Beachco 194

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Marina Aguiar

ANO XVII - Nº 194 - AGOSTO / 2018

A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte

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Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br

Fundação 10 de Agosto em festa

beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte

E mais...

Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Giuliano Rodrigues

Liga Gourmet

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Ser Sustentável

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Gastronomia

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Flashes

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Alto Astral

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Cenário social

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Celebridades em foco

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giu@costanorte.com.br Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan ronaldozaidan@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Luciana Sotelo, Marcus Neves Fernandes, Marina Aguiar e Rosangela Bozzi Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Rodrigo Haddad MKT Direto


Luciana Sotelo

24 O grande feito da Cia. de Dança de Cubatão

Monica Antunes/Studio Carlito e Renata Pascucci

Alceu Bett

turismo

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Segredos históricos muito bem guardados

Capa Francisco Arrais

Orla da praia de Santos Foto: Cândido Gonzalez

Santos

pág. 06


turismo

Raimundo Rosa

Santos tem praia... e tem muito mais! Qual o seu objetivo? Descansar, agitar, conhecer, praticar esportes, comer muito bem, fazer compras? É só escolher, pois Santos oferece muito mais do que apenas estas opções

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Francisco Arrais

turismo

Rosangela Menezes São sete quilômetros de praias emolduradas pelo maior jardim à beira-mar do mundo, registrado no Guinness, e muitos passeios para todas as idades, como Aquário; Orquidário; escunas; Parque Roberto Santini; museus de Pesca, do Mar e Marítimo; Pinacoteca Benedicto Calixto; ciclovia da orla e até mesmo apreciar o vaivém dos navios na cidade que é a capital nacional dos cruzeiros marítimos. Mas não é só isso... Santos tem belas e muito mais atrações longe da praia, capazes de surpreender até mesmo os que dizem conhecer bem a cidade. Para começar, que tal um passeio em bondes antigos pelo centro histórico, com monitoria de guias de turismo, para conhecer páginas importantes da história do Brasil e do mundo? O roteiro torna-se mais característico com os bondes temáticos, como o Bonde Pelé, grafitado em homenagem ao Rei do Futebol; Bonde Arte, o primeiro bonde-restaurante da América Latina, e o Bonde Café, onde os passageiros saboreiam a bebida que levou o nome da cidade para todos os cantos do planeta.

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Para conferir mais charme à atração, idosos que trabalharam como motorneiros e condutores organizam o embarque de passageiros na Estação do Valongo e adoram contar histórias da época em que os bondes eram o principal meio de transporte urbano na cidade. Com arquitetura inspirada na londrina Victoria Station, a estação foi a primeira do estado de São Paulo a ouvir o apito de um trem. Em frente a ela, encontra-se o Museu Pelé, instalado nos antigos Casarões do Valongo, do século XIX, totalmente reconstruídos para contar a incrível história do maior atleta do século XX.

Atrações e história no roteiro do bonde No roteiro da Linha Turística do Bonde, estão aproximadamente 40 atrações, entre elas, a Casa do Trem Bélico, onde vale a pena desembarcar para conhecer uma das poucas construções militares originais existentes no país, datada dos anos 1700. No Palácio Saturnino de Brito, sede da Sabesp, segundo ponto de parada do bonde para visitação, é possível apreciar detalhes do revolucionário projeto desse engenheiro, responsável pelo saneamento da cidade, pioneiro no país.

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Francisco Arrais

Atrás do palácio, encontra-se o Monte Serrat, local cercado de lendas de piratas e de milagres de Nossa Senhora, a padroeira da cidade. O acesso ao cume, em bondinho que funciona no sistema funicular, é uma atração à parte. Do alto, a vista é de 360 graus. No trajeto do bonde, destaque ainda para o Museu do Café, com exposições e uma cafeteria com blends de grãos e variações da bebida; Pantheon dos Andradas, onde estão os restos mortais de José Bonifácio, o Patriarca da Independência, e de seus quatro irmãos; Conjunto do Carmo, com duas das mais antigas igrejas da cidade, do século XVI, e o Outeiro de Santa Catarina, marco da fundação do povoado de Santos. De volta ao ponto de embarque, que tal um almoço no Estação Bistrô Restaurante-escola, o único do litoral voltado à qualificação de jovens carentes para o mercado de trabalho. Ele funciona no térreo da Estação do Valongo e abre de terça-feira a sábado, das 12h às 15h, oferecendo a meca santista, o prato turístico de Santos, além de cardápio variado.

O roteiro dos bondes possibilita o passeio pelo centro histórico da cidade. Na página ao lado, o belo entardecer na praia 9


Tadeu Nascimento

Tadeu Nascimento

turismo

Marcelo Martins

Estádio do Santos Futebol Clube e a estação do Valongo. Ao lado, partida de navio de cruzeiro e ecoturismo na área continental

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Marcelo Martins

Para uma visita mais completa ao centro histórico, merecem atenção, também, os teatros Coliseu e Guarany; Casa de Câmara e Cadeia, palco da proclamação, em 1894, da primeira – e única – Constituição Municipal do Brasil; Centro Cultural Português, único em estilo neomanuelino do estado de São Paulo, e o Museu de Arte Sacra de Santos, que reúne verdadeiras preciosidades. Imperdível, ainda, próximo à área central da cidade, uma parada no Memorial das Conquistas do Santos Futebol Clube para conhecer algumas das muitas façanhas incríveis de um time que parou guerras, mais marcou gols e é reconhecida fábrica de craques.

Trilhas, cachoeiras e o melhor ponto de mergulho do estado Muita gente não sabe, mas a cidade de Santos tem apenas 39,8km² e está localizada na ilha de São Vicente. A maior parte do município encontra-se no continente – são nada menos que 280,6km² de Mata Atlântica preservada, local perfeito para quem gosta de um contato mais próximo com a natureza. Na área continental, há trilhas, cachoeiras e piscinas naturais, mirante com 260 metros de altura e criação de búfalos. Os roteiros são realizados por agências credenciadas pela Secretaria de Turismo, identificadas no Portal de Turismo de Santos (www.turismosantos.com) – quem preferir, pode ligar para o Disk Tour 0800 173887, que atende todos os dias, das 9h às 19 horas. Além disso, fica também em Santos o melhor ponto de mergulho de todo o estado e o terceiro do país – a Laje de Santos -, com água do mar cristalina, temperatura em torno de 23º C, visibilidade de até 30 metros e fauna impressionante. É possível ver cardumes coloridos, arraias-jamanta, tartarugas, garoupas, golfinhos e, dependendo da época – e da sorte -, até tubarões e baleias.

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educação

25 anos de amor ao próximo

Fotos Marina Aguiar

Fundação 10 de Agosto colhe os frutos e continua a semear iniciativas

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A cerimônia em homenagem ao aniversário da instituição contou com a apresentação de alunos dos cursos de música, no concerto musical Tributo a Tim Maia

Olhares emocionados acompanharam o talento de 120 alunos dos cursos de música da Fundação 10 de Agosto, em uma noite especial na Pucci Riviera. A casa cheia, resultado do sucesso do projeto que completa 25 anos, vibrou com sucessos como Gostava tanto de você e Não quero dinheiro, interpretados por violinos, clarinetes e saxofones, que compõem a orquestra da instituição. O homenageado, o saudoso Tim Maia, foi escolhido devido aos 20 anos de sua morte e pelos hits de soul e funk, que trouxeram um novo desafio para os alunos, mais habituados à música clássica. A banda F-10, que abrevia o nome da entidade, interpretou os sucessos Primavera, Casinha de sapê, W Brasil e Acenda o Farol, com instrumentos de música popular: bateria, teclado, guitarra e baixo. Emocionada, a aluna de clarinete Lídia Valentina Andrade de Oliveira, 16 anos, não via a hora de entrar no palco. A jovem ingressou na entidade, aos nove anos, sem nenhum conhecimento musical e se encantou pelo instrumento de sopro. “Foi uma professora em particular, muito boa no clarinete e muito querida por mim, que me

