Beach&Co 119

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Beach A

R e v i s t a

Co d o

ao leitor Foto Marcos Pertinhes/PMB

L i t o r a l .

ANO XI - Nº 119 - Maio/2012 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor - Presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Edição Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br

E mais... Diretor de Arte

Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação PP7 Publicidade www.pp7.com.br | pp7@pp7.com.br Direção de Arte e Diagramação: Audrye Rotta Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Flávia Souza, Luci Cardia, Luciana Sotelo, Karlos Ferrera, Marcos Neves Fernandes e Renata Inforzato Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

Sustentável ao pé da letra O termo desenvolvimento sustentável surgiu na década de 1980, na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas nações Unidas, para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: desenvolvimento econômico e conservação ambiental. Muito simples na teoria mas, na prática, chegar a esta simbiose não é nada fácil. A população mundial cresce, aumenta-se o consumo e a pressão ao meio ambiente é cada vez maior. O resultado é a disputa crescente entre o homem e natureza. Em Bertioga, vê-se um bom exemplo disso. A cidade possui uma das maiores taxas de crescimento populacional da região dos últimos dez anos, ao mesmo tempo em que aumentaram as restrições ambientais sobre o seu solo. Com pouco mais de 1,6% do território disponível para expansão urbana, e uma população de mais de 47 mil habitantes, que não para de crescer, o município busca saídas para atender os preceitos do desenvolvimento sustentado. Afinal, tão importante quanto preservar a natureza é dotar a cidade de infraestrutura e empreendimentos capazes de suprir as necessidades inerentes ao ser humano: qualidade de vida e meios de subsistência. Nesse aspecto, caminhamos pelas trilhas certas, devagar, mas com segurança e objetividade. Eleni Nogueira


Nosso colunista Edison Prata ofertou a revista Beach&Co a Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, um dos principais protagonistas da rica história do Santos Futebol Clube, cujo centenário, dia 14 de abril passado, foi matéria de capa da publicação de número 118.



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Foto Flávia Souza

22 Rota Anchieta nas belas Guarujá e Bertioga

Foto Pedro Rezende/Arquivo

28 Lições da Carta da Terra para a Rio+20

E mais... Comportamento 32 Sustentabilidade 50 Voluntariado 52 Internacional

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Gastronomia 64 Moda 68 Celebridades 72 Foto Renata Inforzato

Destaque 78 Alto Astral

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Flashes 82


Foto Flávia Souza

36 O hipismo como ferramenta de superação

Capa

Foto Luciana Sotelo

42 Paixão pelo ambiente portuário em maquete

Foto Renato Inácio/JCN

Bertioga em nova roupagem

Foto José Aparecido Cardia

Bertioga pág. 12


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Fotos Marcos Pertinhes/PMB

desenvolvimento

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Beach&Co nยบ 119 - Maio/2012


A Bertioga que todos queremos Conjunto de obras na região central da cidade aumenta a percepção de investidores quanto à qualidade de vida local, mas, dilemas cruciais em relação ao seu modelo de desenvolvimento ainda aguardam soluções

Beach&Co nº 119 - Maio/2012

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desenvolvimento Por Eleni Nogueira Bertioga, a exemplo dos demais municípios do litoral paulista, encontra-se diante de dilemas importantes relacionados com o modelo de desenvolvimento que irá adotar no futuro frente à demanda regional configurada, principalmente por conta do aquecimento econômico provocado pelas recentes descobertas na camada pré-sal da Bacia de Santos e a anunciada expansão portuária das cidades limítrofes, Santos e São Sebastião. Construção da sede administrativa da Petrobras, no bairro Valongo, expansão da área continental e implantação do complexo logístico na Ilha de Bagres, em Santos; implantação de base offshore e de aeroporto civil metropolitano, em Guarujá, bem

como a duplicação da Rodovia Tamoios e a construção do Contorno Viário São Sebastião-Caraguatatuba, em São Sebastião, são alguns dos vetores econômicos que já aquecem o mercado imobiliário, com consequente novo fluxo migratório e demanda por áreas de expansão. Novos moradores exigem novas escolas, postos de saúde, expansão dos serviços de transporte e investimentos em várias áreas de infraestrutura. Em Bertioga, município caçula do litoral, há um agravante, o crescimento populacional das últimas décadas entra em choque com as restrições ambientais impostas ao município. Conciliar preservação, demandas regionais, serviços públicos

Revitalização da avenida 19 de Maio conferiu novos ares à entrada da cidade

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e oportunidades para todos são os desafios impostos à sociedade bertioguense. Afinal, sua população fixa já soma mais de 47 mil habitantes, um número expressivo ao ser comparado ao existente na época da emancipação do município, em 1991, quando a população somava apenas 11.478 habitantes. Segundo levantamento da RA Amaral Consultoria, desde sua instalação oficial, em janeiro de 1993 até 2010, Bertioga liderou com absoluta folga o ranking das cidades da Região Metropolitana da Baixada Santista com a maior taxa de expansão populacional do estado de São Paulo: índice de 217, 26%, contra 30, 82% apurado na Baixada Santista, e de apenas 26, 30% em âmbito estadual. É como se a cidade tivesse recebido seis habitantes por dia durante 17 anos seguidos. Este cenário de crescimento exerce forte pressão sobre o tecido urbano, em uma cidade que possui um dos maiores índices de cobertura vegetal do estado de São Paulo, ou seja, cerca de 90% dos 493 km² de extensão territorial. No final de 2010, a criação do Parque Estadual Restinga Bertioga, com 93, 12 km², ou equivalente a 19% de todo o território municipal, restringiu ainda mais a área destinada à urbanização, já que a abrangência do parque inclui zonas urbanas e de expansão urbana, definidas no Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável (Lei 315/98). Assim, resta ao poder público apenas 1, 6% do território para legislar. A instituição de unidades de conservação justifica-se pela existência de importantes ecossistemas, biodiversidades e patrimônios ambientais que certamente precisam ser conservados e preservados para as gerações futuras.

Nova orla inclui faixa exclusiva para ciclistas

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Foto Arquivo pessoal

desenvolvimento

“Não se trata somente de ter mais áreas para urbanizar, é preciso definir o melhor modo de urbanizá-las, garantindo direitos sociais e otimizando o aproveitamento de solos urbanizados”. Kazuo Nakano

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Mas, há uma condição preocupante frente à demanda regional configurada, principalmente por conta do aquecimento econômico provocado pelas recentes descobertas na camada pré-sal da Bacia de Santos e a anunciada expansão portuária das cidades limítrofes, Santos e São Sebastião. Há de se notar o modelo de ocupação predominante na cidade, desde seu período de maior expansão, ocorrido nas décadas de 1980 e 1990, voltado, exclusivamente, para o turismo de veraneio. Por conta disso, atualmente, mais de 60% dos domicílios existentes no município são de uso ocasional, ou de segunda residência, enquanto que o déficit habitacional é de cerca de 4 mil moradias.

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Kazuo Nakano, arquiteto urbanista, professor do Centro Universitário Senac e doutorando em demografia na Unicamp faz um alerta: “Diante desse cenário, é importante buscar um novo modelo de desenvolvimento urbano. Não se pode repetir o mesmo modelo de urbanização baseado no turismo de veraneio voltado para segundas residências”. Segundo Nakano, Bertioga não tem como resolver o seu problema de crescimento urbano, mantendo mais de 60% dos seus domicílios como de uso ocasional. “As áreas disponíveis para crescimento futuro são poucas e não se pode desperdiçá-las somente com residências que, apesar de beneficiadas com serviços, equipamentos e infra-

estruturas urbanas, permanecem fechadas durante a maior parte do ano. Não se trata somente de ter mais áreas para urbanizar, é preciso definir o melhor modo de urbanizá-las, garantindo direitos sociais e otimizando o aproveitamento de solos urbanizados”. Por outro lado, não se podem ignorar os benefícios gerados pela indústria do turismo de veraneio, conforme defende Rodolfo Amaral. “A produção imobiliária na área litorânea financia recursos para a saúde, educação e serviços diversos”.

Fatores econômicos Segundo Rodolfo Amaral, é importante observar que Bertioga ainda se encontra em fase de desenvolvimento, o que limita sua

Foto Vinícios Zaidan/JCN

Região central da cidade com o Canal de Bertioga ao fundo

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desenvolvimento população jovem de 18 a 24 anos, que pressiona o mercado de trabalho”. Vê-se que Bertioga, a exemplo dos demais municípios do litoral paulista, encontra-se diante de dilemas importantes relacionados com o modelo de desenvolvimento que irá adotar no futuro. “A geração de riquezas é um fato concreto”, diz Amaral. Por sua vez, Kazuo questiona: “Essas riquezas serão traduzidas em melhores condições de vida e um desenvolvimento urbano que efetive direitos sociais e garanta a preservação do meio ambiente? Ou essas riquezas serão obtidas de modo predatório e insustentável, com altos custos socio-ambientais?”. Atender a estas questões é parte dos desafios do processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Bertioga, que terá a missão de encontrar mecanismos de conciliação entre seu crescimento populacional e a ocupação ordenada do solo urbano, nas diferentes localidades do município.

Rodolfo Amaral destaca: “É inegável que Bertioga precisa defender o seu patrimônio ambiental, mas de forma responsável que não coloque em risco seu desenvolvimento”. Rodolfo Amaral

Foto Aline Pazin

Foto Pedro Rezende/arquivo

capacidade de geração de recursos tributários a partir do consumo (ICMS, por exemplo), bem como possui um contingente populacional abaixo de 50 mil moradores, algo que inibe sua participação no processo de partilha do Fundo de Participação dos Municípios. “E é exatamente por esta razão que registra uma grande concentração das suas receitas de impostos nos chamados tributos patrimoniais (IPTU e ITBI) ou na produção destes tipos de bens imobilizados, já que sobre tais negócios também recai a cobrança do Imposto sobre Serviços”, diz. Daí a relevância da receita proveniente do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), gerado pela construção civil, defende o economista. Rodolfo Amaral destaca: “É inegável que Bertioga precisa defender o seu patrimônio ambiental, mas de forma responsável que não coloque em risco seu desenvolvimento e nem faça da cidade um lugar contemplativo e sem oportunidades de desenvolvimento, até porque, a cidade concentra uma

“Eu acredito que as coisas vão acontecer, o crescimento é irreversível”. Pedro Alves

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Cidade repaginada Um dos desafios da cidade é adequar sua infraestrutura para atender a demanda atual e futura. Algumas iniciativas começam a sair, como a revitalização da região central. É notável o novo calçadão da orla da praia. O trecho já urbanizado é, atualmente, o principal ponto de encontro de Bertioga. Quem chega hoje a Bertioga tem uma nova impressão da cidade, a partir de seu acesso principal, a avenida 19 de Maio, que foi remodelada em seus 1.200 metros de extensão. A via dupla agora conta com ciclovia, disposição de vaga de estacionamento junto ao canteiro central, iluminação padronizada, paisagismo e novas passarelas com adequação para acessibilidade. Ainda em andamento, estas duas obras são apontadas como determinantes na melhoria da percepção dos investidores quanto às perspectivas de desenvolvimento da cidade. “ Bertioga será dividida em dois momentos, o antes e o depois da nova orla e da 19 de Maio. Estas duas obras dão um outro conceito para a região central da cidade, e isso é uma grande força para o mercado imobiliário de padrão médio a alto”, diz o empresário Pedro Alves, da Ramon Alvares, que há 23 anos atua na Riviera de São Lourenço, e agora investe também na região central do município. Pedro Alves observa que existem pro-

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jetos de curto, médio e longo prazo sendo executados na cidade e que o empresário visualiza lá na frente, analisa e investe. “Ele (o investidor) enxerga esses vetores todos. Eu acredito que as coisas vão acontecer, o crescimento é irreversível. Bertioga é uma cidade em preparação para o futuro e este futuro está cada vez mais presente”, diz. A exemplo de Pedro Alves, o grupo de empresários da Factual Negócios Imobiliários também acredita neste potencial mercado. “Com o aquecimento do ramo imobiliário nos últimos anos, a procura por imóveis em Bertioga aumentou bastante. Notadamente, não apenas para lazer, mas com expressiva busca por moradia”, diz Anselmo Aragon, um dos sócios do grupo. O empresário explica a força que atrai os investidores para a cidade: “Justamente a visão de que há muito por realizar. Bertioga tem as limitações ligadas à preservação ambiental, balneabilidade das praias, baixa criminalidade e proximidade dos grandes centros que, se mantidos e aliados a um crescimento sustentado, podem fazer com que os imóveis sempre se valorizem”. Ainda segundo Aragon, há uma visão de que, quem investir agora, juntamente com as melhorias que estão chegando, obterá forte valorização frente ao investimento realizado. “É isso que nos motiva a investir em Bertioga”, afirma.

