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Foto Luciana Sotelo

20 Novo impulso às pesquisas oceanográficas

Foto Pedro Rezende/arquivo

38 São Lourenço, 125 anos de tradição

E mais... Orla 8 Porto 34 Gastronomia 50 Moda 54

Foto KFPress

Flashes 58 Alto astral

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Riviera Master Imóveis

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Destaques 64 Celebridades em foco

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Foto Flavio Takemoto/sxc.hu

42 Hortas urbanas, uma alternativa necessária

Capa

Aspectos da orla santista, com seu belo jardim fronteiriço ao mar Foto Luciana Sotelo

Foto Renata Inforzato

44 Arquipélago da Madeira: beleza portuguesa

Foto Valclei Lemos

Serra do Guararu pág. 26


Beach A

R e v i s t a

Co d o

ao leitor Foto Luciana Sotelo

L i t o r a l .

ANO XI - Nº 122 - Agosto/2012 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor - Presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora Chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP)

E mais...

beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte

Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Direção de Arte e Diagramação: Audrye Rotta audrye.rotta@gmail.com Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Belisa Barga, Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Flávia Souza, J. Cardia, Luciana Sotelo, Karlos Ferrera, Marcos Neves Fernandes e Renata Inforzato Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

Lazer democrático Não se paga nada, pode ser desfrutada o ano inteiro em qualquer horário e, ainda, ganha-se saúde física e mental. O leitor já sabe que falamos da orla marítima. Esse bem que a natureza foi tão pródiga com o nosso país e, particularmente, com o litoral paulista, um dos mais belos sem dúvida. Quando o homem dá uma mãozinha, aí então o local vira um pedaço do paraíso. A cidade de Santos soube aproveitar muito bem esse espaço público e democrático, uma vez que funciona como polo de atração para todas as classes sociais e faixas etárias, sem distinção. São mais de 200 mil m² urbanizados, mas de forma a complementar as atrações que o mar e a praia oferecem naturalmente. Seja qual for o objetivo: descansar, agitar, correr, pedalar, lanchar, praticar esportes, adquirir cultura, admirar a paisagem, namorar, não nos decepcionamos. A orla santista oferece tudo isso e muito mais. Se não bastasse, ainda temos o maior jardim contínuo de praia do mundo, florido o ano inteiro, um deleite para os olhos e a alma. Não é a toa que os habitués do local estão sempre de bem com a vida. Com calor ou frio, com sol ou chuva, a orla está sempre movimentada, repleta de vida. Uma característica marcante registrada nos cartões postais, e que passa para o mundo uma imagem positiva da cidade. Eleni Nogueira


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turismo

Marca registrada e orgulho santista Ponto de encontro para eventos culturais, históricos e esportivos, a orla santista é assim, repleta de vida e opções de lazer

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Beach&Co nº 122 - Agosto/2012


Foto André Luis Ferreira/arquivo

Por Belisa Barga

Antes de começar, respire fundo. Vamos passear por sete quilômetros de avenidas, sob o olhar de figuras ilustres como o presidente Wilson, o poeta Vicente de Carvalho, o sacerdote e cientista Bartolomeu de Gusmão e o almirante Saldanha da Gama, entre outras. O que elas têm em comum? Simples. Nossos anfitriões emprestam seus nomes a quatro trechos da extensa avenida que margeia a orla praiana, tradicional cartão postal da cidade para moradores e turistas. Por toda sua extensão, que vai do bairro do José Menino ao da Ponta da Praia, defrontam-se duas realidades: de um lado, pedes-

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tres apressados, edifícios residenciais, hotéis, pousadas, comércios, escolas, universidades, supermercados, clubes, casas noturnas. Mas é só atravessar a avenida para chegar a um imenso tapete verde com equipamentos de lazer e cultura, quiosques de lanches e água de coco, esportistas a correr, pedalar e praticar as mais diversas atividades físicas, além, claro, do sossego à beira-mar. Um dia de sol combina com praia. Mas, em Santos, a praia combina também com os dias nublados e chuvosos, tamanha diversidade de passeios para públicos de todas as idades, preferências culturais e

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Foto André Luis Ferreira/arquivo

Foto Belisa Barga

turismo

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O Posto 2 abriga a primeira escola pública de surfe do Brasil. Abaixo, o Parque Municipal Roberto Mário Santini

financeiras. E o melhor: há opções diárias durante todo o ano. Os postos de salvamento são boas alternativas culturais. São seis postos, sendo que, em cinco, acontecem diferentes atividades, a maioria, grátis. O Posto 2 abriga, desde 1992, a Escolinha Radical, primeira escola pública de surfe do Brasil. No Posto 3 fica o primeiro laboratório municipal de controle ambiental de todo o litoral brasileiro, onde são realizados testes de balneabilidade, além de minicursos, palestras e oficinas temáticas. Adiante, está a Concha Acústica projetada para abrigar espetáculos ao ar livre como teatros e apresentações musicais, com capacidade para 300 pessoas. Atualmente desa-

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Fotos Belisa Barga

tivada, serve de ponto de atração para artistas como Eliane Soledade, que expõe seus trabalhos nas imediações, aos domingos. A pintora retrata em seus quadros trechos da orla. “Há onze anos coloco paisagens de Santos nas telas e muitas foram vendidas para turistas estrangeiros. Saber que divulgo as belezas da cidade através da minha arte, é motivo de muito orgulho”, diz. Nos postos de salvamento 4, 5 e 6 funcionam, respectivamente, o Cine Arte, a gibiteca e a biblioteca municipais. A sala do Cine Arte é modesta, mas o conteúdo oferecido não. Ali, são exibidos filmes de arte nacionais e estrangeiros a preços bem populares. A gibiteca, com acervo de 15 mil gibis, é parada obrigatória para apaixonados por quadrinhos de todas as idades. No último posto, tem-se a biblioteca Mario Faria, onde é possível ler jornais e revistas, realizar pesquisas escolares e consultas literárias. A variedade de títulos é grande, cerca de doze mil livros, e a maior parte do acervo está disponível para empréstimo. No local também acontecem exposições de arte, encontros de poetas e palestras. Próximo dali, a tradicional fonte do Sapo, cujo nome deriva das estátuas de anfíbios que ornam a fonte, é ponto de encontro para crianças e adultos. No entorno, há uma pista para que os pequenos pedalem, patinem e brinquem. Aos domingos, no final da tarde, acontece um baile com música ao vivo voltado à terceira idade. E como as avenidas da praia transpiram história, não poderiam faltar espaços como a Pinacoteca Benedicto Calixto, importante acervo cultural de Santos, e o Museu de Pesca. A Pinacoteca expõe, em caráter permanente, obras do pintor que lhe empresta o

Acima, a Fonte do Sapo e a tranquilidade inspiradora da orla. Ao lado, o disputadíssimo Aquário Municipal

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Foto Luciana Sotelo

turismo Os jardins permanecem floridos o ano inteiro

nome, e que retratam o cotidiano da cidade, bem como importantes momentos históricos. Abrigada em um suntuoso casarão de estilo eclético, tem escadaria de mármore de Carrara e corrimão de ferro maciço, além de afrescos e jardim de inverno, sendo que esses dois últimos foram acrescentados durante uma reforma em 1922. “Numa época em que boa parte das casas era geminada, esse casarão foi uma inovação, por ser um dos primeiros construídos de forma isolada”, diz Daniela Tineo, coordenadora da Seção de Serviços Turísticos (Sesetur). O palacete, que por si só já vale a visita, recebe exposições de artistas renomados, além de apresentações musicais, artísticas, amostras florais, e disponibiliza ao público uma biblioteca especializada em arte. E que santista nunca ouviu falar do famoso esqueleto de baleia, de 23 metros e sete toneladas, exibido no Museu de Pesca? Além da ossada, podem ser vistos a única lula gigante exposta na América Latina, tubarões, representações dos quatros ecossis-

Ponto inicial Antes de sua urbanização, a orla era uma área ocupada por grandes chácaras e faltava infraestrutura básica. Ela começou quando o centro da cidade entrou em declínio, tornando-se a nova sensação de investimentos por parte, especialmente, dos barões de café num passado relativamente recente. As primeiras melhorias vieram com a construção de hotéis de luxo, que abrigavam, inclusive, cassinos. O primeiro hotel da orla santista foi o Internacional, inaugurado em 1895, no José Menino. Para se ter uma ideia de seu glamour, possuía duas fachadas - uma na faixa de areia, em frente à ilha de Urubuqueçaba e, outra, voltada para a linha do bonde, hoje avenida Presidente Wilson. Contava com pista de patinação e cabines de banho para

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locação de trajes. A oferta de tais serviços, para os padrões da época, conferia-lhe o status de complexo turístico. Em 1959, o hotel foi demolido para abrir espaço para a duplicação da avenida e outras obras de urbanização. Em seu lugar, foi construído um paredão de onze prédios residenciais, os únicos erguidos na faixa de areia. Outros hotéis vieram a seguir, como o Palace Hotel, em 1910. Sua decoração era composta por esculturas francesas e lustres de cristal, e circularam em seus salões personalidades famosas, como Cauby Peixoto, Moacir Franco, Ângela Maria e Jânio Quadros. Funcionou até a proibição dos cassinos, quando foi demolido e deu lugar ao edifício residencial Universo Palace.