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inspirou”. Após alguns anos, a aluna saiu da Fundação 10 de Agosto, mas não deixou de tocar. “Me afastei da Fundação, mas não consegui tirar a música de mim. Toquei em saraus, com amigos, e depois voltei a estudar aqui. Sou muito grata a todos que me envolveram nesse mundo”. Victoria Regina Camargo de Oliveira, 17 anos, divide o sobrenome e a paixão pelo clarinete com a colega. “Vim para a Fundação com 12 ou 13 anos. Já fazia musicalização na igreja, mas queria tocar o instrumento maior. Metade do que sou hoje devo à Fundação”. A Fundação, inclusive, investe na construção de pessoas, a exemplo de Rodrigo Alves Araújo, que começou a estudar violino há seis meses e já se sente mais responsável. A criação de vínculos entre as crianças e a entidade é uma das prioridades de Beatriz Pereira de Almeida, diretora de marketing da Fundação 10 de Agosto. “É um grande projeto, muito recompensador para quem faz e para quem recebe. Nosso intuito é fazer o bem, somar. Queremos construir pessoas em Bertioga. A gente leva educação, mas, principalmente, leva

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Fotos Reprodução /facebook

educação

um ambiente favorável; é um trabalho preventivo no qual as crianças convivem em um ambiente saudável com muitos vínculos e criam valores positivos”. A Fundação 10 de Agosto também oferece programas de capacitação, que contribuem com o aumento de renda e com o desenvolvimento profissional. Todos os participantes reconhecem a importância da Fundação para suas vidas e carreiras. É o caso de Eduardo Alves Costa, de 41 anos, que participou dos cursos de capacitação de manutenção de piscinas. “Atualmente, estou trabalhando como caseiro, mas sentia que havia a necessidade de me aperfeiçoar mais. Como tinha poucos conhecimentos dessa parte e queria fazer um complemento na profissão, uma vez que a Riviera de São Lourenço oferece várias opções de trabalho, procurei a Fundação e fiz o curso. Hoje me sinto mais capacitado e preparado para lidar com o mercado”. Outras pessoas aproveitam a oportunidade de unir prazer e trabalho em uma única atividade, como Daiane Aparecida Rodrigues Pereira. “Eu amo cozinhar, sempre quis me aperfeiçoar nessa parte e encontrei na Fundação a oportunidade. O curso me ajudou bastante, os professores

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são comprometidos, e não descarto abrir um negócio no futuro”. “A procura é muito grande”, explica o professor da Fundação 10 de Agosto, Gustavo Henrique de Freitas Santana, de 23 anos. “Oferecemos cursos e aulas que ajudam a cidade e as pessoas, tanto que, hoje, temos uma lista de espera”. Anualmente, a Fundação colabora com a socialização de 300 crianças, em dois polos de atuação (Riviera de São Lourenço e no bairro Vista Linda), além de mais de mil jovens e adultos que participam dos cursos de capacitação. Ao longo desses 25 anos, mais de 22 mil pessoas já passaram pela instituição, em cursos de zeladoria, manutenção de piscinas, panificação, informática, moda e costura entre outros, além de aulas de música e esporte.

Trajetória Idealizada pelo engenheiro Luiz Carlos Pereira de Almeida, a entidade tem sua trajetória vinculada à própria história da Riviera, bairro que se desenvolveu muito na década de 1980, e início dos anos 1990, quando viu sua população aumentar com novos trabalhadores e novos proprietários. Luiz Carlos conta que a preocupação tra-

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Alunos das oficinas de música na noite festiva e, ao lado, aulas de capacitação, na sede da instituição. Ao longo dos 25 anos, mais de 22 mil pessoas já passaram pela instituição

zida pelo contraste de cultura e condições econômicas da população que chegava e a população local levou-o a criar um plano com vistas a uma convivência harmoniosa e enriquecedora entre todos os públicos, privilegiando a formação, o ensino, a preparação dos jovens de todas as idades, para torná-los membros da sociedade, cidadãos capazes, chefes de família e geradores de riqueza para si e seus descendentes. “Daí saiu a ideia da fundação. O nome 10 de Agosto é uma homenagem ao Dia de São Lourenço”, explica. Instituída pelas empresas Sobloco Construtora, Praias Paulistas S.A. e Cia. Fazenda Acaraú, sua primeira missão foi a construção da Capela Nossa Senhora das Graças, na Riviera de São Lourenço, junto com seu Centro de Atendimento Social. A Fundação foi responsável pela coordenação da sua construção e da implantação e operação do Centro de Atendimento Social. As obras da capela começaram em meados de 1993 e, no dia 10 de julho de 1994, foi realizada a primeira missa nas obras da edificação. Em 1996, antes mesmo de o prédio estar totalmente terminado, iniciaram-se alguns cursos voltados para os primeiros moradores do bairro que nascia: crochê, tricô e

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pintura em tecido para, na maioria, mulheres de zeladores e caseiros da Riviera. Aos poucos, os cursos foram aumentando e se diversificando, para atender a uma população que crescia e às oportunidades de trabalho que surgiam. Hoje, os cursos de capacitação profissional da Fundação são frequentados por pessoas de todos os bairros da cidade e são muito requisitados. Nos anos seguintes, a Fundação iniciou seus cursos de música para crianças e, em pouco tempo, formou sua primeira orquestra infanto-juvenil. Esta atividade cresceu na entidade e, hoje, a orquestra é reconhecida em toda a cidade, participando de diversos eventos. Para Almeida, 25 anos após sua criação, é evidente o legado da Fundação 10 de Agosto na sociedade. “Nosso trabalho reflete não só na vida de cada um desses jovens, mas na cidade como um todo. Estamos ajudando a formar pessoas mais éticas e mais cidadãs, que vão ajudar a construir um município melhor, diferente do que vemos todos os dias nos meios de comunicação. Todos os nossos esforços são direcionados para isso: para a edificação do ser humano”. *Contribuíram Marina Aguiar e Ágata Marcelo.

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comportamento

Liga Gourmet Fotos Luciana Sotelo

União de sabores e ideias

Luciana Sotelo No cinema, Super-Homem, Mulher-Maravilha, Batmam, Aquaman, Lanterna Verde e muitos outros super-heróis dão vida à Liga da Justiça. Essa “liga” reúne os mais famosos personagens da DC Comics, que encantam milhões de leitores e telespectadores. Juntos, dividem tarefas e enfrentam ameaças para manter o planeta a salvo. A junção de poderes sempre leva à vitória, afinal, é como diz o ditado: A união faz a força!

