Foto Flávia Souza
20 Passos de Anchieta na Ilha de São Vicente
Foto Morgana Monteiro
28 Você sabe o que são limeriques?
E mais... Guarás 10
Sustentabilidade 48
Internacional 56
Foto Renata Inforzato
Gastronomia 64
Moda 68
Flashes 72
Foto Luciana Sotelo
40 Mercado de trabalho em expansão
Capa
Foto Petulka/Shutterstock
50 Células umbilicais: esperança para o futuro
Foto Luciano Vieira/PMSS
Os Guarás aos poucos formam novas colônias
Foto Juniors Bildarchiv/ Fotosearch
São Sebastião pág. 34
Beach A
R e v i s t a
Co d o
ao leitor Foto Itamar Miranda/PMC
L i t o r a l .
ANO XI - Nº 117 - Março/2012 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor - Presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Edição
E mais...
Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br
Pela preservação dos guarás
Criação e Diagramação PP7 Publicidade www.pp7.com.br | pp7@pp7.com.br Direção de Arte e Diagramação: Audrye Rotta Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Belisa Barga, Edson Prata, Fernanda Lopes, Flávia Souza, Luci Cardia, Luciana Sotelo, Karlos Ferrera, Marcos Neves Fernandes, Morgana Monteiro e Renata Inforzato Circulação Baixada Santista e Litoral Norte
O vermelho intenso dos guarás confere um novo contraste aos mangues, onde o verde e o marrom predominam. Uma pena tal cena ser incomum aos nossos olhos, uma vez que a espécie, cientificamente denominada de Eudocimus ruber, já foi abundante na região nos idos de 1500, citada, inclusive, nas anotações do artilheiro alemão Hans Staden, que viveu em Guarujá, na divisa com Bertioga, durantes anos, e deixou observações valiosas para a posteridade. Os guarás foram pouco a pouco desaparecendo, até não serem mais avistados. E pensar que a natureza quase perdeu este que é um dos seus muitos exemplos de perfeição. Sorte a nossa por ainda restarem pessoas que lutam por sua preservação, investindo nos manguezais de Cubatão, um lugar seguro para as aves se reproduzirem. Desde a década de 1980, quando foram descobertas por aqui, a colônia passou de 300 indivíduos para mais de mil. Por meio de pesquisas, foi possível descobrir que os guarás estão ampliando sua área de atuação e já migram, entre os meses de setembro e outubro, rumo à Estância Balneária de Ilha Comprida, no litoral sul paulista. Para garantir a continuidade do retorno dos guarás à região, os biólogos santistas Fábio Olmos e Robson Silva e Silva resolveram dar uma forcinha à natureza, por meio de um trabalho inédito: o uso de bonecos de plástico idênticos às aves, a fim de atrair outros indivíduos, e monitorar e controlar a área de reprodução da espécie, para que novas colônias possam ser formadas em refúgios seguros. Que esse magnífico trabalho dê certo, e que o vermelho intenso dos guarás volte a colorir e encantar toda a costa paulista, a exemplo do Nordeste, onde existe a maior colônia de guarás do mundo.
Impressão Gráfica Silvamarts
Eleni Nogueira
meio ambiente
Os guarás
reconquistam territórios
Depois de se concentrar nos manguezais de Cubatão, a espécie ruma para Ilha Comprida, litoral sul, onde já formou uma nova colônia, fato auspicioso para a natureza, que quase perdeu uma das aves mais lindas do mundo
Fotos Robson Silva e Silva/Vale Fertilizantes
meio ambiente Por Marcus Neves Fernandes
Repare bem na foto abaixo. Se você vê três guarás, enganou-se. Há apenas uma ave verdadeira, bem no centro da imagem. As outras, à esquerda e à direita, são de plástico. A curiosa cena faz parte de uma pesquisa científica, motivada pela recém-descoberta de uma tendência: os guarás que habitam os manguezais de Cubatão estão migrando rumo ao litoral sul. É um novo capítulo em uma história de idas e vindas, cujo registro histórico data de 1554, ou seja, há 457 anos, nas anotações do artilheiro alemão Hans Staden, que vi-
veu parte de sua vida no Porto da Armação, em Guarujá, na divisa com Bertioga. Região onde os guarás emprestam seu nome a uma pequena ilha. De lá para cá, os guarás do Sul e Sudeste do Brasil foram pouco a pouco desaparecendo. No litoral fluminense, por exemplo, os últimos registros datam da década de 1950. No Paraná, os últimos bandos foram vistos há mais de 40 anos e, em Santa Catarina, eles estão extintos desde o século XIX. A única colônia existente, na região Sul-Sudeste, é a da Baixada Santista. Concen-
Curiosidade Durante o período de reprodução, o bico do macho torna-se negro e brilhante. As fêmeas possuem o bico mais fino e mantêm a cor inalterada, parda e com a ponta enegrecida. Nesta fase, várias fêmeas ficam ao redor do macho, que procura uma área onde, mais tarde, ficará o ninho, normalmente construído nas árvores típicas dos manguezais. 12
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trada nos manguezais de Cubatão, ela foi ‘redescoberta’ por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), em 1982. Em 1993, os guarás passaram a ser sistematicamente estudados pelos biólogos Fábio Olmos e Robson Silva e Silva, o que deu origem a uma polêmica tese sobre as origens desse agrupamento (veja quadro na página 16). Três anos depois, eles comprovaram que o bando, com cerca de 300 espécimes, reproduzia-se na região. Hoje, são mais de mil indivíduos, cujo estudo é patrocinado pela Vale Fertilizantes.
Robson, por outro lado, constatou que o bando expandira sua área de distribuição, criando colônias separadas, algumas delas em locais perigosos. Preocupado, o biólogo decidiu fazer uma experiência inédita no país. Mandou confeccionar 23 bonecos de plástico que reproduzissem as aves e, em 2009, colocou-os nos bancos de lodo que se formam às margens dos cursos d’água dos manguezais. “Em menos de 30 minutos, vários guarás foram atraídos. Como, obviamente, os bonecos não voam, o mesmo aconteceu com as aves verdadeiras, o que
Os bonecos de plástico reproduzem fielmente as características que os guarás assumem na época da reprodução
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meio ambiente
O biólogo Fábio Olmos, em campo, com um dos bonecos utilizados na pesquisa
permitiu que chegássemos bem perto do bando”, relata Robson. Comprovado o sucesso da experiência, o biólogo iniciou a segunda fase da pesquisa, que consiste em descobrir uma área segura e com abundância de alimentos, o que vem sendo feito até hoje. “Os guarás são aves gregárias, que vivem em bandos. São do tipo maria-vai-com-as-outras. Uma vez definida a nova área, vamos retomar o processo de colocação dos bonecos”, explica. Se tudo der certo, avalia o especialista, os guarás, pouco a pouco, terão um novo refúgio, uma nova área para acasalar e criar seus filhotes, garantindo a preservação da colônia.
O mistério da migração Nos últimos 18 anos, o trabalho com os guarás de Cubatão tem possibilitado uma série de novos conhecimentos sobre essas
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Fotos Robson Silva e Silva/Vale Fertilizantes
aves e o ecossistema que habitam. E tem gerado, também, algumas dúvidas. Já foi possível perceber, por exemplo, que elas estavam migrando rumo ao sul, sempre acompanhando a zona costeira. Nos meses de setembro e outubro, mais de 90% do bando ‘migram’ rumo à Estância Balneária de Ilha Comprida, onde já formaram uma nova colônia, que se caracteriza como tal, quando as aves ali nidificam. Há várias hipóteses para esse comportamento. Segundo Robson Silva e Silva, quando ainda jovens, os guarás não possuem uma glândula que ajuda a eliminar o sal contido nos crustáceos dos quais se alimentam. Isso poderia explicar a migração. “Um mês após deixarem os ninhos, essas aves já estão por conta própria, são independentes. Porém, precisam de ambientes com águas mais doces, já que não têm como excretar o sal. Essas áreas geralmente se localizam no interior dos manguezais. Em Ilha Comprida, já testamos a água, comprovando a baixa concentração de sal na área da colônia”, explica. Por outro lado, quando se analisa a distribuição histórica dessas aves no Brasil, verifica-se que havia diversas colônias de guarás, tanto no Sudeste como ao longo do litoral da região Sul. Robson não exclui a hipótese de que esteja ocorrendo uma recolonização, um repovoamento de antigos locais. “Sabemos que é normal que eles fiquem vários anos em um local e depois migrem. Os motivos que levam a esse comportamento ainda é um mistério”. O biólogo sabe, por exemplo, que a grande concentração de indivíduos em uma determinada área pode, inicialmente, prejudicar a vegetação, em razão das fezes. Com o tempo, porém, esse adubo natural age em benefício das plantas. Esse processo
A pesquisa com os guarás de Cubatão tem possibilitado uma série de novos conhecimentos sobre essas aves e o ecossistema que habitam
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Foto Itamar Miranda/PMC
meio ambiente
A colônia de Cubatão possui mais de mil indivíduos e é símbolo de recuperação ambiental da cidade
cíclico também pode explicar a rotineira mudança para novos ares. Mas, seja como for, Robson, um dos principais ornitólogos hoje no Brasil, acredita que há uma tendência rumo ao Paraná e Santa Catarina. Já há registros das aves na baía de Guaratuba, a segunda maior do Paraná, uma área de proteção ambiental com mais de 48 km² de extensão. O nome Guaratuba, aliás, significa ‘muitos guarás’. “Caso essa tendência se confirme, é como um retorno ao passado, quando os guarás habitavam
Bancos de lodo Em 1993, quando começaram a estudar a colônia de guarás que havia sido descoberta nos manguezais de Cubatão, os biólogos Fábio Olmos e Robson Silva e Silva não tinham ideia que iriam provocar uma enorme polêmica, que extrapolaria os meios científicos da época. Para explicar o retorno dessas aves à região, após décadas de ausência, eles formularam uma hipótese: as grandes quantidades de pequenos crustáceos, a principal fonte de alimento para as aves aquáticas que habitam os mangues. Os crustáceos,
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boa parte do litoral Sudeste/Sul do país. Hoje, porém, além das duas colônias na Baixada Santista, só há outra, no Norte/ Nordeste, que cobre os estados do Amapá, Pará, Maranhão e Piauí”. A colônia do Norte-Nordeste é a maior do mundo, sem grandes alterações desde o século XIX. Isso se deve à grande área de manguezais ali existente. “Parte dela é de difícil acesso, permitindo que ficasse razoavelmente livre da ação humana predatória”, explica o biólogo santista.
