Beach&Co 121 by Dinalva Zeidan

Foto Luciana Sotelo

22 Orquidário reabre, para nossa alegria

Foto Fernandes Zacarias

28 CNE premia vencedores da 4ª edição

E mais... Escotismo 10 Sustentabilidade 38 Imóvel Store

Moda 52

Foto KFPress

Flashes 58 Destaques 60 Celebridades em foco

Alto Astral

Foto Renata Inforzato

40 Mundo afora sem limites

Capa

Cassiano de Oliveira do Grupo Escoteiro do Ar São Vicente Foto Luciana Sotelo

Foto Pedro Rezende/arquivo

46 Cuidados na alimentação de inverno

Foto Luciana Sotelo

Porto pág. 34

Beach A

R e v i s t a

Co d o

ao leitor Foto Luciana Sotelo

L i t o r a l .

ANO XI - Nº 121 - Julho/2012 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor - Presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora Chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP)

E mais...

beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte

Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Direção de Arte e Diagramação: Audrye Rotta audrye.rotta@gmail.com Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Flávia Souza, J. Cardia, Luciana Sotelo, Karlos Ferrera, Marcos Neves Fernandes e Renata Inforzato Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

Palavra de escoteiro! Huguinho, Zezinho e Luisinho, personagens da Disney que estrearam nas tiras de jornal dos Estados Unidos, na década de 1930, concebidos por Ted Osborne e Al Taliaferro, são astutos, corajosos, honestos e trabalhadores. Escoteiros-mirins exemplares, conquistaram fãs por muitas gerações com suas incríveis aventuras. Apesar de serem produto de ficção, servem bem para exemplificar alguns dos conceitos do escotismo, criado por Robert Stephnson Smith Baden Powell, em 1902. Nos dias atuais, em que a sociedade trancafia-se frente às telas, sejam de computadores, TVs ou celulares, e as crianças deixaram de correr pelas ruas, de subir em árvores e de criar aventuras imaginárias, o escotismo chega a parecer uma filosofia ultrapassada. Afinal, ajudar o próximo e praticar diariamente uma boa ação são atitudes distantes para o individualismo reinante. Mas, contrapondo este cenário, o escotismo sobrevive há mais de um século. Atualmente, no Brasil, são mais de 70 mil agregados, de acordo com a União dos Escoteiros do Brasil. Só na Baixada Santista há 21 grupos distintos, atuantes, onde crianças e jovens aprendem, acima de tudo, lições de cordialidade, disciplina, respeito, companheirismo e convívio em sociedade. Mais do que justo, então, homenagearmos esses verdadeiros heróis do século XXI, que divulgam e fomentam atitudes saudáveis, em prol de um mundo melhor. Que as lições escoteiras inspirem a todos. Eleni Nogueira

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Fotos Luciana Sotelo

comportamento

Grupo Escoteiro Santista do Ar é o sexto mais antigo de São Paulo

Beach&Co nº 121 - Julho/2012

Sempre

alerta! Escoteiros praticam o bem em busca de um mundo melhor, graças a um movimento que se espalhou e está presente também na Baixada Santista

Por Luciana Sotelo

Eles estão presentes pelo mundo todo e compartilham os mesmos ideais. A palavra de ordem é estar ‘sempre alerta’ para ajudar o próximo e praticar diariamente uma boa ação. Super-heróis? Não. Eles são escoteiros, jovens sem poderes especiais que cultivam a lealdade, a gentileza e a disciplina em plena era do individualismo, consumismo e da lei do mais forte. Entrar para um grupo de escoteiros significa aceitar um novo estilo de vida. O jovem deve se esforçar para se tornar um cidadão exemplar, com o propósito de ser ético e consciente para atuar com responsabilidade em sua comunidade. Tamanha missão é assumida diante

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de todos mediante uma promessa: “Prometo pela minha honra fazer o melhor possível para cumprir meus deveres para com Deus e minha pátria; ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião; e obedecer à Lei Escoteira”. É com esse discurso solene que os jovens ingressam em uma equipe ou patrulha, ganham o uniforme, distintivos e o lenço específico de cada grupo. “É um compromisso para a vida toda”, afirma Francis Souza Carrer, diretora da União dos Escoteiros do Brasil - Regional Baixada Santista, lembrando que “o escotismo ajuda o jovem no seu desenvolvimento integral, ou seja, físico, espiritual, intelec-

comportamento tual, afetivo, social e moral, com o propósito final de torná-los úteis e responsáveis no futuro”. Na Baixada Santista existem 21 grupos distintos. O Grupo Escoteiro Santista do Ar é o mais antigo deles. Com sede na cidade de Santos, foi fundado em 14 de agosto de 1945. “Aos 67 anos de trajetória ininterrupta, foi o sexto grupo formado no estado”, diz o atual presidente Claudio Fernandez dos Santos. Depois de passar por vários endereços, há 12 anos funciona nas dependências do Jabaquara Atlético Clube, no bairro Caneleira. Com 45 membros, entre os jovens e adultos, o grupo se reúne aos sábados, das 15 às 17h30. Entre as atividades executadas estão aquelas voltadas à modalidade que representa o ar, onde são repassadas técnicas específicas como conhecimento da direção do vento, noções de meteorologia e de aeronaves, entre outras. Interessantes, segundo Claudio, não são apenas as novas habilidades aprendidas, e sim, a transformação que o movimento faz na vida dos jovens. “Tínhamos aqui um garoto da região do Mercado Municipal, no centro da cidade; ele não tem pai. Por influência do escotismo, seguiu carreira na área militar. Isso para nós é a certeza de que estamos no caminho certo”. Beatriz Nunes Nasevicius Barbosa tem 14 anos; ela entrou para a tropa há 1 ano porque precisava ter um pensa-

Acima, o movimento das mãos indica uma das leis escoteiras que é estar sempre alerta para ajudar o próximo e, ao lado, aprender fazendo e vida em equipe são alicerces do método criado por Baden-Powell

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Todo escoteiro aprende a armar barracas para fazer acampamento e viver uma aventura diferente

mento mais saudável, como diz. Hoje, ela agradece pela nova conduta que adquiriu, além dos novos amigos que fez, os lugares que conheceu e a confiança que seus pais depositam nela. “Quando meu pai e minha mãe querem saber se eu estou realmente falando a verdade, logo perguntam: É palavra de escoteira? Se eu digo que sim, pronto, eles acreditam na hora”, diz animada a adolescente. Exemplos como o de Beatriz deixam Claudio satisfeito e realizado. “É um grande passo para uma sociedade mais

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justa. O movimento ajuda a transformar o mundo num lugar melhor.” O Grupo Escoteiro do Ar São Vicente é outro destaque na Baixada Santista. Fundado em 8 de julho de 1973, o único representante do município vicentino é o mais numeroso da região, com mais de 300 membros que fazem as reuniões também aos sábados, uma no período da manhã e a outra à tarde. Funciona em uma área da União, no terreno do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, uma localidade tom-

comportamento Movimento cultiva a lealdade, a gentileza e a disciplina em plena era do individualismo, consumismo e da lei do mais forte

bada pelo Patrimônio Histórico. Conforme a vice-presidente do grupo, Maria de Lourdes Santos Teijeira, o espaço é amplo. “Dispomos de salas, terreno ao ar livre, cozinha, cantina, gruta, sala de reunião, churrasqueira e secretaria”. É no espaço aberto, em contato com a natureza, que são ensinadas algumas das práticas que todo bom escoteiro deve saber para sobreviver ao ar livre. Confecção de nós, amarras, montagem de acampamento, cozinhar, acender a fogueira,

usar a bússola, realizar os primeiros socorros, pescar, entre outras. Desvendar esses ensinamentos era uma das metas de Cassiano Afor de Sá Albano de Oliveira, de 11 anos. Ao participar do primeiro acampamento, pôs à prova alguns deles. “Ficamos numa floresta em São Roque. Lá eu fiz minha própria comida, armei a barraca e aprendi a sobreviver com muito pouco. Foi fascinante. Desde pequeno via essas coisas em filmes e queria participar das

Os jovens da região se reúnem aos sábados, sempre ao ar livre

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Adolescentes ingressam no ramo escoteiro

Maria de Lourdes Teijeira é vice-presidente do Grupo Escoteiro do Ar São Vicente. Ela começou no movimento ao levar os filhos para participarem, e acabou se envolvendo completamente

mesmas aventuras”, diz feliz, o escoteiro. Antes de receber um novo membro, o grupo adota algumas regrinhas básicas, explica Teijeira. “Existe uma palestra que explica os detalhes do movimento, que deve ser assistida pelos pais. Depois, a criança comparece por três sábados sem compromisso. Ela participa das atividades, acompanhada dos pais. Só então, se realmente gostou, é que começa efetivamente”. Entre as benfeitorias do grupo estão atuações como: atividades comunitárias, campanha do agasalho e dengue, doação

“O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros”, é um de seus lemas

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comportamento

de sangue e auxílio a crianças perdidas, por meio do Projeto Bombeiro. E para despertar o espírito aventureiro na turma, Teijeira comenta que existem atividades extras programadas como acampamentos, encontros regionais e atividades externas em pontos específicos. “É algo que vicia a gente. Eu mesma vim pela primeira vez trazendo meus filhos. Depois, convenceram meu marido a ajudar e, olha eu aqui, como vice-presidente”.

