Riviera de São Lourenço
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Beach&Co nยบ 106 - Abril/2011
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Beach&Co nยบ 106 - Abril/2011
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ao leitor Foto Pedro Rezende
ANO IX - Nº 106 - abril/2011 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor - Presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan dinalva@costanorte.com.br
E mais... Edição
Eleni Nogueira (MTB 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br
Moda 22 Diretor de Arte
MegaPixel 24 Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br
Investimento 32 Criação e Diagramação PP7 Publicidade
Fazenda Santana 36 www.pp7.com.br | pp7@pp7.com.br Direção de Arte: Marcel Oliveira
Rota Gourmet Diagramação: Audrye Rotta
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Marketing e Publicidade Social 44 Ronaldo Berlofi Zaidan
marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão: Adlete Hamuch Colaboração Bruna Vieira, Edison Prata, Flávia Souza, Gabriela Montoro, Helton Romano, Luciana Sotelo, Luci Cardia e Karlos Ferrera
Cultura indígena em festa Em sua décima edição, o festival étnico de Bertioga mais uma vez cumpre seu objetivo de abrir uma oportunidade para se conhecer melhor aspectos culturais dos povos indígenas do Brasil. Dança, culinária, música, artesanato e troca de experiências, proporcionada pelos seminários, fazem parte da programação do evento, que atrai grande número de visitantes à cidade. Dentre as etnias participantes dessa edição, escolhemos como tema de nossa reportagem de capa os guaranis, que habitam terras do litoral paulista, de Ubatuba a Peruíbe. São cerca de 1500 indivíduos, que lutam bravamente para manter vivas suas tradições, apesar do contato cada vez maior com os grandes centros urbanos. Mesmo vivendo em territórios diminutos, é notável a manutenção de suas referências culturais, da organização social, da preservação da língua, festividades e religião. Conhecer e valorizar a cultura indígena guarani é uma forma de apoiar a continuidade desse povo. Aqui no litoral, algumas medidas foram implantadas nesse sentido, a exemplo da inauguração, mês passado, do Espaço Cultural Guarani, localizado ao lado da Ponte Pênsil, em São Vicente, no Píer de Pesca, onde se difunde a cultura da etnia, além de venda de artesanato. Já em Peruíbe, na aldeia Nhamandu Mirim, a construção da Casa de Cultura tem movimentado o dia a dia da comunidade, e atraído visitantes. Da mesma forma que essas duas iniciativas, a festa anual de Bertioga tem se destacado como marco importante na luta pela preservação das etnias indígenas. Fica aqui o convite!
Circulação Baixada Santista e Litoral Norte
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Eleni Nogueira Beach&Co nº 106 - Abril/2011
Entrelinhas
Dany Burú Moradora de Cubatão
O melhor da nossa festa é você Um novo Parque Anilinas, escolas reformadas, notebooks para alunos e professores, queda da mortalidade infantil, mais de 15 mil novos empregos e o melhor transporte da região. Cubatão cresce e comemora junto com você. Beach&Co nº 106 - Abril/2011
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Foto Helton Romano
Foto Luciana Sotelo
20 Exemplo de pioneirismo e superação
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Foto Flávia Souza
44 A música contra o estresse
Capelas preservam memória caiçara
Cartas Albatrozes
Um trabalho jornalístico impecável, a reportagem sobre os albatrozes, publicada na edição de março desta conceituada revista. Da mesma forma, congratulo o trabalho comovente e inspirador do Projeto Albatroz, afinal não é nada fácil ser não-governamental nesse país, ainda mais na área ambiental. Histórias como essas nos dão uma lição de perseverança. Que o projeto dure por muitos 20 anos mais e que pescadores e albatrozes possam fazer as pazes. As gerações futuras certamente vão agradecer. Eliege Gonçalo
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Foto Karlos Ferreira
E mais... Povos indígenas
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Congresso 30
50 Use e abuse da versatilidade dos lenços
Capa
Praias & Associados
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Coluna Chic
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Flashes 58 Destaques 62 Celebridades em foco
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Comunidade Ilhabela
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Foto Bruna Vieira
Criança karajá da Aldeia Watau (Tocantins) Foto Willian Coupon
Caraguá pág. 24
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Foto Pedro Rezende
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Fotos Flávia Souza
As funções de homens e mulheres na organização das sociedades indígenas têm diferenças marcantes
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Cultura
resistente
O Festival Nacional da Cultura Indígena de Bertioga é um evento anual que permite maior interação entre o público e as muitas etnias brasileiras. Conhecer aspectos de suas culturas é fundamental para a preservação e valorização desses povos que tanto contribuíram para a formação do país, dentre eles, os guaranis, habitantes do litoral paulista e Vale do Ribeira
Por Flávia Souza Nesta décima edição do evento indígena em território bertioguense, a ser realizado de 21 a 23 de abril, participarão cinco etnias: Guarani (Bertioga), Xavante e Kamayurá (Mato Grosso), Terena (Mato Grosso do Sul) e Karajá (Tocantins). Cada delegação estará representada por 40 membros, entre caciques, líderes espirituais, membros e interlocutores biculturais, com exceção dos guaranis que, por habitarem regiões mais próximas do município, participarão com 80 integrantes. Os guaranis integram uma população de quase 1500 pessoas que vivem no litoral de São Paulo e Vale do Ribeira, de Ubatuba à Cananéia. Apesar de viverem próximos aos centros urbanos, eles continuam sendo guerreiros, como o próprio nome significa. Eles formam núcleos que habitam terrenos próximos Beach&Co nº 106 - Abril/2011
à mata, ao mar e ao asfalto, mas, mesmo assim, resistem à aculturação. Preservam sua cultura por meio de práticas e rituais diários, a exemplo da casa de reza – o local mais sagrado de uma aldeia. Mas os índios da região já não vivem mais a vida de seus antepassados, sustentada pela caça, pesca e produtos tirados da mata; até mantêm as práticas, mas subsistem mesmo de alimentos comprados no comércio. Alcides Mariano Gomes, o cacique Karai da aldeia Nhandewa Mbya, em São Vicente, explica melhor: “Vivemos muito próximos à cidade, assim temos um contato intenso com a cultura não-indígena. Isso nos obriga a aprender a conviver com esses dois mundos, pois não há como nos afastarmos”. 13
especial Instalada a poucos quilômetros do centro da cidade, a aldeia conserva aspectos da antiga mata virgem, pelo menos na questão da tranquilidade absoluta. Da área principal da aldeia, onde está instalada a opy (casa de reza), pode-se apreciar as belas vistas do morro do Japuí, de um lado, e a Praia de Paranapuã, também conhecida como Praia das Vacas, de outro, fronteiriça à badalada Ilha Porchat – um contraste bem típico do nosso litoral. Tal proximidade com a cidade favoreceu o bilinguismo entre os indígenas, cuja maioria, hoje, fala fluentemente o português, idioma ensinado às crianças (as kyringués, em guarani) a partir dos sete anos de idade.