por sua vez, foram atraídos por grandes bancos artificiais de lodo, fruto das modificações feitas pelo ser humano nos rios que cortam os manguezais cubatenses. “Em algumas áreas, na maré baixa, havia até 10 metros de lodo exposto nas margens dos rios, que foram sendo ocupados pelos crustáceos. Isso atraiu as aves, que depois se fixaram e fizeram seus ninhos”, explica Robson. Na Juréia, por exemplo, esses bancos têm, em média, 2 metros de largura. O problema com essa hipótese era o raciocínio de que a intervenção humana, noto-
riamente danosa ao meio ambiente, havia produzido um benefício. De imediato, vários cientistas se mostraram incrédulos. Alguns, inclusive, escreveram artigos em que, se não refutavam a tese, lembravam, por outro lado, que o suposto benefício às aves teria sido obtido à custa da destruição de parte do ecossistema. A polêmica arrefeceu, mas o estudo de Olmos e Silva, assim como a colônia cubatense, ‘sobreviveram’. Já o futuro dos guarás na região, que passaram a ser modelos publicitários de Cubatão, ainda exigirá anos de pesquisas.
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Ilha de São Vicente Formada pelas cidades de São Vicente e Santos, ela integra mais uma etapa do percurso Passos dos Jesuítas, uma oportunidade única de desfrutar o litoral paulista, pé ante pé
Por Flávia Souza Com cantis abastecidos e cajados em mãos, peregrinos vindos de várias partes encaram o desafio de conhecer o litoral paulista sob um novo prisma. Ao percorrerem a mesma rota realizada por antigos catequizadores, eles se deparam com bem mais do que sol e mar. Em São Vicente e Santos, as duas cidades que compõem a Ilha de São Vicente, encontram riqueza cultural, histórica, monumental e ecológica. O percurso, com 10 quilômetros, é o menor de todo o trajeto, iniciado em Peruíbe, com destino à Ubatuba, passando por 13 cidades e mais de 200 praias. Tais cenários valem o esforço da difícil caminhada, e oferecem a oportunidade de desfrutar a vida de uma maneira
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Foto Flávia Souza
Baía de São Vicente
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Foto Tadeu Nascimento /Secom Santos
Foto Arquivo pessoal
turismo
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José Carlos e Mércia Maria em pose clássica, ao lado da estátua de Anchieta, em São Vicente. Abaixo, o jardim da orla da praia de Santos
diferente. Nesta fase, determinação deve ser o mantra repetido pelos caminhantes, para que não desistam. Até porque, ao chegar nas quinta e sexta cidades da rota, o corpo já mostra a sua fragilidade, e maiores que o cansaço físico são os incômodos e dores nos pés, resultantes de possíveis bolhas e torções. O funcionário público estadual Celso de Almeida Braga Mitaini conta que, ao final da primeira etapa da caminhada, teve que parar por um período e descansar. “Fiquei dois dias com os pés levantados. Mas valeu a pena”, afirma. Morador de Santos há apenas cinco anos, ele viu na rota a oportunidade de conhecer melhor a região em que vive e ingressou nessa aventura sozinho. “Muita coisa ainda não conhecia e fiquei impressionado com o litoral sul, onde os pássaros parecem viver em harmonia com a população”. Sair da rotina e vivenciar uma nova realidade, com a interferência direta da brisa do mar e do clima leve que só o litoral pode proporcionar, tem levado caminhantes a outro patamar. O casal José Carlos Munhoz e Mércia Maria Brasileiro Munhoz, professores na capital paulista, confirmam essa teoria: “Conhecíamos a Baixada Santista como turistas, agora conhecemos cada cantinho e isso foi culturalmente enriquecedor. A visão de peregrinos nos trouxe outra dimensão”, afirma José Carlos. Mércia continua: “Todas as cidades que percorremos nesta rota têm um apelo interessante, mas São Vicente dá um
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Foto Marcelo Martins /Secom Santos
O Aquário Municipal de Santos, que reúne 30 tanques com 150 espécies de água doce e salgada
banho de história”. Em 1554, Anchieta chegou a São Vicente. Foi na vila fundada por Martim Afonso de Sousa que o padre teve seu o primeiro contato com os índios. Vale gastar um tempo a mais nesta cidade para se aprofundar no roteiro histórico. Uma das paradas indicadas para descanso é o hotel Chácara do Mosteiro, no alto do Morro dos Barbosa, um lugar que leva o peregrino a viajar no tempo, pois foi ali que, em 1562, Anchieta ensaiou curumins para a primeira apresentação teatral do Brasil, mais tarde encenada na famosa Biquinha que leva seu nome. Mas ainda há muito para se apreciar na primeira cidade do Brasil. O centro do município abriga a maior parte dos pontos históricos e turísticos e vale a
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Roteiro O roteiro turístico Passos dos Jesuítas Anchieta tem início em Peruíbe, no litoral sul, e término em Ubatuba, no litoral norte. A caminhada passa por 13 cidades (Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Cubatão, Santos, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba, num percurso de 360 quilômetros. O percurso foi inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, e já atrai grande número de peregrinos. O Guia do Caminhante pode ser retirado junto com o Cartão do Caminhante em um dos postos de emissão indicados no portal www.caminhasaopaulo.com.br.
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turismo Foto Cândido Gonzalez /Secom Santos
A imponente Igreja do Embaré
visita a cada um deles. “O gostoso é caminhar, observando e contemplando todos os detalhes, incutindo a história dentro de você”, aconselha José Carlos. Já a cidade santista não contempla tantos pontos históricos na rota principal de Anchieta. Para conhecer a fundo o contexto de Santos, seria necessário optar por trajetos alternativos. Mas pelos roteiros recomendados é possível desfrutar de algo que até então os peregrinos fiéis saídos de Peruíbe ainda não sentiram: o ar de metrópole. Isso porque o município conta com infraestrutura de cidade grande, repleta de belezas e atrações para todas as idades. “O gostoso de Santos é que a cidade tem mais vida e um público diferenciado”, enfatiza Celso. Assim, mesmo da faixa de areia é possível conhecer uma parte do rico acervo cultural da cidade, como a Pinacoteca Benedito Calixto; o lado religioso, com a imponente Igreja do Embaré; o entretenimento, com o Aquário Municipal, que reúne 30 tanques com 150 espécies de água doce e salgada; e o Museu de Pesca, que tem como principal atração o esqueleto de uma baleia de 23 metros. Da Ponta da Praia, uma pequena embarcação leva, ainda, até a Fortaleza da Barra, já na cidade de Guarujá, o mais importante monumento histórico-militar do estado de São Paulo. Serviço: informações adicionais sobre o Passos dos Jesuítas - Anchieta, no site www.caminhasaopaulo.com.br.
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Fotos: Morgana Monteiro
literatura
Tatiana Belinky
Brincando
de fazer poesia
Eis a proposta do concurso literário Prêmio Tatiana Belinky de Limeriques, em homenagem à escritora homônima, e que pretende envolver estudantes de toda a Baixada Santista Por Morgana Monteiro
Parece brincadeira, mas é poesia. Cinco versos em rima perfeita e que falam de coisas malucas. Uma barata que virou gata, uma lesma que dá cambalhota e até paixão por coisas boas como uma soneca, sorvete em dia de verão, os amigos... Toda essa bagunça proposital, e que faz a criançada morrer de rir, chama-se “lime-
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rique”. O termo aportuguesado tem origem num tipo de poema inglês chamado limerick, e foi adaptado por Tatiana Belinky, uma das escritoras de literatura infantil mais importantes do Brasil. E é a própria autora quem explica a métrica e rima dessa poesia tão surpreendente e original:
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“Os limeriques são historinhas contadas em só cinco linhas ritmadas, ligeiras, com rimas brejeiras; histórias bem maluquinhas” (Tatiana Belinky, Limeriques, Ed. FTD, 1987)
Ilustrações: Nice Lopes
O nome Tatiana remete a uma pessoa jovem, e a escritora parece mesmo criança quando escreve. Mas lá se vão 93 anos de vida e algumas décadas encantando meninos e meninas por meio das letras, motivo pelo qual serviu de inspiração para a criação de um concurso literário inédito na Baixada Santista, o Prêmio Tatiana Belinky de Limeriques, que deverá envolver estudantes de escolas públicas e particulares das nove cidades da Região Metropolitana. A ideia é apostar no talento e criatividade da garotada, incentivando o prazer pela leitura. Idealizado pela também escritora Viviane Veiga Távora, de Cubatão, o concurso oferece várias
atividades, iniciadas por professores. Durante os meses de março e abril serão ministradas oficinas literárias gratuitas em colégios de Bertioga, Guarujá, Cubatão, Santos, São Vicente, Praia Grande, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe. Nessas aulas - duas em cada município, os educadores aprendem a criar os limeriques para, depois, repassar o conhecimento aos alunos. Em uma segunda etapa, aí sim, os estudantes vão mostrar toda sua criatividade, concorrendo com os limeriques que inventaram. As inscrições para o concurso serão aceitas de 18 de abril até 2 de junho, somente por meio do site www. portalpanapana.com.br/premio. A seleção acontece em junho e julho por uma banca composta por especialistas no assunto, tal como César Tadeu Obeid (escritor e educador) e Regina Gulla (escritora e professora de poesia). A premiação será dia 24 de agosto, Dia do Artista.
