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Foto Luciana Sotelo
ANO XIV - Nº 178 - ABRIL/2017
A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte
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Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente
Um cantinho especial para curtir história e cultura
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Foto Arquivo pessoal
Foto Divulgação
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LED Flyer, uma nova luz no mercado de panfletagem
Há árvores no seu caminho?
Capa Ricardo Aranha Ramos
A espécie cereus hildmannianus, uma das espécies de cactus existentes no Brasil Foto Ricardo Aranha Ramos
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Cactos pág. 08
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meio ambiente
Cactos, Ricardo Aranha Ramos
até eles, na lista vermelha A espécie está em risco de extinção, principalmente, devido ao comércio ilegal. O Brasil possui menos de 20% das diferentes famílias de cactos do planeta, diversidade das mais ameaçadas do mundo
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meio ambiente Morgana Monteiro
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A maioria acredita que eles só sobrevivem em terras áridas. O caule, quando cortado ao meio, oferta água no deserto. Tal imagem dos cactos, retratada grosso modo na ficção, não representa a totalidade das espécies. A planta, fundamental em ecossistemas extremamente secos, é fonte de alimento para animais como cervos, lagartos, coiotes, e suas flores fornecem néctar para pássaros e abelhas. E, no Brasil, os cactos não estão presentes apenas no Nordeste; a planta habita, principalmente, o bioma pampa no Rio Grande do Sul e os campos rupestres e caatinga do norte de Minas Gerais. Antes, conhecida pelas belas flores e formatos variados, agora, várias espécies de cacto estão famosas por um motivo menos nobre: entraram para a famigerada lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da Internacional Union for Conservation of Nature – IUCN - ou União Internacional pela Conservação da Natureza. O primeiro relatório global produzido ano passado sobre o tema aponta que 31% das espécies de cacto correm o risco de desaparecer do planeta, o que revela o nível de ameaça muito maior do que se pensava. E isso inclui as plantas que ainda sobrevivem em terras gaúchas e mineiras. A razão da má notícia, segundo a pesquisa, é a pressão crescente exercida por atividades humanas como o comércio ilegal, além do desenvolvimento agrícola e urbano sem limites que os cientistas chamam de “transformação de habitat”. As informações fazem parte de um estudo conduzido pela Universidade de Exeter, do Reino Unido, e integra o artigo científico intitulado High proportion os cactus species threatened with extinction (Grandes proporções de espécies de cactos ameaçadas de extinção). Foi elaborado pela cientista Bárbara Goettsch e publicado no primeiro volume da revista Nature Plants, novo periódico da família da revista Nature, de alto perfil de circulação mundial. Para se ter uma ideia da trágica consta-
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Relatório global da IUCN, produzido ano passado, mostra que 47% das espécies foram afetadas pelo comércio irregular de plantas vivas e sementes para a indústria hortícola e coleções privadas, bem como sua colheita insustentável. Acima, a espécie Parodia crassigibba e, ao lado, a Parodia leninghausii
tação, os cactos encontram-se mais ameaçados que alguns mamíferos ou aves, como afirma a bióloga Daniela Zappi: “O estudo compara a proporção de aves, répteis e anfíbios em perigo de extinção com a de cactos. A planta encontra-se tão ou mais ameaçada do que esses grupos de animais”. Daniela é uma das maiores especialistas em cactos no Brasil, participante da pesquisa de Goettsch. Daniela é formada pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou no Royal Botanic Gardens, na Escócia, na implantação do Novo Jardim Botânico de Cingapura, e continua pesquisando os cactos em nosso país. Ela destaca que poucos grupos de plantas foram estudados tão a fundo, do ponto de vista de extinção, como os cactos. Os resultados revelam que a região Sul do Brasil e certos desertos mexicanos são as áreas nas quais há maior perigo de a planta desaparecer. O Leste do Brasil, berço da caatinga mineira, fica em
Na Baixada Santista Os colecionadores ainda são poucos e discretos por aqui. A jovem Roamah Nóbrega e sua mãe Regina Nóbrega dedicavam-se ao cultivo próprio de cactos. Ao notarem que algumas pessoas as procuravam para saber mais sobre as espécies, decidiram plantar para comercializar. O projeto deu certo e, hoje, a pequena empresa atende os clientes por meio de encomendas para presentes, lembrancinhas personalizadas em eventos e ainda, participa de bazares na região. Entre as mais de 10 espécies comercializadas pela empresa,
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terceiro lugar nesta triste estatística. O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior diversidade de cactáceas. De acordo com a Fundação Zoobotânica gaúcha, dos diferentes tipos de cactos presentes ali, 53 estão em situação de algum grau de vulnerabilidade, caracterizando uma das famílias de plantas com maior número de espécies ameaçadas naquele estado. Em alguns casos, suas populações não chegam a 500 unidades na natureza. As localidades nas quais ainda são encontradas algumas espécies são guardadas a sete chaves pelos biólogos. Para eles, a divulgação poderia colocá-las em risco ainda maior. Zappi explica: “Em geral, as pessoas relacionam os cactos no Brasil apenas à caatinga do Nordeste, especialmente o mandacaru, xique-xique, facheiro e coroa de frade, que são figuras emblemáticas. Mas o centro da diversidade no Sul brasileiro tem mais espécies ornamentais e ameaça-
que recebeu o nome de Nobre Cactus, estão a Rhipsalis baccifera, conhecida como cacto macarrão; Euphorbia ingens, o cacto candelabro; e a Opuntia microdasys, popularmente chamada de orelha de coelho. Roamah e a sua mãe adquirem sementes e fazem mudas a partir da produção atual. A previsão é que, dentro de três anos, o plantio esteja triplicado. A dupla acredita que a sustentabilidade é o caminho e pretende continuar a produção até que não necessite mais adquirir sementes de fornecedores. “Plantar, cuidar e comercializar os cactos é uma forma de resgatar os olhares para a espécie”, diz Roamah.
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meio ambiente
Lista vermelha da IUCN
Sergio David Marin de Souza
É uma ferramenta dinâmica alimentada por especialistas, que usam a distribuição e/ou situação das populações em espécies e as comparam com as ameaças ao habitat no qual ocorrem. A partir desses dados, plantas que estão em declínio são categorizadas como vulneráveis, ameaçadas ou criticamente ameaçadas, mostrando o quão grave é sua situação. Essa lista é refeita periodicamente.
Sérgio David Marin de Souza é um dos defensores da espécie. Atualmente, sua coleção possui 500 cactos, de doze espécies diferentes
das”. De acordo com ela, ocorrem mais de 260 espécies da planta em nosso país e, embora possua menos de 20% da diversidade dessa família no mundo, é uma das mais vulneráveis, hoje. “O que nos surpreendeu é a posição (triste) que o Brasil ocupa em relação a outros lugares do mundo”.
