Beach&Co 112

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Foto Imagens Aéreas

40 Santos rumo ao continente

Foto Shutterstock

56 Sustentabilidade: um novo espaço para o tema

E mais... Vocações e potencialidades

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Qualificação profissional

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Demandas metropolitanas

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Foto KFPress / Cori

Moda 74 Adventure Fair

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Coluna Chic

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Flashes 92 Destaque 96 Celebridades em foco

98


Foto Renata Inforzato

60 Antigo e moderno encontram-se em Colônia

Capa

Vista aérea do estuário santista, um dos locais por onde escoarão as riquezas geradas pela exploração da camada do pré-sal Foto Imagens Aéreas

Foto Adriana Siluzzo/PMU

68 Desperdício de alimentos? Nem pensar!

Foto Mar Franz

Bertioga pág. 48


Beach A

R e v i s t a

Co d o

ao leitor Foto Arquivo/Pedro Rezende

L i t o r a l .

ANO X - Nº 112 - outubro/2011 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor - Presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Edição Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP)

E mais...

beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação PP7 Publicidade

www.pp7.com.br | pp7@pp7.com.br Direção de Arte: Marcel Oliveira Diagramação: Audrye Rotta Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Edison Prata, Fernanda Lopes, Flávia Souza, Gabriela Montoro, Luci Cardia, Karlos Ferrera, Marcos Neves Fernandes, Renata Inforzato, Sueli Alves e Vinícius Mauricio Circulação Baixada Santista e Litoral Norte

Tempos novos e promissores O futuro desenvolvimentista antevisto para a costa paulista está respaldado no tripé composto pela retomada do crescimento da economia brasileira, pela descoberta de petróleo na camada pré-sal da Bacia de Santos, e pela opção natural da Petrobras por nossa região, como sede de grande parte de suas operações. Neste contexto, destaque para as cidades de Santos, Guarujá e Caraguatatuba, que receberão os principais setores da empresa, com implantação de escritórios, porto, aeroporto, instalações para armazenamento, centro de defesa ambiental, laboratórios e unidade de tratamento de gás. Uma injeção de investimentos que atrai uma gama imensa de atividades paralelas, trazida pelas empresas de serviços terceirizados. Na Baixada Santista, assim como no litoral norte, já começam a se instalar escritórios, pequenas empresas de manutenção ou de tecnologia específica para a cadeia de petróleo e gás. As previsões de abertura de empregos são otimistas, para os próximos anos, e toda esta expansão exige a implantação de novos empreendimentos residenciais, hotéis, restaurantes, serviços de saúde, melhoria nos sistemas viários, enfim, é preciso empreender uma grande e moderna infraestrutura na costa paulista. Bom para o litoral? Sim, claro. Mas, os benefícios dependem muito da capacidade de os municípios, empresas e cidadãos se prepararem adequadamente para receber esse novo tempo. Que o futuro venha tão otimista quanto o presente. Eleni Nogueira




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petróleo & gás

O ouro negro chegou para valer E as obras que sedimentarão o grande parque petrolífero que abrangerá toda a Baixada Santista também. Elas acontecem em várias frentes de trabalho, em áreas que incluem a construção civil, a logística e a formação profissional

Por Sueli Alves

A extração de petróleo da camada de pré-sal da Bacia de Santos é uma realidade. Três sistemas de produção já operam no local: dois em testes de longa duração e um definitivo. Um segundo poço definitivo deverá operar, também, até o final desse mês, de acordo com informações do engenheiro José Luiz Marcusso, gerente geral da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia de Santos. E essa riqueza não vem sozinha. Traz consigo grandes investimentos, empresas, empregos e até mesmo o aeroporto civil metropolitano. Estima-se que toda a cadeia produtiva que envolve o pré-sal na Bacia de Santos gerará milhares de empregos nos próximos anos.

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Foto Arquivo Petrobras


Foto Arquivo Petrobras

petróleo & gás

Projeto da unidade de negócios da Petrobras, cujas obras já foram iniciadas; a primeira torre deverá estar concluída no final de 2013

Um bom exemplo são as obras de construção da sede de negócios da Petrobras no bairro do Valongo, em Santos, já iniciadas. A previsão é que a primeira torre esteja concluída no final de 2013, com capacidade para 2.200 pessoas. Dessas, cerca de 70%, ou seja, de 1.500 a 1.700, sejam funcionários da Petrobras e os demais de empresas terceirizadas, porcentual que deve se manter nas outras duas torres a serem construídas. A segunda delas está com o projeto em fase final, com previsão de início de construção entre 2015 e 2016. Já a terceira, entre 2017 e 2018. Ao todo, as três torres abrigarão por volta de 6 mil pessoas. Com as empresas que se instalarão no entorno da sede, estima-se de três a cinco mil empregos gerados indiretamente. Santos não será a única a ser beneficiada, como bem mostra a chegada da empresa retroportuária RPA - Terminais de Contêineres, em Praia Grande. Trata-

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-se de um processo natural quando a Petrobras chega a uma região. Ela atrai outras empresas, suas fornecedoras, e estas atraem outras, sucessivamente. Para que esse crescimento não ocorra de forma desordenada, a Petrobras fez um plano diretor para a região. Nesse sentido, a Cespeg, Comissão Especial de Petróleo e Gás, fez um mapeamento de demandas da Baixada Santista, avaliada no seu contexto de região efetivamente metropolitana, para que todos lucrem com essas instalações. Se tomarmos como exemplo uma plataforma marítima de porte médio, seja ela de perfuração ou de produção, a mão de obra necessária para operá-la gira em torno de 100 pessoas, entre elas garçons, arrumadeiras, cozinheiros etc. Considerando-se os trabalhadores que estão de folga ou em férias, por exemplo, o contingente de uma plataforma desse porte gira em torno de 300 pessoas. Diz Marcusso: “Se considerarmos

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rá de acesso ao aeroporto. A Petrobras deverá operar na Bacia de Santos cerca de 200 a 250 mil passageiros por ano via helicópteros. A estimativa é que, no pico das operações, haja mais de 50 aeronaves de grande porte, que transportam até 18 pessoas, sendo utilizadas.

Foto Sueli Alves

a Bacia de Santos hoje, temos sete plataformas. O projeto prevê mais de 30. Então nós vamos chegar a ter cerca de 20 mil pessoas empregadas só nas plataformas, mais cerca de 6 mil no Valongo, fora os funcionários das empresas que se instalarão aqui”. A Bacia de Santos terá duas bases logísticas da Petrobras. Uma delas será instalada na Base Aérea de Santos, em Guarujá, e a outra em Itaguaí, no Rio de Janeiro. Marcusso explica que são instalações compostas por porto, aeroporto, instalações para armazenamento, centro de defesa ambiental e laboratórios. O porto abrigará barcos chamados de suply, que levam todo tipo de suprimento para as plataformas. Prevê-se uma retroárea com cerca de 700 mil metros quadrados em torno da base offshore em Guarujá, além da construção de uma estrada de acesso exclusivo à base, a partir da rodovia Cônego Domênico Rangoni, para que não cause nenhum impacto à comunidade de Vicente de Carvalho, e que também servi-

Aeroporto Segundo Marcusso, foi firmado um acordo com o IV Comar (Comando Aéreo Regional), em São Paulo, para estabelecer onde ficarão as instalações para atendimento da Petrobras e o futuro aeroporto civil. Ele diz que a Petrobras já opera em aeroportos de forma compartilhada. “Funciona assim em Vitória, Macaé, e já funcionou em Natal”. A Petrobras vai investir na conclusão do aeroporto. O acordo assinado com o Comando da Aeronáutica, em agosto do ano passado, pelo diretor de exploração e produção da Petrobras Guilherme Estrella, contempla a instalação da base logística, com contrapartidas para a Aeronáutica. A prefeitura de Guarujá também tem recurso pre-

Marcusso revelou que a Petrobras firmou convênio de mais de 1 milhão de reais com a prefeitura de Santos para a instalação de câmeras de segurança na região de Paquetá, Vila Nova e o centro da cidade

Foto Arquivo Petrobras

A Petrobras deverá movimentar cerca de 200 a 250 passageiros/ano via helicópteros na região

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petróleo & gás

Em setembro, a primeira molécula de gás da Bacia de Santos chegou à Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (acima), que já processa em torno de 5 a 6 milhões de m2 por dia

visto em seu orçamento para este fim. São dois projetos distintos, mas convergentes.

Mão de obra

Vocações e potencialidades Litoral Norte Vocações principais: turismo, desenvolvimento imobiliário, pesca, comércio, serviços e atividade portuária em São Sebastião.

Desafios • Escassez de áreas livres e demandas por instalações de serviços do setor. • Elevada presença de unidades de conservação.

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Oportunidades principais para a indústria do petróleo • Áreas em Caraguatatuba servindo como retroárea para o porto de São Sebastião. • Presença do desenvolvimento imobiliário privado para atendimento de demandas por habitação. Fonte Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural do Estado de São Paulo

A cadeia produtiva em torno do pré-sal prevê volumes enormes de investimento. A formação de mão de obra para operar todo esse sistema, que envolve a base onshore e a base offshore, tem como referência o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp), criado em dezembro de 2003. Até o final do ano passado, mais de 80 mil pessoas foram treinadas em várias áreas, tanto de nível médio como superior, numa parceria entre o Ministério de Minas e Energia, a Petrobras, indústrias, universidades e escolas técnicas. As parcerias são muito

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Foto Rogério Reis/Banco de Imagens Petrobras

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Foto Secom PMC

importantes nesse contexto. Em Santos, por exemplo, a Petrobras recentemente anunciou que vai participar ativamente do parque tecnológico. Na ocasião da instalação da unidade de tratamento de gás, em Caraguatatuba, as empresas trouxeram equipes de fora por não haver mão de obra qualificada na região e, aos poucos, formaram moradores locais para substituir esses trabalhadores. Por meio do Prominp, ou de convênios específicos, a Petrobras forma parcerias para facilitar a introdução dessas pessoas no mercado de trabalho. Em uma delas, com o Senai, a companhia treinou 800 trabalhadores da região de Caraguatatuba. Em 2007, a mesma parceria proporcionou formação para mais de 200 trabalhadores em Santos e Cubatão.

