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O QUE A SABESP FAZ COM O DINHEIRO DA SUA CONTA DE ÁGUA TAMBÉM É DA SUA CONTA. MAIS DE 70%
A maior parte do lucro da Sabesp é investida em obras. • Sistema São Lourenço • Interligação Jaguari-Atibainha • 22 novos reservatórios • Membranas ultrafiltrantes
MENOS DE 30%
A outra parte do lucro é distribuída aos acionistas* da empresa como fundos de pensão e outros, e também gera investimentos em saúde, segurança e educação.
Imagem ilustrativa
*A Sabesp distribui aos acionistas apenas o mínimo legal. 4
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Foto Arquivo Pessoal
ANO XV - Nº 180 - JUNHO/2017
A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte
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Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente
Uma magrela e cinco países na rota da aventura
Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte
E mais...
Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Giuliano Rodrigues
Ser sustentável
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Gastronomia
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Moda
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Flashes
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Destaque
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Alto Astral
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Celebridades em foco
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giu@costanorte.com.br Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan ronaldozaidan@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Aline Porfírio, Durval Capp Filho, Edison Prata, Estela Craveiro, Fernanda Lopes, Gisela Bello, Karlos Ferreira, Luciana Sotelo e Marcus Neves Fernandes Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica 57
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Foto Gisela Bello
Foto Rosely Praça
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Novidades na Casa da Esperança de Santos
Em Ilhabela, detalhes de uma reforma inspiradora
Capa Edu Mascena
Fortaleza da Barra Grande de Santo Amaro, um dos principais monumentos históricos de Guarujá Foto: Sérgio Furtado (imagens aéreas)
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Guarujá pág. 08
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Guarujá amplia perfil turístico Na data de seu aniversário, a bela cidade do litoral paulista festeja junto com seus moradores e turistas novidades que vão muito além das belas praias
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Foto Helder Lima
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Fotos Luciana Sotelo
Luciana Sotelo Basta fazer um solzinho e a história se repete. Estradas congestionadas, balsas a todo vapor e areias lotadas. Num cenário de 27 praias e muita badalação, Guarujá é rota obrigatória para quem busca o litoral paulista e quer curtir o ano inteiro em alto estilo. Ninguém quer ficar de fora, afinal, trata-se da charmosa Pérola do Atlântico, cidade conhecida internacionalmente por suas belezas naturais. Agora, prestes a completar 83 anos de emancipação político-administrativa, em 30 de junho, o município busca meios para ampliar seu perfil turístico e convida a todos para apreciar as novidades. Isso mesmo! A ideia é ir além da orla para resgatar histórias perdidas no passado ou, ainda, dar uma pitada de adrenalina no cotidiano. Ingredientes não faltam: construções que remontam à Segunda Grande Guerra Mundial, trilhas em meio à Mata Atlântica, parque de esportes radicais, um dos principais aquários do país, além de um ponto turístico, que concorre ao título de patrimônio da humanidade. Tudo isso contemplado com a maior rede hoteleira da Baixada Santista. A prefeitura local deu uma mãozinha e criou uma nova receita para fomentar o turismo, com mais e diversificadas opções. Quem garante é a secretária de Turismo Thais Margarido Alencar Fortes: “Esse é, sem dúvida, nosso maior esforço. Queremos mostrar que a cidade não se restringe às suas praias. Guarujá é muito mais do que isso”. E entre as histórias antigas da cidade a ser redescobertas, uma delas fica bem escondida: no alto de um morro, encravada entre as rochas, numa área de 2,1 milhões de metros quadrados de mata. Depois de seguir as pistas, você vai descobrir o Forte dos Andradas, construção utilizada duran-
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O turismo histórico militar é uma das apostas e o Forte dos Andradas, última edificação defensiva construída no Brasil, contempla bem essa proposta
te a 2ª Guerra Mundial para proteger o porto de Santos de possíveis ataques. Tido como a última edificação defensiva construída no Brasil, o forte foi projetado em 1934 e inaugurado em 1942. Na estrutura, manteve, até 1972, o Quartel de Paz, no qual funciona até hoje a 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro. Segundo a historiadora Patrícia Wanzeller, servidora civil do Exército e coordenadora do projeto de revitalização do Parque Turístico, Ecológico e Histórico do Forte dos Andradas, “a construção da fortaleza, em conjunto com o Forte de Itaipu, em Praia Grande, tinha por objetivo proteger a entrada da barra de Santos, principalmente, dos navios alemães”. Outros detalhes nas palavras do coronel Jorge Wanzeller, gestor da iniciativa: “O Forte foi reaberto ao público em abril do ano passado; nós assumimos a proposta
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de revitalização em março. Vamos renovar sua tipografia, contextualizar melhor os fatos históricos e deixar clara a importância do porto de Santos naquele contexto”. Para isso, diz a historiadora que novos espaços serão montados. “Teremos a sala dos Pracinhas, com acervo da 2ª Guerra Mundial. Vamos montar uma exposição de fotos da época da construção do Forte, entre outras coisas. Tudo para manter viva a memória desse importante capítulo da nossa história”. Se você já ficou curioso, tome nota do endereço: rua Horácio Barreiro, s/n, na praia do Tombo. O passeio começa com uma trilha estreita de dois quilômetros de extensão e contato direto com a natureza. “Nesse caminho, em meio à Mata Atlântica, há quase 70% das espécies de fauna e flora de mata nativa. Além disso, na reserva, temos uma área de mata pri-
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mata”, comenta Patrícia. Ao chegar ao quartel, um longo túnel de 200 metros de extensão conduz a uma verdadeira viagem no tempo. O ambiente, que servia como base de operações, tem diversas salas preservadas. Basta fechar os olhos e imaginar como era a movimentação por ali. Tem banheiro, cozinha, alojamento, enfermaria, usina com gerador de energia, paiol, sala de cálculos balísticos, elevadores de transporte de munição e muito mais. Com a ajuda de monitores, é possível desvendar curiosidades, como a que conta o sargento Santos Silva: “Durante o tempo que funcionou a enfermaria, os casos mais frequentes eram de doenças respiratórias e mordida de animais peçonhentos”. E o melhor da atração é revelado no final. Na parte mais alta do morro ficam quatro canhões de calibre 280mm, que eram abastecidos com granadas de 300. Com alcance máximo de 12 quilômetros, o material bélico foi utilizado pela última vez em 28 de janeiro de 1972, num treinamento, quando 32 granadas foram lançadas contra um reboque a oito quilômetros da costa. “Curioso é que os canhões foram comprados num acordo entre o Brasil e a Alemanha. Compramos os canhões da Alemanha para possíveis ataques da Alemanha”, salienta Patrícia. Além de conhecer de perto os equipamentos, a vista panorâmica do alto do morro é um convite à contemplação. Outro ponto de destaque, segundo o coronel Jorge, é o binômio conhecimento/segurança. “A pessoa, aqui, pode ficar tranquila, tirar fotos, ficar relaxada, sem medo. O turismo militar vem crescendo no mundo todo. No mês passado, recebemos em torno de mil visitantes. A nossa meta é aumentar ainda mais esses números”. O passeio é gratuito e deve ser agendado pelo e-mail: rpbrigada@gmail.com. São formados grupos de 50 pessoas por vez. A visita acontece às terças, quintas e
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Foto Pedro Rezende
turismo
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A Fortaleza da Barra Grande de Santo Amaro é um dos principais monumentos históricos de Guarujá, e que concorre, atualmente, ao título de Patrimônio Mundial pela Unesco
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Foto Pedro Rezende
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Para quem busca aventura, a opção é o Parque do do Conde, localizado em um trecho de 43 hectares de Mata Atlântica, na Serra do Guararu
sextas-feiras, e aos sábados e domingos, em dois horários: das 9h30 ao meio-dia, e das 14h30 às 17 horas. Para a secretária de Turismo Thais Margarido, o equipamento é de extrema importância. “O turismo histórico cultural fica muito mais rico com essa parceria. Levamos a proposta de o túnel funcionar todos os dias. Isso vai enriquecer as opções de lazer para quem quer conhecer a história da cidade”.
