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O projeto

Deslocamentos tem a interessante premissa de juntar o centro à borda da cidade. Qual a relação de vocês com São Paulo e com o urbano em geral? Qual a importância pro Garapa de transformar e resignificar o espaço urbano?

De certa forma, nosso trabalho está praticamente todo ligado à cidade e às transformações no espaço urbano. O Morar é isso, o Mulheres Centrais também. Acredito que esse interesse vem da própria vivência cotidiana, do simples fato de olhar para a cidade todos os dias, perceber as suas maravilhas e os seus absurdos. O Deslocamentos é, portanto, um trabalho em que esse interesse pela cidade volta-se para a própria cidade. Olhar, interpretar, intervir, olhar novamente - é como um ciclo que retorna, transformado, ao ponto de origem. A ideia de deslocar as paisagens veio dessa vivência. Já “viajamos” algumas vezes aos extremos da cidade, e sempre nos marcou o contraste da paisagem que víamos em Marsilac, por exemplo, à que enxergamos todos os dias enquanto caminhamos pelo Centro. E, ao mesmo tempo, tudo continua sendo São Paulo. Daí veio a ideia de unir esses pontos a partir do contraste, de criar esse choque visual nas paredes do Centro a partir de uma imagem registrada não muito longe dali.

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