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Da ficção para a realidade, outro grupo, esse formado por empresários do ramo da gastronomia, compõe a Liga Gourmet Santos. Os objetivos são bem diferentes, mas a essência é a mesma: somar esforços para fortalecer o setor. Criada em 30 de agosto de 2010, a Liga Gourmet nasceu de oito estabelecimentos, com cozinhas de diferentes nacionalidades, que se encontraram num projeto do Sebrae-SP, um ano antes. De acordo com Marcelo Saraiva, proprietário da Cantina di Lucca, um dos pioneiros da Liga, o projeto Empreender possibilitou

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Representatividade no menu Para ser grande, é preciso ganhar o respeito da sociedade. Pensando dessa forma, a partir de 2013, a Liga passou a investir em representatividade; era preciso ter voz ativa para debater a realidade do segmento, muitas vezes, ignorada na hora de se aprovarem projetos importantes. A Liga encaminhou um ofício à Câmara Municipal, demonstrando a insatisfação dos empresários com a aprovação de projetos sem amplo debate. Thiago Rodrigues, proprietário do Ao Chopp do Gonzaga, a casa mais antiga da Liga, e uma das mais antigas

da cidade, com quase 70 anos de existência, um empreendimento passado de pai para filho, que já está na terceira geração, explica: “No passado, os legisladores criavam e votavam projetos de lei relacionados ao ramo da alimentação sem nos consultar, e acabávamos ficando com o ônus dessas decisões sem termos sequer opinado a respeito. Muitas vezes, isso era prejudicial. Então, começamos a ir à Câmara Municipal, pedir participação nos debates. Ele aponta uma das grandes questões enfrentadas, com louvor. “Um dos destaques foi nossa luta contra a

Passaporte carimbado garante retorno para escolha de pratos gratuitos nos restaurantes participantes. Promoção é válida até novembro. Na página ao lado, Marcelo Saraiva, Andre Reis, Thiago Rodrigues, Gugu Barbosa e Eduardo Lascane, membros da Liga

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liberação dos food trucks na cidade. Pelo projeto, eles não teriam regras, poderiam parar em qualquer lugar, como por exemplo, na porta do meu estabelecimento. Ele faturaria e depois iria embora para São Paulo, sem deixar nenhuma contribuição para o nosso município, pelo contrário. Não deixamos isso acontecer. Lotamos a Câmara e conseguimos, inclusive, o apoio dos quiosqueiros da orla da praia. Não somos contra a instalação dos food trucks, mas era preciso ter regras, afinal, nós pagamos impostos e não poderíamos ficar prejudicados”.

que eles desenvolvessem ações conjuntas e trocassem experiências. “Começamos a fazer várias ações, entre elas, a compra coletiva. Isso estimulou o associativismo. Percebemos, na prática, os benefícios de nos unirmos. E quando o projeto chegou ao fim, decidimos continuar, ter um propósito, um nome”, disse. Antes, aproveitaram os cursos de capacitação e gestão oferecidos pelo Sebrae; um dos destaques foi o Programa de Alimentos Seguros (PAS), que contribui para a implantação de boas práticas na manipulação e distribuição de alimentos, na redução do desperdício e no atendimento à legislação sanitária. “Desse embrião, formou-se a Liga Gourmet”. A primeira tarefa do grupo recém-criado foi a organização da própria festa de lançamento. “Tivemos o apoio da Associação Comercial de Santos; convidamos toda imprensa, nossos fornecedores e, também, possíveis futuros integrantes. O intuito era mesmo juntar todo mundo para consolidar a ideia do ‘juntos somos mais fortes’”, lembra Saraiva.

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Fotos Divulgação

comportamento

Ao colocar ideias inovadoras em prática, a Liga criou o Roteiro Gastronômico, uma espécie de circuito promocional pelos oito restaurantes, em troca de prêmios. “Cada consumidor teve a oportunidade de conhecer melhor o menu oferecido pelos demais estabelecimentos. Isso afastou de vez aquela história de que o concorrente tem que ser inimigo. Pelo contrário. Fizemos com que o nosso cliente experimentasse outros cardápios para diversificar, de forma saudável e natural”. O resultado foi positivo: mais de oito mil pessoas, em três meses de campanha, o equivalente a um aumento de 10% no movimento das casas. Com o primeiro passo dado, surgiram outras iniciativas. Antes de completar o primeiro ano de parceria, os empresários conseguiram mais uma vantagem importante, a redução da taxa de cartões de crédito. “Hoje, temos uma taxa que ninguém tem. Eu mesmo abri outro estabelecimento e não consigo obter o mesmo benefício”, pontua Saraiva. Fora a negociação com as operadoras de cartão, os comerciantes também estreitaram relações com empresas distribuidoras de gás e com outros fornecedores para obter vantagens nas compras coletivas. Segundo estatísticas do grupo, a Liga Gourmet teve expansão de 16% no faturamento médio nos 12 primeiros meses de existência.

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Aventura por aromas e sabores A partir desse mês, a Liga está com uma nova promoção. Trata-se do Passaporte Liga Gourmet, uma iniciativa que propiciará uma espécie de viagem gastronômica pelas mais variadas cozinhas oferecidas pela Liga. São 14 estabelecimentos participantes, com culinárias e propostas diferenciadas. Para ganhar o passaporte e o primeiro carimbo, é preciso consumir o valor mínimo estipulado pelo estabelecimento credenciado. Depois disso, basta levar esse mesmo passaporte em sua visita aos demais restaurantes integrantes e conquistar novos carimbos, mediante consumo mínimo estipulado por cada casa. Assim que a ‘viagem’ estiver completa e o passaporte for devidamente carimbado por todos os restaurantes, o cliente poderá voltar a todos os estabelecimentos e consumir, gratuitamente, um ou mais pratos definidos por cada um dos restaurantes. Participam dessa ação as seguintes casas: Ao Chopp do Gonzaga; Bodegaia; Cantina di Lucca; Cantina Babbo Américo; China in Box; ELO Gastronomia; Hamburgueria Santista; Kokimbos Pizzas e Picanha; Madalena Brigadeiros; Mar del Plata; O Temakinho; Piccola Pizza Bar; Quilha Bar e Restaurante; e Tasca do Porto. A promoção se encerra em 30 de novembro, data em que os clientes poderão consumir o último prato cortesia. A promoção só vale

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A Liga reúne uma espécie de viagem gastronômica pelas mais variadas cozinhas

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comportamento Ações sociais Nem só do comércio vivem esses empresários. Para crescer de forma positiva, é preciso pensar na sustentabilidade e nos cuidados com o meio ambiente. Por isso, lançaram o ‘Recicle com a Liga’, um projeto em parceria com a o Instituto Bio Santos, para conscientizar a população sobre a importância do descarte correto do óleo de cozinha usado. Para incentivar a freguesia a separar o óleo em casa, a Liga presenteou seus clientes com 10 mil garrafas do projeto, com capaci-

dade para armazenar um litro e meio de resíduos em casa. Nessa simbiose de múltiplas trocas, em abril desse ano, a Liga deu mais uma mostra de coletividade, dessa vez, em prol de uma das instituições mais tradicionais de Santos, a Gota de Leite. A entidade atende 220 crianças carentes e passa por uma grave crise financeira, a ponto de ter que encerrar suas atividades, ainda este ano, caso a realidade não se modifique. Foi criada a Liga Gourmet

para consumo no salão, ou seja, não é válida para delivery. Para Augusto Barbosa, dono da Piccola Pizza Bar, a possibilidade de receber clientes de outros estabelecimentos, de mostrar a qualidade dos seus serviços, é uma grande chance para cativar uma nova clientela. “Não deveria existir o medo da concorrência; eu acredito é na força do trabalho executado de maneira responsável e eficaz. A Liga mostra, com ações efetivas, que não se deve olhar para o outro estabelecimento como se ele fosse um inimigo. A preocupação deve ser em servir bem e com qualidade. Devemos trabalhar em conjunto, dividir experiências e procurar aprender com os novos aprendizados. A moda agora é compartilhar”.

CNPJ 31.181.577/0001. Coligação - PSDB/PSD/DEM/PP. MEDIDAS: 21x7 cm. R$ 1200.

A união dos empresários resultou em casa cheia para todos os associados, como a Cantina de Lucca

Food Week, na qual 14 restaurantes ofereceram, durante 10 dias, 30% de desconto em pratos selecionados para quem, em troca, doasse pelo menos R$ 2,00 para a instituição. Participam do Liga Gourmet Food Week: Ao Chopp do Gonzaga; Bodegaia; Cantina di Lucca; China in Box; ELO Gastronomia; Hamburgueria Santista; Kokimbos Pizzas e Picanha; Madalena Brigadeiros; Mar del Plata; O Temakinho; Piccola Pizza Bar; Quilha Bar e Restaurante; e Tasca do Porto.

