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Hermes dos Reis Portfolio
Hermes é aluno de Artes plásticas na USP e apresenta na OLD um portfolio urbano, feito todo com filme, construindo um mundo próprio, que transita entre o público e o privado, descontruindo todo o mundo do fotógrafo.
Todas as imagens que você mandou foram feitas com filme colorido e posteriormente digitalizadas, certo? Como é a sua relação com o processo fotográfico analógico?
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Como surgiu a fotografia dentro do seu caminho pelas artes plásticas?
Surgiu comumente, tive um bom professor,que soube mostrar o lado instigante; que caminha ao lado do desenho de observação, no meu processo.Digo da parte de sair e ver o mundo!
Definidora, ainda não entrei no processo digital propriamente.Penso mesmo pelo viés do grão-luz e das 36 poses somente.
Como você encara o ajuste de cores e tons de uma fotografia na pós? Esse é um fator importante dentro da sua produção?
Presente.Na maioria das vezes tento trabalhar na chave das possibilidades que o processo analógico me daria,e isso ainda me ensina muito.
Qual a importância pra você de incluir família e amigos dentro da sua produção fotográfica?
Busco fotos sinceras. Nesse sentido o costumeiro ganha significado, família e amigos ganham importância, acho que tudo ganha.
Suas imagens apresentam um cotidiano urbano que parece ser extraído, em grande parte, do seu dia-a-dia. Você costuma fotografar sempre? Escolhe um tema e sai em busca dele? Como é sua produção fotográfica?
Fotografo sempre, o objetivo; não sair do lado da câmera. Morei no centro minha vida toda, então é mesmo meu dia-dia.Várias vezes saio a esmo, ou a algum lugar onde o cotidiano esteja acontecendo e enxergo até a foto se mostrar presente.
Você criou com suas fotografias um mundo distópico, escuro, em que nada é o que realmente parece. Você vê sua cidade assim? Este é sempre seu desejo ao fotografar?
Tento não ter muitos precedentes.A realidade é sempre nova e sem destino claro, talvez por isso o distópico.O escuro também é uma forma de falar da luz penso, de dizer da sua presença. No todo não acho que sejam só escuras. Tem muito a ver com a lente que eu uso também, uma 50mm.
Prefiro pensar que o que parece não seja o que realmente é. Há de fato algo mais profundo acontecendo. Meu desejo em fotografar é ser e estar presente, tento ter isso sempre claro.