Crescente vulnerabilidade Bárbara Goettsch, que conduziu o estudo global sobre cactos, diz que os resultados desta avaliação foram um choque para os pesquisadores. “Não esperávamos que os cactos estivessem tão ameaçados e que o comércio ilegal fosse um fator tão importante para o seu declínio”. A avaliação mostra que 47% das espécies foram afetadas pelo comércio irregular de plantas vivas e sementes para a indústria hortícola e coleções privadas, bem como a sua colheita insustentável. O comércio de cactos acontece nacional e internacionalmente e tem 86% das
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espécies ameaçadas presentes. Segundo a pesquisa global, asiáticos e europeus são os principais mercados responsáveis pelo comércio ilegal da planta, sendo que os espécimes arrancados da natureza são procurados por sua raridade. Além disso, o desenvolvimento residencial e comercial, pedreiras e aquicultura (particularmente a criação de crustáceos, que se expande pelo habitat dos cactos, as pedras) também estão entre as principais ameaças à espécie. A extinção dos cactos não significa apenas o seu desaparecimento: pode afetar uma cadeia viva inteira. A planta presta serviço ecossistêmico, mantendo a fauna local alimentada. Provê água e alimento para lagartos, tartarugas, coelhos, coiotes, cervos, codornas, perus, entre outros que, em troca, ajudam a distribuir as sementes; as flores ofertam néctar para beija-flores, abelhas e morcegos que polinizam a planta. Em algumas comunidades rurais, tem utilidade medicinal e, principalmente, ali-
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A espécie Parodia herteri é uma das existentes no Brasil, com risco de integrar a lista vermelha, em breve
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Acervo Pessoal
meio ambiente
A jovem Roamah Nóbrega produz e comercializa 10 espécies da planta. Ela acredita na sustentabilidade e prevê que, dentro de três anos, seu plantio triplique
mentar. Exemplo disso é a haste da Opuntia ficus-indica, popular no México, que tem seu valor nutricional comparado ao de um pedaço de carne. Em uma reportagem do site da IUCN, www.iucn.org, o diretor geral do Instituto diz que o estudo só confirma que a escala do comércio ilegal de animais selvagens incluindo o comércio de plantas - é muito maior do que eles pensavam. “O tráfico de vida selvagem diz respeito a muitas outras espécies, além dos rinocerontes e elefantes, carismáticos, que tendem a receber atenção global. Devemos intensificar urgentemente os esforços internacionais para combater o comércio ilegal de vida selvagem e reforçar a implementação da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, a Cites, se quisermos evitar o novo declínio dessas espécies”. Esta convenção é um acordo internacional ao qual os países aderem voluntariamente e possui regras restritivas ao comércio de plantas e animais em extinção. O Brasil é
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signatário dessa convenção. As ações mundiais são importantíssimas, sem dúvida. Porém, a proteção do habitat dessas plantas é urgente para manter a espécie, de acordo com a bióloga Daniela Zappi. “Existem inúmeros mecanismos nesse sentido, como a designação de áreas protegidas, monitoramento dessas espécies, divulgação desse tipo de informação para as comunidades locais que convivem com as espécimes ameaçadas, por exemplo”, considera. Outra alternativa interessante, segundo a pesquisadora, seria o maior intercâmbio entre coleções privadas e públicas.
Cactários e coleções públicas Segundo biólogos, uma das maneiras de manter os cactos ameaçados vivos é criá-los em condições “ex-situ”, que significa, literalmente, conservar a planta fora do lugar de origem, por meio de coleções, cactários ou banco de sementes, com a possibilidade de reintrodução controlada no ha-
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bitat. Porém, há poucas coleções públicas no Brasil neste sentido. No estado de São Paulo, por exemplo, o cactário mais próximo para quem vive na Baixada Santista fica na cidade de Santo André. Funciona no parque-escola, vedado à comunidade. Possui mais de 100 espécies da planta, concentradas em um espaço ao ar livre. O local destina-se à educação. O Jardim Botânico de Jundiaí, interior paulista, também tem um espaço para cactos e suculentas com 115 espécies da planta. Em Minas Gerais, a Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte mantém o Jardim Botânico da cidade com espécies como mandacaru, cacto-bola e cabeleira-de-velho. Há também a estufa dos campos rupestres, reunindo diversos tipos de plantas, entre elas, os cactos. Os campos rupestres são um tipo de vegetação, que ocorrem em regiões montanhosas, acima de 900 metros de altitude, sobre rochas ou solos rasos. São regiões de grande valor turístico, cultural e ambiental, especialmente, por abri-
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garem importantes mananciais e nascentes e uma riqueza florística impressionante. Esta estufa representa a vegetação da parte mineira da Serra do Espinhaço, imponente maciço que se estende por mais de mil quilômetros, desde o centro-sul de Minas Gerais até a Chapada Diamantina, na Bahia, considerada pela Unesco uma Reserva da Biosfera. Já no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, há um cactário público, inaugurado recentemente, com mais de 100 novas espécies de cactos e suculentas, somando-se à coleção já existente, que possui mais de 2.500 plantas do tipo. O local adquiriu inúmeros cactos nativos e exóticos, escolhidos criteriosamente pela coordenadoria das coleções vivas da instituição. São vários espaços: cactos em estufas, distribuídos de forma ornamental e científica; áreas externas, onde estão cactos prioritariamente brasileiros, outro com cactos exóticos (não nativos); e, por último, um canteiro denominado “Parece mas não é”, formado por
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meio ambiente
O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior diversidade de cactos. No Jardim Botânico de Porto Alegre há mais de 50 espécies, a maioria ameaçada de extinção e endêmicas do bioma Pampa
plantas que se assemelham aos cactos, mas pertencem a outras famílias botânicas. Apesar de os canteiros da flora brasileira de cactos já se encontrarem ricos e diversos, com exemplares baianos, mineiros e cariocas, a coordenadoria organiza uma agenda de expedições botânicas para a busca de espécies em outras áreas como, por exemplo, o Rio Grande do Sul, que é sabidamente o estado brasileiro com maior diversidade de cactos. E é lá que existe uma dos maiores coleções públicas de cactos do Brasil, no Jardim Botânico de Porto Alegre. O local possui um acervo significativo da flora regional, e a coleção de cactáceas é uma das mais antigas, com mais de 50 anos. No início da década de 1960, as suculentas do colecionador Carlos Zuckermann foram incorporadas ao acervo do Jardim Botânico, com mais de 5 mil vasos e mais de 600 espécies do Brasil e de outros países. Atualmente, o cactário gaúcho possui mais de 50 espécies, a maioria ameaçada de extinção e endêmicas do bioma Pampa.
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Devido às diferenças entre as formas biológicas e exigências fisiológicas, os cactos estão distribuídos entre o arboreto (para espécies de maior porte como Cereus e Opuntia); a casa de vegetação que abriga cactos de menor porte plantados em vasos (Frailea, Parodia, Gymnocalycium e Echinopsis); e um abrigo coberto com tela de sombreamento (para plantas epifíticas dos gêneros Lepismium, Epiphyllum, Rhipsalis e Schlumbergera). Nas palavras de Ricardo Aranha Ramos, do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, “para o incremento das coleções científicas são realizadas expedições de coleta que abrangem todas as regiões do estado. Cada material é completamente identificado, recebendo um número que será a ligação aos seus dados de coleta e plantio, incluídos no banco de dados. A Fundação Zoobotânica também tem um banco de sementes que oferece a possibilidade de reproduzi-los para reintrodução controlada no habitat. Mas isso deve
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A família dos cactos no Brasil possui um grau de singularidade devido ao número de gêneros e espécies endêmicas em comparação ao restante do continente americano. O país é o terceiro centro geográfico de diversidade de cactos do mundo, o principal depois do México e do sudoeste dos Estados Unidos, seguido da cadeia Andina, com Bolívia e Peru. Trinta por cento dos gêneros existentes no continente americano são nativos do Brasil, destes, 32% são endêmicos. Em termos de espécies, das 227 registradas no Brasil, 176 são endêmicas, o que representa uma porcentagem muito alta. Algumas espécies existentes no Brasil podem entrar para a lista vermelha em breve: opuntia megapotanica; parodia mueller-melchers; parodia herteri; parodia alacriportana; cereus hildmannianus (foto).
