhadei-
tação de caráter social, .as pes-
ras”, porque lá em Minas elas falavam que mulheres que tra-
soas que fossem fotografadas
balhavam
tivessem uma opção primeiro: se elas queriam ou não ser fotografadas; se elas permitiam ou não que o trabalho fosse publicado. E também que elas teriam que ter um retorno e esse retorno seria eu não só levar para elas as provas de contato das fotos, para as mesmas participarem da seleção de imagens que comporiam a exposição, mas, também para que elas tivessem uma cópia dessas imagens para elas. Além
lhadeiras”. Isso foi realmente o que encontrei lá. Ao montar a documentação, acabei achando que era muito mais interes-
eram
muito
“traba-
sante, não porque não era uma imagem positiva que a mulher tinha conquistado, mas era a consciência delas que eram bastante críticas em relação à mulher. Foi um projeto muito interessante porque eu ia levar as imagens em cada lugar que já havia fotografado e elas faziam uma roda, discutiam e avaliavam o projeto. Para mim, o grande mérito do trabalho foi
de haver a exposição ao local onde elas pudessem ver. Portanto, tive que visitá-las por
ter- retornado
duas vezes. A primeira vez pa-
partir daí já não estava mais in-
às mulheres.
A
teressada em publicação, mas teve uma revista norte-americana que se interessou muito pelo trabalho. Fizeram uma entrevista e mandei um certo texto, realizaram uma seleção de imagens para publicação. Mas só publicaram em 1987. Fizeram muitas edições, inclusive foram fotos que naquela época eu fazia questão que nenhuma imagem fosse cortada. Ainda usava aquele contorninho a “la Cartier-Bresson”,* de quem te-
nho certa influência e achava que a fotografia que eu fazia era aquela realizada no momento e não no laboratório, depois de cortar na copiagem.
Hoje em dia, não sou tão preciosista, mas naquele tempo era importante e eles cortaram muito e eu não fiquei satisfeita. Depois, outras publicações na
Inglaterra
me
FOTOGRAFICAS-ME
Revelação em 1 hora Revela e entrega seu filme a domicílio Fones: 223-1050 - 214-2253 Matriz: Rua Pte. José Bento, 518 - Alecrim lazer) - Natal-RN Filial: Rua Ilhéus, 2478 - Panatis (em frente a área de
chamaram,
ou-
tras organizações não-governamentais que trabalhavam com mulheres. Fui na Irlanda, levei essa exposição, a mesma exposição que foi para as mulheres em Minas. Portanto, esse projeto foi o que mais me ligou ao Brasil. Fazia quase dez anos que eu não vinha ao país e eu queria ver em que situação estavam as mulheres aqui. Foi uma maneira de voltar
a entrar em contato, porque eu me precipitei dentro e me coloquei como sujeito lá dentrod o projeto, não eram só aquelas mulheres, mas eu também. Eu me misturo muito com meus
projetos.
Sempre
quero esco-
lher o que quero fazer, Os temas. Por isso que eu achei que aqui no Brasil é muito difícil de sobreviver e então retornei à Inglaterra, embora lá também não seja tão fácil de sobreviver. O FOCO - Onde você nasceu? Maria Luiza - Nasci no sudeste de Minas Gerais. Estudei
* |] VAL CLIC - EMPRESA DE ARTES REVELANDO A SUA IMAGEM
para 20 pessoas.