Patrimônio mundial Ao falar em riqueza, outro ponto turístico merece destaque. Trata-se da Fortaleza da Barra Grande de Santo Amaro, um dos principais monumentos históricos de Guarujá, e que concorre, atualmente, ao título de Patrimônio Mundial pela Unesco.
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Pudera! Erguido em 1584, ele é considerado o mais expressivo conjunto arquitetônico-militar do estado de São Paulo e baluarte de um complexo de fortificações coloniais erguidas para proteger o porto de Santos. A edificação militar, reconhecida em 1964, como Patrimônio Histórico Nacional, pelo Iphan, defendeu o Brasil em diferentes momentos, desde a época colonial até a República. Alguns episódios foram significativos: em 1591, protegeu a região contra o corsário inglês Thomas Cavendish; em 1615, contra o corsário holandês Joris Van Spilbergen; em 1770, no seu apogeu, dispunha de 28 canhões. E em 1893, cumpriu sua última missão de artilharia, contra o cruzador República, na Revolta da Armada. Administrada atualmente pela prefei-
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Foto Pedro Rezende
tura do Guarujá, em consonância com o Condephaat e Iphan, a fortaleza abriga o primeiro museu da cidade e é motivo de muito orgulho, como ressalta a secretária de Turismo: “Esse equipamento turístico atrai historiadores, curiosos e amantes da história brasileira. Mantemos desde a limpeza do local até as visitas monitoradas”.
Mas se você procura algo mais radical, aquele friozinho na barriga, Guarujá também se encaixa na sua programação. “O turismo de aventura é uma das nossas estratégias. Hoje, temos um parque exclusivo, com total infraestrutura. Assim, fomentamos o turismo o ano inteiro”, destaca a secretária. A boa pedida é o Parque do Conde – Ecoturismo e Aventura. Localizado em uma Reserva Particular de Patrimônio Natural, no Km 14,5 da estrada Guarujá Bertioga – Serra do Guararu, o equipamento de ecoturismo fica em um trecho de 43 hectares de Mata Atlântica, na qual o visitante tem contato direto com a natureza e pode praticar esportes radicais. O espaço, administrado pelo Instituto Litoral Verde, oferece um observatório de pássaros, trilhas, tirolesa, arvorismo e parede de escalada. Os passeios são monitorados por guia turístico e um biólogo. Durante a caminhada, os visitantes conhecem as espécies da flora e os pontos históricos dentro da área de preservação ambiental. Animais como esquilos, bichos-preguiça, lagartos, tucanos, entre outros, encantam os olhares dos visitantes. Com duração de uma hora, as trilhas são divididas em três níveis de dificuldade: leve, moderado e difícil. A tirolesa tem 100 metros de via e 30 metros de altura, já a parede de escalada tem 7 metros de altura. O parque funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17 horas. A entrada é gratuita e os passeios variam entre R$ 40,00 e
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Foto Pedro Rezende
Uma pegada radical
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turismo Foto Diego Marchi
Entre a mata e o mar, é grande o leque de atrações da bela Pérola do Atlântica
R$100,00. Crianças até 7 anos não pagam. Informações pelo telefone (13) 9881 56471.
Festividades de aniversário (30 de junho) 9 horas - Hasteamento da bandeira com o Pelotão da GCM e Banda do Exército; Presença do governador Geraldo Alckmin - Praça das Bandeiras (bairro Jardim Enseada - Pitangueiras); 9h45 - Abertura oficial do evento - Praça dos Expedicionários (avenida Marechal Deodoro da Fonseca, 591 - Pitangueiras); 11 horas - Apresentação da Esquadrilha da Fumaça - Praça dos Expedicionários; 20 horas - Queima de Fogos - Praça dos Expedicionários; 21 horas - Show do Grupo Cara e Coroa - Praça dos Expedicionários; Fonte: prefeitura do Guarujá
Acqua Mundo Que tal observar os peixes, explorar a vida marinha e conhecer diferentes ambientes aquáticos? Tudo isso fica na praia da Enseada, num dos maiores aquários da América do Sul. O empreendimento privado oferece aos visitantes 49 recintos com representações de vários habitats marinhos e terrestres. Com 1.446.560 litros de água e área de 5.775m², o Acqua Mundo é um complexo de entretenimento cujo destaque é o tanque Oceano, com 800 mil litros de água salgada, construído especialmente para a exposição de grandes cardumes e peixes de mar aberto, como tubarões oceânicos.
Foto Rodney Domingues
Criar um roteiro turístico náutico diferenciado é outra proposta do município, que possui muitas marinas, como a Nacionais, ao lado
O Acqua Mundo expõe várias espécies de animais aquáticos, representativos dos mais diversos ambientes e grupos zoológicos – tubarões; pinguins e outras aves aquáticas; peixes de águas doce e salgada; tartarugas; e répteis como lagartos, jacarés e cobras. No total, são 180 espécies de animais em um total de cerca de 3 mil animais em exposição.
Turismo náutico E como Guarujá está situada em uma ilha, a cidade tornou-se um polo do turismo náutico. Não é à toa que é considerada a capital dos barcos, em São Paulo. “Oferecemos o maior número de garagens náuticas e marinas com infraestrutura apropriada. Isso nos permite propagar esse segmento”, afirma Thais Margarido, que tem como meta criar um roteiro turístico e histórico para atrair os proprietá-
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Foto Helder Lima
A secretária de Turismo Thais Margarido Alencar Fortes destaca a diversicada rede hoteleira do município como forte retaguarda para investimentos no setor
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Fotos Divulgação / Aquamundo
turismo
O Acqua Mundo é um complexo de entretenimento que expõe várias espécies de animais aquáticos, representativos dos mais diversos ambientes e grupos zoológicos rios dos barcos e iates que chegam à região. “Estamos estudando a possibilidade de promover o I Encontro de Turismo Náutico da Região da Costa da Mata Atlântica, que envolve os nove municípios da Baixada Santista. O intuito é criar um roteiro turístico náutico diferenciado. Isso permitirá que os proprietários das embarcações possam navegar com segurança por toda região”.