Movimento resiste ao tempo e leva adiante a bandeira do bem

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Grupo Escoteiro do Ar São Vicente é o mais numeroso da região, são mais de 300 membros

Mais de um século No dia 1º de agosto de 1907, na Ilha de Brownsea, Inglaterra, o militar Robert Stephnson Smith Baden Powell iniciou um acampamento de oito dias, com 21 jovens. Ele queria colocar em prática suas ideias de fazer atividades ao ar livre para contribuir na educação dos jovens. Dali em diante, o escotismo se espalhou para vários países, transformando-se num eficiente sistema de educação não formal para adolescentes e adultos, de 7 a 21 anos, acompanhados por líderes adultos que se dedicam a proporcionar experiências educativas. A primeira notícia sobre o escotismo publicada no Brasil data de 1º de dezembro de 1909, no número 13 da revista Ilustração Brasileira, editada no Rio de Janeiro. A reportagem fora preparada na Inglaterra pelo tenente da Marinha de Guerra Eduardo Henrique Weaver. À época, encontrava-se na Inglaterra um contingente de oficiais e praças da Marinha do Brasil, que se prepa-

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rava para guarnecer os novos navios da esquadra brasileira em construção. A maioria deles embarcada no encouraçado Minas Gerais, que chegou ao Rio de Janeiro em 17 de abril de 1910. No retorno, os militares trouxeram consigo uniformes de escoteiros ingleses. No dia 14 de junho do mesmo ano, reuniram-se todos os interessados pelo escotismo e foi oficialmente fundado o Centro de Boys Scouts do Brasil. “Foi formado ali o primeiro grupo de escoteiros do país. Ele passou a representar a modalidade do mar, a mais antiga”, esclarece Francis Souza Carrer. Em 1914, em São Paulo, foi fundada a ABE - Associação Brasileira de Escoteiros. Seu fortalecimento ajudou a irradiar o movimento pelo país. Em 1915, o escotismo já estava presente em quase todos os estados da Federação. No Brasil, forma seguidores há 102 anos, e já são mais de 70 mil escoteiros, de acordo com a União dos Escoteiros do Brasil. E São Paulo é a maior regional escoteira, com 248 grupos e cerca de 20 mil componentes.

comportamento

Claudio Fernandez com parte da tropa do Grupo Escoteiro Santista do Ar

A primeira notícia sobre o escotismo publicada no Brasil data de 1º de dezembro de 1909, no número 13 da revista Ilustração Brasileira, editada no Rio de Janeiro

Estrutura O movimento escoteiro é dividido em alguns ramos, pela faixa etária dos participantes: Ramo Lobo (6 anos e meio a 10 anos); Ramo Escoteiro (11 a 14 anos) - fase voltada para a vida em equipe e encontro com a natureza; Ramo Sênior (15 a 18 anos) - fase voltada para atividades aventureiras, de serviços comunitários, sociais e culturais; Ramo Pioneiro (19 a 21 anos) - fase voltada para o desenvolvimento de projetos e ações sociais em conjunto com ati-

vidades de interesse das equipes. Mas essa história não acaba por aqui. Mesmo depois de completar os 21 anos, muitos continuam no movimento e passam a ser escotistas, adultos que trabalham voluntariamente na chefia de tropas ou na diretoria de grupos. Serviço: Grupo Escoteiro do Ar São Vicente - Rua João Ramalho, 379, Centro, São Vicente. Grupo Escoteiro Santista do Ar Rua Francisco Ferreira Campo, 351, Caneleira, Santos.

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E você achando que 100% fosse o máximo que alguém pudesse se dedicar. Sabesp 300%: 100% de água tratada, 100% de esgoto coletado e 100% de esgoto tratado. O saneamento transforma a vida das pessoas. Por isso, não medimos esforços para levar, até 2014, o Sabesp 300% para todos os municípios do Vale do Paraíba atendidos pela Sabesp. E, até 2018, para todas as outras cidades do Estado de São Paulo. Saiba mais acessando www.sabesp.com.br/RS2011

turismo Fotos Luciana Sotelo

Beach&Co nยบ 121 - Julho/2012

A menina dos olhos santista está de volta Patrimônio ecológico não só de Santos, como de toda a região, o Orquidário Municipal reabre repleto de novidades, mas conserva muito das atrações que o tornaram tão querido

Por Luciana Sotelo

Vinte e quatro mil metros quadrados de puro verde no meio da cidade. Um dos principais cartões postais de Santos está de volta, após passar por reformas que duraram mais de 3 anos. O Orquidário Municipal reabriu as portas revitalizado, e recheado de novas atrações. Um convite perfeito para quem quer aliar contato com a natureza, tranquilidade, beleza e bem-estar. No ano em que o parque zoobotânico completa 67 anos, ele se renova e surpreende. A grande floresta urbana agora tem mais de 3 mil mudas de orquídeas ao ar livre, fixadas nas árvores, o que traz um colorido especial ao local. “A que ocorre com maior incidência é a Laelia purpurata, com mil exemplares. Essa espécie é tida como símbolo do Brasil e tem floração em novembro”,

Mostruário de Plantas abriga uma coleção de duas mil orquídeas

Beach&Co nº 121 - Julho/2012

turismo Quem disse que história do Brasil se aprende apenas nos bancos escolares? Uma visita ao Orquidário permite conhecer algumas das principais fases econômicas do país. Isso é possível por meio de um simples canteiro. Nele, mudas de plantas como o pau-brasil, café, mandioca e cana-de-açúcar ilustram épocas marcantes

explica a bióloga Maria Cecília Furegato, uma das responsáveis pelo setor botânico. As obras de ampliação e reforma do Orquidário custaram R$ 9 milhões e meio. O montante foi obtido com verbas federais, estaduais e municipais. De acordo com o secretário de Turismo de Santos, Marcelo Fachada, em toda sua história, o parque nunca tinha passado por reforma, apenas pequenas intervenções. “Por ter sido transformado em parque zoobotânico, era preciso adaptar os recintos dos animais à legislação do Ibama”. Remodelado, o segundo ponto turístico público mais visitado na cidade (perde apenas para o Aquário Municipal) possui 450 animais e teve como maior ganho a implementação das áreas técnicas, segundo Fachada. O Centro de Zoologia ganhou novos equipamentos e instalações, com locais específicos para

animais em tratamento, ambulatórios, sala cirúrgica, salas de internação, farmácia, raio-X, sala para diagnósticos laboratoriais e necropsia isolada, além de maternidade com berçário, UTI, sala de esterilização, quarentena, entre outros. O setor botânico também foi contemplado com um laboratório para reprodução de mudas de orquídeas. Sem contar a área administrativa, que ganhou um prédio novo, com miniauditório para cursos e palestras.

Atrativos Ao entrar no Orquidário, o visitante é recebido pela Ninfa de Naiade, escultura de destaque na tradicional fonte do parque, e um ponto de parada obrigatório para quem deseja registrar o momento em belas fotografias. Como antes, dezenas de animais continuam soltos pelas alamedas, surpreen-

O orquidário possui 450 animais distribuídos em diversos ambientes, em seus vinte e quatro mil metros quadrados

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Na parte central do parque ficam os recintos das araras, dos papagaios e tucanos. Abaixo, a Ninfa de Naiade e o início da Trilha do Mel

dendo a todo minuto os turistas. São cutias, cágados, jabutis, atobás, saracuras e, até mesmo, exóticos pavões que chegam bem pertinho do público para dar boas-vindas. Depois de se integrar ao reino animal, é hora de conhecer a primeira novidade. Trata-se da Trilha do Mel, que tem em sua estrutura sete colmeias de abelhas silvestres. A ideia é fazer com que a população conheça melhor o comportamento do inseto e, assim, perca o medo, afirma a bióloga Cibele Coelho Augusto, responsável pelo setor de educação ambiental. Ela diz: “As pessoas, no geral, têm pânico de abelha. Aqui, conhecem seus hábitos e percebem que são inofensivas. Estão em exibição abelhas brasileiras, sem ferrão e de cinco espécies distintas”. Perto dali, outro prédio incrementa o roteiro de aventura. De um lado, terrários funcionam como habitat de iguanas, caramujos e um jacaré. Do lado oposto, fica o minimuseu onde estão expostos animais taxidermizados, caso da preguiça, do gato do mato, jiboia, falcão e outros. Há, ainda, um salão central, amplo e bem arejado, o Mostruário de Plantas, que abriga uma coleção de duas mil orquídeas. “Além disso, temos bromélias, helicôneas e avencas”, acrescenta Maria Cecília.