Ainda tem laboratórios individuais para aluguel a preço simbólico para aqueles que
Foto: Robson Maciel (Natal/RN
O
fui fotografando e quando cheguei em Londres, possuia uma quantidade enorme de negati-
Era um
onde o instrutor dá aulas e cursos, tem lugar para dez pessoas, aliás, tem 10 ampliadores
Europa. e Branco. Porque lá tinha um bom laboratório. Fiz viagens a Índia, Paquistão, Turquia, pelo mundo afora. Nessas viagens,
nome.
lugar de fotografia onde ainda hoje tem galeria, oficinas, pos-
cepcional fotógrafa que fez um depoimento exclusivo a respeito da sua trajetória profissional, da pesquisa fotográfica e do lançamento do livro que ano que vem será um dos elos culturais mais importantes da difusão fotográfica brasileira na
O FOCO - Como foi sua trajetória de trabalho até se es-
operário
com Lula em São Paulo, tinha a intenção de ficar mas achei que ainda não era a hora. Na Inglaterra, trabalhei muito em oficinas de fotografia, workshops, cursos, etc., ligadas às comunidades, bairros, etc. Uma das escolas era bastante conhecida aqui, a Câmera Work, que tinha uma revista
Lá ha-
via promoção de oficinas para grupos de pessoas diferentes. Ao entrar lá, propus e eles aceitaram como condições, ter como meu trabalho a organização de oficinas para mulheres imigrantes e negras. A partir desse ponto fiz um projeto muito interessante que depois, junto com as mulheres que participaram dessa oficina, realizamos uma exposição que fez uma itinerância pela Inglaterra. O catálogo da exposição era
uma
das
revistas da Camera
Work e nós chamamos todo esse trabalho “Our space in Britain” (Nosso Espaço na Grã-Bretanha). Tinha uma visão bastante crítica sobre o espaço que o “Establishment”, isso é, que a fotografia estabelecida dava às mulheres negras e imigrantes. Após esse projeto trabalhei ainda mais um tempo por lá, mas achei que a coisa estava se burocratizando muito e saí para trabalhar na minha comunidade, no meu bairro, que era bastante perto desse local, num centro de artes. Tinha teatro, música, mas a fotografia ficava um pouco de lado. Eu era a coordenadora da área de fotografia e não tinha tempo
integral,
apenas
três dias
na
semana. Era mal remunerada. Então depois de certo tempo, achei que não valia a pena gastar minhas energias, porque eles não tinham muitas verbas para “tocar” o trabalho. Continuei dando aulas e fazendo trabalhos free-lancers, que já fazia anteriormente, mesmo trabalhando neste referido cen-
tro de artes. Esses cursos eram destinados a educação de adultos em fotografia. Agora, estou no “College”, realizo cursos para iniciantes na fotografia. Outros para o nível intermediário. Eu ensinava muito em cursos de laboratório prático, oficinas, dando temas para
as pessoas desenvolverem. No momento, estou começando a trabalhar em cursos que também tenhum um pouco de cunho teórico, um cunho crftico em relação à fotografia documental, etc. Essa foi minha trajetória na Inglaterra. (Continua na próxima edição)
Dep
Pág. 10
IMAGEM
História da Kodak (Parte I)
EXPERIÊNCIA:
Tudo em família
* Material cedido por Luiz Gonzaga tem
internacional.
início,
a Eastman
sido
uma
companhia
De
feto,
em
1885,
apenas quatro anos após George Eastman ter fundado a sua primeira empresa, já havia um escritório em Londes; em 1899, os produtos Kodak eram comercializados na França, Alemanha, Átrica, Austrátia, Nova Zelândia, China e Japão.