ser feito com extremo cuidado”. Ele é um dos autores do livro Cactos do Rio Grande do Sul, que traz um resumo de tudo isso, reunindo 15 anos de pesquisa e documentação fotográfica, após mais de 50 expedições a campo. A publicação traz um panorama extenso das cactáceas e sua interface no estado e está recheado de belas fotos. O livro pode ser baixado gratuitamente no site da Fundação www.fzb. rs.gov.br . Basta acessar o setor Serviços e depois, Biblioteca e Publicações. O estudo que respaldou essa reportagem aponta para a possibilidade do desaparecimento da planta em “um futuro próximo”, ou seja, 50 anos, contados a partir de agora. Parece muito, mas de acordo com a bióloga Daniela Zappi, não é: “Se não fizermos modificações em nosso comportamento até a próxima década, será tarde para determinadas espécies de cactos”. Vale lembrar que algumas famílias da planta possuem um crescimento bastante lento, o que as torna ainda mais vulneráveis. Estas plantas, que evoluíram para lidar com as
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Cactos do Brasil
duras condições encontradas em paisagens áridas, rochedos, altitude, agora enfrentam uma ameaça ainda maior: a humana.
Coleções privadas, coleções sustentáveis Em Pirituba, na zona norte de São Paulo, está um éden particular, recheado de cactos por todos os lados. O espaço é o oásis de Sérgio David Marin de Souza. Atualmente, a coleção de Sérgio tem 500 cactos, de doze espécies diferentes. Na estufa, Sérgio planta sementes e espera a planta crescer, um processo que demora pelo menos cinco anos. Esta é a contribuição do colecionador para continuar mantendo determinadas espécies. A Parodia Alacriportana, nativa de terras gaúchas e uma das espécies que podem entrar para a lista dos cactos ameaçados de extinção, é uma de suas preferidas. Sérgio também comercializa algumas espécies, as mais populares, como Notocactus e Mammillaria. No site www.cactosbrasil.com.br é possível verificar algumas das espécies disponíveis para comercialização.
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Café com história Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente empresta sabor à Casa do Barão, um novo cantinho especial para momentos de cultura e de prazer
Luciana Sotelo O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. Além disso, a bebida está presente em 98% dos lares brasileiros. Em 2015, cada cidadão tomou uma média de 81 litros/ano, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). As estatísticas só comprovam o que a gente vê em toda esquina. O famoso cafezinho é mesmo uma boa pedida. Agora, imagine poder adoçá-lo com história e muita cultura. E ainda, ao som do canto dos pássaros! O convite parece irresistível. Esse é o clima do Café do Barão, o mais novo espaço gastronômico de São Vicente. Ele foi inaugurado em 4 de fevereiro e funciona na Casa do Barão, na sede do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente.
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A novidade faz parte das comemorações dos 58 anos da instituição, criada em 1959 e que, desde 1974, é a mantenedora do casarão, localizado em ponto nobre, em plena rua Frei Gaspar, 280, no centro da cidade. A ideia é fomentar a cultura num ambiente agradável, uma casa de 1890, rodeada de verde e de muita tradição, afirma Fábio Lopez, secretário de Cultura do município. “Nessa nova gestão, tenho procurado fazer uma grande associação de todos os equipamentos culturais, sejam eles públicos ou de entidades. Essa nossa parceria com o Instituto é perfeita. Esse cafezinho é um mimo, um algo a mais para quem vive cultura e procura um espaço de paz e tranquilidade”. No cardápio, além dos cafés (expresso, aromático, gelado e cappuccino), há água,
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história
refrigerantes, chás, sucos, energéticos, isotônicos. E para deliciar, as opções são as tortas, bolos, sanduíches naturais e o pão de queijo quentinho, contam os administradores José Estefano Rodrigues Simone e sua mulher Soraia Teobaldo Simone. “Aqui tudo é feito com muito carinho para o cliente aprovar e voltar sempre”. De segunda a sábado, das 9 horas às 17h45, oferece aos visitantes jornais do dia, revistas e também rede wi-fi. Com capacidade para 80 pessoas sentadas, o cafezinho tem um cantinho especial, em homenagem ao Empório Boa Vista, que funcionou por 70 anos, substituído, posteriormente, pelo restaurante Boa Vista, um dos estabelecimentos mais tradicionais da gastronomia vicentina, fechado ano passado, após mais de cinco décadas de serviços prestados. De acordo com o presidente licenciado do IHGSV e também secretário adjunto de Cultura de São Vicente Paulo Eduardo Costa, “todas as mesas e cadeiras do Café do Barão foram
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No rico acervo, há muito para apreciar; são 22 mil livros e cerca de 6.500 peças, entre fotos antigas, cerâmicas, mobiliário, peças de uso pessoal, quadros, pedras, animais empalhados e objetos indígenas, dentre outras
do restaurante. Vamos deixar em exibição também um cardápio e outros utensílios”. O casal de corretores Silvio Luiz Mathias e Cinthia Gomes Antunes já se considera cliente da casa. Pelo menos uma vez por semana estão por aqui para saborear as delícias do menu, preferencialmente, o cappuccino gelado. “Nesse calor, nada melhor que unir a paixão pelo café a essa bebida refrescante. Esse local é maravilhoso”, conta Silvio. Cinthia lembra com saudade que o seu falecido pai adorava visitar o Instituto e que deixou esse agradável legado. “Eu sou de Santos, mas amo vir aqui. Estou até pensando em pedir para servirem almoço, porque tudo é muito bom”, admite. A jornalista Noemi de Macedo não abre mão do conforto de tomar um cafezinho na única área verde do centro da cidade. “É um privilégio, aqui a gente consegue ter até mais disposição e inspiração. Existia uma dificuldade grande em encontrar um estabelecimento como este por aqui. Agora estamos bem servidos”. A aposentada Ver-
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bena Souza Nascimento gostou tanto da novidade que já faz propaganda. “Eu estou sempre por aqui. Há 15 anos vim morar em São Vicente e, desde a primeira vez que vi esse casarão, me encantei. O Café veio para melhorar o que já era bom, eu recomendo para todo mundo”. A filha Tatiane Souza Paschoal seguiu a dica da mãe e ficou satisfeita. “Adorei poder saborear um lanchinho em meio a essas árvores, num local muito fresquinho. Também recomendo”.