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Pioneirismo O parque foi inaugurado em 11 de novembro de 1945 para abrigar as orquídeas de Júlio Conceição, o primeiro orquidófilo do Brasil. Júlio morava em uma grande chácara no Boqueirão, chamada Parque Indígena, onde cultivava cerca de 90 mil orquídeas em árvores e ripados. Aberto em 1932, foi o primeiro estabelecimento de visitação pública de Santos, e verdadeira referência turística da cidade, funcionando até o começo dos anos 40, mesmo após a morte de Júlio, seu fundador, falecido em 1938. Maior orquidário ao ar livre do mundo à época, a área foi loteada após a morte de Júlio e o patrimônio biológico, vendido por valor simbólico à prefeitura para formar o Orquidário.

turismo Claudinei Malta Negrão e os netos Guilherme e Gustavo entre os muitos que não deixam de dar uma passadinha no parque

Na parte central do parque ficam os recintos das araras, dos papagaios e tucanos. É lá que reside a arara azul, a maior do Brasil. Destaque para o viveiro de visitação interna, onde o visitante entra no habitat de espécies como o marreco carolina, irerê e o cardeal-do-banhado. “Alguns desses marrecos são aqui da nossa região e, muita gente, nem sabe que eles existem”, diz Cibele. Este recinto tem horário fixo para funcionamento, aberto das 9h00 às 11 horas e das 14h00 às 17 horas. O lago não foi alterado e continua sendo o endereço de tartarugas, carpas e cisnes. Por toda parte, há saguis e aves migratórias. Estas usam o Orquidário como dormitório e restaurante, uma vez que a comida é farta no local. “À noite, as garças chegam aos bandos para descansar”, diz Cibele. O Jardim Sensorial foi criado para estimular os sentidos e, por isso, explora de forma agradável cores, texturas e aromas. Para fluir as emoções, o visitante tem que se deixar levar pelo banquete de sensações, oferecido pelas folhas, flores e plantas aromáticas. Fica para o final, o encontro com as espécies de grande porte. Veados, macacos bugios e os astros do Orquidário: o casal de macacos-aranha Ringo e Thula, moradores mais antigos, com mais de 30 anos de casa. Segundo Cibele, “eles fazem parte da história dos santistas e dos funcionários. Ao vê-los, muitos têm recordações da infância.” Serviço: funciona de terça a domingo, das 9h00 às 18 horas. Ingresso: R$ 5,00, com desconto de 50% para estudantes. Crianças até 12 anos e maiores de 60 não pagam. Fica na praça Washington s/nº - Bairro do José Menino, em Santos.

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educação

Eles fazem

o futuro

Foto Juliana Pacheco/JCN

Fotos Fernandes Zacarias

Projeto de incentivo ao envolvimento com as questões ambientais chega à sua 4ª edição, e já soma mais de 14 mil alunos comprometidos com atividades culturais

Alice Fonseca

Davi Oehlmann

Andressa Silva

Lucas Ryan

Paloma Duarte

Maria Clara Garcia

Eduardo Oliveira

Pollieny Feitosa

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Foto Juliana Pacheco/JCN

Gabriela Silvestre

Gabrielle Gonçalves

Foto Juliana Pacheco/JCN

Gabriella Silva

Gustavo Freitas

Rodrigo Araújo

Thaynara Moraes

Rhuan Wagner

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educação Da redação Mais de 200 pessoas prestigiaram a festa de premiação da 4ª edição do Costa Norte Escola: Comunicando para Educar - CNE, dia 4 passado, na Sala de Convenções do Sesc-Bertioga. Os protagonistas foram 15 alunos da rede municipal de ensino, do 1º ao 5º ano, classificados nos três primeiros lugares nas atividades propostas pelo concurso cultural. A iniciativa do Grupo Costa Norte de Comunicação visa propor a discussão em sala de aula de temas que envolvem a educação ambiental. Nessa edição, as categorias em disputa foram: campanha educativa - Nosso Ambiente: Economia de Água; concurso de texto de opinião - Lição de Amor à Natureza: todos levantam a mão para clamar contra a poluição; faixa informativa - Qualidade de vida: cuidando dos nossos rios; concurso de história em quadrinhos - Os animais também têm o direito à existência. A importância do projeto foi destacada pelo estudante Rodrigo Alves Araújo, terceiro colocado na categoria histórias em quadrinhos: “Incentiva as crianças a ajudar o

Vencedores reunidos para a premiação

planeta e ter um futuro melhor para as novas gerações”. Sobre o método usado para chegar entre os premiados, ele disse: “Passamos a limpo duas vezes até ficar bom mesmo”. Orgulhoso do filho, o pai de Rodrigo, o funcionário público Marcelo Gomes de Araújo, revelou que o desafio foi mais importante do que o prêmio. “Ele comentou em casa que estava fazendo o trabalho. Ele é muito engajado nessas coisas de meio ambiente e muito participativo. Por incrível que pareça, ele não comentou sobre a premiação, mas ficou muito feliz de ter ganhado”. Alice dos Santos Fonseca, aluna do 3º ano, aprendeu muito bem as lições sobre

Rodrigo Alves destaca a importância do projeto: “Incentiva as crianças a ajudar o planeta e ter um futuro melhor para as novas gerações.”

Ano

Colocação

Aluno

Campanha educativa - Nosso ambiente: Economia de água 1º D

Maria Clara Garcia Luís

1° A

Gustavo Henrique Dias de Freitas

1° A

Alice dos Santos G. da Fonseca

Campanha educativa Panfleto: relação do homem com a natureza: praia limpa 2º A

Paloma Andrade Duarte

2° B

Gabrielle Cristina P. Gonçalves

2° A

Gabriella dos Anjos Silva

Concurso de texto de opinião - Lição de amor à natureza: Todos levantam a voz para clamar contra a poluição 3° A

Pollieny Nunes Feitosa

3° C

Eduardo Morais de Oliveira

3° A

Davi Oehlmann Marques

Faixa informativa: Qualidade de vida: Cuidando dos nossos rios 4° C

Rhuan Wagner A. de Souza

4° A

Lucas Ryan N. Pereira

4° C

Andressa Rodrigues Silva

Concurso de história em quadrinhos: Os animais também têm o direito à existência

5º C

Thaynara dos Anjos Moraes

5º A

Gabriela Silvestre Lobo

5º B

Rodrigo Alves Araújo

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Pais e amigos lotaram a sala de convenções para prestigiar os laureados

economia de água. “Antes de vir para cá tomei um banho de apenas cinco minutos”, diz a menina que virou uma guardiã do precioso líquido. Já Davi Oehlmann Marques, estudante do 4º ano, mostra preocupação com o futuro do planeta. “Aprendi que devemos deixar o ambiente como está”. A participação dos alunos no CNE, por escola, é superior a 90%, de acordo com o idealizador do projeto Roberto Zaidan. Para ele, o sucesso foi conquistado por meio do empenho de diretores, professores e dos próprios alunos. “Os diretores conseguem incentivar os professores, que, por sua vez, incentivam os alunos. Não somente pela premiação, mas pelo conhecimento, pela proteção ao meio ambiente”. A diretora regional de Ensino, Dulce Ceneviva, compareceu à cerimônia e elogiou a iniciativa do CNE, que teve início quando ela ainda era secretária de Educação de Bertioga. Ela diz: “O concurso contribuiu, inclusive, para aumentar os índices do município no Idesp e Ideb. De uma forma lúdica, faz com que a criança queira trabalhar mais, escrever melhor e prestar atenção nas

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aulas. Por esse meio, conseguimos melhorar o nível de ensino e a grande vencedora é a educação.” Para a secretária de Educação de Bertioga Maria Aparecida Malafati Matos, o CNE possibilita somar as ações educativas nas escolas e ainda permite o envolvimento das famílias. “Somamos o trabalho e o esforço pedagógico dentro das escolas, aliados aos parceiros do projeto e o resultado é maravilhoso. A sedução do projeto, em virtude dos temas e a premiação, é que faz com que as crianças participem.”. A Sabesp é um dos apoiadores do CNE. O representante da empresa, Josué Wagner

Alice já dá lições de economia de água: “Tomei um banho de 5 minutos.”

educação

Davi preocupa-se com o futuro: “Aprendi que devemos deixar o ambiente como está.”

de Campos Pereira, acompanhou a cerimônia e destacou que a política da Sabesp é apoiar todo evento que traga benefício ao meio ambiente e à educação. “A consciência ambiental é um desafio, e para os professores, muito mais. É preciso muito amor e dedicação”. O engenheiro Paulo Velzi, representando a Sobloco Construtora, que também apoia a iniciativa, diz: “A mensagem que fica com esse projeto é a de que a educação é o principal fator de crescimento das pessoas e da comunidade. A Sobloco está sempre engajada em projetos que tragam o crescimento da comunidade.”