Foto Aline Pazin

Pista de skate e posto de observação para guarda-vidas, dentre os equipamentos da orla

“Quem investir agora, juntamente com as melhorias que estão chegando, obterá forte valorização frente ao investimento realizado. É isso que nos motiva a investir em Bertioga”. Anselmo Aragon

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Foto Aline Pazin

desenvolvimento

“Adiantamos alguns trabalhos, como o abairramento e estamos discutindo o sistema viário, mas é bom aguardar as definições do ZEE para que as diretrizes sejam compatíveis”. José Marcelo

Plano Diretor Bertioga aguarda a publicação do Zoneamento Ecológico Econômico da Baixada Santista - ZEE, para definir as propostas de revisão do Plano DDS da cidade. “Temos muitas coisas para rever, já adiantamos alguns trabalhos, como o abairramento e estamos discutindo o sistema viário, mas é bom aguardar as definições do ZEE para que as diretrizes sejam compatíveis”, diz o secretário municipal de Habitação, Planejamento e Desenvolvimento Urbano José Marcelo Ferreira. Dentre as leis que devem ser revistas para definir o perfil do futuro desenvolvimento da cidade estão as que tratam do abairramento, sistema viário, código de posturas e o código de edificações. Um primeiro ensaio do abairramento foi apresentado para apreciação da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bertioga, dia 4 deste mês, por José Marcelo. De acordo com a proposta, o município seria dividido em quatro regiões administrativas, de forma a se pensar em

futuras sedes de administrações regionais. A ideia é definir os contornos dos bairros e discutir espacialmente a planta da cidade e as vocações de cada região. A configuração territorial seria assim definida: RA1 Caibura/São João (formada apenas por estes dois bairros); RA2 Centro/Vista Linda (12 bairros); RA3 Indaiá/ Riviera de São Lourenço (6 bairros e Parque Estadual Restinga Bertioga - PERB) e RA4 Guaratuba/Boraceia (4 bairros). Cada região terá o seu próprio Código de Endereço Postal, que hoje é único para a cidade inteira e dificulta o trabalho dos Correios. Segundo José Marcelo, após consenso da discussão técnica por parte da AEAAB, que ficou com uma cópia do material digital para apresentar para os seus associados, a proposta segue para as audiências públicas. Já o Plano Viário Municipal deve esperar mais um pouco para ter uma primeira proposta, isso porque o secretário deve aguardar as definições do Sistema Viário de Interesse Metropolitano - SIVIM, que vem sendo discutido na região.

Foto Pedro Rezende/arquivo

Abairramento e sistema viário estão entre as discussões da revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável

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Praias, trilhas, restaurantes, Pastelarias, bares, agitos. Mas o Melhor lugar para coMeMorar os 21 anos de eMancipação de Bertioga é na casa da gente.

A CDHU parabeniza Bertioga pelo seu aniversário de emancipação e seu crescente desenvolvimento. Temos orgulho de fazer parte dessa história por meio da construção de moradias e da urbanização do bairro Vicente de Carvalho. A população de Bertioga merece viver bem, com toda a dignidade. Esse é o trabalho da CDHU. Parabéns, Bertioga.


Fotos Flávia Souza

turismo

Forte São João, em Bertioga

Caminhos de contemplação Guarujá e Bertioga constituem o maior trecho da rota Passos dos Jesuítas - Anchieta, com 77 km de muita natureza exuberante, história e cultura

Por Flávia Souza Ao iniciar a rota em Peruíbe, com destino à Ubatuba, o peregrino deve ter na mente - e no coração - o conceito de que, além de preparo físico, é necessário abas-

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tecer a alma. A primeira parte do caminho Passos dos Jesuítas - Anchieta, que termina em Bertioga, contabiliza pouco mais de 180 quilômetros, uma caminha-

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Ao lado, vista do Canal de Bertioga, a partir da estrada Guarujá-Bertioga e, abaixo, o portal de entrada da estrada Parque Serra do Guararú

da e tanto. Assim, é necessário ter fé e acreditar que é possível realizar o trajeto a despeito de qualquer adversidade que surgir no caminho. Romeiro há 34 anos, o funcionário público estadual Antônio Roberto Rodrigues Bicas conhece bem isso. Morador de Jacupiranga, no Vale do Ribeira, ele está acostumado a realizar longas caminhadas que envolvem fé. “Faço essas peregrinações como se fossem retiros espirituais. São momentos que uso para estar a sós com Deus. Uma maneira diferente de louvá-lo e dar graças pelos imensos benefícios que nos proporciona no dia a dia”, revela. Déto, como é conhecido, fez o percurso ao lado do amigo e também romeiro José Amauri Lobo. Em três dias e meio eles concluíram a primeira etapa do itinerário. “Há muitos anos viajamos a pé. Nessas peregrinações religiosas, percorremos até 430 km de distância. Porém, nessas ocasiões, o visual que nos acompanha é bem diferente do contemplado no litoral. Quando saímos de Jacupiranga para o Santuário de Bom Jesus de Iguape ou ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, a paisagem é composta por rodovias, com o inconveniente da proximidade dos veículos e o perigo que corremos”. No roteiro das praias, realizar uma caminhada sentindo a brisa do mar pode ser revigorante. “Até perdemos a rota, distraídos com tanta beleza. É uma honra conhecer com maior intensidade o litoral”, diz ele. A aventura foi outro componente da viagem. Nas costas, uma barraca de

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turismo As belas praias de Pitangueiras e Astúrias, em Guarujá

acampamento tornou a caminhada um pouco mais difícil. Outro diferencial da viagem foi o energético usado: água de coco, em substituição ao produto industrial, o que, em sua opinião, foi responsável pela ausência da habitual dor ciática. Um milagre ou simplesmente a manifestação dos ricos nutrientes desta delícia símbolo do litoral? O peregrino ressentiu-se de alguns percalços encontrados pelo caminho. Segundo ele, há pórticos que não funcionam e, assim, deixam de registrar a passagem do caminhante; os atendentes das centrais de informação e outros profissionais que trabalham no setor turístico não estão devidamente treinados para informar sobre o percurso, o que causa confusão. Ele também critica a pouca quantidade de igrejas e locais de oração na rota. Apesar desses entraves, a beleza do litoral o cativou. “O que pude conhecer de espaços culturais e turísticos, conheci.”

Guarujá e Bertioga Praias, paisagens de tirar o fôlego e muito verde são alguns dos cenários encontrados no trajeto entre Guarujá e Bertioga. A primeira cidade possui uma rota de 41 km, iniciada na travessia de barco a partir de Santos, quando é possível observar a Fortaleza da Barra. De lá, segue-se pela faixa de areia na praia de Santa Cruz dos Navegantes, em seguida a estrada Santa Cruz dos Navegantes até chegar na Praia do Tombo - a preferida dos surfistas em Guarujá. Segue-se para a praia das Astúrias, onde os muitos barcos de pesca confe-

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Foto Marcos Pertinhes/PMB

Ruínas da Ermida de Santo Antônio de Guaibê, localizada na divisa entre Guarujá e Bertioga

rem um charme a mais ao local. A praia vizinha, a das Pitangueiras, no centro da cidade, é uma das mais frequentadas tanto pelos turistas quanto por munícipes. O itinerário segue pela praia da Enseada, a mais extensa do município, com 5.650 metros. Para chegar à próxima praia, a de Pernambuco, é necessário caminhar pela estrada. O último pórtico de Guarujá fica na praia do Perequê, outra comunidade de pescadores. Para chegar à Bertioga, é necessário seguir pela Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana; fugindo um pouco do trajeto, chega-se às ruínas da Ermida Santo An-

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Roteiro O roteiro turístico Passos dos Jesuítas - Anchieta tem início em Peruíbe, no litoral sul, e término em Ubatuba, no litoral norte. A caminhada passa por 13 cidades (Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Cubatão, Santos, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba, num percurso de 360 quilômetros. O percurso foi inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, e já atrai grande número de peregrinos. O Guia do Caminhante pode ser retirado junto com o Cartão do Caminhante em um dos postos de emissão indicados no portal www.caminhasaopaulo.com.br.

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O cotidiano do rio Perequê

Passos alternativos Cubatão é uma rota alternativa do percurso Passos de Anchieta. Localizado entre o planalto e o porto, o município foi ponto obrigatório de passagem dos índios e jesuítas que iniciaram ali a escalada da Serra do Mar. O advogado Márcio Ferro fez algo semelhante. Ele escolheu iniciar o itinerário no litoral paulista pela cidade. Sua viagem também foi realizada de forma alternativa: pedalando. De bicicleta, saiu de Santo André - onde mora, e seguiu até Ubatuba. “Fui motivado pelo lado histórico e cultural do trajeto. Parei nos pórticos, registrei minha passagem e fiz assim até concluir a segunda

todo à beira mar, mas há a opção de um itinerário ecológico, a exemplo da Trilha da Água, uma caminhada de 700 metros após a travessia do rio Itapanhaú. Outra opção interessante é conhecer a aldeia indígena Rio Silveira, localizada na divisa com São Sebastião. Atualmente, o lugar abriga aproximadamente 400 índios guaranis, que ainda cultivam a história e a cultura do seu povo.

etapa do percurso, em Ubatuba”. Márcio pedalou ao lado do amigo Luís Fernando Paquielli. Após concluir o trajeto proposto pela rota, esticou o passeio até Paraty, no Rio de Janeiro. Ele conta que a viagem de 430 km foi feita em três dias e confirma que é possível fazer romarias de bicicleta. “Eu, que já tinha feito de bike o Caminho da Luz, em Minas Gerais, recomendo os Passos dos Jesuítas. É um trajeto fácil para se fazer sobre duas rodas, até porque, a maior parte do litoral é plana e as poucas inclinações que encontramos não dificultaram a nossa missão. É uma viagem que vale cada quilômetro percorrido”.