Premiação Os autores mirins dos cinco melhores limeriques receberão prêmios como computador, notebook, netbook, troféus e kit de livros. Além disso, as escolas e os professores dos cinco primeiros colocados também ganham publicações infantis. Os alunos escritores dos 100 melhores limeriques levam um exemplar da publicação Mareliques da Praia-Louca e um broche do projeto Eu amo Limeriques! O Prêmio Tatiana Belinky é de iniciativa da Cooperativa Cultural Brasileira, da empresa Varal e conta com apoio do Proac - Programa de Ação Cultural da Secretaria do Estado da Cultura e parceria da UniSanta. “Acredito na participação maciça dos estudantes por meio do incentivo de seus pais e professores. O objetivo do concurso é, também, estimular a produção poética por meio dos limeriques, e fazer essa criançada amar a literatura”, afirma a
Concurso movimenta escolas da Baixada Santista entre os meses de março e junho
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literatura criadora do certame Viviane Távora, produtora cultural e autora de Mareliques da Praia-Louca, Pé de Alguma Coisa Pede Outra, Cordel de Teresinha, O Decifrador de Poemas, além de idealizadora do portal www.portalpanapana.com.br, que oferece oficinas virtuais de poesia e divulga a literatura.
Ao pé do ouvido A escritora Tatiana Belinky recebeu a equipe da Revista Beach&Co em sua casa, no bairro do Pacaembú, São Paulo. Sentada em seu cantinho preferido: cheio de livros, bonecas da Emília (Sítio do Picapau Amarelo), bruxas e a foto de seu pai bem ao lado, a escritora conheceu os detalhes do concurso literário e ficou muito feliz ao ver seu próprio rosto desenhado no cartaz de divulgação. O desenho é uma obra da ilustradora Nice Lopes. “Ficou lindinho!”, disse Tatiana, sorrindo, entre cafés e guloseimas. Emocionada pela lembrança de seu nome, a autora tem certeza de que o certame vai atrair muitos meninos e meninas que terão a oportunidade de fazer suas próprias “tatianices”, criando os poemas limeriques. Belinky construiu uma carreira embasada no carinho pela literatura e pelas crianças. Nasceu na Rússia e veio para o Brasil quando tinha 10 anos. Ainda jovem, traduzia livros, pois fala quatro idiomas. Depois, fez adaptação para TV do
Tatiana Belinky e a criadora do concurso, Viviane Távora
Sítio do Picapau Amarelo junto com o marido. Começou a escrever livros infantis e de limeriques aos 65 anos. De lá para cá foram mais de 150 títulos como Limeriques das Coisas Boas, Rimas de Ninar, Bicholique, Bragaliques, Limeriques da Cocanha, Limeriques da Coroa Implicante, Operação do Tio Onofre, Coral de Bichos, O Grande Rabanete, entre muitos outros. Em 1989, recebeu o Prêmio Jabuti, além do Nestlé e da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Em 2010, passou a ocupar a cadeira 25 da Academia Paulista de Letras. Também já foi colunista, cronista e crítica de literatura infantil para os jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e Jornal da Tarde. Tatiana Belinky tem jeito de menina e bom humor todo o tempo. Questionada sobre como cria os limeriques, a resposta já estava na ponta da língua: “Os poemas caem no meu colo. Aí eu pego a ideia com a mão esquerda e escrevo com a direita. Não tem segredo! Criança é esperta, entende que o poema é brincadeira, rapidinho!”. Foi assim, despertando o leitor para ver o mundo de maneira original, como se fosse uma brincadeira, que Tatiana Belinky conquistou corações de milhões de brasileirinhos. O tempo que esculpiu em seu rosto e na sua alma marcas tão preciosas, é o mesmo que entrega essas joias em forma de poesia para Tatiana.
Fotos Luciano Vieira/PMSS
especial aniversário
São Sebastião
Entre o azul do Oceano Atlântico e o verde da Serra do Mar, o município aniversariante do mês figura como uma das preciosidades do litoral paulista
Da redação Impossível falar desta cidade, que completou 376 anos, dia 16 passado, sem destacar os seus surpreendentes 108 quilômetros lineares de costa, pontuados por 34 praias dotadas de cenários de tirar o fôlego. Com a ajuda do homem, uma natureza tão privilegiada foi enriquecida por uma rede de excelência em hospedagem e gastronomia. Outro atrativo da cidade é o seu centro histórico, com edificações em estilo colonial dos séculos XVII, XVIII e XIX. São sete quarteirões e oito edifícios tombados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Estado) em 1969. Entre as construções mais significativas do centro estão a Igreja Matriz e a Casa Esperança.
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A Matriz foi originalmente construída no século XVII em pedra e cal; o aspecto atual provém das obras concluídas em 1819. O prédio passou por várias reformas, sendo a última em 2001, que devolveu as características da influência jesuítica. A Casa Esperança é a construção histórica mais nobre do município, feita em pedra e cal, com argamassa de conchas, areia e óleo de baleia. Foi tombada em 1955 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). As pedras que ornam as esquadrias - vindas prontas de Portugal - e as pinturas no teto demonstram uma riqueza incomum nas construções de São Sebastião, que, na época não era um município rico como Paraty, por exemplo.
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Convento São Francisco e Casa Esperança, como exemplos da riqueza histórica da cidade. Acima, a privilegiada localização do Teatro Municipal
Na periferia da cidade encontram-se dois importantes exemplares de seu patrimônio histórico: o Convento de Nossa Senhora do Amparo e a Fazenda Santana. O convento, no bairro São Francisco, data de 1664, século XVII, já a Fazenda Santana, no Pontal da Cruz, é um exemplar de engenho açucareiro da região, e teve sua primeira sede construída em 1743, século XVIII. Datadas em sua maioria do início do século, as capelas caiçaras nas praias também merecem uma visita, como representantes do patrimônio cultural religioso sebastianense. São doze capelas protegidas pela Lei 954/94, muitas delas, como as da praia da Barra do Sahy, Maresias, Toque-Toque Grande e Pequeno, ainda guardam muito da singeleza de suas construções originais. Em meio à nostalgia destes cenários históricos, encontra-se a badalada Rua da Praia, um dos melhores pontos de encontro da ci-
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dade, onde a praticidade e a tecnologia do mundo moderno misturam-se perfeitamente ao passado, em um gostoso espaço, com atrativos 24 horas. A charmosa rua à beira do Canal de São Sebastião possui luminárias ornamentais sem fio, sistema de internet gratuita, um belo calçadão e completo serviço de bares, restaurantes, lanchonetes e sorveterias dispostas em prédios antigos revitalizados, o que lhe garante, ainda, um ar europeu.
Atividades A programação de aniversário teve uma agenda lotada durante o mês, mas ainda dá tempo de participar de alguns eventos. Confira: o Maresias Beach Games promete um mix de modalidades aos participantes, como vôlei de praia, futevôlei, stand up paddle e futebol de areia feminino (dias 24 e 25, em Maresias, na Costa Sul).
As capelas caiçaras são protegidas por lei
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especial aniversário
Uma rica história Antes da colonização portuguesa, a região era ocupada por índios tupinambás ao norte, e tupiniquins ao sul, sendo a Serra de Boiçucanga - 30 km ao sul de São Sebastião - uma divisa natural das terras entre as duas tribos. O município recebeu este nome em homenagem ao santo do dia, por ocasião da passagem da expedição de Américo Vespúcio, em 20 de janeiro de 1502, ao largo da Ilha de São Sebastião, hoje Ilhabela. A ocupação portuguesa começou efetivamente após a divisão do novo território em capitanias hereditárias. Os portugueses Diogo de Unhate, Diogo Dias, João de Abreu, Gonçalo Pedroso e Francisco de Escobar Ortiz foram os primeiros a solicitar as sesmarias na região, a partir de 1600, quando iniciaram a povoação, desenvolvendo o local por meio da agricultura e a pesca. Em 1636, com a construção da Matriz, o
prédio da Câmara/Cadeia e pelourinho, o povoado conquistou sua emancipação político-administrativa. Por volta de 1780, a região começou a se firmar como pólo produtor de cana-de-açúcar para exportação, período responsável por um maior desenvolvimento econômico da região, que prosseguiu com a produção de aguardente, de fumo e com a pesca de baleias. Por volta de 1798, a vila atingiu seu pico na produção de açúcar. O porto natural da Vila de São Sebastião, de grande calado, era a chave de oportunidades comerciais, utilizado para o transporte de mercadorias e também pelos navios que faziam o transporte do ouro das Minas Gerais, e também por piratas e contrabandistas. Mas, a economia sebastianense entrou em declínio com a abolição da escravatura e a abertura da ferrovia Santos-São Paulo, o que aumentou a saída de mer-
A pesca tradicional, uma das primeiras atividades econômicas da cidade, mantém-se até os dias de hoje
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cadorias pelo porto de Santos. É quando passam a predominar a pesca artesanal e a agricultura de subsistência, com pequenas roças de mandioca, feijão e milho, características das comunidades caiçaras. Nos anos 1940, implantou-se a infraestrutura portuária e, nos anos 60, a Petrobras instalou o Terminal Marítimo Almirante Barroso/ TEBAR, com capacidade para atracação de navios de até 400 mil toneladas. Tais fatores foram decisivos para a retomada do desenvolvimento econômico. A descoberta da vocação de São Sebastião como destino turístico ocorreu após a abertura da rodovia Rio-Santos, no final dos anos 1970, proporcionando ao município mais uma oportunidade de desenvolvimento, encampada pelos sebastianenses como forma de movimentar sua economia. Fonte: prefeitura de São Sebastião
Para quem gosta de teatro, a peça infantil “As Três Porquinhas e o Lobo Atrapalhado” é a apresentação principal no palco do Teatro Municipal, dia 28. O espetáculo será encenado em duas sessões, às 10h00 e às 15 horas. Os ingressos estarão disponíveis na bilheteria no dia da peça; R$ 30,00 (inteira); R$ 15,00 (meia); R$ 10,00 (projeto escola). No mesmo dia, às 20h00, “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, uma comédia dramática, será apresentada com classificação 12 anos. Ingressos a R$ 30 e R$ 15. Na sexta-feira (30), o espetáculo musical “Delírico – O Mundoceano” será encenado. Para encerrar o mês de apresentações teatrais, o Circuito Cultural Paulista, projeto do governo do estado, traz para São Sebastião a peça “Cartas Brasileiras – Grupo Raça”, a partir das 21 horas. Para assistir ao espetáculo de dança, os interessados devem trocar 1 kg de alimento não perecível por um convite na bilheteria do teatro, no dia da peça, 31 de março. A Praça Pôr do Sol, em Boiçucanga, continua com o “Música na Praça”, sempre aos sábados, a partir das 18 horas. O projeto é um espaço aberto para os artistas locais.