Rituais
Foto Flávia Souza
A prática diária de rituais, realizada na casa de reza, tem papel fundamental na construção e estrutura do jovem índio. Diz o cacique: “Todos os dias nos encontramos na opy para cantarmos, dançarmos e rezarmos a Nhanderu (Deus). Nessas ocasiões, os
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mais velhos transmitem às crianças o nosso conhecimento ancestral. Eles também aprendem a fazer cestas, zarabatanas, leques e colares de sementes e conchinhas do mar. Tudo para que os pequeninos tenham o maior acesso possível a nossa cultura”. Os guaranis realizam rituais tradicionais, como o Xondaro e o Tangará - danças feitas na casa de reza. Dentro ou fora da opy, dependendo da ocasião, essas práticas têm entre as suas várias funções a intenção de alegrar e divertir toda a comunidade. Violão, tambores, rabeca (tipo de violino) e chocalho são alguns dos instrumentos musicais usados. Segundo o agente de saúde da aldeia de São Vicente, Dida Fernandes, batizado em guarani como Karai Jexata (raio de sol), as músicas cantadas – mais parecem rezas - são entoadas em guarani e falam da natureza, da busca pela terra sem mal e do fortalecimento espiritual. Os cantos costumam ser recebidos em sonhos pelas crianças e pajés. “Nesses momentos damos as mãos para lembrar que, unidos, somos for-
Apresentações culturais Para melhorar a renda, os povos indígenas fazem apresentações culturais dentro ou fora da aldeia; em troca recebem dinheiro e/ou alimento. Na aldeia Nhamandu Mirim, em Peruíbe, a construção da Casa de Cultura tem sido um dos pontos altos do dia a dia da comunidade. A obra tem tomado o tempo dos índios e é vista como a menina dos olhos do grupo. “Com frequência, recebemos turistas para assistirem a apresentações de canto, dança, teatro, além de fazerem trilhas pelas mata”, diz o cacique da aldeia Nhamandú Mirim, em Peruíbe, Domingos da Silva, ou Ava Tataendy. A aldeia já tem seu espaço na internet, pelo endereço www.aldeianhamandumirim.blogspot.com. São Vicente também deu um grande presente à sociedade indígena, inaugurando no último dia 18 de março o Espaço Cultural Guarani, localizado ao lado da Ponte Pênsil, no Píer de Pesca, onde se difunde a cultura da etnia, além de venda de artesanato. O local é aberto ao público e está disponível diariamente para a realização de oficinas, visitações de escolas e outros grupos que tenham o interesse em conhecer a cultura de povos indígenas. As visitações em grupo devem ser agendadas antecipadamente no próprio espaço, informa o secretário de Cultura de São Vicente Renato Caruso. Beach&Co nº 106 - Abril/2011
Fotos Flávia Souza
especial
Artesanato A maior parte da renda indígena deriva da comercialização do artesanato, vendido nas calçadas e feiras das cidades. São peças que, costumeiramente, utilizam na própria comunidade, como cestas, esteiras, colares, cocares, arcos e flechas. A arte da cestaria é feita por meio de trançados com taquara de bambu e desenhada com cipó imbé ou ximbopeva (que dão a cor preta).
tes, e para agradecer por mais um dia que se vai e por mais um dia que vem”.
Danças e lutas O Xondaro é uma prática masculina, que lembra uma técnica de luta, com ênfase no equilíbrio, e gestos baseados nos movimentos dos animais. Sua atitude principal é a do desvio – onde o guerreiro aprende a não se contrapor ao oponente, deixando que ele gaste a sua energia. Assim como a capoeira, a arte exerce a função de luta ou de dança, conforme as circunstâncias. No caso dos guaranis, a ação também incorpora o papel de canto. Com isso, ela ainda se torna útil no que se refere ao aprimoramento dos sentidos, da agilidade e do senso de direção – itens extremamente necessários para a vida na mata. O Xondaro ainda tem o significado de guardar a aldeia, para manter a saúde e o equilíbrio da comunidade. Já o Tangará é a dança feminina. Nela, mulheres de todas as idades imitam os pulinhos do pássaro de mesmo nome. A dança lembra os tempos passados e serve também para agradecer a natureza. As mulheres batem o takuapu, ou o bastão de taquara, para chamar a força espiritual. Força esta que só pode ser vista, de acordo com os guaranis, por meio da fumaça que sai dos petynguás, os cachimbos de fumo de corda, instrumentos sagrados que são usaBeach&Co nº 106 - Abril/2011
dos em todos os rituais para fazer contato com o divino. Eles acreditam que a fumaça que sai deles leva os pensamentos até Nhanderu. A fumaça produzida pelo fumo, quando misturada com algumas ervas, é usada em outro ritual importante: o batismo. Momento solene em que os índios ganham o nome e a alma guaranis.
Batizado Consideradas pela sociedade indígena como veículos de poder e transformação, as crianças guaranis têm uma grande autonomia. “Isso porque elas representam a sabedoria e a vontade dos deuses. Então ela é bem tratada, respeitada e reconhecida na comunidade, tendo liberdade para pensar, agir e fazer”, explica Cristiano Hutter, coordenador técnico da Funai, responsável pelas aldeias do litoral sul. O pajé Maurício de Souza, o Karai Mirim da aldeia Tekue Mirim, em Praia Grande – a mais nova das comunidades do litoral paulista, criada há cerca de quatro meses, complementa: “Ter filhos significa que Nhanderu continua disposto a manter relações com os seres desse mundo, fortalecendo a aldeia. É por meio das crianças que temos certeza de que não vamos acabar”. Quando elas nascem, recebem um nome em português, até que Nhanderu dê o nome guarani ao bebê com seis meses de vida. “É assim porque até essa idade 15
o espírito ainda não está no kyringué”, explica o agente de saúde da aldeia de São Vicente, Dida Fernandes.
Educação
O professor indígena Sérgio Martins, ou Popyguá, leciona na opy de São Vicente para cerca de 20 crianças com idades variadas. É uma escola indígena bilíngue, que segue currículo diferenciado das escolas urbanas. Sergio diz: “A Lei de Diretrizes e Base (LDB) da Educação garante aos povos indígenas o próprio jeito de ensinar as crianças. Então ensino as disciplinas normais para os alunos e, para isso, recebo o material de apoio do governo do estado e as crianças ganham kit escolar. Porém, transmito também costumes e língua guaranis”. O professor é formado em magistério indígena pela USP e, aos 27 anos, já conquistou outros diplo-
mas, como o de graduação no curso superior de educação indígena e o de pós-graduação em educação ambiental. Ele criou um blog em que fala da educação indígena e apresenta projetos realizados (www. guaraniuruity.wordpress.com). A criação de escolas indígenas é bem recente, então há grandes desafios pela frente. “Os maiores são a falta de professores e a construção de prédio escolar em várias aldeias”, afirma Amaury Vieira, coordenador regional da Funai no litoral sudeste, responsável pelas terras indígenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Algumas comunidades da região possuem prédio escolar próprio, com mais de um professor, salas de aula e cozinha. Em Peruíbe, as aldeias tupis Piaçaguera e Nhamandu Mirim estão entre as mais estruturadas quando o assunto é educação.
A abertura oficial do Festival Nacional da Cultural Indígena 2011, que contará com a presença de 240 indígenas, acontecerá na quinta-feira 21, às 20 horas, na arena localizada na Praça de Eventos, em frente ao Parque dos Tupiniquins, na Praia da Enseada (Centro). A cantora e artista intercultural Marlui Miranda interpretará, na ocasião, o Hino Nacional, em idioma guarani. Em paralelo às atividades de demonstrações das culturas étnicas, haverá a tradicional feira de artesanato indígena, demonstrações da culinária típica, atividades esportivas, ciclo de palestras, além de um seminário, cujo tema principal é “A Água”. No dia 21, Samira Marcos Tsibosawapré abordará a Identidade Cultural; a seguir, Daniel Monteiro enfocará a História do Índio no Brasil. Neste mesmo dia, Carlos Terena fará sua palestra sobre a Olimpíada Verde; Tainara Ferreira da Silva e Graziela Sant´Ana, enfocarão a História do Índio no Brasil. Já no dia 22, Marcos Terena falará sobre a Espiritualidade e Meio Ambiente A novidade dessa edição fica por conta de um telão que será instalado na praça, e que transmitirá as atividades culturais e esportivas indígenas no período noturno desenvolvidas na arena, com arquibancada capacitada para comportar cerca de cinco mil pessoas. 16
Foto Pedro Rezende
Festival indígena
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Outras etnias participantes
Fotos Pedro Rezende
Karajá Originário da Ilha do Bananal, no Parque Indígena do Araguaia, em Tocantins, o grupo tem origem linguística Macro-Jê e possui íntima relação com o Rio Araguaia, fonte de sua subsistência preferencial. O contato com a população branca aumentou no decorrer dos séculos XVI e XVII, com a exploração do ouro e a expansão pecuária na região. Essa população indígena guarda grandes tradições culturais, como a Festa do Aruanã, em homenagem ao peixe da região, que acreditam proteger a todos os karajás. Como preservação da cultura ainda praticam a luta corporal Idjassú. São hábeis na confecção de cestas e cerâmicas.