“O município sente-se muito honrado e orgulhoso em poder sediar a Petrobras. Nós sabemos a importância deste investimento para o Brasil em termos de abastecimento energético, do desenvolvimento do país. Mas também estamos muito preocupados. O nosso objetivo é transformar Caraguá em uma cidade boa para se morar, para se investir e visitar. Por isso, estamos investindo em educação, saúde e infraestrutura. Temos muitos desafios e o principal deles é melhorar o sistema viário do litoral norte, uma obra importantíssima para potencializar o desenvolvimento da região.” Prefeito Antônio Carlos - Caraguatatuba

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petróleo & gás

Unidade Caraguá

Imagens/Arquivo Petrobras

A camada de pré-sal foi descoberta em 2006 e, no dia 16 de setembro de 2011, a primeira molécula de gás da Bacia de Santos chegou à Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba. Marcusso diz: “Ficamos felizes porque, para que essa molécula de gás pudesse chegar a Caraguatatuba, foram necessários estudos, contratar pessoas, aprovar projetos na diretoria. Trata-se de uma rede de gasodutos

que vem desde o pólo pré-sal, o Campo de Lula (antiga área de Tupi) com mais de 530km, basicamente o sistema offshore, além de mais 100km onshore, ou seja, entre terra e mar são 630km de gasoduto; há, ainda, a perfuração de 30 poços do pré-sal, a instalação da Plataforma de Mexilhão e a construção na unidade de Caraguatatuba”. Atualmente, a unidade processa em torno de 5 a 6 milhões de m³ por dia, recebendo gás do pré-sal do Campo de Mexilhão e do Campo

de Uruguá (no Rio de janeiro). Mas, segundo Marcusso, ela tem capacidade para 18 milhões e com uma ampliação, atingirá 20 milhões de m³ por dia em 2013. “Hoje, a produção brasileira de gás natural chega perto de 60 milhões de m³ por dia. O gasoduto Bolívia-Brasil tem capacidade para 30 milhões. Essa nova rota de Caraguatatuba tem o potencial de atingir dois terços da capacidade do gasoduto Bolívia-Brasil. É realmente um feito importante para todos nós”.

Meio ambiente A grande movimentação na região gera preocupação ambiental. A respeito, Marcusso diz que a Petrobras segue o estudo de impacto ambiental e o que é acordado com os órgãos de proteção ambiental. O projeto de Mexilhão, por exemplo, contempla o atendimento a 22 comunidades pesqueiras. Em outros projetos, a Petrobras contribui com reflorestamento. Sobre a instalação da sede do Valongo, em Santos, a Petrobras participa de um grupo liderado pela prefeitura local, que preparou um plano diretor para o bairro. Esse plano detalha a instalação de ciclovia no bairro do Valongo, além da instalação de VLT- Veículo Leve sob Trilhos, e implantação de delegacias de polícia. Marcusso explica que, recentemente, a Petrobras firmou convênio de mais de 1 milhão de reais com a prefeitura de Santos para a instalação de câmeras de segurança na região de Paquetá, Vila Nova e o centro da cidade.

Acima, mapa da Bacia de Santos, onde se encontra a camada pré-sal. Ao lado, o esquema de captação e distribuição de gás do Campo de Mexilhão para Caraguatatuba

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2.012

REVEILLON À BRASILEIRA

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Foto Imagens Aéreas

petróleo & gás

A Base Aérea de Santos, em Guarujá, encontra-se em localização geográfica privilegiada em relação ao setor administrativo da Petrobras, do outro lado do estuário, na região central de Santos


Façam

suas apostas!

No jogo do pré-sal, as cidades da Baixada Santista colocam suas melhores cartas na mesa, numa disputa saudável e acirrada por um lugar de destaque no mapa desenvolvimentista da região

Para umas, essas cartas se traduzem em cursos técnicos, outras, com cartas maiores na manga, apostam em grandes projetos, tais como implantação de aeroportos e até a criação de um parque tecnológico. Quer seja com investimento em educação, quer em infraestrutura, todas estão imbuídas da necessidade de contribuir para o progresso regional. Dentre os nove municípios que integram a Baixada Santista, Santos é o que tem mais potencial, por ser, evidente, o mais desenvolvido. Sua aposta está na criação de um parque tecnológico, cujos estudos devem finalizar até o final deste ano. Nas palavras de Márcio Lara, secretário de Desenvolvimento e Assuntos Estratégicos da prefeitura, após, o projeto será enviado ao governo do estado. A partir daí, o parque poderá ser credenciado no Sistema Paulista de Parques Tecnológicos de forma definitiva (o credenciamento de Santos é provisório desde 2009). Ainda segundo Lara, um Instituto de Ciência e Tecnologia também será construído em Santos, para desenvolver duas redes temáticas de pesquisa, vinculado ao Centro de Pesquisas da Petrobras - Cenpes. “O Parque contribuirá para garantir a inovação, que cria riqueza com

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novos produtos, serviços e sistemas”, afirma. Apesar de tal potencial, “é preciso traçar um plano estratégico de investimento na qualificação e na educação, os maiores desafios”, diz Paulo Alexandre Barbosa, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo. De acordo com Barbosa, o estado de São Paulo investirá mais de R$ 20 milhões para obras em parques tecnológicos. E Santos também pode receber incentivos por meio da Lei Paulista de Inovação Tecnológica (Lei Complementar 1049/2008). O projeto visa a dinamizar o espaço urbano do centro histórico da cidade, a fim de que possa receber empresas inovadoras. Além disso, essas organizações formarão parcerias com as universidades da região de forma a desenvolver pesquisas e criar bens com valores agregados. A ênfase do Parque Tecnológico de Santos será nas vocações regionais, como porto, retroporto, energia e desenvolvimento urbano (aí entra turismo, por exemplo). Numa segunda etapa, a área continental receberia empresas maiores, nos moldes dos parques tradicionais. A Fundação Parque Tecnológico de Santos é a entidade gestora, cuja função é unir os blocos

Fotos Ivan Ferreira

Por Vinícius Mauricio

Segundo Márcio Lara, um Instituto de Ciência e Tecnologia será construído em Santos (para desenvolver duas redes temáticas de pesquisa), vinculado ao Centro de Pesquisas da Petrobras

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petróleo & gás

Porção sul da Baixada Santista (Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe). Vocações principais: turismo de veraneio, pesca, extrativismo, desenvolvimento imobiliário, comércio, serviços de indústrias de médio e pequeno portes, e setor aeroportuário.

Desafios • Planejamento urbano e recursos financeiros limitados para receber e atender grandes volumes de investimento e, por consequência, seus impactos. • Limitação de áreas devido às unidades de conservação presentes, o que reduz a oferta para instalação empresarial de maior porte. • Não há áreas com calados superiores a 5 metros de frente para o mar, o que dificulta a recepção de investimentos em construção naval, montagem de módulos e bases de apoio marítimo (supply bases).

Parque Tecnológico Trata-se de um complexo de desenvolvimento econômico e tecnológico para empresas ino-

vadoras, explica Jorge Luis Nicolas Audy, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), e um dos responsáveis pela criação do TecnoPUC, um dos maiores parques do país. Conhecedor dos maiores parques tecnológicos do mundo, Audy explica que, no Brasil, o desenvolvimento da ciência ainda é descolado do desenvolvimento tecnológico. E o parque tecnológico ajuda na transferência da tecnologia de forma a apoiar a pesquisa e o desenvolvimento. “Agora está na moda, todo mundo quer”. O primeiro parque, e um dos mais famosos, é o do Vale do Silício, na Califórnia, onde empresas como a Microsoft se desenvolveram. Na segunda geração, as universidades ajudaram a alastrar o processo de construção de novos projetos do tipo, mas a delimitação do espaço ainda era evidente. “Há universidades na China, por exemplo, nas quais 95% da área total são destinadas aos parques tecnológicos”, explica Audy.

Áreas próximas ao porto de Santos já começam a receber investimentos de grandes empresas Foto Imagens Aéreas

Vocações e potencialidades

governamentais, universidades, empresas e o conselho técnico. A entidade abrigará, principalmente, uma incubadora para desenvolver novas empresas. A Fundação passa por atualização em seu regimento interno. Discute-se, entre outros itens, a incorporação de um conselho público. Enquanto o parque não sai, a Fundação faz um diagnóstico dos pesquisadores e áreas de pesquisa na região e desenvolve um plano de marketing e atração de empresas. A Universidade de São Paulo, atenta ao novo mercado na Baixada Santista, passa a oferecer, a partir de 2012, o curso de engenharia de petróleo em Santos. Também o governo estadual deve construir a nova sede da Faculdade de Tecnologia (Fatec) e uma nova escola técnica estadual na Zona Noroeste.

Oportunidades principais para a indústria do petróleo • Apoio aeroportuário e atração da cadeia de negócios ligada à atividade em Itanhaém. • Áreas para instalação industrial nas proximidades da SP-55 nos quatro municípios. • Presença do desenvolvimento imobiliário privado para atendimento de demandas por habitação. Fonte Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural do Estado de São Paulo

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Infraestrutura e qualificação profissional Em relação a Cubatão, Mongaguá, Peruíbe, São Vicente e Bertioga, prevê-se investimentos em infraestrutura, cada uma dentro de suas possibilidades, e em cursos de qualificação profissional.

Foto Marcos França/PMG

Guarujá, Itanhaém e Praia Grande apostam na construção de aeroportos. No caso de Guarujá, a Petrobras, principal interessada, investe para que sejam feitos estudos ambientais na região onde deve ficar o aeroporto do município. O prazo para que essa carta seja efetivamente posta à mesa é o final deste ano. Segundo Dario de Medeiros Lima, assessor estratégico da prefeitura de Guarujá para o assunto, o aeroporto civil da cidade deve atender tanto a demanda da Petrobras quanto a da aviação regional (poderá receber, ao mesmo tempo, até quatro aeronaves de pequeno e médio porte com capacidade para até 80 passageiros cada). O empreendimento ficará num espaço de 2,7 milhões de metros quadrados cedidos pela Base Aérea para o sítio aeroportuário, que equivale a aproximadamente 327 campos de futebol tipo Maracanã. Neste caso, as vias de acesso constituem-se em fator preocupante, segundo Medeiros Lima, uma vez que, devido ao grande contingente de veículos que trafegam nas ruas e avenidas por conta do retroporto, poderá ocorrer uma saturação no trânsito local. Para tanto, preveem-se investimentos em melhorias nessas vias. Itanhaém, por sua vez, investe numa carta recorrente nesse jogo: melhorias para o seu atual aeroporto, já utilizado pela Petrobras para transportar funcionários até as plataformas de Merluza e Mexilhão. A área do antigo aterro da cidade, próximo à área aeroviária, será recuperada. O lugar atrai pásssaros, como urubus, que prejudicam a segurança dos voos. Também serão construídos três novos hangares, um deles pela empresa Petrobras Distribuidora, e investido no recapeamento da pista de voo e dos pátios. O aeroporto da cidade conta com uma pis-

ta de pouso e decolagem com 1.350 metros por 30 metros de largura (superior a do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro). E é capaz de suportar aviões do modelo Boeing 737 com capacidade para mais de 150 passageiros. O prefeito João Carlos Forssell afirma que o “aeroporto está evoluindo gradativamente” e tem algumas empresas já interessadas em operar voos comerciais. Praia Grande deve ter um aeroporto com vocação logística. Apesar de estar na manga desde 2007, a carta ainda não foi descartada. E, posta à mesa, o aeroporto deve ocupar uma área de 5 milhões de metros quadrados - quase o dobro do aeroporto de Guarujá-, abrigando um condomínio industrial, com empresas dos segmentos de tecnologia, construção civil, metalurgia, entre outros. Entretanto, o projeto ainda se encontra em estudos ambientais. A cidade também é uma Zona de Processamento Secundário (ZPS), nos ditames do Cespeg (Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural do Estado de São Paulo). Isso significa que pelo município passam instalações de gasodutos. Outra possibilidade de investimentos.