Projetos futuros Para a Pérola do Atlântico não faltam projetos. A Secretaria de Turismo estuda várias ideias, entre as quais o Guaru Tour (passeios em veículos climatizados, com guias turísticos, com dois roteiros distintos: praia e história); a reabertura da Ilha dos Arvoredos para visitas monitoradas
(uma pequena ilha administrada pela Fundação Lee, que virou laboratório científico, com centro de tratamento para animais marinhos); programa de capacitação para guias de turismo trainee dirigido a jovens entre 14 e 18 anos, e que possam acolher os turistas; viabilidade de Guarujá ter um Centro de Convenções para investir no turismo de negócios; e a criação de um parque aquático. É bom investir no turismo quando a retaguarda está a favor, finaliza Thais Margarido, ao falar da rede hoteleira à disposição na cidade. “Hoje, o Guarujá dispõe de cerca de 10 mil leitos, lembrando que temos grandes resorts como o Sofitel Jequitimar e o Casa Grande Hotel, vasta rede hoteleira e também pousadas”.
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Amor em duas rodas Sheylla e Kennedy pedalaram por quase três mil quilômetros a partir de Dublin, na Irlanda, a Lisboa, em Portugal. Eles planejaram uma nova forma de viajar, mais prazerosa, barata e saudável
Paradinha para uma self em uma das muitas paisagens estonteantes do País de Gales
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Aline Porfírio Foi durante um simples passeio de bicicleta pelas ruas da Irlanda, país onde moravam para um intercâmbio de línguas, que Sheylla Fiama, 24 anos, e Kennedy Faria de Moura, 27, pensaram que aquele meio de transporte deveria ser melhor aproveitado. Sheylla conta que, até chegar em Dublin, ela não tinha o hábito de praticar esportes, e se sentia até sedentária. Pela facilidade de locomoção e clima, a cidade irlandesa incentivou o casal à nova prática e, assim, ambos abriram horizontes e pensaram: “Por que não usar a bicicleta para viagens mais longas?” Acabava de nascer aí um dos maiores desafios da vida do casal paulista, um planejamento de viagem que consistia em mais de três mil quilômetros de pedalada. A publicitária Sheylla explica: “Quando tivemos a ideia, estávamos indo à praia de bike; tínhamos acabado de pedalar 50 quilômetros, ou seja, não estávamos tão mal. Isso nos animou para chegar em casa e traçar um roteiro”. Ela e Kennedy informaram-se sobre o assunto e se sentiram motivados; após algumas semanas de pesquisa, finalmente decidiram a rota. O casal traçou como objetivo sair de Dublin e ter como destino a capital de Portugal, Lisboa. São 2.972 quilômetros entre estradas e balsas. O casal saiu de Dublin no dia 17 de outubro de 2016, com a meta de chegar à cidade lisboeta em 14 de novembro. Eles se prepararam com roupas adequadas para o ciclismo e também para o frio. Nessa época do ano, a Europa começa a receber os ventos de inverno e as temperaturas caem durante a noite, em torno de 10 graus. O casal também se abasteceu de um kit para cozinha de camping e uma barraca para acampamento. “Estávamos tensos, porém, muito animados. Viajar por conta própria, podendo parar a cada cidadezinha interes-
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sante, tirar uma foto de cada vista bonita, isso estava se tornando o nosso sonho de vida”, explica Kennedy. Porém, como toda aventura tem contratempos, logo no segundo dia de viagem, quando passavam pelo País de Gales, a bicicleta de Sheylla teve os dois pneus furados. “Nossas bikes são fixas, com pneus finos, ou seja, bicicletas sem marcha, ideal para lugares planos e sem muitas dificuldades, o contrário do que encontramos muitas vezes por aí, diferenças de piso, terrenos etc. A pista estava muito molhada e com galhos de árvores, uma verdadeira arma para nossos equipamentos amadores”. Depois de horas tentando consertar, sem sucesso, o casal encontrou um galês disposto a ajudar. Martin ofereceu a casa para que o casal passasse a noite. “Essa foi a parte mais tensa e intensa da viagem. Era logo no começo, estávamos com medo de não conseguir cumprir o objetivo, e, de repente, fomos surpreendidos pela fé na humanidade. Encontramos um abrigo e, também, nosso primeiro dos muitos amigos da viagem”, conta Sheylla. O casal percorreu cinco países: País de Gales, Inglaterra, França, Espanha, e Portugal. Foram centenas de cidades e lugares maravilhosos, dos quais desfrutaram cada segundo. Porém, dois países marcaram mais essa viagem, segundo eles, e ambos por situações distintas. Kennedy explica que Portugal é como se fosse uma segunda casa. “Conhecemos muito de Portugal e cada pedacinho remetia à história, cultura, culinária, tudo muito próximo do Brasil. Foi emocionante, me lembro de visitar uma cidade e pegar frutas diretamente do pé na rua, gosto de infância”. Já quando passavam pela Espanha, o casal reservou um quarto na casa de uma senhora búlgara, moradora na Espanha fazia 12 anos. Sheylla lembra que, ao reservar a hospedagem pela internet, reparou na foto da senhora que oferecia a vaga: loira, semblante iluminado e disposto. Mas
País de Gales, Inglaterra, França, Espanha e Portugal em 24 dias. Período enriquecedor para o casal, que vivenciou histórias e fez amizades por onde passou
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quem abriu a porta da casa foi uma senhora debilitada, sem cabelos, mais uma vítima do câncer. Stevetana enfrentava uma doença severa, mas decidira abrir as portas de casa para novos visitantes, assim teria companhia e novos amigos para passar o tempo. “Aquilo me tocou muito, eu acabei fazendo parte da vida dela e ela da minha. O verdadeiro intercâmbio acontece assim, nos esbarrões inesperados que a vida nos dá, colocando novas pessoas no nosso caminho. Isso é gratificante”, conta Sheylla. O casal chegou ao destino final três dias antes do prazo estipulado. Conseguiram manter ritmo e, ainda assim, aproveitar cada pequena cidade que encontravam. Da capital portuguesa, o casal embarcou em um cruzeiro para Recife, capital pernambucana. “Nossa intenção era chegar antes do Natal, em Jundiaí, nossa cidade, para fazer uma surpresa à família. Estávamos fora de casa há quase 10 meses”, disse Sheylla. Porém ela e Kennedy, infelizmente, não encontraram condições apropriadas nas estradas nordestinas até o interior de São Paulo, então, por segurança, e para preservar o equipamento, decidiram embarcar em um avião com destino a São Paulo. Nas palavras de Kennedy, “curtimos um pouco da maravilhosa Recife, afinal, estávamos com saudades de praia e verão, e, logo depois, embarcamos. Quando cheguei na porta de casa não acreditei, nós havíamos percorrido cinco países, cruzado o Atlântico, e agora estávamos em casa, finalmente. Valeu muito a pena”. Sheylla destaca que a experiência de vivenciar tudo de perto e de conhecer a história de pessoas comuns a fez mais feliz e sentiu, nisso, o verdadeiro sentido de vida que buscava. “O maior conselho é: planeje-se, viva, se você tem um objetivo, o universo alinha, o restante acontece naturalmente. Não há nada de que eu me arrependa, precisamos das coisas boas e ruins para nos mantermos fortes e valorizarmos o que realmente importa”.