Há mais de um século, a Kodak tem fabricado câmaras fotográficas e filmes e seus produtos têm recebido a aprovação de usuários em mais de 150 países de todos os continentes. natural, portanto, que muitas pessoas identifiquem a empresa pelas conhecidas caixas amarelas. Embora
hoje,
fisicamente,
O lançamento dessa máquina exigia uma divulgação em larga escala e, numa das primeiras campanhas publicitárias da história, foi criado o slogan
os recentes
avanços
mo marca de fábrica em
sua origem a partir de um grande número de combinações de letras, que formassem palavras comecando e terminando com “K”, letra pela qual Eastman tinha uma certa predileção. A intenção era obter uma
ela
tman em
representasse
to-
A iniciativa da Funarte em agendar exposições para sua galeria de fotografia, a partir da seleção de porextremamente
importante ao longo desses 15 anos de atividades na área da fotografia. Exposições como Dois em um - luz, cor e experimentação (19988), Fotografismo (1985), Revelação, dez da fotografia brasileira (1987), Preto no branco (1988), foram constituídas a partir da idéia básica de democratizar o acesso do artista, através da divulgação de sua obra, em espaços públicos como o nosso. Portanto, assegurar a continuidade do programa de seleção de portíólios é, entre outros aspectos, ação fundamental para promover um mapeamento sistemático da produção contemporânea no país. A partir de Iniciativas do gênero, valoriza-se o ensaio pessoal, a pesquisa de lin-
Rochester, NY, cidade dos Estados Unidos que hoje é conhecida
ingleses
preparavam
gráficas
com
emulsões
gelatino-
sas,
as
mantinham
sensíveis
trial dedicado à fabricação de instrumentos fotográficos, ópticos e de precisão. A comercialização da invenção obteve sucesso imediato. Eastman demitiu-se do banco e passou a elaborar um plano de diversificação que visava simplificar o processo fotográfico. Em pouco
que
chapas
mundialmente
foto-
mesmo depois de secas, eliminando a complicada preparação de pouco antes e logo após à exposição. Assim, se reduzia significativamente
o
material
básico
que
o
fotógrafo devia carregar. Ainda que não tivesse conhecimento de processos químicos, George tentaa elaborar suas emulsões, baseando-se em fórmulas publicadas. Em 1880, após três anos de experiências, chegou à fórmula ideal, e foi a Londres patentear a chapa seca - como se tornou conhecida - e uma máquina para fabricá-la. No ano seguinte, George fundou a Eastman Dry Plate, para produzir chapas,
e instalou
a empresa
companheiros
da
comissão
de seleção de portfólios/94 do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, do Centro Cultural Cândido Mendes e da Galeria Fotóptica/SP, o nosso apreço e reconhecimento da importância deste trabalho conjunto.
das tendências da fotografia brasileira. Para o fotógrafo, a oportunidade
A Fundação Nacional de Arte-Funarte, através
da Coordenadoria
de Ar-
tes Visuais, torna público que se encontram abertas, -de
chegou
ao
centro
filme
setembro
Percebeu,
então,
que
também
e reposto,
num
serviço
que
a 30
sileiros
residentes
no país ou
INSCRIÇÕES As
inscrições
serão
realizadas
começava
a
instalar
unidades em outros países da Europa e no Japão, numa política de expansão que na empresa.
se tornou
marcante
Durante as duas guerras mundiais, as pesquisas e os novos lançamentos foram deixados de lado e os esforços eram dirigidos para a adaptação de filmes, papéis e equipamentos fotográficos para uso militar. As câmaras para fotografias aéreas e os filmes para raios X, que permitiam fotografar estruturas
de aviões,
e o VS-Mail
da-
ta de postagem final até 30 de novembro de 1994, enviadas para a sede
da
Funarte,
rua
da
Imprensa,
16 - 7º andar, CEP 20030-120 - Rio de Janeiro/RJ. Os candidatos deverão encaminhar um portfólio de dez (10) a trinta (30) propostas
tamanho
livre,
em
preto
também
de instalações
assessoria
para
ração
dos
nas e do
Mobiliário no Estado de Santa Catarina), que congrega 34 sindicatos. Seu
escritório
também
pre-
para e edita house organs para clientes
como
Febe,
Sintri-
veste SEEBB. Atualmente, está se dedicando à conclusão de um
livro sobre jornalismo.
geando Brusque pela passagem de seus 133 anos de fundação. Com a mulher, Tina Rosa, repórter-fotográfica, 28 anos e três de profissão, divide as expectativas de um futuro promissor e as tarefas diárias do escritório. “Nosso projeto está apenas em seu estágio inicial”, garante Adami, que pretende implantar uma agência de notícias. Ele e Tina Rosa têm publicados livros de poe-
mas, contos, crônicas e novelas, com passagens pelo rádio e participações em eventos artísticos no Brasil e exterior.
presente,
hoje,
nos
mais
variados
segurar a confirmação da entrega.
e, neste caso, deve-se incluir suporte
visual como slldes (com o nome do autor na moldura), ou lay-out ou qualquer documentação descritiva que seja relevante para o entendi-
DA SELEÇÃO
mento da proposta.