“Desde 2009, o nosso foco foi qualificar. Guarujá tem previsão de 40 mil postos de trabalho só para a área de petróleo e o nosso objetivo é que não haja êxodo e, sim, a inclusão das pessoas que estão às margens desse desenvolvimento. Temos vários cursos sendo oferecidos nos centros comunitários, nas universidades e nas escolas estaduais. Também fomos o primeiro município a fazer convênio com a Petrobras para oferecer curso técnico em uma escola municipal, com aulas de química, mecânica e meio ambiente.” Prefeita Maria Antonieta de Brito - Guarujá

Foto Arquivo / Pedro Rezende

Aeroportos

O futuro aeroporto civil metropolitano, em Guarujá, deverá atender tanto a demanda da Petrobras quanto a da aviação regional. Terá capacidade para receber, ao mesmo tempo, até quatro aeronaves de pequeno e médio porte

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petróleo & gás

Vocações e potencialidades Baixada Santista - porção do estuário de Santos (São Vicente, Cubatão, Guarujá, Santos e Bertioga). Vocações principais: indústria de transformação, siderurgia, porto, comércio, serviços, armazenagem, manutenção e reparos, turismo, pesca, educação superior e especializada, aeroportuário, desenvolvimento imobiliário.

Desafios

Foto Tadeu Nascimento/ PMS

• Centros urbanos concentrados em po-

“O vigor econômico gerado pela cadeia de petróleo e gás encontrou em nossa cidade terreno fértil e uma comunidade madura, preparada para responder e se qualificar diante dos novos desafios e oportunidades. A parceria entre governantes, iniciativa privada e entidades civis está mudando para melhor a vida dos moradores: muitos empregos, comércio e serviços aquecidos, cursos preparando os nossos jovens para os postos de trabalho... O cuidado com o meio ambiente e a inclusão social completam o quadro, confirmando que Santos vive hoje um dos momentos mais importantes da sua longa história.” Prefeito João Paulo Tavares Papa - Santos

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pulação, tráfego e atividades associadas a porto, indústria e turismo. • Limitação de áreas livres para expansão industrial e portuária. • A oferta de água varia no verão (picos) e no inverno (escassez).

Oportunidades principais para a indústria do petróleo • Áreas para estaleiro de grande porte e outras para pequeno porte. • Presença de desenvolvimento imobi-

Cubatão pretende investir R$ 87 milhões em programas de recuperação da estrutura viária, importante na ligação entre a Baixada Santista e a capital do estado. O município também deve instalar, até o final do ano, em parceria com a empresa de siderurgia Usiminas, um centro de qualificação na área de petróleo e gás. O projeto contará com recursos do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Enquanto que, em Mongaguá, o prefeito Paulo Wiazowski Filho criou, em 2010, um projeto para ampliar as áreas industriais da cidade para os balneários de Samas e Cavalo Marinho. A cidade também investe na construção de moradias e unidades de saúde. Além disso, o município firmou parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e oferece cursos do Programa Regional de Operações Articuladas (Proa). E cursos de informática e manutenção de computadores, gratuitamente. Peruíbe também aposta em parceiros com boas cartas na mão, como o Senai, de forma a qualificar a população para as demandas do pré-sal. O município ainda deve ganhar uma sede para sua Escola Técnica - Etec, que ocupa, provisoriamente, o centro de convenções da cidade. A atração de novas indústrias é uma das preocupações de Peruíbe, que criou a Sala do Empreendedor, para orientar e simplificar os procedimentos de registro e funcionamento de empresas no município. E trabalha para ter

liário privado para atendimento de demandas por habitação. • Áreas para expansão industrial. • Áreas para base de apoio marítimo (supply base). • Recepção dos escritórios e centros de comando das empresas ligadas a atividade de petróleo e gás natural. Fonte Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural do Estado de São Paulo

um departamento voltado à indústria, comércio e serviços. A Câmara Municipal da cidade aprovou um projeto que possibilita à administração promover ações de incentivo para a instalação de indústrias não poluentes. Segundo a prefeita Milena Bargieri, cerca de dez empresas manifestaram interesse em montar suas bases na cidade. São Vicente tem uma sede da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), que conta com cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de biologia marinha, gerenciamento costeiro e meio ambiente. Haverá, ainda, investimentos na criação de cursos relacionados ao pré-sal, segundo o secretário de Comércio, Industria e Negócios Portuários, Fernando Bispo. A cidade investe, também, em cursos populares de inglês, para aproximadamente 50 alunos, nos quais se ensina o vocabulário logístico, devido à demanda do setor. O secretário explica que, em decorrência do pré-sal, 18 novas empresas se instalaram em São Vicente, inclusive uma empresa de alta tecnologia. Também kits informativos estão sendo distribuídos para que novas empresas se estabeleçam na cidade. Bertioga, por sua vez, preocupa-se com a urbanização e o meio ambiente, pois, segundo o prefeito Mauro Orlandini, o pré-sal deve ocasionar grandes ciclos migratórios e a cidade quer se candidatar a ser o novo endereço dos funcionários de alto escalão do setor.

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Beach&Co nยบ 112 - Outubro/2011

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Foto corepics / Shutterstock

petrรณleo & gรกs

Em busca urgente de pesquisadores 28

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O Brasil tem 1.3 pesquisador para cada mil habitantes; os países desenvolvidos têm até 9. Se o dado já era preocupante tempos atrás, agora, frente à demanda imposta pela exploração da camada do pré-sal, a necessidade de especialistas é premente e condição sine qua non para o desenvolvimento do país

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petróleo & gás Por Vinícius Mauricio

A descoberta do pré-sal na Bacia de Santos, aliada à atual fase desenvolvimentista do país, embora bem-vinda, traz consigo um grande impasse: a falta de mão de obra especializada. E esta foi a temática dominante do 7º Gás na Economia, Fórum de Ciência e Tecnologia, Pesquisa e Inovação, realizado em 20 de setembro passado, e que este ano discutiu a criação do Parque Tecnológico de Santos. Convidados, palestrantes e autoridades em geral foram unânimes em suas mensagens: precisam-se, urgente, de pesquisadores. Segundo Guilherme Sales Soares de Azevedo Melo, diretor de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), enquanto que no Brasil há 1.3 pesquisador para cada mil habitantes, na China, país com mais de um bilhão de habitantes, esse número é de 1.7 e nos países desenvolvidos chega a 9. O assunto é grave, como esclarece Jorge Luis Nicolas Audy, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e diretor da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec): “Pesquisa se faz com doutores, não com gente bem intencionada. E isso não significa diminuir o tempo da formação dos nossos doutores, pelo contrário, precisamos que esse tempo de estudo aumente, porque o conhecimento é cada vez mais complexo. O que precisamos é diminuir o tempo para a busca de inovação. A universidade necessita de uma mudança cultural rápida, mas empresas e governos também estão descompassados nesse jogo do desenvolvimento.”

Atuam, hoje, três plataformas marítimas. Até 2020, prevê-se a instalação de mais 30 delas

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Fotos Ivan Ferreira

Foto sxc.hu

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Paulo Alexandre Barbosa, o estado detém 51% de toda a produção em ciência e tecnologia do Brasil. Mesmo assim, os pesquisadores ainda estão, em sua maior parte, na academia. Nos Estados Unidos, para cada três pesquisadores em empresas privadas, há um na universidade; o inverso do que acontece por aqui. E isso dificulta a transformação do conhecimento em bens com valores agregados. Como se não bastasse a falta de investimentos na pós-graduação, a educação básica brasileira também ainda está muito aquém do desejável, como mostram os últimos resultados obtidos pelo país nas avaliações internacionais. Apesar de ter melhorado em relação às avaliações anteriores, o Brasil ainda ocupa uma das últimas colocações em matemática e ciências. “Essa dificuldade gera os gargalos na falta de mão de obra qualificada no país e a necessidade de importação de profissionais”, diz Jorge Luis Nicolas Audy. Uma das soluções pode estar na destinação de parte dos recursos obtidos com o pré-sal para a educação e a ciência e tecnologia, como defendem, por exemplo, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que reivindicam 10% dos royalties do petróleo para essas áreas.

José Luis Marcusso, gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos da Petrobras (acima), e Paulo Alexandre Barbosa, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do estado de São Paulo, falaram sobre os desafios da educação no setor de petróleo e gás

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Foto Arquivo Petrob ras

petróleo & gás

Conectores Para se promover a interação entre universidade-empresa, faz-se necessária a intermediação das agências de fomento à pesquisa. Na concepção do diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), João Fernando Gomes de Oliveira, os conectores entre o setor acadêmico e as empresas são as fundações, a exemplo da Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Em seu entendimento, essas instituições podem atuar como agentes de

Só para o setor de petróleo e gás, o Brasil precisará de 200 mil engenheiros e tecnólogos. Para se ter uma ideia, nem todos os engenheiros formados, mais os que estão em formação no país suprirão a demanda

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transformação da pesquisa em produto para aplicação nas empresas, e dar suporte antes e depois de o produto chegar ao mercado, apresentando as soluções mais adequadas, estudando o ciclo de vida dos produtos no ambiente etc. Para o coordenador adjunto para Pesquisa em Inovação Tecnológica da Fapesp, Sérgio Queiróz, a interação entre universidade e empresa no país ainda é fraca. Essa ligação é fundamental para que a inovação aconteça.