Terena Do tronco linguístico aruak, são encontrados em Mato Grosso e São Paulo. Sua população é estimada em cerca de 19 mil pessoas e a maior parte vive em território descontínuo em pequenas “ilhas”, cercadas de fazendas, e distribuídas em 7 municípios de Mato Grosso do Sul: Miranda, Anastácio, Dois Irmãos do Buriti, Sidrilandia, Noaque, Rochedo e Aquidauana. Há também a terra indígena Kadiwen, em Porto Murtinho, Dourados e em São Paulo. O mito da origem desse povo é o herói civilizador duplo (tem uma parte gêmea que age como anti-herói) chamado Yurikoyuvakaí, que os tirou de debaixo da terra e ensinou-lhes o uso do fogo e das ferramentas agrícolas.
Kamayurá Os kamayurás são uma das quatorze etnias indígenas no Parque Nacional do Xingu, no estado do Mato Grosso. Vivem entre os rios Kuluene e Kiliseu, no Alto do Xingu, município de Canarana, e falam a língua kamaiurá, do tronco linguístico tupi-guarani. A etnia sempre se manteve na mesma região, próxima a “água grande”, significado de Ipavu, nome dado a lagoa perto da aldeia.
Xavante O povo Xavante vive em seis reservas demarcadas no leste de Mato Grosso e fala a língua do tronco linguístico Macro-Jê. Ao todo, são cerca de sete mil pessoas que mantêm uma organização social e cultural ainda preservada com danças, cantos, pinturas corporais e cerimônias coletivas como o Daporedzapu (furação de orelhas). É uma população fisicamente forte que se destaca pelo esporte tradicional, o Uiwede Wapraba (corrida de tora de buriti), que pesa cerca de 100 quilos. Também são bons jogadores do tradicional futebol. Beach&Co nº 106 - Abril/2011
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Hospital Bertioga
Confiança e hospitalidade são nossos valores
Inspirar entre os colaboradores confiança e hospitalida-
Sistema de Gerenciamento Hospitalar, Monitoramento
de fundamentadas na prestação de serviço de qualidade,
de Segurança e novo sistema de telefonia são tecnologias
foi a base dos trabalhos em 2010 do Hospital Bertioga –
que estão em pleno funcionamento no hospital. Além dis-
FUABC-OSS. Capacitação profissional, reforço das equipes,
so, novos serviços diagnósticos como Tomografia, Mamo-
adequação dos equipamentos hospitalares e mudanças es-
grafia, Ultrassonografia e Densitometria Óssea, aliados aos
truturais figuraram entre os principais planos de ação da
exames laboratoriais e radiografias, aprimoraram a reso-
Fundação do ABC
lubilidade. Um serviço confiável e transparente é ponto de
A Prefeitura de Bertioga e a FUABC comemoraram, em
honra do Hospital Bertioga-FUABC. Balanços sociais são
2010, o primeiro ano de parceria que, segundo pesquisa
apresentados a cada semestre à comunidade, reunindo en-
de satisfação, fechou o ano com 88,5% de aprovação no
tidades de classe, grupos sociais, vereadores e Poder Exe-
pronto-socorro, e 93% entre pacientes internados.
cutivo, que conhecem em detalhes as ações assistenciais
O exercício foi marcado por mudanças que refletiram di-
realizadas e o direcionamento dado aos recursos financei-
retamente no atendimento à população. Com a conclusão
ros públicos. Além disso, as informações agora estão dis-
na reforma do prédio administrativo, houve readequação
poníveis on-line, com a inauguração do site institucional
dos setores: a ala de atendimento pediátrico de emergên-
www.hospitalbertioga.com.br.
cia ganhou mais espaço e, em dezembro, para a tempo-
Humanização no atendimento é outro marco desta ges-
rada de verão, foram criados mais 8 leitos de observação
tão. Em 2010, houve implantação do enfermeiro de aco-
para adultos.
lhimento e avaliação de risco, serviço que classifica casos
A gestão da Fundação do ABC em Bertioga compreende
graves, médios e de baixa prioridade, de forma a agilizar a
a administração do pronto-socorro, do hospital e parte do
ordem de chegada. As crianças ganharam sua Brinquedo-
ambulatório de cirurgia geral, o que abrange atendimentos
teca e os pacientes em geral foram contemplados com os
de urgência e emergência 24 horas, em todo o município e
projetos Sextas Musicais e Turma da Alegria, que trazem o
em grande parte da Rodovia Rio-Santos, além de emergên-
conforto da música e a animação de palhaços ao ambiente
cias odontológicas e cirúrgicas. São atendidos, em média,
hospitalar. O trabalho voluntário também marca presença,
11.900 pacientes/mês no pronto-socorro.
iniciado em setembro pelo Grupo Vivência da 3ª Idade.
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Beach&Co nยบ 106 - Abril/2011
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Foto Luciana Sotelo
história
Cubatão aos 62 anos História, progresso, projetos e exemplo de superação desta cidade, sede do 1º pólo industrial petroquímico-siderúrgico da América Latina, que hoje desempenha papel fundamental no desenvolvimento do país Por Luciana Sotelo A cidade tem muito o que comemorar nesses 62 anos de emancipação-político administrativa, completados dia 9 de abril. Da sua relevância histórica, que vem desde os primórdios da colonização do país, e de cuja época ainda guarda um grande patrimônio, até seu rico pólo industrial, que lhe deu fama mundial, tanto pelo prisma negativo, da poluição ambiental, quanto pela sua capacidade de superação. Mais recentemente, destaca-se pelo pioneirismo no ambicioso projeto ambiental de recuperação da encosta da Serra do Mar, com a retirada de famílias das áreas de risco e a revitalização de uma de suas principais áreas de lazer, o Parque Anilinas. Trata-se de importante patrimônio cultural e afetivo construído a partir da década de 1920, e que tem 20
potencial para se tornar a maior e mais importante área urbana de lazer da Baixada Santista.
Novo Anilinas
Durante as festividades de aniversário de Cubatão, foi inaugurado o Portal do Parque Anilinas que, desde o ano passado, passa por uma reformulação geral. A partir do portal, os moradores da cidade poderão acompanhar a evolução das obras em um estande específico, conhecer todo o projeto e as novas atrações que a população de Cubatão poderá desfrutar no local, como espaço multimídia com cinema, teatro e galeria de artes, academia de ginástica, praça de alimentação, pista de esportes radicais, parque aquático, jardins, espelho d’água, teleférico e uma escola. Beach&Co nº 106 - Abril/2011
Projeto Artístico
De acordo com a Secretaria de Obras, o cronograma está sendo seguido e, no ritmo atual, serão entregues em outubro as quadras esportivas, a pista de skate e a área para arborismo. O projeto do novo parque, com obra orçada em R$ 20 milhões, harmoniza-se com as riquezas já existentes no Anilinas, como a Maria Fumaça (exemplar da locomotiva alemã Henschell, remanescente da 1ª Guerra Mundial), a réplica da Capela de São Lázaro e as antigas construções que pertenceram à fábrica Anilinas, de tintura e tanino - uma das primeiras indústrias de grande porte da cidade.
