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Grande edifício
Mais uma ida ao grande edifício
Rafaela Cigarro . Aluna do 9ºB
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Estava quase a chegar a casa, depois de um dia cansativo de escola. Já estava tão completamente sem energia que tive de parar, fazer uma pausa para me recompor. Sentei-me nas escadas de um grande edifício que me era familiar. Pois… era a biblioteca municipal. Quando olhava para ele lembrava-me de algo. Fiquei com os olhos postos no edifício durante alguns segundos. Não me recordava do que era, mas, de repente, lembrei-me de algo. Tinha que entregar os livros que tinha requisitado. Rapidamente pus-me em pé e fiz-me ao caminho com o passo acelerado. Ultrapassando as pessoas e pedindo desculpa por qualquer pequeno empurrão, cheguei a casa. Chegando a casa, coloquei as minhas coisas nos respetivos lugares, peguei nos livros e lá fui eu. Durante o caminho, ponho-me sempre a pensar sobre que livro requisitar e se irei gostar da sua história. Depois de terem passado cinco minutos da minha vida, deparo-me com um grande portão ornamentado. Ultrapasso-o, entrando no recinto. Subo as suas escadas de pedra e empurro a porta para conseguir entrar. Um silêncio “ensurdecedor” percorria a biblioteca… era de arrepiar a espinha. Continuei a andar. Cumprimentei as funcionárias com um simples e baixo “Boa Tarde” que mais pareceu um sussurro. Subi outras escadas, mas estas davam acesso ao andar de cima, onde estavam eles, aqueles livros todos. Ainda a segurar os livros, “perco-me” naquele labirinto de enormes estantes repletas de livros. Sempre adorei ir àquela biblioteca, principalmente perder-me lá. É incrível a sensação que aqueles livros todos nos oferecem e aquilo que se sente quando se está lá no meio. Por vezes, penso que só queria ter aqueles livros todos em casa, mas, enfim… Continuemos a minha busca pelo livro. Todas as vezes que entro lá, parece que o tempo voa. É impossível eu não demorar mais do que uma hora. Só não demoro mais porque não posso. Durante essa hora, observo as capas dos livros com atenção, não falho nenhum detalhe, leio os pequenos resumos escritos na parte de trás e ando de um lado para o outro a “inspecionar” as estantes para ver se não escapou algum livro que me agrade. Sempre que venho em direção a ela, digo a mim mesma que não irei demorar muito tempo, mas é inevitável. Fico sempre mais tempo do que o previsto. E que outra coisa me podia ter acontecido senão isso? Foi o que aconteceu naquele dia. Às vezes, até as funcionárias me perguntam se preciso de ajuda, mas eu digo sempre que não, pois eu sei o que quero, simplesmente gosto de estar
ali. É um sitio calmo e sossegado, onde as ideias fluem mais facilmente. É espantoso! Voltando ao assunto principal. Ainda andei um bom bocado, para lá e para cá, até o encontrar. Reparei naquele livro de capa preta, que o torna misterioso, e que tinha um título inquietante e cativante. Sem mais delongas, desci as escadas à pressa, entreguei os livros que tinha trazido e levei o livro que tinha tirado da estante. Saindo da casa onde os livros “moram”, rapidamente chego a minha casa e coloco-o em cima da cómoda. É sempre uma surpresa quando se abre um livro. É uma explosão de emoções. Por vezes, quando leio um, o seu início não é muito interessante, mas é fundamental esta parte inicial para dar continuação à sua história. Por vezes, os pequenos detalhes fazem a diferença. Como pessoa curiosa que sou, não espero muito tempo, ou seja, sento-me na minha cama, abro o livro leio-o e leio-o, até que mate a minha curiosidade e até dizer “chega”.