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porto Fotos Luciana Sotelo
Um mar de oportunidades em contínua expansão Qualificação profissional e boa conduta pessoal são atributos importantes no processo seletivo das empresas da área portuária, na busca por mão de obra especializada
Por Luciana Sotelo Todos os anos, o maior porto da América Latina bate recordes de movimentação. São toneladas e mais toneladas de mercadorias que entram e saem do cais santista. Máquinas potentes ajudam a dimensionar as operações que não param dia e noite e, por trás de tudo isso, existe uma ‘ferramenta’ indispensável, o homem. Seja no setor administrativo ou no operacional, ele sempre está lá. Não é à
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toa que o porto de Santos é um dos maiores empregadores da Baixada Santista. E quando o assunto é expansão, a demanda por profissionais é destaque. Um dos grandes empreendimentos em construção, o Brasil Terminal Portuário (BTP), já promete para os próximos meses a abertura de 500 vagas. De acordo com Hudson Carvalho, gerente de recursos humanos da BTP, todas as carreiras
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típicas do ambiente portuário serão requisitadas. “Como estamos montando um terminal a partir do zero absoluto, vamos precisar dos mais diversos profissionais”, comenta Carvalho, mencionando ainda que, quando o terminal estiver operando com a capacidade total a necessidade será ainda maior, em torno de 1.500 novos postos de trabalho diretos. Os terminais já consolidados no mercado também não ficam parados; renovam sempre o quadro de funcionários, pois na área portuária, investimentos em maquinários, softwares e soluções logísticas garantem eficiência no mercado e a procura constante por mão de obra especializada. Em empresas como a Libra Terminais e Santos Brasil o processo de abertura de vagas é constante. “Ainda estamos no primeiro trimestre do ano e na Libra já foram oferecidas 277 oportunidades de trabalho na área operacional”, aponta o diretor geral da empresa, Roberto Teller. Entre as funções em alta, ele cita as de motorista, operador de equipamentos, operador de pátio, operador de gate, além da área de manutenção. “No nosso ramo de atuação, temos uma grande demanda para motoristas (87 vagas somente de motoristas de carreta). Para ter mão de obra especializada, uma das estratégias da Libra Terminais é investir na capacitação profissional de nossos colaboradores para assim prepará-los frente a nossa necessidade. Outra tendência que observamos é a participação mais expressiva de mulheres nos processos seletivos ou capacitando-se profissionalmente para atuarem em segmentos dentro da área portuária, antes dominados por homens”.
O Brasil Terminal Portuário (BTP) já promete para os próximos meses a abertura de 500 vagas
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porto
Na área portuária, a procura por mão de obra especializada é constante
Capacitar e treinar os colaboradores também são as estratégias da Santos Brasil, que no ano passado contratou mais de 800 funcionários, sendo 508 no Tecon Santos e Terminal de Exportação de Veículos (TEV) e 376 na unidade de Logística da Santos Brasil, aponta Alcino Therezo Jr., diretor de recursos humanos da empresa. “O objetivo é focar em ações que tornem o ambiente de trabalho alinhado ao desenvolvimento dos funcionários, aumentando assim a produtividade da empresa e o seu crescimento profissional”. Com 3.500 profissionais no terminal, Alcino dá ênfase para cargos como o de ship planner (planejador de navio) e as funções de manutenção como, por exemplo, mecânicos e técnicos de eletricidade. “Essas últimas funções (técnicas) são mais difíceis de encontrar no mercado por conta da especificidade das operações. Nós possuímos equipamentos extremamente modernos que requerem um conhecimento técnico que apenas a empresa consegue fornecer ao colaborador. São funções muito específicas e os técnicos chegam do mercado, das universidades ou cursos técnicos, normalmente, com atuações mais generalistas. No ano passado, oferecemos 232 mil horas de treinamento, 65 horas por funcionário”, menciona.
Se a primeira impressão é a que fica, é importante seguir algumas regrinhas básicas antes da primeira aparição na empresa. Quem dá as dicas é Roberto Teller, diretor geral da Libra Terminais. Tome nota!
Lembre-se, você raramente tem uma segunda chance para criar uma boa aparência.
2. Pesquise o máximo de informações sobre a empresa.
4. Atente-se ao horário. Chegar 15 minutos antes do horário marcado é melhor ainda, pois demonstra interesse e respeito para com o entrevistador. Caso tenha algum problema e precise chegar atrasado, avise e pergunte se há algum problema; se irá atrapalhar a agenda do selecionador e se existe alguma outra opção.
3. Use roupas discretas; mantenha o cabelo cortado e as unhas em ordem. Tenha sempre em mente que não pode exagerar na roupa, nem na maquiagem.
5. Seja natural e espontâneo; mantenha a calma. Não demonstre ansiedade durante a entrevista. Se você foi chamado, é porque já passou pela primeira etapa.
1. Faça uma autoanálise do seu perfil, pontos fortes e pontos a ser desenvolvidos.
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Processo de seleção Sob esse aspecto, o gerente de RH da BTP afirma que pretende aproveitar integralmente a mão de obra regional, que, segundo ele, tem o privilégio de contar com uma estrutura que já funciona há 120 anos. “São gerações de santistas, famílias inteiras ligadas à atividade portuária. A BTP pretende aproveitar integralmente esse traço cultural. Por outro lado, é inegável que a tecnologia de gestão de terminais e de operação de equipamentos evoluiu muito rapidamente, mais do que a evolução natural da mão de obra”, ressalta Hudson. Considerando o fato, ele menciona que a saída para projetos do porte da BTP é trabalhar a qualificação da mão de obra, respeitando os requisitos legais aplicáveis tanto para o projeto quanto para o sistema como um todo. “Para isso contamos com parceria de organismos que têm feito um excelente trabalho na área de qualificação como o OGMO e o CENEP. Quanto ao processo de seleção propriamente dito, estamos trabalhando com empresas locais, especializadas nessa atividade. Serão realizados testes específicos - técnicos e comportamentais adequados a cada função, além das entrevistas”, adianta. Na Libra, o processo de seleção começa com a análise do currículo do candidato,
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seguindo os requisitos da vaga. Posteriormente, são realizadas entrevistas comportamentais e técnicas em conjunto com a aplicação de testes psicológicos. Por fim, são escolhidos os profissionais que melhor se adaptam às exigências. Uma das grandes dificuldades no recrutamento é encontrar mão de obra capacitada no mercado, conta Roberto Teller. “Existem vagas que demoram a ser preenchidas. São justamente as que exigem um perfil mais especializado e experiência no ramo portuário. Um exemplo são os profissionais da área de TI ou mesmo das operações”, explica o diretor geral da Libra Terminais, justificando que, por conta disso, a empresa desenvolveu várias ações de treinamento, principalmente para motoristas, operador de equipamento e no segmento de manutenção. Já na Santos Brasil, a dificuldade é em encontrar profissionais gabaritados para
Neste primeiro trimestre do ano a Libra Terminais já abriu 277 oportunidades de trabalho na área operacional
6. Não fale mal da empresa anterior, dos seus ex-colegas e, claro, do seu ex-chefe.
10. Não fume, não masque chicletes e nem use óculos escuros.
7. Deixe o celular desligado.
11. Não fique na dúvida, pode dizer que não entendeu a questão e peça para o entrevistador repetir. Isso não significa que você é uma pessoa menos qualificada para o cargo.
8. Durante a entrevista, fique atento para não deixar nenhuma pergunta sem ser respondida. Também não é aconselhável arrumar desculpas para as falhas que você cometeu ao longo da sua vida profissional. 9. Não mude de assunto de repente e responda as perguntas com clareza, sem divagar nas respostas.
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12. Confie em você. E se a resposta não for positiva, não se sinta mal. Foi apenas um processo seletivo que não deu certo neste momento, mas que serviu como treino para as próximas vezes.
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Os terminais já consolidados no mercado renovam sempre o quadro de funcionários. Mas é preciso especialização
Cargos como o de ship planner (planejador de navio) e as funções de manutenção como mecânicos e técnicos de eletricidade, por exemplo, têm pouca concorrência
a operação de equipamentos específicos, diz Alcino. “Vagas de manutenção como técnicos e manutenção elétrica e mecânica podem demorar até 60 dias para ser preenchidas. Quanto mais específica a expertise, maior o tempo de contratação”.
Diferencial Além da qualificação profissional, principal porta de entrada para o mercado de trabalho, outros fatores contam pontos importantes na avaliação das empresas. Na Santos Brasil são colocados à prova o potencial da pessoa, a capacidade em demonstrar que gosta do segmento, os planos em fazer carreira em uma empresa do setor portuário e o interesse por logística como um todo. Outras características são lembradas pelo gerente de RH da BTP, entre elas, capacidade de trabalhar em equipe, o interesse em fazer parte das soluções mais do que dos problemas que normalmente existem em uma organização, manter-se atualizado e conduzir a carreira para a evolução.
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Escolaridade, experiências anteriores, competências comportamentais de acordo com a visão da empresa, valores e cultura formam na Libra um conjunto de informações que são analisadas. “Na verdade, não há um perfil ideal, ele deve sempre ser alinhado com o perfil da vaga oferecida. Toda empresa necessita de perfis variados. Por exemplo, temos vagas que necessitam de pessoas extrovertidas, comunicativas, com foco no fator humano. Já para outras vagas o importante é ser mais focado em análise e processos”, diz Roberto Teller. E para os jovens talentos, Alcino Therezo Jr., da Santos Brasil, alerta para que não “inventem” experiências que não possuem. “O candidato deve focar nas competências estruturais, na formação e na pessoa que é. É importante pesquisar a empresa, entendê-la e tentar descobrir se as suas características e competências estão alinhadas com a demanda profissional de determinada empresa. Essa pesquisa é fundamental”.