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temas da região (mangue, costão rochoso, praia arenosa e fundo do mar), bem como variedades marinhas e uma embarcação da década de 1930. Há ainda um acervo de fotos antigas que retratam seu passado como Forte Augusto, construído em 1734 para defender o estuário santista. Os mais corajosos podem visitar o quarto do Capitão Padilha, cujo fantasma, segundo a lenda, toma conta do prédio. Verdade ou não, para saber mais é preciso visitar o local, um palácio belíssimo. Na praia também fica o Aquário Municipal, inaugurado em 1945, pelo então presidente Getúlio Vargas. A principal atração é o lobo-marinho Abaré com seus gracejos, mas os pinguins também estão no rol das atrações concorridas. O aquário é berço de Fraldinha, primeiro pinguim

nascido em cativeiro no Brasil. O visitante pode conhecer diversas espécies de peixes, tubarões, raias, tartarugas e corais, além do tanque de toque, onde é possível tatear anêmonas e ouriços. Em 2004, o lugar foi totalmente reformado e entregue dois anos depois com seu tamanho triplicado. Agora em agosto, o local será novamente fechado para novas reformas. Aos finais de semana, a praça em frente ao Aquário transforma-se em Jardim das Artes, com a exposição de telas de artistas plásticos da cidade. Outro espaço reservado para a arte é a praça Vicente de Carvalho, na praia do Boqueirão, bem em frente à avenida Conselheiro Nébias. Aos sábados e feriados, o local abriga a FeirArte, popularmente chamada de feira hippie, em alusão ao seu início, na década de 1970, quando

Farol Alinhamento “A” posterior também empresta cores e um ar inusitado ao jardim da orla

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turismo Foto Belisa Barga

Foto Luciana Sotelo

A movimentação nos quiosques e na ciclovia é constante

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alguns hippies vendiam ali seus trabalhos. Cerca de quatro mil pessoas circulam entre os trezentos expositores que oferecem produtos artesanais e de decoração, roupas, bijuterias, brinquedos, quadros, tapetes, flores, além da praça de alimentação que oferece delícias gastronômicas, tais como pizzas, tempurás, pastéis, pratos típicos nordestinos e doces em geral. Se bater aquela fome seja de dia ou na madrugada, há dezenas de quiosques distribuídos pelo calçadão dos jardins, com maior concentração no chamado CPE Centro de Paquera do Embaré. Isso sem contar os inúmeros bares e restaurantes, entre os quais se incluem redes de fast food, lanchonetes, docerias, sorveterias, a la carte e muito mais. Há ainda opções para os apaixonados, como curtir o entardecer no deque do pescador, local disputadíssimo pelos pescadores de plantão, e contemplar um belo pôr do sol, ou simplesmente observar o mar. E por que não fantasiar um casamento com a praia de cenário ao fundo? Pois é, o santo casamenteiro também está presente na orla santista, em frente à Basílica de Santo Antônio do Embaré. A imponente igreja foi, originalmente, uma capela erguida em 1875 pelo Barão do Embaré. Quase meio século depois, foi entregue aos frades capuchinos, que ergueram uma nova edificação, em estilo neogótico, inspirada em catedrais francesas. Sua beleza, localização privilegiada e o órgão de 3800 tubos, motivam grande disputa para celebrações matrimoniais.

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Fotos Belisa Barga

Igreja Santo Antônio do Embaré, Bonde Turístico, na praia do Gonzaga, e a Fonte Nove de Julho, com Hotel Atlântico ao fundo

Vocação esportiva Todos são unâmines ao considerar que a orla, seja no calçadão ou nas areias, é o local mais propício para a prática esportiva. De ponta a ponta, encontramos atletas de todas as modalidades: surfistas, corredores, ciclistas, praticantes de stand up, vôlei, frescobol ou futebol de fim de tarde. Nas areias, próximo aos canais, estão instalados equipamentos que permitem aos frequentadores se exercitar gratuitamente, bem como equipamentos para a criançada, como gangorras, escorregadores, balanças, tudo em madeira maciça. O surfe, embora não seja um esporte criado no Brasil, tem sua introdução ligada diretamente a Santos. “A primeira prancha de surfe feita no país, em 1938, foi obra de três santistas, Osmar Gonçalves, Jua

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Haffers e Silvio Manzoni, usada nas águas do Gonzaga”, conta Daniela Tineo. Após as primeiras manobras, o esporte ganhou adeptos na cidade e, há vinte anos, a Escola de Esportes Radicais. “Há alunos de várias faixas etárias na escolinha, inclusive da terceira idade que integram o projeto Vovôs do Surfe”, comenta Daniela. No Posto 2, além das aulas de surfe, longboard e bodyboard, são oferecidas gratuitamente aulas de ginástica, capoeira, tai chi chuan e tamboréu, modalidade similiar ao tênis, porém genuinamente santista, inventado nos anos 1930. Hoje, os surfistas se concentram no Emissário Submarino, onde está localizada a plataforma conhecida como ‘quebra-mar’, ponto de ocorrência de ondas. O local, estruturado para campeonatos do esporte, possui arquibancada para 600 espectadores.

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Fotos Tadeu Nascimento/PMS

turismo

Ambientes inspiram a prática de atividades esportivas

O tamboréu, modalidade similiar ao tênis, é genuinamente santista e inventado nos anos 1930

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Também no Emissário fica o Parque Municipal Roberto Mário Santini, com uma pista profissional de skate, mesas para jogos ao ar livre, playground e o Museu do Surfe. A ciclovia, outro instrumento de incentivo ao esporte e qualidade de vida, foi entregue no final de 2003 e ladeia boa parte dos trechos ajardinados, com seus 4800 metros. A via é utilizada tanto para a prática do ciclismo por amadores, quanto como via de locomoção para quem utiliza a bicicleta diariamente como meio de transporte. Os jardins da orla são um capítulo à parte. Em 218.800m² de área, há quase duas mil árvores, com a predominância de chapéus-de-sol, e mais 77 espécies de flores, entre crisântemos brancos, amarelos e mesclados, lírios amarelos e biris

vermelhos, distribuídos em 923 canteiros, que formam figuras marinhas, uma bela visão a partir das sacadas dos prédios ou por via aérea. “Toda essa flora é cultivada no Jardim Botânico Chico Mendes. As espécies de flores são escolhidas para garantir um jardim florido o ano todo. Nas áreas onde os ventos são mais fortes, são plantadas árvores mais resistentes, capazes de suportar melhor ventanias e a salinidade, além de proteger as demais espécies”, explica Daniela Tineo. Cada detalhe foi cuidadosamente pensado para garantir um local agradável e alegre. Em 2002, os jardins da praia foram reconhecidos pelo Livro dos Recordes como ‘o maior jardim frontal de praia em extensão’.

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ciência

Alpha Crucis

dá novo impulso às

pesquisas oceanográficas A embarcação, que substitui a anterior, perdida num incêndio, é maior, mais moderna e melhor equipada para suas próximas missões

Por Luciana Sotelo

Batizado com o nome da estrela mais brilhante da constelação Cruzeiro do Sul, o navio Alpha Crucis, ancorado atualmente no porto de Santos, deverá incrementar a capacidade de pesquisa do Instituto Oceanográfico (IO) da USP, instituição a qual pertence, com equipes de pesquisadores de países do Atlântico Sul, que também desenvolvem pesquisas em alto mar. A embarcação de 64 metros de comprimento por 11 de largura foi comprada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp, por intermédio do programa Equipamentos Multiusuários (EMU). O navio custou US$ 4 milhões, pagos pela Fapesp, mais uma reforma de US$ 7 milhões, divididos entre a Fapesp (US$ 3 milhões) e a USP (US$ 4 milhões), para adequar a embarcação. De acordo com o comandante do navio, José Helvécio Moraes de Rezende, o Alpha Crucis, que substitui o navio Professor W. Bernard, usado entre 1967 e 2008, quando foi retirado de operação por conta de um incêndio, está melhor equipado. Ele tem capacidade para acomodar 21 pesquisadores, 19 tripulantes e autonomia para passar até 70 dias no mar, sem reabastecimento. Todo

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esse potencial vem de batismo. Inaugurado em 1974, ele foi construído especificamente para pesquisas oceanográficas, por isso oferece quatro laboratórios e uma série de equipamentos e instrumentos tecnológicos. “Até 2001, foi utilizado pela Universidade do Havaí e, posteriormente, por uma instituição federal de pesquisas”, diz o comandante. Em 2011, o navio passou por uma série de reformas e modernização. Os trabalhos foram realizados nos Estados Unidos, país de origem da embarcação. Segundo o comandante, “foram instalados novos equipamentos de pesquisa, navegação, comunicação e segurança. Em 26 de março desse ano, o navio foi incorporado, ou seja, considerado pronto e entregue à USP”. A viagem de Seattle, nos EUA, com destino ao porto santista, durou 45 dias, de 29 de março a 13 de maio. A cerimônia de inauguração no Brasil aconteceu no dia 30 de maio, no terminal marítimo de passageiros Giusfredo Santini. A embarcação deve iniciar suas funções oficialmente nesse semestre. Quatro expedições já estão programadas. “Nossa expectativa é a melhor possível. A possibilidade de

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trabalhar com um navio que tem o de mais moderno em pesquisa no mar é fantástica. A partir de agora vamos explorar águas mais distantes e profundas”.