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O Tim, Fusca 1978, foi o parceiro da primeira aventura do casal, em 2014, quando foram de Jundiaí ao Uruguai, em uma viagem de dez dias
De fusca Essa não foi a primeira aventura de Sheylla e Kennedy. Em 2014, o casal paulista saiu de Jundiaí, interior de São Paulo, com destino ao Uruguai, a bordo de um Fusca azul ano 1978, apelidado pelo casal de Tim. Sheylla conta que eles costumavam dirigir de manhã até a noite, e, em três dias, cruzaram o Sul do Brasil e chegaram a Buenos Aires. “Lembro-me que chegamos lá um dia antes da final da Copa do Mundo, que foi entre Alemanha e Argentina. Como éramos brasileiros, foi impossível não ouvir piadas com o famoso 7x1 que levamos. Um argentino nos ofereceu um refrigerante da marca 7up”.
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Saindo de Buenos Aires, o casal pegou o buquebus, uma espécie de balsa, para cruzar o rio Del Plata. Logo eles chegaram ao destino final, Montevidéu, capital do Uruguai, uma cidade que impressionou pelas belezas naturais, arquitetura e estilo de vida. Ao todo, foram cinco mil quilômetros rodados sem nenhum imprevisto entre o casal e o fusca, em 10 dias de jornada. Por enquanto, o casal voltou à rotina, no Brasil, já que estavam estudando fora do país. Mas já pensam em sua nova aventura. “Vamos deixar as bicicletas descansarem, pois elas foram muito guerreiras. Agora, estamos planejando mais uma rota com o Tim, nosso fusca valente”, enfatiza Sheylla.
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Todos por um esforço em prol do sorriso saudável Muitos ignoram que a saúde começa pela boca e que a higiene bucal ainda é a forma mais importante para garantir dentes e gengivas saudáveis
Foto Gisela Bello
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Gisela Bello Infelizmente, ainda vivemos em um país de desdentados, que deixam em segundo plano a boa higiene bucal. Segundo o censo de 2013 sobre saúde bucal, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE, mostra lamentavelmente que 16 milhões de brasileiros não têm um único dente na boca. O número equivale a 11% da população e aumenta para 22,8%, entre aqueles sem nenhum grau de instrução. Em pleno século XXI, esses números revelam o quanto ainda é preciso alertar a população sobre um ato tão simples e rotineiro, mas que, para milhões de pessoas ainda é irrelevante. O quadro preocupa e entidades buscam diminuir os índices dessa triste realidade. Nessa linha, recentemente foi inaugurado, na Casa da Esperança de Santos, o projeto Sorriso Saudável, Futuro com Esperança, idealizado pelo cirurgião-dentista e ortodontista Ricardo Fidos Horliana e pela diretoria do Rotary Club de Santos, com o apoio da Fundação Rotária do Rotary Internacional, e em parceria com clubes e distritos do Rotary na Alemanha e nos Estados Unidos. Um consultório odontológico completo e uma unidade para ensino e promoção da higiene bucal (escovódromo), que já Foto Gisela Bello
está a todo vapor, vêm atendendo, gratuitamente, as 285 crianças e adolescentes assistidos pela instituição. Faz parte também do projeto, a Unidade de Radiologia Odontológica com exames totalmente digitais (tomógrafo) que, em breve, estará em funcionamento não só para os atendidos pela CES, mas também, para a população carente da região a um baixo custo. A sustentabilidade do projeto contará com o engajamento social da população, que poderá pagar o valor de mercado pelos serviços de radiologia. Para o sucesso do Sorriso Saudável, Futuro com Esperança, uma parceria fundamental foi estabelecida com a Faculdade de Odontologia da Unisanta e com a Associação dos Cirurgiões Dentistas da Baixada Santista. Todas as crianças e adolescentes atendidos pela Casa da Esperança de Santos têm limitações motora e/ou cognitiva e são atendidas pela instituição. Como todos fazem uma refeição diária no local, nada melhor que, após se alimentarem, eles possam fazer a higiene bucal, com profissionais capacitados, como explica Lamartine Lélio Busnardo, cirurgião-dentista, ex-presidente da CES por quinze anos e atual vice-presidente: “Uma casa que se preocupa com o processo de reabilitação e habilitação dos assistidos, necessariamente, tem que ter Foto Cristopher Bittencourt
A unidade para ensino e promoção da higiene bucal (escovódromo) já atende, gratuitamente, as 285 crianças e adolescentes assistidos pela instituição. Em breve, será inaugurado o tomógrafo, que atenderá a população carente da região a um baixo custo Beach&Co nº 180 - Junho /2017
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Fotos Gisela Bello
saúde
A Casa da Esperança de Santos completa 60 anos em julho com excelentes trabalhos voltados à comunidade, como o programa de Intervenção Precoce ao Recém-Nato de Risco e o Sem Barreiras, voltado a pessoas com necessidades de acesso a equipamentos fundamentais para a mobilidade
um serviço de escovação”. A cirurgiã-dentista responsável pelo atendimento odontológico na instituição, Érika Guimarães Ramires, explica que a casa tem também a Semana de Saúde Bucal, na qual um dos objetivos é orientar as mães a dar continuidade, em casa, daquilo que foi ensinado. “Tiramos as dúvidas quanto à escovação e o melhor creme dental e, desde cedo, mostramos a importância desse hábito, de ser um ato contínuo após as refeições. Estamos sempre fazendo trabalhos com as crianças, para que elas consigam manipular a escova sozinhas e, com isso, torná-las mais independentes”.
