Revista OLD [n. 12]

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Revista OLD Número 12

Julho de 2012

Equipe Editorial

Direção de Arte

Texto e Entrevista

Capa Fotografias

Felipe Abreu e Paula Hayasaki

Felipe Abreu

Felipe Abreu

Arnon Gonçalves Arnon Gonçalves

Entrevista Email Facebook Twitter

Natália Tonda Steve McCurry

Rosely Nakagawa

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Entrevista 21 05 17 35
Entrevista
Rosely Nakagawa
Steve McCurry
Portfolio
Natália Tonda
Portfolio
Arnon Gonçalves

Para manter o clima da mudança a OLD

Nº 12 chega com mais uma novidade: duas entrevistas! Conversamos com Steve

McCurry e Rosely Nakagawa. McCurry dá uma lição sobre como pensar o mundo e a fotografia, pregando um trabalho harmonioso e de respeito para com seus personagens. Esse grande fotógrafo da Magnum passa uma lição que deve ser absorvida por todos os fotógrafos que passarem por aqui.

Já Rosely fala sobre sua chegada no mundo da fotografia saindo da arquitetura e sobre seu trabalho como curadora. É uma figura essencial para entender o pensamento por trás da curadoria e da montagem de exposições no Brasil. Nossos dois portfolios também estão caprichados. Temos os trabalhos Ca | mar e Sa | lar de Arnon Gonçalves e Filmramic de Natália Tonda.

Arnon traz um trabalho intimista buscando

referências de sua infância dentro das casas que percorre no interior de Sergipe, cobrindo pautas como fotojornalista.

Ca | mar e Sa | lar é um trabalho que se aproxima do espectador, que faz todos viajarem à casa de avós e parentes do interior.

Já Filmramic é um trabalho totalmente voltado para o urbano. Natália mostra uma cidade plural, construída com uma série de múltiplas exposições.É um trabalho belíssimo, que passa pelos ensinamentos de João Musa, como vários outros que passaram pela OLD.

A OLD chega novamente com uma fotografia plural e com o desenvolvimento profundo do pensamento fotográfico por trás dela. Espero que todos gostem da mais nossa mais nova edição!

July 4th Ceremonies at the National Archives, 1973

Arnon Golçalves Ca|mar Sa|lar

Arnon Gonçalves é repórter fotográfico em Sergipe. Constantemente enviado para cobrir pautas em diferentes municípios do interior do estado, o fotógrafo aproveita para observar e resgatar neles aspectos de uma memória afetiva que remete aos ambientes que, mais do que comporem cômodos de uma construção qualquer, remetem a sua própria atmosfera familiar. ‘Ca | mar’ e ‘Sa | lar’ nasceram justamente daí.

Qual a relação entre os ensaios Ca | mar e Sa | lar? Eles fazem parte de um projeto maior? Pensando-as em retrospectiva, creio que a conexão entre elas não começa no seu momento de execução. A minha vontade de fotografar cômodos do interior do estado em que fui criado está impregnada da minha própria memória afetiva. Moro na capital do estado desde jovem, mas sou de uma

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família interiorana que, ao se mudar para Aracaju, fez questão de carregar para a ‘cidade grande’ certa ambiência rural. Ao lembrar da minha infância, recordo da casa em que passei a minha infância como uma roça perdida em meio à agitação urbana, refúgio que era nosso: meu e de meus familiares. Foi esse aspecto familiar que acabei retomando nessas séries – que, não a toa, foram batizadas com uma combinação de sílabas que jogam com palavras muito caras a esse meu universo familiar: ‘casa’, ‘mar’ e ‘lar’.

Qual é sua relação com os lugares apresentados? O que você pretende contar com essas fotografias?

Não sei se existe propriamente uma narrativa fotográfica nessas séries, mas, há, sim, uma relação íntima com a disposição dos elementos que meu olhar acabou

reencontrando nas casas em que fotografei. Falo de ‘reencontro’ justamente porque me percebi fotografando lugares que pareciam me transportar às minhas lembranças perdidas de garoto. A casa da minha família, talvez pela ânsia de preservação da atmosfera interiorana que todos nós carregávamos, era marcada por objetos e disposições considerados pra mim ultrapassados para a época e para a cidade em que se encontravam. Lembro que em casa tinha cama de madeira com mosquiteiros, mesa de jantar no centro de uma das salas e poltronas distribuídas entre os corredores. Tais objetos perduravam há anos na família. A preservação desses elementos, típicos das casas do interior, durante anos e anos talvez fosse fruto de uma necessidade de conexão com o nosso lugar de origem. Fotografar, já adulto, esses mesmos elementos que povoaram a minha infância foi como voltar no tempo e, de novo,

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preservá-los.