Foto José Mário

tonio do Guaibê, no limite entre as duas cidades, uma das mais antigas capelas construídas no Brasil, datada de 1560. Este é apenas um dos inúmeros cenários que rendem lindas fotos. Em Bertioga, o peregrino curte a natureza e história locais. O Forte São João, considerado o primeiro do Brasil, foi local estratégico para a passagem de índios e jesuítas. No município, o trajeto é feito

O advogado Márcio Fenno optou por fazer o roteiro de bicicleta

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Foto Miguel Ugalde

meio ambiente

Carta da Terra e a Rio+20 O documento, baseado no tripé justiça, sustentabilidade e paz, é apoiado por cerca de 5 mil organizadores no mundo, inclusive no Brasil

Por Marcus Neves Fernandes

Em junho, o Brasil sediará a Rio+20, a mais importante conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável. Durante o evento, o governo brasileiro deverá apresentar a proposta de um novo pacto entre os países-membros da ONU. O objetivo é estabelecer metas de desenvolvimento sustentável, relacionadas à geração de energia e hábitos de consumo, entre outros princípios. Boa parte desse ‘novo pacto’, porém, já existe e responde pelo nome de ‘Carta da Terra’. Idealizada pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, em 1987, ela

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ganhou impulso na Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro, em 1992. O documento final ficou pronto no ano 2000, foi traduzido para 40 idiomas e, atualmente, é apoiado por 4, 6 mil organizações ao redor do mundo, inclusive no Brasil. A Carta pode ser resumida em três eixos básicos: justiça, sustentabilidade e paz. Ela prega respeito e cuidado pela comunidade, integridade ecológica, igualdade de direitos sociais e econômicos, democracia, não-violência e convivência pacífica entre os povos. Ninguém é obrigado a seguir os prin-

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Fotos Arquivo/Pedro Rezende

cípios da Carta da Terra. Assim como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ela é considerada uma espécie de ‘lei branca’, ou seja, não há uma legislação que determine sanções ou penalidades. Sua aceitação e aplicação é uma questão de foro íntimo, de moralidade. Enfim, ela é um código ético de conduta. Hoje, porém, os princípios que nortearam a elaboração da Carta da Terra já não são mais encarados apenas como plenamente viáveis. Há quem afirme que eles são inadiáveis. No tocante às mudanças climáticas, por exemplo, o Painel Intergovernamental criado pela ONU (IPCC, na sigla em inglês), com a participação de 2.500 cientistas de dezenas de países, concluiu que a atividade humana é responsável por uma aceleração nas mudanças climáticas. A sociedade de consumo, marca registrada do século XX, caracterizada pela produção em larga escala, desassociada dos danos ambientais decorrentes, precisa dar lugar a modelo econômico de baixo impacto. Cada passo, cada avanço, cada novo projeto só pode ser considerado viável se respeitar a comunidade local, reduzindo drasticamente o consumo de matérias-primas não renováveis e a geração de lixo. No litoral brasileiro, por exemplo, a expansão imobiliária das últimas décadas baseou-se em um modelo predatório. Com raras exceções, importou-se mão de obra barata de outros estados, o que resultou na explosão de núcleos de baixa renda. Sem serviços básicos de água ou esgoto, essas favelas se expandiram, comprometendo a mata e os mananciais de abastecimento.

A expansão imobiliária no litoral paulista resultou no surgimento de inúmeras favelas, o que afetou, inclusive, as matas e os mananciais de abastecimento

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meio ambiente Megacidades

Foto Stephen Eastop

Esses e diversos outros desafios são parte integrante dos conceitos abordados na Carta da Terra. Eles, todavia, se chocam frontalmente com o caminho que a humanidade vem trilhando nos últimos anos, uma realidade que motivou a criação do documento. Um exemplo disso são as cidades. Hoje, mais de 50% dos 6, 5 bilhões de humanos vivem em centros urbanos - uma concentração que em 2050 deve chegar a inéditos 70%. Muito se fala da derrubada de florestas, da poluição, da contaminação dos rios e da extinção de animais e plantas. Esses, na verdade, são reflexos óbvios, que presenciamos todos os dias. Porém, quando se fala dos impactos da sociedade humana, muitas vezes não temos a verdadeira noção desses desdobramentos. E eles podem estar mais perto do que se imagina. Um exemplo está aqui mesmo na Baixada Santista. Uma recente pesquisa feita pela engenheira ambiental Alexandra Sampaio, da Unisanta, analisou os danos decorrentes

da descarga de esgoto sem tratamento no canal do estuário de Santos. Atualmente, mais de 50 mil pessoas vivem em áreas sem saneamento básico às margens do Estuário. Qual o impacto disso em relação às mudanças climáticas? O clima tem um papel crucial nesse processo. Verão e inverno tanto podem ser ‘úteis’ como prejudiciais às bactérias presentes no estuário. E o pior: alterações nesse ciclo podem alterar drasticamente a qualidade da água. No inverno, por exemplo, o índice de balneabilidade se apresenta melhor do que no verão, época em que as chuvas ‘lavam’ a região em direção aos corpos d’água. Mas isso, por outro lado, diminui a salinidade, o que aumenta o tempo de vida dos micro-organismos. No verão, apesar das chuvas mais intensas e constantes, há mais incidência de radiação solar, que é prejudicial para muitas bactérias. Essas equações, entretanto, podem sofrer alterações, na medida em que as previsões dos climatologistas apontam para o recrudescimento dos chamados ‘extremos climáticos’ (verões mais chuvosos e invernos mais secos).

O que é a Rio+20? Vinte anos depois da Rio 92, ambientalistas do mundo inteiro voltarão ao Brasil para um novo encontro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre meio ambiente, a Rio+20, entre 28 de maio e 6 junho de 2012. Mais que um balanço da implantação de compromissos estabelecidos na conferência de 1992 - como a Agenda 21 e a criação das convenções - quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas e Biodiversidade - a Rio+20 vai tentar avançar na proposta de uma economia verde,

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que concilie crescimento econômico com baixas emissões de carbono. Durante este período entre os dois encontros, o movimento ambientalista ganhou força e as discussões sobre o futuro do planeta não estão mais restritas a organizações não governamentais ou grupos acadêmicos, o que também fará da Rio+20 uma conferência diferente da anterior. Outra novidade será o papel da internet e das redes sociais, que poderão ampliar os limites da conferência para muito além do Rio de Janeiro e permitir que cidadãos do

mundo inteiro acompanhem os debates e cobrem ações concretas de seus representantes na definição de novos compromissos para o desenvolvimento sustentável. “A Rio+20 é, por um lado, a oportunidade de cobrar soluções que a gente sabe que existem, mas que não avançam por falta de vontade política; e, de outro, de envolver novos atores no debate. A mudança vai exigir ações não só dos governos, mas das empresas, da sociedade”, avalia Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace Brasil.

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Foto S.Borisov/Shutterstock

comportamento

De meninas a mães, com afeto e apoio Projeto ajuda jovens gestantes a enfrentar a difícil transição entre a despreocupada adolescência e a árdua missão da maternidade prematura

Por Luciana Sotelo

“Foi um susto saber que estava grávida”, “pensei em tirar o bebê”, “eu só chorava, estava muito triste com a notícia da gravidez”. Frases como estas chocam, mas são mais comuns do que se pode imaginar. Ainda mais quando se trata de adolescentes, meninas que, há pouco tempo, mal sabiam cuidar de si mesmas e de suas bonecas. É com o rosto assustado e sentimento de arrependimento que elas chegam ao projeto Menina Mãe, um programa de apoio a jovens criado há 4 anos pelo Departamento de Ações Comunitárias da Associação dos Médicos de Santos e voltado para o período de gestação, de forma que caminhe junto com o amadurecimento da futura mamãe. Gravidez na adolescência, em geral, causa sérias consequências, pois envolve crise e conflitos. “O fato é que a adolescente não está preparada para tamanha responsabilidade e, muitas vezes, ainda tem outras perdas associadas como, por exem-

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Erica, hoje com 18 anos, não se imagina mais sem o filho Victor

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que o contato entre mãe e filho, as profissionais promovem o vínculo afetivo entre os dois. Essa aceitação não é tão simples. Começa com um trabalho de terapia psicológica. “A cada reunião, elas vão aprendendo a lidar melhor com a gestação. Passam a admirar a barriga crescendo. O amor começa a nascer no coração dessa mãe à medida que a insegurança deixa de existir”, define a fisioterapeuta.

Fotos Luciana Sotelo

plo, a ausência do companheiro, a saída da casa dos pais ou ainda o abandono dos estudos”, aponta Fátima Gonçalves Benevides, pedagoga do projeto. Nessas condições, é fundamental que a jovem sinta-se amparada. Uma equipe multidisciplinar de voluntárias integra o programa para minimizar os efeitos negativos que uma gravidez precoce pode causar. Esse grupo cuida para que três metas sejam sempre alcançadas. A primeira é evitar que essas meninas voltem a engravidar na adolescência - o que é feito por meio de orientações, palestras e atendimento médico. Conforme dados do projeto, esse objetivo tem sido atingido, pois a taxa de reincidência das participantes é mínima. Prevenir é melhor do que remediar, por isso, o segundo propósito é manter os cuidados com a saúde. “As meninas têm atividades corporais e palestrantes especializados para falar sobre doenças sexualmente transmissíveis, saúde bucal, aleitamento materno, hipertensão e muito mais”, enumera Claudia Aparecida Vitorio, fisioterapeuta. Enfim, como não há nada mais bonito

Oportunidades Para conseguir êxito nas tarefas, existe um cronograma de atividades pré-agendadas. “As reuniões acontecem todas as sextas-feiras, a partir das 8h30. É nesse primeiro horário que ocorre o curso de formação profissional. No momento, estamos com o aprendizado de atendente de farmácia e secretariado médico. É opcional, para quem pode e quer uma qualificação no mercado de trabalho”, diz Claudia. Na sequência, há uma atividade de artesanato ou arte terapia, com temas e técnicas diversas como a pintura, confecção de cartões, bijuteria, entre outras, e depois almoço na própria sede. Na retomada da programação,

Fatima Benevides, pedagoga do projeto

Um trabalho gratificante segundo as fisioterapeutas Claudia e Nadja

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Foto Aletia/Shutterstock

comportamento

O projeto possibilita que jovens amadureçam junto com o desenvolvimento do bebê

Rede municipal De acordo com informações da Secretaria de Saúde de Santos, foram registrados no ano passado 577 nascimentos de filhos de meninas e adolescentes (de 10 a 19 anos de idade) residentes do município - dados da rede pública e particular. No mesmo ano, a Casa da Gestante da Secretaria Municipal de Saúde realizou o acompanhamento de 161 adolescentes. A unidade conta com equipe multidisciplinar que visa a captação precoce e o acompanhamento de gestantes de risco ou adolescentes.

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às 14 horas, é realizada uma dinâmica em grupo, que pode ser com a assistente social, pedagoga ou psicóloga. Mais tarde é hora de mexer o corpo com fisioterapia ou ioga. A transformação dessas meninas em mães comove a todos os envolvidos. “À medida que participa do projeto, a jovem amadurece junto com o desenvolvimento do bebê na barriga. E no final, dá gosto de ver, pois ela se torna uma boa mãe, afetiva e cuidadosa. As crianças chegam aqui cheirosinhas e arrumadas”, destaca Fátima Benevides. A fisioterapeuta Nadja Calil Stamato sente orgulho em fazer parte de cada conquista. “O carinho que elas transmitem para os bebês é algo impressionante”. Quem sentiu na pele os extremos de sensações foi Erica. Ela engravidou aos 16 anos. Chegou ao projeto abalada. Ela diz: “Eu só conseguia chorar, estava triste por engravidar. A partir do momento que passei a amar o meu filho, entendi a importância do vínculo e tudo ficou mais fácil. Curti cada minuto da gravidez. Os exames, os batimentos do coraçãozinho, os movimentos na barriga. Tudo era motivo de alegria, pois eu ficava imaginando como seria seu rostinho”.