Participação

“Os diretores conseguem incentivar os professores, que, por sua vez, incentivam os alunos.“ Roberto Zaidan, idealizador do projeto

A EM Jardim Vista Linda é uma das unidades que teve maior participação dos alunos no projeto. Para o diretor Luiz Martins, o segredo é o incentivo. “Motivamos os professores a melhorar sempre o trabalho e o benefício, além da premiação, é o aprendizado da consciência ambiental.” A professora Valdinete da Conceição, da Emeif Prof. Delphino Stockler de Lima, considera o projeto excelente por elevar o conhecimento das crianças. “Os temas estão de acordo com o que está em apostila. Eu trabalho com as crianças, montando um projeto; divido em etapas e abordo o tema dentro de todas as disciplinas. É possível fazer um trabalho completo.” O CNE: Comunicando para Educar vai iniciar a 5ª etapa no 2º semestre desse ano, com novos temas e propostas. O projeto conta com apoio da Sabesp, Sesc-Bertioga, Mare Incorporadora, Zogbi Engenharia e Construções, e Sobloco Construtora. Fonte: Jonal Costa Norte

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porto

Integração

porto/cidade

na pauta do CAP

O Conselho de Autoridade Portuária tem, desde o último dia 20 de abril, um novo presidente, o arquiteto, urbanista e engenheiro ambiental Bechara Abdalla. No comando das funções estratégicas do órgão, reservou em sua atribulada agenda um tempo exclusivo para conversar com a Revista Beach&Co e falar sobre planos para o setor

Por Luciana Sotelo

Como funciona o CAP? O CAP foi instituído pela Lei 8.630, de 1993. Ele é formado por 4 blocos, estabelecidos pela própria legislação. Tem o bloco do poder público, onde temos a coordenação dos trabalhos feita por um representante do governo federal, neste caso o cargo que eu ocupo; o representante do governo do estado e o representante das prefeituras de Santos, Guarujá e Cubatão, municípios ligados à questão portuária. Temos o bloco dos usuários, prestadores de serviços; o bloco laboral, dos sindicatos e dos trabalhadores e o bloco dos operadores portuários. A mesma legislação estabelece as competências do Conselho, que são muitas, entre elas, ampliar a competitividade do porto de Santos, discutir o PDZ - Plano Diretor de Zoneamento do porto de Santos, que aponta o desenvolvimento do com-

plexo até o ano de 2024, que deverá triplicar sua movimentação de carga. Eu também destacaria a questão das tarifas portuárias, pois o grande desafio é encontrar um Bechara Abadalla, presidente ponto de equilíbrio do CAP nessa discussão. Se, por um lado, temos que equacionar essa questão de forma competente para garantir o custo Brasil, por outro lado, temos que reconhecer que já faz 7 anos que não temos um aumento das tarifas. Por conta disso, temos um grupo de trabalho específico para debater esse tema que já está em pauta há 9 meses. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio.

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Qual o maior desafio? Eu destacaria o PDZ por ser uma área estratégica, que define onde o porto cresce e como ele vai crescer. Temos muito que discutir. O CAP tem a missão de analisar, homologar e deliberar sobre essas questões colocadas pela Autoridade Portuária. É importante manter o CAP comandado por alguém da cidade? Isso é um aspecto extremamente importante, não pelo fato de ter sido indicado o meu nome, mas pelo fato de termos alguém da região como coordenador destes trabalhos do CAP. Antigamente, havia uma discussão intensa com relação à forma de gestão do porto e muitos falavam na regionalização. Porque, na verdade, ele é o grande porto do Brasil. Eu entendo que o ministro dos Portos teve uma decisão acertada, no sentido de manter na presidência do CAP alguém da região. Foi uma maneira inteligente para termos uma gestão interessante para todos. Como secretário de planejamento de Santos e, agora, presidente do CAP, o senhor acredita que esteja fazendo a integração porto/cidade? Todo trabalho de planejamento que foi feito na prefeitura de Santos teve um forte componente da questão portuária, tanto que, no nosso plano diretor, discutido amplamente por dois anos e meio, o grande tema foi a expansão do porto de Santos na região continental. Propusemos uma expansão que duplica a área territorial do porto. Veja a importância que nós demos. Qualificamos um espaço no território continental, confinado entre a rodovia Cônego Domênico Rangoni e a linha d’água, e ali está se desenvolvendo a ampliação da área portuária. Hoje, isso já é uma realidade através do empreendimento da Brasil Terminal Portuário (BTP). O plano já está fazendo um ano de existência e nós já temos um terminal portuário privado dos maiores do Brasil praticamente concluindo suas obras. Pegamos o maior passivo ambiental que havia na região, que era a contaminação do antigo lixão da Codesp, e criamos algo novo. O empreen-

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dimento vem, mitiga o impacto ambiental e ali estabelece um empreendimento que gera emprego e renda. Eu me entusiasmo muito com esse projeto. Como sou arquiteto, urbanista e pós-graduado em engenharia ambiental, quando vejo um empreendimento econômico trazendo a mitigação de impactos, fico muito satisfeito. Esse sim é o famoso desenvolvimento sustentável; é a forma de crescermos com qualidade e garantirmos o equilíbrio. A gente sai do discurso e entra na prática. Existem estudos para o aproveitamento dos canais para o transporte hidroviário de cargas e até de passageiros? A ideia é usar o potencial hidroviário que a região tem? Nós temos um grande desafio hoje nas áreas do planejamento municipal. Estou falando isso no âmbito da prefeitura e também no sistema portuário regional. O grande problema é que nesse país existe um forte incentivo ao modal rodoviário, o que causa, na verdade, uma forte pressão sobre todas as cidades; e hoje temos gargalos que estão insuportáveis. A maioria das grandes cidades já está caminhando para o colapso. Ou a gente muda essa vertente ou vamos criar um problema insolúvel. O grande desafio é estimular outros tipos de transportes. Da mesma forma que aqui no porto a gente trabalha para ampliar, e muito, o modal ferroviário, temos que usar muito mais a ferrovia. Atualmente, somente 14% do potencial são utilizados. Por outro lado, a questão das hidrovias já está sendo estudada em âmbitos local, geral e também nacional. A Secretaria Especial de Portos (SEP) já tem um trabalho para incentivar a navegação de cabotagem e para a utilização dessas hidrovias. Nós também temos. A própria prefeitura de Santos acabou propondo no Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana (Condesb), através da Câmara Temática. Hoje, nós já temos essa questão muito incorporada nas pessoas, é uma unanimidade, tanto na questão da gestão do porto, no CAP, e os próprios trabalhadores e operadores entendem que a maior alternativa para me-

meio ambiente

O PDZ aponta o desenvolvimento do complexo portuário até o ano de 2024, quando deverá triplicar sua movimentação de carga

lhorar e resolver esses gargalos passa pela utilização das hidrovias. Mas para conseguir aproveitar esse potencial não é fácil; temos muitas obras civis que não foram, lá no passado, pensadas para permanecer onde estão. Um exemplo claro é a Ponte Pênsil, um marco da arquitetura e da engenharia, uma obra belíssima tombada pelo patrimônio histórico, uma obra maravilhosa, mas que hoje não permite as hidrovias. Ela não tem altura suficiente de maré máxima que permita passar embarcações maiores. Será preciso elevá-la. Inicialmente o modal será para carga ou passageiros? No Condesb, o estudo é para tudo. Esse é o maior papel nosso, o de fomentar essas discussões e ajudar o governo brasileiro a estimular outros modais que não só o rodoviário. Está mais do que na hora de implantar esses projetos. No caso, quais os impactos que a hidrovia gerará para o porto? Garantir a possibilidade de utilizar as hidrovias significa inclusive, eliminar os gargalos rodoviários hoje existentes na entrada de Santos, em Guarujá e Cubatão. A hidrovia ajudaria bastante porque minimizaria os impactos no sistema viário. Recentemente, o porto de Santos passou por um prejuízo enorme por conta da

mão de obra avulsa. O maior porto do Brasil pode ficar engessado devido à lei que obriga a utilização desse tipo de trabalhador? Esse tema é extremamente delicado; eu participei bastante como presidente do CAP, ofereci o CAP como instrumento para que a gente pudesse chegar a uma conciliação, fizemos uma série de reuniões, inclusive eu coordeno um grupo de trabalho dentro do CAP que tem a questão laboral sendo tratada e o CAP avançou muito nesse sentido, pois sem o trabalhador não se faz nada. O trabalhador quer trabalhar e tem uma proposta, o operador concorda com a proposta, fecha um acordo e o Ministério Público do Trabalho vem e diz que não concorda porque quer que seja feito da sua forma. Os trabalhadores sinalizaram que havia problemas com relação à escala eletrônica, com relação ao intervalo de 11 horas e mais uma série de questões. Os próprios operadores, num primeiro momento, também sentiram isso, mas, veja, os operadores ficaram amarrados porque, se eles não cumprem a lei da forma que está sendo colocada, eles são multados e a multa é pesada, não dá para pagar esse ônus. Então ficamos num impasse, ainda bem que estamos caminhando para um consenso. É preciso que a gente realmente resolva esse impasse.