A maioria das suas imagens não possui elementos vivos e consegue muito bem contar uma história. Como você encontrou esses objetos narrativos?

As pessoas que hoje habitam cada uma dessas casas não me interessam em particular. Meu interesse era resgatar, através das fotografias, o que algum dia foi meu. E, nesse contexto, qualquer pessoa que nelas figurassem que não fossem aquelas que de fato fizeram parte da minha história seria trair as minhas lembranças. Mantive nas fotos apenas o que cada um desses moradores resguardou de um lugar e de um tempo semelhantes aos que eu, minha mãe, minha avó, meus tios e meus primos vivemos: as paredes sem reboco ou descascadas, as cortinas de pano, os móveis repletos de santinhos e fotografias antigas, os sofás

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cobertos por panos remendados, as cadeiras de área, as camas de madeira, os mosquiteiros decorados, os cestos de palha etc.

Suas fotografias tem uma iluminação muito bonita e que conduz muito bem o trabalho. Como você desenvolveu essa estética?

Isso surgiu de maneira natural nessa minha busca afetiva. Enquanto fotografava, não me dei conta de que preferia trabalhar com ambientes pouco iluminados, mas hoje tenho consciência que eles me ajudaram a criar a percepção de um outro tempo, de um tempo passado, que pode não ter a vivacidade e as cores de outrora, mas que se preserva de alguma forma em minha memória. Além disso, ao trabalhar com uma luz reduzida, acredito que o resultado que consegui nessas fotografias remete ao aconchego

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desses espaços do meu tempo de infância ou, ao menos, das lembranças que guardo deles.

e que só não se enchem de trevas de vez porque ainda há flashes de memórias para registrá-los, ainda que com pouca clareza.

Há sempre uma área de sombra nas imagens, que cria uma sensação dúbia entre o aconchego dos espaços e a escuridão que os rodeia. Como você lida com essa dualidade? Qual a intenção dessa abordagem visual?

Você tocou em um ponto crucial dessas séries. O tipo de iluminação que me leva ao aconchego é a mesma que cria zonas sombreadas nas fotografias. Mais do que um cuidado formal, essas sombras induzem à escuridão das minhas lembranças. É como se elas pudessem, alegoricamente, induzir ao vislumbre de cômodos que perderam o seu antigo brilho, a sua antiga grandeza. Esses cômodos, do jeito que foram fotografados, são desprovidos de materialidade, pois.

existem apenas na minha própria memória...
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OLD entrevista Steve McCurry

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Sell
Ahmet

A OLD teve a honra de conversar com um dos maiores fotógrafos em atividade, Steve McCurry. Membro da Magnum, Steve é conhecido mundialmente por retratar pessoas de culturas de todo o mundo, de uma maneira muito delicada e atensiosa.

conhecimento do povo e dos locais, mas ao mesmo tempo sinto que ainda sei muito pouco. De alguma forma um lugar entre em você e te dá a sensação de estar bebendo de um copo que não tem fim.

Como surgiu seu interesse pela cultura oriental? Como foi o processo de familiarização com os costumes tão diferentes dos ocidentais?

Como é fotografar uma cultura que não é originalmente a sua?

Eu acho a Ásia uma das partes mais incríveis desse planeta. Não há outro lugar, a não ser, talvez, pelas pirâmides no Egito ou pela antiga Grécia, em que você tenha uma civilização tão antiga na qual templos, arquitetura, linguagem, costumes e arte se mantenham tão importantes hoje como eram séculos atrás. O povo, a cultura, a história, a mitologia... Acredito que tenho um bom

Você tem que tomar cuidado. Você tem que ter informações e conhecimento do ambiente, dos lugares e pessoas envolvidos. Também é muito importante ter pessoas do local trabalhando com você. Sempre que eu viajo, tenho um tradutor comigo, muito do que fotógrafo tem a ver com a maneira com que abordo as pessoas. Se suas intenções são boas, você respeita seus personagens e seu

senso de dignidade, você terá uma reação positiva. Logo que chego a uma nova cidade

ou país, gosto de ficar um tempo somente olhando, encontrando o que é único

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e especial sobre aquele lugar. Sempre tento encontrar essa natureza especial de cada local. Como é a sua relação com as pessoas que fotografa? O quão importante é, para você, manter contato com eles?