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arte

Fotos Alceu Bett

No alto do pódio da dança no Brasil A Cia. de Dança de Cubatão contou uma história de amor no palco do Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina, o maior do mundo no gênero competição, segundo o Guinness Book

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Morgana Monteiro Dizem por aí, que falar sobre o amor pode estar ultrapassado. Mas essa máxima não vale para a arte nem tampouco para a Cia. de Dança de Cubatão. Por contar uma história de amor, a equipe garantiu o bicampeonato no Festival Internacional de Dança de Joinville, e recebeu o prêmio especial de melhor grupo da competição, ansiosamente aguardado por toda a comunidade da dança no país. A coreografia Além daqui..., que garantiu o bicampeonato à Cia., na categoria conjunto jazz avançado, é assinada por Zeca Rodrigues, coreógrafo residente. A montagem foi criada para esse festival, com um deslocamento intenso dos 17 bailarinos no imenso palco do Teatro Cau Hansen. A perfeita movimentação dos artistas, aliada à execução precisa do jazz inconfundível de Zeca, encantou não somente os jurados. Após a apresentação, a Cia. foi aclamada pela plateia de três mil pessoas. Emocionado, Zeca Rodrigues, ao lembrar-se da noite especial, que valeu ouro ao elenco e foi primordial para que a Cia. conquistasse a indicação de melhor do Festival, disse: “É curioso perceber que a Cia.

de Dança de Cubatão alcança seu ápice ao realizar uma performance que aborda o lado espiritual do amor. Uma história que fala sobre o abandono dos valores terrenos, culminando num encontro de várias vidas, em um lugar bem longe de nós, muito além daqui, provando que essa força desafia o tempo e a própria morte. Um privilégio ter em mãos tantos e tão grandes talentos pra contar essas narrativas”. Essa montagem fecha um ciclo, uma trilogia criada por Rodrigues, para discursar sobre o amor. Em 2010, o artista montou Love, para a companhia Studio A, na qual vê-se o amor em sua face mais linda, com o romance que se transforma em casamento. Ano passado, foi a vez Amores crônicos, que garantiu o primeiro ouro da Cia., em Joinville, que aborda os deslizes do relacionamento, a traição e o ciúmes que consomem a alma e desgastam a relação. “Agora, o lado etéreo e sagrado do afeto ganhou força e corpo, mudando para sempre a história da nossa equipe. Que possamos sempre dispor da arte pra seguir encantando os corações através do jazz!”, afirma Zeca. Com esses resultados positivos, a Cia. de Dança de Cubatão escreve seu nome na história da dança no Brasil. Ao obter prê-

Yasmin Mattos recebeu o prêmio de melhor bailarina do festival desse ano. Na página ao lado, a coreografia Além daqui..., que garantiu o bicampeonato à Cia.

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arte mios em todas as coreografias que apresentou, já ocupa o seleto lugar de companhias que realizaram tal feito em 36 anos de festival. Além da primeira colocação no conjunto de jazz, obteve ouro em solo jazz sênior, com Mais do que palavras, uma criação de Claudionor Alves; segunda posição em solo contemporâneo sênior com Em silêncio...; e terceiro lugar no duo contemporâneo Apenas..., ambas de Flávia Sá. Vanessa Toledo, diretora artística da Cia., afirma: “É muito bom tudo o que vivemos em Joinville. A Cia. de Dança de Cubatão ser aclamada o melhor grupo de todo o festival, que reúne artistas incríveis do Brasil e do exterior, é algo extraordinário! Estamos imensamente felizes com esse resultado, que é a soma de muito empenho, esforço e de todos os outros prêmios que recebemos. Somos só gratidão!”. Ela lembra que prêmio especial surge de indicações da curadoria do Festival e dos jurados, que levam em conta a performance das equipes. O destaque é dado àqueles que obtiveram um desempenho muito acima da média durante as apresentações – o que vale para grupos e bailarinos. Além do troféu, recebem prêmios em dinheiro. Para

Caio Nunes, curador do Festival de Dança de Joinville, “a Cia. de Dança de Cubatão tem trazido novas propostas e um olhar para o hibridismo. É bom ver estas vertentes. Dá pra notar que é um trabalho de pesquisa, com bailarinos de padrão internacional e interpretação artística. Eles foram ovacionados”.

Um marco para a dança regional Poucas equipes no Brasil colheram resultados tão significativos ao longo de três décadas de Festival, de acordo com a organização da competição. Os prêmios da equipe cubatense modificam o cenário da dança regional, de acordo com Juliana Luiz, vice-presidente da Adalpa, Associação de Dança do Litoral Paulista: “Obter classificação em todas as coreografias, em uma só edição do Festival de Joinville é fantástico e, com certeza, um marco para a dança em nossa região. É um orgulho ter uma companhia eleita como a mais importante de Joinville e ser campeã duas vezes seguidas”. Juliana lembra que a seletiva para disputar o Festival já é acirrada e, por isso, somente os melhores competem naquele imenso palco. Ainda ressalta o cresci-

A Cia. também foi premiada com as coreografias Mais do que Palavras; Em silêncio; e Apenas

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mento e amadurecimento técnico do grupo cubatense ao longo desses anos, competindo desde 2011 em terras catarinenses. A vice-presidente destaca a participação de grupos das cidades de Guarujá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. Também obtiveram premiações, em Joinville, o Balé Jovem de São Vicente e Núcleo Foco em Dança e Corpo de Baile Infantil, da Escola de Bailado de Santos.

A mais importante bailarina do Festival Pela primeira vez, uma artista da Baixada Santista conquista o prêmio de melhor bailarina do Festival de Joinville: Yasmin Mattos integra o elenco da Cia. de Cubatão e escreveu seu nome na história da dança da região. No auge de sua maturidade artística, realizou performances impecáveis. Garantiu o primeiro lugar no solo de jazz em Mais do que Palavras, do jovem bailarino Claudionor Alves. A coreografia cheia de atitude e energia, em que Claudionor conseguiu, por meio dos movimentos, interpretar a alma feminina com exatidão, arrebatou o coração dos jurados. Mattos foi 2º

Zeca Rodrigues, o coreógrafo Zeca Rodrigues, coreógrafo residente da Cia. de Dança, é filho de Cubatão e tem um incansável talento para criações de jazz na sua mais pura essência. O artista é fruto de muito estudo junto a grandes nomes como Roseli Rodrigues, do Grupo Raça. Sabe dosar a movimentação dos bailarinos e os duetos de maneira que se tornem criações quase impossíveis de ser modificadas, praticamente impecáveis. E foi isso que chamou a atenção da curadoria do Festival de Joinville, em 2018.

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arte

Bailarinos da Cia. são homenageados na noite dos campeões

Premiações no 36º Festival de Dança de Joinville A Cia. de Dança de Cubatão retornou para a cidade com medalhas, troféus e a certeza de que está no caminho certo: Prêmio especial de Melhor Grupo do Festival; Prêmio especial de Melhor Bailarina, para Yasmin Mattos 1º lugar jazz conjunto sênior 1º lugar solo jazz sênior 2º lugar solo contemporâneo sênior 3º lugar duo contemporâneo sênior.