Fotos Luciana Sotelo

Laboratórios O Alpha conta com 4 laboratórios de pesquisa: o úmido, o de química e biologia, um geral e um de aquisição de dados. O laboratório “molhado” é assim chamado porque é a porta de entrada do material coletado no mar. “Nesse local, as amostras recebem o primeiro tratamento, a descrição e todas as informações básicas e necessárias para o trabalho posterior, que é a análise desse material”. Na sequência, a amostra é encaminhada para o laboratório de química e biologia. Espaço dedicado propriamente às análises. “Podemos fazer um levantamento da quantidade de nutrientes da água do mar, por exemplo”. No laboratório geral, dá-se continuidade aos trabalhos que já não competem mais ao laboratório anterior. E, por fim, o laboratório de aquisição de dados, considerado o cérebro da operação, onde os dados são coletados de forma digital e monitorados em tempo real. É possível receber informações sobre o perfil das correntes, medido enquanto o navio está em movimento. “Temos como pegar dados meteorológicos da nossa estação de coleta automática, de salinidade, temperatura, entre outros indicadores. Em outros monitores, posso acompanhar dados do ecobatímetro”, explica o comandante. A torre de comando também é dotada de equipamento de ponta. Um grande diferencial do Alpha Crucis é a capacidade que ele tem de se manter parado sob um ponto determinado, mesmo com o motor em funcionamento. “É o dispositivo de posicionamento dinâmico que permite manter o navio fixo. Ele corrige de forma automá-

Alpha Crucis está ancorado no armazém 8 do porto de Santos e deve iniciar as atividades no mar em breve

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ciência

Laboratório Úmido (à esquerda) e, ao lado, Laboratório de Aquisição de Dados. Na torre de comando (abaixo) o experiente comandante Rezende

Tripulação experiente

tica a posição do navio para compensar o deslocamento criado pelas correntes e pelo vento. Numa pesquisa, isso é um diferencial de qualidade porque permite a retirada de uma amostra de um ponto exato”.

Projeto pioneiro De acordo com o comandante Rezende, o primeiro projeto a ser colocado em prática é o Carbon, uma pesquisa dedicada ao estudo de fluxos de carbono com aplicação na área de estudos climáticos. “É um projeto importante e pioneiro”. A aquisição do Alpha Crucis aumenta a competitividade da pesquisa oceanográfica brasileira e a capacidade de intercâmbio com equipes de pesquisadores de países que fazem pesquisa em águas profundas, no Atlântico Sul. O navio também poderá ser utilizado por pesquisadores do Brasil e da América Latina, em especial pelos cientistas do Programa Fapesp de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais e do Programa Biota-Fapesp.

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O comandante José Helvécio Moraes de Rezende, além de oficial da reserva da Marinha (capitão-de-mar-e-guerra), também é oficial da Marinha Mercante (capitão de longo curso) e doutor em oceanografia física. No Alpha Crucis, sua missão como comandante é garantir a operação segura do navio. Ele também atuou como comandante do navio Professor Besnard, de 2005 a 2012, oportunidade em que participou de vários projetos de pesquisa. “Foram mais de seis anos, foi um grande aprendizado”. Em 29 de março deste ano, começou uma nova aventura. Coube a ele a responsabilidade de fazer a travessia do Alpha Crucis de Seattle, nos Estados Unidos, ao porto de Santos. “Foram dias especiais, seja pela oportunidade de participar de uma viagem de 8.735 milhas náuticas, navegadas nos Oceanos Pacífico e Atlântico, com passagem pelo Canal de Panamá, como também por poder testar efetivamente, e com amplo sucesso, o navio e sua tripulação”. E por falar em tripulação, todos são integrantes da Marinha Mercante, com formação nas áreas de náutica, convés, máquinas, câmara e enfermagem.

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meio ambiente

Serra do Guararu

mais protegida

sítios arqueológicos e muita E, com ela, uma rica biodiversidade, a as próximas gerações beleza natural ficam assegurados par

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Foto Pedro Rezende/PMG

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meio ambiente Por Eleni Nogueira

Ela representa uma das últimas porções de dimensões significativas (cerca de 2.500ha) de Mata Atlântica, em bom estado de conservação, na planície costeira do litoral paulista. Além da rica biodiversidade presente, há também importantes sítios arqueológicos, centenas de nascentes que alimentam o rio Iporanga, que corta a região, e praias lindíssimas. Fora da rota do desenvolvimento inicial de Guarujá, a Serra do Guararu, a 27 quilômetros do centro da cidade, tem como característica um enquadramento excepcional em termos de natureza e patrimônio. Por tantos atributos, e por ser uma área com fortes pressões devido ao avanço urbanístico da região leste do município, a prefeitura municipal decretou, dia 29 de junho passado, a Serra do Guararu como Área de Proteção Ambiental (APA), com o objetivo de assegurar a proteção da diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e garantir a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

A proposta partiu do Instituto de Segurança Socioambiental (ISSA) em parceria com o Instituto Semeia, que contrataram a empresa Ambiental Consulting para elaborar os estudos técnicos da área. Os estudos foram acompanhados pelo Fundo Nacional de Biodiversidade - Funbio. João Leonardo Mele, do ISSA, diz ser acertada a decisão de se criar uma APA municipal devido a melhor possibilidade de gestão e de controle territorial, com resultados mais efetivos do ponto de vista de fiscalização e conservação. Para Mele, a Serra do Guararu é muito vulnerável frente ao desenvolvimento futuro da costa paulista. Ele aponta os principais fatores que devem potencializar o avanço da expansão urbana da região leste de Guarujá: a ligação seca com Santos, a exploração da camada pré-sal, na Bacia de Santos, e o prolongamento da Av. D. Pedro I, que ligará a região ao centro da cidade. “A criação da APA é por si só um inibidor para que não ocorram ocupações

Foto Pedro Rezende/PMG

Estrada SP-061, que margeia a serra, terá categoria de estrada turística com gestão em parceria com o DER/SP e entidades públicas e privadas voltadas ao turismo

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Foto Ambiental Consulting Fotos Valclei Lemos

Acima, o pórtico de entrada da Serra do Guararu e, abaixo, as praias Preta e Prainha Branca

irregulares e, consequentemente, novas degradações na área”, afirma. Segundo estudos da Ambiental Consulting, a região leste do município do Guarujá vem sofrendo alterações desde a construção da Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana (SP-61), na década de 1950. A rodovia segue em paralelo com o canal de Bertioga e estende-se por todo o contorno da Serra do Guararu, desde seu limite no bairro Perequê, até a divisa com Bertioga, onde ocorre a travessia por balsa. O estudo aponta que a Serra do Guararu sofre atualmente críticas ameaças devido ao avanço urbanístico desordenado e irregular, especialmente em áreas de APP. A maior pressão sobre esse ambiente se dá pela especulação imobiliária, invasões ocor-

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ridas em alguns trechos da estrada e o crescimento desordenado. Mas também causam problemas ao meio ambiente a construção indisciplinada de marinas ao longo do canal, o turismo descontrolado, e a pressão do avanço da comunidade do Perequê. Vários requisitos legais já disciplinam o uso e ocupação do espaço na área da Serra do Guararu, nos âmbitos federal, estadual e municipal. Ela foi, inclusive, tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Arqueológico do Estado – Condephaat (resolução n.º 48/92). No entanto, a proteção legal não se mostrou suficiente para a conservação e principalmente gestão da Serra do Guararu, nos últimos anos, quando houve aumento da pressão sobre seu território e entorno.

