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Pétala Lopes Portfolio
Pétala Lopes é uma fotógrafa paulistana, que começou seus estudos em 2007. Ela atua em várias áreas da fotografia, do editorial de moda ao fotojornalismo. Para a OLD ela apresenta um ensaio nu, composto por imagens cotidianas, de uma intimidade e entrega ímpar.
processo de construção deste trabalho?
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O que me impulsiona a fotografar é o amor, a vida, as pessoas que divido tudo isso. A construção desse trabalho se deu à partir da beleza do dia a dia, das relações e do que pulsa. Ele é formado por fotos digitais e de filme, pois são diversas as situações. Ele é
Seu ensaio registra momentos do cotidiano, da intimidade. Como foi o uma junção da minha vida. Costumo dizer que é permanente essa construção, e é lindo quando consigo tocar as pessoas com meu trabalho, já que é tão particular. que está fotografando? Para você é importante ter alguma intimidade com o fotografado?
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Como você vê o nu dentro da fotografia? Que sentimentos e intenções você buscou expressar através do corpo neste trabalho?
O nu é divino, o corpo é algo que se configura nosso ser enquanto humano. Fotografar alguém nu é uma troca, o fotografado se doando, o fotógrafo absorvendo, sentindo, isso faz todo o sentido para mim. Não tenho intenções, apenas fotografo porque acho especial um corpo nu. E é tão legal quando juntos, eu e fotografado conseguimos chegar em pelo menos um primeiro passo de intimidade. Às vezes, quero mergulhar dentro do que estou fotografando de tão sensível que é.
Fico tentando me encontrar em tudo que fotografo, às vezes até atrapalha, porque quero que as coisas façam sentido, e não só sejam superficiais. Até na moda, o [coletivo] Grafo traduz bem, é a tentativa de fotografar moda com intimidade, com o coração. Sem dúvida preciso dessa conexão, que não é nem de entender, mas de sentir. Sentir pelo menos o cheiro do que estou fotografando, e não só pegar minha tele e a 10 metros de distancia fazer uma boa foto.
Como você se relaciona com a pessoa
A Maya Goded que fala, que quando estamos fotografando temos que nos abrir e aprender. Olhar mais profundamente para o que está em nosso redor. É nisso que acredito, deixar a fotografia te levar, te envolver.
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Você envolve o nu dentro de um contexto urbano, que emoldura as personagens fotografadas. Qual o papel da cidade dentro do seu trabalho?
A cidade é o movimento, a minha rotina. E como o trabalho está totalmente voltado para a intimidade, a cidade aparece sempre, porque é aqui que vivo e os personagens que fotografo também.
Como você busca desenvolver o feminino dentro do seu trabalho?
Acho que o feminino carrega uma beleza inigualável, tem sensibilidade, tem força. Acho bonita a forma que a mulher é, cada uma dentro do seu modo de vida. E desejo apenas que as mulheres sejam elas, para que a minha aproximação seja natural. É importante ter confiança e beleza, mas isso faz parte daquele processo que já comentei, do conhecer o outro, da troca e da entrega.
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