Foto Pedro Rezende
Tendo como origem o sopé da Serra do Mar, a partir de onde jesuítas, comerciantes, tropas e autoridades do reino tomavam fôlego para atingir o Planalto, Cubatão tomou gosto pelo termo desenvolvimento a partir da primeira metade do século XVIII, com o surgimento do Porto Geral de Cubatão, que originou um povoado ao seu redor. A partir de então, iniciou um processo de crescimento, coroado com o título de sede do primeiro pólo industrial petroquímico-siderúrgico da América Latina. O desenvolvimento industrial, verificado em Cubatão a partir dos anos 1950, tem como antecedentes os primitivos engenhos de açúcar, característicos da economia colonial, sendo a primeira atividade industrial do município. Na primeira fase do processo, a indústria de maior expressão foi a Cia. Santista de Papel, que passou a funcionar em 1932. A companhia atraiu muitas pessoas de fora e, durante 30 anos, foi a grande fábrica de Cubatão, conhecida como Companhia Fabril. A denominação passou a ser atribuída ao bairro onde se localizava, e que permanece até hoje. Outro marco dessa fase foi a construção da Usina Henry Borden pela São Paulo Light S.A. Serviços de Eletricidade, obra modelo que aproveitou as escarpas naturais da serra para a produção de energia para o Planalto. Na segunda fase do processo, um fato teve grande impacto na cidade: o início das operações, em 1955, da Refinaria Presidente Bernardes. A partir daí, até meados
Projeto Artístico
Industrialização
Novo projeto do Parque Anilinas (acima, concepção artística) irá preservar as riquezas históricas que existem na área, como a locomotiva alemã Henschell Beach&Co nº 106 - Abril/2011
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história de 1975, dezoito das quase 30 indústrias que formam o Pólo de Cubatão foram implantadas. Além da geração de empregos, a concentração das fábricas em Cubatão trouxe resultados importantes para a economia e fortalecimento da capacidade tributária do município. Como não havia, por esta época, nenhum plano para controle da poluição, elas geraram, no decorrer dos anos, sérios problemas ambientais, com a poluição do ar, água e solo de Cubatão. Tanto que, na década de 1980, foi considerada pela ONU como a cidade mais poluída do mundo. Em decorrência deste fato desastroso, as indústrias, comunidade e governo se uniram e colocaram em prática um plano de recuperação. Com isso, 98% dos níveis de poluentes no ar passaram a ser controlados. Esforço reconhecido pela própria ONU que, em 1992, atribuiu o título de “Cidade-símbolo da Recuperação Ambiental”.
Para visitar Cruzeiro Quinhentista Construído em blocos de granito natural, o monumento localiza-se na confluência do Caminho do Mar com o Caminho do Padre José de Anchieta, e presta homenagem aos colonizadores jesuítas. Foi inaugurado durante a celebração do Centenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1922 (km 52 da Estrada Caminho do Mar). Rancho da Maioridade Marco da construção da Estrada da Maioridade e da visita da Família Real a São Paulo, em 1846. Dele se tem insuperável vista de Cubatão (km 47 da Estrada Caminho do Mar) Calçada do Lorena Elemento dos mais significativos na história da colonização, foi responsável pela ligação entre São Paulo e Cubatão. Construída em 1792, teve como principal idealizador Bernardo José Maria, governador da então Capitania de São Paulo (km 42 da Estrada Caminho do Mar)
Nova fase
Foto Pedro Rezende
Belvedere Circular Encontra-se no quilômetro 45 da Estrada Caminho do Mar, onde a Calçada do Lorena e o Caminho do Mar se encontram. Do Belvedere circular, construído em 1922 por ordem de Washington Luis, avista-se o restante da estrada.
Depois da inauguração da Via Anchieta, em 1947, os trabalhadores que a construíram fixaram residência nas encostas da Serra do Mar, originando vários núcleos populacionais. Alguns foram batizados segundo sua altitude em relação ao nível do mar como, por exemplo, Cota 95/100, Cota 200, Cota 400 e Cota 500, além dos bairros Água Fria, Pilões, Sítio dos Queiroz e Pinhal do Miranda. A situação desses locais é crítica por conta das chuvas, desmoronamentos de terra e falta de saneamento básico. Com a criação do Parque Estadual da Serra do Mar, em 1977, esses bairros passaram a ser uma ameaça ao equilíbrio natural da região, por conta dos esgotos lançados diretamente nos rios e córregos. Para conter a situação, um programa pioneiro do governo do estado de São Paulo exige a retirada dos moradores das áreas de risco, e posterior recuperação ambiental da Mata Atlântica. Iniciado em 2007, o projeto prevê que, até 2016, 19 mil moradores sejam retirados do local, dos quais 7.700 habitam residências situadas em áreas de encosta, derradeiras reservas de Mata Atlântica do país, com 375 mil hectares. A área abrange 23 municípios, desde Ubatuba, no litoral norte, até Pedro de Toledo, no sul do estado; depois continua com o nome de Juréia e parque Jacupiranga, seguindo até a divisa com o Paraná.
A natureza fez as pazes com Cubatão 22
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turismo
Cosmopolita, mas sem perder o
charme litorâneo Por muitos anos, Caraguatatuba carregou a alcunha de “patinho feio do litoral norte”, numa alusão à sua inferioridade urbana frente às vizinhas Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela. Hoje, próspera e dinâmica, é destino certo de turistas que visitam a região
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Foto Bruna Vieira
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turismo Por Helton Romano Na última década, a instalação da base de gás da Petrobras e a chegada de grandes redes comerciais impulsionaram a geração de empregos e atraíram milhares de pessoas a Caraguá, onde fixaram residência. Por conta do crescimento populacional, a cidade comemora seus 154 anos, no dia 20 de abril, com mais de 100 mil habitantes. Nas duas últimas décadas, a população de Caraguá saltou de 52.878 para 100.899, segundo dados do IBGE. Para enfrentar o desafio do crescimento, o município começa a discutir a proposta de Plano Diretor, que estabelece a verticalização de boa parte de sua área de planície, com prédios de até 25 pavimentos, chamada de Zona de Expansão Urbana. Antes ocupada por chácaras e fazendas, a área fica na costa sul do município, e tem 70 milhões de metros quadrados. “O adensamento será planejado em uma
região em que há espaço para a construção de vias e instalação de infraestrutura adequada”, explica o secretário- adjunto de Meio Ambiente de Caraguatatuba Paulo André Cunha Ribeiro. “Nossa intenção é atender a demanda do desenvolvimento que Caraguá vive hoje, e induzir o crescimento onde ainda há espaço, para tirar a pressão imobiliária da área urbanizada. Será uma nova cidade”. Na área de saneamento básico, as obras recentes de esgotamento sanitário da bacia do Porto Novo elevaram o índice de coleta e tratamento de 47% para 72%. A expectativa é de que, até 2012, esse índice atinja 80%.
Turismo
A bela Caraguá atrai um número cada vez maior de turistas. No ano passado, segundo dados da Se-
Foto Bruna Vieira
População saltou de 52.878 para mais de 100 mil habitantes nas duas últimas décadas
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Foto Bruna Vieira
cretaria de Turismo, 3 milhões de pessoas visitaram a cidade, que tem uma das maiores malhas de ciclovias do estado. Com início na praia das Flecheiras, e percurso que ladeia as praias do Aruan, Indaiá, Centro, Camaroeiro e Prainha, a ciclovia termina na Martin de Sá. São 13 quilômetros de passeio ciclístico, com visual praiano, que o aposentado Carlos Mendonça, de 54 anos, percorre duas vezes por semana. “Caraguá tem um ambiente propício para a prática de esportes e atividade física”, comenta Mendonça, que há 15 anos saiu de São Paulo e encontrou melhor qualidade de vida no litoral. Dezessete praias enfeitam 70 quilômetros de costa. A mais famosa delas é a Martin de Sá, que possui orla urbanizada e diversos tipos de serviço como aluguel de caiaques, ski-banana e passeios de escuna. “Gosto muito do calçadão e dos quiosques”, diz Márcia Romano, de 52 anos, que reside em Joanópolis, interior de São Paulo, e costuma visitar Caraguá após o Carnaval. Já o mecânico Marcos Shigetomi, 37 anos, prefere a praia de Massaguaçu, considerada a melhor do litoral paulista para a prática da pesca de arremesso. “Venho uma vez por mês com a família. Sou apaixonado pela pesca e aqui encontro as condições ideais”, destaca Shigetomi, morador de Suzano, em São Paulo. Há também quem procure praias mais tranquilas, como a da Cocanha, com águas rasas e cristalinas, ou ainda selvagens, como a da Mococa, que possui areia monazítica utilizada no tratamento de artrites.