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ser sustentável

A arte da

biodiversidade Milão, Paris, Tóquio, Copenhagen, Doha, Londres ou Nova York. Em qualquer uma dessas cidades, em vitrines das mais disputadas do mundo fashion, é possível encontrar biojoias made in Brasil

Por Marcus Neves Fernandes

Mas não pense em pedras preciosas, tipo esmeraldas, diamantes, turmalinas, topázios ou turquesas, muito pelo contrário. Estamos falando de palhas, sementes, cascas, raízes, cipós, ossos e chifres, além de madeira e folhas de árvores que a maioria de nós sequer ouviu falar. Por décadas, esse artesanato esteve restrito a um universo pouco valorizado. Era tido como mera expressão da criatividade popular, coisa barata, de beira de estrada, feirinha de cidade pequena. Até que alguém se deu conta do que isso na verdade representava, não só para essas pessoas, mas para a própria sobrevivência de um modo de vida e de uma cultura alicerçada na conservação do meio ambiente. Aí tudo começou a mudar. Mas não sem antes atrair o olhar dos estrangeiros. É curioso, mas foi graças ao valor dado por europeus, asiáticos e norte-americanos que o produto da biodiversidade brasileira galgou, finalmente, o conceito de arte - a biojoia. Hoje, sementes de tucumã, inajá, palha de

A arte da biojoia tranforma sementes, palhas, cipós e folhas em produto de exportação

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buriti, cipó-timbó, folhas da arumã, da piaçava, da jarina ou do mulungu entre tantas outras, cuja sonoridade do nome nos remete de Norte a Sul do Brasil, desfilam solenemente pelas passarelas parisienses, ao mesmo tempo em que já disputam espaço nos milionários mercados de ouro e prata do Oriente Médio. Mas engana-se quem pensa que no caso das biojoias nós exportamos matéria-prima. Esse, aliás, é o grande diferencial dessa história. Para o exterior, em forma de colares, pulseiras, brincos, anéis, esteiras, potes e talheres, o que se vende é o tão propalado valor agregado. Lá fora, e pouco a pouco em muitas butiques pelo país, o que se compra é o produto da arte do brasileiro, da sua criatividade, de uma cultura passada há gerações de mães para filhas. E é aí que o ciclo da sustentabilidade se fecha. Essa arte não existe sem a biodiversidade. Ela depende da floresta, do igarapé, dos campos sulinos, do manguezal, do cerrado, da caatinga, das abelhas, aves, primatas, répteis e peixes para se manter exuberante, exótica. É a partir dessas intrincadas relações que toda essa matéria-prima se faz presente. Na Amazônia, estudos recentes demonstram como cada uma dessas criaturas é fundamental, por exemplo, na dispersão das sementes. É como se a floresta ‘andasse’ milhares de metros, rebrotando em áreas mais férteis, graças ao ‘serviço’ prestado até mesmo pelos peixes, como o pirarucu e o tambaqui. A descoberta, mais do que os números obtidos, traz uma importante informação sobre a necessidade de se combater a pesca predatória, o tráfico de animais, o desmatamento que isola as espécies e por tabela, o ser humano. Processo semelhante ocorre na Floresta Atlântica. Nela, duas espécies de formigas carnívoras utilizam os frutos que caem das árvores para alimentar as crias. Esse fato, em si, não chega a ser uma novidade, mesmo para insetos que se alimentam de outros insetos. O que chama atenção é o resultado desse comportamento para as plantas. Normalmente, quando uma fruta cai da árvore, ela apodrece no úmido chão da floresta. O problema nesse processo é que, ao ser atacada

Feito com madeira amazônica, o conjunto de utensílios foi criado por grupos de artesãos de três diferentes países sul-americanos: Colômbia, Guatemala e Brasil. Hoje, é vendido em Londres e Nova York

pelos fungos, o embrião presente na semente também morre, impedindo o nascimento de uma nova planta. É aí que entram as formigas. Mesmo sendo carnívoras, elas coletam esses frutos e os levam para o formigueiro. A polpa, rica em proteínas, é essencial para as crias que, com esse alimento, desenvolvem-se de forma mais acelerada. Curiosamente, esse processo não beneficia somente as formigas. Ele é essencial para a própria planta. Ao consumirem a polpa, as formigas evitam que os fungos ataquem e destruam o embrião presente nas sementes. Livre da ação dos micro-organismos que habitam o chão da floresta, a semente pode, então, germinar, crescer, se estabelecer e iniciar um novo ciclo de inúmeras parcerias. E é nesse ciclo que se insere a biojoia brasileira. Ela é arte da biodiversidade, da saúde da natureza, que leva consigo, mundo afora, a criatividade de um povo.

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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internacional

PĂŠ nas estradas

do mundo

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Foto Guilherme Tetamanti

Por Renata Inforzato

Quem nunca pensou em largar tudo, pegar uma mochila - vale uma mala de rodinhas e correr para o aeroporto mais próximo? Se para muitos isso é um sonho, para outros, é uma deliciosa realidade

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Desde a valorização do real, no começo da década de 2000, o brasileiro não para de viajar. Segundo dados do Banco Central, em maio último houve um novo recorde de gastos no exterior. Os brasileiros queimaram nada menos do que US$ 1,829 bilhão. Ou seja, nem as altas do dólar e do euro nos últimos meses, e não foram poucas, impediram o brasileiro de viajar. E a demanda não é só por viagens de férias, com duração de, no máximo, um mês. A globalização, que facilitou a circulação entre fronteiras, e a internet, que torna possível a busca por informações sobre qualquer destino, possibilitaram o crescimento de outro tipo de viagem: aquela em que o viajante pede licença do emprego, ou até mesmo o abandona, para sair pelo mundo. Uma pausa para conhecer outras terras. O empresário Guilherme Tetamanti ainda se lembra de como começou a sonhar com viagens. “Foi na quarta série, com um professor de geografia. Quando voltava das férias, ele sempre trazia fotos de suas viagens. Nunca vou esquecer as imagens de Macchu Picchu, fiquei encantado”. Desde então, ele nunca mais parou de viajar; chegou até a morar na Espanha. Mas foi em 2011, já de volta a São Paulo, que resolveu fazer a grande viagem de sua vida: uma volta ao mundo. Vendeu sua parte em uma loja virtual de brinquedos e, com o dinheiro da venda, colocou o pé na estrada. A ideia começou ainda quando morava na Europa: “Não sei se foram acasos do destino, mas fiz vários amigos muito viajados, que já haviam entrado de cabeça nessa

internacional Foto Arquivo pessoal/Jonas Schwertner

Jonas Schwertner, na Alemanha

loucura de viagem de volta ao mundo. Ficava fascinado com seus relatos, queria saber mais e mais sobre algo tão incomum para nós brasileiros. Largar o emprego, família, amigos. Como será o futuro? No final das contas, para mim eram sempre as pessoas mais interessantes, com uma bagagem incrível e um montão de histórias para contar.” Jonas Schwertner aproveitou uma greve na universidade onde cursava o quinto ano de administração, em 2001, para se mandar para os EUA, onde passou cinco meses, morando em hotel e passeando pelo país. Voltou para o Brasil quando a greve acabou, para não perder o ano letivo, mas a vontade de viajar continuou. Então, no ano seguinte, trancou a matrícula e foi percorrer a Europa, em uma viagem bem mais planejada, que durou um ano e passou por mais de vinte países. “Optei pela Europa, pois meu objetivo era conhecer por completo um lugar. E para isto ser possível eu queria sentir as quatro estações do ano. Sentir as mudanças do clima e humor das pessoas. Ver e viver, não apenas viajar”. Era 2003, tempos de

dólar mais em conta, mas as companhias low cost e low fare (as que oferecem voos baratos) ainda não eram tão populares, o que restringia as opções. “Hoje é muito mais fácil e econômico”, conta Jonas, que, atualmente, vive em São Paulo, mas não parou de viajar. Muitas pessoas dizem que largar tudo e sair pelo mundo é bom para solteiros, que depois de casados não é mais possível empreender tal aventura. Eder Davalo de Rezende Junior está aí para desmentir esse tabu. Após a leitura do livro da família Schurmann, ele e a mulher Fabiana Fante Guímaro decidiram realizar o sonho de deixar o emprego e conhecer o mundo. Os dois são engenheiros químicos e casados há 12 anos. “Ao ler o livro, surgiu a pergunta: por que não fazer isso também?” Então, começaram no final de 2008 uma viagem que percorreu os cinco continentes, 37 países e durou 16 meses. De volta a São Paulo, partilham suas experiências de viagem em um site e organizam encontros mensais de viajantes, em parceria com um casal de amigos.