Tomógrafo solidário O tomógrafo, em breve, estará funcionado e não só para as crianças da CES, mas também para a população carente das nove cidades da Baixada Santista, que poderão utilizar o aparelho a um custo reduzido. Além dos 285 pacientes atendidos, estima-se que mais de 10.000 crianças e adolescentes carentes sejam beneficiados, por ano, com exames de tomografia e radiografia digitais. Pacientes atendidos pelos cursos de graduação e de pós-graduação em odontologia da Unisanta, bem como
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pelos cursos da Associação dos Cirurgiões Dentistas da Baixada Santista, também poderão obter exames radiográficos e tomográficos a custos subsidiados, na Casa da Esperança de Santos. Mas a Casa da Esperança de Santos, que completa 60 anos em julho, realiza também outros projetos importantes que atendem à comunidade, como o programa de Intervenção Precoce ao Recém-Nato de Risco, que tem um atendimento diferenciado, com fisioterapeutas especializados no desenvolvimento psicomotor e fonoaudiologia no primeiro ano de vida. A neurologista e diretora clínica da Casa da Esperança de Santos, Drª. Maria Lúcia Leal dos Santos, explica que são atendidos bebês que ficaram internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal, e que apresentaram quadros de crise convulsiva ou meningite, além de prematuros extremos. “Esses recém-natos têm uma possibilidade maior do que os outros de desenvolverem problemas neurológicos. Aqui, na instituição, é feito um atendimento de fisioterapia, orientando a mãe a lidar com o bebê em casa, tentando também fazer com que ela tenha um olhar bem crítico para qualquer alteração no de-
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As doações feitas pela própria comunidade representam, hoje, cerca de 50% do total da receita liquida da Casa da Esperança de Santos. O poder público, por meio de convênios, faz o repasse de verbas, e os setores operacionais, representados pela loja e oficinas ortopédica e fisioterapeuta para adultos, por meio de convênio SUS e particulares, também auxiliam no custo dos tratamentos. Eventos beneficentes são realizados, mas, mesmo com a soma de todos esses esforços, a arrecadação mensal não tem sido suficiente para garantir a cobertura dos gastos e evitar o risco da paralisação
de alguns serviços. Qualquer pessoa pode contribuir com a instituição e conhecer o local que, por períodos curtos ou longos, torna-se a segunda casa de crianças, adolescentes e suas respectivas famílias. As contribuições podem ser feitas pelo Teledoações (13) 3278 7801; por depósito bancário no banco Itaú, agência 0245, conta corrente 09379-4; ou por meio de repasses de impostos via Nota Fiscal Paulista. Há, ainda, a opção de se tornar associado ou aderir ao programa Padrinhos Esperança. Mais informações podem ser obtidas no site www.casadaesperancadesantos.org e pelo telefone (13) 3278 7800.
senvolvimento do filho”. Criado em 2015, esse é um programa da CES, que ajuda a prevenir e/ou amenizar qualquer alteração que o recém-nato possa desenvolver. Rosemeire Souza sabe bem a importância desse programa. A filha Maria Júlia nasceu prematura, com apenas seis meses, e ficou internada quatro meses na UTI neonatal de um hospital de Santos. “Foram dias sem dormir, de muita angústia e incerteza, mas, agora, ela está se recuperando muito bem e, até o momento, não apresentou nenhum problema neurológico”. O programa Sem Barreiras é outro exemplo de serviço prestado para assistidos com necessidades de acesso a equipamentos
fundamentais para a mobilidade. Cadeiras de rodas, órteses e próteses são repassadas para os pacientes por meio de doações feitas por empresários e pela comunidade em geral. Daí a importância da divulgação dos serviços prestados pela Casa da Esperança de Santos, afinal, são mais de 3.000 terapias mensais realizadas pelos profissionais capacitados da instituição. Programas de apoio à família também fazem parte da CES, por meio do Núcleo de Promoção de Mães Dona Vanjú. Há 17 anos, são realizados cursos de artesanato e, desde 2010, o curso de panificação objetiva levar conhecimento e aprendizado às famílias dos pacientes, para que tenham uma nova fonte de renda.
Corrente do bem
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ser sustentável
Utopias Não sei vocês, mas eu sempre fui muito motivado pelas utopias, aquilo que, em geral, consideramos impossível, um misto de idílico e inalcançável – maldosamente falando, sonho de tolos. E o que um tolo pode propor diante de tantas boas ideias e iniciativas que envolvem questões como a reciclagem de resíduos? Qual seria a utopia?
Marcus Neves Fernandes Na verdade, seriam duas... E essa primeira utopia, esse meu primeiro sonho, é que o conceito da reciclagem esteja presente lá na prancheta do designer, no momento em que começa a nascer um novo produto, seja ele uma cadeira ou um computador. Aliás, em uma tonelada
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de placas de processadores há mais ouro do que em 17 toneladas de minério bruto. Já as placas de circuitos eletrônicos são 40 vezes mais ricas em cobre do que o próprio minério bruto do metal. O problema, porém, é que computadores, assim como as cadeiras, automóveis, bicicletas ou até mesmo uma mamadeira, não nascem com o conceito da reciclagem.
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quem sabe ainda mais tolo. E essa utopia eu E isso torna qualquer método de reciclagem um posso resumir em duas palavras: lixo zero. Talverdadeiro pesadelo. vez, a maioria dos leitores nem consiga imagiÉ o que constatou, na prática, a professora nar uma sociedade que não gere lixo. Por vezes, Neuci Bicov, da USP, em relação aos eletroelenem eu mesmo. trônicos. Após analisar centenas de hardwares, Mas algumas instigantes propostas estão ela e sua equipe perceberam situações que beisurgindo. Em Seul, na Coreia do Sul, um bairravam o absurdo. Por vezes, por exemplo, o que ro inteiro, com uma população semelhante à de poderia ser feito com um parafuso, como a fixaSantos, já vivencia essa nova realidade. Lá, as ção de determinada peça no chassi do computalixeiras só se abrem com um cartão magnético, dor, acabava sendo feito com vários parafusos, e o cidadão que coleta o lixo utiliza uma pistola de diferentes modelos, que implicavam no uso para leitura de código de barras. de diferentes ferramentas. O objetivo declarado desse sistema é o lixoImagine uma linha de reciclagem de com-zero e como o cidadão paga multa se ultrapassar putadores, com centenas, por vezes milhares um limite de peso pré-estabelecido para descarde máquinas, para ser minuciosamente deste de resíduos, já foi possível perceber algumas montadas. Imagine o tempo que se perde para curiosas consequências. Uma delas, talvez a mais desmontá-las, separando peça por peça, muitas notável, é a diminuição do desperdício. É que, ao vezes, tendo que improvisar ferramentas? ir ao supermercado, a dona de casa coreana está Sim, há situações em que nem mesmo as ferse acostumando a levar para casa o estritamente ramentas vendidas no mercado, como chaves necessário. Ou seja, agora, a preocupação com o de fenda, resolvem o problema. É o caso, por descarte dos resíduos começa lá no momento da exemplo, de muitos produtos da Apple. No compra, e não mais em casa. passado, a empresa norte-americana já foi obPode parecer algo simples, mas não é. Implijeto de ações na Justiça por vender aparelhos ca em mudar comportamentos, ter um cotidiano que não podiam ter a bateria trocada. Ou seja: melhor planejado, chamar para si a responsabiao final da vida útil, só restava o descarte – e, lidade com o descarte e não esperar, nem tamobviamente -, a compra por um novo, cujo únipouco acreditar, que o Poder Público, sozinho, co eventual defeito era a bateria descarregada. irá resolver