Síntese das actividades do 2º tema: Modelo de Auto‐ Avaliação. Problemáticas e conceitos implicados. Turma 3 ‐ 3ª Sessão Caros(as) Formandos(as): Após análise das vossas tarefas desta 3ª sessão de formação, que tinha como objectivos: •
Perceber a estrutura e os conceitos implicados na construção do Modelo de Auto‐ Avaliação das Bibliotecas Escolares.
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Entender os factores críticos de sucesso inerentes à sua aplicação,
cumpre‐nos tecer alguns comentários globais sobre o decorrer das actividades: 1. Actividades propostas/cumprimento das tarefas:
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Para a realização das actividades desta sessão de formação que constavam de 2 tarefas foram disponibilizados 5 documentos, 4 de leitura obrigatória e 1 de leitura facultativa.
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As tarefas (em opção), planificação de Workshop (Fórum 1) ou análise crítica ao modelo de auto‐avaliação (Fórum 2) foram cumpridas por 34 formandos (17 em cada opção).
• A 2ª parte da tarefa, executada por praticamente todos, permitiu um satisfatório grau de interacção entre os formandos, salientando‐se alguns comentários de grande qualidade e relevância para o tema, contendo uma apreciação global ou destacando aspectos pertinentes ou partes do trabalho do(s) colega(s). Neste ponto consideramos relevante salientar, tendo em conta o que muitos formandos foram evocando, que o comentário (2ª parte da tarefa) deveria ser encarado não como um constrangimento, mas uma oportunidade (para quem é dirigido o comentário) de obter algum feedback dos colegas sobre a sua tarefa. Este é um princípio fundamental neste tipo de formação atendendo a que a existência de interacção qualifica o trabalho desenvolvido em cada sessão e recusa a ideia de que a plataforma é apenas um “depósito” de trabalhos. • A grande maioria dos formandos cumpriu os prazos definidos para as tarefas propostas. 1
2. Síntese Global dos trabalhos apresentados
As tarefas propostas na concretização da temática procuravam que os formandos se debruçassem sobre o modelo de auto‐avaliação, analisando criticamente a sua estrutura e metodologias inerentes à sua aplicação. Pela análise das tarefas realizadas percepcionou‐se, na globalidade, que os formandos vão 1
Na presente síntese, optou‐se novamente por não destacar nenhuma intervenção individual. Contudo, irão reconhecer algumas transcrições efectuadas a partir de alguns dos trabalhos apresentados.
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gradualmente tendo consciência das necessárias competências ao nível de gestão e planificação exigidas ao Professor Bibliotecário (PB), que serão determinantes no desenvolvimento do processo de auto‐avaliação e identificação de acções estratégicas que permitirão a melhoria dos resultados – eficácia da BE e dos serviços que presta. Essas competências dos PB, constantes no texto da sessão, e identificadas por muitos de vós, sobretudo nas análises ao modelo, acabam por identificar a necessária visão estratégica do PB, que deverá saber trabalhar em equipa, sendo líder; deverá ser um gestor dos recursos humanos e materiais; deverá ser organizado e promover todas as tarefas da BE, incluindo as de avaliação. Deverá ser um bom comunicador. Ou, por outras palavras, como se podia ler no texto da sessão e que alguns de vós transcreveram: y Ser um comunicador efectivo no seio da instituição; y Ser proactivo; y Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo; y Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa; y Ser observador e investigativo; y Ser capaz de ver o todo ‐ “the big picture”; y Saber estabelecer prioridades; y Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade; y Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola; y Saber gerir recursos no sentido lato do termo; y Ser promotor dos serviços e dos recursos; y Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens; y Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola. y Saber trabalhar com departamentos e colegas. Fórum 1‐ Planificação de Workshop formativo de apresentação do Modelo de Auto‐Avaliação dirigido à escola/ agrupamento. As temáticas a abordar deveriam ser, entre outras, as seguintes: − Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares; − O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria da qualidade. Conceitos implicados. − Organização estrutural e funcional. − Integração/ Aplicação à realidade da escola/ biblioteca escolar. Oportunidades e constrangimentos. − Gestão participada das mudanças que a sua aplicação impõe. Níveis de participação da escola. Os formandos que optaram pela realização desta tarefa abordaram a temática em causa, seguindo as linhas orientadoras constantes no guia da sessão e os itens a considerar, relativamente à Formadoras: Dina Mendes / Helena Duque Novembro de 2009
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estrutura organizativa, colocados fórum pelas formadoras. Globalmente revelaram as leituras recomendadas. Constatámos que a definição de biblioteca escolar implicada esteve presente em quase todos os workshops, assim como os conceitos fundamentais que caracterizam o Modelo, como a noção de valor, de qualidade e eficácia, de impacto e de trabalho baseado em evidências e numa atitude de pesquisa/ acção constantes – a autoavaliação não deve ser entendida como um fim, mas como um processo pedagógico e regulador. A estrutura e fases de operacionalização do modelo foram salientadas por alguns formandos, bem como possíveis acções para a sua integração na escola, que pressupõe um envolvimento da escola no seu todo, promovendo uma cultura de avaliação. Se alguns dos formandos somente usaram o PowerPoint como formato de apresentação, outros foram mais minuciosos na explicitação da metodologia de operacionalização: seleccionaram textos de apoio, identificaram questões