JUNTO ÀS FOTOGRAFIAS DEVERÃO SER ANEXADOS OS SEGUINTES DOCUMENTOS: 1. curriculum vitae, enfocando prioritariamente as atividades fotográficas e cópia de publicação ou catálogo só houver; 2. todo o material visual deverá vir acompanhado das identificações:
4.
as
do autor, endereço,
fotos
poderão
ser
CEP,
tele-
numeradas
de acordo com a edição dada pelo fotógrafo e deverão vir acompanhadas de pequeno texto sobre o trabalho; 5. as fotos enviadas deverão estar bem embaladas, com cartões grossos e/ou caixas, de modo a evitar danos, pelos quais a Funarte não
poderá se responsabilizar; 6. a postagem dos portfólios deverá ser feita com AR (aviso de recebimento) e/ ou SEDEX de forma a as-
Será formada uma comissão integrada por profissionais da Funarte e de outras áreas de reconhecida atuação no campo da fotografia. Estes
integrantes,
como
curadores,
terão participação ativa na escolha dos trabalhos, na quantidade das obras expostas e no projeto de montagem da exposição.
DA EXPOSIÇÃO A(s) exposição(ões) será(ão) inaugurada(s) durante o período 1995/96. Os fotógrafos cujos portfólios forem selecionados receberão comunicado por telegrama e/ou carta. Os candidatos não selecionados serão Informados desses resultados através de carta-circular da Funarte. Aos fotógrafos que optarem por instalações ou montagens de fotos com efeitos especiais será destinado espaço com dimensões condizentes à concepção dos trabalhos. Neste caso, não dispondo a Funarte dos recursos pretendidos pelos autores, estes deverão arcar com a montagem técnica e financeira obedecendo a um cronograma que lhe será apresentado.
DA DEVOLUÇÃO Serão enviados pelo correlo os portíólios de artistas residentes fora do Rio de Janeiro e no exterior. Aos fotógrafos residentes em São Paulo e Brasília,
o material
será devolvido
por malote para os escritórios da Funarte. Aos demais participantes, solicita-se a retirada dos trabalhos na sede da Funarte em janeiro de 95.
DOS COMPROMISSOS DA FUNARTE Os promotores se comprometem a não fazer qualquer utilização comercial das fotos selecionadas, reservando-se o direito de utilizá-las unicamente na divulgação do préprio evento. A impressão do convite estará assegurada pela instituição, bem como sua expedição pelo correio para todo o mailing list da área de fotografia. CONSIDERAÇÕES FINAIS As dúvidas decorrentes da aplicação deste regulamento serão dirimidas pela comissão de seleção. Qualquer esclarecimento adicional sobre esta convocatória poderá ser solicitado à Funarte, Área de Fotografia, rua da Imprensa, 16 - 7º andar, Centro, tel: (021) 297-6116 - ra-
mal 264, fax: (021) 262-4895.
“Conserto é questão de confiança”
Assistência Técnica em Fotográficos
Clnematográficos em geral
e
Em
agosto do ano passado, produziu um tablóide homena-
segmentos de atuação, ampliando em muito os horizontes imaginados inicialmente por George Eastman.