a questão. Vale notar que a empresa chegou a criar até Por isso, quando eu pergunto se, ao ir ao sumesmo um novo tipo próprio de parafuso, únipermercado, a pessoa faz suas compras já penco no mercado, para o qual simplesmente não sando no que irá para o lixo, todos, praticamenhavia chave de fenda! É uma clara dissociação te sem exceção, me olham com cara de espanto. entre a empresa, o consumidor, a reciclagem e a É o mesmo que dizer que o correto não é auqualidade de vida. É a empresa, pela empresa. mentar a periodicidade da coleta de lixo, e sim E o resto indo para o abismo. diminuí-la! Afinal, uma sociedade supostamenIsso precisa mudar. Nenhum produto pode te desenvolvida é aquela chegar ao mercado sem que que gera cada vez menos o conceito e os princípios resíduos e não aquela que da reciclagem façam parte Sistema lixo-zero tem uma coleta de portada engenharia envolvida na Quem quiser conhecer um pou-em-porta, todos os dias. sua criação. co mais sobre o sistema coreano, Pense nisso na próxima sugiro acessar o vídeo por meio do vez que for ao supermercalink abaixo: do; pense em quanto do que lixo zero http://pulitzercenter.org/reporvocê está levando para casa Por isso mesmo, a minha ting/south-korea-innovative-pushterá como destino o aterro segunda proposta de utopia -cut-back-food-waste sanitário. Faça a diferença. talvez seja ainda mais desaO menos, é mais. fiadora – e eu, por tabela,
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Para comer, rezando É uma injustiça falar da Índia e não ressaltar a sua culinária repleta de especiarias, segredos e sabores capazes de nos levar às alturas
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Fernanda Lopes No livro Comer, Rezar e Amar, estrelado no cinema pela atriz Julia Roberts, a escritora Elizabeth Gilbert mostra sua transformação após viver em três lugares diferentes: Itália, Índia e Bali. Como diz o título da obra, na Itália ela se entregou aos prazeres da gula. Na Índia, ela rezou e, no último destino, encontrou o amor. Quando pensamos na Índia, realmente nos vêm à cabeça seus gurus, o poder da meditação e da oração. Mas é uma injustiça com a sua culinária, que também tem o poder de nos levar às alturas. Uma simples mordida em uma samosa - o tradicional pastelzinho recheado de batata-, é uma explosão de sabores e aromas. As masalas têm o poder. Elas são misturas de especiarias em grãos, que são salteados no fogo para soltar seus óleos e, depois, socados no pilão até virarem um pó que dá vida a legumes e carnes e é o símbolo maior dessa culinária. O chef Rogério Fontes, do restaurante Zucca Culinária Artesanal, que esteve várias vezes na Índia, diz: “Cada um tem sua receita de masala. Eu faço a minha e sempre tenho um pote com ela. Amo a gastronomia indiana”. As especiarias são o denominador comum desse país de grande dimensão territorial (3.300.000km²) e diferentes paisagens, que vão desde o Himalaia até a costa marítima. Aliás, a Índia tem sete mil qui-
lômetros de litoral, o que também coloca o peixe à mesa, apesar de a grande maioria da também superlativa população (1,2 bilhão de habitantes) ser lactovegetariana, por causa da religião hindu. Até por isso, o iogurte e a manteiga clarificada (chamada de ghee), produtos oriundos da sagrada vaca, estão presentes na maior parte das preparações. Com seus dois mil deuses diferentes, fica fácil entender por que o verbo rezar foi o escolhido pela escritora Elizabeth Gilbert, para representar a Índia, como conta Filipi Lopes, sócio-proprietário do Zucca e também um frequente visitante do país. “Você passa pelas ruas e vê grupos de pessoas rezando em frente a um buraco na árvore. Qualquer buraquinho é um templo”. Há outras religiões, além do hindu. Muçulmanos, judeus, cristãos, budistas e jainistas dividem o território e estabelecem uma estreita relação entre religião e comida. Além disso, há a forte influência inglesa, deixada pelos colonizadores. “Muitas coisas que pensamos ser indianas, são, na verdade, inglesas. As referências estão por toda parte, na Índia”, diz Filipi.
Especiarias, alma e coração da comida indiana O emprego correto das especiarias é fundamental na culinária indiana. O seu uso é sofisticado e sem exageros. Elas não só têm a função de dar sabor e personalidade, mas também têm seu papel medicinal. Como acontece em todas as cozinhas de
Garan masala e ghee são as bases Boa parte da personalidade da cozinha indiana está na masala, mistura de condimentos, ervas e plantas aromáticas, que seduziu os ingleses, que lhe deram o nome de curry. A garan masala é a mistura picante. Cada família ou cozinheiro indiano tem a sua receita. Anote uma de-
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las e dê vida a seus pratos. O mix pode ser guardado em potes fechados hermeticamente por até um mês. O ghee é a manteiga clarificada, usada em praticamente todos os pratos indianos e aguenta altas temperaturas sem queimar. É usado em substituição ao óleo.
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gastronomia
regiões de calor intenso e muita umidade, as pimentas e o alho agem como conservantes naturais, aumentam a vida útil dos alimentos e, quando isso não é possível, protegem o organismo do ataque de bactérias. Os aromatizantes também disfarçam os odores de alimentos não tão frescos. Há produtos únicos como a assa-fétida, uma resina vegetal de aroma desagradável, mas é um poderoso agente digestivo. Quando frita, fica com sabor elegante. Qualquer planta, raiz, bulbo ou semente são aproveitados na cozinha da Índia. Porém, os condimentos mais apreciados são o açafrão, a cúrcuma, os grãos de coentro, de cominho e de cardamomo. Eles fazem parte da maioria das masalas (mistura de especiarias). Também o cravo, a canela, a noz-moscada, a menta e a hortelã integram essa rica paleta aromática.
Glossário Assa-fétida: conhecida como heeng, é um produto obtido da planta asiática do mesmo nome. Tem o aspecto de resina, de pó ou de pequenos cristais. É utilizada em muitos pratos, apesar do seu forte e pouco agradável aroma. É conhecida por suas propriedades digestivas. Basmati: arroz de grão comprido, branco e translúcido, tradicionalmente utilizado por todas as cozinhas da Índia. É muito resistente ao cozimento. Cúrcuma: planta herbácea, própria de zonas tropicais, utilizada como especiaria ou como corante (alaranjado). O mais apreciado é originário de Bengala. É o açafrão da terra. Curry: nome que os britânicos deram à ma-
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sala. Em hindu, tipo de ensopado. Feno-grego: é uma planta pequena, com sementes amareladas, usadas como condimento/alimento. É encontrada na Europa, na Ásia e no Norte da África. Gengibre: planta aromática de origem hindu, cuja raiz, muito perfumada e de sabor forte, é utilizada fresca, cristalizada ou em pó. Panch: mistura de especiarias, característica da cozinha de Bengala. Raita: molho de iogurte, combinado com especiarias e algum tipo de hortaliça. Roti: pão ázimo. Samosa: variedade de empanada, consumida como aperitivo. Fonte: Livro Cozinha País a País (Publifolha)
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Receitas
Garan masala Ingredientes: 4 colheres de sopa de coentro em grão; 2 colheres de sopa de cominho em grãos; 2 colheres de sopa de pimenta-do-reino em grãos; 2 colheres de sobremesa de sementes de cardamomo; 1 colher de chá de cravo da índia; 1 pimenta malagueta seca; 1 pau de canela; 1 folha de louro e 1 colher de sobremesa de noz-moscada ralada. Preparo: torre todas as especiarias juntas em uma frigideira plana e larga. Mantenha em fogo médio durante 3 minutos, mexendo para que fiquem torradas de modo uniforme. Deixe esfriar sobre um papel absorvente e, em seguida, triture-as num pilão ou em moedor até que vire um pó. Dica: se quiser não picante tire as pimentas da preparação.