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lugar no solo contemporâneo; 3º lugar no duo contemporâneo; e campeã no conjunto jazz com todo o elenco. Ela comemora: “Cada pisada no palco foi uma sensação diferente e intensa, porque cada coreografia tem sua dramaturgia e significado. Foi uma responsabilidade ter que mergulhar de maneira profunda no papel e se desligar rapidamente para o dia seguinte. E o mais encantador foi receber o retorno do público e jurados”. Yasmin despertou para a arte aos seis anos, ao ingressar na ginástica rítmica desportiva. Um ano depois, passou a estudar balé clássico na Escola Técnica de Música

e Dança de Cubatão, na qual permaneceu por 11 anos, formando-se em 2013. Ali conheceu as variáveis da dança como jazz, dança moderna, balé de repertório, anatomia corporal e composição coreográfica. Afirma que esta arte trouxe disciplina e que sempre encarou todos os projetos como uma profissão. Aos 22 anos de idade, Yasmin termina, esse ano, o curso de arquitetura e urbanismo em uma universidade de Santos. Ainda não sabe qual rumo irá seguir. A exposição do prêmio de melhor bailarina de Joinville com certeza acarreta novas oportunidades e um horizonte na dança, talvez, até fora do Brasil.

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ONDE TEM TRANSFORMAÇÃO

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O berço do assistencialismo Aos 138 anos, a Sociedade Humanitária dos Empregados do Comércio de Santos resiste ao tempo com galhardia e abriga muitos tesouros históricos

Luciana Sotelo Santos tem o maior porto da América Latina; o maior jardim de orla do mundo; a vila mais famosa do futebol; também foi a primeira cidade na qual se praticou o surfe e é a terra natal do único esporte tipicamente brasileiro, o tamboréu. A maior cidade do litoral paulista tem muitos outros méritos, alguns até mesmo desconhecidos de boa parte da população. Por exemplo, você sabia que, em 12 de outubro de 1879 nascia no município a primeira entidade assistencialista do Brasil? Com 138 anos, ela resiste ao tempo e abriga tesouros importantes da história de Santos. Fala-se aqui da Sociedade Humanitária dos Empregados do Comércio de Santos. Idealizada por meio de campanhas nas páginas do antigo jornal O Caixeiro, a Sociedade Humanitária foi inaugurada por um grupo de cidadãos solidários com a categoria e pelos próprios componentes da classe dos empregados no comércio. A entidade nasceu com o digno propósito de propiciar amparo e socorro aos seus associados, bem como educação e acesso à cultura e ao lazer. É o que conta o atual diretor cultural da Humanitária, o jornalista Sérgio Willians: “Essas pessoas eram muito humildes, não tinham condições financeiras de pagar um médico e nem de investir em educação. Era uma época em que a sociedade se virava para ajudar os mais necessitados, não existia o poder público”. No ano seguinte, aponta o jornalista, outro grande passo foi dado. Em 30 de outubro de 1880, foi aprovado um pro-

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comportamento de 1920, estava em ascensão. Os programas eram de auditório; por aqui aconteciam os shows ao vivo. Era a Rede Globo da região, na época. Mantivemos o palco, que existe até hoje.” Um grande destaque da trajetória da instituição, de acordo com estatísticas, é o fato de ser a única entidade assistencial que participou de todos os eventos santistas, desde a sua criação, inclusive, da assistência aos feridos na Revolução de 1932, atuando de maneira notável em casos de enfermidade, fornecendo aos associados atendimentos médicos e farmacêuticos; providenciava, inclusive, concessões de auxílio pecuniário, em casos de falecimentos. No consultório, grandes médicos prestaram serviço, gratuitamente, entre eles, o ilustre José Martins Fontes, o poeta vulcão. Willians faz questão de ressaltar o porquê de manter preservado esse consultório. “A ideia, no futuro, é transformar esse espaço em área de exposição cultural. Temos a máquina de escrever que ele utilizava, receituários, alguns objetos inerentes à profissão, inclusive, um estetoscópio”.

Fotos Luciana Sotelo

jeto de autoria de José Francisco de Paula Martins, para a criação da Biblioteca da Humanitária, que, pouco tempo depois, tornou-se a maior da cidade. A primeira sede da Sociedade foi inaugurada em 7 de setembro de 1891, na rua Amador Bueno, 256. Depois, passou para a rua XV de Novembro. Foi nos anos 1930, com o crescimento da associação, que a nova sede, prédio ainda existente, começou a sair do papel, com a pedra fundamental colocada em fevereiro de 1929 e a finalização das obras em outubro de 1931. Localizado na praça José Bonifácio, o empreendimento, um verdadeiro palacete de três andares, abrigava diversas salas de aula, com cursos de português; francês; inglês; alemão; e mais escrituração mercantil e aritmética. Também consultórios, salas administrativas e um grande salão de baile. Personalidades ilustres visitavam o local, entre elas, o então ministro do Trabalho, Lindolfo Color. O diretor cultural menciona, com orgulho, que a nova sede abrigou a rádio Atlântica de Santos. “A rádio surgiu na década

O jornalista Sérgio Willians, diretor cultural da Humanitária. Ao centro, edição de 1871 do jornal francês L’Ilustration, um dos muitos itens da biblioteca da entidade

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Razão de existir Tesouros guardados Entre tantas preciosidades guardadas com carinho, Willians é categórico ao afirmar que o legado mais importante deixado pela Humanitária, não só para os sócios como para toda população, é a sua biblioteca, criada em 1880 e em funcionamento na sede atual desde a sua inauguração. Hoje, o acervo físico da biblioteca só é aberto para pesquisadores, mediante agendamento prévio. “Estamos num processo de organização do nosso acervo. Estamos com um projeto chamado Biblioteca nas Nuvens, com o intuito de disponibilizar esse conteúdo histórico no ambiente de internet. Além de ser a mais antiga do município, o acervo é riquíssimo; existem muitos livros raros. São mais de 20 mil títulos, sem contar o setor de jornais antigos, outro tesouro que traz à tona a memória de Santos e região em mais de 20 mil páginas”. Para citar como exemplo e aguçar os mais curiosos, ele cita o exemplar do projeto de Saneamento Básico de Santos, anterior ao de Saturnino de Brito, de 1895, feito pelo engenheiro porto-riquenho Estevan

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Quando criada, a Sociedade Humanitária tinha por finalidade o assistencialismo, o que não ocorre mais desde a década de 1940. Sérgio Willians explica: “Quando foram criados os sindicatos, os comerciários, que eram atendidos pela Humanitária, passaram a ser representados por sindicatos”. Mais tarde, na década de 1980, foi criado o SUS, para dar o respaldo médico. A sociedade vinha se transformando de tal forma, que a Humanitária perdeu um pouco o sentido de existência em função da bandeira inicial que defendia. A própria entidade se reciclou e passou a ser uma espécie de clube social. “Ela continuou existindo porque era autossustentável, como é até hoje”, explica o jornalista que, para finalizar, afirma ser uma honra participar da história de uma instituição tão renomada. “Tenho prazer em dar minha contribuição para que essa entidade sobreviva aos novos tempos e às novas tecnologias”. Endereço: Praça José Bonifácio, 59, Centro de Santos. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h, e das 14h às 18 horas.

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comportamento

Consultório e máquina de escrever do famoso poeta e médico Martins Fontes

Antonio Fuertes, contratado pelo governo do estado de São Paulo. “Só existem dois desses exemplares, o nosso, e outro que está na Sabesp. Restauramos essa raridade, que mostra que havia muitos pântanos de água doce e pouquíssima habitação”. Nas estantes, há muitas coleções europeias a exemplo do L’Illustration, um jornal francês com desenhos feitos em bico de pena. “Esses exemplares quase não vinham para o Brasil. Temos edições de 1871. Pesquisadores que aqui vieram disseram que temos livros europeus que não existem mais na Europa. Por causa das duas guerras, as bibliotecas eram queimadas e muita coisa se perdeu. O que veio para a América do Sul foi conservado, por isso, temos verdadeiros tesouros aqui”. Ao falar dos jornais antigos, ele se entristece: parte do conteúdo está condenada pelo tempo. “Temos edições de 1885, o papel não resiste, esfarela. Por isso, estamos fazendo uma campanha para arrecadar 80 mil reais para digitalizar tudo isso enquanto ainda dá tempo”.