História recente
A história de Caraguá é marcada pela superação de seu povo, que reconstruiu a cidade após o fatídico 18 de março de 1967. Nesta data, uma tempestade de poucas horas provocou centenas de deslizamentos na Serra do Mar que avançou sobre Caraguá, despe-
Cidade tem uma das maiores redes de ciclovia do estado Beach&Co nº 106 - Abril/2011
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Foto Gianni D’Angelo / PMC
Foto Helton Romano
turismo
Dezessete praias enfeitam os 70 km de costa
Paixão de Cristo
Foto Adriana Coutinho/ Fundaac
No rol dos grandiosos espetáculos a céu aberto encontra-se a 4ª edição da Encenação da Paixão de Cristo, em Caraguá, dia 22 deste mês, a partir das 21h00, na Praça de Eventos, como parte da programação de aniversário da cidade, que ocorre dia 20 deste mês. O espetáculo, com duas horas de duração, um elenco de 130 pessoas e seis palcos, revive os últimos cinco dias em que Jesus Cristo passou na Terra, dos conflitos à crucificação.
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jando milhares de toneladas de lama e vegetação. A catástrofe de 67, como ficou conhecida, vitimou cerca de 300 pessoas e não sai da lembrança de quem testemunhou a tragédia. “Eu morava na encosta do morro e uma pedra imensa rolou em direção a minha casa. Por muita sorte ela parou antes de chegar, senão tinha matado a família toda, e eu não estaria aqui para contar”, conta o pescador Amauri Cassiano, de 56 anos. “Depois desse dia a família se dividiu. Muitos quiseram sair de Caraguá porque aqui tinha ficado ruim de serviço”, recorda. O aposentado Luiz Antonio Carlota, de 64 anos, acredita que esse foi o momento mais marcante para todos que vivenciaram aquela época. “Mudou a rotina da cidade. Até hoje não se sabe o número exato de mortes”, lamenta. Esta não foi a primeira vez que Caraguá teve seu poder de redenção colocado à prova. Em 1693, quando ainda era um pacato vilarejo, Caraguá foi acometido por um violento surto de varíola. A epidemia vitimou parte da população; o restante dirigiu-se para Ubatuba ou São Sebastião, e o local ficou conhecido como “a Vila que desertou”. Contudo, aos poucos, a Vila de Caraguá foi repovoada. No dia 20 de abril de 1857, Caraguá se emancipou de São Sebastião. Tornou-se Estância Balneária em 1947, e Comarca em 1965. Beach&Co nº 106 - Abril/2011
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evento
55º Congresso
Estadual de Municípios Foto Flávia Souza
Maior evento municipalista do Estado de São Paulo reúne a classe política em São Vicente
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Está tudo pronto para o 55º Congresso Estadual de Municípios. Com o tema “Unidade para vencer as dificuldades”, o evento será realizado de 12 a 15 de abril, no Centro de Convenções da Mata Atlântica, em São Vicente. O Congresso abre a oportunidade para que seus governantes discutão os principais temas que afetam diretamente os seus municípios e as regiões. “Temos que aproveitar o momento do Congresso, sendo realizado em São Vicente, primeiro município do Brasil, para mostrar essas dificuldades e buscar soluções. Por isso que é importante a participação de todos”, afirmou o presidente da Associação Paulista dos Municípios, Marcos Monti. A programação foi montada com base na pauta de reivindicações estabelecida pela APM e pelos presidentes de entidades regionais. Educação, Saúde, Meio Ambiente, Habitação, Turismo e Desenvolvimento serão alguns dos temas que irão nortear o Congresso. “Nosso Congresso é um laboratório de ideias. Recebemos governador, ministros, secretários de estado, prefeitos, vices, deputados, vereadores, técnicos e demais autoridades para uma rica troca de experiência”. Os assuntos debatidos no encontro irão compor a Carta de São Vicente, que será encaminhada aos órgãos competentes. “Colocamos essas reivindicações para o governo federal e o governo estadual para encontrarBeach&Co nº 106 - Abril/2011
mos soluções e para que os municípios possam atender melhor a sua população”, ressalta o presidente da APM
Programação
A sessão solene de abertura, marcada para as 19 horas, será presidida por Marcos Monti, presidente da APM, com as presenças do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; do vice-governador Guilherme Afif Domingos; do presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Barros Munhoz; do presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Conselheiro Cláudio Ferraz de Alvarenga; do prefeito de São Vicente, Tercio Garcia e do presidente da Câmara de São Vicente, Pedro Gouvêa. O primeiro painel, na quarta-feira, às 10 horas, abordará a Resolução da Aneel nº 414/2010, com discussão da titularidade de ativos da Iluminação Pública. Ao longo do dia, os congressistas poderão acompanhar os painéis de Saneamento, Saúde e Turismo. Na quinta-feira, a programação traz painéis de Educação, Vereadores, Habitação e Meio Ambiente. A palestra do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, uma das mais esperadas pelos gestores, ocorrerá na sexta-feira. Na programação da manhã também constam palestras sobre Os Direitos da Pessoa com
Deficiência e Conselho da Condição Feminina. Após o almoço, painéis Casa Militar - Defesa Civil e Desenvolvimento. O encerramento será no dia 15, às 17 horas, com as presenças do vice-presidente da República, Michel Temer; do prefeito de São Vicente, Tercio Garcia; do presidente da Câmara, Pedro Gouvêa e demais autoridades. Lembrando que a programação está sujeita a alteração.
Mais...
O congresso também conta com as Plenárias - onde são apresentadas as teses dos congressistas; Pinga Fogo - palavra aberta para os congressistas discutirem assuntos diversos; Programação Especial - voltada às primeiras damas e presidentes dos fundos sociais de solidariedade, com palestras que englobam temas como desenvolvimento e assistência social, além da Exposição Paralela de Produtos e Serviços - onde os gestores podem conhecer as novas tecnologias e serviços para aplicar em seus municípios e melhorar a qualidade de vida de sua população. Serviço: O Centro de Convenções da Mata Atlântica fica na Av. Capitão Luiz Pimenta, nº 811 - Parque Bitarú.
Foto Pedro Rezende
Congresso será realizado na histórica São Vicente, primeiro município do país. Ao lado, o marco da fundação da cidade
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turismo hist贸rico
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A memória de um povo Edificações religiosas resistem ao tempo e mantêm características originais das pequenas povoações do litoral norte paulista. São as capelas caiçaras da costa sul de São Sebastião, autênticas representantes do patrimônio histórico-cultural da cidade
Texto e Fotos Helton Romano Condomínios de alto padrão, hotéis de luxo e restaurantes sofisticados dominam o cenário da avenida que corta a praia de Maresias, uma das mais badaladas do litoral paulista, localizada na costa sul do município de São Sebastião. O desenvolvimento na região, alavancado pelo boom turístico, modificou completamente as características do bairro. O antigo caminho de terra tornou-se uma importante rodovia que liga o estado do Rio de Janeiro à cidade de Santos, em São Paulo (Rio-Santos – BR 101). A especulação imobiliária foi inevitável e, com o tempo, os caiçaras tiveram que se mudar para terrenos mais afastados da praia. Uma edificação, porém, resistiu às transformações: a Capela São Benedito, que recentemente festejou 100 anos de existência. Construída basicamente de tijolos de barro, mantém sua forma original e traz influências coloniais. Modelos semelhantes são verificados nas capelas erguidas em outras praias de São Sebastião. Elas estão protegidas por lei e algumas, como as de Boiçucanga, Barra do Sahy, Toque-Toque Grande e Toque-Toque Pequeno, Beach&Co nº 106 - Abril/2011
além da centenária de Maresias, ainda guardam muito da singeleza de suas construções originais. As capelas são frutos do esforço das comunidades caiçaras num período dominado pelo isolamento e pela economia de subsistência na região. Embora possuam o mesmo perfil, cada uma tem suas peculiaridades, que enriquecem ainda mais a história e o valor cultural destas edificações religiosas. Tanto que existe uma lei municipal (nº 943/94) que as determina como áreas de interesse histórico-cultural.