Hoje, aos 18 anos e já com o pequeno Victor nos braços, Erica confessa que sua vida mudou para melhor. “Meu bebê me fez amadurecer. Mudei completamente. Como toda jovem, seria baladeira, mas pelo contrário, sou caseira. Não existe mais a Erica que queria curtir a vida sozinha. Agora, só tem lugar para a Erica mãe. Nem consigo mais me imaginar sem o Victor”. Fátima Benevides ressalta que durante a participação no programa todas recebem bônus, ou seja, vale-transporte, 10 fraldas semanais e, no momento do nascimento, um enxoval completo cedido pela Associação das Famílias Rotarianas. Após o parto, o projeto Menina Mãe continua oferecendo ajuda até que o bebê complete seis meses. Até hoje, já passaram pelo projeto 164 meninas. Atualmente, 12 estão em atendimento. O projeto funciona na sede da Associação dos Médicos de Santos, na avenida Ana Costa, 388. O atendimento é mantido com a verba de 4 eventos feitos pela administração: são 4 noites da pizza. A próxima acontece no dia 22 de junho, a partir das 20h30. O convite custa R$ 30. Mais informações e reservas na secretaria ou pelo telefone (13) 3289 2626.

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Foto Margo Harrison/Shutterstock

comportamento

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Superação de obstáculos Salto após salto, solidifica-se o amálgama da interação existente entre o homem e o cavalo de tal forma, que ambos superam seus próprios limites

Por Flávia Souza Marcelo Cardoso tem 12 anos e há pouco mais de três faz aulas de hipismo no Centro Hípico de São Vicente. Sua paixão por cavalos mudou as páginas iniciais de sua vida. O hoje cavaleiro Marcelo foi um menino fechado, que não se abria com as pessoas e nem se enturmava. Com seu jeito de ser, foi acometido por uma gastrite nervosa e sentia muita dor. Sua mãe Sueli Cardoso conta que não havia tratamento que desse resultado. “Sabia que seu problema era emocional e fiz o que era possível para ajudar meu filho. Tentei vários tratamentos e também o coloquei em esportes coletivos, na esperança

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de que fizesse amigos. Mas em nenhum ele se adaptou. No sítio do avô, observando sua química com cavalos e o quanto aquilo o deixava feliz, optei por tentar o hipismo”. A ideia resultou acertada. Marcelo, que mora em Praia Grande, faz aulas há três anos e tem conquistado seu espaço no meio. Hoje, para alegria de sua família, tem sua própria turma de amigos. A mãe comemora: “Posso dizer que o hipismo salvou meu filho. Ele mudou completamente. O contato com o cavalo o tirou da depressão e o curou da gastrite”. Marcelo é um dos 10 alunos que participam de competições pela hípica vicentina.

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comportamento A escola, inaugurada em 2008, e que teve reaberta suas portas no segundo semestre do ano passado, após período de reformas, conta atualmente com 30 alunos. A expectativa dos dirigentes do local é chegar a 150 matrículas. Para alcançar essa meta, a empresária Sabrina Hofmann de Almeida, proprietária do Centro, explica que está realizando parcerias com escolas da região, e recebe alunos de várias cidades da Baixada Santista, e até da região do ABC. “Nosso objetivo é formar atletas para competir. Mas o hipismo vai além da práti-

ca esportiva, ele ajuda na formação de caráter. Nas aulas, os alunos aprendem a pular os obstáculos da vida, assim como ganhar e perder. Aprendem, ainda, a ter responsabilidade e disciplina, além de perceberem a importância de se trabalhar em grupo, em união”, diz. O clima do lugar também ajuda a atrair novos adeptos. Diz Sabrina: “Estamos num lugar lindo. Apesar de localizados num bairro residencial e muito próximo a um grande centro comercial, a sensação é de se estar no campo”.

Fotos Flávia Souza

Franco Zecchin, professor do Centro Hípico de São Vicente, dá aulas de hipismo há 18 anos

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O Centro Hípico de São Vicente funciona nas instalações do Jockey Clube, e conta com um espaço de 186 mil metros quadrados e infraestrutura composta por três pistas de areia, duas salas de sela, 20 cavalos da própria escola, 40 baias fechadas, manutenção e veterinário por 24 horas. No espaço, cavaleiros e amazonas podem, junto com suas famílias, desfrutar também da área de lazer da entidade, com praça coberta e brinquedos para recreação. “Este local foi montado sob as orientações da Federação Paulista de Hipismo e fizemos tudo para que a família possa se sentir bem-vinda, como se estivesse num clube”, conta Sabrina. O Centro Hípico de São Vicente detém o título de melhor escola da regional ABC, outorgado pela Federação Paulista de Hipismo, sendo considerada a terceira melhor escola do estado. O que é uma honra para o professor mineiro Franco Zecchin, que há 18 anos dá aulas de hipismo. “Conquistamos títulos importantes em poucos meses, isso mostra que estamos no caminho certo. Mas confesso que fico impressionado em ver que uma cidade litorânea, que culturalmente não tem vocação para esse tipo de esporte, conta com atletas de primeira linha. Muitos, se continuarem com esforço e dedicação, como vêm fazendo, prometem ser grandes nomes do esporte nacional”, acredita. Franco começou a montar cedo, aos cinco anos de idade, para tratar uma hiperatividade. Com oito anos começou a competir. Ele explica que muitos de seus alunos ingressam na escola pelo mesmo problema e com a equitação têm conquistado resulta-

O hipismo ajudou Marcelo Cardoso a vencer a timidez. Hoje, ele é um dos 10 alunos que participam de competições pela hípica vicentina

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comportamento

O hipismo trabalha o TDAH(Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), influencia na segurança, no equilíbrio e na coordenação do praticante

dos significativos. “Em cima de um cavalo o aluno precisa se desligar do mundo lá fora e se concentrar no que está fazendo, até porque ele precisa conduzir o animal”. O hipismo é um esporte de superação, pois além de trabalhar o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), ele influencia na segurança, no equilíbrio e na coordenação do aluno. Serviço: o Centro Hípico de São Vicente fica na Avenida Senador Salgado Filho, s/ nº, em frente à Praça Matteo Bei, no Jockey Clube, em São Vicente. Outras informações pelo site www.chsv.com.br, ou pelo telefone (13) 3464 8888.

O centro hípico funciona no Jockey Clube de São Vicente. Conta com 30 alunos, 20 cavalos e 40 baias

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Fotos Luciana Sotelo

porto

RĂŠplica de empilhadeira confeccionada com material de sucata

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Trabalhohobby que virou

Paixão pelo ambiente portuário transforma trabalhadores em artistas

Por Luciana Sotelo

José Bonfim Almeida é trabalhador portuário. Ele atua há 9 anos no Tecondi como assistente de manutenção predial. No seu dia a dia, circula por todos os cantos do terminal e presencia as mais variadas operações. Até então, nenhuma novidade. O que o diferencia dos demais colaboradores é o seu fascínio pelo ambiente de trabalho. Essa paixão, aliada a dotes manuais, transformaram Bonfim em um artista de maquetes. Com capricho e a paciência que só os artesãos têm, Bonfim constrói réplicas de equipamentos portuários: empilhadeiras de grande porte, contêineres e até navios. Não há limites para sua criatividade. O melhor é que ele utiliza materiais reciclados, muitas vezes, as sobras do próprio serviço de manutenção que realiza. São pedaços de latão, madeira, restos de papelão, sobras de fios, além de cabos de guarda-chuva e outras sucatas. “De resto, é botar a memória para funcionar. Registro na cabeça cada detalhe do equipamento e, depois, transmito para a miniatura”, explica o artista. Sua principal inspiração são as empilhadeiras de grande porte. “Quando iniciei aqui no terminal, elas me chamaram atenção. Na movimentação dos contêineres nas pilhas, elas são fundamentais. É bonito vê-las operando”. Foi com esse pensamento que surgiu a primeira empilhadeira mirim. O ano era 2006. Ele cursava o ensino médio e

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porto foi pedido pelo professor um trabalho envolvendo atividade artesanal. Pronto, era a oportunidade que faltava para ele colocar suas habilidades à prova. “Desenvolvi uma Ferrari 478. Sai com ela do terminal e, no percurso, muita gente ficou encantada. A partir daí recebi várias encomendas”. De lá para cá, Bonfim já produziu uma verdadeira frota, foram mais de 70 empilhadeiras. Muitas ganharam fama e pegaram estrada. “Soube que uma das minhas máquinas foi parar em Fortaleza. Outras foram para o Rio de Janeiro. Tive encomenda também para confeccionar exemplares para diretores da empresa e, até para a presidência. Isso me deu muito orgulho e me rendeu mais de uma dezena de novos pedidos”. Mesmo diante da demanda, Bonfim não pro-

duz muitas peças de uma só vez. Ele fabrica uma empilhadeira por final de semana. Esse é o segredo para obter a perfeição em cada detalhe. “É no meu horário de almoço que eu observo minuciosamente cada parte do equipamento, texturas, cores, formatos, enfim, todo conjunto”, comenta o colaborador, mencionando ainda que aproveita a pausa na jornada para garimpar na empresa materiais que seriam jogados no lixo e que, em suas mãos, se transformam em arte. As peças são feitas na escala das originais. Geralmente, cada ‘brinquedinho’ mede em torno de 40 centímetros (o chassi) e mais 45 centímetros de lança. “Cada uma ainda tem um contêiner pendurado. São geralmente da marca Ferrari (vermelha) ou Terex (branca). Cada uma pesa em torno de 2 quilos”.

Grandeza do ambiente portuário pode ser fascinante para quem convive com ela

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Experiência de vida Aos 31 anos, Bonfim afirma que nunca fez curso para aprimorar a habilidade. Na verdade, o dom para confeccionar réplicas surgiu há muitos anos, quando o rapaz ainda era uma criança e morava em Alagoas. Ele se viu numa situação difícil. O pai estava desempregado e as necessidades começaram a surgir. Com base no seu cotidiano, ele começou a observar com olhar crítico os ônibus de viagem da empresa São Geraldo. “Passei a construir e vender réplicas destes veículos nas feiras livres. Era a época do lançamento do Real. Eu lembro que vendia cada uma a R$ 5, equivalente, hoje, a R$ 50. Faturava em média R$ 75 por semana. Muito mais do que eu conseguiria ganhar na roça”. E por seis meses, foi assim que o pequeno José, de apenas 10 anos, sustentou toda família. “Dava dinheiro para a minha mãe comprar alimentos e pagar as despesas gerais e ainda sobrava para mim. Eu aproveitava e comprava tinta, pois o resto do material utilizado era sucata velha”. Das miniaturas para as palavras. Dalmo de Sousa tem 54 anos de vida, 32 deles bem vividos no porto de Santos, como gosta de dizer. Ele começou na área portuária na Companhia Docas do Estado de São Paulo. Depois, passou a atuar no terminal da Santos Brasil, em Guarujá. Já no início da trajetória profissional se encantou com o cais e com as pessoas deste ambiente. Dessa admiração surgiram então as primeiras poesias. “O porto sempre foi a minha vida, o meu sustento, o meu mundo. Era preciso descrever um pouco dessa grandeza”. Muito desse material se perdeu com o tempo. Mas foi a partir dos anos 1980 que Dalmo começou a guardar os poemas e a compor com mais intensidade.