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ser sustentável
Falsos verdes: Fotos Divulgação
não se deixe enganar
Por Marcus Neves Fernandes* Dia desses, ao participar de uma palestra em uma universidade da região, ouvi de um professor a seguinte frase: “Estou de saco cheio com essa história de sustentabilidade”. O comentário podia até passar despercebido, não fosse ele um profissional que atua justamente na área da sustentabilidade. Mas não é muito difícil entender tal revolta. Hoje, de um jeito ou de outro, tudo e to-
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dos tentam ligar seus nomes e produtos a esse conceito. Temos carros, postos de combustíveis, roupas, brinquedos, edifícios e restaurantes sustentáveis. Das duas uma: ou o pessoal age de boa-fé, mas com ignorância, ou age mesmo de má-fé, baseado no princípio de que basta aliar a publicidade com a questão ambiental para atrair clientes (incautos).
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Bom, caro leitor, mesmo correndo o risco de deixá-lo decepcionado, é preciso dizer que não temos (e talvez jamais tenhamos) postos de gasolina, edifícios, roupas, brinquedos ou carros sustentáveis. Atualmente, o máximo que se pode buscar (e alardear) é a existência de práticas sustentáveis ou de baixo impacto ambiental. O resto é bobagem, para a qual até já se cunhou um termo: greenwash – algo como ‘verde lavado’, desbotado, falso. Nesse sentido, um dos exemplos mais comuns é do plantio de árvores para compensar o carbono que determinada atividade vai lançar na atmosfera. Primeiro calcula-se quanto gás de efeito estufa vai ser emitido. Em seguida, faz-se uma conta de quantas árvores seriam necessárias para ‘sugar’ esse carbono. O próximo passo, então, é plantá-las. Simples, não? Só que não é bem assim. As árvores absorvem gás carbônico, sem dúvida nenhuma. Todavia, algumas absorvem mais que as outras e, além disso, essa taxa varia de acordo com a idade do vegetal: uns absorvem mais quando jovens e outros o fazem com mais intensidade só depois de adultos. Não existe uma conta linear, do tipo ‘x’ árvores para ‘x’ toneladas de carbono. A natureza simplesmente não funciona dessa forma. Ademais, se fosse assim, não seria mais lógico proteger o que já está plantado e consumindo carbono do que plantar a mu-
Funerária ecológica!
Não passa um dia sem que eu receba um e-mail de um serviço ou produto que se arrogue sustentável, ecológico, verde ou qualquer outro adjetivo correlato. Acredite: já recebi até mesmo propaganda de funerárias sustentáveis! O material dizia que o calor do forno usado no crematório era reaproveitado para produzir vapor. Este, por sua vez, movia uma turbina que no final do processo gerava eletricidade. Por favor, não pensem que é piada. A funerária dita ecológica existe, fica em um país europeu e é até um exemplo interessante, na medida em que aproveita um recurso com inteligência. Aliás,
dinha e esperá-la crescer? Outro detalhe: onde é que essa árvore será plantada? Na Bahia, no Acre ou em Bertioga? Que espécies serão usadas? Serão elas nativas ou importadas, sem nenhuma relação com o nosso habitat? Aliás, está aí outro exemplo de greenwash. Eu mesmo tenho aqui em casa umas seis ou sete sacolas retornáveis de compras. Algumas nós mesmos compramos, outras ganhamos. Numa delas, para meu espanto, encontrei na etiqueta a designação de origem: China. Até sacolas são compradas da China! Isso é, no mínimo, um contrassenso. Imagine todo o carbono emitido para que esse carregamento de sacolas deixasse a China e chegasse até o Brasil? Caminhão, navio, caminhão. Pronto, só isso já é suficiente para acabar com qualquer apelo ecológico dessas sacolas retornáveis. Mas estava lá a frase: ‘Proteja o planeta, use sacolas ecológicas’. Práticas sustentáveis são possíveis e extremamente úteis para a sociedade – devem, portanto, ser valorizadas. Economizam recursos e aumentam nossa qualidade de vida. É possível (e necessário) adotá-las na construção civil, na indústria automotiva, aeronáutica, farmacêutica etc. São produtos com menor impacto ambiental e mais inteligentes (ou menos burros, como quiser). O resto é enganação. Fique atento.
em muitas casas no interior isso é comum, ou seja, aproveita-se o calor do forno à lenha para aquecer água. É uma alternativa simples, mediante a instalação de tubulações na parede atrás do fogão. Todavia, queima-se madeira para os fogões à lenha ou gás para os crematórios das funerárias. Nenhuma dessas duas fontes de energia pode ser considerada sustentável. É a mesma história por trás dos carros elétricos. Eles são ótimos, afinal, não usam gasolina nem diesel de petróleo. Mas cabe uma pergunta: de onde vem essa eletricidade? Se for de termoelétricas a carvão, parte significativa do benefício do carro elétrico simplesmente morreu.
A banda de rock que pedala
Talvez você nunca tenha ouvido falar da banda de rock ‘CO2 Zero’. Ela foi criada por um grupo de amigos do interior de São Paulo. A ideia, segundo José Carlos Armelin, surgiu de sua atividade como professor. “Ainda em sala de aula, frustrado com o desinteresse dos alunos pelos temas ambientais, resolvi reunir três paixões que sempre me acompanharam: bicicleta, música e mecatrônica. Montei uma bike que gerava eletricidade quando pedalava. Esta energia servia para funcionar um CD player automotivo que chamava a atenção para o tema sustentabilidade. Diante desta parafernália, minhas colocações ambientais eram mais aceitas e prendiam a atenção dos alunos que participavam, pedalando. A banda C02 Zero nasceu deste desdobramento de aula”. A primeira apresentação foi em 2008 e não parou mais. Nos shows, eles convidam o público a pedalar e, por tabela, gerar energia para a apresentação. Nessa linha, já existem academias de ginástica que também aproveitam as pedaladas nas bicicletas ergométricas para gerar eletricidade. Exemplos de práticas sustentáveis.
*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável
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Foto ZF/Shutterstock
Por que armazenar
células-tronco Tomar tal decisão deveria fazer parte do conjunto de providências que os pais tomam antes do nascimento do bebê, tal como a escolha do nome, do médico, do hospital... Afinal, guardar células-tronco umbilicais é um investimento no futuro saudável da criança
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saúde Por Belisa Barga
Durante nove meses, mãe e filho ficam ligados pelo cordão umbilical, fonte de vida para a criança até o nascimento. Nessa fase, muitas mães alteram rotina e alimentação a fim de assegurar que a criança nasça saudável. Os pais planejam cuidadosamente o futuro da criança: abrem uma poupança para a faculdade, escolhem uma escola primária com bons educadores, incentivam atividades extracurriculares, esportes, intercâmbio. Mas, há algo, obviamente, que ninguém planeja. Uma doença, é claro! Embora esta seja uma situação que ninguém deseje vivenciar, é importante saber que a medicina já oferece alternativas terapêuticas para a cura de alguns males por meio do armazenamento das células-tronco. “O uso do sangue umbilical ainda é um assunto polêmico na atualidade, pois muitas pessoas desconhecem como são
realizados os procedimentos e qual a importância para o tratamento e pesquisa de várias doenças”, explica a médica Adriana Homem, responsável técnica pelo Banco do Cordão Umbilical (BCU Brasil). O sangue do cordão umbilical, normalmente inutilizado após o nascimento, é rico em células-tronco. A médica explica que “elas são coringas, capazes de se transformar em qualquer tecido humano, como ossos, vasos sanguíneos, pele, músculo, neurônio, entre outros”. O uso desse material genético já é aplicado no tratamento de mais de 80 doenças hematológicas e genéticas, incluindo anemias, leucemias, linfomas e mielomas. Além disso, há pesquisas desenvolvidas nas áreas de neurologia, oncologia, cardiologia e ortopedia, com resultados positivos na utilização dessas células. O parto é o único momento para a rea-
Fotos Ivan Almeida
Se o material genético for conservado adequadamente, seu prazo de validade é considerado indeterminado
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Mesmo que a pessoa não tenha condições financeiras de armazenar o material em um banco particular, existe a opção de doá-lo a um banco público, o que aumenta as chances de encontrar doadores e receptores compatíveis, situação que raramente ocorre por sermos um país de grande miscigenação étnica. Para a médica, “enquanto as mamães não armazenarem não teremos amostras suficientes para abranger a nossa população. Fica aqui um grande apelo, não permita que um material tão rico seja jogado no lixo.” Se o material genético for conservado adequadamente, seu prazo de validade é considerado indeterminado. Adriana diz que há registros de células congeladas há 25 anos e consideradas perfeitamente viáveis para uso e, por este motivo, acredita que as pessoas deveriam colher esse material, seja para uso do filho ou para salvar outras vidas. Aos que optam por congelar o material para usufruto do próprio bebê, as células
O uso desse material genético já é aplicado no tratamento de mais de 80 doenças hematológicas e genéticas, incluindo anemias, leucemias, linfomas e mielomas
Foto Byelikova Oksana/Shutterstock
lização do método, que é seguro, indolor e não oferece risco nem à mamãe nem ao bebê. Após o corte do cordão, o recém-nascido segue para as rotinas habituais pós-parto, e a coleta das células restantes do cordão e da placenta são feitas em cerca de cinco minutos. A principal vantagem de usar as células do cordão ao invés das células da medula é que, no primeiro caso, há uma grande quantidade de células-tronco adultas, mas livres de agressões como exposição a vírus, bactérias e ao próprio ambiente. Embora as células medulares sejam utilizadas como opção de tratamento há décadas, Adriana explica que o material da medula possui a mesma idade de seu doador e já sofreu interferências de medicamentos e estresse, e compara: “por serem jovens, as células-tronco têm todo o vigor e disposição para trabalhar como uma criança e garantir mais eficiência no tratamento”. Nas últimas décadas, milhares de adultos e crianças com graves patologias receberam transplantes de amostras de sangue do cordão com êxito em todo o mundo. No Brasil, o pouco conhecimento sobre o assunto por parte da população é um dos principais fatores para a resistência dos pais em realizar o procedimento. Segundo a médica, há uma lei federal que obriga o obstetra a esclarecer o assunto, portanto, nenhuma mãe poderia passar o pré-natal sem receber este tipo de informação. “Conscientizar é fundamental para aumentar o leque de opções terapêuticas para a utilização dessas células-tronco, atender mais pacientes e, com isso, baratear a saúde e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros”, diz Adriana.