A única tática que uso é ter respeito, ser aberto e tentar convencer as pessoas de que

de sua religião, língua ou cor. Nós somos todos,

quero o melhor para elas e que não estou tentando colocá-las em uma situação ruim. Não consigo deixar claro o suficiente como é importante demonstrar respeito e sensibilidade com todas as pessoas. Os problemas do mundo acontecem quando as pessoas se sentem desrespeitadas, desprotegidas e usadas. Às vezes minha relação com meu retratado é rápida, quando passo uma rua, às vezes é uma longa troca, de algumas horas, dias, até anos. Essa relação tem que ser flexível, já que cada situação é única. O tempo que leva para encontrar o “verdadeiro momento”

daquela pessoa é algo que varia a cada situação. Sempre tento estabelecer uma relação pessoal, mesmo que breve.

Você apresenta momentos de tensão e conflito de uma maneira muito delicada.

Como você procura por esses momentos?

Como ocorreu o desenvolvimento dessa

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Há uma espécie de comunhão entre todos nós, independente
basicamente, iguais.

abordagem fotográfica?

Embora eu costume trabalhar em áreas de conflito, minhas imagens são mais sobre pessoas, não um documento dos eventos que eles são obrigados a agüentar. Pra mim, o objetivo é encontrar uma espécie de universalidade entre pessoas nas mais variadas situações - se eu obtiver sucesso nisso, minhas imagens serão compreendidas por qualquer um que já tenha experimentado a condição humana, independentemente da sua situação individual.

30 anos em locais importantes como Afeganistão, Líbano, Camboja, Índia e Tibete. Também me encanto por culturas em extinção e como a modernidade e a globalização estão alcançando cada canto do planeta. O que quero que as pessoas levem com meu trabalho é que todos passamos

pelas mesmas aflições e alegrias, quer você more na Ásia, África ou América Central. Há uma espécie de comunhão entre todos nós, independente de sua religião, língua ou cor. Nós somos todos, basicamente, iguais.

Quais são seus objetivos com a fotografia? O que você sonha alcançar com as suas imagens?

Gosto de celebrar pessoas, lugares e culturas com a minha fotografia. Quero contar histórias através das minhas imagens.

Trabalhei ao redor do mundo pelos últimos

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Natália Tonda Filmramic

Natália Tonda chegou às páginas da OLD graças aos conselhos de João Musa. Assim como Hermes dos Reis, Gabriela Lissa, Aline Guarato e Gulherme Minoti, Natália também recebeu conselhos e apoio desse grande professor e fotógrafos paulistano antes de chegar aqui.

Além de Musa, o professor Daniel

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Salum também foi essencial dentro do trabalho de Natália. Foi ele quem a orientou na criação e na técnica do trabalho Filmramic que você vê aqui.

Seu trabalho tem um toque de abstração, de realidade re-construída. Como você começou a desenvolver essa estética?

Eu tenho o costume de olhar os reflexos nos lugares, de como algumas coisas se sobrepõem naturalmente e mudam a composição de maneira simples.

Comecei a estudar isso em película, de fotografar sem calcular a sobreposição e ver o quanto interferia em algo existente.

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Você trabalha muito com sobreposições e múltipla exposição. Você acredita que isso acrescenta narratividade às imagens? Gera novas leituras.. Uma sobreposição vista pela primeira vez, sempre se transforma quando vista novamente, e assim por diante. Um detalhe novo aparece, algo que quando visto pela primeira vez passou batido, mas ao rever a mesma imagem, ela ganha outra interpretação pelo objeto novo. É tão caótico como uma grande cidade, você passa por uma rua uma vez, e quando passa novamente acaba encontrando algo novo. As suas fotos apresentam mais elementos arquitetônicos do que humanos. Você acredita que assim conta melhor a história da cidade?

Não busco contar a historia da cidade em si, procuro criar imagens onde a cidade é um

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modelo, ela posa para a câmera, como uma pessoa.Eu tento fantasiar a cidade conforme vou fotografando, e deixando que o observador crie uma historia para o lugar, para a imagem que foi criada. Ela apenas existe, com as intervenção das sobreposições e das cores, o observador que cria a historia, conforme ele lê a imagem.

Você trabalha bastante a cidade dentro da sua produção. Você busca essas imagens dentro de São Paulo ou fotografa seu cotidiano, sem uma missão definida?

Eu comecei a fotografar a cidade como um exercício de observação minha, de tentar mudar os lugares por onde eu sempre passava. E quando revelava os filmes e via o resultado, aconteceu que criei uma cidade imaginaria pelas minhas fotografias.

É uma forma de rever a cidade, rever caminhos habituais. Então quando eu

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encontro uma imagem familiar na cidade, eu tento reinventá-la no meu imaginário.