Foto Arquivo Pessoal

Amor nas palavras

Acima, José Bonfim Almeida e sua réplica de empilhadeira. Ao lado, Dalmo de Souza em noite de autógrafos de seu livro Recanto dos Sonhos

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porto

O Portuário Nesse solo aqui onde eu piso, Há muito no meu coração a exaltar, Cada pedaço dessa estrutura, Sobre as águas límpidas do mar, Nosso suor já umedeceu sem reclamar. Com chuva, frio, embaixo do Sol ardente do verão, Nossos corpos já padeceram, Porém nunca esmoreceram. Este é o porto que os poetas, Não conseguem descrever. Todos os alfabetos da terra, Aqui já exclamaram sobre a grandeza desse lugar, Ou da beleza dos montes verdes ao redor a destacar. Vários povos vêm e vão, criando novas divisas,

A sincronia perfeita entre homem e máquina

Alegrando nossas vidas, em compartilhar,

Dalmo confessa que o local que lhe trazia mais inspiração era o alto do porteiner. “Atuando como eletricista desse equipamento, frequentemente, me pegava lá no alto fazendo os reparos e admirando toda aquela grandiosidade. Os navios, os equipamentos, sua gente. Tudo tinha uma sincronia muito forte”, cita. E ele não perdia um lance. Anotava em um pedaço de papel improvisado as principais ideias e as levava para casa para desenvolver as rimas. Em 2008, os melhores poemas deram origem ao livro Recanto dos Sonhos. Na obra, o autor reúne 160 poesias sobre temas variados como situações da vida, amizade e, claro, o porto. O ambiente acolhedor, o clima de companheirismo entre os colaboradores, é o que mais chama a atenção do poeta, por isso, as relações de amizade e gratidão são temas marcantes nos seus trabalhos. “Conheci gente do mundo todo e fiz amizades para a vida inteira. São centenas de

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Com outras nações o intercâmbio mundial e cultural, Valorizando mais nossa pátria mãe. A nobreza do porto é sua gente, Humilde com o coração a palpitar, Ao ouvir a sirene de um navio, Todos olham em direção ao mar, Vendo aquela monstruosa embarcação, no porto atracar. Abrem-se os porões, um ruído soa no ar como canções de ninar, Nos ouvidos dos portuários a ecoar. Cargas vêm e vão, cada um protegendo seu irmão, Debaixo de grandes volumes, Presas em lingadas dentro dos porões. Esta é a vida do portuário, Simples, mas com muito valor, Porque as maiores riquezas do mundo O portuário já manuseou. Autor: Dalmo de Souza

pessoas que de alguma forma fazem parte da minha história. Isso é gratificante”. Em fevereiro deste ano, Dalmo passou por um momento delicado. Ao se aposentar, teve que deixar para trás todo esse cenário de encanto. “É assim que a vida funciona. Era hora de dar a mesma oportunidade que tive para alguém mais jovem”. Dalmo resolveu se dedicar à família e a outra atividade que tem lhe dado muito prazer. Agora, ele administra sua própria chácara em Bertioga, ao pé da Serra do Mar. Esse contato direto com a natureza não o fez esquecer o cais. Ele continua com as poesias, só que, agora, recheadas de saudade do cotidiano portuário. O ex-eletricista está selecionando textos; tem mais de 400 novos poemas. A ideia é lançar mais um livro. Para essa nova publicação, criou um poema especial chamado “O Portuário”. É a forma carinhosa que encontrou de homenagear essa atividade profissional que tanto fez sua vida ter sentido.

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ser sustentável

No inferno das boas intenções

Placas fotovoltaicas

Por Marcus Neves Fernandes Finalmente, após seguidos recuos e inúmeros adiamentos, o Brasil, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANELL), apresentou as regras que permitem que o cidadão se transforme em um vendedor de energia. Essa novidade, que já existe na Europa há vários anos, permite que o dono de um imóvel dotado de placas fotovoltaicas ou turbina eólica, venda o excedente da energia para a concessionária. Em tese, é possível até zerar a conta. Bom, não? Nem tanto. No Velho Continente, a geração distribuída de energia, nome técnico desse sistema, foi criada com o intuito de alavancar a indústria de energias renováveis, reduzindo a dependência da chamada energia suja, aquela produzida, por exemplo, por meio de termoelétricas movidas a carvão ou diesel de petróleo. Espanha, Portugal, França, Reino Unido e Alemanha, entre outros, adotaram a iniciativa com sucesso. Na Alemanha, por exemplo, em um único ano, duplicou-se o número de painéis

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solares e hoje o país gera 3 mil vezes mais energia solar do que o Brasil. E isso com um importante detalhe: o Brasil tem quase o dobro de dias com sol do que os alemães. Com base nesses resultados, gerou-se grande expectativa para a criação das regras brasileiras para a geração distribuída. Anunciadas no último dia 17 de abril, elas acabaram frustrando quem imaginava que o país pudesse seguir o modelo europeu. Isso se deve, em grande parte, ao fato de que, por aqui, não haverá um centavo de incentivo para compra e instalação dos equipamentos. Quem quiser, terá que arcar com os custos, que ainda são altos (veja quadro). Voltando a usar o exemplo alemão, um cidadão de Berlim, que tenha optado por instalar painéis solares em seu telhado, recebia subsídios do governo para adquirir os painéis fotovoltaicos. Além disso, a energia que por ventura ele vendesse para a rede era paga por um va-

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lor acima da que ele comprava da distribuidora. No Brasil, diversas propostas semelhantes, desenvolvidas por pesquisadores de várias universidades, foram apresentadas. Nenhuma, porém, foi aceita. O argumento é que o Brasil já possui uma energia limpa. Aqui, cerca de 70% da eletricidade que chega ao consumidor é de origem hídrica. Assim sendo, é uma fonte muito menos poluente do que a europeia ou asiática. Além disso, justamente pelo fato de termos sol e ventos em abundância, os subsídios não se justificariam. É um raciocínio curioso, pois se penaliza o cidadão pelo fato de a natureza ter sido generosa com os brasileiros. E mais do que curioso, é um raciocínio perverso. Hoje, o Brasil tem apenas uma indústria que fabrica painéis solares. Já as turbinas eólicas são 100% importadas. Aqui, só fabricamos as pás e os postes que irão sustentar o rotor. Depois, exportamos esse material, que é montado lá fora e, quem quiser, terá que importá-los. É difícil imaginar que, dessa forma, a regulamentação criada pela ANELL consiga obter sucesso semelhante ao europeu. Mas o problema não termina aí.

Quanto custa? Vale a pena? Mas, afinal, vale a pena investir em sistemas de geração solar e eólica? Quanto custa? Quanto tempo o consumidor demora a ter retorno no investimento? Segundo Ronald Thomé, da empresa Energia Pura, que revende turbinas eólicas e placas fotovoltaicas, uma residência que consuma 200 kW/h a cada mês teria que investir cerca de R$ 20 mil para implantar um sistema de captação de energia solar. Levando em conta o preço do kW/h em São Paulo, esse investimento levaria cerca de 200 meses para ser amortizado. Thomé lembra que os custos, tanto da solar como da eólica, vêm caindo e que, além disso, qualquer projeto que envolva sistemas alternativos de geração deve levar em conta questões que vão além das placas ou dos aerogeradores. “É preciso ter lâmpadas de baixo consumo, fiação em bom estado e aparelhos elétricos (geladeiras, ar-condicionado etc) com Selo Procel”. Para o empresário, no atual estágio da tecnologia, seria

Com certeza, existem muitos consumidores no país que terão capacidade financeira para adotar as energias renováveis. Ao fazerem isso, estarão, em tese, aptos a zerar suas contas. Por tabela, também deixarão de pagar os impostos que incidem sobre a eletricidade. Hoje, o Brasil é o 3º país com a mais alta taxa tributária no setor em âmbito mundial. Aí fica a pergunta: quem, então, vai pagar essa conta? Eu e você. Isso mesmo, todos aqueles que não têm placas solares ou turbinas eólicas. Imagine, por exemplo, um grande shopping center. Dotado de fontes renováveis e limpas, ele pode, no mínimo, reduzir seus gastos com eletricidade e, sem que se perceba, repassar os custos para quem não pode arcar com os investimentos em alternativas semelhantes. Sem uma indústria forte no setor solar e eólico, o Brasil tende a perder o bonde da história. No mundo, as energias renováveis estão entre as que mais recebem recursos em pesquisa. Temos cientistas altamente capacitados, vento e sol em profusão, mas o que nos falta é visão de longo prazo. Dessa forma, uma boa ideia, como a geração distribuída de energia, fica restrita apenas ao campo das boas intenções.

fundamental que o governo se dispusesse a subsidiar a compra e a instalação dos equipamentos, assim como foi feito na Europa. “Na Alemanha, por exemplo, a geração solar é 3 mil vezes maior do que no Brasil. E isso só foi possível porque o governo bancou parte dos custos. Aqui, só os impostos correspondem a 30% do preço final dos produtos”. Para o professor José Roberto Abbud Jorge, da Faculdade de Engenharia Elétrica (Unisanta) “se não houver algum tipo de apoio, o consumidor residencial dificilmente será atraído para esse tipo de sistema.”

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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Fotos Luciana Sotelo

voluntariado

Som que embala e relaxa No ambiente geralmente frio e ascético dos hospitais, a alegria e a suavidade das notas musicais transformam o ambiente e o astral de pacientes e funcionários - para melhor, é claro!

Por Belisa Barga

Há mais de dez anos, é assim: três manhãs por semana, Jaime Augusto se apronta e segue para a Santa Casa de Santos. O que para muitos pode parecer um suplício (afinal, quem gosta de ir ao hospital?) para ele é uma satisfação.