Desafios A responsabilidade em relação a um futuro bem próximo é grande, como diz José Luiz Marcusso, gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos da Petrobras. Atualmente, atuam três plataformas marítimas, mas, até 2020, será feito um investimento em mais 30. Só para o setor de petróleo e gás, o Brasil precisará de 200 mil engenheiros e tecnólogos. Para se ter uma ideia, nem todos os engenheiros formados, mais os que estão em formação no país suprirão a demanda. Diz Marcusso: “O país produz 2 milhões e 100 mil barris de petróleo por dia; o plano é chegar próximo a 5 milhões até 2020. Para isso, a Petrobras deve investir em grandes programas tecnológicos e em parcerias com universidades e empresas. E Santos tem como se consolidar como grande pólo tecnológico.” Já o gerente de relacionamento com a comunidade de Ciência e Tecnologia da Petrobras Luis Claudio Sousa Costa, explica que o investimento, ano passado, em universidades e centros de pesquisa foi de US$1,2 bilhão. “Uma das maiores agências de fomento à pesquisa do país”. Nos próximos cinco anos, segundo Costa, deve ocorrer um “investimento agressivo” no pré-sal, da ordem de US$ 5 bilhões,

sendo que 95% desse montante ficarão dentro do país. Mas os desafios são grandes para os pesquisadores e Costa enumera alguns: a expansão de limites (ele não acredita que o petróleo e o gás vão desaparecer tão cedo, mesmo assim, a empresa continua investindo em outras fontes de energia) e a logística; a problemática da emissão e captura de gás carbônico na atmosfera, uma vez que o óleo do pré-sal lança mais CO2 que o óleo de Campos; as rochas são muito duras e, investir na perfuração a laser e melhorar o escoamento do óleo, que fica impregnado nas rochas é imprescindível (a atual é feita com diamante - o material mais resistente encontrado na natureza). Na opinião do superintendente de Planejamento e Pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Elias Ramos de Souza, o pré-sal é uma oportunidade ímpar para o Brasil crescer, mas é preciso aproveitar e investir em recursos humanos. Os desafios ambientais também são motivo de preocupação para Ícaro Aranovich da Cunha, cientista político e social e professor da Universidade Católica de Santos. Para ele, são necessários estudos permanentes de impactos ambientais, consultas e discussões entre os atores no processo de desenvolvimento.

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Riviera de São Lourenço

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Foto da brinquedoteca

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Foto Pedro Rezende/arquivo JCN

petróleo & gás

Visão metropolitana Pensar a Baixada Santista como célula única e, como tal, buscar soluções que atendam às demandas da exploração da camada pré-sal sem prejuízo ao meio ambiente e à população, é o grande desafio

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Por Sueli Alves

Pré-sal, pós-sal, cadeia petrolífera, investimentos, oportunidades. Estes e outros termos começam, aos poucos, a fazer parte do cotidiano dos habitantes da costa paulista. E não poderia ser diferente, já que recentes avaliações do governo do estado indicam um potencial de investimentos relacionados à atividade petrolífera e portuária de 170 bilhões até o ano 2025, na região. Montante que deve gerar cerca de 200 mil empregos diretos e 120 mil indiretos nos próximos anos. “Toda essa movimentação pode atrair 150 mil novos habitantes para a região, adicionalmente aos provenientes do crescimento vegetativo”, explica Henrique Gross, subsecretário de Petróleo e Gás da Secretaria de Energia do estado de São Paulo. Diante desse panorama, questões relacionadas à mobilidade urbana, saneamento e habitação são alvos de programas do governo estadual em parceria com as prefeituras da região. Gross explica que o litoral paulista tem necessidades específicas, dadas suas características geográficas, e histórico de ocupação, independentemente das previstas com a exploração da camada de pré-sal na Bacia de Santos. O Conselho Estadual de Petróleo e Gás Natural (Cespeg), baseado em estudos feitos pela Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural e nas avaliações periódicas de vários aspectos da atividade

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petróleo & gás

Fotos Jairo Marques/PMPG

Impactos da exploração e produção de petróleo e gás na Bacia de Santos poderão ocorrer em todas as áreas de interesse metropolitano, dai a necessidade de buscar soluções integradas

petrolífera, prevê que a maior pressão sobre a infraestrutura viária relaciona-se, principalmente, ao turismo de veraneio, assim como à movimentação decorrente das atividades portuárias. “Nesse sentido, o governo estadual já conduz ações para solucioná-la: temos a construção do túnel entre Santos e Guarujá, o VLT e a duplicação da rodovia Tamoios, no litoral norte, só para citar alguns exemplos”, diz Gross. A demanda adicional causada pela atividade petrolífera, segundo Gross, vem sendo avaliada por técnicos do governo e da Petrobras para a estruturação

de soluções logísticas que contemplem as necessidades de todas as partes. Em habitação, o desafio é solucionar a demanda já existente, ao mesmo tempo em que se prepara a região para receber novos habitantes. Os municípios da Baixada Santista fizeram seus planos de habitação de acordo com as necessidades locais. A partir daí, o governo do estado criou um Plano Regional de Habitação para a região metropolitana da Baixada Santista, para ser consolidado até dezembro deste ano.

Agem No litoral, a administração estadual conta com a participação da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) no processo de articulação regional para a efetiva implantação dos programas e projetos relativos à exploração e produção de petróleo e gás na Bacia de Santos, já que seus impactos poderão ocorrer em todas as áreas de interesse metropolitano. Os principais aspectos são mobilidade, habitação, transporte e meio ambiente. A diretora técnica da Agem Débora Blanco Bastos Dias explica que o intuito é desenvolver esses temas de forma metropolitana juntamente com os pólos de atração de emprego para haver um link com a qualidade de vida da população. “O pré-sal é uma alavanca importante para a criação de pólos de emprego para que as pessoas não precisem se deslocar tanto para trabalhar. Precisamos aproveitar esse grande potencial que temos”, diz. Débora defende que a única forma de trabalhar as demandas da região de maneira que tragam benefícios é atuar de maneira integrada.

Mobilidade urbana, saneamento e habitação são alvos de programas do governo estadual em parceria com as prefeituras da região

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petróleo & gás

Nasce uma nova

Santos

Ela tem 231 km2 e já é tida como a menina dos olhos dos investidores do setor de petróleo e gás.Trata-se da área continental do município, cujo Plano Diretor destinou 30 km2 desse total para a expansão portuária e petrolífera


Fotos Sérgio Furtado/Imagens Aéreas


petróleo & gás

Por Flávia Souza

A exploração da camada de pré-sal da Bacia de Santos atraiu a atenção dos investidores para esta grande mancha verde, até então vista como uma reserva especial, sem vocação ainda definida. Tal atração deve-se, também, à grande expansão urbana vivida atualmente na parte insular de Santos. Ou seja, o município santista vive o melhor cenário de desenvolvimento das últimas cinco décadas. Nas palavras do secretário municipal de Planejamento Bechara Abdalla Pestana Neves, “mesmo quando o mundo estava em crise, o nosso porto bateu recordes de movimentação. Temos um forte fluxo financeiro, um rico patrimônio construído em virtude do centro histórico, um conjunto arquitetônico tombado e muitas belezas naturais. E é esse panorama que tem atraído muitos investimentos públicos e privados.” Foi essa soma de fatores que levou a direção da Petrobras a tomar a decisão estratégica de instalar na cidade a sede da Unidade de Operações de

Bechara afirma que desenvolvimento sustentável e inclusão social estão entre os principais objetivos do modelo de ocupação proposto para a região

Santos Área insular 33 km² de área plana 6 km² de morros 99% da população Área continental 231 km² de área total 1% da população 30 km² para expansão

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Explorações e Produção da Bacia de Santos. A empresa acaba por atrair outras empresas do segmento. Mas a ilha já não comporta mais grandes investimentos; para acolhê-los, a administração pública está em fase de implantação de um novo zoneamento na área continental, destinada a atividades portuárias, retroportuárias e de petróleo e gás. Com 12 bairros (três deles foram criados em junho deste ano) e cerca de 4500 moradores, a área continental possui dois bairros já consolidados, Caruara, o mais populoso e Monte Cabrão, onde se encontram as comunidades mais antigas. Com o novo zoneamento, outros bairros passarão a ter lugar de destaque no mapa. No bairro de Guarapá, às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, está prevista a construção do Parque Tecnológico, este que deve vir a ser um dos principais investimentos do setor na região. E no entorno dessa instalação haverá uma área dedicada à Zona de Atividades Logísticas (ZAL). Na Ilha

Grandes empreendimentos estão previstos, como o maior terminal multiuso do Brasil (abaixo), com início de operações em 2013

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petróleo & gás

Ilha de Bagres deve receber o Centro Portuário Industrial Naval

Ocupação da área continental santista representa um novo momento para o desenvolvimento da região da Baixada Santista

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de Bagres, segundo o secretário, está previsto o Centro Portuário Industrial Naval Offshore de Santos, onde será instalado o primeiro estaleiro do estado de São Paulo. A Seplan prevê para breve que às instalações portuárias já existentes na área continental, juntem-se os terminais da Usiminas, da Vale, da Brasil Intermodal Terminal Santos (Brites) e mais a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport). O órgão estima que esta última deverá movimentar até dois milhões de Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano. Como 90% da área continental são de proteção ambiental, existem questões que precisam ser estudadas antes que sejam feitos quaisquer investimentos privados. O objetivo da Seplan, segundo Bechara, é garantir um modelo sustentável para os projetos, de forma que a área continental cresça com qualidade. Segundo Bechara, “dentre as ações incorporadas nesse modelo está o processo de inclusão social. Este é um dos nossos maiores desafios. Queremos ter mão de obra apta para preencher os milhares de vagas que aparecerão. Por isso, estamos investindo em qualificação e requalificação dos nossos trabalhadores e empresários. O nosso propósito é que a riqueza em torno do pré-sal fique em nossa região.”

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desenvolvimento

Clima

favorável

Antigas mansões e terrenos baldios cedem espaço para condomínios verticais de excelente padrão na orla de Bertioga. Tal cenário será modificado ainda mais com a edificação de outras dezenas de empreendimentos previstos para a próxima década e que vão pontuar um trecho de pouco mais de 3,5 km na região central

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Foto Cristiane Silva

Procura por área de 2 a 3 mil m2 para construção de prédios frente ao mar tem crescido nos últimos três anos

Um, dois, três, quatro... Em uma caminhada pela praia da Enseada, entre o Forte São João e o bairro Jardim Rio da Praia, um trecho de cerca de 4 km, pode-se admirar prédios requintados que pontuam a orla da praia, cenário recente, mas que já trouxe novos ares para a pacata Bertioga. O momento é favorável para a construção civil e os empresários do setor estão otimistas quanto ao potencial de desenvolvimento da cidade. O engenheiro Edson Bichir, especialista em consultoria nesta área, afirma que a verticalização da orla é fato consumado e que houve um grande aumento pela demanda de áreas de, no mínimo, 2 mil m² (para prédios com seis andares) e de 3 mil m² (para até 10 andares), nos últimos três anos.