Ingredientes de sucesso Ao redor do Café do Barão há um complexo cultural formado pela Biblioteca Francisco Martins dos Santos, o Memorial Frei Gaspar da Madre de Deus, Memorial José de Anchieta, Galeria Célula Mater, Biblioteca Municipal e a Casa do Barão. Trata-se de um grande acervo reconhecido como um dos principais patrimônios arquitetônicos de São Vicente, num total de 1.700 metros quadrados de área construída e terreno de 6.500 metros quadra-
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história
Muitas delícias para saborear, enquanto se contempla a rica história e o ar fresco proporcionado pela grande área verde
dos de extensão e muita vegetação. Por ser o maior casarão remanescente do sítio no qual residiam os antigos senhores do café, a Casa do Barão e o jardim têm a garantia de preservação de integridade, por meio do tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico (Condephaat). De acordo com Paulo Eduardo Costa, a primeira casa do local é de 1865 e pertenceu ao coronel José Lopes, intendente de São Vicente. Já a Casa do Barão teve sua construção finalizada em 1890 e pertenceu à família do empresário Theodore Wille. Posteriormente, foi dada como dote ao barão Kurt Gustav Von Prietselwitz, um alemão
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que adotou a cidade e investiu no mercado cafeeiro e de tecelagem. O interior da Casa do Barão abriga um acervo rico que reúne 22 mil livros, cerca de 6.500 peças variadas como fotos antigas, cerâmicas, mobiliário, peças de uso pessoal, plantas arquitetônicas, quadros, pedras, animais empalhados, objetos indígenas e muitas outras coisas. “Temos, por exemplo, um Cristo em madeira policromada com 65 rubis, uma peça do século XVIII”, destaca Costa. Todo esse tesouro está distribuído em 14 salas temáticas do complexo cultural. Vale a pena conferir e, depois, claro, tomar aquele cafezinho!
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O Iluminado Jovem empreendedor projeta armadura de LED para ganhar a vida
Luciana Sotelo De acordo com a Unesco, a economia criativa é um dos setores que crescem mais rápido no mundo econômico, não apenas em termos de geração de renda, mas também na criação de empregos. Criatividade e inovação humana, tanto individual quanto em grupo, tornaram-se a verdadeira riqueza das nações no século XXI. Em Santos, um rapaz simples e sem formação universitária criou um robô conhecido como “O Iluminado”, fruto desse novo conceito. Há seis anos, o panfletista Alexandre Sylvestre, de 31 anos, juntou algumas paixões a um sonho maior, o de poder cursar faculdade de medicina. “Eu precisava ganhar dinheiro, mas, ao mesmo tempo, não queria ficar preso a um escritório, tinha que estudar para passar no vestibular. Foi preciso criar um caminho diferenciado, que ninguém havia explorado”, afirma o jovem empreendedor. Foi com essa motivação que o ‘LED
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Flyer’ começou a ser planejado. Alexandre iniciou uma pesquisa a respeito de como poderia inovar em ações de marketing para ter mais sucesso na entrega de material publicitário pelas ruas e foi então que, literalmente, uma luz se acendeu na sua cabeça, ou melhor, no seu caminho. Ele descobriu que lâmpadas de LED poderiam ser fortes aliadas para atrair a atenção do público. Após três anos de pesquisa, constatou que queria fazer performances com tecnologia, ou seja, iria agregar valor à atividade que já exercia, para obter melhores resultados. Com esse olhar inovador ele concebeu algo novo que, realmente, chamou a atenção das pessoas e saiu do lugar comum. Na fórmula da sua criação, juntou música, motocross e, claro, tecnologia. Assim nasceu o LED Flyer, ou simplesmente, O Iluminado. Um personagem proveniente da Constelação N-45, que utiliza roupa e acessórios de motoqueiro, e que chega à Terra, atraído pelas ondas magnéticas do coração de um jovem, que sonhava em fa-
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zer medicina. Esse rapaz era panfletista e adorava ouvir os hits populares dos anos 80. Com essa ‘aproximação’, O Iluminado ajudou Alexandre a ‘brilhar’ e ser notado no mercado. Já nos primeiros testes com a armadura, que, inicialmente, não tinha LED e sim alguns piscas, ele teve a certeza que daria certo. “Ao chegar a um cruzamento movimentado, vi todo mundo parando e apontando para mim, foi o sinal de que eu precisava para aprimorar o meu projeto. Afinal, as pessoas não querem parar para pegar um papel, simplesmente. Mas a partir do momento que você cria um personagem enigmático, carismático, com uma estética bacana, que toca e dança músicas dos anos 80, todos querem conhecer”. De lá para cá, o robô ganhou mais de mil lâmpadas de LED e se tornou cada vez mais simpático. As oportunidades de trabalho começaram a surgir e a popularidade do robô cresceu. “Todos pedem fotos comigo e isso aumenta mais ainda a propaganda, porque a ‘selfie’ vai para
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as redes sociais e é compartilhada rapidamente. É o que eu sempre digo, você pode ter um material interessante, mas se não souber entregar, se ele não for compartilhado, não adianta”. Assim, Alexandre criou uma alternativa, uma fonte de renda criativa para viver. Ele, que já foi faxineiro, bailarino, maquiador e performer, diz que está satisfeito com os resultados. “Eu sempre tive para mim que precisava fazer algo diferenciado, precisava deixar uma marca da minha existência, e deixei”. Com o robô em atuação desde 2014, além da entrega de panfletos comerciais, Alexandre ‘enxergou’ também outras possibilidades, passou a levar O Iluminado a shows, aniversários e outros eventos sociais. “E não pense que foi planejado. Aconteceu do nada e eu soube ver que ali nascia uma nova oportunidade. Uma amiga que trabalhava num bufê me ligou desesperada. O ator que faria uma performance na festa de 15 anos não apareceu. Eu tinha alguns minutos para aceitar o con-
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O robô LED Flyer foi criado por Rogério Alexandre Sylvestre, em 2014. A grande ideia para impulsionar a planfletagem rendeu muitos frutos para o jovem empreendedor vite. Arrisquei e levei O Iluminado. Foi o maior sucesso, no fim, ninguém lembrava da ausência do animador. Todos pediam pelo Iluminado”. Nessas apresentações, que duram em média 1 hora e meia, ele realiza um show que começa com sua apresentação e, em seguida, passa a ensinar os passinhos que se tornaram marca registrada nas pistas de dança nos anos 80. Por fim, tira foto com os convidados e fica disponível para as selfies. Alexandre confessa que, mesmo com o sucesso da sua criação, ainda não conseguiu realizar o seu desejo de ser médico, mas o sonho ainda está lá, esperando a hora certa de acontecer. Por outro lado, afirma que o projeto o levou a outras ideias. “Nesse universo de eventos, principalmente, festa de debutante, tive outras ideias e acabei criando um modelo de vestido que fica todo iluminado, com mais de 300 lâmpadas de LED”. Além do modelito, ele foi ainda mais fundo e resolveu iluminar também o bolo das jovens. Ele confeccionou um bolo
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de cristal e arame, de três andares, todo iluminado, com lâmpadas que mudam de cor. “As três camadas representam, respectivamente, a união, a família e os amigos. Elementos essenciais para qualquer comemoração. A armadura exige sempre a minha presença. Criei algo com que posso ganhar dinheiro sem ter que participar, efetivamente.”. E para 2017, Alexandre continua com grandes planos para o robô. “Quero fazer um show novo, que resgate não somente os anos 80 como também os anos 60 e 70. Quero também que O Iluminado seja microfonado para ter maior interação com o público”. Com relação ao bolo, Alexandre adianta que pretende fazer contratos de exclusividade com alguns bufês da região. Além disso, fala com otimismo da possibilidade de levar seu projeto para o exterior. “Tenho interessados no bolo na Bélgica, Espanha e França. Existe ainda a possibilidade de levá-lo a Nova York”. De um simples projeto criativo, eis que surgiram novos desafios.