Os bailes glamorosos No Salão de Festas da Humanitária aconteceram marcantes eventos sociais,

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culturais e políticos. Nele, durante anos, reuniu-se a juventude santista, nos tradicionais vesperais promovidos pelo Centro dos Estudantes de Santos e outras agremiações, com as melhores orquestras locais das décadas de 1950/60. Por ser a menina dos olhos da diretoria, e da própria sociedade santista, que viveu bons momentos nesse ambiente requintado, o salão foi o primeiro pavimento a ser beneficiado por reformas, que estão ocorrendo na entidade há cerca de dois anos. “Já recuperamos todo o telhado, substituímos por uma estrutura de metal. Agora, vamos fazer o forro e também recuperar todos os elementos decorativos. Isso aqui vai ficar uma maravilha”. De acordo com o presidente da casa, Manoel Rodrigues Guino, no futuro, com o dinheiro do aluguel do salão, a Humanitária terá fôlego financeiro para tratar da recuperação da biblioteca, para complementar o projeto de digitalização, e para transformar os espaços de maior destaque do prédio em áreas de exposição cultural. “Acredito que, daqui a cerca de cinco anos, o imóvel estará preparado para ser um polo cultural atrativo de resgate histórico e dos bailes”, finaliza otimista.

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Janaina Borges Biomédica Esteta

Um novo estilo de vida, não apenas uma dieta!

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Conseguimos reunir tudo em um só lugar. Nossa equipe multidisciplinar é formada por um grupo de profissionais da área de saúde, de diversos setores e especialidades, que trabalham em conjunto, a fim de chegar a um objetivo comum. Aqui, no Consultório Jana Borges, estamos sempre pensando no bem-estar de nossos pacientes, e por isso, nossos profissionais atuam com um objetivo principal: ajudar nossos pacientes a emagrecer com saúde.

É cada vez maior o número de pessoas que tomam consciência da importância da boa alimentação e do equilíbrio emocional, como formas integradas de mudanças para o bem-estar geral. Dessa forma, cresce o número de indivíduos interessados em manter, além de uma alimentação saudável, um suporte psicológico para comportamentos disfuncionais que ameaçam a saúde.

MÉTODO DE EMAGRECIMENTO JANA BORGES Baseado em 4 pilares

ALIMENTAÇÃO - Um plano alimentar prescrito de acordo com o seu metabolismo individual, para atingir a sua meta e promover a saúde. A nutrição é uma área com grau de importância ímpar no tratamento do excesso de peso. É somente com reestruturação dos hábitos alimentares, planejamento de um cardápio equilibrado e personalizado, e adequação à rotina do paciente, que conseguiremos chegar a um emagrecimento com saúde e sustentável. COMPORTAMENTO - A psicologia trabalha o comportamento alimentar, encontra os gatilhos para os hábitos não saudáveis e as "saídas cognitivas" para se tornar mais eficaz, disciplinado e consciente no processo de emagrecimento. Trabalha as emoções e pensamentos que influenciam a alimentação, além de auxiliar o paciente com ferramentas e métodos motivacionais para a mudança de hábitos. ESTÉTICA - Na estética, existem muitos tratamentos com embasamento científico comprovado e que funcionam! Porém, sabemos que estética não é milagre. Temos recursos eletroterápicos, técnicas manuais, e ótimos dermocosméticos, para ajudar no quesito perda de medidas. Quando se trata de estética corporal, o resultado final depende muito do paciente, principalmente, quando se fala de EMAGRECIMENTO, que é muito difícil de ser tratado. FÍSICO - A atividade física, quarto pilar, completa o programa. Talvez, de todos, o que apresenta mais dificuldade em adesão, disciplina e comprometimento. Exercício físico faz bem à saúde, não apenas para perder peso. Mas, no processo de emagrecimento, temos dois pontos fundamentais a ser trabalhados: o tempo (quantidade de exercícios) e a intensidade (qualidade dos mesmos). Exercício físico é também um ponto chave na manutenção do peso, ou seja, torna o resultado duradouro. Isso ocorre tanto pelo aumento da massa magra como pelo aumento do metabolismo e consumo de gorduras como fonte energética. No programa, o paciente passa por avaliações físicas agendadas, elaboração de treinos com o devido cuidado nas limitações e preferências de cada um.


ser sustentรกvel

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Diga-me o que comes e te direi o que serás Criamos uma vida que come plástico. Vamos nós, agora, também comer plástico

Marcus Neves Fernandes Esta história começa lá no início dos anos 1970, quando o lixo nosso de cada dia se transformou em um tema de estudo, com todos os rigores da pesquisa científica. Cunhou-se, até mesmo, um termo, garbology, que significava tanto o estudo químico dos resíduos como a relação comportamental da sociedade em relação aos seus descartes cotidianos. Parte desses cientistas passou a analisar especificamente o plástico, e um grupo menor ainda decidiu esmiuçar a decomposição dos polímeros. Duas equipes se destacaram. Uma delas, japonesa, investiu em pilhas de lixo de uma usina de tratamento, enquanto a outra, predominantemente norte-americana, passou a ‘caçar’ plásticos no oceano. Como sabemos, plásticos são moléculas longas e finas, interligadas para formar uma malha durável e maleável. A maioria é feita a partir de monômeros à base de carbono, portanto, pelo menos em teoria, são uma boa fonte de alimento para micro-organismos. Assim, da parte dos pesquisadores havia uma expectativa de encontrá-los, mas a

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realidade (mais uma vez) superou a ficção. Os norte-americanos encontraram não apenas fungos e bactérias vivendo em pequenos pedaços de plástico, em diversos pontos do oceano Pacífico. Na verdade, eles descobriram novas formas de vida, mais de mil delas (!), compondo um ecossistema único e desconhecido, sobrevivendo no plástico marinho. A descoberta, desconcertante por si só, escondia um detalhe ainda mais curioso: essa abundante vida microscópica era geneticamente distinta daquela encontrada nas águas circundantes, em troncos, folhas ou penas de aves. Em outras palavras, uma enorme e diversificada cadeia alimentar havia se formado a partir de uma nova e abundante fonte de alimento: o plástico. Enquanto isso, no Japão, pesquisadores da Universidade de Kyoto chegavam a conclusões semelhantes. Nas pilhas de detritos analisadas em usinas e aterros, formas de vida microscópica se adaptavam, se multiplicavam e prosperavam, tendo os polímeros sintéticos como fonte de energia. Constatado o fato, vinha a pergunta: como?

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ser sustentável

Como esses micro-organismos conseguiam se alimentar de plástico, qual era o truque que a Natureza reservou para permitir tal façanha? E uma nova série de longas e intermináveis investigações teve início. Modernos sequenciadores de ADN foram utilizados, moléculas por moléculas, tudo em busca de pistas, até que elas começaram a surgir. Enzima, uma variedade específica foi descoberta, permitindo que o plástico fosse decomposto e se transformasse em alimento. E uma nova série de longas e intermináveis investigações teve início. Dessa vez, o objetivo não era tão somente conhecer melhor essa classe de enzimas, decifrar não só os seus mistérios. Havia um desafio maior: replicá-la em laboratório, tornar esse processo viável economicamente e empregá-la para algo inédito e muito mais ambicioso: a reciclagem, em nível molecular, dos polímeros. A ideia, atualmente, é adicioná-las em depósitos de plástico, para que as enzimas quebrem as cadeias moleculares, transformando-as em produtos químicos fáceis de

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manusear, que poderiam ser empregados diretamente na produção de plástico virgem. Um ciclo fechado, praticamente sem qualquer desperdício. Essa nova tecnologia é uma possibilidade concreta. Ela se baseia no sucesso dessa nova estratégia evolutiva dos micro-organismos comedores de plástico, um sucesso tão evidente que, em um pequeno pedaço de plástico, do tamanho de uma unha, contabilizou-se a presença de milhares dessas criaturas, uma cadeia completa, incluindo não só os comedores de plásticos, mas também aqueles que os comem. Incrível, não? Mas há outro lado. Descobrir essa cadeia trófica de produtores, consumidores e decompositores significa que ela faz parte de uma cadeia maior, uma cadeia que vai do plâncton até os peixes e mamíferos e, destes, até nós. Esse novo universo, a plastisfera, em analogia à biosfera, transforma-se em um alerta. Estamos criando uma vida que come plástico, vida esta que já faz parte da nossa alimentação.