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Foto Mar Franz

Por Eleni Nogueira

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Foto Cristiane Silva

desenvolvimento Em decorrência, houve um aumento de cerca de 35% do valor do metro quadrado na região central da cidade, que, hoje, gira em torno de R$900 a R$1,3 mil o m². “Estamos incentivando a vinda de prédios com padrão de médio a médio alto. Mas, como há poucas áreas com esse perfil na orla da praia, o valor do metro quadrado está sendo cada vez mais valorizado. É a lei da oferta e da procura”, diz Bichir. Com um empreendimento de dois blocos de dez andares num total de 135 apartamentos, em fase final de acabamento, e 70% dos apartamentos já vendidos, o engenheiro João José Rodrigues da Silva, da Construtora JDR, é um dos que apostam nessa nova fase. Tanto, que já prepara o lançamento de mais um prédio, desta vez no bairro nobre Maitinga, onde são permitidas edificações com até seis andares. “O mar é um grande atrativo e um empreendimento puxa o outro. A Riviera de São Lourenço também funciona como um chamariz, quando as pessoas não conseguem comprar lá, vêm para cá”, diz. Se depender da iniciativa privada, os investimentos em bons produtos deve continuar. “Os investidores entendem que a cidade tem muito a crescer e estão apostando nisso. Um exemplo é que, hoje, os moradores da Riviera já se interessam em investir no centro de Bertioga. Já há um mercado para acreditar e se fixar”, diz o empresário do setor imobiliário Anselmo Aragon, um dos investidores do grupo que acaba de lançar o edifício Privilege, no bairro Jardim Rio da Praia. Um prédio de 10 andares, com 64 apartamentos e diversas áreas de lazer e serviços. Para ele, nos próximos dez anos haverá cerca de 30

No Bairro Maitinga é permitida construção de prédios de até seis andares frentre ao mar

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Foto Mar Franz

O setor imobiliário prevê que, em uma década, haverá cerca de 30 novos prédios na região da orla

com o escritório da Petrobras, em Santos. Apostamos nesse potencial comprador e já estamos estudando outros lançamentos para os próximos anos”. Ramon Alvarez, do setor imobiliário, diz: “Sem dúvida, há um movimento de empresários que já se aperceberam de novos horizontes em nossa cidade. Nós acreditamos nesse potencial para atrair moradores, principalmente tendo em vista o setor de petróleo e gás, devido à posição geográfica estrategicamente desfrutada por Bertioga, além

O momento é favorável para a construção civil e os empresários do setor estão otimistas quanto ao potencial de desenvolvimento da cidade

Fotos Aline Pazin

prédios na região da orla da praia, entre o centro e o bairro Jardim Rio da Praia, onde está localizada a Colônia de Férias Ruy Fonseca – o Sesc Bertioga. O grupo Costa Hirota e Ramon Alvarez é um bom exemplo da migração de empreendimentos da Riviera de São Lourenço para o centro da cidade. “Bertioga está passando por uma grande transformação”, afirma José Luiz Hirota, um dos sócios da Costa Hirota, construtora que tem forte atuação na Riviera desde 1986 e que, agora, aposta no mercado da região central. Ainda este ano, a empresa deverá anunciar o lançamento de um prédio de dez andares, com cerca de 100 apartamentos, com alto padrão de qualidade. “Nós detectamos que o centro de Bertioga tem muitas possibilidades, principalmente por conta da revitalização da orla e da proximidade da região

O engenheiro José Rodrigues e o empresário do setor imobiliário Anselmo Aragon

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Foto Cristiane Silva

desenvolvimento

A corrida pelas poucas áreas ainda existentes alterou o valor de mercado do metro quadrado da orla da praia

Foto Renata de Brito/PMD

José Marcelo afirma que modernização do centro da cidade é prioridade atual

de um turismo de qualidade com sensível aumento do setor veranista. É uma evolução que acontecerá quer queiramos ou não”.

Corrida por áreas Empresários do setor afirmam que há uma verdadeira corrida por áreas em Bertioga. Mas o que move toda essa movimentação? Uma das respostas está no megaempreendimento Riviera de São Lourenço, responsável pela atração de grandes investimentos para a cidade, desde 1979. Acontece que 65% de sua área está urbanizada, e a Zona Turística, destinada a prédios, já está praticamente toda implantada. A criação do Parque Estadual Restinga Bertioga - PERB, a revitalização do calçadão da orla, com projeto assinado pelo renomado arquiteto Ruy

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Ohtake, e as expectativas de crescimento geradas pela exploração da camada do pré-sal, também são apontadas como incentivos para a migração da construção civil à região central da cidade. Em relação ao poder público, os empresários dos setores imobiliários e da construção civil são unânimes em pleitear uma contrapartida em investimentos por parte da prefeitura de Bertioga. Nesse sentido, o secretário municipal de Habitação, Planejamento e Desenvolvimento Urbano José Marcelo Ferreira afirma que a administração municipal tem várias frentes de trabalho em andamento com foco na modernização do centro da cidade. “Estas obras também funcionam como um condão de desenvolvimento para os demais bairros. Estamos fazendo revisões em

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Prédios frente ao mar têm o privilégio da proximidade com o verde

Santos tem um novo sinal para quem vai atravessar nas faixas sem semáforo: braço estendido com a palma da mão virada para os veículos.

Foto Cristiane Silva

alguns projetos para que estes contemplem a qualidade de vida em rede de esgoto, drenagem e pavimentação”. Uma planilha fixada na sala do secretário relaciona mais de 37 obras na cidade. Do total, 12 estão em andamento, as demais aguardam licitação. Entre as principais, figuram os projetos de revitalização da orla da praia e avenidas 19 de Maio, Anchieta, Vicente de Carvalho, Tomé de Souza, Oswaldo Cruz e João Ramalho, respectivamente, com intervenções de recapeamento, drenagem, ciclovia, estacionamentos e paisagismo. Entre as necessidades emergenciais, encontra-se a construção de uma rodoviária e de três terminais de ônibus.




Foto Stock

ser sustentável

Um novo e curioso mundo “Garrafa, jornal velho, garrafa, jornal velho!”. Antigamente, o carrinheiro que passava na porta de casa gritava desse jeito. Mas isso era antigamente. Hoje, ninguém mais vai à padaria com a garrafa velha, o popular ‘casco’. Vivemos a cultura que trocou o retornável pelo descartável. E, obviamente, não há como dar conta de toda a demanda diante de tanto desperdício. É preciso equilibrar as coisas, é preciso sustentabilidade. Essa palavra, que não existia antigamente, agora está presente por todo o lado. Isso é bom, demonstra que estamos acordando para um padrão de vida insustentável, mas (e sempre há um ‘mas’), por ser repetida e usada sem qualquer critério, corre o risco de confundir, de nos fazer comprar gato por lebre. Por isso mesmo, aqui neste espaço, todos os meses vamos falar um pouquinho desse novo e curioso mundo”.

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Por Marcus Neves Fernandes*

Sustentabilidade significa, de forma bem objetiva, garantir que o nosso padrão de vida não comprometa a qualidade de vida das futuras gerações. Sim, pois é isso que muitos acreditam que estejamos fazendo. O problema é que toda e qualquer mudança nesse sentido mexe sensivelmente com o que outros tantos acreditam ser um direito. Você suou, trabalhou, se esforçou e agora que pode comprar aquele lindo carro novo vem um sujeito e lhe faz um discurso sobre os impactos negativos que os veículos causam ao Planeta. Pronto, estragou seu dia. E pior é quando a reprimenda vem de casa, dos filhos, indignados porque você comprou um enorme beberrão de gasolina. “Nem flex é”, acusa o garoto. Em muitas famílias, ai dos pais que não reciclarem o lixo ou que tiverem a ousadia de jogar uma latinha no lixo comum. Vão levar um sermão. As coisas, porém, não são assim tão dramáticas. Os mais experientes não são irresponsáveis, nem os mais jovens, os donos da verdade. Para alguns pesquisadores, o modo de vida que a maioria das pessoas pratica é fruto de um plano bem arquitetado. Um plano que responderia pelo nome de “obsolescência programada”. Funciona assim: eu produzo um determinado produto, preciso vendê-lo e, de preferência, a maior quantidade possível. Afinal, quanto mais produzo, mais reduzo meus custos de produção e mais lucro obtenho.

O ideal, portanto, é que meu produto seja valorizado, mas que não dure muito. Comprar é preciso e você, cidadão, agora é um consumidor. Talvez, o que precisemos fazer é voltar a ser cidadãos. E quando penso em sustentabilidade, gosto de uma frase do ecologista Joern Fischer. Para ele, o que “é certo” é menos relevante do que aquilo que “é sábio”. Em outras palavras, ao longo dos últimos séculos produzimos muito conhecimento. Agora é hora de produzir sabedoria. É preciso produzir com consciência e consumir com responsabilidade. É uma equação difícil, mas teremos que aprendê-la. Com o tempo, mesmo os hábitos há muito arraigados podem ser mudados, principalmente quando se demonstra que é para melhor. É uma questão de princípios. Da mesma forma que roubar ou mentir. Quanto mais se preza um valor, mais ele se torna ação. Sustentabilidade, acima de tudo, é começar a agir. Comprar um carro não precisa ser algo necessariamente ruim. Só que, enquanto o consumidor apenas compra o carro, o cidadão procura escolher o menos poluidor, aquele cuja fábrica apoia projetos sociais, que investe em tecnologias de baixo impacto ambiental. Em outras palavras, o ato de consumir conscientemente tende a fazer com que as empresas mudem, modernizem-se, tornem-se mais justas. Todos ganham, se todos assim se comportarem.

Quem diria... Falar em sustentabilidade é também falar em novas tecnologias, novos modos de aproveitar muito daquilo que ainda teimamos em ver como mero lixo. É o caso dos jornais velhos. Que serventia teriam? Pois um grupo de pesquisadores descobriu uma forma de transformá-los em butanol, um combustível similar ao etanol, só que 30% energético. Pode ser usado nos atuais motores à gasolina ou álcool e é menos corrosivo que ambos. O estudo foi elaborado nos Estados Unidos, mas cientistas brasileiros também desenvolveram um processo similar, usando bactérias que degradam a celulose do papel e geram o butanol. Esse é um bom exemplo de sustentabilidade. Um ciclo fechado, onde o que iria ser desperdiçado, ganha nova e importante utilidade.