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Sua missão é alegrar o ambiente com seu principal talento, a música. O dedilhar nas teclas do piano já confere à sala de espera uma nova energia. Aos primeiros sons, já é possível notar mudanças nos semblantes dos pacientes. A tensa expec-

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tativa dá lugar ao tímido balanço de cabeça para acompanhar o ritmo. Jaime já é um personagem querido no hospital por tornar mais agradável a espera de pacientes que aguardam na recepção do laboratório. Entre o tempo de espera do preenchimento da ficha e a coleta dos exames, o público aprecia clássicos tocados pelo pianista. “As crianças são as mais curiosas, aproximam-se e pedem músicas para dançar. Uma menina, certa vez, perguntou se eu sabia tocar música de princesa”, diz Jaime. Músico profissional há 43 anos, o santista também dedica algumas horas de seu tempo para realizar trabalho voluntário na ala de fisioterapia do hospital, onde há nove anos ele também aquece o setor, principalmente durante o atendimento aos pacientes da terceira idade. O convite surgiu quando Jaime, após uma viagem, precisou fazer fisioterapia. “A responsável pelo setor me perguntou quanto eu cobraria para tocar. Eu respondi: nada.” A disponibilidade de Jaime encantou a fisioterapeuta Sarita Sanches, supervisora do setor. Ela diz: “Desde o início ele se mostrou prestativo e animado. Chega com sua aparelhagem, traz outros músicos e fica a manhã toda melodiando quando há festas”. As apresentações na reabilitação acontecem em datas como Dia das Mães, Dia dos Pais, Festa Junina e Natal, sem falar nas homenagens musicais comemorativas ao Dia da Enfermeira, ou até mesmo do aniversário do provedor da Santa Casa. Para o setor de fisioterapia, não são apenas os pacientes que são beneficiados. “Creio que ele também saia revigorado de encontros como estes. A música traz

alegria, união e esperança ao ambiente hospitalar, que é tão hostil”, diz Sarita. Pacientes, a exemplo da estudante de serviço social Adriana Marques, aprovam a iniciativa do pianista. “A música melhora o dia, deixa o clima mais leve. É muito bom vir fazer exames e encontrá-lo tocando”. A dona-de-casa Janete Fonseca concorda. “Não existe hora ou lugar para apreciar um som agradável. É uma ótima forma de recepcionar as pessoas que vêm aqui”. A variedade do repertório inclui fox, jazz, blues, bossa-nova, boleros, valsas; temas de filmes são os preferidos do pú-

O repertório é variado, mas temas de filmes são preferidos do público

Há mais de 10 anos, o dedilhar nas teclas do piano de Jaime Augusto confere uma nova energia à sala de espera da Santa Casa de Santos

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voluntariado

“Sinto que a música tem papel importante na recuperação dos pacientes. Procuro levar felicidade.” Jaime Augusto

blico. As músicas mais pedidas? Segundo Jaime são: “A Time Goes By, Fascinação, Folhas de Outono, New York New York, My Way, Mas que Nada, Feelings e, por ser tema de uma novela, Garota de Ipanema é um dos xodós”. O músico tem a preocupação de respeitar, inclusive, as normas de silêncio do local e não atrapalhar o serviço dos atendentes do laboratório. “Tomei o cuidado de providenciar um abafador, que diminui o som, para não atrapalhar o atendimento”. Jaime diz que sua satisfação é ver a alegria e o reconhecimento do público ao seu trabalho. “Sinto que a música tem papel importante na recuperação dos pacientes. Procuro levar felicidade. É muito bom dividir meu tempo com eles”. Nas apresentações especiais no setor de fisioterapia, Sarita conta que a mudança no

Todos se beneficiam com o voluntariado Ações praticadas espontaneamente são diferenciais no currículo, especialmente para jovens entre 18 e 24 anos, que buscam as primeiras oportunidades e possuem pouca ou nenhuma experiência profissional. “A iniciativa de usar seu tempo livre em prol de uma causa social já é um diferencial para a escolha do empregador”, explica Tatiana Pina, consultora da Cia. de Talentos Carreira. O voluntariado é um meio de a pessoa descobrir satisfação no exercício de alguma atividade. As aptidões do interessado devem ser consideradas para motivá-lo a seguir nos projetos. Para a psicóloga e mestre em administração Meiry Kamia, toda atividade deve trazer prazer à pessoa e deixá-la à vontade. “Não dá para escolher trabalhar no sopão se a pessoa odeia sair às ruas à noite. Ela deve participar de algo que goste e sinta-se confortável.” Embora não renda frutos financeiros, esta doação de tempo deve ser encarada com a mesma responsabilidade de um trabalho remunerado, já que, por ser mais uma experiência

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ambiente é perceptível. “Nestas datas, muitos pacientes ficam mais extrovertidos, participativos e animados, e até conseguem realizar tarefas que no dia a dia têm dificuldades. E é a música que proporciona estes momentos”. Além da Santa Casa, Jaime empresta seu tempo a outros locais, principalmente aos que assistem pessoas da terceira idade. “Minha mãe mora em uma casa de repouso e sempre que vou visitá-la tem música no lar”, brinca. No currículo de Jaime, além do trabalho voluntário, constam apresentações profissionais, solo ou com outros instrumentistas, no Casa Grande Hotel do Guarujá, no Riviera Shopping em Bertioga, em eventos da prefeitura de Santos, como as tendas de verão na praia, além de eventos particulares como festas e cerimônias religiosas.

de vida, trará ganhos no âmbito profissional. “Estas ações ajudam no desenvolvimento de competências comportamentais, como trabalhar em equipe, desenvolver pró-atividade, melhorar a comunicação e o relacionamento interpessoal”, explica a consultora Tatiana. Uma das recompensas por este tipo de trabalho é a satisfação em fazer o bem a alguém que mal se conhece, sem interesses. Para a psicóloga Meiry, se os profissionais transpusessem a dedicação e alegria do trabalho voluntário aplicando-o em seus empregos, o número de doenças relacionadas a estresse profissional diminuiria muito. Empresas com programas de responsabilidade social valorizam o voluntariado em seus processos seletivos. Mas, essa atividade só será um diferencial se o candidato realmente conseguir entender a real importância da causa. A consultora da Cia. de Talentos atenta que é preciso comprometimento e não apenas participar das atividades para constar no currículo. “Se a pessoa não está envolvida, ficará nítido na hora de contar sua vivência voluntária em alguma entrevista”.

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Fotos Renata Inforzato

turismo internacional

Placa de alerta sobre seguranรงa, em Londres 56

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Até na Europa, quem diria!

Medidas de segurança são componentes essenciais que devem ser agregados aos preparativos de sua viagem, ainda que ao continente europeu, para, assim, torná-la ainda mais prazerosa

Por Renata Inforzato

Quando se planeja uma viagem, em geral, só nos preocupamos com as coisas boas que nos esperam. Dissabores tais como fazer reserva em um hotel e ele não ser o que se espera, ter problemas com o câmbio, comprar um passeio que se revela decepcionante são alguns deles, e não há muito o que se fazer a respeito. Todavia, um problema mais sério e bem mais frequente do que se imagina, especialmente para quem vai à Europa, são os roubos e golpes de malandros. Algumas providências simples podem evitá-los. Que a Europa é mais segura do que o Brasil, não há como negar. Por pensarem assim, muitos brasileiros deixam de tomar certos cuidados, e aí se tornam presas fáceis de pessoas mal-intencionadas. É importante, antes de viajar, conferir possíveis problemas que podem ocorrer em determinado destino escolhido. A internet é uma boa fonte, na qual podemos tomar conhecimento de experiências boas ou ruins de quem já visitou o lugar. Confira, a seguir, um pequeno guia sobre os lugares problemáticos e/ou golpes aplicados em alguns dos destinos mais visitados da Europa.

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Londres É uma das cidades preferidas dos brasileiros. Cosmopolita, com seus museus gratuitos e suas lojas célebres, a capital da Inglaterra também encerra os perigos de uma cidade grande europeia. Silvino Ferreira Jr, editor do Canal Londres, uma TV para brasileiros em Londres, conta que o tipo de roubo mais comum na cidade é o de porta-nota. “Existem vários locais da cidade com avisos de alerta contra esse tipo de roubo”. Pontos turísticos como Brick Lane, ou as saídas das estações de metrô são os mais visados. Silvino diz: “É comum também o roubo em pubs e clubes. Geralmente, a pessoa confia porque está em Londres, deixa a bolsa na cadeira, ou no chão, e o batedor de carteira vem e leva. Já vi essa tentativa de golpe até dentro de cinema”. Londres é uma das cidades mais vigiadas do mundo, com câmeras afixadas por quase todos os lugares. Ainda assim, nunca descuide de seus pertences. Também evite checar o celular ao sair de uma estação de metrô, ou, ao menos, o faça discretamente: é o momento ideal para que algum trombadinha o arranque das suas mãos.

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turismo internacional

Cuidado, mas sem paranoia Os conselhos básicos de segurança, a seguir, servem para deixar sua viagem bem tranquila. No geral evite: • Andar com muita bagagem. • Colocar sua bolsa ou mala na cadeira vizinha em um restaurante, por exemplo.

Se puder e encontrar, compre aqueles ganchos que você encaixa embaixo da mesa, na sua frente, e coloque a bolsa. • Colocar a carteira no bolso de trás da calça. Esse é o modo mais fácil de ser roubado, principalmente na escada rolante de algum metrô ou aeroporto. • Andar com todo o dinheiro que você

levou. Deixe um pouco no cofre do hotel. O mesmo vale para os documentos. Se puder, ande com cópia e deixe o original no quarto. Também não saia com todos os seus cartões de crédito. • Falar com estranhos, principalmente com aqueles que o abordam cheios de simpatia e perguntam se você é turista.

Paris É a cidade mais visitada do mundo e, por isso mesmo, uma das mais visadas também. Na Cidade Luz, há batedores de carteira e golpistas profissionais. Há vários tipos de truques para enganar o viajante. Um deles é o golpe do surdo-mudo ou do abaixo-assinado. Ele funciona assim: uma pessoa, que pode ser um falso surdo-mudo, um mendigo, uma cigana (com cabelos longos e com flores; e, muitas vezes, bem vestida), aborda o turista para que ele assine um abaixo-assinado por uma causa qualquer. Enquanto o turista assina o papel, um comparsa aparece e, sem que o turista perceba, simplesmente rouba-lhe a carteira ou outro bem disponível. Outros dois golpes bem conhecidos: alguém simula ter achado um anel e pergunta se é seu. Se você responder que não, a pessoa vai tentar vender o anel e até ser insistente e agressiva. O mesmo ocorre com o golpe da fitinha, quando vai tentar amarrar uma fita no seu pulso e cobrar por ela. David Martins, que faz traslados aeroporto/hotel e passeios pela França, fala sobre outro truque contra os turistas: os falsos guias, muitas vezes recém-chegados à cidade, que não conhecem nada e não falam francês. E o pior: geralmente, estes exigem pagamento adiantado e somem com o dinheiro do turista.

Acima, escadaria da igreja Sacre Coeur, em Paris, outro lugar visado pelos ladrões e golpistas. Ao lado, o Coliseu, em Roma

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Amesterdã atrai o público jovem. Aqui, o cuidado é com os taxistas

Conhecida como Cidade Eterna, Roma nos deixa tão encantados por sua beleza e história, que, muitas vezes, podemos descuidar da segurança. Mas é bom ficar atento, pois há vários batedores de carteira. Patrícia Baltazar Correa, brasileira e guia há 13 anos na cidade, alerta para que andemos atentos em algumas regiões da cidade: “Por exemplo, na conhecida rua de comércio, Via del Corso, um amigo foi “tocado” no braço enquanto uma outra pessoa pegava a carteira. Por isso, diz a brasileira, sempre é melhor ter o dinheiro maior por dentro da roupa. “Outra região onde tem bastante roubo é perto da estação Termini. Também se deve ter cuidado na região do Coliseu; pessoas fantasiadas de centuriões, com propostas de tours, levam os turistas para ruas estranhas e os roubam”, adverte Patrícia.

Duclos, autor do site Ducs Amsterdam, diz: “Vem um senhor com aparência de hindu. Ele aborda você e te oferece uma conta de colar, dessas de bijuteria. Ele diz que é de um templo na Índia em dificuldades e precisa da sua ajuda”. O problema é se livrar do farsante, o que exige paciência tibetana. Outro ponto de atenção em Amsterdã é em relação aos taxistas, que dão voltas desnecessárias só para cobrar a mais dos turistas. “Taxis são um grande problema aqui em Amsterdã, desde que o mercado foi desregulamentado. Há muito motorista clandestino, especialmente no aeroporto (Schiphol)”, conta Daniel. Na cidade, também há os pedintes, os junkies (viciados em drogas), que abordam o turista em inglês para pedir dinheiro. Mas, para eles, basta dizer não, ou nee em holandês, e eles se afastam.