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gastronomia

Coentro,

ame ou odeie

Fotos Shuterstock

Tempero da discórdia, o coentro é passional. Ele é capaz de causar sentimentos exagerados. Os que amam querem colocar em tudo. Os que odeiam, não podem nem sentir o cheiro

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Semente, uma outra história Esqueça do sabor e do aroma das folhas de coentro quando o assunto são as sementes dessa planta, originária do Egito. Aliás, ele era usado no embalsamento das múmias, então, sabe-se que fazia parte do cotidiano egípcio. Até hoje é muito presente na culinária do Oriente Médio e também da Ásia. Não se faz falafel sem semente de coentro. Ela tem um sabor adocicado, picante e intenso, que vai muito bem com carnes, linguiças, salsichas, saladas e picles, por exemplo.

Fernanda Lopes Vamos combinar que o coentro é mesmo exibido. Se ele está presente, você vai notar. Por isso, o segredo está no uso sem exageros. Refrescante, doce e picante, suas folhas e talos são ideais para dar o toque final aos pratos. Fã incondicional da erva, o chef Dario Costa ensina que o coentro vai bem com receitas adocicadas, apimentadas e ácidas. “Tanto que eu uso muito nas minhas receitas e as pessoas nem percebem. Tem uma dose, um limite que você pode chegar. Mas o equilíbrio dele se dá com notas tão fortes como ele”. Dario lembra que, apesar de termos nas nossas raízes a influência africana, nossos hábitos alimentares, na prática, têm muito mais a ver com a Europa. “No Sudeste, a gente agrega muito mais o sofrito, que é europeu, com cebola, alho, salsinha e cebolinha. O coentro acaba sendo usado mais em estados com raízes africanas”. O chef Marius Grewe, que é sul-africano, conta que gosta muito do tempero, muito usado no seu país. “Quando cheguei em São Paulo, percebi que muitos não gostavam e que, no Norte-Nordeste, usam em tudo. Eu não gosto, por exemplo, dele no feijão como é hábito em alguns lugares do

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Brasil. Prefiro combinar com frango ou peixe.” Segundo Marius, a folha de coentro é muito sensível e por isso deve ser usada somente para finalização dos pratos ou para preparos frios. “Também é uma erva muito forte. Se a pessoa não souber usar, pode roubar o gosto todo do prato”. O chef Eduardo Lascane evita o uso de coentro em pratos do dia a dia, como feijão ou farofa. “Mas uso especialmente em ensopados, como cação ou moqueca. Em algumas regiões de Portugal, é bastante comum até mesmo no bacalhau”. Ele lembra que o cheiro verde paulista, com salsinha e cebolinha, no Norte-Nordeste tem coentro e cebolinha. “Isso traz uma grande distinção de sabores nos mais variados tipos da gastronomia brasileira”. Uma dica certeira para dar o toque do tempero na medida certa é usá-lo de forma mais integral, pois, quanto mais picadinho, mais sabor ele passa para a comida. Por isso, saladas com folhas íntegras de coentro são menos fortes.

Não é frescura, é genético Você acha que é frescura de quem não gosta de coentro. Pois a nutricionista Angélica Croccia, da Dieta Vitória, explica

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gastronomia

Dicas de chefs - “O coentro é uma erva fácil de cultivar, em um pequeno vasinho em casa, e trazer sempre um toque fresco às suas aventuras na cozinha. Com certeza, você pode surpreender seus familiares e amigos! Caso vá utilizar somente em cozidos, uma boa e prática dica é congelar o coentro picadinho em formas de cubinhos de gelo com um pouco de água”. Marius Grewe, Enoteca Decanter.

- “Na África do Sul, o grão do coentro é um dos principais temperos, junto com sal, pimenta-do-reino, pimenta Jamaica e cominho. O grão tem um gosto bem diferente da folha, é um dos temperos-base para a linguiça e carne seca sul-africana. No curry, prato bem tradicional na África do Sul, usamos os dois coentros. O grão, no começo, para tempero inicial, e a folha, para finalização.”

Dario Costa, Madê Cozinha Autoral. - “O coentro vai muito bem com receitas adocicadas, apimentadas e ácidas. Tanto que eu uso muito nas minhas receitas e as pessoas nem percebem.Tem uma dose, um limite, que você pode chegar. Mas o equilíbrio dele se dá com notas tão fortes como ele”. Eduardo Lascane, ELO Gastronomia.

Receitas

Peixe no papilote Ingredientes: 10 filés de pescada ou outro peixe que esteja na época; suco de 1 limão; 1 colher (chá) de sal; 1 pimentão pequeno cortado em tirinhas; 1 cebola cortada em fatias meia-lua; 4 tomates sem pele picados; 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes picadinha (opcional); azeite o quanto baste; 100ml de vinho branco; 2 cenouras fatiadas e 3 batatas cortadas em rodela de 0,5cm de espessura; 1 xícara de folhas de coentro inteiras, e papel alumínio ou papel-manteiga para fazer o papilote. Preparo: cozinhe as batatas em água com sal até ficarem macias, mas não desmanchando. Faça o mesmo com a cenoura já finamente cortada em tirinhas (cozinhe-a com pouca água, para preservar a cor e os nutrientes). Corte cinco retângulos de papel alumínio com cerca de 30cm de comprimento. Deixe todos os legumes cortados. Tempere os filés com suco de limão e sal. Abra o retângulo de papel, coloque fatias de cebola, três fatias de batata, dois filés de perna-de-moça, pimenta picadinha, pimentão, tomate e cenoura. Por cima, acrescente uma pitada de sal, um fio de azeite, algumas folhinhas de coentro e uma colher (sopa) de vinho branco. Feche como um pacotinho, deixando espaço para estufar. Leve ao forno pré-aquecido a 220ºC por cerca de 15 minutos. Sirva no papilote.

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que há um fator genético envolvido nisso. Há pessoas que possuem um receptor diretamente ligado com essa sensibilidade. “Quem tem esse tipo de receptor não aceita o coentro, tanto a semente quanto a erva”, diz. Fora a controvérsia quanto o sabor, a nutricionista fala maravilhas dessa erva, que ainda é fácil de plantar em casa. “Ela é boa para o sistema imune, age como um detox”, diz. Segundo ela, a erva ajuda a controlar a ansiedade, trata a insônia e tem efeito calmante e sedativo. Também ajuda no controle do diabetes e hipertensão. Tem

muitas vitaminas, minerais, como o magnésio, o manganês e ferro. Tem ação digestiva e combate dores estomacais. Na medicina ayurvédica, é indicado para regular as glândulas endócrinas e a menstruação. “Podemos usar tudo: a folha, o caule e a semente. As sementes concentram os mesmos benefícios, mas em maiores doses”. Ela conta que, na Bolívia, a semente do coentro é usada como uma especiaria de caráter curativo. Na Índia, é utilizada para se obter uma ação anti-inflamatória. Na China, para se tratar dor de cabeça, inchaço e reumatismo.