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meio ambiente Vegetação de floresta ombrófila densa recobre a maior parte da Serra do Guararu. Abaixo, as ruínas da Ermida de Santo Antônio de Guaibê, do século XVIII

Foto Marcos Pertinhes/PMB

Foto Ricardo Zuppi

“O grupo que estudou a região e propôs a criação da APA municipal entende que, se não se criasse um mecanismo para controle e fiscalização, continuaria este estado de coisas”, diz Mele. Criada a APA, o próximo passo será a eleição do Conselho Gestor, prevista para os próximos meses. O conselho, de caráter consultivo e deliberativo, será formado por 16 representantes do poder público e sociedade civil, incluindo representantes das comunidades locais. Só então será elaborado o plano de manejo, instrumento que determina as futuras ações na área. Fará parte da Área de Proteção Ambiental Municipal da Serra do Guararu a criação da estrada turística na SP-061, devendo sua gestão estabelecer parcerias, principalmente com o Departamento de Estradas e Rodagem - DER/SP e entidades públicas e privadas voltadas ao turismo. A proposta é gerar emprego e renda para as comunidades locais.

Tesouros arqueológicos

Unidade de Conservação - UC As UCs são espaços territoriais, incluindo seus recursos ambientais, com características naturais relevantes, que têm a função de assegurar a representatividade de amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente. Estas áreas asseguram às populações tradicionais o uso sustentável dos recursos naturais de forma racional e ainda propiciam às comunidades do entorno o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis. Estas áreas estão sujeitas a normas e regras especiais. São legalmente criadas pelos governos federal, estaduais e municipais, após a realização de estudos técnicos dos espaços propostos e consulta à população. Fonte: ISSA

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As encostas da Serra do Guararu, na região denominada Ponta da Armação, guardam tesouros arqueológicos. Este trecho integra o Circuito dos Fortes do litoral pela presença da Fortaleza de São Felipe (também denominada Forte de São Luiz), datada do século XVI. Outro patrimônio existente é a Ermida de Santo Antônio do Guaibê, do século XVIII. A região também abrigou nos séculos XVIII e XIX a Armação das Baleias. O óleo resultante da pesca das baleias era utilizado para iluminação pública e abastecia cidades como Santos, São Paulo e até o Rio de Janeiro (na época, capital do Brasil). Estas ruínas formam um conjunto arqueológico da época do Brasil colonial, com estruturas de caráter religioso, comercial e militar, tombado por força do Decreto-Lei Federal nº 25/1937.

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porto

Autossuficiência

gera economia Além de energia elétrica própria, o cais santista passou a contar também com água potável e tratamento de esgoto

Fotos Luciana Sotelo

Por Luciana Sotelo

Há mais de cem anos, o porto de Santos é autossuficiente em energia elétrica, gerada pela Usina de Itatinga, em Bertioga e distribuída por todo complexo para que as operações não parem. O que pouca gente sabe é que outros dois serviços fundamentais também garantem autonomia ao cais, o tratamento e distribuição de água potável e o tratamento de esgoto. Ambos na margem direita. Os serviços são realizados em duas unidades distintas. Uma delas é a ETA - Estação de Tratamento de Água, que funciona no costado, no cais do Saboó, e a outra, ETE - Estação de Tratamento de Esgoto, fica próximo ao Concais, Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, na confluência das ruas Conselheiro João Alfredo, João Guerra e Avenida Senador Dantas, no bairro do Macuco.

ETA Saboó A captação da água é feita na Serra do Mar, no Rio Trindade. De lá, é conduzida por uma tubulação adutora com aproximadamente 16 quilômetros, que percorre trechos das rodovias Rio-Santos, Piaçaguera-Guarujá e estrada de acesso à Ilha Barnabé. Após cruzar o estuário, por baixo do canal do porto, os dutos alcançam a Estação de Tratamento de Água, no Saboó. “Essa água é captada de um manancial de uma área de preservação permanente. Ela chega na ETA por gravidade”, conta Marcos Senne, analista ambiental. O analista explica ainda que a outorga de captação permitida por lei é de 118,80 metros cúbicos/hora, o equivalente a 33 litros por segundo. “Aqui, nós tratamos 84 mil metros cúbicos por mês, suficiente para atender todas as necessidades”.

Reservatório da ETA Saboó tem capacidade para armazenar 250 mil litros de água tratada

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Ao adentrar na estação, a água sofre procedimentos físico-químicos que vão deixá-la própria para consumo. O sistema de tratamento é dividido em quatro fases. A primeira delas é a coagulação/floculação, ou seja, “é quando se adicionam produtos químicos para que as partículas sólidas se aglomerem e, depois, se transformem em flocos mais pesados”, define Senne. Num segundo módulo, ocorre a decantação, ou seja, o momento em que as impurezas aglutinadas e transformadas em flocos se separam da água por ação da gravidade, indo para o fundo do tanque.

A água limpa vai para o terceiro processo, a filtração. “Ela é submetida a três filtros, com camadas diversas de carvão ativado, cascalho e pedras de rio. Neles, ficam retidas as impurezas mais finas”. Para se tornar apta ao consumo, ainda falta uma etapa, a desinfecção. “Nesse tanque de contato, a água fica por 30 minutos. É adicionado cloro, que mata os micro-organismos, tornando-a potável”. Além disso, por exigência da Portaria nº 2.914/2011, do Ministério da Saúde, também é adicionado o flúor. Diz o analista: “A fluoretação é recomendada pela Orga-

Sistema de coagulação/floculação é a primeira fase do tratamento da água

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porto

“A estação é projetada para 33 litros por segundo, o que atende a uma demanda de 15 mil trabalhadores”. Fernando Brahemcha

nização Mundial de Saúde. Sua utilização é considerada importante para diminuição dos casos de prevalência de cárie”. Durante todo o processo, o líquido é monitorado. E quando já está pronto para consumo, ele fica armazenado em reservatórios. Existem dois disponíveis, o do Sistema Saboó e o do Sistema Macuco. O do Saboó, por exemplo, tem capacidade para 250 mil litros. E para terminar, a estrutura dispõe de uma casa de distribuição e pressurização. “Temos várias bombas que distribuem a água por toda extensão da margem direita. Ela também é utilizada para abastecimento de navios mercantes e de passageiros”. ETE Macuco O procedimento começa no tanque de chegada. Por ele, passa o esgoto bruto vindo das empresas portuárias do lado de Santos. O fluxo escoa por uma peneira estática que retira o material grosseiro. “A remoção é física. São recolhidos palitos de dente, tampas de garrafa e uma série de outros objetos jogados por pura falta de educação”, lamenta Senne. Em seguida, o esgoto passa por uma canaleta, um equipamento que verifica parâmetros da qualidade desses efluentes como, por exemplo, o PH, para controle se está ácido ou alcalino. “É preciso deixar o Ph neutro. Na caixa de remoção de areia ocorre a primeira separação física dessa

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‘lama’. A areia vai para uma caçamba e, posteriormente, para um aterro sanitário”. O restante vai para o reator biológico, o “coração” da estação de tratamento. Nele, ocorre a degradação da matéria orgânica. O tempo de retenção é de 8 a 9 horas ininterruptas. “O processo é chamado de lodo ativado por ação prolongada”. O próximo passo é ocupar o decantador. Nesse local é feita a separação do líquido e do sólido. É nessa última fase que o líquido segue para um tanque de contato onde ocorre a desinfecção química. Uma parte do efluente é lançado no mar, a outra, bem pequena, é utilizada como área de reuso. “Utilizada para lavagem de piso e rega de parques e praças portuárias”, fala o analista. A estação é projetada para 33 litros por segundo, o que atende a uma demanda de 15 mil trabalhadores. “Essa é a nossa luta e para isso é que mantemos nossa qualidade”, pontua Fernando Brahemcha, gerente de contrato da empresa Water Port Engenharia e Saneamento, responsável pelos trabalhos. Entre as obras que se fizeram necessárias, destacam-se o assentamento de cerca de 78 mil metros de tubulação em aço, PVC e polietileno, além da construção de estações de tratamento, reservatórios, estações elevatórias de esgoto, entre outras. De acordo com a Codesp, na época, os investimentos foram da ordem de R$ 40 milhões, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Essa água é captada de um manancial, de uma área de preservação permanente. Ela chega na ETA por gravidade”. Marcos Senne

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Fotos Pedro Rezende/arquivo

investimento

Entre o passado e o

futuro

São Lourenço, o bairro mais antigo de Bertioga, chega aos 125 anos com características contrastantes nos quesitos sofisticação e rusticidade

