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Comenius e Erasmus
A minha experiência no Comenius e Erasmus +
Célia Carvalho . Aluna do 12ºD
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“Só tenho a agradecer aos professores integrantes destes dois enriquecedores projetos, pois foi graças a eles que a minha mentalidade mudou, as minhas ideias evoluíram, o meu espirito critico ficou muito mais desenvolvido e o meu coração mais cheio.”
Primeiramente gostava de referir que participei em dois projetos semelhantes: ‘Comenius’ e ‘Erasmus +’. O tema do primeiro relacionou-se com as tradições (a nível gastronómico, musical, cultural etc) dos países que fizeram parte – Portugal, Polónia, Hungria, Itália, Grécia e Turquia -, decorreu deste 2012 a 2014. O segundo incide sobre sustentabilidade presente em casa país participante – Portugal, Itália, Hungria, Polónia, Turquia, Grécia e Alemanha -, com o prazo até 2017. Ambos oferecem um leque de oportunidades aos alunos integrantes, tais como o desenvolvimento da língua inglesa, mobilidades aos países, comunicação com os alunos estrangeiros, melhor aceitação das diferenças e da pluriculturalidade, Quanto ao ‘Comenius’, fui uma das primeiras alunas a agarrar o projeto de braços abertos. Inscrevi-me, participei em todas as iniciativas, trabalhei e consegui agregar-me ao primeiro grupo que se deslocou na primeira mobilidade com destino à Polónia. Dia 23 de fevereiro de 2013 despedira-me da minha família para dar inicio a uma viagem inesquecível. Foi o dia mais entusiasmante da minha vida: para além de ser a primeira vez que passava uma semana longe dos meus pais, foi a primeira vez que andei de avião. Eu, três colegas e três professores embarcamos naquela que foi a melhor aventura. Falando do país, fiquei com uma boa impressão da Polónia. Ao nível gastronómico existem muitas diferenças para melhor, apurei o meu paladar e gostei. Ao nível cultural, esta nação tem uma história muito rica e foi-me possível conhecê-la melhor. Com 15 anos iniciei uma nova etapa da minha vida. Uma etapa que nunca pensei alcançar. Passado uma semana fiquei com uma maneira de pensar totalmente diferente. Lidámos com realidades distantes da de Portugal, lidámos com novas religiões, com novas politicas, com novas ideias, com novas culturas, com novas pessoas. Modernizei o
meu pensamento. Relativamente ao ‘Erasmus +’, já sabia o que me esperava. Todavia, não foi por isso que não me empenhei de igual forma. Pelo contrário, estava num campo que dominava e trabalhei até que consegui participar noutra mobilidade. Desta vez o país mudara. Era Grécia o meu rumo. Dia 18 de Novembro de 2015 eu, três colegas e duas professoras iniciávamos uma nova jornada. Na Grécia chocou-me a cidade de Atenas: uma cidade escura, grafitada, poluída. Mas não foi nessa urbe que passamos a semana, foi na aldeia de Pteleos. E dela só tenho maravilhas para contar. A família que me acolheu era unida e fizeram de mim filha. Não sabiam falar inglês, por isso falamos com gestos e conseguimos integrar temas de conversa diversos tais como economia, politica, religião, etc. Já com 18 anos, fui com um olhar diferente sobre a sociedade e foi assim que consegui verificar pormenorizadamente as diversidades. Criei amizade com uma rapariga turca, com quem falei de religião. Tivemos, portanto, discussões saudáveis sobre este aspeto. Mudei totalmente a minha opinião. Não que eu fosse contra tal, mas percebi que tinha ideias muito erradas e que me levavam diretamente ao erro que muita gente cai: critica-la. Agora respeito-a no seu cerne. Para além da religião, consegui entender a economia do país e até mesmo lidar com ela, uma vez que a ‘minha’ família me informou e me deu as opiniões pessoais de cada membro. Quanto à gastronomia, o meu paladar adotou por completo aquele queijo, aqueles legumes, aquele vinho com mel e limão! Só tenho a agradecer aos professores integrantes destes dois enriquecedores projetos, pois foi graças a eles que a minha mentalidade mudou, as minhas ideias evoluíram, o meu espirito critico ficou muito mais desenvolvido e o meu coração mais cheio. Foi graças aos professores que comecei a tomar iniciativas, a querer fazer mais pela sociedade, a aprender a respeitar as diferentes pessoas que nos rodeiam, a aceitar a sociedade como uma só. Apoio este tipo de projetos e apelo aos meus colegas que se desafiem a eles próprios, que metam mãos ao trabalho e iniciem uma nova jornada: a jornada da descoberta.