fone, data e local da foto (se assim desejar); 3. as informações devem ser escritas, preferencialmente a lápis ou em qualquer outro material que não danifique a superfície da imagem;
ainda ser feitas pelo correio com
presta
Trabalhadores
Indústrias da Construção
-
no Setor de Fotografia, na rua da Imprensa, 16 - 72º andar, CEP 20030-120 no Rio de Janeiro, e, ainda, nos Escritórios da Funarte de
Brasília, Setor de Divulgação Cultural (atrás da Torre de TV) e Funarte São Paulo à alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos. Poderão
ao
hospitais e empresas do setor de componentes para informática. A partir de setembro de 1993, passou a assessor de imprensa da Feticom (Fede-
um programa de microfilmagem para facilitar o envio de correspondências entre os continentes são alguns exemplos. A constante busca pela diversificação levou a empresa a estar
nome
apresentar
es
de
Londres,
desencorajasse
sindicatos de trabalhadores (Sintrivest, Sindmestre, Sintricomb e SEEBB), Fundação Educacional (Febe) e para uma clientela incluindo eventual,
segunda a sexta-feira, das 14 às 18h
de
na
no ex-
terior e estrangeiros aqui radicados tanto profissionais como amadores. O fotógrafo poderá optar por tema de livre escolha, desenvolvendo um trabalho de conteúdo formal ou conceitual que permitirá à comissão de seleção examinar com clareza e objetividade a respectiva proposta.
ou cor. Poderão
1995,
custa-
Galeria de Fotografia - rua Araújo Porto Alegre, 80, Centro, Rio de Janeiro(RJ). Poderão inscrever-se fotógrafos bra-
e branco
durante
a
va 10 dólares. Tudo por reembolso
fotografias,
trabalhos
flexível,
câmara deveria sofrer modificações. A primeira câmara Kodak surgiu em 1888. Era portátil, fácil de manejar e custava 25 dólares. Após bater as cem poses, quantidade que o filme permitia, o consumidor remetia a máquina para Rochester, onde o filme era retirado, revelado
de novembro, as inscrições para fotógrafos candidatos à exposição seus
em
indus-
postal.
em
análise mais acurada do conjunto de suas imagens, por parte de especialistas no campo das artes visuais. O convite dirigido a um expressivo número de curadores, de conceituadas instituições, para a tarefa de seleção, garante aos fotógrafos participantes uma ampla divulgação de seu trabalho, através do circuito das galerias e museus do país. Os nossos agradecimentos ao Setor de Fotografia do Departamento de Diftsão Cultural da UFF, pela co-parceria na seleção, divulgação e produção das mostras resultantes da” seleção de portfólios 93 e também da que aqui estamos lançando. Aos
tempo
como
acondicionado em rolo, mas suas vendas ainda eram insatisfatórias.
Ângela Magalhães
que se abre aqui, anualmente, deve ser vista como estímulo para que
anos,
já produzia em larga escala, a baixo custo e com alcance internacional. Depois do primeiro escritório
começou a ler tudo o que se publicava a respeito. Em revistas inglesas, ele descobriu que fotógrafos
o
anunciar que iria deixar o trabalho de repórter na sucursal de um diário de circulação estadual para abrir seu escritório. Mas o projeto virou realidade, dez anos depois de idealizado Em Brusque, Santa Catarina, cidade em que nasceu há 28
1889.
No início do século XX, a Kodak
guagem, a constituição da obra do autor -, traçando-se um panorama
suas idéias/projetos sejam postos .em prática, possibilitando-lhe uma
quem
O passo seguinte foi a primeira “câmara de bolso”, a Brownie, uma novidade que custava 5 dólares e podia ser manejada até por uma criança. Sua campanha de lançamento incluía uma extensa programação que atingia escolas e criava fás-clubes mirins.
tecnolé-
Equipamentos
palavra que
Com o advento do filme em rolo, também o cinema pôde desenvolver-se, quando som e movimento foram conjugados com a imagem. Os primeiros filmes produzidos para o cinema foram criados por Eas-
SELEÇÃO DE PORTFÓLIOS FOTOGRÁFICOS
mostrou-se
1888, teve
das as necessidades de uma marca de fábrica: ser curta, impossível de ser mal pronunciada em qualquer idioma e ter uma personalidade forte e inconfundível.