Por Eleni Nogueira

Incrustado entre a semideserta praia de Itaguaré e o megaempreendimento Riviera de São Lourenço, o pequeno bairro de São Lourenço, em Bertioga, completou 125 anos de existência, dia 10 de agosto, com muitas tradições preservadas pela comunidade de origem caiçara. A festa de São Lourenço, padroeiro do bairro, realizada anualmente é uma delas. Dia 11 passado, os moradores mais uma vez se reuniram para comemorar a data. Novena, procissão, levan-

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tamento de mastro com a bandeira do santo, queima de fogos, bingo e venda de doces e salgados, com a tainha assada na brasa como prato principal, são as principais características da festa passada de geração a geração. “É uma festa que vem desde o tempo de nossos avós”, diz Célia Pinto, descendente do fundador do bairro, Manoel José Pinto. A festa remete ao período da fartura de tainha nas águas de Bertioga. Hoje, o pescado já não é tão abundante, nem a

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comunidade vive mais exclusivamente da pesca. No entanto, alguns moradores ainda preservam a antiga pesca de cerco no rio Guaratuba. Uma tradição secular da família Pinto. A produção artesanal de farinha de mandioca é outro costume mantido pela família. Em um sítio localizado na encosta da Serra do Mar, encontram-se todos os utensílios necessários para a fabricação desta, que é um dos alimentos mais antigos do Brasil, herança indígena. Lá, a mandioca é plantada, colhida, ralada, prensada e torrada em fogão a lenha. Desse trabalhoso processo, surge o saboroso pó branco. A cada ida ao sítio, Manoel Pinto, a mulher e filhos produzem cerca de 60 k de farinha de mandioca, que é dividida em quinhões por toda a família. “É um costume que mantemos há muitas gerações. Dá tra-

balho, mas é prazeroso e compensador”, afirma Manoel. Data de 1887 o início do povoamento do bairro São Lourenço. De acordo com seus moradores, o fundador Manoel José Pinto era filho de escravos, e recebeu as terras por pagamento de dívida devida a seus pais. José casou-se com Francelina Antunes e, juntos, iniciaram a saga da família Pinto, hoje com mais de 700 descendentes, dos quais cerca de 300 moram no bairro. Mas, se por um lado, o bairro mantém vivas suas características originais, com tradições e casas simples, por outro, seduz pelos empreendimentos de alto padrão que já ponteiam sua única rua principal e o trecho em frente ao mar. Aos poucos, o bairro de São Lourenço absorve o desenvolvimento do vizinho empreendimento Riviera de São Lourenço.

Tradições da família Pinto: produção manual de farinha de mandioca e a pesca da tainha por meio do cerco no rio Guaratuba

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investimento

As antigas casas de madeira, a tranquilidade das ruas e a devoção ao santo padroeiro como características marcantes do bairro

As empresas Construtora Phoenix Ltda, SRW Engenharia e Comércio Ltda e Camargo Correia Desenvolvimento Imobiliário apostam no potencial do bairro e investem na incorporação e venda de empreendimentos de luxo no local. E, em conjunto com a Associação de Moradores e a prefeitura local, investem também em melhorias, como a implantação de rede de esgoto doméstico, realizada em parceria com a Sabesp, responsável por executar metade da obra, orçada em R$ 5,5 milhões.

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De acordo com Wilson Roberto da Silva, da SRW, em entrevista concedida ao Jornal Costa Norte, nessa obra serão investidos R$ 2,8 milhões em rede de esgoto, em um trecho de 4.300m, na ampliação da capacidade da ETA (Estação de Tratamento de Água), de10 litros para 25 litros, e na construção de uma Estação Elevatória de Esgoto. A previsão, de acordo com o empreendedor, é de que os serviços de rede de esgoto, iniciados na segunda semana de julho, sejam concluídos em 60 dias, a partir da data de início.

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ser sustentável

Vamos

plantar uma ideia? Por Marcus Neves Fernandes

Foto Flavio Takemoto/sxc.hu

Recentemente, o ex-presidente de uma das maiores (se não a maior) rede de fast food do mundo decidiu abrir uma cadeia de lanchonetes que irá oferecer alimentos sustentáveis. Aqui entre nós, duvido da iniciativa. Não que o sujeito não tenha ‘bala na agulha’, afinal, ele projeta até mil lojas no espaço de dois anos, algo como 2,7 lojas por dia. Só não sei de onde virá a matéria-prima, já que ele diz que priorizará os orgânicos. Nesse tipo de produção, sem agrotóxicos (ou o mínimo possível), a oferta jamais será igual ao da agricultura convencional, que necessita de grandes áreas plantadas e, daí, forte apoio dos adubos e pesticidas químicos. Isso sem falar que os orgânicos se fundamentam pelo aproveitamento daquilo que, em determinada época do ano, é naturalmente mais produtivo - você, por exemplo, dificilmente encontrará morangos orgânicos no verão. Seja como for, não deixa de ser uma boa notícia, algo que reforça uma tendência que vem crescendo nas últimas décadas, principalmente na medida em que a ciência demonstra o perigo da agricultura intensiva, tanto para o solo e a água, como para a saúde dos consumidores e trabalhadores rurais.

Isso, aliás, me faz lembrar uma recente conversa com uma dona-de-casa que nos últimos anos tenta oferecer alimentos orgânicos para seus filhos. Uma árdua batalha, tanto para o bolso como para a paciência. Cerca de 30% mais caros do que os convencionais, eles ainda são raros nos mercados, difíceis mesmo de encontrar, principalmente para quem vive em regiões sem características agrícolas como a Baixada Santista. Essa dona-de-casa, quando pode, viaja para o interior de São Paulo ou mesmo Minas Gerais, de onde tenta trazer frutas, verduras, molhos, queijos, pães, ovos e o que mais encontrar. Mas sabe que não pode comprar muita coisa, pelo simples fato de que estraga. Daí, fico pensando. Por que na Baixada Santista não temos uma feira regular de alimentos orgânicos? Afora uma ou outra tentativa isolada e descontinuada, a região não possui esse tipo de alternativa, mesmo tendo um público ávido por uma alimentação mais saudável - sinônimo de sustentável. Talvez seja hora, já que estamos em pleno período eleitoral, de perguntarmos isso para aqueles que postulam cargos públicos. Mesmo sendo uma região litorânea, a Baixada possui áreas que poderiam dar origem

Em diversos países, ganham forças as alternativas da agricultura urbana, hortas comunitárias e farmácias vivas

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ao cultivo orgânico. E não é necessário nem pensar em terrenos distantes e isolados. Em diversos países, ganham força as alternativas da agricultura urbana, hortas comunitárias e farmácias vivas (veja quadro). São praças, parques e jardins nos quais a comunidade planta e colhe uma boa variedade de produtos. Decerto que essas áreas não irão atender à demanda, mas podem, acima de tudo, servir como uma poderosa mensagem de educação ambiental. Os insumos necessários para isso nós temos, como é o caso do adubo orgânico. Ele pode ser produzido localmente, a partir da compostagem do lixo orgânico, que hoje a comunidade paga para despejar nos aterros. Dá e sobra para toda a região, desde que feito com planejamento. Todavia, analisando os programas de campanha já divulgados pelos candidatos aos executivos municipais, uma minoria insere a agricultura urbana em suas campanhas. E alguns o fazem como um mero tópico, sem dizer como e sem estipular metas. Parece mesmo que alguém do staff político lembrou-se, lá no meio de uma reunião, que era preciso inserir o tema nos folhetos. Pronto, duas ou três frases, e o assunto está encerrado.

Prioridades Na Europa e na América do Norte, planos de agricultura urbana são cada vez mais levados a sério. Eles incluem uma avaliação criteriosa dos terrenos baldios, a partir dos quais se calcula a produção e os interessados em administrar as áreas. Há metas a ser cumpridas e destino certo para o que é colhido - seja a merenda escolar (prioridade), creches, casas de repouso, hospitais e por aí vai. Algumas cidades criaram isenção de impostos para quem destina terrenos para esse fim. E isso não significa que a área não possa, no futuro, dar lugar a um edifício. Na hora em que o proprietário quiser, ele pede o desligamento do programa e inicia sua obra. É assim, por exemplo, em Nova

York, onde o modelo inclui o topo dos prédios, introduzindo, até mesmo, espaços para apicultura. Em outras cidades, como Londres, Chicago, Roma, Lisboa, Amsterdã, Bogotá ou São Francisco, a agricultura urbana já faz parte dos planos de zoneamento urbano, ou seja, está prevista no planejamento, é uma realidade palpável e não uma promessa vã. Não vejo, por aqui, propostas minimamente consistentes que nos permitam sonhar com essa realidade a curto prazo, dentro, por exemplo, dos próximos quatro anos das futuras administrações públicas. Para muitos, falar em cultivar cenouras, alfaces, tomates ou qualquer outro tipo de alimento em praças, parques, jardins ou terrenos em torno das cidades soa como brincadeira, esforço inútil. Afirmam que essa não é a vocação da região, cada vez mais densamente ocupada. Prefiro acreditar que não se trata de uma posição de má-fé, mas tão somente de ignorância, de desconhecimento sobre o que se faz hoje em inúmeras metrópoles, onde o metro quadrado é caríssimo. Prefiro acreditar que esse tipo de ceticismo seja até mesmo decorrente de preguiça, de se deixar levar por aquilo que ao longo dos anos nos disseram que era o perfil dos negócios no litoral paulista: indústria, construção civil, porto e, mais recentemente, petróleo e gás. Mas também acredito que chegou o momento de olhar além, de ter um pouco mais de ousadia e inteligência, de ver o que está sendo feito, inclusive no Brasil, e que está dando certo no campo da alimentação orgânica. As cidades, mesmo as mais verticalizadas, podem e devem ser mais saudáveis, e isso obviamente inclui aquilo que comemos. Quem já plantou e colheu um simples pezinho de tomate sabe do que estou falando. É um prazer, um exercício vivo de cidadania, uma mensagem que o concreto pode e deve conviver com o verde. Desde que haja visão para mudar, capacidade para criar um ambiente com mais qualidade e coragem para plantar ideias.