Foto Arquivo pessoal/Guilherme Tetamanti

Guilherme Tetamanti curtindo a vida nas Filipinas

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Destinos preferidos É difícil definir quais os destinos mais procurados, mas, quem se sente atraído por uma viagem mais aventureira ou, ao menos, independente, tem algumas preferências em comum. Os países do Sudeste Asiático atraem pela beleza, clima parecido com o do Brasil e as diferenças culturais. “Lá quase todos são budistas e têm uma paz de espírito muito grande. A culinária é bem apimentada e mistura doce com salgado, todos andam pelas ruas de chinelos, ou seja, tudo é muito diferente daqui e isso nos atraiu demais”, relembra Eder. As belas paisagens da Tailândia, e do Vietnã e os templos de

Foto Eder Davalo

Mas, tirar um período sabático não é simplesmente pedir licença ou largar o emprego, trancar a faculdade e sair por aí. É preciso muito planejamento, meses antes, e disposição para fazer economia, muitas vezes, abrindo mão até do chopinho no fim de semana. Mas, compensa? Nossos entrevistados dizem que sim. “Foi tudo incrível, muito melhor do que eu poderia imaginar. É impressionante como sempre tem gente disposta a ajudar forasteiros, ainda mais porque gosto de aprender algumas frases básicas e conhecer a cultura local”, conta Guilherme. Eder, por sua vez, completa: “Costumamos dizer que cada lugar tem seus encantos, basta você encontrá-los. Assim, todos os momentos foram marcantes”. Para Jonas, “o que mais marcou foram as amizades e as pessoas que eu conheci durante as minhas viagens e nos locais em que eu ficava. Isto realmente não tem como apagar.”

Foto Arquivo pessoal/Eder Davalo e Fabiana Fante

Planejamento

Muitos são os destinos procurados, como a Ilha de Bazaruto, em Moçambique (alto) e a bela paisagem de Santorini, na Grécia, com Fabiana Fante e Eder Davalo, ao lado

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internacional

Dicas para viajantes Ficou com vontade de fazer uma longa viagem? Com algumas dicas, é possível economizar bastante e partir sem medo. Mas, se você não pode ficar muito tempo fora, esses conselhos são úteis mesmo para uma viagem mais curta e independente. - Comece a planejar a viagem com, no mínimo, seis meses de antecedência. Isso evita gastos e problemas desnecessários. - Leia muito sobre o destino. Opções não faltam: jornais, revistas, livros, guias de viagem e, principalmente, internet. A rede oferece blogs, sites, redes sociais e fóruns de viajantes, onde você obterá opiniões sobre um mesmo destino, além de dicas que só os moradores sabem. Se não souber o idioma, ao menos tente aprender algumas frases básicas antes de viajar e compre um guia de conversação em inglês. - Assim que decidir a data da viagem, comece a economizar. Uma viagem longa demanda dinheiro, mas é possível fazê-la economizando antes e depois de partir. - Para levar dinheiro na viagem, a melhor coisa é um cartão pré-pago de viagem: você

Foto Fabiana Fante Guímaro

carrega antes de viajar e, para o caso de urgências, deixe uma procuração para alguém carregá-lo para você do Brasil. Hoje, um mesmo cartão pode ser usado em vários países, com diversas moedas. Para algum imprevisto, leve também cartão de crédito internacional. - Veja os procedimentos necessários para tirar visto. No caso da Europa, até três meses de viagem ele não é necessário. Mas se você for ficar mais tempo, é preciso estabelecer um ponto de residência e tirar o visto daquele país. - Algumas dicas de viagem podem ajudar muito. Por exemplo, se a distância entre duas cidades for grande, você pode optar por voos low cost, de empresas como a Easyjet, a Ryannair, entre outras. Um buscador eficiente de voos baratos pelo mundo é o Skyscanner: www. skyscanner.com.br. Se preferir, pode viajar de trem à noite, economizando uma diária de hotel. - Para hospedagem, hostels (albergues da juventude) são mais econômicos, sobretudo se você viaja sozinho. Apesar do nome, você vai encontrar viajantes de todas as idades; o café da manhã geralmente está dentro do preço da hospedagem e a infraestrutura melhorou

Angkor, no Camboja, são os lugares mais procurados dessa região. Países que foram palco de grandes civilizações antigas, como Egito, Turquia, Grécia, Roma, México ou Peru, também. É a chance de ver vestígios de povos que só conhecemos por meio de livros ou documentários. Para os esportistas radicais, destinos como Havaí, Austrália ou Nova Zelândia são os preferidos. Possuem paisagens de tirar o fôlego e, ao mesmo tempo são cosmopolitas. A África selvagem, sem dúvida, pois, quantos de nós, ao ver um documentário sobre ela, não nos imaginamos em um safári ou em uma expedição selvagem pelas savanas

muito nos últimos anos. Se você prefere hotel, também há muitas opções. Mas, atenção, reserve bem antes, pois a diferença nos preços de acordo com a data é maior do que nos hostels. Para os mais aventureiros, uma opção, a mais econômica de todas, é o Couchsurfing: www. couchsurfing.org, uma espécie de rede social de hospedagem. Por meio dela, você fica hospedado na casa de um morador, de graça, em troca apenas de uma gentileza, como ajudar na comida, por exemplo. - Muitos brasileiros esquecem ou decidem não fazer seguro saúde. Mas ele é necessário em qualquer viagem ao exterior; se o serviço de imigração solicitar, e você não tiver, é deportado na hora; e, afinal, a possibilidade de ter algum probleminha é bem real. - Viaje com o mínimo necessário. Quanto mais leve você viaja, menos desconforto tem, pois não fica carregando mochila e mala pesada. Além disso, as companhias de baixo custo têm um limite de peso muito pequeno e, gratuito, só a bagagem de mão. As malas despachadas são cobradas, podendo o preço ser mais alto do que a própria passagem.

africanas, em meio a leões e conhecendo povos exóticos? “Na África, a beleza natural é exuberante. A Namíbia é o país mais incrível que já vi, com leões, girafas e muitos outros animais”, conta Eder. As capitais europeias são opção para quem fizer uma longa viagem; o roteiro obrigatório deve contemplar Paris, Madri, Londres, Amsterdã, Berlim, Viena e, cada vez mais, as cidades do leste europeu, como Praga, na República Checa, Budapeste, na Hungria, Dubrovnik, na Croácia. A Russia cresce na preferência dos brasileiros, principalmente depois que parou de exigir visto de entrada.

A aridez do deserto de Sossusvlei, na Namíbia

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gastronomia

Os quentes sabores do

inverno

Foto Freepicks/Studio CL Art

As saladinhas que nos desculpem, mas chegou o momento de apreciar um cardápio mais encorpado, que ajude a aquecer o corpo

Por Fernanda Lopes

Mas cuidado, pois ele pode subir os ponteiros da balança, já que os pratos quentes, em geral, vêm com uma quantidade maior de gordura e carboidratos, responsáveis pelo aumento de peso. “No inverno nosso corpo pede alimentos mais pesados, pois eles fornecem mais calorias, e ajudam a aumentar a camada adiposa, regulando melhor a temperatura corporal”, diz a nutricionista Tatiana Branco. Os alimentos mais gordurosos têm mais calorias (1g de gordura fornece 9Kcal enquanto 1g de carboidrato ou proteína for-

nece apenas 4Kcal). Para Tatiana, a gordura tem uma função interessante: ela confere sabor aos alimentos. “Por isso, também temos hábitos gulosos, sempre exagerando nos alimentos pesados, ao invés das frutas ou carnes magras, por exemplo”, completa. A nutricionista Karoline Jorge acrescenta que, com a chegada do inverno, nosso metabolismo fica mais acelerado, devido à necessidade de manter o corpo aquecido. “O que faz com que sintamos a necessidade de comer mais, consequência do aumento da demanda de energia/caloria.

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Além disso, o aumento da fome no inverno acontece também pelo fator psicológico, pela ociosidade, por ficarmos mais tempo em casa”, diz. Por isso é importante escolher os alimentos certos, segundo Karoline, que destaca a importância de se beber bastante água, pois, assim como nos dias quentes, o nosso corpo desidrata e necessita de reposição. Um dos pratos preferidos da estação, o fondue, é apontado pela nutricionista Karoline como uma combinação muito calórica, a qual se deve evitar. “Uma opção mais saudável seria prepará-lo com um queijo mais magro como cotagge, ricota, queijo branco, usar legumes em palitinhos ao in-

vés de pão”. Ela ainda indica as sopas, cremes, mingaus, chás e saladas, substituindo o leite integral pelo desnatado, e o creme de leite por iogurte. “Outra excelente opção são as frutas cozidas e assadas. Além de aquecer, são ótimas para substituir a necessidade por doces”. A banana, segundo Karoline, tem como um dos seus benefícios evitar a cãibra, além de ajudar a emagrecer porque é rica em potássio, em vitaminas e outros minerais. “Quando cozida ou assada pode ser um alimento funcional por conter uma boa quantidade de amido resistente, que é similar a uma fibra alimentar e ajuda a regular o intestino”.