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Uma árvore no caminho Apesar de todos os benefícios comprovados que proporciona às área urbanas, muitos não enxergam o valor de tê-la por perto Marcus Neves Fernandes É, no mínimo, estranha, a relação de algumas pessoas com o pouco de natureza que existe nas áreas urbanas das cidades. No relato que segue, alterei apenas os nomes, visando não constranger os personagens. O restante é fato. O caso aconteceu há poucos dias, quando pude acompanhar a vistoria feita em uma árvore por dois engenheiros agrônomos da prefeitura de Santos. A vistoria foi solicitada por duas moradoras. No local, uma árvore de grande porte, com uma grande copa. De acordo com os agrônomos, a árvore está no local há mais de 80 anos e, inclusive, dá nome ao prédio residencial localizado bem em frente, prédio este construído há pouco menos de 40 anos em uma das áreas mais valorizadas da cidade. O pedido das moradoras era simples: retirar a árvore. O motivo? As raízes estariam quebrando canos e criando desníveis na calçada. “Alguém, um dia, vai acabar caindo aqui e vão nos processar”, previa uma das senhoras. Acostumados a tais queixas, os engenheiros propuseram uma série de alternativas, como a poda das raízes e da copa. Irredutíveis, as reclamantes insistiram que a presença daquela árvore, quase centenária, iria “desvalorizar os imóveis”. Como já vi esse tipo de situação várias vezes, preferi guardar silêncio e me afastar, acompanhar de longe a penosa tarefa de tentar justificar a importância de manter uma árvore no espaço urbano. Aprendi que em certas situações, todos os melhores
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contra-argumentos deste mundo não são suficientes. E aquela era uma dessas situações. As duas senhoras se mantinham firmes no intuito de se verem livres do que entendiam ser um problema, um estorvo. A árvore tinha que sair – e rápido. Mesmo assim, os agrônomos buscavam brechas para novos argumentos. Explicaram que as árvores, principalmente daquele porte e naquela localização, geravam inúmeros benefícios. Diversos estudos científicos já demonstraram que em áreas bem arborizadas, há redução nos níveis de material particulado no ar, a popular fuligem. O nível de ruído das ruas é atenuado, assim como a temperatura, que se traduz em um menor uso de refrigeração artificial e consequente economia de energia. Há, inclusive, uma maior durabilidade da camada asfáltica da via, proporcionada pela sombra. E mais: pesquisa feita na Universidade de São Paulo (USP) demonstrou que ruas arborizadas proporcionam até 20% de valorização imobiliária. E que nessas áreas, os índices de violência doméstica são menores, há mais socialização entre os vizinhos, menor necessidade de medicamentos, recuperação mais rápida dos enfermos, mudanças positivas no estado psicológico e fisiológico, diminuindo a pressão arterial e melhorando o funcionamento cognitivo e comportamental. Todos esses e outros dados são corroborados por estudos semelhantes feitos em diversos países, estudos estes suficientes
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ser sustentável
para que problemas como tubulações quebradas ou calçadas desniveladas sejam insignificantes. Ocorre, porém, o inverso. E com um perverso detalhe: em vários casos, basta a equipe da prefeitura deixar o local para que a árvore seja vandalizada. Coincidentemente (ou não), em 2014, um morador das imediações foi multado em R$ 12 mil. Ele primeiro tentou serrar três árvores do passeio público, após receber parecer contrário à remoção. Como não conseguiu matar os vegetais, perfurou os troncos e injetou veneno. Não contente, colocou mais veneno no berço das árvores. Coube aos funcionários públicos, depois de muitos esforços, salvá-las. Hoje, estão lá, provas vivas da imbecilidade humana. Bom, se você está curioso com o desfe-
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cho dessa história, adianto que o parecer técnico da prefeitura será no sentido de negar o corte da árvore, que, apesar de longeva, está plenamente saudável. Mas esse pode não ser o fim do caso. Muitos, descontentes com esse tipo de resposta do poder público, recorrem às chamadas instâncias superiores, vão reclamar aos vereadores. E são poucos dentre estes edis aqueles que têm autonomia e coragem para manter o veto técnico e dizer não aos supostos eleitores. Afinal, nesse toma-lá-dá-cá de interesses, as árvores não votam. Só posso dizer uma coisa para vocês: vou ficar de olho, nem que seja só nessa árvore, na esperança de que cada uma das árvores de cada espaço urbano desse país, possa ter alguém também olhando além das aparências.
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moda
Conforto e estilo De origem francesa e tendência unânime nos anos 80, a calça clochard retorna
Presença discreta há algumas estações, ela apareceu nas passarelas nacionais e internacionais tanto para o verão quanto para o inverno 2017, inclusive na versão bermuda. Tem cintura alta, shape bem exagerado no quadril e modelagem supersolta. As calças são geralmente produzidas em linho ou tecidos de alfaiataria, o que permite que sejam usadas em qualquer estação. Também são encontradas em oxford e em jeans. Alguns criadores a consideram clássica, porque permite diversas produções, casuais ou formais, despojadas ou elegantes. O ideal é ajustar a cintura com um cinto ou faixa, não só pela estética, mas também por questão de conforto. Combiná-la com saltos altos é melhor, porque não encurta a silhueta. Escolha a sua predileta e invista em bons acessórios. Os modelos de alfaiataria são indicados para o trabalho, seja ele formal ou informal. Nos pés, a clochard aceita qualquer modelo de sapato, desde rasteirinhas e sapatilhas, até ankle boots, espadrilhas e scarpins. Além de ser um modelo confortável, a calça também é perfeita para qualquer silhueta, pois tem o poder de alongá-las.
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Fotos KFPress
Karlos Ferreira
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Um pouco de história A origem desta calça é francesa e, na capital da moda, clochard significa “mendigo”. O primeiro modelo tinha cintura alta, com pregas abaixo do cós e corte amplo no quadril, adotada pelos mendigos que povoavam as ruas de Paris. A princípio, a história desta peça teve origem no universo masculino. Também conhecida como boyfriend, com o passar do tempo, modificou-se até chegar ao guarda-roupa feminino nos anos 1980
Como usar Para um ar mais chique, aposte em tecidos como cetim e linho. O jeans em tecido leve é uma opção. Quanto às cores, escolha tons neutros e escuros, principalmente se você tem quadril largo. Se você é baixa, use monocromático (blusa e calça), assim criará ilusão de ótica, ganhando a impressão de mais altura. Use a barra dobrada, acima do tornozelo, com salto ou sem salto, dos dois modos ficará legal. Podem-se fazer várias combinações. Baixinha: melhor modelos compridos e combinados com um sapato que deixe o peito do pé livre e, de preferência, em tonalidade nude. Alta: abuse dos modelos que tenham comprimento midi para quebrar a silhueta. Pouco quadril: dê mais volume à região com um modelo que afunile nas pernas. Muito quadril: deve escolher os modelos que tenham pernas retas. Isso vai amenizar as proporções, dando mais harmonia às suas formas. Cintura: o modelo ajuda a realçar a região da cintura e valoriza quem tem o corpo em formato de pera, retângulo, triângulo invertido ou ampulheta. Mas, se seu tipo de corpo é o oval, então esse modelo não vai te favorecer e vai dar mais volume à região.
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Esse tipo de calça é perfeito para quem tem cintura fina e quadril largo. Mas opte pela modelagem de pernas retas, porque esse corte ameniza a região
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moda
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Decote ombro a ombro Pode anotar! O decote ombro a ombro é uma das tendências em alta no verão 2017. Ele se adapta a vários estilos, vai do boho – com o top ciganinha – aos looks de festa. Esse modelo valoriza bem a região do colo.