Aconselha-se colher o material, seja para uso do filho ou para salvar outras vidas
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O sangue do cordão umbilical, normalmente inutilizado após o nascimento, é rico em células-tronco
ficam disponíveis de forma imediata, uma vez que o risco de incompatibilidade é inexistente. A médica diz que, em nascimentos de gêmeos univitelinos (idênticos), o sangue colhido poderá ser utilizado por ambos. Caso sejam bivitelinos, serão realizadas duas coletas e cada um terá seu material guardado separadamente. Nos bancos públicos é preciso aguardar até que um doador compatível com o receptor seja localizado. Apesar de ser um procedimento sem riscos, existem algumas restrições para doações a fim de preservar a integridade do transplantado. A gestante deve gozar de boa saúde e ter no máximo 32 anos. Já
na coleta para o próprio bebê, não há limite de idade para a mãe e, caso ela esteja enferma, caberá ao médico avaliar. “Será menos proibitório, pois o sangue será usado pelo próprio dono não havendo nenhuma doença nova com risco de contaminação”, explica a especialista. Os pais que pretendem congelar as células de seus filhos devem conversar com o médico de sua confiança para que seja indicada uma empresa especializada no procedimento. Em cidades onde não existem bancos de coleta, é preciso verificar na clínica escolhida, se há disponibilidade de atendimento na região.
Adriana Homem diz que falta conscientização sobre a importância do uso das células-tronco
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As muitas faces de
Veneza
A bucรณlica paisagem de Burano
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Fotos Renata Inforzato
Mesmo quem não teve o privilégio de visitar a célebre cidade italiana, certamente a conhece por filmes e fotos. As construções medievais, os canais, as gôndolas... Só que Veneza é muito mais do que tudo isso; ela tem vilas tranquilas, ilhas encantadoras e os cristais de Murano. Quer mais?
Por Renata Inforzato
Então, não deixe de conhecer as ilhas ao norte de Veneza quando for para lá. Descubra a outra face da região, com suas paisagens bucólicas, vilas de pescadores e canais mais calmos. O passeio pelo entorno revela muitas surpresas agradáveis, a exemplo dos cristais de Murano, das cores de Burano, do isolamento de Torcello. É uma aventura à parte que oferece a sensação de que Veneza é como seus carnavais e suas vestimentas de mil e uma formas. Encante-se!
Murano A ilha é famosa, sobretudo, pela sua magnífica produção de cristais, cuja indústria, de tão importante, impôs a criação de seu próprio conselho e prefeito, entre 1272 a 1797, quando Napoleão extinguiu a República de Veneza. Até hoje, o farol que marca a entrada da ilha brilha no mar Adriático, e guia a chegada dos barcos na laguna, em direção à Sereníssima, apelido carinhoso de Veneza. Assim, Murano é tão célebre quanto Veneza e empresta seu nome aos mais belos cristais do mundo. O cristal, também chamado de vidro artístico, de Murano é lindo,
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Esculturas em vidro ou cristal de Murano podem ser vistas por toda a ilha
Joias de Murano existem desde a época romana
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delicado, com nuances de cores inimagináveis. Caminhando pela ilha, é praticamente impossível não parar para admirar as lojas e ateliês, com objetos de todos os tipos e tamanhos, fabricados com o belo material. Há desde lustres, grandes vasos e espelhos, até colares, brincos, anéis e terços. Algumas peças são verdadeiras obras de arte, cópias de objetos muito antigos, mas também encontramos muitas criações de arte contemporânea. Além, é claro, das lembrancinhas. Mesmo que muitas delas sejam fabricadas em massa para atrair o turista, são trabalhos lindos e bem-feitos. Dá vontade de levar todos. Na época áurea de sua história, na Idade Média, Murano já teve mais de 30 mil habi-
tantes. Hoje não passam de 5 mil. Muitos dos artesãos, que possuem lojas na ilha, não moram mais lá. A distância de Veneza, cerca de 40 minutos de vaporetto (os barcos usados como transporte público), torna o custo de vida, que já é alto na Sereníssima, ainda mais caro. Então, eles preferem morar no continente, sobretudo em Mestre, e trabalhar em Murano. Atrações imperdíveis - O Museu do Vidro abriga uma das mais importantes e não menos belas coleções de trabalhos em cristais do mundo. A visita é rápida, mas muito interessante. São mostradas toda a história e técnicas de fabricação do vidro, ou cristal, de Murano. Além disso, sempre tem uma expo-
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sição temporária dedicada a alguma manufatura da região. Vale muito visitar uma das fábricas; as mais conhecidas não são abertas aos turistas, mas a variedade daquelas que oferecem visitas é grande. É um passeio muito curioso, onde podemos ver a fabricação dos objetos e depois, é claro, visitar a loja. O processo do vidro de Murano é único no mundo, um segredo que foi guardado a sete chaves desde o século XIII, quando, reza a lenda, os artesãos, preocupados com incêndios em Veneza, migraram seus pequenos ateliês para a ilha. Uma outra versão diz que uma lei em Veneza obrigou todos os artesãos a se mudarem para Murano, para que seus segredos de fabricação não fossem descobertos. Apesar das inovações tecnológicas, o princípio ainda é o mesmo e muitas das fábricas pertencem às mesmas famílias desde aquela época. É fácil visitar uma fábrica em Murano. Se você quiser deixar acertado com antecedência, basta ir ao centro de informações turísticas, em Veneza. Mas, se você não planejou antes, não se preocupe: ao sair do vaporetto, em Murano, vários representantes das fábricas irão lhe propor uma visita. As ruas Fondamenta dei Vetrai e Fondamenta Cavour margeiam os canais e abrigam as principais lojas de cristais. Se você tiver um tempo a mais, e gostar de arte, também pode visitar as igrejas da ilha. A principal delas é a igreja de Santa Maria e Donato, uma joia em estilo veneziano-bizantino, que mostra como a região de Veneza, mesmo sendo no Ocidente, sofreu influência e foi considerada por muito tempo como uma cidade oriental.
Burano Também era uma ilha independente de Veneza. Na verdade, ela fazia parte de Torcello e seu nome era Boranea. É famosa pelas cores vibrantes de suas casas, de um colorido tão vivo que só vendo de perto para saber a
Artesanato local: a renda de Burano, uma das mais conhecidas e caras do mundo, e abaixo, as famosas máscaras venezianas
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Burano é famosa pelas cores vibrantes de suas casas extensão de tanto encantamento. A pesca foi por muitos séculos a principal atividade econômica da ilha. Dizem que o colorido das casas nasceu por causa dos pescadores, para que, quando estivessem bêbados, pudessem reconhecer suas casas e não entrar na do vizinho. Embora hoje a principal atividade seja o turismo, impulsionado exatamente pelas cores pitorescas da ilha, a pesca ainda continua sendo importante para a economia, fornecendo boa parte dos peixes e frutos do mar servidos em Veneza. Burano também é conhecida pela qualidade de suas rendas. A fama internacional começou em 1566, quando o rei espanhol Filipe II encomendou ali na ilha o enxoval de casamento de sua noiva, a princesa inglesa Maria Tudor. Nas ruazinhas de Burano, há várias lojas com os mais variados trabalhos. Claro que há aqueles feitos em outros lugares, fora da ilha, mas se olhar com atenção
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e tiver sorte, ainda verá as rendeiras sentadas à frente de alguma casa ou até nos fundos das lojas. Outra atração de Burano são os seus pães, massas e doces. Não deixe de visitar ao menos uma das lojas repletas de delícias. Há todo o tipo de tentações e você com certeza não resistirá. Outra dica importante é levar ao menos um pacote do macarrão de Burano. Há algumas lojas que vendem massas caseiras de várias marcas. Principais atrações - O Museu Del Merletto ou Museu da Renda está instalado em uma escola de rendeiras fundada no século XIX e que ainda funciona. O museu mostra a evolução da atividade rendeira desde o século XV até hoje. São belíssimos trabalhos expostos. Durante a visita, você também pode ver algumas artesãs em atividade. Se você for para Burano entre terça e sábado, principalmente antes das 13 horas, com certeza
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vai ver o mercado de peixes e frutos do mar, a forma ideal de sentir a atmosfera verdadeira do local, pois é onde você encontrará o maior número de habitantes fazendo uma atividade corriqueira: compras. E os vendedores italianos são uma atração à parte pela simpatia. Se você arranhar o italiano ou encontrar algum que fale outro idioma, pergunte sobre a mercadoria. Você terá uma aula e tanto! Fazer um tour com os pescadores é um dos passeios mais concorridos nos últimos anos, pois é um tipo de turismo mais sustentável; a laguna é protegida e a atividade pesqueira é realizada de forma não predatória. Acompanhado por um ou mais pescadores, você passa o dia como se fosse um deles, e escuta muitas histórias, além de degustar o peixe, preparado de acordo com a tradição local. Mas atenção: esse passeio só acontece a partir da primavera e dura o dia todo. É muito agradável passear pelas ruas coloridas da ilha e ver o campanário da igreja de São Martino, do século XVI, tão inclinado que parece que vai cair. Quando você chega a Burano, ainda do vaporetto se vê uma ponte de madeira ligando a ilha a outra menor: é Mazzorbo. Muitas pessoas preferem descer diretamente na ilhota, pois é uma parada antes de Burano e
a apenas cinco minutos de caminhada. Assim como várias ilhas da região, Mazzorbo, na Idade Média, foi um importante centro de comércio. Hoje, é conhecida pelos seus vinhedos e pomares. É dali que vem o pêssego branco que, misturado com champanhe, dá vida ao clássico Bellini, a bebida mais gostosa de Veneza. Se quiser relaxar, pare em um dos simpáticos restaurantes e peça um vinho local ou, até mesmo, o próprio Bellini.