Foto llaszlo/Shutterstock

Alimentos quentes e saudáveis Mingau de aveia - A aveia é rica em fibras solúveis que promovem saciedade; possui um mineral chamado silício, bom para a saúde da pele, unhas e cabelos. Use leite desnatado e adoçante para reduzir as calorias. É ótimo para tomar à noite ou de manhã. Tem digestão lenta. Sopas magras - Prefira as de legumes, sem uso de creme de leite ou gordura. Pode-se adicionar peito de frango ou carne magra durante o preparo. Quer dar um toque gourmet? Troque o queijo parmesão por amêndoas laminadas e levemente torradas. Chás - De hortelã, camomila, verde, branco. Eles são ótimos, hidratam e desincham. Mas evite-os entre as refeições. O chá verde, por exemplo, pode comprometer a absorção de alguns nutrientes, como o ferro. Frutas cozidas - Cozidas na panela, no forno ou até no micro-ondas são uma opção saudável e docinha de sobremesa. Sacia aquela vontade de comer doces. Chocolate magro - Use leite desnatado e cacau em pó e pronto: tem-se um chocolate quente light. Se quiser,

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um dia ou outro, pode-se adicionar um tablete (pequeno) de chocolate amargo, como no submarino. Verduras e legumes - Quentinhos, com um fio moderado de azeite ficam uma delícia. Cenouras podem ser assadas com alho, assim como a batata doce, que tem menor índice glicêmico (digestão mais lenta e dá mais saciedade) do que a batata comum. Integral - Aposte sempre nos alimentos integrais, que têm mais fibras e nutrientes e dão mais saciedade.

Foto Kathy Burns-Millyard/Photoxpress

Uma opção saudável para o fondue é prepará-lo com queijos magros e usar legumes em palitinhos ao invés de pão

gastronomia Receitas Produção e foto Fernanda Lopes

Turbine a imunidade É no inverno que a nossa imunidade fica mais baixa. Em ambientes fechados, estamos mais propícios ao contágio de muitas doenças. Mas existem alimentos que podem turbinar o nosso organismo e nos dar resistência. A nutricionista Nathália Guedes dá as dicas, mas lembra que tudo deve ser consumido de forma balanceada e com moderação: Gorduras sadias - Alguns ácidos graxos insaturados têm o poder de melhorar a resposta imunológica quando associado a uma alimentação balanceada. Destaque para os ômegas 3 e 6, que têm como principal função a regulação de algumas células imunológicas. Esses nutrientes estão em peixes e castanhas, como as nozes, castanha do Pará e caju. Carotenoides - Encontrados principalmente em vegetais e frutas amarelas, laranja e vermelhas. Ativam o sistema imunológico, logo, melhoram a defesa do organismo. Vitamina E - Encontrado em alguns óleos vegetais como óleo de milho, soja e no azeite de oliva. Quando ingeridos, melhoram a resposta imunológica e também é considerado um antioxidante. Vitamina C - tem ação antioxidante e melhora os efeitos da vitamina E, regenerando suas fórmulas de ação quando ocorrem formações de radicais livres. Tem efeitos benéficos principalmente em infecções respiratórias e nas gripes. Fontes: laranja, acerola, limão, abacaxi, mexerica, entre outras frutas ácidas. Zinco - Tem grande participação no sistema imunológico, por isso a deficiência dele leva ao aumento de infecções oportunistas. Fontes: ostras, carnes vermelhas, aves, mariscos e nozes. Probióticos - São bactérias benéficas contidas no iogurte, leite fermentado ou vendidas na forma de suplementos, que reforçam o sistema imunológico. Podem ser nas versões desnatadas.

Canja light Ingredientes: • 1 peito de frango sem pele e sem osso cortado em cubos pequenos; • 1 colher de sopa rasa de sal; • 2 tomates sem sementes picados; • 2 dentes de alho picados, • 1 cebola picada, • 1 cenoura grande sem casca picada em cubos; • 1 batata doce grande sem casca picada em cubo; • 1 batata grande sem casca picada em cubo; • 6 vagens picadas em cubos; • ½ xícara de arroz parbolizado (que tem mais vitaminas que o tradicional);

Peras ao vinho Ingredientes: • 2 peras pequenas descascadas e inteiras; • 1 colher de sopa de açúcar; • 1 copo de vinho tinto seco; • 1 copo de água; • Cravos e canela em pau.

• Salsinha picadinha; • 1 fio de azeite extravirgem e • Água o suficiente. Preparo: Refogue a cebola e o alho no azeite. Adicione os tomates. Refogue um pouco. Adicione o frango e refogue por 2 minutos, mexendo. Adicione os outros ingredientes, exceto a salsa. Cubra com água, ultrapassando em 4 dedos a altura dos ingredientes. Deixe ferver, abaixe o fogo e cozinhe em panela semidestampada por cerca de 10 minutos ou até tudo estar cozido. Sirva com salsinha picada. Rendimento: 6 porções.

Preparo: Cozinhe as peras na mistura dos outros ingredientes até que esteja macia, mas sem desmanchar. Sirva com calda ganache de chocolate amargo (misture 50g de chocolate amargo com ½ xícara de creme de leite light e derreta em banho-maria) Rendimento: 1 porção

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imóveis

União de excelências Fotos Aline Pazin

Factual, Guarujá Bay e Praias Negócios Imobiliários agora formam a Imóvel Store, um grupo de primeira linha com atuação em Bertioga, Guarujá e Santos

» Sede Santista 50

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Em sintonia com uma tendência mundial no mercado imobiliário, as bem sucedidas marcas do setor: Factual, Guarujá Bay e Praias Negócios Imobiliários uniram-se em um único grupo, a Imóvel Store, com atuação nas cidades de Bertioga, Guarujá e Santos. O objetivo é potencializar os serviços, de forma a ampliar a excelência no atendimento. Juntas, elas somam experiências adquiridas ao longo de muitos anos de atuação na região e, assim, preparam-se para receber o aumento da demanda previsto para os próximos anos, por conta das expectativas em torno da exploração da camada pré-sal e dos investimentos que já começam a surgir nas cidades onde atuam. Em Guarujá, por exemplo, segundo Paulo Nishi, um dos sócios

» Paulo Nishi e Anselmo Aragon, sócios do grupo

do grupo, já há uma grande valorização no mercado de imóveis. “Nos últimos cinco anos, houve um bom volume de lançamentos e a área construída está bem valorizada. Um imóvel frente ao mar, por exemplo, varia de R$ 5 a 8 mil o m²”. Ele assegura que se trata de um mercado em expansão, e que a junção das empresas é muito positiva do ponto de vista comercial. Anselmo Aragon, também sócio, ressalta que a união das marcas surgiu após um processo de muito planejamento. “São gestores com grande experiência, sempre trabalhando para uma melhoria contínua para alcançar a excelência no atendimento”. Com esta determinação, fica claro que a Imóvel Store promete mexer com o mercado imobiliário do litoral, afinal, a nova empresa soma mais de 100 profissionais altamente qualificados para atender os novos investidores interessados em adquirir imóveis, quer seja para morar, para lazer ou mesmo para investir.

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Fotos KFpress

moda

Luxo e domínio O veludo aquece, brilha e empresta glamour ao corpo feminino. Ícone dos anos 1990, marca forte tendência nessa temporada

Por Karlos Ferrera

Quer se destacar nesse inverno? Use veludo. Tecido macio e sensual, tem o poder de agregar sofisticação a qualquer produção. A novidade é que ele agora pode ser usado no dia a dia, e não apenas à noite, em ocasiões especiais como em épocas passadas. Muito usado nos anos 1990, o veludo é um tecido que, além de aquecer, traz consigo um brilho natural irresistível, o que confere luxo até nas peças mais simples. E já que o inverno 2012 é a estação do brilho metalizado, como ficou evidente nas passarelas de moda carioca e paulista, fica a dica, pois brilho é o que não falta no veludo. Ele aparece em vestidos, casacos, saias, blusas, conjuntos, calças e até macacão. As mais clássicas e discretas podem investir nas peças de veludo pretas. Já as que preferem ousar, podem apostar nas opções coloridas,

Modelos despojados e elegantes para mulheres sofisticadas

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moda

Uma variedade de propostas com o tecido foi apresentada nas passarelas de moda de São Paulo e Rio de Janeiro

como azul, vermelho, amarelo e verde. Os vestidos vêm em modelagens mais soltas e cintura marcada por meio de cintos finos. Também há espaço para os modelos retos e quadrados, e até para os assimétricos. Os conjuntos completos de veludo compõem-se de calças retas e casacos de manga longa. Nos detalhes, o tecido vem aplicado em golas e mangas. A combinação com transparências também é tendência.