Homens de branco Crie seu estilo, que continua elegante e moderno, investindo em peças como jaquetas, blazers, blusas, calças e até sapatos inteiramente brancos
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Fotos :Nelson Kon e João Nitsche
Projeto veloz
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O escritório de arquitetura foi contratado em julho e, em dezembro do mesmo ano, os proprietários já aproveitavam as férias em Barra do Sahy. O segredo da rapidez, você descobre a seguir
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decoração
O projeto básico da casa ganha charme e harmonia com o colorido das cortinas dos quartos. Banhada de luz natural, a parede amarelo-gema deixa sala e cozinha sempre radiantes. Balcão de MDF feito na obra Quando os proprietários do terreno de 805m² na praia da Barra do Sahy procuraram o escritório paulista Nitsche Arquitetos, eles apresentaram uma única exigência: a implantação rápida de uma casa totalmente funcional. Em seis meses, eles conseguiram o que queriam. Para cumprir o programa estabelecido, os profissionais idealizaram um projeto de 336m², que integrou as três suítes e a área de estar à cozinha em uma sequência linear. “As circulações internas foram eliminadas para otimizar o aproveitamento da área construída e conferir independência a cada ambiente”, destaca a arquiteta Lua Nitsche. Todos os materiais chegaram prontos ao canteiro de obras, minimizando, assim, o processo artesanal, além de diminuir os entulhos durante a construção. Para a plataforma do piso, optou-se por lajes pré-moldadas de concreto. “O passo seguinte foi erguer as paredes em alvenaria de bloco de concreto – alternativa mais barata e viável na região”, detalha a arquiteta. Com as paredes em pé, a estrutura de madeira jatobá pôde ser montada, trabalho executado em apenas cinco dias. “Depois, em poucas horas foram assentadas as telhas termo-acústicas de alumínio da cobertura.” Na sequência, vieram os acabamentos e os revestimentos. A laje do piso recebeu pedra São Tomé, por sua alta
resistência, textura agradável e bom desempenho térmico. “Esta pedra, que funciona bem tanto em áreas externas quanto internas, diluiu os limites entre o dentro e o fora. Quando todas as portas de correr se abrem, a amplitude do espaço, reforçada pela continuidade do piso, transmite a sensação de leveza e de se estar numa grande varanda”, explica a arquiteta. Os últimos a chegar à obra foram os caixilhos de alumínio, que ganharam grandes placas de vidro, intercalando transparentes e leitosas. A umidade excessiva e as temperaturas elevadas do verão, típicas do litoral norte de São Paulo, nesta casa não causam problemas. Construída sobre uma plataforma de concreto suspensa, ela não recebe a umidade do solo arenoso e, para mantê-la sempre ventilada, os ambientes têm abertura em lados opostos, favorecendo a ventilação cruzada. Outra boa sacada é a cobertura solta. Entre ela e o forro há um espaço pelo qual o ar circula, e espanta o calor. Beirais largos também impedem a incidência direta do sol nos espaços internos, além de proteger os moradores das chuvas fortes da região. Com soluções inteligentes, práticas e criativas, os arquitetos provaram, neste projeto, ser possível construir num curto prazo uma casa bonita, de baixa manutenção e extremamente convidativa.
Telhas: DânicaZipco – Piso: GP Pedras – Caixílhos: Tambelini
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gastronomia
Frutos do mar à mesa Os cerca de 8 mil quilômetros do litoral brasileiro oferecem uma alimentação rica em nutrientes e sabor, mas ainda é pouco aproveitada
Fernanda Lopes Há quem torça o nariz para eles, pelo preço ou pelo trabalho de limpar. Mas os pescados, moluscos e crustáceos podem ser acessíveis, dependendo da época do ano. Além disso, a maioria dos locais de venda os limpa para o consumidor sem cobrar nada a mais por isso. Tem também os que acham que o preparo é um bicho de sete cabeças - alguns podem até ter oito braços ou duas garras -, mas, depois que se aprende a técnica, não tem mais erro. Pode acreditar.
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É claro que precisamos aproveitar essa diversidade toda de forma sustentável, respeitando as épocas de reprodução das espécies e as áreas de proteção. Estamos, por exemplo, em pleno defeso (pesca suspensa por causa da fase de procriação) do camarão, que vai até 31 de maio. Por isso, devemos evitá-lo e só comprá-lo congelado. Se for fresco, você já sabe: este vendedor está desrespeitando a lei. O Ministério da Pesca e Aquicultura tem em seu site (http://www.mpa.gov.br) uma lista completa das datas de defeso
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Da rede para o prato no país. Também, os alunos da Unimonte elaboraram um guia com as espécies em risco e as que podem ser consumidas sem restrição (http://www.unimonte.br/sustentabilidade/guia-de-consumo-responsavel-de-pescados-16).
Ricos em ômega 3 e vitaminas A nutricionista Karoline Jorge explica que os peixes e os frutos do mar, além de ser saborosos, são ricos em nutrientes. “Peixes são ricas fontes de proteína e de ômega 3. Esse tipo de gordura é extremamente benéfica para o coração, pois auxilia na diminuição dos níveis de triglicerídeos e do colesterol ruim (LDL)”. Peixes de água fria, como o salmão e a truta, têm mais ômega 3. Eles são fonte de vitaminas (A, E, D e niacina) e micronutrientes como ferro, magnésio, cálcio, fósforo e potássio. “Mas é preciso estar atento ao modo de preparo. Quando frito, o peixe perde valor nutricional e aumenta significativamente o valor calórico, além de ficar mais gorduroso e perder o status de protetor do cérebro e do coração.” Os frutos do mar também são excelentes fontes de ômega 3. São ricos ainda em proteínas, vitaminas e sais minerais. Entre eles, podemos citar a vitamina A, as vitaminas do complexo B, vitaminas D e E e os minerais como cálcio, iodo, potássio e zinco. “Por outro lado, são fontes de colesterol e sódio e, por isso, devem ser consumidos com moderação”. Além disso, ela explica que os frutos do mar possuem um potencial alergênico e são muito suscetíveis à deterioração e contaminação, por isso o cuidado deve ser redobrado. Vale ressaltar que sardinha e atum em lata também são boas opções; quando conservados em óleo preserva um conteúdo de ômega-3 bem satisfatório.