Qual o papel de João Musa e de Daniel Salum na sua produção fotográfica analógica? Como você entrou em contato com eles?

Tive aula com o Daniel em 2008, e conversávamos bastante sobre o processo analógico, porque foi algo que comecei a estudar por vontade própria e ele foi me ajudando com os caminhos mais fáceis de todo o processo. E uns bons toques pro trabalho fluir como eu esperava. Nesse caminho, peguei pra ler Interpretação da Luz, do João Musa. E me encantei com todo o trabalho dele. No inicio desse ano conheci o João pessoalmente, em um curso de impressão do Instituto Tomie Ohtake.

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Beatriz Matuck

OLD entrevista

Rosely Nakagawa

Rosely Nakagawa é uma das principais

curadoras da fotografia brasileira. Sempre muito ativa, Rosely contou à OLD sobre sua trajetória, projetos e trabalhos atuais.

Quando você começou a se interessar pela curadoria em fotografia?

Comecei organizando sem pretensões, publicações e exposições ainda quando estudava da FAU USP, onde me formei em arquitetura. Foi por esta atividade que o

Cristiano Mascaro me indicou para o Thomaz Farkas para a coordenação da Galeria

Fotoptica em 1979, onde trabalhei até 1986.

melhor forma de apresentar esse formato ao público, através da edição, do projeto expositivo, da montagem e da apresentação em texto. Como é o trabalho de pensar a montagem do espaço expositivo? Como a sua formação de arquiteta auxilia nesse processo?

Você acredita que o curador tem o papel de dar uma forma final ao projeto artístico/ fotográfico?

Certamente a minha formação muda o meu modo de pensar a imagem, não consigo editar um trabalho sem desenhálo no espaço, pensar na luz, no formato, na moldura. Exposição tem que ter este desenho pois a interação com o espaço e o percurso são fundamentais. Sempre penso a montagem como um todo , tridimensional e com um tempo de fluência.

Acho que a forma final é um trabalho do fotografo/artista. O curador o auxilia na

Como você começa o trabalho com os fotógrafos? Você os procura, eles entram

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em contato?

Começa das duas maneiras. Muitas vezes

percebo uma tendência na produção contemporânea e busco autores que tem um pensamento comum e proponho uma mostra, ou procuro um fotógrafo que esteja com uma produção madura e sugiro um projeto.

Algumas vezes os fotógrafos me procuram, essa é a maioria dos casos. Procuro sempre me relacionar com fotógrafos que estão começando também.

Como você vê o papel do curador dentro da construção de um livro fotográfico?

Você acredita que é muito diferente do processo expositório?

São dois trabalhos diferentes. Como falei, a curadoria de uma mostra tem um espaço e uma fluência dentro de um tempo determinado, tem uma leitura interativa com o espaço, o corpo. No livro, a leitura é mais demorada, o leitor vai e volta, o livro é de longa duração e de leitura individual.

Como é sua relação com jovens fotógrafos? Você está sempre em busca de novos projetos?

A fotografia tem se tornado um dos principais meios de expressão dentro das artes plásticas. Como você vê esse movimento? Você acha que os fotógrafos devem abraçar esse novo caminho?

Não estou sempre em busca de novos projetos, mas atenta a novas propostas.

Sempre que posso participo de leituras de portfolio, e marco leituras em meu escritório.

A fotografia veio das artes plásticas, é uma

derivação que sempre andou junto das artes, como a gravura. O que está acontecendo

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OLD 39 Paraisópolis, uma cidade dentro da outra

hoje é a inserção da fotografia no mercado das artes. Como instrumento e como mercadoria. O fotógrafo e o artista tem que estar atento para não cair na armadilha de produzir para o mercado, o que pode esvaziar sua obra.

da outra, fotografias de Renata Castello

Branco no SESC Pompéia e em agosto, com abertura marcada para o dia 04, a mostra de retratos do Mestre Julio Santos, de Foto pintura, na Pinacoteca do Estado, numa curadoria compartilhada com o Diógenes Moura, uma experiência muito rica.

Hoje, você vê a fotografia em um momento de ascensão ou de banalização?

Acredito que o movimento de maior visibilidade da fotografia no mercado mostra uma ascensão acompanhada de um certo esvaziamento de sentido.A evolução da forma não necessariamente é acompanhada da evolução do conteúdo.

Que projetos você está desenvolvendo atualmente?

Acabei de fazer o projeto de curadoria da mostra PARAISOPOLIS, uma cidade dentro

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