As ilhas de Murano, Burano e Torcello, ao norte de Veneza, constituem um passeio inusitado por suas características peculiares
Torcello Ao chegar à ilha, a sensação é de ter parado no tempo. Por isso mesmo, Torcello é conhecida como a Bela Adormecida da Laguna. É um lugar muito pitoresco e que parece não ter nada a ver com Veneza e sua vizinha Burano, o que, por isso mesmo vale a visita. A ilha da pequena torre (Torcello) foi a primeira a ser habitada, no século V, quando abrigava refugiados de Altinum, antiga cidade romana. Teve sua riqueza gerada pela agricultura, comércio e pesca, e chegou a ter 20 mil habitantes. Mas o crescimento de Veneza e uma epidemia de malária provocaram a diminuição da população, no século XVI. De beleza intimista, a ilha está a apenas cinco minutos, por vaporetto, de Burano. No entanto, parece que estamos isolados ao per-
Paisagem pitoresca de Torcello, conhecida como a Bela Adormecida da Laguna
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Caminho principal da ilha Torcello
corrermos, pouco a pouco, o caminho ao lado de um pequeno canal que leva às principais atrações do lugar. Também vemos muitos gatos nesse percurso. São gatos sem dono, ou de todos, já que são muito bem cuidados e há casinhas para eles espalhadas em vários lugares da ilha. Principais atrações - Imperdível uma visita às duas igrejas do local. Uma delas, a catedral Santa Maria e Assunta, data de 639, quando Torcello começou a ser habitada. De estilo bizantino, é a mais antiga da região. Do seu campanário, é possível ter uma bela vista de todo o norte da laguna de Veneza. A outra é a pequena igreja de Santa Fosca, ligada à primeira por uma porta e construída no século XI por trabalhadores gregos que restauravam a catedral. De interior simples, é interessante para se admirar o estilo da arquitetura religiosa grega, com lindas colunas de mármore. O Museu dell’Estuario ou Museu de Torcello está localizado em duas construções e
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também é dividido em duas partes. No Palaz-zo dell’Archivio está localizada a seção de arqueologia, com objetos, fragmentos de estátuas e até estátuas inteiras encontrados na laguna, e que datam desde o período paleolítico até o final do Império Romano. No Palazzo Del Consiglio está localizada as seções medieval e moderna, com quadros e esculturas de antigas igrejas da ilha. Em frente ao museu, há uma espécie de trono de mármore, chamado de Trono de Átila. Apesar do nome, não tem nada a ver com o imperador dos hunos, e era usado pelos juízes de Torcello. Segundo uma lenda local, quem se sentar ali se casará no mesmo ano. Torcello possui três restaurantes, todos bem recomendados. Porém, o mais famoso – e mais caro também – é o Locanda Cripriani. Ele ficou conhecido por receber pessoas famosas, como o escritor Ernest Hemingway, que ficou hospedado no primeiro andar, bem como a família real da Inglaterra, o ator e diretor Charles Chaplin e a soprano Maria Callas, entre outros.
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EM BREVE, O MERCADO IMOBILIÁRIO NO LITORAL PAULISTA VAI MUDAR. A Praias, GuarujáBay e Factual são imobiliárias que ao longo dos anos construíram marcas fortes e respeitadas. Já proporcionaram a milhares de clientes ótimas oportunidades de investimento e a chance de aproveitar a vida com muito mais qualidade e bem-estar. Agora, essas três empresas se unem em torno de um objetivo claro: inovar o mercado imobiliário no Litoral de São Paulo. Em pouco tempo será possível perceber as mudanças e diferenciais que farão desse novo grupo uma grande referência. Praias, GuarujáBay e Factual. Os melhores lugares na praia estão aqui. Se você quer um deles, junte-se a nós. • Guarujá • Riviera de São Lourenço • Santos
www.praias.com • www.guarujabay.com.br • www.factualimoveis.com.br
gastronomia
Sementes
Foto Elena Schweitzer/Shutterstock
e cereais integrais
riqueza em termos de a m U ... oa in qu , ça eis Aveia, arroz, linha ais são imprescindív gr te in s ão gr os s, te fibras e nutrien da imentação balancea para compor uma al 64
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Por Fernanda Lopes Eles devem estar sempre na despensa. Seus invólucros protegem nutrientes e outras substâncias cada vez mais valorizadas para a dieta como ferramenta de prevenção de doenças. Por isso, a tendência é incluí-los em todas as refeições do dia, e não só no café da manhã. De acordo com o Food and Drug Administration, dos Estados Unidos, cereal integral consiste em um grão íntegro cujos componentes anatômicos principais: o endosperma, germe e casca (farelo), estão presentes nas mesmas proporções que existem no grão intacto. O grão integral é a parte comestível do grão, formada por essas três camadas que fornecem nutrientes importantes. Ao passarem pelo processo de refinamento, os grãos integrais enfraquecem,
Conheça alguns tipos Aveia - Tem 46 calorias por colher de sopa e possui uma substância chamada beta-glucana, que contribui para a diminuição do colesterol. Pode ser usada em biscoitos, bolos, vitaminas, sopas, mingaus, doces. O farelo de aveia é ainda mais rico em fibras. Farelo de trigo - Tem 17 calorias por colher de sopa. É a casca do trigo. Auxilia no bom funcionamento do intestino; pode ser usado em iogurtes, vitaminas, shakes, saladas de frutas. Semente de linhaça - Tem 48 calorias por colher de sopa. Possui ácidos graxos e ômega 3, prevenindo doenças do coração. Seu efeito é potencializado quando em forma de farinha. Pode ser usado em iogurtes, mingaus, pães, biscoitos, bolos. Germe de trigo - Tem 37 calorias por colher de sopa. Tem alto valor nutricio-
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pois perdem o farelo e o germe, restando apenas o endosperma. Os grãos e sementes integrais apresentam considerável teor de fibras, além de proteínas, vitaminas e minerais. A nutricionista Tatiana Branco explica que eles são encontrados nas versões grão, farinha e óleo. “Esses alimentos podem ser empregados em uma diversidade de preparações, como sopas, ensopados, confeitaria, recheios doces e salgados e, sob a forma de farinhas, em mingaus, panquecas, pães e tortilhas”. Ela diz que uma dieta rica em fibras necessita da ingestão de líquidos para que funcione adequadamente, e evite problemas como constipação intestinal. “Por serem boas fontes de vitaminas, minerais e fibras, os cereais integrais podem contribuir para a redução do risco de doenças crônicas”.
nal, pois fornece muitas vitaminas. Pode se usado em sucos.
Como o grão é formado Farelo (casca): é a camada externa que protege o grão; é formada de fibra, vitamina B, proteína e microminerais. Endosperma: rico em carboidrato, proteína e algumas vitaminas do complexo B. Germe: também chamado de semente, é rico em vitaminas do complexo B, vitamina E, microminerais, antioxidantes e fitonutrientes.
Foto Zhukov Oleg /Shutterstock
Quinoa - Tem cerca de 100 calorias para cada colher de sopa. Consumida pelos incas há mais de 8 mil anos, a quinoa era o alimento principal do povo das montanhas. É rica em fibras, cálcio, ferro, proteína e fósforo. Aplica-se em saladas, risotos, recheios. Pode ser encontrada em grãos, farelo e farinha e em várias cores. Chia - Essa semente entrou na moda por eliminar gordura. Pode ser encontrada em grãos, óleo e farinha. Rica em ômega 3 e fibras. Melhor consumi-la meia hora antes das refeições, pois garante saciedade. Usa-se em frutas, vitaminas, shakes, pães, bolos etc. Arroz integral- Tem 230 calorias por xícara (cozido). Opte sempre pelo integral que mantém na casca as fibras, vitaminas do complexo B e minerais. Depois de polido, o arroz perde a maioria dos nutrientes e fibras.
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meio ambiente Receitas Produção e fotos: Fernanda Lopes
Tomates recheados com quinoa Ingredientes • 4 tomates maduros; • 100 g de quinoa real; • 3 talos de cebolinha; • 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes; • 1/2 xícara de manjericão; • 3 colheres de sopa de azeite; • 1/2 xícara de salsinha; • 1 xícara de peito de frango cozido e desfiado; • 2 colheres de farinha de chia; • 1/2 colher de chá sal. Preparo Cozinhe a quinoa em água e sal.
Pique a cebolinha, a pimenta e as ervas. Aqueça bem uma frigideira, coloque o azeite e desligue o fogo, misture os temperos, envolvendo-os com o azeite, acrescente o frango, a quinoa e a chia. Acerte o sal a gosto. Corte a tampa dos tomates e uma fatia pequena do fundo só para que eles fiquem em pé. Retire bem as sementes, salpique sal e besunte com azeite de oliva. Recheie com o preparo de quinoa, disponha em forma untada e asse 25 minutos a 190 graus ou até dourar. Rendimento: 4 porções.
Smoothie saudável Ingredientes • 1 banana nanica; • 1/2 copo de suco de laranja; • 1 colher de sopa de farinha de linhaça dourada; • 1 colher de sopa de farinha de chia; • 1 colher de sopa de aveia em flocos; • 1 colher de sobremesa de mel; • 1 copo de iogurte desnatado firme; • Pedras de gelo. Preparo Bata tudo no liquidificador e sirva.