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A seguir, um guia prático de compra, preparo e congelamento Camarão Prefira comprar o camarão inteiro. Quando ele não é fresco, a cabeça fica solta. Não deve ter a carne mole ou amassada, e com manchas. O descascado ou sem cabeça não deve ter a carne mole ou pegajosa. O seco deve ser firme e a carne ligeiramente rosada. Sem apresentar manchas ou carne mole. Os pequenos ficam ótimos em molhos e recheios. Os maiores ficam bons fritos, grelhados, cozidos ou empanados. Cozinham muito rápido, em poucos minutos. Se cozidos muito tempo, ficam duros. Congele-os limpos. Enxague em 1 litro de água com 1 colher (sopa) de sal. Embale em filme plástico ou pote bem fechado e fixe uma etiqueta com a data. O tempo máximo é de seis meses. Lagosta e lagostim Geralmente se compra viva. Com cor da casca, do vermelho ao laranja. Mas, se comprar só a cauda, verifique se tem um odor agradável. A carne deve ser firme, sem ser pegajosa ou se desmanchando facilmente. No caso da congelada, ela deve ter a cauda curva e não em linha reta com a cabeça. As antenas e patas devem estar intactas. Comprando só a carne, verifique se não tem manchas ou pintas escuras. Vão bem cozidas no vapor ou em molhos. As lagostas devem ser somente grelhadas ou cozidas no vapor, sem temperos para preservar seu nobre sabor. Fica muito boa com manteiga de ervas. Para congelar, cozinhe em água por 20 minutos. Deixe esfriar, escorra e coloque em filme plástico ou pote bem fechado e fixe uma etiqueta com a data. O tempo máximo é de três meses. Caranguejos e siris Também se compra vivo. Veja se possui todas as patas. Os congelados em geral já vêm com a carne desfiada. Verifique se a embalagem está bem fechada. A carne deve estar sem manchas. Ficam bom desfiados em casquinhas, molhos, moquecas e recheios. O caranguejo deve ser bem limpo e co-
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gastronomia
zido em líquido (água, cerveja, caldos) temperado. Para congelar, escalde-os vivos. Troque a água, tempere e cozinhe por 20 minutos. Congele a carne branca em filme plástico ou pote bem fechado por até seis meses. Lula A carne deve ser firme, nem dura, nem mole demais. Não deve estar com a pele pegajosa ou opaca. Este molusco fica perfeito em petiscos fritos, em risotos e molhos. Limpe-o, tirando uma espécie de cartilagem de dentro ou peça ao peixeiro. O segredo é sempre fritá-lo, grelhá-lo ou fervê-lo em azeite ou líquido bem quente. Esse choque térmico garante a maciez. Outro truque é colocar uma pitada de bicarbonato de sódio na água fervente do cozimento. Para congelar limpe e cozinhe em água fervente por 2 minutos. Enxague em água fria e embale em filme plástico ou pote bem fechado por até três meses. Polvo Composto de carne e músculo, deve estar firme e com o cheiro agradável. A pele é acinzentada brilhante, não deve estar pegajosa. Existem muitos jeitos de cozinhá-lo. Uma delas é em panela de pressão com folhas de louro e uma cebola sem casca (sem água), por 15 minutos depois que apita. Em água fervente com folhas de louro e cravos e uma batata do tamanho da cabeça do polvo. Quando a batata estiver cozida, o povo também está. Depois de cozido, corte como desejar. Para congelar limpe e cozinhe em água fervente por 2 minutos. Enxague em água fria e embale em filme plástico ou pote bem fechado por até três meses. Ostra As conchas devem estar fechadas e firmes. Ao ser pressionadas, não devem produzir ruídos ou estalos. Se for consumida crua, verifique se a carne está firme, com a cor clara, cheiro agradável e não muito forte. Depois de cozido só consuma as conchas que se abriram, despreze as fechadas. As ostras possuem um cheiro característico forte, mas não deve ser azedo. Geralmente é consumida crua com limão. Verifique se a carne e o líquido estão
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Receitas
Salada de lulas
Ingredientes: 1kg de lulas limpas e cortadas em anéis; 1 colher (café rasa) de bicarbonato de sódio; 3 dentes de alho picados; 2 colheres (sopa) de alcaparras; 20 azeitonas pretas sem caroços; 20 tomates cereja cortados ao meio; 1/2 xícara de azeite; salsinha e cebolinha picadas a gosto; pimenta-branca moída a gosto; 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes picadinha (opcional ) e suco de 1/2 limão-siciliano. Preparo: leve ao fogo 1 litro de água com o bicarbonato. Quando estiver fervendo, coloque as lulas. Deixe em fogo médio para não subir a água. Cozinhe por 20 minutos. Escorra e reserve as lulas. Em uma frigideira grande, coloque um fio generoso de azeite e refogue o alho. Acrescente as lulas, as alcaparras e as azeitonas. Tempere com sal e pimenta-branca moída a gosto (não ponha muito sal, porque todos os ingredientes são salgados). Coloque os tomates. Desligue o fogo. Junte o restante do azeite, a salsa, a cebolinha e a pimenta dedo-de-moça picadas. Mexa e leve à geladeira para resfriar. Na hora de servir, esprema o suco de limão e acompanhe com salada de folhas verdes. Dica: o bicarbonato de sódio confere maciez à lula. Rendimento: 4 porções.
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Polvo mediterrâneo
claros e brilhantes. O molusco da ostra deve reagir ao limão, o que é sinal de qualidade. Caso contrário, dispense. Pode ainda ser gratinada com molho branco ou queijos. No congelamento, certamente perde-se o frescor, mas se precisar muito congelar, cozinhe com temperos e sem água e descarte as conchas que não abrirem. Embale e congele por três meses. Mexilhões ou mariscos As conchas devem estar fechadas e firmes. Depois de cozido, só consuma os que a cascas abrirem. Deve ser cozido em pouco líquido e com temperos. Fica muito bom na salada ou no vinagrete. Vai bem com arroz, molhos ou como aperitivo, frito à milanesa. Para congelar, cozinhe com temperos e sem água e descarte as conchas que não abrirem. Embale e congele por três meses.
Ingredientes: 1kg de tentáculos de polvo; 1 folha de louro; 1 cebola pequena; 100ml de vinho branco seco; 4 dentes de alho; azeite e sal o quanto baste; 20 tomates cereja; 20 azeitonas pretas; 600g de batatas bolinha e salsinha ou coentro picado. Preparo: na panela de pressão, coloque os tentáculos, a cebola sem casca, 1 dente de alho sem casca, a folha de louro e o vinho. Tampe e leve ao fogo alto. Quando apitar, abaixe o fogo e deixe de 25 a 30 minutos. Desligue, espere a pressão sair completamente e retire os tentáculos. Coe o líquido que formar e reserve. Cozinhe as batatas com esse líquido e complete com água até cobri-las. Cozinhe-as até ficarem macias. Em uma frigideira, coloque azeite e esquente. Refogue três dentes de alho picados e acrescente as batatas, os tomatinhos e as azeitonas. Ponha o sal e, se quiser, pimenta dedo-de-moça picadinha. Junte o polvo e deixe por cerca de 5 minutos. Acerte o sal e finalize com salsinha ou coentro picado. Rendimento: 4 porções. Dica: se não tiver panela de pressão, ferva bastante água com folhas de louro, um pouco de vinho branco seco, alho e cebola e coloque o polvo. Deixe em fogo médio por cerca de 1 hora para cada quilo de polvo. Espete um garfo na parte mais gorda do tentáculo para ver se está macio. Se não tiver, deixe mais até amaciar.
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Peixes em geral Quanto mais fresco o peixe, melhor é o seu sabor. Observe sempre as brânquias (guelras), que devem ter cor vermelha intensa, os olhos devem estar brilhantes. A pele deve mostrar brilho e ter a cor natural da espécie. As vísceras devem estar limpas, sem manchas escuras e sem cheiro forte. Já o sangue deve apresentar uma cor vermelho vivo. O melhor é comprar inteiro e pedir para cortar na hora, de acordo com a necessidade (filé, postas ou inteiros para rechear). O importante é não cozinhá-los muito, porque ficam ressecados. Peixe também não precisa de muito tempero. Ele já é salgado por natureza e, no máximo, vai bem com algumas ervas como coentro (com moderação), salsa e dill (principalmente com salmão) e limão. Para manter os filés úmidos no freezer, congele-os até que endureçam e mergulhe-os em água gelada. Uma leve camada de gelo se formará ao seu redor. Peixes inteiros podem ser mergulhados duas vezes para formar uma camada mais espessa. Depois empacote e congele-o. Rotule sempre os pacotes, colocando a data do congelamento. Peixes brancos podem ficar até 12 meses no freezer, os oleosos, seis meses. Pratos com peixe cozido só podem ficar três meses. Não é aconselhável recongelar.