* O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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Uma história de compromisso com a preservação ambiental TDX, Tranfex e Fafex. Notou o uso recorrente do X? É proposital, pois a letra representa o nome do fundador de uma empresa que tem compromisso com o meio ambiente: Benedito Xavier Pereira, diretor do grupo Fafex. A história da empresa começou em 1992, quando o visionário empresário viu um nicho de mercado no serviço de transporte especializado de carga contaminante. Então fundou a TDX, voltada para o transporte de produtos sólidos, líquidos e a granel. “Naquela época os lixões começavam a dar lugar aos aterros sanitários, e eu percebi a carência de empresas especializadas para atuar em parceria com este novo modelo de tratamento de resíduos sólidos”. A ideia deu certo e, em 2001, surgiu a Tranfex, agora especializada em líquidos e sólidos. Cinco anos depois, em 2006, o empresário resolveu incluir os filhos Fabíola e Fernando na empresa. Nascia a moderna Fafex, referência em qualidade quando o assunto é coleta e transporte de líquidos percolados, em harmonia com o meio ambiente. “Nesta área, qualidade não se compra, adquire-se por meio de consciência ambiental. É preciso o envolvimento de todos, do gari ao presidente. Eu estou lutando para que toda a cadeia produtiva esteja envolvida nesse processo”, diz Xavier citando a lei de resíduos (Lei Estadual nº 997/76 - Decreto 8468/76 - artigo 19A). Um exemplo de compromisso com o meio ambiente, citado por Xavier, é a atuação da empresa Brasil Terminal Portuário, com a recuperação da área conhecida como antigo lixão da Alemoa, onde está sendo construído o terminal portuário da empresa. Do local, está sendo retirado cerca de 600 mil m3 de resíduos e detritos contaminados. “Este foi o projeto que mais me encantou aqui na Baixada. Temos orgulho de fazer parte deste trabalho. Todos os líquidos contaminantes estão sendo transportados por nossa empresa para tratamento biológico na estação de tratamento da Sabesp, EEE Piqueri.”

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turismo internacional

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Sentinela romana

Ă s margens do Reno

ColĂ´nia, uma das maiores e mais antigas cidades da Alemanha, ĂŠ colorida, alegre, cosmopolita e movimentada; nela, harmonizam-se o antigo e o moderno em sintonia perfeita

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turismo internacional Por Renata Inforzato

A charmosa cidade nos surpreende a cada esquina: aqui uma fonte, acolá uma ruína romana. Afinal, esta cidade foi fundada em 37 a.C. Mas, nem por isso, deixa de nos encantar com a modernidade e tecnologia, o que faz de Colônia uma cidade perfeita para agradar a todos. Que tal uma visita à Catedral Gótica? É o monumento mais visitado da Alemanha e está inscrito como Patrimônio Mundial pela Unesco. Sua construção durou mais de seis séculos, de 1248 a 1880, quando se tornou o maior edifício do mundo. Mesmo hoje é uma das maiores igrejas católicas existentes e seu principal tesouro é uma rica caixa-relicário que, dizem, abriga as relíquias dos três Reis Magos. De acordo com a tradição católica, as relíquias foram levadas para lá no século XIII.

Pode-se visitar as duas torres, que possuem 157 metros de altura. Elas oferecem uma linda visão da cidade, mas a subida exige um bom preparo físico, pois são mais de 500 degraus. O museu abriga os tesouros da catedral, preciosidades guardadas durante os 750 anos do monumento.

Carnaval Não espere o carnaval brasileiro. A festa de Colônia é outro tipo de animação, mas muito interessante. É um dos mais famosos do mundo, ao lado do nosso e do de Veneza. A festa é composta por vários desfiles. Por toda a cidade há grupos fantasiados. Se você planeja ir, prepare-se para o frio, que é grande, pois ele começa no dia 11 de novembro às 11h11.

Características da arquitetura local, fachadas similares e coloridas

A cerveja Colônia possui mais de 24 cervejarias, nas quais é extraída a Kölsch: cerveja leve, um pouco amarga, apreciada em um copo fino. É a bebida mais barata e mais saborosa da cidade, não importando muito a marca. Os nativos da cidade dizem com orgulho que, em Colônia, bebe-se mais cerveja do que em Munique. Verdade ou não, não importa! O essencial é não voltar para casa sem prová-la.

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História É na época do Império Romano que nasce Colônia Claudia Agrippinensis (CCAA). Mais ou menos em 37 a.C, Agripa, genro do imperador Augusto, funda na região uma pequena colônia, daí o nome Agrippinensis. Um pouco mais tarde, nasce na cidade Agripina, mãe do imperador Nero. Ao se casar com o imperador Claudio, seu tio, e se tornar imperatriz romana, ela utiliza sua influência para, em 50 d.C, transformar Colônia em uma das mais importantes cidades romanas. Já na Idade Média, no século XV, a cidade é chamada de Jerusalém do Norte, por abrigar a mais antiga comunidade judaica

da região até então. O poderio da igreja católica é demonstrado pelas muitas igrejas medievais encontradas em Colônia. De 1475 até 1794, a cidade foi governada por um conselho municipal formado pelas corporações de artesãos. As ruas até hoje guardam o nome desses artesãos. Por exemplo, Glockengasse significa rua dos relojoeiros. Em 1794, os revolucionários franceses chegaram à Colônia e foram expulsos poucos anos depois pelos prussianos. É sob a dominação prussiana que a cidade se industrializa, cresce e se moderniza. Uma ascensão que só foi interrompida com a chegada de Hitler ao poder. Durante a Segunda

Guerra Mundial, a destruição foi grande, mas, felizmente, a cidade renasceu ainda mais bela e poderosa, e hoje é uma das mais visitadas de toda a Alemanha.

Museu Romano-Germânico Ao lado da catedral, esse museu abriga os mais variados objetos encontrados em escavações arqueológicas pela cidade. Os mais antigos remetem à época da pré-história. A maior parte do acervo abrange a época do Império Romano instalado em Colônia, e mostra como era o cotidiano das famílias. Mas, a grande atração do museu é o Mosaico de Dionísio, encontrado em 1943. Também merecem destaque o Mausoléu de Lucius Poblicius, que data de 50 d.C, e a incrível coleção de bijuterias da Antiguidade.

Ludwig Museu Está situado entre a catedral e o museu Romano-Germânico. É dedicado à pintura do começo do século XX até os dias de hoje. Uma grande parte de seu acervo é dedicada aos pintores da cidade. O restante é composto por obras de Matisse, Dali, Chagall, entre outros. Exibe a terceira maior coleção de Picasso do mundo e também tem um grande acervo de Pop Arte americana, com Andy Warhol e seus discípulos.

Catedral Gótica (acima) e Museu Germânico

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turismo internacional

Curiosidade Se você acha que o nome Água de Colônia tem a ver com a cidade, acertou. Conta-se que no século XVIII, o italiano Johan Maria Farina combinou fragrâncias para tentar fazer um afrodisíaco. Nascia assim a Água de Colônia, uma “eau de toilette”. Toda água de colônia é uma “eau de toilette”, mas o inverso não é verdadeiro. Somente as embalagens com a inscrição “Echt Kölnisch Wasser” (Água de Colônia original) podem ser consideradas água de colônia. Com a chegada dos franceses à cidade, o direito ao livre comércio foi exercido e mais de

2000 imitações da Água de Colônia passaram a existir. A casa Mühlens criou sua própria Água de Colônia, que fez muito sucesso e provocou vários processos por parte de Farina. A confusão só foi amenizada quando Mühlens mudou de endereço e teve a ótima ideia de batizar sua Água de Colônia com o número de seu endereço: 4711. Assim, somente as duas casas passaram a produzir a verdadeira Água de Colônia: a Farina e a 4711. Ainda hoje elas disputam a autenticidade do perfume, cuja fórmula é guardada a sete chaves. Já a história contada pela casa 4711 é um

pouco diferente. Segundo essa versão, um monge ofereceu a um jovem casal, em 1792, uma receita a partir das águas milagrosas de Colônia. Com essa fórmula, Mühlens criou sua fragrância. A ocupação francesa, em 1796, obrigou a numeração dos edifícios; o de Mühlens tornou-se o 4711, número com o qual ele decidiu batizar seu perfume. Tanto a Farina quanto a 4711 possuem museus. Você pode conhecer a história da Água de Colônia e também adquirir seu exemplar. Na 4711, há uma fonte de Água de Colônia, onde podemos nos perfumar à vontade.

A história da criação da Água de Colônia por meio da arte pictórica

Museu do Chocolate O Schokoladen Museum fica um pouco mais longe da catedral, às margens do Reno. Nem precisa dizer que é uma das partes mais saborosas de uma visita à Colônia. Em três andares, temos um vasto panorama da história do chocolate, desde os povos pré-colombianos até as etapas da sua extração e comercialização atual. Há uma pequena fábrica, onde se pode acompanhar todo o processo de fabricação de chocolate. Ao final da visita, uma loja e um café, com vista para o Reno, fazem a alegria dos chocólatras.

Processo de fabricação do chocolate pode ser apreciado ao vivo

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Zona Costeira em Debate Congresso de Direito Ambiental debate conservação e desenvolvimento da Zona Costeira

a realidade já chegou. as cidades precisam criar condições de moradia, saneamento e mobilidade urbana para o incremento que virá e ainda conciliar tudo isso com a vocação turística da maioria dos municípios litorâneos.

Entre os dias 1 e 3 de setembro aconteceu na Unisantos – Universidade Católica de Santos, o I Congresso Internacional de Direito Ambiental, realizado pela APRODAB - Associação dos Professores de Direito Ambiental do Brasil e pelo Programa de Mestrado em Direito da Universidade Católica. O tema do evento foi “os problemas da zona costeira no Brasil e no mundo” e teve uma abordagem voltada para as questões de conservação, gestão ambiental e urbana e atividades de risco exercidas no litoral. Um enfoque natural dado pela platéia aos palestrantes foi a discussão das atividades produtivas – portos, petróleo/gás, pólo petroquímico - os recursos naturais e a qualidade ambiental na baixada santista e litoral norte.

* AAE – AvAlIAçãO AMBIENTAl ESTRATégICA DO lITORAl PAUlISTA, gOvERNO DO ESTADO DE SãO PAUlO.