Maria Perciliana guarda histórias da capela de Boiçucanga
Sem padres
Tradicional divisa de terras entre as tribos tupiniquins e tupinambás, Boiçucanga é um dos mais antigos povoados da região. A devoção à Nossa Senhora da Imaculada Conceição remonta ao século XVIII, quando existia na localidade uma pequena capela de pau-a-pique. Tendo ruído no início do século XX, uma nova capela foi construída na mesma área na década de 1950, e permanece celebrando missas até hoje. 37
turismo histórico Mas, naquela época, não havia padres na região e o jeito era recorrer a improvisações. Maria Perciliana de Matos, 96 anos, lembra de um senhor portador de deficiência visual que, não por acaso, era conhecido como Antonio Cego. Ele morava em Paúba (a 12 quilômetros de Boiçucanga) e, vez ou outra, desempenhava a função de padre na capela de Boiçucanga. “Ele era o único que sabia as rezas”, diz dona Maria. Ainda sem dispor de uma estrada, os padres que se aventuravam a ir a Boiçucanga usavam cavalos ou barcos como meio de transporte.
Sumiço da santa
Em 1989, o sumiço de duas imagens de Nossa Senhora da Conceição abalou a comunidade de Boiçucanga. A maior, segundo relatos, foi trazida de Portugal por volta de 1740. A santa de 1,5 metro de altura, feita em terracota, possuía uma coroa de prata e um broche de ouro. O paradeiro das imagens jamais foi descoberto e moradores mais antigos não escondem a tristeza ao relembrar o caso. “A gente sonha com isso até hoje. Quem dera ela aparecesse”, comenta Maria Aparecida Oliveira, de 72 anos, revelando, ainda, uma ponta de esperança em tocar novamente na santa padroeira. A capela realiza duas festas anualmente. A primeira acontece em 29 de junho, quando uma procissão de barcos marca a tradicional Festa de São Pedro. Já o dia de Imaculada Conceição é comemorado
em 8 de dezembro. As missas acontecem às sextas-feiras, a partir das 19h30.
Nova construção Na década de 1950, a comunidade de Boiçucanga resolveu erguer a segunda capela do bairro, que recebeu o nome de Sagrado Coração de Jesus, já que a primeira capela estava dentro de área particular (hoje pública) e, em função disso, ela não era reconhecida pela Cúria Diocesana. Leilões eram promovidos para ajudar na construção da capela. A aposentada Maria Santana de Matos, de 59 anos, lembra que, certa vez, após esgotarem as prendas, um pescador teve a ideia de sortear um botão de rosa. “Ninguém sabe de onde surgiu aquela rosa, mas foi a prenda que mais deu dinheiro no dia”, garante. Maria Santana guarda até hoje um bilhete escrito pela mãe no dia 7 de setembro de 1955, relatando a inauguração da capela que recebeu o nome de Sagrado Coração de Jesus. Com o passar dos anos, os espaços da capela foram ficando apertados para uma população cada vez maior. No terreno ao lado, uma nova igreja, de grande porte, foi construída. Mas a antiga e charmosa capela continua a promover missas de terça a sexta-feira, às 19h30, e no domingo, às 10h e 20horas. A Festa do Sagrado Coração de Jesus ocorre na primeira semana de junho.
Barra do Sahy
Esta capela, que leva o nome do próprio bairro, ergue-se em local privilegiado, na margem esquerda do Rio Sahy. Na sacristia ainda se encontra o oratório da década de 1920, que funcionou como altar até a construção da capela. Para chegar ao local, é necessário atravessar uma passarela sobre o rio. Sergio do Amparo, de 74 anos, lembra que antes de ser construída a passarela, os fiéis utilizavam canoas. “Quando acabava a reza tinha baile ao som de viola e cavaquinho, e nas festas vinha muita gente de fora. Era muito gostoso”, recorda Amparo, sem esconder o saudosismo. Promove as festas de Nossa Senhora Sant’Ana, no dia 26 de julho, e de Mãe Peregrina, no dia 18 de outubro, além de missas aos domingos, às 8 horas. 38
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Foto Departamento de Patrimônio Histórico/PMSS
Fotos da Capela de Maresias em 1961 e em 2011 retratam o desenvolvimento no bairro
A mais antiga da região é a Capela São Benedito, localizada em Maresias. Pode-se reconhecer nesta capela o modelo utilizado nas construções religiosas da costa sul de São Sebastião, tendo como elemento diferenciador apenas a torre lateral. A capela tem sua fachada no alinhamento da Rodovia Rio-Santos, em frente à Praça Internacional do Surf. O terreno onde está localizada a capela foi doado pelos familiares de Maria Aparecida Bueno. Aos 74 anos de idade, ela conta que sua mãe angariava donativos para a capela. “Essa ligação com a capela vai passando de geração para geração. Minha neta é coroinha da igreja, e é isso que mantém a tradição”. Promove a festa de São Benedito, no dia 5 de novembro. As missas acontecem aos domingos, às 20 horas.
Moura, de 63 anos, trata-se do patrimônio mais valioso da comunidade. “Representa tudo. Ali está a memória dos caiçaras que fizeram a história do bairro”, diz Maria Lídia, que faz parte do coral da igreja ao lado de três jovens. A capela tem como padroeiras Nossa Senhora da Imaculada Conceição e Nossa Senhora Sant’Ana. A tradicional Festa de Sant’Ana atrai muitos turistas e moradores de bairros vizinhos. A festa dura três dias com atrações musicais, barracas de alimentação, bingo e procissão. A festa de Nossa Senhora Sant’Ana ocorre nos dias 22, 23 e 24 de julho, e a de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, no dia 8 de dezembro. Missa: às quartas-feiras, às 19horas. Foto Bruna Vieira
Maresias
Toque-Toque Grande
A Capela Nossa Senhora Imaculada Conceição, em grande parte, mantém o aspecto original, sendo uma das mais conservadas de São Sebastião. Para Maria Lídia
Capela de Toque-Toque Grande, onde é realizada a tradicional Festa de Sant’Ana Beach&Co nº 106 - Abril/2011
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turismo histórico
Denominada de Capela Imaculada Conceição e Santo Expedito esta capela encontra-se em um largo ocupado por estacionamento e estabelecimentos comerciais. Com a fachada voltada para o mar, possui pequeno gramado em seu entorno. Formada por apenas um ambiente, não possui altar na parede, tão comum nas outras capelas, mas sim púlpito de concreto revestido em cerâmica. Foi construída entre 1920 e 1930, em pau-a-pique, por esforço da população. Em 1932 sofreu reforma que alterou sua
fachada, mas, posteriormente, foi reconstruída em moldes semelhantes. Policial militar aposentado, Sebastião Marcelino de Matos Sobrinho, de 62 anos, passou a frequentar a capela depois que se casou. Hoje se orgulha de ser bastante participativo nas atividades paroquiais. “Os caiçaras estão em extinção e a capela de Toque-Toque Pequeno é uma das últimas construções que restaram do nosso povo”, declara. A festa de Nossa Senhora da Imaculada Conceição ocorre nos dias 18 e 19 de abril. Missa aos sábados, às 20horas.