Remédios nas hortas Foto Angel Fragallo/sxc.hu

A agricultura urbana não se resume ao cultivo de alimentos. É possível plantar e colher ervas medicinais. Em Fortaleza, um projeto nesse sentido vem sendo desenvolvido pela Universidade Federal do Ceará. Funciona assim: seu laboratório de pesquisas recolhe entre a população a indicação das plantas usadas popularmente para gripes, inflamações, problemas de digestão, circulação ou de pele, além de muitos outros desequilíbrios da saúde, e as estudam durante dez anos, para comprovação científica de seus efeitos. Depois, orientam as comunidades interessadas em plantá-las e, num estágio posterior, um pequeno laboratório transforma-as em cápsulas, xaropes, pomadas e tinturas. Os remédios naturais são distribuídos gratuitamente no posto de saúde. “Em 30 anos, já estudamos o efeito de 25 plantas, mas faltam 780”, diz Francisca Cavalcanti, a engenheira agrônoma responsável pelo programa.

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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turismo internacional

Arquipélago da Madeira, destino certo o ano inteiro Território português em meio ao Oceano Atlântico, a região concentra belezas tropicais e atmosfera europeia, condições perfeitas para agradar todo tipo de turista

Por Renata Inforzato

Conhecemos o nome da principal ilha portuguesa, Madeira, em parte devido ao seu famoso vinho e delicioso molho feito a partir dele, em parte pela delicadeza e criatividade de seus bordados, duas artes bem familiares a nós, brasileiros. Mas a surpresa é que o arquipélago é um destino econômico, belíssimo e com atrações capazes de agradar a todos: para quem gosta de natureza, arte e, até, para aqueles que almejam apenas o descanso durante uma viagem. A herança cultural do arquipélago lembra muito a época colonial brasileira. Por isso, nos identificamos tanto ao chegar lá. Apesar do tamanho acanhado da ilha da Madeira (55 km leste-oeste e 24 km norte-sul), há muito o que se fazer, principalmente em Funchal. Andando pela cidade, sentimos na população o orgulho e a vontade de preservar o passado e as raízes do arquipélago. Além da preocupação de promover um turismo sustentável, preservan-

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do as belezas naturais das ilhas. Em meio a tantas opções, o ideal é, se for passar poucos dias, conhecer as principais regiões da ilha da Madeira. Depois, rumar para as outras ilhas. Qualquer época é boa para visitá-la, já que as temperaturas são agradáveis o ano todo, e a água do mar permanece morna, mesmo no inverno.

Funchal É a principal cidade do arquipélago, com 112 mil habitantes. De estilo colonial, seus casarões brancos fazem um belo contraste com o azul do Atlântico e o verde da mata. A maior agitação se concentra no porto. O centro é pequeno, histórico e com um comércio ativo. Já os bairros a oeste são mais turísticos, mas talvez menos autênticos. Para a alegria dos amantes da caminhada, Funchal é uma cidade cheia de parques. Mas também é preciso preparo físico, pois há muitas ladeiras - o desnível da

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Fotos Renata Inforzato

Vilarejo Curral das Freiras

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turismo internacional

Jardim Tropical Monte Palace

cidade é de até 600 m. Dentre as atrações de Funchal, destaque para o Jardim Municipal. Fundado em 1880, oferece 8.300 m² de uma densidade verde impressionante e muitas espécies típicas da região, como a palma de Canária. Há também o Jardim Tropical Monte Palace, que se estende por sete hectares e possui mais de 10 mil espécies, muitas delas em extinção. Calmo, impressiona pela beleza de seus canteiros, jardins orientais, jardins artísticos, azulejos e a inesquecível vista da baía de Funchal. Há áreas para fazer piquenique. O bilhete de entrada também compreende o museu e a degustação de uma taça de vinho Madeira. Não deixe de conhecer o Curral das Freiras. Trata-se de um vilarejo perto de Funchal, situado em um vale em forma de cratera. O nome provém de um episódio de 1566, quando as religiosas do convento de Santa Clara refugiaram-se na região para escapar dos piratas. Para chegar ao local, se não estiver de carro, basta pegar um dos ônibus a partir de

Vale em forma de cratera serviu de refúgio para freiras, que fugiam de piratas, em 1566

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Funchal é a principal cidade do arquipélago, com 112 mil habitantes

Funchal. A beleza do lugar vale a visita, assim como a estrada, beirando os precipícios.

As grandes navegações O arquipélago de Madeira foi descoberto oficialmente em 1419, quando o navegador português João Gonçalves Zarco desembarcou ali. Mas textos antigos registram que os fenícios apareceram na região dois mil anos antes que nossos irmãos lusitanos, além de outros navegadores europeus. Em meados do século XIII, mercadores de Gênova e Florença foram a Lisboa para convencer o rei de Portugal, Dom Afonso IV, a financiar uma expedição para as Ilhas Canárias. Mas é a partir da data oficial da descoberta do arquipélago de Madeira, em 1419, que os portugueses lançaram-se ao mar pela primeira vez rumo à costa africana. E foi também a primeira vez que navegaram orientados com a ajuda de instrumentos. Na época, Portugal e Espanha estavam em luta pelas Ilhas Canárias e,

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em 1417, navios espanhóis haviam desembarcado em Porto Santo, a segunda ilha do arquipélago de Madeira. Era necessário tomar posse, de fato, da região. O povoamento, sobretudo da ilha da Madeira, começou por volta de 1430, quando o rei Dom Duarte deu o arquipélago como feudo para seu irmão Dom Henrique. O príncipe Henrique tinha sido o idealizador da escola de Sagres, onde os portugueses aprendiam técnicas de navegação, e, portanto, era o responsável pelas grandes navegações portuguesas. De posse das ilhas, Henrique, dividiu as terras em três capitanias, duas na Madeira e uma em Porto Santo, outorgando a administração de cada uma delas a Zarco e aos outros dois comandantes da expedição de 1419. Aí aparece um fato curioso da história do arquipélago: Cristóvão Colombo, em uma viagem à Madeira para comprar cana-de-açúcar, conheceu e se casou com a filha do governador da capitania de Porto Santo.

Além da ilha da Madeira, o arquipélago é formado pelas ilhas de Porto Santo, Desertas e Selvagens. As principais atrações estão na Madeira e uma das mais importantes festas da região - a Festa do Vinho da Madeira, acontece de 26 de agosto a 2 de setembro.

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turismo internacional Incêndio, cana-de-açúcar e vinho

Igreja Nossa Senhora do Monte

Nesses primeiros anos, os portugueses praticavam regularmente a queimada, até que um grande incêndio quase destruiu a cobertura vegetal da ilha da Madeira. Os registros divergem quanto à duração do fogo: alguns dizem que durou dois anos, outros cinco e outros, ainda, sete. Mas, de fato, ele quase acabou com os sonhos de riquezas dos portugueses. Para cultivar a terra, além da cana-de-açúcar, vinda da Sicília, Portugal importou vinhas de Creta, o que deu origem ao famoso vinho Madeira. Em 1508, Funchal, principal povoação do arquipélago, adquiriu o status de cidade. Mas a concorrência da cana-de-açúcar da nova colônia portuguesa, chamada Brasil, junto com as dificuldades políticas do período, provocaram uma grave crise econômica na região. O vinho, desde então, tornou-se o principal produto madeirense, já que se adaptou bem ao solo empobrecido pela cultura da cana. A população, para fugir da crise, emigrou, sobretudo para o Brasil, em busca de uma vida melhor. Em contrapartida, o arquipélago atraiu muitos ingleses, pois eles eram os únicos autorizados a comercializar o vinho Madeira, graças a um acordo firmado no casamento da princesa portuguesa Catarina de Bragança com o rei inglês Charles II, em 1662. O negócio foi tão rentável que, no começo do século XIX, o número de garrafas exportadas atingiu nove milhões ao ano.