Estiveram presentes em apresentações e debates os principais juristas da matéria ambiental, Ministros dos Tribunais Superiores, Desembargadores, Promotores e Procuradores de Justiça. Além de professores, alunos, empresas e representantes dos poderes legislativo e executivo. Foram apresentadas diversas experiências e casos práticos do atual direito ambiental brasileiro, sua aplicação e o entendimento das vários partes que operam e atuam nos conflitos entre conservação/preservação ambiental e atividades econômicas/produtivas. Uma questão que ficou muito bem “pautada” para a discussão na região é a exploração de petróleo na bacia de Santos. Os investimentos e estratégias da Petrobras para o Pré-Sal e Pós-Sal foram apresentados, o que trouxe ao debate pontos importantes destacados pelos juristas e público presentes. Alguns pontos de destaque: comunicação das atividades de risco com a sociedade, competência do “Estado licenciar o próprio Estado”, formas e alcance da participação social; definição de áreas

de influência para compensações entre os municípios e qualidade dos estudos socioambientais. Outro aspecto importante é o desenvolvimento urbano das cidades litorâneas que receberão mais de 200 bilhões de reais nos próximos 15 anos e aumento populacional previsto de 23% para 2025*. A exposição da Petrobras indica que foram autorizados pela ANP – Agência Nacional do Petróleo, a exploração de 120 poços. Estão em andamento 18 projetos de exploração em diferentes fases, entre pré sal e pós-sal. A empresa está construindo 6 edifícios para 6.000 funcionários, em Santos. Ou seja, a realidade já chegou, as cidades precisam criar condições de moradia, saneamento e mobilidade urbana para o incremento que virá e ainda conciliar tudo isso com a vocação turística da maioria dos municípios litorâneos. Fica mais uma contribuição para a reflexão da sociedade em relação ao nosso litoral.¯


gastronomia

Fotos Stock

Desperdício zero

Final de feira livre é o lugar ideal para se identificar o tamanho do desperdício no Brasil. Uma prática que continua em casa, uma vez que o desconhecimento dos princípios nutricionais dos alimentos, e das formas corretas para seu aproveitamento, resulta no descarte de toneladas de sobras valiosas

Por Fernanda Lopes

Em um país onde a fome ainda aflige cerca de 11 milhões de pessoas, 1/3 de tudo o que é comprado vai para a lixeira, segundo o Instituto Akatu, organização não governamental que atua na conscientização e mobilização da sociedade para o consumo. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) por sua vez, dá detalhes: 37 quilos de hortaliças por habitante são desperdiçados, sendo que, nas maiores capitais do Brasil, o consumo é de 35 quilos per capita. Ou seja, o desperdício é maior do que o consumo e representa de 30% a 40% das perdas.

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Uma boa alternativa para reduzir tais índices encontra-se na alimentação integral, cujo princípio básico é a diversidade, com o objetivo de reduzir custo, proporcionar preparo rápido e oferecer paladar regionalizado, aproveitando-se os ingredientes locais. De acordo com Nathália Guedes, doutoranda em nutrição, “estudos mostram que o homem necessita de uma alimentação sadia, rica em nutrientes, que pode ser alcançada com partes dos alimentos que normalmente são desprezadas”. Ela lembra que as perdas não ocorrem somente em plantações, transporte e arma-

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Aproveite tudo • Os talos de couve, agrião, beterraba, brócolis e salsa, entre outros, contêm fibras e devem ser aproveitados em refogados, no feijão e na sopa. • As folhas da cenoura e da salsa são ricas em vitamina A e devem ser aproveitadas para fazer bolinhos, sopas ou picadinhos em saladas. • A água do cozimento das batatas concentra todas as vitaminas. Aproveite-a, juntando leite em pó e manteiga para fazer purê. • A casca da laranja fresca pode ser usada em pratos doces à base de leite, como arroz doce, cremes e bolos. • A parte branca da melancia pode ser usada para fazer doce, da mesma forma como se prepara o doce de mamão verde.

• Com as cascas de frutas como goiaba, abacaxi, pode-se preparar sucos, batendo-as no liquidificador. Este suco pode ser aproveitado para substituir ingredientes líquidos no preparo de bolos. • Evite consumir folhas com aparência amarelada. • Cozinhe as verduras a vapor, assim elas não perderão o valor nutritivo. • As cascas da batata, depois de bem lavadas, podem ser fritas em óleo quente e servidas como aperitivo.

zenamento inadequado, mas também no preparo incorreto dos alimentos. “Só com a conscientização, por meio da educação nutricional, é que se pode reverter o quadro alimentar atual do Brasil”, diz. Entre os itens desprezados, e ricos em propriedades nutricionais, destaque para as cascas de frutas como maçã, mamão e maracujá, abundantes em fibras; para as folhas de beterraba, pródigas em ferro; a casca da manga, que possui o dobro de carotenoides da polpa, previne contra doenças como o câncer e tem ainda ação antioxidante. “Aparas do melão, por exemplo, têm mais fibras, cálcio, potássio e fósforo do que a polpa. Portanto, não faz sentido jogarmos fora algo tão rico em nutrientes, e que ficam tão gostosos

em sucos ou geleias. Já a semente ganha de lavada quanto à quantidade de proteínas, lipídeos, fibras e carotenoides. Atualmente, estão sendo realizados diversos estudos sobre as sementes, elas são muito poderosas”, explica Nathália. A nutricionista aconselha ainda que compremos os produtos de época, geralmente mais em conta, mais bonitos e com maior durabilidade. Outra dica é a hora de se ir às compras. “Fazer uma lista de compras evita que compremos mais do que o necessário, assim como planejar o cardápio e o número de porções.” Seguem algumas receitas para que você possa aproveitar os alimentos de forma integral tanto no sabor quanto nos nutrientes:

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Fontes: Banco de Alimentos, Programa Mesa Brasil Sesc, NutriAction Consultoria.

Siga os três mandamentos Compre bem Faça uma lista de compras, para não levar para casa o que não precisa; prefira legumes, hortaliças e frutas da época. Conserve bem Armazene-os em locais limpos e em temperaturas adequadas a cada tipo de alimento. Prepare bem Higienize adequadamente os alimentos; não retire cascas grossas demais, e prepare apenas a quantidade necessária para a refeição de sua família.

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gastronomia Produção e fotos: Fernanda Lopes

Refrigerante caseiro Ingredientes 4 cenouras grandes; 1 copo de suco de limão; Casca de uma laranja; 3 litros de água; Açúcar a gosto (cerca de 3 colheres de sopa); Gelo a gosto.

Arroz colorido Ingredientes 4 xícaras de arroz já cozido (use sobras); 1 cenoura ralada com casca (lave bem antes); 1 xícara de ramas de cenoura picadinha; ½ xícara de salsinha picada incluindo os talos; 1 lata de ervilha; 1 tomate picado;

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1 pimentão picadinho; 1 peito de frango cozido com um pouco de sal e depois desfiado (ou use sobras de frango ou de peixe); 1 cebola picada, 2 dentes de alho e queijo parmesão ralado a gosto. Preparo Refogue a cebola com o alho em um fio

Preparo Bata no liquidificador as cenouras com 2 copos de água. Coe e bata novamente este suco com o suco de limão e a casca de laranja. Depois, misture o açúcar e o gelo e bata novamente. Dica: use a polpa da cenoura que ficou na peneira para recheios, bolinhos ou bolos.

de óleo vegetal. Agregue o pimentão e refogue. Junte os tomates, a cenoura ralada e as ramas de cenouras picadinhas. Junte o frango e refogue bem. Coloque a ervilha sem água e o arroz cozido. Se precisar, corrija o sal. Junte a salsinha e sirva com queijo parmesão ralado a gosto. Rendimento: 4 pessoas.

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Bolo de casca de banana com cobertura de chocolate Ingredientes 2 xícaras de bananas maduras; 4 gemas; 4 claras em neve; 2 e ½ xícaras de açúcar; 3 xícaras de farinha de trigo; 5 colheres rasas de margarina sem sal; 2 colheres de sopa de fermento em pó; 1 colher (chá) de canela em pó. Para o ganache 150 g de chocolate picado; 1 lata de creme de leite. Preparo Bata no liquidificador ou processador

as cascas de banana com ½ xícara de água. Reserve. Na batedeira, coloque a margarina, a gema e o açúcar, batendo até que fique homogêneo. Misture as cascas de banana já batidas, a farinha e o fermento. Por último, coloque as claras em neve e a canela e misture delicadamente. Leve ao forno pré-aquecido a 200 graus, em assadeira redonda média, untada e enfarinhada, por cerca de 35 minutos ou até que ao enfiar um palito na massa, este saia limpo. Deixe esfriar por 10 minutos e desenforme. Cubra com o ganache de chocolate. Para o ganache, leve ao micro-ondas, em potência média por 1 minuto ou em banho-maria, o chocolate com o creme de leite para derreter e misture.

Bolinho de casca de batata Ingredientes 2 xícaras de cascas de batata cozidas em água fervente e depois processadas no liquidificador ou processador; 2 xícaras de farinha de trigo; 2 ovos; 2 colheres (sopa) de salsinha picada (com os talos); Sal a gosto;

1 colher de sopa de fermento em pó; Óleo para fritar. Preparo Coloque a massa da casca de batata em uma tigela e misture os outros ingredientes (exceto o óleo). Misture bem; com a ajuda de duas colheres vá fritando os bolinhos no óleo já quente, até que estejam dourados.


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Foto Fluffy2008 / Shutterstock

moda

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Androginia marca moda do século XXI A moda unissex garante liberdade para que homens e mulheres usem o que a criatividade inspirar e o estilo individual exigir

Por Karlos Ferreira

Décadas atrás, era inimaginável uma mulher vestir calças compridas ou camisa social, uma vez que tais peças eram exclusivas do guarda-roupa masculino. Hoje, é difícil separar itens que sejam usados somente por um ou outro sexo. Contudo, os homens brasileiros ainda não aderiram muito às peças femininas e, salvo exceções, não se vê com frequência homens usando saias, brincos chamativos, bolsas e blusas com decote V, como acontece no exterior. E o jogador inglês de futebol David Beckham é o melhor exemplo do uso de peças andróginas. Em termos práticos, tudo isso significa um enfraquecimento nas normas e padrões sociais, o que permite uma liberdade muito maior no modo como nos vestimos e nos portamos. Alguns preveem até o nascimento de um terceiro gênero: sexualmente neutro e sexualmente expressivo.