Amsterdã

Espanha

A cidade mais turística da Holanda atrai em grande parte um público jovem, que só pensa em aproveitar intensamente sua estada na cidade. Em Amsterdã, além dos roubos já citados, há dois tipos de golpes que já são populares na cidade. O primeiro é o golpe do hindu. Daniel

Com a crise, os casos de roubos na Espanha vêm crescendo, principalmente em cidades como Madri e Barcelona. Mas, como na maioria dos destinos europeus, são casos sem violência, em que o ladrão pega a bolsa e sai correndo, ou uma pessoa distrai o turista enquanto a outra o rouba.

Roma

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Daniel Duclas, autor do site Ducs Amsterdam

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turismo internacional

Ana Catarina Portugal no Monumento do Descobrimento, em Lisboa e Angela e os filhos em Munique, Alemanha

Patrícia Camargo, editora do blog Turomaquia, dá uns conselhos para evitar dissabores em terras espanholas: “Evite chegar muito antes da saída do trem às estações. Já tive amigos que chegaram à estação de Sants ou de Catalunya, colocaram a mala do notebook entre as pernas para ver um endereço ou ligar o celular, e tiveram a maleta arrancada”. Ela alerta ainda para os que alugam carros, pois além dos roubos de veículos nas estradas, há casos de falsas blitze. “Eles param o carro fazendo de conta que são policiais, pedem para abrir o porta-malas e levam as coisas, e, em alguns casos, também os passaportes que pediram para conferência”. Para Patrícia, quanto menos coisas você levar na sua viagem, menos preocupações terá.

Lisboa Portugal é um país calmo e até rural. Porém, os cuidados com a segurança nunca são demais, principalmente em Lisboa, lugar onde ocorre a maioria dos roubos. Ana Catarina Portugal, criadora do blog Turista Profissional, conhece muito bem a cidade. Portuguesa, mora no Rio de Janeiro e conta que o golpe

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mais comum em Lisboa é o aplicado pelo que ela chama de traficantes: “Nas regiões do Rossio, Baixa e Praça do Comércio, áreas turísticas por excelência em Lisboa, são locais onde se encontram muitos traficantes. Com sua aproximação, cuidado para não ter algum pertence furtado durante a abordagem”. Para se livrar dessas pessoas, basta não dar atenção: “Quando algum deles se aproximar, em geral te chamando de brazuca, afaste-se, mas sem dar as costas de imediato”, diz Ana.

Alemanha A Alemanha é um dos países mais seguros da Europa. Quem nos garante isso é Angela Arten-Meyer, autora do blog Alemanha, por que não?, que vive há seis anos no país. Claro que, em lugares turísticos, um pouco de cuidado com segurança não faz mal algum. Manter a bagagem segura e a bolsa fechada é o óbvio para evitar os batedores de carteira, que podem aparecer. Em Berlim, principalmente, evite também falar com pessoas que pedem dinheiro. Como na maioria dos golpes aplicados na Europa contra turistas, eles podem vencer você pelo cansaço e levar seu dinheiro.

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Foto Magone/Shutterstock

gastronomia

Sempre ótimos mas com moderação Fala-se muito que, quanto mais branco um queijo, mais saudável ele é. Uma teoria, contudo, que já pode ser considerada um mito

Por Fernanda Lopes A composição nutricional dos queijos depende, em grande parte, do leite e da tecnologia utilizados. Porém, a maioria destaca-se pelo teor relevante de proteínas, minerais e oligoelementos (cálcio, zinco, potássio) e vitaminas (principalmente A, B2, B9, B12, D). A nutricionista Tatiana Branco lembra que o brie, o camembert e o gorgonzola, apesar de serem queijos de massa crua (de cor branca), não são magros. “O minas frescal apresenta teor de gordura menor graças à sua elevada umidade. Por essa razão, é tipificado pelo Ministério da Agricultura como queijo de alta umidade. Mas fique atento ao sódio”, diz. Tatiana explica que os queijos de massa amarela nem sempre são muito gordos como se pensa.

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Eles ganham coloração amarelo-palha ou amarelo-queimado, em razão de seu maior tempo de maturação, sendo que muitos adquirem esse aspecto pela adição do corante natural de urucum. Na hora da escolha, é bom ter alguns cuidados. “Antes de comprar um queijo, leia o rótulo, veja suas propriedades nutricionais. Devemos ficar atentos à quantidade de gordura, colesterol e sódio encontrados. Nem sempre um queijo menos calórico é mais saudável”, alerta a nutricionista Karoline Jorge.

Light Estudo do Inmetro demonstrou que os queijos light efetivamente têm um teor de gordura

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Como usar

Gratinar - Os italianos parmesão, pecorino e grana padano têm uma textura mais seca e produzem um efeito dourado e crocante ao ser gratinados. São queijos curados e, por isso, possuem um sabor mais acentuado. A muçarela também é uma ótima opção para gratinar, principalmente se for misturada a um queijo mais seco, como os citados acima. Provolone, gruyère e massdan conferem textura agradável ao ser gratinados. Cheddar dá cor e sabor, porém não proporciona uma textura muito crocante. O californiano monterey é um queijo versátil e é ótimo para rechear sanduíches. O envelhecido tem cor amarela forte, textura firme e sabor mais ácido e é muito usado para gratinados.

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inspirados nos conhecimentos queijeiros trazidos ao país por franceses, dinamarqueses, italianos e, mais recentemente, queijos introduzidos por hábitos alimentares ingleses e americanos. As versões originais foram adaptadas às condições e à oferta de leite, e se adequaram às preferências do consumidor brasileiro”. Tem crescido no Brasil a produção de queijos de leite de búfala, mais branco e mais doce que o leite de vaca. Para certificar a pureza dos queijos feitos exclusivamente com leite de búfala, a Associação Brasileira dos Criadores de Búfalo instituiu um selo de garantia. Esse queijo, em geral, tem menor teor de sódio. Há os queijos mais magros, que podem ser aliados da dieta, como o cottage. Segundo Karoline Jorge, ele é rico em whey protein, proteína que ajuda a reduzir gordura e evitar a perda muscular.Tem em média 45% de proteínas e 35% de gordura, podendo ter 0% na versão light. Seu valor calórico é de 31 kcal (2 colheres de sopa). A chef Leslie Monteiro destaca que há queijos mais indicados para gratinar, derreter ou rechear. Ela ensina aqui algumas dicas (veja quadro). “Queijos conferem sabor e textura aos pratos, mas como tudo, devem ser consumidos com moderação”.

Derreter - Emmenthal é um bom queijo para derreter, assim como o gruyère (um pouco mais adocicado). Ambos são muito usados em foundues, pois se fundem facilmente, não ficam com textura borrachenta e permanecem macios. O cheddar derrete facilmente também. Os queijos fundidos são ótimos para enriquecer os molhos brancos.

Queijos de cabra O chevre costuma manter a sua forma quando aquecido, e é ideal para fazer sanduíche de pão de forma quente ou tostado. São ideais para acompanhar saladas. Podem ser usados na preparação de mousse e, misturado a um pouco de creme de leite fresco, temos uma deliciosa pasta para pães e torradas. Fonte: chef Leslie Monteiro

Rechear - Os queijos ideais para recheios são os mesmos usados para derreter. O queijo prato também proporciona um saboroso recheio. O queijo de cabra é delicioso em recheios, principalmente se misturados a ingredientes crocantes como castanhas e nozes, outra mistura perfeita, é com figo turco.

Foto Kuttelvaserova/Shutterstock

menor do que os tradicionais. Dos seis tipos de queijo light avaliados na pesquisa, o campeão de redução de gordura foi o minas frescal light, com 71% menos do que o minas frescal tradicional. Logo depois vieram o requeijão light, o queijo minas curado light, o requeijão adicionado light e a muçarela light. Já o queijo prato light é só 14% menos gorduroso que o prato tradicional. “Entre os queijos mais gordurosos, o primeiro lugar disparado ficou com o parmesão. Em 100 gramas, quase um terço é pura gordura. Depois vem o queijo minas curado: 27, 7%. A muçarela aparece em terceiro lugar”, detalha a nutricionista Karoline. O Inmetro mediu também a quantidade de colesterol dos queijos. Nessa avaliação, o parmesão também ocupa o primeiro lugar, seguido pela muçarela e pelo queijo prato. Em relação à gordura saturada, o parmesão está outra vez na frente: 100 gramas equivalem a 90% do máximo de gordura saturada que uma pessoa deve ingerir em um dia. O queijo minas curado (88%) e a muçarela (78%) também não estão muito atrás. Tatiana Branco lembra que, no Brasil, é fabricada uma grande variedade de queijos, que reflete a nossa própria formação cultural. “Há queijos mais tipicamente brasileiros, e há outros

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gastronomia Receitas Tiramissu

Ingredientes • 400g de queijo mascarpone ou cream cheese light; • 1 xícara de açúcar; • 1 xícara de café forte e frio;

• 1 colher de sopa de licor de chocolate ou cacau; • Raspas de chocolate; • 3 ovos; • 1 pacote de bolacha champanhe.

Produção e fotos Fernanda Lopes

Preparo Bata as claras em neve e reserve. Bata as gemas com o açúcar por uns 2 minutos e junte o mascarpone. Bata bem, por cerca de 10 minutos. Desligue e misture as claras em neve. Molhe o biscoito levemente em uma mistura do café com o licor (opcional). Faça camadas de bolacha umedecida e creme e termine com raspas de chocolate. Leve à geladeira por pelo menos duas horas antes de servir.

Suflê de cottage

Ingredientes • • 1 colher (café) de pimenta dedo-de-moça picada sem • sementes; • 1 xícara (chá) de queijo • cottage light; • 2 claras em neve (bem firmes, • mas não ressecadas);

2 colheres (sopa) de farinha de trigo; 1 colher (sopa) de manteiga light; 2 xícaras (chá) de leite desnatado; Sal a gosto.

Modo de preparo Em uma panela, doure a farinha na manteiga, mexendo sem parar. Aos poucos, acrescente o leite e continue mexendo para não granular. Tempere com o sal e cozinhe por três minutos. Junte o cottage e a pimenta e deixe esfriar um pouco. Acrescente as claras delicadamente. Coloque em quatro formas individuais para suflê (ou travessa refratária funda) untadas com manteiga light. Leve ao forno pré-aquecido a 180°C por cerca de 30 minutos ou até dourar. Sirva imediatamente.

• Tomatinhos cereja para enfeitar. Modo de preparo Coloque todos os ingredientes numa tigela e misture com as mãos. Quando a massa ficar homogênea e der para formar uma bola, pare de mexer. Embrulhe a massa em filme plástico e leve para a geladeira por 10 minutos. Retire da geladeira, polvilhe farinha sobre uma superfície lisa e abra a massa com um rolo. Unte uma forma redonda de 20 cm, de preferência própria para quiche com fundo removível, com manteiga e farinha e cubra o fundo e as laterais com a massa. Reserve.

Quiche de queijo com tomate cereja Ingredientes massa

Para o recheio

• 250 g de farinha de trigo;

• 2 xícaras de chá de creme de leite;

• 125 g de manteiga;

• 3 ovos;

• 1 ovo;

• 80 g de queijo emmenthal ou gruyère

• 1 gema de ovo;

ralado ou outro da sua escolha;

• 1 colher de chá de água e

• 80g de queijo parmesão ralado;

• Sal a gosto.