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“Destaques” // Luci Cardia Muita gente bonita na Festa do Azul e Branco, da TAR - Turma dos Apaixonados da Riviera -, agora sob a presidência da querida Silvana Genovesi, mas sempre na sede oficial na maison do Roberto Haddad. Parabéns!
Um momento ímpar de felicidade com Silvana Genovesi, Carla Violani, Carina Haddad, Fany França, esta colunista e a bela Luciane Biondo
Silvana Genovesi, Masci e Jean Souza, José Cardia, esta colunista, Leo e Martinho Marques, e a linda Rose Aragon
O clã dos Haddad: Roberta com as netas, filhas de Sidney e Carina. Maravilhosos
As belas Rose, Silmara, Luci e Fanny
Dr. Camilo Di Francesco, não deixou por menos, trouxe a bela família. Parabéns!
Sérgio e Rose Aragon, sempre belos
Luiz e Dirce Simão, sempre felizes e charmosos
Fanny e Gerson França, eternamente apaixonados
Luciane e Paschoal Biondo, eles são demais
Helio e Carla Violani
Ricardo e Silvana Genovesi
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“Destaques” // Luci Cardia
Com muita alegria, estive presente no aniversário do querido vice-prefeito de São Paulo Bruno Covas, pessoa honrada e que nos orgulha pelo seu amor a Bertioga. Aconteceu no bairro Pompeia, no Quintal dos Espetos, no último dia 7 de abril, parabéns ao amigo Bruno Covas
Bruno Covas, Dr. José Cardia, esta colunista e o prefeito de São Paulo João Dória
Esta colunista, Bruno Covas e Dr. José Cardia
João Dória, esta colunista e Dr. José Cardia
Bruno Covas, João Dória e Pedro Motti, o cicerone da noite
Evandro Losacco, secretário geral do PSDB e Poliana Falcão
Jair Lopes e sua amada Renata Myrrha
Juca Aguirre, do setor de logística da Secretaria Estadual de Transporte, o secretário de Segurança Pública Municipal de São Paulo Cel. José Roberto de Oliveira e o Dr. José Cardia
O amigo de longa data Mauro Haddad, secretário de Meio Ambiente de Cubatão e esta colunista
Mais um close do nosso querido prefeito de São Paulo João Dória, Luci Cardia e o Dr. José Cardia
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Flashes
Visita do senador Hélio José a Bertioga
Valéria Bento e o senador Hélio José
Visita a Ilhabela
Ney Lyra e o senador Hélio José
O prefeito de Cubatão Ademário da Silva, senador Hélio José e o vereador Ricardo de Oliveira
Inauguração do Pastel Bertioga Fotos: Marcela Lima - Hora do Click
Amigos e familiares confraternizaram na inauguração do novo espaço gastronômico de Bertioga
A presidente da Câmara Nanci Zanato, Ribas Zaidan e o vereador Luiz Paladino de Araújo
Família Haddad, no domingo de Páscoa Mara e Vitor Fernandes
Ribas Zaidan e Mara Fernandes
Nova diretoria da Aciber - Associação dos Corretores de Imóveis de Bertioga Denis Kruger, Ricardo Marcondes Benjamim, Arlindo Alves Dias, Edson Teruyki Honda, Pedro Alves Cabral, Ricardo Ramblas, Francisco Alves Lourenço da Silva, Wilton das Neves, Sergio Dias de Araujo
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“Alto Astral” // Durval Capp Filho
Festas, comemorações e a santa Páscoa
Hermelinda Castro Cabral, em sua festividade dos 97 anos, com a filha Roseli Cabral Pustiglione, no Tênis Clube de Santos, quando receberam os convidados
Mirian Ofenhejm Gotfryd abriu as portas da Blue Gardenia para realização da Páscoa Solidária em prol da Associação das exalunas do Stella Maris
Cláudia Silveira encantada com a decoração da Blue Gardenia realizada por Eloy de Oliveira e coroada com a palestra de Vera Leon, sobre sonhos
Os empresários Paulo Sérgio e Eliana Franzosi Batalha, patrocinadores, com a Munik, da vinda do cantor Fernando Solera, no show portenho
O secretário de Cultura de Santos, professor Fábio Nunes, e Telma Godoy Maia Nunes apreciaram o tango argentino, no Mendes Convention Center
No restaurante Dom Sírio, os empresários Edson Lopes e Norberto Martins Paes receberam o sommelier Fernando Fernandes (centro), para uma harmonização de vinhos com vários pratos da casa preparados com muito esmero
A família Conde: Lupércio Jr., Ivete, Rogério e Lupércio, presidente da Associação Atlética Portuguesa Santista, no lançamento da pista de skate, durante a comemoração do centenário do clube
Renata e João Henrique Braga de Mesquita com Rosângela Coffoni Mahfuz e Pedro Mahfuz Jr. na Noite Portuguesa, patrocinada pelo Clube XV
O casal Rosana Felipe Ramirez e Oswaldo Vicente Penteado curtiu a apresentação do Rancho Folclórico, da Portuguesa Santista, no Clube XV, e a tradicional bacalhoada lusitana
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“Celebridades em Foco” // Edison Prata
Nesta e nas próximas edições, mostraremos os melhores momentos do Flash Back, que aconteceu na Lucky Scope, promovido pelo Rotary Club Guarujá
O presidente da entidade rotária Eduardo Longaretti e Andréa Longaretti
O próximo presidente do Rotary Club Guarujá, o médico Guaracy Reis e sua mulher Letícia do Valle Reis participam ativamente de todos os eventos rotários
Uma famosa dupla de corredores, o advogado Dr. Arthur Albino dos Reis e sua inseparável Nalva
O amigo de todos, que ajuda e participa de Por falar em pessoas que sempre pensam no todas as ações solidárias, o empresário Nivaldo próximo, o belo casal de empresários Willians Passos, aqui com sua eleita Regina Passos Camara e Kika. Vale comentar que, em breve, a família contará com mais um bebê
Por falar em boas empresas, que sempre participam de eventos beneficentes, Abílio e Cláudia Martins, da Top Stamp
O belo casal Rogério e Adriana prestigia os projetos do Rotary Club Guarujá
O gerente Marcelo Oliveira, da loja de automóveis Iremoc, concessionária Nissan em Guarujá, sua mulher Ana e a filha Bruna
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Um click especial no casal João Augusto da Silveira, o conhecido Guto, e Rafaela Silveira
Beach&Co nº 178 - Abril /2017
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Dedicar-se à educação é poder contribuir com o mundo de hoje para torná-lo um lugar melhor para as futuras gerações. A Sobloco planeja e constrói pensando nas gerações futuras. Em seus empreendimentos, a empresa investe na educação cívica e ambiental de milhares de crianças e jovens, com o objetivo de formar uma geração futura mais consciente, ética e responsável. É assim na Riviera de São Lourenço, em Bertioga, com seu Programa Clorofila de Educação Ambiental que completa 25 anos de atividades em 2017, a Fundação 10 de Agosto que atende centenas de crianças, além de diversas atividades educativas para a comunidade, como visitas, oficinas, passeios e programas esportivos.
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