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Na fashion world, chamamos de moda andrógina aquela que apresenta características, traços ou comportamentos imprecisos entre masculino ou feminino. Ela se manifesta em tendências que apontam o uso de peças masculinas pelas mulheres e peças tipicamente do guarda-roupa feminino pelos homens. Essa tendência é tão forte, que marcas famosas internacionais colocaram suas coleções masculinas e femininas misturadas, como se fossem uma coisa só. É uma ousadia ainda peculiar que, mesmo alguns torcendo o nariz, conquistará adeptos em breve. Hoje já temos o estilo boyfriend (ou namorado), que nada mais é do que mulheres que invadiram os guarda-roupas de seus homens e começaram a usar com muito estilo suas calças, camisas e gravatas. O estilo é mais despojado, composto por peças de tamanho extra, que parecem ser números acima do seu. Alguns nomes

Calça boyfriend + sapatilha apenas para as mais altas, pois essa combinação encurta as pernas. Para as baixas, a dica é um sapato com saltinho

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Foto KFpress

Fotos K2 images / Shutterstock

moda

Na moda andrógina, coleções masculinas e femininas misturadas, como se fossem uma coisa só

Foto michaeljung / Shutterstock

como Katie Holmes, Victoria Beckham, Sara Jessica Parker já o adotaram. Mas é preciso saber usar estas peças. Os jeans são largos, amplos, com gancho fundo, cintura ajustada e barra dobrada. O cinto é necessário para segurar a calça, ficando bem na cintura para não alterar a modelagem, além dos suspensórios, que também combinam muito. Camisetas ou tops justos, sapatilhas, ou calçados baixos, com salto quadrado ficam ótimos. Se usar salto alto, prefira aqueles com o salto grosso, para não pecar na combinação. Blazers e paletós estão em alta também. Os modelos são referências dos anos 80, com ombreiras, largos e grandes. Eles geralmente são volumosos na parte de cima

e combinam com calças justas ou shorts (de modelagens retas). Para as t-shirts (ou camisas) grandes e largas, a dica é usar com top por baixo, parecendo um minivestido. Chapéus, boinas e suspensório serão acessórios imprescindíveis. Talvez tudo seja sintoma de uma geração que tem a sexualidade mais fluida; dos meninos que deixam as pernas de fora em shorts curtos e das garotas de cabelos curtíssimos. Símbolos do unissex cheios de nuances que seduzem e confundem. Personalidade de quem tende a pertencer a nenhum sexo determinado. Reflexo de um tempo futuro em que desaparece a separação entre “coisas de menino” e “coisas de menina”.

Chapéus, camisas e suspensórios entre os acessórios imprescindíveis no novo guarda-roupa feminino

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Flashes A Adventure Sports Fair, o maior evento de esportes e aventura do Hemisfério Sul, marcou presença mais uma vez, em agosto passado, na Bienal do Parque do Ibirapuera, em São Paulo

Érika Sayuri Koga e parte da equipe do Núcleo de Apoio à Cadeia Produtiva do Turismo da Secretaria Estadual do Meio Ambiente

Estande do Ceará deu destaque para os novos aeroportos de Jericoaquara e Canoa Quebrada

Fábio Barbosa, coordenador de turismo de Mogi das Cruzes

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Simone Lara, do governo do estado do Mato Grosso

Ronaldo Zaidan, diretor do Sistema Costa Norte

Francisco Fausto do Rio Grande do Norte

A equipe de promoção do Espírito Santo, que levou o conceito de compra compartilhada para o turismo de aventura

Diego Cannestraci (RodoCom) e Nara Blank (Xtravel) parceria Brasil - Argentina no turismo de aventura

As baianas, vestidas a caráter, deram um charme especial ao evento

As argentinas Claudia Mónica Hunko (Villa La Angostura) e Nedri Sandiaz (Neuquéntur)

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Flashes

Adventure Sports Fair

Esta é a galera da Camuflagem Air Soft que transformou um hobby em empreendedorismo

Fernanda, Thiago, Jehand e Marcão da Camuflagem Airsoft

O secretário de Turismo de Canela/RS, Sérgio Luiz dos Santos

Rogério Luiz (à direita) e sua equipe trouxeram com exclusividade para o Brasil os óculos Gloryfy

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Direto de Socorro, Sebastião (ao centro) ladeado pelos amigos e visitantes que conferiram seus níveis de estresse em seu estande

Alexandre e Henrique Martins da Airstep

Alex, da Platoon Eventos, em entrevista à Radio Praia Fm

Claudio Diprima, fabricante de equipamentos táticos

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Coluna Chic // Gabi Montoro

Fotos Leandro Amaral

A Shape Estética e Saúde inaugurou a nova unidade, a Shape II, dia 23 passado, num espaço que agrega, além da tradicional estética da marca, algumas luxuosas inovações, como a Sala Oswaldo Pires e as novas sedes do Buffet D’Elisa e da Conceito Chic Eventos

Caroline Peri, do Buffet D´Elisa, Gabi Montoro, da Conceito Chic Eventos, Graziela Monforte, grande idealizadora do novo espaço Shape II, ao lado de Oswaldo Pires

João Bernardo, do Programa JB, com a arquiteta Irene Torre e o decorador Leonel Fernandes, profissionais responsáveis pela obra

Leninha e Mauro Zannin

Bia Mesquita e Vanessa Pustiglione Abdalla

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Clara e Oswaldinho Monforte, orgulhosos da filha Graziela

Marcelo e Debora Pistelli

O casal Alexandre e Veridiana Sá e Ferreira

DJ Angelo agitou a noite toda!

Vanesca Burgo Leite, Renata Amaral e Juliana Almeida

Bruna Justus, lindíssima e muito atuante na concretização do novo espaço Beach&Co nº 112 - Outubro/2011



Coluna Chic // Gabi Montoro Shape Estética e Saúde

Crianças e mamães curtem seu novo espaço

Equipe Conceito Chic Eventos: Ligia e Gabi Montoro, Valeria Rocha e Livia Villarinho

Vanessa Martins e Luiz Americo Mastellari, da LuckScope

Paula e Patricia Barbato, da Escola Pecompê

Doris Casabona e seu filho Eduardo, à frente da Arcobaleno

Marinilce Canelas, Antônio Carlos e Teresinha Tavares

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Melissa Cotrofe

Silvia Papa

Josy Maia

Fabiana e Rogério Conde

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Flashes Momentos da animada Festa Italiana, com o grupo musical Diogos Band Show, na casa do amigo Roberto Haddad, no final de setembro

Haddad e Flávia, os anfitriões

Ernane Carrera e a esposa Zenilda Carrera

Paola Smanio, Almir Ferraz e Fernanda Cavalcanti

Maria Isabel de Toledo e Claudio Camilo Di Francesco

Uma grande turma de amigos presente

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Ernane, Edivaldo e Osmar Santos

Família Dragone

A mascotinha Rebeka Mayara Stein

Maddalena Aragon, Cida da Cruz, Patricia Maira, Alemão e Vilma Stein

Rose e Sergio Aragon

Luciano Bravo e Alice Machado

Martinho e Leo Marques

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Flashes O governador Geraldo Alckimin participou de dois eventos simultâneos no Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo, dia 24 passado: a campanha Tietê Vivo – Compromisso de Todos Nós, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, e o programa Se Liga na Rede, da Sabesp

O governador Geraldo Alckimin ladeado pelo secretário geral do PSDB/SP César Gontijo e pelo secretário de Desenvolvimento Metropolitano Edson Aparecido

O superintendente de Comunicação da Sabesp Adriano Stringhini e o governador

A presidente da Sabesp Dilma Pena

Bruno Covas, secretário estadual de Meio Ambiente, e seu filho Tomas

Cidadão Sancaetanense

Ronan Maria Pinto, diretor-presidente do Diário do Grande ABC recebeu título de cidadania das mãos do presidente da Câmara Municipal de São Caetano do Sul, vereador Sidney Bezerra

Ronan, Regina Mauro e o prefeito de São Caetano do Sul, José Auriccio

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Ronan com o amigo Raul Christiano

Ronan e sua mulher Terezinha

Família reunida para prestigiar o homenageado

Regina Mauro, o homenageado Ronan e Reuben Zaidan

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“Destaques” // Luci Cardia Em dia especialíssimo, comemorou-se o aniversário do empresário Antonio Rodrigues Carvalho, na Riviera de São Lourenço. Muita emoção, ao lado de novos e velhos amigos, marcou o belo evento

Antonio e Ivanete Carvalho, ladeados pelos filhos Giovani e Felipe

O casal de enamorados, de retorno da Europa, Maria Izabel Toledo e Camilo Di Francesco

Felipe Carvalho, José Del Persio, o aniversariante, Agostinho de Oliveira e Luiz Carlos Braga

Rose Aragon, a colunista e Sérgio Aragon marcaram presença

As queridas amigas Dora Gonçalves e Dicleia Fernandes esbanjaram elegância 96

Arnaldo Barreto, Antonio Rodrigues e Roberto Haddad, amigos inseparáveis

Silvana Luppa e seu amado Luiz Paulo Luppa foram a sensação da festa

O aniversariante ladeado pelos amigos Adenir Zuchini e Edvaldo Rodrigues

Uma história de amizade eterna: Martinho Marques, o aniversariante e Leo Marques

O abraço do aniversariante nos amigos Reuben Zaidan e Dinalva Berlofi Zaidan

Ailton Cassarotti, Felipe Carvalho e o advogado Rodrigo Blanco, experiência e juventude

Aldo Martins, Vinicius Oliveira, Luiz Fernando Rodrigues, Edvaldo Rodrigues e Hilton Figueira

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

A Associação das Famílias de Rotarianos - ASFAR- realizou evento beneficente para colaborar com a construção da Casa da Visão, em Guarujá

A presidente da ASFAR Késia Cavalcante, ladeada pela empresária Lika Rodrigues e pela artista plástica Iracema Almeida. Mulheres que abraçam as causas sociais de Guarujá

Dr. Luis Antonio de Mello Awazu, Adilson de Jesus, o presidente da Câmara Municipal José Carlos Rodrigues e Ricardo Joaquim

O médico pediatra Dr. Clóvis Del Fiol e a mulher Angélica

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O secretário de Governo municipal Ricardo Joaquim e sua Adriana Vieira Rocha; a amiga Viviene Awazu e o marido Luis Antonio de Mello Awazu, e Adilson de Jesus

O dentista Rogério Junqueira e sua Elaine

Adilson de Jesus e Luis Carlos Bevilacqua

Dr. Guaracy Reis, presidente do Rotary Club Ilha de Santo Amaro, e a mulher Letícia

O vereador de Guarujá Marinaldo Nenke Simões e sua mulher Yara

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A V. M A R E C H A L D E O D O R O D A F O N S E C A , 7 2 3 C E N T R O ( P R A I A D A S P I TA N G U E I R A S ) 5 5 1 3 3 3 4 4 - 4 6 0 0 I N F O T U R I S M O @ G U A R U J A . S P. G O V. B R W W W. G U A R U J A . S P. G O V. B R / T U R I S M O | @ T U R I S M O G U A R U J A

Comtur


COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Desenvolvimento sustentável é conquistar o crescimento econômico com responsabilidade social e preservação e conservação do meio ambiente. A Riviera é assim. Há mais de 30 anos sendo implantada, tornou-se referência mundial de uso e ocupação do solo, sendo o seu Sistema de Gestão Ambiental o primeiro em todo o mundo a receber a Certificação ISO 14001. Riviera, porque é assim que a vida deve ser.

Planejamento e realização global:


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