Ghee (manteiga clarificada) Ingredientes: 1kg de manteiga sem sal. Preparo: em uma panela de fundo grosso (de preferência de ferro, cobre ou inox) coloque a manteiga cortada em cubinhos. Em fogo bem baixo, para não saturar ou queimar, esquente a manteiga e com uma colher vá retirando toda a espuma branca que vai se formando na superfície (água e impurezas). Quando não houver mais espuma e o líquido estiver transparente e amarelo claro, está pronto. Coloque em recipientes de vidro, espere esfriar totalmente e tampe. O processo demora cerca de 30 minutos. Ela pode ser guardada por até três meses ou congelada por até 6 meses.
Samosa Ingredientes da massa: 1 xícara de farinha de trigo; 1/4 xícara de manteiga derretida, sal a gosto (uma pitada) e 1/4 xícara de água morna. Recheio: 2 batatas médias descascadas e cortadas em cubos pequenos e cozidas; 1 colher de sobremesa rasa de semente de mostarda escura; 1 colher de sopa de garam masala sal a gosto, 1 colher de sopa cheia de ghee, 1 colher de sopa de cebola finamente picada, 1 colher de sopa cheia de salsa picada. Preparo massa: misture a farinha e o sal. Junte a manteiga, fazendo uma farofa. Depois acrescente a água aos poucos e incorpore obtendo uma massa lisa. Reserve. Recheio: aqueça o ghee, acrescente a cebola e os grãos. Quando começar a pipocar junte a masala e deixe refogar por 1 minuto. Junte as batatas e acerte o sal; deixe mais um minuto sempre mexendo. Junte, por fim, a salsa. Montagem: abra a massa e corte em círculos, com a ajuda de um molde ou da borda de um copo. Coloque uma porção do recheio no centro de cada disco e una as bordas (como um ravioli). Feche, formando um pastelzinho. Tradicionalmente, a massa é frita em óleo quente. Para uma opção mais light, pode ser assada em forno pré-aquecido a 180ºC até dourar.
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moda
Polêmica e sensual Amada por muitas e odiada por algumas, a meia arrastão retorna com tudo! Mas, engana-se quem pensa que não há nada de novo no seu uso Fotos KFPress
Karlos Ferrera Que a meia-calça é um acessório sensual e indispensável no inverno, todas já sabem, mas, nesta temporada, um modelo em especial ganhou as passarelas: a meia-calça arrastão! Hit entre os anos 1980 e 1990, o acessório voltou a invadir o closet das principais fashionistas, renovando até os looks mais básicos. Se, antes, essa peça estava atrelada apenas a produções fetichistas ou góticas, neste inverno, ela se firma como truque de styling em diversas ocasiões, podendo compor vários looks do dia a dia. E o melhor é que você consegue usar de várias formas: com saias, longas ou curtas; shorts jeans; vestidos; e até por baixo das famosas calças rasgadas.
Harmonia A meia-calça arrastão tem diversas composições e possui tramas mais abertas, médias, menores, curtas. O detalhe é saber compor, de acordo com a sensualidade e rebeldia que vai utilizar no look. E sempre utilizar as cores para dar o contraste na pele, causando um look harmonioso A roupa é um vocabulário, por isso toda mulher deve conhecer o próprio corpo, o tipo físico e o estímulo diante de muita concepção. Respeitando e adequando-se ao comprimento mais adequado para cada momento, se é casual, esportivo, sensual. Se você ainda tem dúvidas ou receios de como acrescentá-la em suas produções, comece apenas mostrando-a em pontos estratégicos, como no peito do pé com mocassins ou até mesmo nos rasgos de calças jeans destroyed – vale abusar da imaginação!
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Trabalho Para aderir à tendência em uma produção formal, deixe a rendinha da meia aparecendo nas canelas ou peito do pé, usando uma calça com a barra mais curta, dobrada ou com um calçado mais aberto como mocassins e scarpins. Para dar o mesmo efeito, pode-se investir também na meia arrastão em versão soquete – super em alta!
Noturna Transformar a meia no destaque do look? Sim, podemos – e devemos – em produções que permitem tal ousadia, como por exemplo, para uma balada. Experimente combiná-la com sapato de salto da mesma cor, já nas peças de roupas, brinque com diferentes texturas. Lembre-se que a meia arrastão proporciona um toque descolado à produção, por isso, deixe o look noturno ainda mais interessante com um hi-low entre as peças
Despojada No streetstyle, o truque queridinho das fashionistas é deixar a meia arrastão em evidências por meio das aberturas do jeans destroyed ou até mesmo com uma blusa cropped; deixe o cós da meia aparecer na barriga. Essa é uma combinação perfeita para transformar um look básico em uma aposta superfashion, afinal, até o combo jeans + blusinha fica incrível quando acrescentada uma meia arrastão!