de partida, estruturaram grupos de discussão e construíram materiais de apoio à realização do workshop, incluindo a avaliação do mesmo (recolha de evidências) e bibliografia, convocando conceitos desenvolvidos na sessão anterior e a sua experiência e conhecimento do processo ensino‐aprendizagem. As propostas apresentadas, embora com diferentes níveis de execução, como também perceberam, serão, decerto, uma preciosa ajuda no processo de planeamento e execução da avaliação da BE na e com escola. Recomendamos, por isso, que os formandos, sobretudo os que não realizaram esta proposta de tarefa, se inspirem nos trabalhos dos colegas para efectivar, em cada escola, uma actividade prática que procure ir ao encontro de uma das fases do processo de aplicação do modelo de auto‐ avaliação. É de salientar também que alguns formandos que tendo feito uma análise crítica ao modelo, concretizaram a sua 2ª parte da tarefa fazendo um comentário ao Workshop, o que denota o reconhecimento da importância do planeamento de uma actividade deste género nas suas escolas, bem como a concretização de uma aprendizagem colaborativa que este tipo de formação propicia, o que muito nos apraz. Fórum 2‐ Análise crítica ao modelo de auto‐avaliação No cumprimento desta tarefa, o empenho e qualidade da análise e problematização realizadas foram na generalidade bons: Havendo, no entanto, contributos diferenciados reflectindo leituras mais aprofundadas, usadas para complementar a análise ao documento, ou um maior à vontade na realização da tarefa que advém da própria experiência dos formandos. Verificámos que os formandos procuraram, de uma forma global, sistematizar os aspectos sugeridos: ‐ O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados. ‐ Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares. ‐ Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos. Formadoras: Dina Mendes / Helena Duque Novembro de 2009
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‐ Integração/ Aplicação à realidade da escola. ‐ Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação. A abordagem ao conceito de biblioteca escolar (perspectiva organizacional subjacente ao conceito de Biblioteca Escolar) que deve cumprir as suas funções (informativa, educativa, cultural e recreativa) no contexto de um novo paradigma educativo e as implicações na acção do professor bibliotecário, e nas competências que deverá assumir, aparecem em quase todos as análises efectuadas. Também os conceitos fundamentais que subjazem ao modelo foram amplamente referidos, nomeadamente: noção de valor, de qualidade e eficácia, de impacto e de trabalho baseado em evidências (Evidence‐based practice e evidence, not advocacy) e numa atitude de pesquisa/ acção constantes (relação entre os processos e o impacto ou valor que originam), que passa também por novas práticas de gestão e de liderança. Alguns formandos associaram a estes conceitos, enriquecendo as suas análises, outros conceitos que estão subjacentes aos já identificados, nomeadamente o conceito construtivista da aprendizagem Sistematizamos aqui alguns dos aspectos fundamentais recorrentemente referidos nas vossas análises, tendo consciência que outros ângulos correlacionados poderiam ser também destacados: • Identificação do valor pedagógico do Modelo, regulador e flexível – auto‐avaliação como parte integrante do processo de desenvolvimento e relacionada com conceitos globais do processo de ensino‐aprendizagem; a avaliação enquanto instrumento (e não um fim) de melhoria; • Necessidade da sua implementação enquanto instrumento de aferição e de criação de valor no contexto interno da escola, ela própria em situação de avaliação interna e externa ‐ absoluta necessidade de proceder a uma avaliação credível e objectiva, capaz de justificar o novo papel e o respectivo valor das Bibliotecas Escolares nos objectivos da escola em que se insere; • O modelo como instrumento de melhoria com implicações directas nas acções a desenvolver e no planeamento – análise de processos e resultados – Transformar a ideia do programa escolar da BE numa realidade requer dois elementos essenciais a uma boa gestão: pensamento estratégico e planeamento estratégico; • A organização em domínios a ser objecto de atenção especial e individualizada num ano, sem perder o controle dos restantes domínios, foi também por alguns valorizada, a par da constatação da sua exaustividade que poderá gerar “alguma angústia” na recolha sistemática de evidências – mas considerada fundamental pela maioria – redefinição de processos, corrigindo pontos fracos e potenciando pontos fortes da actuação da BE; A sua plena integração no processo de avaliação na escola – referida por alguns formandos, embora sem a relevância que este aspecto deve conter na sua génese: importante avaliar a relação da Escola com a BE e vice‐versa, pois toda a escola é uma biblioteca; Formadoras: Dina Mendes / Helena Duque Novembro de 2009
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• A ausência de cultura de avaliação que existe nas escolas e as dificuldades inerentes ao processo de aplicação do modelo junto dos actores educativos pouco habituados a entender o papel da BE e o seu valor pedagógico, foram recorrentemente apontados como constrangimentos. Concluímos a nossa síntese constatando que nem todos Formandos viram os respectivos trabalhos comentados pelos Colegas, facto que reconhecemos não estar inteiramente relacionado com a qualidade dos mesmos. Como alguns de vós afirmam relaciona‐se com a intensidade desta formação e/ou outros critérios subjectivos a que recorreram (escolha aleatória, área geográfica de trabalho, conhecimento pessoal,…), na selecção do contributo de um dos colegas. Findo este segundo domínio de formação, desejamos a todos a continuação de uma boa participação e trabalho nesta oficina de formação. As formadoras
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