• Sal e pimenta-do-reino a gosto;

Para o recheio Misture tudo, exceto os tomatinhos. Coloque sobre a massa na forma. Enfeite com os tomates cortados ao meio e leve ao forno pré-aquecido a 200°C por cerca de 30 minutos ou até a massa estar assada e a cobertura gratinada.



Fotos KFPress

moda

Usados com camisas brancas ou cacharrel, os coletes em alfaiataria valorizam o look, deixando tudo muito elegante 68

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Aliado básico Peça fundamental para criar um look em camadas, seja qual for a temperatura, o colete personaliza o visual e confere estilo

Por Karlos Ferrera

Nas estações frias ou quentes, de dia ou de noite, há sempre um jeito de usar colete. Direto sobre a pele, ou para enfeitar ou aquecer, ele também é ótimo aliado na hora de disfarçar grandes decotes ou seios fartos. É um curinga para ocasiões descontraídas, e pode ser usado sobre vestidos ou camisas. Como acessório, dá um up numa produção básica, e acrescenta cor em trajes neutros. O segredo é combiná-lo com roupas mais coladas, para não parecer maior dentro da sobreposição e priorizar uma base neutra.

A peça comum do guarda-roupa dos homens tem passe livre ao lado de outros elementos masculinos, como sapatos Oxford (com cadarços) e suspensórios. Mas, de modo geral, tente contrastar o colete com elementos femininos, como saltos altos e acessórios grandes. Como a roupa já vem do armário dos meninos, o resultado é melhor com camisetas ou com tops. E ficam ainda melhor com saias, bermudas e vestidinhos. A utilidade do colete está ligada à textura. Os mais grossos, de lã, plumas, pele, matelassê ou moletom, encaram bem o

A peça coringa cai bem nas mais variadas produções

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moda Cuidados na hora de usar • A peça serve para valorizar tronco e ombros, e para disfarçar a barriga. Mas, se ficar muito pesado ou comprido, pode aumentar as medidas até dos quadris. Quanto mais acolchoado, pior ficará nas baixinhas e gordinhas.

• Para não errar, use modelos estampados ou bordados sobre bases monocromáticas. Experimente tonalidades claras por baixo, como branco, nude, ou o atual camelo (caramelo). • Colete branco não fica bem com cores vibrantes. Abuse do contraste sobre tons neutros como preto, cinza e bege.

• Modelos acinturados e abotoados marcam • O de alfaiataria, mais sóbrio, também não o abdômen e o quadril. Evite se você tiver combina com multicoloridos. Tente usá-lo gordura localizada. Nesse caso, use-o aberto. com elementos mais clássicos, como jeans • Aplicações como tachinhas e bordados estão escuro e bolsa com alça de corrente. liberadas se você quer parecer moderna, • Bolsos e modelagens retas figuram melhor senão, prefira os modelos clássicos. em ocasiões formais e de trabalho. Evite • Combinar colete com camisa já deixou de aquele visual de fotógrafa ou guia turística. ser obrigação. No entanto, o monocromático total ainda é chique. • Alongue a silhueta, assegurando-se de que

o colete tem comprimento acima do cós da calça. Calças muito justas com coletes muito compridos podem dar a impressão de que a pessoa é ainda menor. • As mais cheinhas podem optar pela peça sempre aberta, para não marcar saliências. O colete deve ser mais comprido, na altura do cós da calça, nunca mais curto. O ideal é que o modelo passe da cintura e não tenha muitos detalhes no corte. • Mulheres com o corpo um pouco mais reto devem usar coletes fechados e com artifícios a mais, como pences ou duplas carreiras de botões. Abuse de faixas e cintos na altura da cintura e por cima da peça. Os modelos mais curtos e cavados também fazem a cintura parecer mais fina.

frio. Se quiser enfrentar o calor, aposte nas versões de sarja, seda ou linho, bem cavadinhas. Com camisas, ele forma uma dupla clássica, e você também pode combiná-lo com chemisier, camisetas e pólos. Mas, preste atenção no caimento dos coletes: de forma geral, devem se ajustar ao corpo, sem ficar muito apertado; as proporções devem se equilibrar na hora de montar o look; coletes curtinhos pedem complementos alongadores do corpo, para que não resulte na impressão de tronco curto demais, enquanto coletes mais longos e soltinhos podem acompanhar comprimentos mais curtos de saias, vestidos e shorts, para compensar.

O clássico jeans É bem jovem e deixa qualquer produção moderna. Ora sequinhos e micros, ora amplos como camisas sem mangas, podem acompanhar desde um look romântico (sobre vestido lingerie) a um boyfriend (com shorts amplos). Para uma produção sexy e urbana, combine com calça skinny ou legging e salto.

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

Reunião entre amigos reúne um seleto grupo de pessoas na casa do empresário Hugo Rinaldi para recepcionar o eterno rei Pelé

Amizades também são eternas: Hugo Rinaldi, Pelé e Patrícia Franco

O casal José Vicente e Maria Tereza Vicente

Pelé e Milliam Sant’Ana

Renata Azevedo e Fernando Bonavides. Dizem por aí que o herdeiro está por vir

Pelé ladeado pelo são paulino Marcio Pokemón e Denise Manso

O jovem casal Mariel França e André Di Gregorio

Pelé e Debora em momento de emoção

O ex-jogador Belarmino de Almeida (Nenê) e a filha Bianca Manso Almeida

Rodrigo Camazzato, Everton Zanata e Vanessa Barolie

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O famoso palhaço Pudim, Enor Cesar, Pelé e Daniela Petito

Grandes amigos: Hugo Rinaldi, Pelé e Maurício Cohen

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Flashes

Noite de reabertura do restaurante Varanda Grill & Pizzaria, em Bertioga, reúne clientes e amigos para prestigiar o bom ambiente da casa

Os músicos Erico Miranda, Rominho Cruz e Tom Vieira

Família e amigos na noite especial

Leandro Sudan, Fernanda Custódio, Viviane e Welinton Arantes

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Os anfitriões Sarack: Monica, Eduardo e Wilma

O clã masculino reunido para um brinde

Família Salazar atesta a qualidade dos serviços

Karen Fernandes Garilho, Roberto e Marcia Garilho

Eudas de Carvalho, Lucicleide Delourdes, Paulo Henrique, Terezinha Carvalho e Gisele Correa

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“Destaques” // Luci Cardia Roberto Haddad mais uma vez surpreendeu a todos, com uma belíssima festa no restaurante Vista ao Mar, em Santos, onde comemorou mais um aniversário. Parabéns!

Roberto Haddad e sua amada Flávia Patriota

Luciane Biondo, Rose Aragon, Selma Barreto, Dinalva Berloffi Zaidan e o aniversariante

Paola Smanio, Camilo Di Francesco e o aniversariante

Roberto Haddad aproveitou a festa para homenagear os aniversariantes do mês, o filho Sidnei Haddad, Pascoal Biondo, José Cardia, Rose Aragon, Lurdinha Russo. Parabéns a todos

Os homens da Tar: Ribas Zaidan, Arnaldo Barreto, Sergio Aragon, Pascoal Biondo e Roberto Haddad

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José Cardia, Antonio Carlos Araujo, a voz do esporte Osmar Santos e Francisco Brandão

José Avelino Dias e sua amada Nawal, Silmara e Newton Motta e o amigo Roberto

A turma da TAS fez o coro do parabéns a você, liderada pelo casal João Carlos e Regina Fernandes

Elias Jesus, Rosa Maria Marsaioli, Luciana Barreto Batista e Lucas Batista

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho Aniversário de Roberto Haddad...

A turma da TAS em noite de muita alegria e comemoração festiva

Paulo Vieira de Melo, Carlos Mendes e Sérgio Cardoso

Milton Casari e Helio Violani

Elias Vieira de Jesus e Rosa Maria Doneaux

Maria de Lourdes e Pasquale Russo

Karen Nunes, Karoline Nunes e Simone Machado

Denis Miranda e Andressa Fernandes

Dinalva Berloffi e Silmara Motta

José Maria e Marcia Campanha Domingues

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho Acompanhar a movimentada sociedade santista é sempre fascinante. Aqui, alguns momentos do mês

Os diretores culturais da Pinacoteca Benedicto Calixto Carla e Eduardo Paulino receberam a escritora Cláudia Matarazzo, no lançamento de seu livro Etiqueta sem Frescura

No Memorial das Conquistas, em homenagem ao centenário do Santos F. C., o artista plástico Paulo Consentino, a fotógrafa Isabela Carvalhaes e o escritor Eduardo Virtuoso

No Menú Solidário, realizado no restaurante Spazino D’Itália, a cantora Virgínia Rosa, responsável pelo cardápio com renda em prol da Associação Prato de Sopa, ladeada pelos sócios proprietários do Spazino, Lia Martins Mertuscelli e Edison Lopes Hernandes 80

O conde Paulo Eduardo Costa, da diretoria do Golf Clube de Santos e São Vicente em momento de lazer, durante apresentação do belo clube

José Alexandre Batista e Rosemary Fagundes Magina na festa de 15 anos de sua filha Fernanda, nos salões do Clube dos Ingleses

O médico Manoel do Nascimento Ramos, com muita dedicação em seus mais de 50 anos de profissão, é também integrante da diretoria da Associação dos Médicos de Santos

Este colunista, ao lado da mulher Walkyria Sanches Capp, aniversariou no restaurante da Família Manzoli e hospedou-se no badalado Ilhabela Hotel, dos empresários santistas Silvério e Albano Santos

Alessandra e Felipe Villarinho Alvarez, com seu filhote

A família Stylist Hair: Arnóbio, Silvéra e os filhos Silvana e Adry Santos (exímios na arte da tesoura) na inauguração do Espaço Silvana, by Silvéra Coiffeur

Beach&Co nº 119 - Maio/2012



Flashes O presidente da FecomercioSP, Abram Szajman, recebeu título de cidadão bertioguense concedido pela Câmara Municipal dia 9 passado. O evento foi realizado no Sesc Bertioga, e contou com a presença de representantes do Sesc e Senac de São Paulo e autoridades municipais

Vereador Antonio Rodrigues, prefeito Mauro Orlandini, Abram Szajman e Marcos Roberto Laurent, gerente do Sesc Bertioga

Luiz Francisco de Assis Salgado, diretor regional do Senac -SP e Abram Szajman

Antonio Carlos Borges, diretor-executivo da Fecomercio- SP e Ribas Zaidan, diretor presidente do Sistema Costa Norte de Comunicação

Inauguração do pronto-socorro de Bertioga

Manoel Prieto Alvarez, secretário municipal de Sáude, Mauricio Mindrisz, presidente da FUABC, prefeito Mauro Orlandini e Marcelo Vilares, presidente da Câmara Municipal

Francisco José Rocha, secretário de Administração e Finanças

Vereador Antonio Rodrigues, Mauricio Mindrisz, Manolo Pietro, Cecília e Mauro Orlandini, Marcelo Vilares e Jurandyr Teixeira da Neves

Foto Tadeu Nascimento

Em Santos

Thais e Manolo Pietro

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As funcionárias Francilene Bento Rebelo e Amanda Carvalho dos Santos

Paulo Skaf , presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o prefeito de Santos João Paulo Tavares Papa

Beach&Co nº 119 - Maio/2012




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