Torta de carne Ingredientes: 2 xícaras de farinha de trigo; 150g de manteiga; 1 copo de iogurte natural; 1 gema; sal a gosto; 1 gema para pincelar. Recheio: 500g de carne moída, 1 cebola picada, 2 dentes de alho, 2 colheres de sopa de azeite, 1 tomate picado, ½ pimentão vermelho picado, ½ pimentão verde picado, ½ pimentão amarelo picado, ½ xícara de azeitona picada, coentro a gosto, 500g de requeijão cremoso, 50g de parmesão, sal e pimenta a gosto. Preparo Recheio: em uma panela, coloque o azeite e doure o alho e a cebola. Junte a carne moída e deixe refogar bem. Em seguida, coloque os pimentões, a pimenta, o tomate, a azeitona e deixe refogar por 5 minutos. Coloque o parmesão, o requeijão cremoso, o coentro, e acerte o sal. Mexa bem e deixe amornar. Massa: junte todos os ingredientes em uma tigela (reservar um pouco da farinha), misture tudo até desgrudar das mãos. Deixe a massa descansar por 10 minutos, coberta com um pano. Separe em duas partes. Em seguida, abra a massa e forre a parte de dentro da forma. Coloque o recheio já morno. Cubra com o restante da massa e pincele com a gema. Leve ao forno em 180ºC por 20 minutos até dourar.

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Flashes

Casamento de Thaiza e Márcio reuniu parentes e amigos na fazenda São Mathias, no dia 18 de agosto, em Ilhabela

Momento de emoção

Thaiza e Márcio recebendo as bênçãos

Thaiza num click especial

O lindo casal

Ao centro, a mãe da noiva, Giovana Gomes

Os pais do noivo, Rosa e Expedito Honório

O pai da noiva, Vanderlei Zuchi Rodas

Padrinhos e madrinhas no altar

Hernane e Cristina Honório

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Sebastião e Lena Honório

O casal Alaor e Eva Honório

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Antonio Carlos e Carla Ribeiro Mendes

Bruno Silva e Glauce Barbosa

A pequena Lia, Roberta e Daniel Ribeiro Mendes

Cláudio e Andréa Alves

Carminha e Ernesto Perez

Daniel Orlandini Passos e Cleia Barcelos Passos

Cristiano Azarias e Vanessa Blanco

Dalto Stipanich e Ana Carolina Santana

Edivaldo e Adenir Rodrigues Edivanir e Euclides Moris

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Harumi e Carlos Sérgio Santos

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Flashes

Maria do Céu e Fernando Rodrigues

Ronaldo Zaidan e Daniele Farias

Miguel e Sandra Rossi

Noris e Nelson Turri

Paulo, Sandra e Fernando Velzi

Reuben e Dinalva Zaidan

Sérgio e Alzira Borin Soler

Matheus Rodrigues e Giuliana Bizzarro

Rodrigo Blanco e Eloisa Zucchini

Wilson e Marli Cecon

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Aniversário do vereador Carlos Ticianelli, em Bertioga

O aniversariante, o deputado estadual Cauê Macris, o deputado federal Papa e o prefeito de Bertioga Caio Matheus

Ticianelli recebeu um mimo de Cauê Macris

Amigos e familiares prestigiaram o aniversariante

Público também compareceu

Amigos reunidos para marcar a data

Papa, Caio Matheus e Cauê Macris cumprimentam os presentes

Visita do candidato a deputado federal Marco Bertaiolli à prefeitura de Bertioga

Marco Bertaiolli e o amigo Gustavo Melo

Caio Matheus recebeu Bertaiolli em seu gabinete

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho

Vernissage, comemorações e feijoadas brindaram o mês de agosto

Na Associação dos Dentistas de Santos, vernissage da artista Janice Bifulco, o diretor Cultural, este colunista, a dançarina Jannah El Havanery e a curadora das exposições Bel Braga

A homenageada na exposição Mandalas do Litoral: Rosana Valle recebe um mimo das mãos de Walkyria Sanches Capp

A presidente da Asfar Roseane R. Garrido da Silva comemorou os 58 anos da entidade no Parque Balneário Hotel

O presidente e diretor da MSC, em Santos, Elber Alves Justo, durante palestra no Rotary Club Santos Praia; o presidente José Luiz Blanco Lorenzo, no lançamento do programa Santos do Futuro

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Rei Pelé foi homenageado em seu Museu Pelé; o amigo, o oftalmologista Luiz Roberto Colombo Barbosa, foi levar um abraço

Daniel Proença, diretor de markerting e relações públicas da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos, cultua uma boa leitura Três importantes colaboradoras para o sucesso da Feijoada da Asfar: Celeste Veríssimo Mendes e suas noras Andréa e Carol Mendes

Na reunião mensal dos 21 Irmãos Amigos, o Dia do Soldado foi comemorado pela presidente Beth Antoniette com os representantes das Forças Armadas: general Alexandre Porto, capitão de mar e guerra O deputado estadual Paulo Correa Jr. Daniel Américo Rosa Menezes e tenente-coronel foi capa da revista lançada em almoço aviador Jaílson Cunha no restaurante Nattus Sky Lounge

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Cenário social - Rosângela Bozzi A 41ª Festa da Tainha, promovida pelo Lions Clube Bertioga, aconteceu no mês julho e atraiu milhares de apaixonados pela culinária pesqueira, e os turistas ainda usufruíram da beleza da cidade. Parabéns à instituição, pelo bonito trabalho social que desenvolve há anos, praticando a solidariedade

O prefeito de Guarujá Válter Suman, o prefeito de Bertioga Caio Matheus e o empresário Ribas Zaidan

A primeira-dama de Bertioga Vanessa Matheus e seu marido Caio Matheus

Luiz Carlos e Lucineide Rachid

Vicente e Alessandra Barbosa

Débora Vicente Ferreira Lima

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Nathali Leite Ploence e Heron Saraiva

A primeira-dama de Guarujá Edna Suman e Luci Cardia

Sandra Suano e Patrícia Zambel

Ângela Maria Bezerra e Carol Bezerra

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata Confira o aniversário do famoso Horti Fruti Guarujá; amigos e clientes parabenizaram os empresários Marcelo Tenório da Silva e sua mulher Telma Cristina

Registro do prefeito Dr. Válter Suman, a primeira-dama Edna Suman, e os empresários Telma e Marcelo Tenório da Silva

Se o momento é de ir às compras, a primeiradama também mostra boas amizades: Silvia Andrade, Ana Maria, e as empresárias Telma Cristina e Bruna Andrade Silva

Em destaque, o empresário Ailton Guedes, da famosa pastelaria, a primeira-dama Edna Suman, a empresária Leide Santos da Doceria Nei, o médico e prefeito Dr. Válter Suman e os empresários Telma e Marcelo Tenório da Silva

O advogado e titular da Secretaria de Defesa e Convivência Social de Guarujá Dr. Luiz Cláudio Venâncio, Vanderley Maduro dos Reis, Válter Suman e o secretário de Coordenação Governamental Gilberto Venâncio Alves

O empresário Marcelo Andrade Silva, sua filha (à esquerda) e os funcionários que mantêm o local sempre lindo e agradável, cuidando de sua satisfação

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Quem marcou presença, também, no aniversário do Horti Fruti Guarujá, junto ao empresário Marcelo Tenório da Silva, foram os amigos Dr. Luiz Cláudio Venâncio e o vereador Vanderley Maduro dos Reis

Amigos e clientes prestigiam o melhor horti fruti de Guarujá, em destaque, Conceição e Edison Alt

Vale a pena clicar este pessoal responsável pelo controle de qualidade das frutas e verduras, além de embalar os leguminosos do Horti Fruti Guarujá

Um close todo especial do conhecido vice-prefeito e professor Renato do Gamo, e Gilberto Venâncio Alves

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