Foto Departamento de Patrimônio Histórico/PMSS
Toque-Toque Pequeno
Imagem histórica da construção da Capela de Toque-Toque Pequeno e seu estado atual
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comportamento
100
o ã t n a l P
Trabalhar 36 horas seguidas no hospital é rotina para eles; pesada, sim, mas o remédio que recebem ajuda a combater o estresse. A receita? Música. Em que dosagem? Sempre que podem se reunir e tocar na Banda 100 Plantão
Texto e fotos Flávia Souza A ideia surgiu poucos anos atrás, quando dois médicos plantonistas de um pronto-socorro do Guarujá descobriram ter um hobby em comum: a música. Ela os uniu e propiciou encontros em horas de folga, passados ao som de muita bossa nova, jazz e pop rock. Não tardou para encontrarem um colega cantor e, assim, de forma espontânea e natural, formarem, há um ano e meio, a banda musical que leva um nome bem sugestivo: 100 Plantão. O tecladista Salvador Arruda Neto, além de geriatra e nefrologista, também dá aulas de me44
dicina em Santos. João Arnaud Fialho Braga, baterista, é otorrinolaringologista, e alterna o atendimento a pacientes de Cubatão, Guarujá e Bertioga. Antônio Briceno Armas, pediatra e médico do trabalho, atua na banda como percussionista e vocalista. Corpos estranhos também fazem parte do sistema: o shaper (confecciona pranchas de surfe) Neco Carbone, baixista, e a analista de sistemas e saxofonista Sônia Tait. “Fazemos um rock pop mais evoluído. Cada vez que tocamos uma música, ela sai Beach&Co nº 106 - Abril/2011
diferente e não combinamos nada, vai fluindo. Nossa proposta musical é a liberdade. Com isso, não tocamos nada como é originalmente, mudamos todo o ritmo e o resultado é quase que 100% das vezes fantástico”, diz Armas, o único “gringo” da turma. Natural da Venezuela, o vocalista é o responsável pelo tom latino aplicado aos sons da banda. “Por sua influência, nossas músicas ganham um toque caribenho”, entrega Salvador, o tecladista. A 100 Plantão reúne-se nas noites de quinta-feira, em um pequeno estúdio montado no andar Beach&Co nº 106 - Abril/2011
superior de uma clínica médica, na Vila Maia, bem próximo ao hospital Santo Amaro, em Guarujá. Exigentes, utilizam-se de instrumentação importada. Contudo, a banda é apenas um hobby para os músicos de jaleco e demais integrantes. “Não pensamos em ganhar dinheiro com isso. Reunimo-nos por diversão. A música é nosso elo e a nossa terapia. Então as apresentações sempre acontecem nas casas de amigos”, diz o pediatra Armas. Mas há exceções. A banda 100 Plantão mudou a rígida dieta e se apresentou para um grande público no final 45
comportamento
Antônio, Sônia, Neco, João e Salvador, união fortalecida pela música
do ano passado. “Tocamos num restaurante da cidade, que estava cheio, pois era época de muitas confraternizações, e foi bem legal”, diz o médico.
De ouvido
Nenhum dos cinco integrantes da banda tem formação musical. Chegaram a estudar por um ou dois anos com professores, mas logo optaram por ser autodidatas. Sônia é a única que levou o estudo de música a sério. Iniciou-se na arte há 22 anos, mas somente há 12 dedica-se ao sax, além de ser vocalista numa banda de rock santista. O grupo se complementa a partir das qualidades de cada um, bem como diz Armas: “A gente sempre pega alguma coisa de cada um e juntos formamos o nosso mundinho, neste espaço especial que temos para criar”. E assim nasceram
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duas músicas de autoria dos amigos Salvador e João. “Orgulhamos-nos dessa parceria, porque as músicas são bem pra cima e falam do que vivemos” O sonho deles, diz Armas, "é ter um espaço maior, para agregar pessoas. Queremos montar um bar ou um clube alternativo, para fazer boa música e reunir os amigos para uma boa conversa. Para nós, a banda é como um remédio. Sentindo a música, deixando-a fluir da forma que acontece, faz com que tenhamos mais sede de alegria, e é o que desejamos transmitir para os outros”. Serviço: interessados em conhecer o som do grupo podem acessar o site do Youtube (www.youtube.com) e digitar na pesquisa 100 PLANTÃO. Informações adicionais pelo e-mail doutorkids@hotmail.com
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Nós realizamos sonhos
Foto Alê Morales
investimentos
Seleção de corretores da Praias & Associados: Ortega, Fabiana, Marli, Victor, Marcelo, Pacheco e Eduardo
Em 2010, nomes de peso da construção civil, gestão e incorporação de grandes negócios imobiliários na Riviera de São Lourenço uniram experiência e credibilidade e fundaram a Empresa Praias & Associados. Ela traz ao mercado imobiliário um novo conceito de atendimento, tendo como missão garantir total satisfação ao cliente Com menos de um ano, a parceria de sucesso deu
tabilidade dos investimentos dos clientes. Os imóveis
origem a um amplo e moderno escritório, no qual atua
sob a consultoria da Praias & Associados são divulga-
uma verdadeira seleção dos melhores corretores da
dos em mídias eletrônicas e impressas, que trabalham
Riviera. Sua missão é atender o cliente com conheci-
com público de alto padrão. Na internet, veicula em
mento e transparência, como explica Anselmo Aragon,
um portal moderno e de última geração.
um dos sócios da Praias & Associados: “Oferecemos
Outra marca perseguida pela empresa é a excelên-
o melhor atendimento para o cliente que deseja a sua
cia do treinamento e capacitação dos corretores para
casa de praia, para o lazer da sua família, até mesmo
oferecer o melhor atendimento, a melhor consultoria,
para o cliente que quer investir, diversificar o seu pa-
conforme explica Wagner Mouran: “O cliente passa
trimônio por meio da aquisição de imóveis na Riviera.
a sua ideia e o nosso consultor imobiliário está ca-
Nossa experiência faz com que o investimento seja se-
pacitado para mostrar o melhor negócio dentro das
guro e com retorno financeiro”.
condições que o cliente quer. Nós não vendemos ou
A eficiência na comunicação também garante a ren-
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alugamos. Nós realizamos sonhos”.
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moda
Lenços
garantem o charme
Também oferecem mil opções de looks, dos mais despojados aos requintados. Versáteis, divertidos,elegantes, enfim, dão um toque todo especial. Aprenda a usá-los e abuse da criatividade
Por Karlos Ferrera Os lenços e as pashiminas estão com tudo. Deixaram de ser um acessório apenas da moda inverno e, agora, também podem ser usados no verão. São ótimos para transformar qualquer visual básico em uma produção supermoderna; basta combinar com o seu estilo.
Sua versatilidade permite usá-los com camisas, vestidos, camisetas, paletós, em trançados criativos em volta do pescoço. Outra ótima opção é amarrá-los na cabeça em forma de bandana ou, com um modelo mais comprido, deixar as pontas jogadas entre
O acessório personaliza qualquer visual
moda
os cabelos. Você também pode amarrá-los na cintura ou na alça de uma bolsa básica. O lenço renova e personaliza qualquer peça, seja ela uma simples regata branca ou um solene blazer preto. Mas, atenção! Ele também pode causar o efeito oposto e envelhecer seu look uns dez anos. Duvida? Experimente jogar um lenço nos ombros e dar um nozinho de escoteiro na frente! Uma boa dica é o lenço palestino, que fica muito bem com as roupas de inverno, pois é feito de um tecido mais grosso e ajuda a espantar o frio. Para o verão, invista nos lenços de tecidos mais leves, como seda ou algodão e aposte nas estampas coloridas. Com lenços e pashiminas mas compridos, você pode enrolar várias vezes na cabeça para fazer um
volume como turbante. Esse efeito fica mais visível em cabelos mais lisos. Eles dão um ar mais despojado ao look, por isso, use principalmente no dia a dia, ou para alguma festa mais informal. Aliados a óculos bem grandes, compõem um visual hippie-chic.
Aprenda a usá-los
Confira a seguir algumas dicas sobre as diferentes formas de amarrar um lenço: • Misture texturas, como lenços de seda ou bordados com roupas de algodão; • Use os longos bem leves para dar uma volta no pescoço, e uma outra volta com nó solto caindo na frente; • Lenços de seda ou algodão quadrados permitem fazer um “babador” de pontas para pendurar na frente do pescoço.