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Bolo integral Ingredientes • 1 xícara de farinha integral; • 1 xícara de farinha branca; • 2 colheres de sopa de aveia em flocos; • 1 colher de sopa de gérmen de trigo; • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio; • 1 xícara de açúcar mascavo ou demerara; • 1 colher de sopa de fermento em pó; • 1 colher de chá de canela; • 1 colher de chá de cravo em pó; • 1 pitada de noz moscada; • 2 colheres de sopa de mel; • 1/4 de xícara de vinho do Porto; • 1/3 de xícara de café coado (já pronto); • 3 ovos; • 1 xícara de manteiga; • 1/2 xícara de nozes picadas; • 1/2 xícara de ameixas secas sem caroço picadas;
• 1/2 xícara de damasco picado; • 1/2 xícara de uvas passas. Preparo Misture todos os ingredientes secos e reserve. Na batedeira, bata a manteiga em temperatura ambiente com o açúcar por uns cinco minutos. Vá adicionando os ovos, um a um e batendo. Adicione o mel. Junte os ingredientes secos, alternando com o café misturado ao vinho do Porto, batendo em velocidade baixa. Quando terminar de adicionar e estiver homogêneo, desligue a batedeira. Junte então as frutas secas. Misture e leve em duas formas de bolo inglês (ou uma assadeira grande de furo no meio) untadas e forradas com papel manteiga untado com margarina. Leve ao forno pré-aquecido a 200 graus por cerca de 30 minutos ou até que, ao enfiar um palito na massa, este saia limpo (não abra o forno antes de 20 minutos, senão o bolo não cresce).
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Fause Haten
Animale
Fotos KFPress
moda
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Os metalizados se firmam como principal tendência para o Inverno 2012
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Metalizados e transparências colorem os dias frios
Uma moda eclética na qual cabem tecidos leves contrapostos a tricôs, em saias, calças, vestidos e shorts. Um vale-tudo, mas com estilo e graça
Por Karlos Ferrera
Tricôs, tramas e muita textura em casacos e saias
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Coven
Tudo bem que lá fora ainda está aquele calorão, mas já é bom programar o guarda-roupa para a próxima estação outono/inverno. As tendências para a temporada de dias mais amenos apontam para uma moda bem democrática, como mostram as coleções apresentadas durante a temporada nacional de desfiles. As peças apareceram ora bem quentes e fechadas, ora decotadas. Há cores sóbrias, outras coloridas com estampas, shapes retos e de cintura marcada por cintos e faixas, e materiais leves como a seda contraposta a pesados tricôs. Os tecidos metalizados já tinham surgido com força total na temporada de verão das semanas de moda internacionais e acabaram aterrissando também nas passarelas brasileiras. Tons como bronze, prata e dourado deram vida a vestidos, calças, saias, macacões e até shorts. Antes associados apenas às festas, esses materiais perderam a aura noturna em produções perfeitas para o dia a dia. Para o inverno 2012, muitos estilistas trouxeram como
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André Lima
Ellus
moda
Maria Filo
A cartela de cores valoriza tanto os tons sóbrios, quanto os coloridos. As cinturas vêm marcadas por faixas e cintos
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tendências os quimonos chineses, que nada mais são do que túnicas com uma faixa na cintura. Aparecem as faixas largas, mas também cintos finos e médios, deixando a silhueta mais feminina e sensual. As peles sintéticas apareceram em todas as passarelas, porém mais modestas, elas estiveram presentes em maxigolas, semelhantes a capuzes. Além das golas, as peles e pelos foram vistos em echarpes e aplicados no colo, dando um toque mais espesso ao couro. A transparência aparece tanto no traje por inteiro, quanto em detalhes em bordados estratégicos. Surgem fortes a renda, organza e musseline, o que confere aos looks um toque de sensualidade. Com tanta transparência, os seios foram evidenciados em muitas coleções, assim como as pernas. Na coleção de Alexandre Herchcovitch destacaram-se as saias completamente transparentes. Tricôs, texturas, tecidos tramados e até crochê chegam para dar mais charme aos casacos de lã com acabamento desgastado nas peças. A cartela de cores é composta por tons oras sóbrios, ora bem coloridos, com destaque para o vermelho, azul, amarelo e alaranjado.
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Flashes Mais de 200 convidados abrilhantaram o jantar dançante comemorativo aos 10 anos da Revista Beach&Co, dia 10 de março, no Restaurante Gaiana, na Riviera de São Lourenço
Família Zaidan: Ronaldo, Vinicius, Roberto, Reuben, Dinalva e o pequeno Yuri
Roberto Zaidan e Natalia Alvim
As Berlofi: Rose Mary, Tatiana, Dinalva e Vanessa, e Sidney Dias
Os prefeitos Tercio Garcia, de São Vicente, Mauro Orlandini, de Bertioga, e Reinaldo Nogueira, de Indaiatuba
O vereador Marcelo Villares com sua bela família
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Larissa Guerra, Vinicius e Yuri Zaidan
Rubens Alves, Reinaldo Nogueira, Ribas Zaidan e Fabiano Sordinelli
O vereador Orvando da Silva e sua esposa Fauzea
Karen Keller e Ronaldo Zaidan
Madureira, os deputados Arnaldo Faria de Sá, Campos Machado e Nelson Marquezelli, e Ribas Zaidan
Mauro e Cecília Orlandini
O vereador Caio Matheus e Vanessa Arias
O deputado estadual Gondim e sua esposa Jane
Vereador Renato Faustino e Ivone de Oliveira
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Vereador Ney Lyra
Sandra Straub e Antonio Carlos Amaral
Eloisa e Sérgio Levy
Marcos Camargo e Neide Ferraz
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Ênio Xavier
Jurandyr Teixeira das Neves
Carla e Luciano Bravo
Itatiane e Anderson Monte Santi
Ernani Parreira, Benedito Xavier e a esposa Maria Consolação, Irani Bandeira e Oswaldo Carvalho Filho
Paulo e Elisete Nishi
Márcia e Tercio Garcia
Osmar Santos
Luiz Carlos Pereira de Almeida e Vera
Karina e Alexandre Ribeiro
Anselmo Aragon e Tatiana Dantas Aragon
Marcelo e Moira Ribeiro
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Flashes
Maria Lúcia e Luiz Augusto Pereira de Almeida
Adenir e Edivaldo Rodrigues
Dorival Lopes Alvares e Heidemarie
Rildo André Costa e Samanta Monteiro
Os irmãos Bruno Bracco da Silva e Wilson Roberto
Eliane Arruda e Cristina Campos
Maria Luiza e Roberto Levy
Maurício e Ana Mindrisz
Roberto Haddad e Flávia Patriota
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Silmara e Newton Motta
Teo Balieiro
Ítalo Mazzarella
Sandra, Paulo e Fernando Velzi
Ani Ramos, Angela Silva e Mário Celso
Germano e Isa Paiva
Luci e José Aparecido Cardia
Martinho e Leonira Marques
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Flashes
Antonio e Ivanete Carvalho
Gerson e Fany França
Ivan e Ana Picolli
Rosely Valença e Washington Petri
Eloisa e Abrahão Badra
José Claudio de Abreu e Julieta Farah Lança
Carlos Figueiredo e Emiliana
Sérgio e Rose Aragon
Edison Prata e Millan Santana
Carlos Sérgio e Rarumi
Rachid, Lucineide e Laurinha
Marcos Vieira
Ivan de Carvalho
Silvana e Luis Paulo Luppa
Lairton Gomes e Geilsa Sant´ana
Luciane Biondo e Carlos Pascoal
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Flashes
Maria e Sidney Degaine, Glauce Barbosa, Thaiza Rodas, Marcio e Expedito Honório
Bento e Mirian Monte Alegre
Rubens, Bárbara e Solange Alves
José Avelino e Roberto Haddad
Fernando Jorge, Paulo Velzi, Fernando Sena, Carlos Sérgio e Expedito Honório
Célia e Dalton Lélis, e Zaidan
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Camilo Di Francesco e Paola Smanio
José Miguel e Sandra
Carlos Alves e Rosana Gomes e Berenice e Aldo Gazoni
Dr. Almir Ferraz e filha
Fernando Jorge e Babi
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Flashes
Ana Claudia Gomes e a editora da Revista Beach&Co Eleni Nogueira
Mathias Pekny e Aline Pazin
Ilton Fernandes e Luciana Sotelo
Ronaldo e Flávia Martins
Tiago Lins e Audrye Rotta
Bruna Vieira e Rodrigo de Camargo
Alexandre Morais e Valdenir Perez
Samara Santos
Felipe Pacheco
Renato Inácio e Fabiane Dias
Lury Justino
Juliana Pacheco Fernandes
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Bruno Adriano Otani
Pacifico Júnior e Keith
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Flashes Aniversário de Marcos Muniz e Bia Muniz, comemorado na residência do empresário Roberto Haddad, na Riviera de São Lourenço, durante reunião da TAS (Turma dos Apaixonados por Santos ) e da TAR (Turma dos Apaixonados pela Riviera)
Os aniversariantes Bia e Marcos
As representantes das duas turmas
Pascoal Biondo, João Fernandes e Arnaldo Barreto
Clã feminino da TAR e TAS
Roberto Haddad e Arnaldo Barreto, da TAR
A alegria contagiante dos participantes da festa
Lançamento da Unlimited Ocean Front, da Yuny Incorporadora, em Santos
Sérgio Cardoso, da TAS, no preparo do melhor morrito do mundo
Dr.Claudio Camilo e Drª Paola Smanio
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Paula Athayde, Greice Guarino, Fabio Vasconcelos e Mariana Conrian, da agência FAV Publicidade
Ludmila Vilar e Roberto Dohan
Maria Carolina Maia, Renata Silva e Juliana Villas Boas, da Yuny Incorporadora
Maquete do empreendimento
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Visão de futuro é preparar, hoje, o bem-estar do amanhã.
Crescer sustentavelmente
É projetar novos bairros e novas cidades para oferecer as condições de vida que todos desejam.
Educar para preservar
É disciplinar o uso e a ocupação do solo. É buscar soluções para os impactos ambientais. É trabalhar com responsabilidade social para educar e preservar. Há mais de 50 anos a Sobloco desenvolve projetos urbanísticos integrados ao conceito de sustentabilidade. Mais que urbanizar áreas, a empresa se especializou em formar comunidades vibrantes e valorizadas, onde as pessoas se orgulham de viver.
Gerar empregos e renda
Fotos da Riviera