Durante o bloqueio continental imposto por Napoleão, em 1808, quando a família real portuguesa fugiu para o Brasil, Madeira foi protegida por soldados ingleses. Diz uma lenda que o barco que conduzia Napoleão ao exílio na Ilha de Santa Helena fez uma escala em Madeira, e o embaixador inglês ofereceu algumas garrafas de vinho para o ex-imperador. A independência do Brasil e a epidemia de cólera de 1856, que matou sete mil pessoas nas ilhas, geraram uma grave crise econômica. Em 1910, com a proclamação da República de Portugal, o arquipélago adquiriu certa autonomia. Mas, durante a Primeira Guerra Mundial, as ilhas tornaram-se escala para navios franceses e ingleses, aliados de Portugal. Em 1916, uma frota alemã bombardeou o porto de Funchal e a cidade foi atingida. No decorrer do século XX, o arquipélago desenvolveu outra atividade bem rentável: o turismo. Mas, a riqueza estava concentrada nas mãos de poucas pessoas, sobretudo dos ingleses, e a população local era bem pobre, o que alimentou um sentimento separatista, principalmente no começo da década de 1970. Em 1976, Madeira obteve o status de região autônoma, com seu próprio parlamento e um presidente regional. Em 1986, com a entrada de Portugal na União Europeia, o turismo em Madeira cresceu ainda mais e, hoje, é um dos lugares mais bonitos e visitados de toda a Europa.

O vilarejo Monte está localizado nas montanhas acima de Funchal, de onde se tem uma bela vista da cidade e do mar

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gastronomia

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Produção e foto Fernanda Lopes

Renda-se à feijoada Ela pode ser servida em qualquer ocasião. Numa reunião entre amigos, no almoço de domingo com a família ou na festa de aniversário. É sempre um sucesso. No inverno, é perfeita

Receita mais popular do que a feijoada no Brasil não existe. E, ao contrário do que muita gente imagina, é fácil de preparar e rende muito. É o prato ideal para uma reunião informal, por exemplo. Então, que tal preparar este prato, que é símbolo nacional, reduzindo a quantidade de gordura? A nutricionista Karoline Jorge dá as dicas. “A combinação arroz e feijão constitui a base da dieta da população brasileira. As propriedades nutricionais advindas dessa mistura são carboidratos complexos; proteína de origem vegetal de boa qualidade; fibra solúvel e insolúvel, vitaminas do complexo B, minerais como ferro e potássio; baixo teor de sódio; baixo teor de gordura e não contém gordura saturada”, diz Karoline. Ela alerta, entretanto, que a adição de carnes gordurosas pode aumentar muito os níveis de sódio, gordura e calorias do prato. De acordo com estudo realizado pelo Inmetro (2010), cozinhar as carnes em panela separada a do feijão, faz com que o teor de colesterol da feijoada diminua 15%. “Para evitar o excesso de gordura, retire-a de todas as carnes. E escolha somente um tipo de carne, preferindo uma mais magra, como a carne seca ou o lombo”, ensina Karoline. Outra dica é não deixar de comer a couve como acompanhamento. Mas prepare apenas com um pouco de azeite e alho.

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Fotos Hidden/sxc.hu

gastronomia Não utilize bacon. Outra opção é acrescentar legumes em cubinho, proteína de soja, queijo tofu. “Misturados com o feijão eles ganham cor e sabor. Fica uma delícia”, indica a nutricionista. Segundo Karoline, o arroz é um alimento rico em amido e fornece energia. “Ele contribui para a síntese proteica; é livre de glúten, portanto, é indicado para portadores de doença celíaca; tem alta digestibilidade, é útil no restabelecimento de doenças e dificilmente provoca alergias, por isso é indicado para o início da introdução de alimentos no bebê”. Já o feijão é a principal fonte de proteína na alimentação brasileira, utilizada como alternativa em substituição às carnes e a outros produtos proteicos. “A combinação arroz e feijão traz ainda mais benefícios, uma vez que os grãos integrais colaboram para diminuir a densidade energética das dietas, motivo pelo qual o feijão é utilizado estrategicamente para reduzir as prevalências de obesidade e sobrepeso notadas em todo o mundo.” Outra dica para tornar a feijoada mais magrinha é substituir a farofa com ovos, bacon e linguiça por uma mais leve. Você pode torrar a farinha de mandioca com um pouco de margarina, fica saborosa e menos calórica. Outra opção é triturar a torrada integral ou de grãos e usá-la como farofa. A laranja servida tradicionalmente como acompanhamento da feijoada, rica em vitamina C, facilita e aumenta a absorção do ferro presente no feijão. “Mesmo com essas dicas a feijoada ainda assim é um prato calórico, por isso, é importante que se tenha moderação”, alerta Karoline Jorge.

Almoço à brasileira Para abrir o apetite: mandioca frita e caldinho de feijão são as entradas tradicionais da feijoada. Você pode fazer a mandioca cozida com um pouco de azeite ou manteiga. Acompanhamentos: arroz, farofa, vinagrete, molho de pimenta, couve refogada, banana grelhada e fatias de laranja. Bebidas: batidas, caipirinhas e cerveja combinam com feijoada, mas devem ser consumidas com moderação. Sucos de frutas naturais, servidos em jarras de vidro, e água também são boas opções. Para finalizar: como sobremesas, aposte em doces brasileiros, como compotas de frutas, cocada ou goiabada com queijo. Frutas frescas, como abacaxi, laranja e tangerina são leves, refrescantes e menos calóricas.

Receita Feijoada light Você vai precisar: • 4 folhas de louro; • 500g de carne-seca; • 500g de lombo salgado; • 200g de paio; • 200g de linguiça calabresa; • 1kg de feijão preto; • 50ml de óleo ou azeite; • 100g de alho-poró; • 100g de salsão; • 100g de alho triturado; • 1 cebola picadinha; • 1 laranja com casca cortada em 4 partes; • Sal a gosto e água (o necessário). Preparo: Dessalgue devidamente as carnes e retire toda a gordura aparente. Coloque-as em uma panela de pressão com água suficiente e cozinhe por cerca de 15 minutos, depois que começar a sair a pressão - veja se está pronta e, se necessário, cozinhe mais um pouco. Separadamente, em outra panela, leve o feijão preto para cozinhar por cerca de 50 minutos (se for na panela de pressão, 15 minutos) com as folhas de louro. Em uma panela com o óleo ou azeite, refogue a cebola, o alho-poró, o salsão e o alho, tudo bem picado. Coloque este tempero no feijão e as carnes sem a água do cozimento. Adicione a laranja. Deixe engrossar o caldo e, se necessário, acerte o sal. Retire as laranjas e sirva com arroz branco ou integral, farofa, fatias de laranja e couve refogada no alho e azeite. Rendimento: 6 porções.



moda

O coringa do

inverno

Fotos KFPress

O xadrez nunca perde o seu espaço na moda porque combina com uma variedade de acessórios e é perfeito para a estação mais fria. Blusas, saias ou apenas um detalhe sempre dão um toque charmoso ao visual

Por Karlos Ferrera

Todo ano é a mesma coisa, alguns dias mais quentes, outros mais frios. Por isso, é fundamental ter várias peças diferentes no guarda-roupa. Uma estampa super na moda é o xadrez, que deixa as mulheres estilosas, bonitas e com um visual impecável. Os casacos xadrezes devem sempre estar presentes e podem ser usados tanto em eventos mais formais, quanto em descontraídos; tudo depende da cor do tecido, que fará com que o traje se adeque mais a cada situação. Até na moda verão 2013 o xadrez aparecerá bem forte, compondo shorts, biquínis e maiôs, ou em lingerie, criando um visual fashion e romântico. A popularidade do xadrez é tão grande que as unhas também estão sendo estampadas com esta tendência despojada e divertida. Vale

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A estampa madras, muito popular nas décadas de 60 e 70, diferencia-se pela largura e por diferentes tonalidades. Já a vichy lembra aquelas de toalha de mesa; um modelo em alta

lembrar que é preciso muito bom senso na hora de usar o xadrez para não criar um visual com excesso de informação.

Como usar o xadrez Qualquer que seja o tipo de xadrez a ser usado, este tem que fazer o seu estilo. Sendo uma estampa, é essencial gostar e saber se lhe cai bem. Devido à variedade de tipos, tamanhos e cores, existem inúmeras formas de adaptar o seu guarda-roupa a esta forte tendência.