Fotos KFPress
A modelo Juliana Mahfuz mostra algumas formas de usar os lenços neste verão e diferentes opções que valorizam o look
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Coluna Chic // Gabi Montoro Zé Padeiro em festa inesquecível realizada na Capital Disco, que não deixou ninguém parado. Muitos amigos foram prestigiar o aniversariante e curtiram uma noite animadíssima com direito a show da banda baiana Simone Sampaio, ótima! Para finalizar, teve a escola de samba X9
O casal anfitrião Zé Padeiro e Lisandra, que ajudou em todos os detalhes para tornar a noite mais do que especial
Meire Murari, animadíssima como sempre
As filhas Gabi e Beatriz
Andrea Mendes e Alex
Flavio Duarte e Fabiana Abad
As amigas Cristina Guedes e Carla Paulino
Lançamento do livro Gordo Pensando
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Leonardo Coutinho na sua noite de autógrafos, na Realejo, em Santos
O escritor entre ao pais Verinha Montoro e Leo Coutinho
O casal Monica Mathias e Eduardo Caldeira
Eduardo e Helena Carvalhaes prestigiaram o sobrinhoneto
Beach&Co nº 106 - Abril/2011
Coluna Chic // Gabi Montoro
Em Sampa, a Tyrol fez seu desfile para o Sony SP Fashion Week Kids, um sucesso com oficinas para as crianças. Muitos santistas por lá, clientes e convidados de Sandra Mussi, da Tyrol Santos
A modelo mirim Karol Mussi entre os destaques da noite
Carol Mendes e sua filha Veridiana, que foi conferir a moda desde cedo
Sandra Mussi, orgulhosa do sucesso da marca e, de sua filha Karol, que arrasou na passarela
O papai Felipe Chiarello e as filhas Lara e Manu, sempre muito modernas
Na balada
No teatro
A promoter Aynara Racolto e o DJ Rico Mansur, que tocou e agitou na Seven Disco
Priscila e Diego Longobardi, no Teatro Coliseu
Festas de Casamento
Cris e Fábio Balerini
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Ana Luísa Vasconcelos e Bruno Spínola
Natália Zantut, Lígia Montoro e Juliana Bozza
Beach&Co nº 106 - Abril/2011
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Flashes O Riviera Golf Club recebeu sócios e convidados para a disputa do 3º Torneio Amigos da Riviera. Uma festa com recorde de participantes, e disputas acirradas em clima de amizade e descontração
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Família Almeida: Beatriz, Luiz Carlos e Luiz Augusto, na boa companhia do amigo Fernando José da Costa
Gilberto Mazzeto, Rubens Kim, José Luis Zabeu e João Carlos Pereira
José Geraldo Magalhães, Eduardo Bradaschia, Gilberto Oliveira Santos, Fernando Vieira e Kazuhiro Yano
A bordo do carrinho do amigo Anselmo Aragon, Elian Trabulsi, Marcelo Sarcinella, Leo Nakata, Orlando José e Frits
Professor Dino, Aragon e Paulo Tarso, que fez um memorável hole-inone
Carlos da Angelina presenteia o golfista Fritz com um chaveiro portacachaça
Ruth Chu, Fani Yang, Tung Shu, Sueli Horii e Davi Ming
Viviane Oliveira e Eduardo Zonta
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Flashes
Os golfistas Mario Takeshi, Edimilsom Zanetti, Paulo Ziccardi e Anselmo Aragon
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Os troféus confeccionados para o torneio pelo escultor Bitencourt
Fernando José da Costa recebe o troféu do professor Dino, coordenador técnico do torneio
Além de troféus para os vencedores, foram sorteados brindes para os participantes
Mario Canto, Sidney Ricco e Marcos Grahl
Sérgio Fernandes, Antonio Takeu, Altino Gomes e Luiz Cabernite
Após a partida, os jogadores e familiares confraternizaram
Dino e Luiz Augusto Almeida aumentaram suas coleções de troféus
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“Destaques” // Luci Cardia As mulheres que fazem a diferença merecem destaque, pois, além de liderarem e motivarem, elas têm tempo para ser maravilhosas
A arquiteta Letícia Caldas, e as empresárias Leo Marques e Fátima Ventura
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Ivan Piccoli e a empresária Ana Piccoli
Luci e Ivanete Lucatti, empresária respeitada aqui e lá fora, orgulho de mulher
José Cardia, Drª Maria Helena
Nossa querida desembargadora do TJ/ SP, Vera Agrisani
Roberto Zaidan e a lindíssima Natalia
Washington Pretti, com a mulher Rosely Valença
A notável advogada Drª Lidiane Rossi, e o Dr. Dorival Rossi
Mulheres do Amaralis fazem sucesso: Tatiane e a mãe Regiane Carvalho
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“Celebridades em Foco” // Edison Prata
O bom astral de Lucas Silva, Paulo Franco, Patricia Franco, Hugo Rinaldi, Flávia Cavalcanti, Caio Taliani, Leticia Miranda e Yan Franco
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O renomado cirurgião-dentista Dr. Roberto Vinhas em visita a casa do amigo Hugo Rinaldi
A competente equipe das lojas O OTICÁRIO
Quem estreou idade nova, ao lado do esposo Marcello Justos Chioratto, foi a belíssima Carol Kauer Chioratto, das lojas O Boticário - Guarujá e Bertioga
Médico e vereador Valter Suman a esposa Edna e seu afilhado
Após merecidas férias, quem está de volta é a simpática Fabiana Oliveira, secretária do Guarujá Golf Club
Suely Aragão e Carlos Prata curtem uma fantástica tiroleza com término no mar
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“Comunidade Ilhabela” // Cleuza Maciel O delegado da Capitania dos Portos de São Sebastião, capitão-de-fragata Marcio de Vasconcellos Rocha, recebeu em grande estilo, dia 18 de março passado, civis e militares para a cerimônia do 40° aniversário do posto TOQUE DE CABEÇA: “Os fatos não deixam de existir só por serem ignorados.” (J. Sádaba)
Várias patentes presentes ao evento
O delegado da Capitania dos Portos em São Sebastião, capitão-de-fragata Marcio de Vasconcellos Rocha
Marcel Schimdt, presidente da Soamar no litoral norte, Marcio de Vasconcellos Rocha e Cósme Damacio Lemes, assessor de gerência do Terminal da Petrobras
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Momento cívico com o canto do Hino Nacional
Marcio de Vasconcellos Rocha e o primeiro delegado da Capitania dos Portos em São Sebastião Carlos Hermann Guilherme Martins
Marcio de Vasconcellos Rocha e o chefe de Gabinete da prefeitura de Ilhabela Cesar de Tullio
Marcio de Vasconcellos Rocha e o presidente da Soamar Marcel Schimdt
O capitão-de-mar-e-guerra Gerson Luiz Rodrigues da Silva, capitão dos Portos de São Paulo, o prefeito de São Sebastião Ernane Primazzi e a primeira-dama Rosely
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Para garantir qualidade de vida é preciso muito profissionalismo, responsabilidade social e, principalmente, respeito ao meio ambiente.
Um extenso planejamento com normas de uso e ocupação do solo; sistema de captação, tratamento e distribuição de água; coleta, adução e tratamento de esgotos; laboratório de controle ambiental para monitoramento das águas; programa de coleta, triagem e destinação de lixo reciclável; conservação e preservação de áreas verdes; extraordinário paisagismo; Associação dos Amigos da Riviera, com mais de 500 funcionários para cuidar do bem comum, além de uma completa infraestrutura de lazer e entretenimento, levaram a Riviera a ser o primeiro empreendimento em todo o mundo a receber a certificação ISO 14001.
A oportunidade de participar desse grande sucesso está aqui.
Laboratório de Controle Ambiental
Coleta Seletiva e Triagem de Lixo Reciclável
Sistema de Coleta e Tratamento de Esgotos
Ocupação Planejada e Elevado Indice de Áreas Verdes
Sistema de Captação, Tratamento e Distribuição de Água
Projeto de Educação Ambiental com a Comunidade de Bertioga
Fundação 10 de Agosto: promove a melhoria da qualidade de vida da comunidade de Bertioga, através de seus cursos profissionalizantes e oficinas, já tendo certificado mais de 1.000 trabalhadores
Planejamento e Realização Global:
Vendas:
(13) 3316-5330
Largo dos Coqueiros, 15 - Riviera de São Lourenço
www.rivieradesaolourenco.com
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Há mais de 30 anos sendo implantada, a Riviera de São Lourenço, tornou-se referência de ocupação urbana e de gestão ambiental.
Hoje o nosso brinde será com água. água muito bem tratada.
nossa homenagem aos 154 anos de Caraguatatuba e aos 62 anos de Cubatão. Com o Programa Onda Limpa, o Governo de São Paulo e a Sabesp estão despoluindo as praias e melhorando o saneamento de Caraguatatuba e Cubatão. Tudo para levar, além de água limpa e tratada, mais qualidade de vida para você.
www.programaondalimpa.com.br