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Felipe Morozini Dreamers

Felipe Morozini é um artista plástico paulistano que utiliza seu trabalho fotográfico como retrato da cidade de São Paulo e sua ocupação. Na OLD ele apresenta seu ensaio Dreamers, que une habitante, metrópole e fotógrafo em um só corpo. Como surgiu o conceito para o projeto Dreamers?

Ele surgiu na necessidade que todo fotógrafo tem: fazer retratos.

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Seus trabalhos fotográficos tem, em sua maioria, um ponto de vista privilegiado sobre a cidade de São Paulo. Como você começou a buscar essa relação?

A relação foi naturalmente criada no momento que entrei no apartamento de minha bisavó e olhei tudo com outros olhos.

A relação é inerente à minha presença. Ela se manifesta sozinha.

Como você encaixa a fotografia dentro do seu trabalho como artista plástico? Ela é seu principal meio de expressão? Ultimamente tenho pensado em outros suportes, como lambe-lambes, vídeos e objetos. Colocar o 2D da fotografia em 3D. Mas ainda trabalho forte minhas fotografias na galeria ZIPPER

Dreamers funciona como um duplo retrato, em que o fotógrafo se funde ao fotografado. Você vê algo de autorretrato dentro desta série? Como foi o processo de desenvolvimento dessa estética? Totalmente. É um autorretrato. Sou tímido. Nessa séries os outros me ajudam a me enxergar. E com o passar do tempo, fui vendo que eu estava dentro de todos e viceversa.

Como foi feita a seleção dos retratados na série? Qual a sua relação com seus personagens?

Eu me emociono quando há a fusão da imagem do retratado, da cidade e a minha imagem. Tudo junto. O olho se ilude. E vê o que você quer ver. No seu tempo. Cada pessoa que vê essa série vê uma coisa primeiro.

Suas fotografias tem um forte fator voyeurístico. Você vê em Dreamers um voyeur invertido, que olha para dentro de si mesmo, de sua própria casa?

Que lindo isso, não tinha pensado...mas é exatamente isso.

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