Dica Para ocasiões noturnas, use vestidos longos de veludo ou ainda conjuntos de saia e blusa. Para o dia a dia, escolha uma das peças em veludo e combine-a com um tecido mais leve, como jeans ou linha. Vale ainda combiná-lo com seda ou couro. Quem é mais discreta pode usar o veludo em pequenos detalhes das roupas, como gola, ombros e bolsos.

Beach&Co nº 121 - Julho/2012

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Riviera

Guarujá

Módulo 26 - Sobrado Novo!!!

Módulo 2 PÉ NA AREIA, SOL DA MANHA, VISTA PARA O MAR

Enseada - alto padrão Guarujá Central Park - Vista para o mar

5 suítes, 408m² de área construída, dep. de empregada, cozinha integrada e equipada, sacada gourmet, living para 2 ambientes, mobiliada, spa, piscina e área verde, acabamento em porcelanato, estuda permuta de menor valor na Riviera.

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Guarujá

GUARUJÁ

Alto Padrão Pernambuco no Golf Club

Acapulco - 6 suites e amplo jardim COM PISCINA DESLUMBRANTE

PITANGUEIRAS VISTA PARA O MAR

5 suítes, 500m² de área construída, 1.100m² de área total de terreno, varanda, 2 dependências de empregada, 6 vagas, ar condicionado, piscina e churrasqueira.

6 Dormitórios ( 6 Suítes ) | Área Construída: 750m² | Área de Terreno : 1.000m² | 4 vagas. Lazer: Churrasqueira, jardim, sauna, closet, piscina, sala de jantar, quintal, sala intima, varanda.

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SANTOS

Guarujá

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Flashes Educadores, empresários e autoridades reunidos no Sesc-Bertioga para prestigiar os estudantes vencedores da 4ª edição do Costa Norte Escola

Prefeito Mauro Orlandini, Renata de Paula Coelho e Thaynara dos Anjos Moraes

Josué Wagner, da Sabesp, Andreia Terriaga e Lucas Ryan

Vereador Ney Lyra, Eduardo Morais de Oliveira e Valdinete da Conceição

Gabriela Silvestre Lobo e Weynice Godoy

Paulo Velzi, da Sobloco, Rodrigo Alves Araujo e Raquel Caparroz

Andressa Rodrigues Silva e Esmeralda Simon da Silva

Davi Oehlmann Marques e Rosemary M. de Andrade

Pollyene Nunes Feitosa

Rhuan Wagner de Souza e Cristina Zanella

Paloma Andrade Duarte e Delba Pereira da Silva

Caio Matheus, Gabriella dos Anjos Silva e Debora Campos de Souza

Beach&Co nº 121 - Julho/2012

Alice dos Santos e Sandra de Souza Mariano

Nanci Ferreira Sant’Ana, Maria Clara Garcia Luis e Ribas Zaidan

Pedro da Silva Pontes Neto e o 2º tenente Diego Hoffmann

Beach&Co nº 121 - Julho/2012

Gustavo Henrique Dias de Freitas e Maria Cristina Hilario

Gabrielle Cristina Gonçalves e Nanci Ferreira Sant’Ana

Vereador Antonio Rodrigues Filho e Claudia Pereira de Jesus

Antonia Malaffati, secretária de Educação de Bertioga e Isabel Cristina

Vereador Marcelo Villares e Sandra de Souza Mariano

Luiz Martins de Almeida e Dulce Ceneviva, dirigente regional de Ensino de Santos

Lucia Helena Gonzalez e Ribas Zaidan

“Destaques” // J. Cardia

O clã dos Aragon, na Riviera de São Lourenço, mais uma vez surpreendeu amigos em linda recepção

Roberto Haddad, J. Cardia, Sergio Aragon, Ribas Zaidan e Rose Aragon

Pasquale e Lurdinha Russo

As amigas Carla Violani, Rose Aragon e Lurdinha Russo

Os aniversariantes Lurdinha Russo, Roberto Haddad, Rose Aragon e J. Cardia

Luci Cardia e Fernanda Mores, no shopping Riviera

Hélio e Carla Violani

Washington Pretti e Rosely Valença

Roberto Haddad sempre ao lado dos amigos

Domênico Valente e José Salmen, no restaurante Gaiana

Os amigos Leonira e Martinho Marques e Fernando Cardia

Beach&Co nº 121 - Julho/2012

“Celebridades em Foco” // Edison Prata

Festa do Clube do Feijão Amigo, em Foz de Iguaçu, no badaladíssimo hotel Mabu Thermas & Resort

O presidente do clube Michel Tuma Ness, José Maria Abujamra e Faisal Saleh, secretário de Turismo do Paraná

Com muita maestria, Vitor Daniel comandou a cerimônia

Astrid Abujamra e José Maria

Presença da família Abujamra com Michel Tuma Ness (à direita)

Michel Tuma Ness, José Maria Abujamra e o prefeito de Foz de Iguaçu Paulo Mac Donald Ghisi

Astrid Abujamra ladeada pelas irmãs Fátima e Vera Ness

O casal Silvia e Marcello Ness

Alberto Abujamra, ladeado por José Maria Abujamra, e o ilustre convidado Nivaldo Assis Pagliari, diretor do BRDE

Glaucia Junqueira Fulaneto, Patrícia Angeli e Michel Tuma

Destaque especial para a matriarca Jacyra Abujamra (centro), em meio à família

Beach&Co nº 121 - Julho/2012

“Alto Astral” // Durval Capp Filho Eles são TOP OF MIND 2012 Quarenta e duas empresas da Baixada Santista tiveram suas marcas destacadas na entrega do Troféu Top Of Mind A Tribuna 2012, realizada no Mendes Convention Center, com o esmeradíssimo serviço do Buffet França

O ator global Marcelo Cerrado foi o mestre de cerimônia do evento

Fábia Megid Indes, da tradicional loja de presentes Leipzig, recebeu o troféu das mãos de Renata Santini Cipriano, diretora de marketing do jornal A Tribuna

Pela Clínica Veterinária Filetti: Celso e Guadalupe Filetti, Roberto Santini, Eduardo Filetti e Marcelo Cerrado

Raimundo Macedo, da Unimed, e Roberto Santini

Sílvia Teixeira Penteado e Lúcia Teixeira Furlani receberam pela Unisanta

Mário Flávio Paes e Alcântara, Luis Antônio da Silva, Roberto Santini e Alberto Augusto Gonçalves, pelo Instituto de Análises Clínicas

O empresário Armênio Mendes, da construtora Miramar, agraciado com a premiação por Roberto Clemente Santini

Lourenço Lopes e Luiz Kremmer, da Real Consultoria de Imóveis, recebem o troféu de Flávia Clemente Santini

Isalina Gonçalves Nóvoa, do Hospital Oftalmológico Visão Laser, e Renata Santini Cipriano

Beach&Co nº 121 - Julho/2012

“Alto Astral” // Durval Capp Filho

Nos agitados meses de maio/junho, a coluna esteve presente...

No 86 º aniversário do Tênis Clube de Santos, quando o presidente Fernando Mauá Chaves Ferreira e a mulher Gisela Pierry receberam ao som da orquestra de Maurício Fernandes e o bufê Match Point

Em momento festivo do Rotary Club Santos/ Boqueirão, 5 de julho passado, a arquiteta Cristina Campos tomou posse do cargo de presidente, ao lado do marido José Carlos Campos

Tatiana Rollo Capp recebeu família e convidados para seu noivado com Adriano Araújo de Moura no Empório Del Fiori

Luciene Souza e Marcos Quirino, administrador do Pátio Iporanga, e a expert em semijoias e bijuterias finas Cris Ramos trazem grandes novidades em joias nacionais e internacionais 66

Margarete e João Antonio de Oliveira Netto recepcionaram na inauguração do novo espaço corporativo Grupo DecorNews

Selma Fukai e Elisabeth Ruivo, excelentes artistas plásticas, criam pinturas e esculturas para paredes em estilos moderno e contemporâneo

Na Associação dos Médicos de Santos, a presidente Lourdes Teixeira e Antonio Henrique em movimentada Noite de Pizza, em prol do Projeto Menina - Mãe

Neusa Rodrigues, Ivonete Ribeiro de Barros e Walkyria Sanches Capp, no badalado Hotel Monte Carlo, em Campos do Jordão (reduto dos santistas) Beach&Co nº 121 - Julho/2012

Já em 1980, a Sobloco assumiu o compromisso de criar, na Riviera de São Lourenço, um modelo de ocupação urbana totalmente focado nos princípios do desenvolvimento sustentável, sempre pensando em garantir, hoje, o bem-estar de amanhã.

Riviera de São Lourenço O primeiro projeto de desenvolvimento urbano em todo o mundo a receber a certificação ISO 14001 para o seu sistema de gestão ambiental.