gicos e mesmo eletrônicos, com as mais modernas técnicas de manufatura aliadas a uma cultura global do mercado, visando estar capacitada para o limiar de uma nova era na fotografia. Quando George Eastman, um jovem bancário, resolveu acatar a sugestão de um colega, de fotografar o passeio que faria em suas primeiras férias do trabalho, estava dando início à história da fotografia moderna. Entusiasmado, adquiriu um equipamento completo de fotografia. O equipamento era volumoso, pesado, de difícil manuseio e custava 125 dólares. A câmara fotográfica era do tamanho de um televisor e precisa ser montada em tripé. Havia necessidde, também, de uma tenda, suficientemente espaçosa para garantir a colocação de chapas, que eram umedecidas em emulsões químicas antes e depois de a foto ser batida. Acrescia-se ainda um tanque de vidro, suporte para as chapas, um jarro para água e produtos químicos. Fascinado com as primeiras experiências, cancelou as férias e
tíólios,
“Você aper-
tao botão e nós fazemos o resto”. A palavra Kodak, criada por George Eastman e registrada co-
muito pouco se pareça com a empresa criada por Eastman, a sólida filosofia que tem sido o fundamento dos seus negócios permanece intocada: a companhia trabalha de acordo com as necessidades do mercado; todos os esforços são feitos para o bem-estar dos funcionários; independente do produto, enfatiza a qualidade, confiabilidade, conveniência e segurança. A Kodak, continuamente, tem aplicado recursos para ampliar seus campos de atuação e tem combinado um conhecimento sem paralelo no processo fotográfico com
De uma experiência de parceria com um trabalho que está sendo desenvolvido em Brusque(SC), envolvendo a fotografia e o jornalismo escrito, originou a criação de uma microempresa, reunindo o jornalista Luiz Saulo e a repórter-fotográfica Tina Rosa. A dupla de profissionais liberais estabeleceu um árduo caminho, porém foi gratificante combinar as idéias conquistando ao longo dos anos uma clientela diversificada, aplicando a harmonia das tarefas. Quando iniciou carreira jornalística, em 1983, Luiz Saulo Adami pensava em, mais tarde, montar seu próprio escritório de prestação de serviços: assessoria de imprensa e comunicação social. Não faltou
Marcos Maurici (Brusque/SC)
seu
Foto: Tina Rosa (Brusque/SC)
Kodak
o
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Desde
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Pág. 11
DE
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da
fotografia,
tra-
çando um perfil da cidade sob o ponto de vista de uma pesquisa apurada a partir das diferentes fases de produção de profissionais, publicações e demais movimentos | fotográficos paulistanos. (Div. Pesquisas/ETP Fotografia, rua Vergueiro, 1000, São Paulo/SP/01504-000).
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Dezoito fotógrafos potiguares estão participando da programação do Ill Concurso Fotográfico Nacional Cidade de Loreto, na Itália. O intercâmbio faz parte do Círculo de Fotógrafos 19 de agosto, criado pelo Espaço Cultural Babilônia de Natal, visando levar exposições locais a outros países. Nesta mostra que o tema é a cidade do Natal estão incluidos trabalhos de AdroClaro,
Juvino
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NATAL EM LORETO
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Ás mais belas fotos INFORMATIVO KODAK A edição nº 32/agosto/94, traz O lançamento do papel Polymax RC e o kit de filtros, químicos para processo E6, filtros para lanternas de segurança, vídeos de Dean Collins e os novos produtos da Kodak. Rua George Eastman, 213 SP-SP - 05690.