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- Como toda estampa, é preciso prestar atenção na regra: quanto maiores a padronagem e o contraste das cores, maior vai parecer a região em que ela está localizada. - Uma peça na composição do look já é suficiente. Uma overdose dessa estampa pode tornar o visual carregado e confuso, principalmente quando os tons adotados não forem discretos. Conjuntos em xadrez (blazer e calça) devem ser banidos do seu guarda-roupa. A mistu-

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moda

Estampa tartan: em quadrados médios e grandes, é originária da Escócia e sempre aparece na cor vermelha

Vestidos com cores mais acentuadas compõem looks perfeitos para festas informais com ambiente descontraído

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ra com outros tipos de estampas muito marcantes também não é recomendada. - Atente para quando e onde usar cada peça. Peças de alfaiataria (saias retas, calças e casaquinhos) podem ser adaptadas a ambientes mais formais, mas sempre em cores sóbrias. Vestidos e saias curtas, com cores mais acentuadas, junto com sandálias, compõem looks perfeitos para festas informais; assim como camisas e outras peças po-

dem compor o cotidiano sem problemas. Apenas para eventos tais como casamentos e formaturas, o xadrez deve ser recusado. - Pouquíssimas pessoas podem se dar ao luxo de usar calça xadrez com sucesso. Elas encurtam as pernas e deixam quadris e glúteos avantajados. Caso deseje arriscar, é bom lembrar que, usando cores escuras e padronagens mais simples, esses efeitos são minimizados.

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Flashes

O empresário Luis Paulo Luppa recebeu amigos, 28 de julho passado, na Riviera de São Lourenço, para uma bonita festa em comemoração a mais um ano de vida

Luppa e a mulher Silvana

Luppa e Washington

Agostinho e Everton

Valfredo, Otaviano e Pico

Rodrigo, Rodolfo, Felipe, Rodrigo, Samara e Vivian 60

Felipe e Cinthya

Fátima, Ondina, Rosely, Regina, Luzia, Marta e Wilson

Dalton e Sergio

José Anjos e Washington Pretti

Zezão, Luppa,Alessandra, André e Rubens Beach&Co nº 122 - Agosto/2012


Eventos marcantes do mês de julho Aniversário Cristina Abbadie Vieira

Cristina e a mãe Oraides Abbadie

Cristina e Marco Vieira, ladeados pelos animadores Charlie Chaplin e Marie Monroe

Família Vieira: Gabriel, Marco, Cristina e Vitor

Família Bandeira: Gustavo, Luciana e Otavio

Beatriz Pereira de Almeida

4° Arraial da Riviera

Daniel e Elizabeth Correa e Giovana e Rogério Guarnieri

1ª Permuta Fest Imóveis Riviera - Factual Imóveis

Vagner Moran e Ribas Zaidan (ao centro) com a equipe da Factual Imóveis Riviera

Vivian Rodrigues e Filipe Borges , do Banco Itaú

Feijoada no espaço Gourmet Haddad´s

Roberto Haddad, Dr. Almir Ferraz e Luciane Biondo deram o tom do espaço Haddad´s Gourmet Beach&Co nº 122 - Agosto/2012

Turma dos apaixonados por Santos

A linda imagem de amigos reunidos

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho Registramos o evento do Club Design, na Kyowa, o entrelaçamento das famílias Paiva Magalhães e Ortega, e a homenagem à Odila Hoehne

Laiz Iglezias e seu marido, o arquiteto Mariano Iglezias, no evento do Club Design, na tapeçaria Kyowa

Marcelo Couto, o empresário Walid Abdouni e a arquiteta Renata Guimarães de Melo comemoraram o evento pós-Milão

Roberta Paiva Magalhães no “sim” para Ricardo Ortega, no belíssimo Santuário do Santo Antonio do Valongo

Fábio Zogaib e a designer de flores Pupy Zogaib transformaram o salão do Tênis Clube num exuberante jardim real 62

A empresária Vanessa Rodrigues desfilou beleza no encontro que reuniu decoradores e arquitetos

Os pais da noiva, Eduardo e Regina Paiva Magalhães, receberam os convidados em elegante festa no Tênis Clube de Santos

A empresária Odilinha Hoehne durante coquetel realizado na Blue Gardenia

A empresária Miriam Gotfryd recebeu impecavelmente na inauguração, este mês, da Blue Gardenia no paulistano Shopping JK Beach&Co nº 122 - Agosto/2012


Restaurante IL Faro, pioneiro na orla de Guarujá, comemorou 40 anos com uma Noite de Máscaras ao som da banda Zago Arte & Show. Abrilhantaram a festa...

Augusto e Regina Bustamante

Aparecido da Penha e Silva e Laura Kechichian

Elizeu Almeida Marques e seu irmão Laércio Almeida Marques, ladeando Hilda Fernandez Alvarez (excelente anfitriã)

Ana Lúcia Sinto e Airton Sinto

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De Santo André, os jovens Victor Wilk e Rosana Andrade

Renata Corsino e Rogério de Souza

O colunista e Walkyria Sanches Capp

De São Paulo, os jovens Claudio Birolini e Aline Zanardo

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Riviera Master Imóveis inaugurou sede, 21 de julho passado, na Riviera de São Lourenço, em encontro movimentadíssimo

A competente equipe da Riviera Master Imóveis

Irenice de Oliveira e José Antonio, Robson e Adriana, Teresinha e João Pitanga

Diogo Kamada, Adriana Nunes, Maiby Rasqueri e Robson Ferreira

Rosana Vicentini, Erma e Montanaro, Robson e Adriana, Cesar e Ivanda Silva

Os irmãos Achilles e Adriana Nunes

Elizabeth Bruni, Maria do Céu, Sergio Bruni e Roberto Peixoto; em pé, Adriana Nunes e Robson Ferreira

Arthur Cerqueira, Francisco e Rosangela Correa e Robson Ferreira

Robson Ferreira, Silvio e Maria Cecilia Saad, e Adriana Nunes

Silvana Grande , Nadia D’Angelo, Renato Meschiatti, Ulisses D’Angelo e Sidnei Pires

Robson Ferreira e família: Daniel, Adriana e Matheus

Caio Henrique Fernandes, o pequeno Brian e Vivian Rasqueri

Família Minatelli com Adriana e Robson

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“Destaques” // J. Cardia O aniversariante Washington Pretti Junior e sua amada Rosely Valença receberam amigos no Hotel Renassance, em São Paulo, para comemorar mais uma data natalícia, ao som da Banda Shine

Rosely Valença e o aniversariante Washington Pretti Junior

O casal José e Fátima dos Anjos

Antonio Carvalho e os filhos Felipe e Giovanni

Ivanete Lucatti e Silvana Luppa

Ana Stipanich, José Heleno Ventura, Luci Cardia, Fatima Ventura e Dalto Stipanich

Juliana e Marcos Preti, Roberto e Fernanda com a pequena Giovanna Preti

Iramaia Kotschedof e Claudio Pinheiro

Mauricio, Luiz P. Luppa, Leonardo, Daniel Santos e Xavier

Domingos Dragone e família

Clã dos Pretti: Rodrigo, Willian, Dª Ana, Renan e Isabella Pretti

Ribas Zaidan, Dr. Almir e Fernanda Ferraz

Elizabeth e Danilo Marques

Sergio, Iara, Marcia e Fernandinho, todos do clã Trend

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata O primeiro arraiá do Guarujá Golf Clube movimentou cerca de 500 pessoas entre sócios e convidados. Um sucesso!

Em destaque, o presidente do GGC Dr. Miguel Calmon Nogueira da Gama, Dr. Luis Antonio de Mello Awazu e Dr. Ziegfried Grotzinger

Socialites paulistanos marcam presença: Vagner e Gabi Gataz, Brigitte Diethild Muller e Klaus

O casal Maria Lucia e Gabriel Jacintho

Grandes amigos reunidos em noite especial 68

Sempre simpático, o belo casal Regiane e Luiz França deu um show na balada caipira

Bons caipiras italianos: Ricardo e Soraya Pastore, Domênico Abate e a sua Silvana Marani

Esbanjando estilo, Rodolfo Cesar e o amigo Masakazu Shoji

Luciano e Carla Tudisco Oliveira, Demétrio e Teresa Frahia, Soraya e Ricardo Pastore

Dr. Miguel Calmon Nogueira da Gama ladeado pelos desembargadores Itamar Gaíno e Silvia Devonaldon

Nelson Fernandes, Demétrio Frahya e Lealdino

O casal Elizabeth e Dr. Itamar Gaíno

Dr. Guaracy Reis e sua Leticia Beach&Co nº 122 - Agosto/2012


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