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(Vários autores) - Revista do Arquivo Nacional com o tema Fotografia numa série de artigos que analisa a imagem na história da própria profissão, sua aplicação na vida cotidiana e na construção de referências à vida pública e social do Brasil. (rua Azeredo Coutinho, 77, Rio de Janeiro/RJ/20230-170).
vando
DE
Márcio
EXPOSIÇÃO PELO BRASIL
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O jornal mensal da Associação dos Repórteres-fotográficos e Cinematogyráficos/RJ traz na edição de setembro notícias do dia mundial do repórter-fotográfico, 15 anos de fotografia na Funarte, entre outros assuntos. A edição de outubro, destaca a carreira do fotojornalista André Durão, os segredos da imagem digital e comenta o panorama das agencias fotográficas internacionais. Av. Treze de Maio, 23, sis. 2227/2228 Centro, RJ-RJ - 20031-000.
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bp
FOI) FOTOARQUIVO|
paul. Fone:
214-4149
(021) 239-4852.
Foto: Lourenço
PAPARAZZI
Em Natal(RN), a mostra fotográfica “Codificando a poesia” de Paulo Oliveira, aconteceu em parceria com o lançamento do livro Temporalidade da poetisa Wel-
she Elda do dia 14 até 20 de outubro na galeria da Aliança Francesa. No Espaço da UFF de Fotografia, em Niterói(RJ) a exposição da dupla cearense Celso Oliveira e Tiago Santana, apresentou de 19 de outubro até 17 de novembro a excelente mostra “Quem somos nós?”. Em Contagem(MG), o fotógrafo Lúcio Dias, apresentou de 7 a 24 de outubro na Casa de Cultura, a exposição “Vida, Origens & Fotos”, homenagem à tradicional comunidade dos Arturos. Na sede da Fundação Cultural de Curitiba(PR), a exposição fotográfica de Leopoldo Plentz, “Paisagens Chilenas”, permaneceu de 9 de outubro a 10 de novembro.
rage
VÍDEO FOTO LIR Fotografias, imagens, revelação de flmes, fotografias industriais, aéreas e sociais. Rivaldo Gomes Bezerra « titular
Revelação a Cores em 1 hora Pça. Presidente Roosevelt,|
Centro
Telefone celular: (084) 982-3464
Fone: 272 2586
CEP 59160
Parnamirim RN
FOTOJORNALISMO Gregório Serrão 254 04106 São Paulo SP Tel.: (011) 549 2766 Fax
(011)
575
AQUI Ulisses Caldas, 31, Centro/Natal/RN Tel.: 222-2066
1224
Eduardo Medeiros (Natal/RN) 5 Do Des
rt
Pág. 12
Portfólio aueng ouagoy :ojoJ
Roberto
Duarte
é muito
solicitado
para
realizar book,
Foto: Roberto Duarte
faz um trabalho a cada dia na área. Trabalha ainda com fotos publicitárias no mercado natalense e ainda no Recife(PE). Atualmente, vem trabalhando também com fotos para casamentos aniversários, etc. “Não me interessa que a garota est á com roupa ou não, se é bonita ou digamos, feia. O que me intere ssa é a foto “exp lica o autor potiguar, que tem preferência nas fotos de book , da qual é um pioneiro em Natal, aliada a foto publicitária , pois permite impor criatividade. O equipamento de Roberto Duarte: 3 corpos de Nikon FM2e 1 F E -2 com lentes de 16, 28, 35, 50, 105, 135 e 200mm. Possue ainda uma Pentax 6x7 com lentes de 50, 135 e 200mm. Recentemente, uma publicidade do Imirá Plaza com suas fotos foi classificada na revista Playboy como um dos talentos do ano. E a perspectiva para o futuro? “Montar um estúdio completo para publicidade e moda, anexado a um laboratório para suprir as necessidades dos profissionais locais”, finaliza o fotógrafo.
Foto: Roberto Duarte
E
(NH/ByeN) eueng oueqou :0304
(NH/BIeN) eueng ouegoy :0103
see 444 doses +44644 +ALLS4 444444
Foto: Roberto Duarte (Natal/RN)
Fotógrafo Roberto Duarte (084) 222-9459 Telefone Celular (084) 982-1962 Telefax
Fotos artísticas
e publ icitárias