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moda
Olha como o look ficou descolado, lindo e confortável
Com certeza, a melhor forma de usar meia arrastão é com o jeans destroyed, ela dá textura e deixa a peça mais estilizada; é a maneira mais popular entre as fashionistas
Outras tendências Pés quentes
Túnica na vanguarda
Material-chave por mais uma estação, o veludo vai além das roupas e protagoniza também as botas mais quentes deste inverno, em modelos de salto alto e cano curto, do coturno à versão vitoriana
Xeque-mate
Com desfile poético, que propôs uma moda festa livre de corseletes e de “apertos” em geral, Valentino, sob o olhar de Pierpaolo Piccioli, deu vida nova à túnica, desconstruindo-a em duas peças plissadas ou optando por tecido liso, que deixa a modelagem reta em evidência
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A estampa vichy tornou-se um daqueles clássicos que, de tempos em tempos, reaparecem com fôlego renovado e, para esta temporada, ela chega em versão street
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decoração
O resgate do estilo pós-caiçara de Chu Ming Silveira Em Ilhabela, o capricho dos novos proprietários e a competência do arquiteto Reinaldo Silva Jr. transformaram uma casa semiabandonada em uma confortável residência com suítes acolhedoras para locação
Fotos Rosely Praça
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Estela Craveiro Famosa pelo design dos orelhões telefônicos, a arquiteta Chu Ming Silveira, nascida na China e radicada no Brasil desde a infância, começou a projetar edificações em 1987, criando uma vila com vários chalés para sua família no Morro Santa Tereza, em Ilhabela, sucedida por diversas residências desenhadas para terceiros, no condomínio homônimo. Uma delas, exatamente ao lado da que fez para si, é a Guesthouse Casa 658, de frente para o canal de São Sebastião. O imóvel ficou semiabandonado por sete anos, até ser adquirido pelo casal Praça, em 2014. Nas mãos do engenheiro mecânico Luiz e da ex-professora Rosely, em seis meses ganhou nova vida, adaptado para ser a moradia deles e, ao mesmo tempo, um bed & breakfast com suítes para locação. Quando estavam procurando uma casa para comprar, nem quiseram vê-la, tal o mau estado em que se encontrava. Mas tudo mudou quando souberam que foi criada por Chu. Já conheciam outros projetos da arquiteta, no estilo definido por ela, falecida em 1997, como pós-caiçara, com base na utilização de materiais típicos da região, principalmente madeira, na simplicidade, e na integração à natureza, por meio de grandes áreas envidraçadas e amplas portas e janelas, oferecendo a refrescante ventilação cruzada. “A casa tinha problemas, principalmente, nas madeiras externas, mas a estrutura e o telhado estavam bons. Havia pintura desgastada, jardins por criar e muito mato para cortar”, descreve Luiz. Ele realizou um levantamento detalhado da planta da edificação principal, um sobrado, e de dois quartos no fundo do terreno. Colocou em desenhos e contratou o arquiteto Reinaldo Silva Jr., de Ilhabela, que apresentou sua proposta, para atender aos desejos do casal, amplamente discutida com eles até chegar à forma definitiva. Paralelamente, Luiz desenhou os armários das pias e de tudo o que precisava além da reforma básica. “O projeto final tem muitas ideias de solução dele e outras nossas. Gostamos muito do trabalho do Reinaldo. Ele trouxe uma equipe boa para as obras e nós acompanhamos tudo bem de
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decoração
Foto Estela Craveiro
Na área externa, a casa encanta pelo permanente contato com a Mata Atlântica e a visão do belíssimo canal de São Sebastião
perto”, lembra o engenheiro. Com 425m² de área total construída em um terreno de 4.500m², o imóvel passou por poucas mudanças. No andar térreo do sobrado, a suíte reversível, localizada ao lado das salas de estar e de jantar, separadas da cozinha por um balcão, foi transformada em uma sala de tevê. E o banheiro completo tornou-se um lavabo com jardim interno. No andar superior, onde havia uma imensa suíte, agora há duas, uma para o casal e, outra, para hóspedes, chamada Suíte Verde, acessível por dentro, mas com uma entrada independente. Assim como as suítes Vermelha e Azul, localizadas em dois pavimentos no alto do terreno, onde antes havia dois quartos, conectados por uma escada interna, compartilhavam um banheiro no piso inferior. O telhado da casa foi alongado nas partes frontal e posterior. A varanda da fachada, o deque da piscina, a escada que o liga ao térreo do sobrado, e o terraço da Suíte Azul foram dotados de balaústres. Toda a rede elétrica foi refeita, com disjunto-
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res independentes para cada suíte e para a ala residencial do térreo, que inclui a lavanderia na parte posterior, e uma área aberta para alimentação, com churrasqueira, ao lado da cozinha. A decoração vintage completa a personalização da Casa 658. “Os móveis e os adornos vieram do acervo da família, do chalé que tínhamos em Barra do Una [São Sebastião], do sítio em Porto Feliz [Sorocaba], e da casa que possuíamos em São Paulo, até nossos filhos casarem e mudarmos para uma menor, que é a nossa base lá. Só compramos uma cama de casal e o sofá da sala de tevê. Colocamos aqui o que é representativo na nossa vida. Temos criados-mudos da avó do Luiz, a cômoda de estimação de meu pai e camas da minha mãe e das minhas filhas”, conta Rosely. O resultado da transformação é um ambiente acolhedor, em harmonia com o conceito ambiental subjacente ao estilo de Chu Ming Silveira. “Respeitamos ao máximo o projeto original, apenas adaptando-o às nossas necessidades. Acho que ela não ficaria brava conosco”, conclui Luiz Praça.
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Flashes
Pastel Bertioga e Sparta Events - Especial Dia dos Namorados
Wanderley Nicola, Márcia Ribeiro, Mara e Vitor Fernandes
Elaine Pierre, Ricardo Ramblas, Cynthia Montmann e Marcos Quintana
Pacífico Júnior, Keith Pacífico, a família Pinto Luciana, Walace e Lorenzo, e Mara e Vitor Fernandes
Sávio Alencar, Pacífico Júnior, Keith Pacífico, Lilian Alencar, Mara e Vitor Fernandes
Regiane Gallo, Ivan de Carvalho, Mara e Vitor Fernandes
Pacífico Júnior, Keith Pacífico, Mara e Vitor Fernandes
Ribas Zaidan e Dinalva Berlofi
Sharon Lemos, Rodrigo Pereira e Vitor Fernandes
Momento de descontração das “namoradas” da noite
Aldo Martins e Marta Tavares
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Flashes
Momentos especiais na Peixada Beneficente em apoio à campanha Todos Juntos Pela Lolo, realizada pela equipe de pesca Amigos do Bacalhau, no Lions Clube de Bertioga. Boa comida, boa música e muita solidariedade em torno da graciosa Lorena Victoria Camilo Miranda, de 2 anos
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Flashes
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“Destaques” // Luci Cardia
Destaque para os herdeiros da família Nor
André Sementilli Cortina, Carolina Nor Cortina O jovem advogado de sucesso Merson Nor Júnior, a empresária Renata Palma Nor com o e os filhos Enrico e o recém-chegado Enzo. fofo Pietro! Parabéns ao casal Parabéns pela família linda
Os avós emocionados Merson e Angela Nor, a filha Carolina, o genro André e os netinhos Enrico e Enzo
Renata Palma Nor, o pequeno Pietro, esta colunista e a lindíssima Bulchi
Eles se completam no amor eterno, Merson, Merson Jr., Pietro, Renata Palma e Angela
Alegria entre família: Angela, Merson Nor, a sobrinha Paula Marcela e Bulchi
Dr. Merson, no melhor estilo de receber amigos, na histórica mesa da família, Angélica e Bulchi
Um close especial em André Sementilli, Uma noite muito com toda a família Nor. Obrigada pela Carolina e o mais novo recém-chegado recepção Enzo
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“Alto Astral” // Durval Capp Filho
Aniversários e confraternizações. Tudo em Alto Astral
Ney Lyra, presidente da Câmara de Bertioga, comemorou seus 51 anos no Indaiá Praia Hotel com o deputado federal João Paulo Tavares Papa, Nei Eduardo Serra e José Edvaldo Zuchinni
O casal Marcelo Gil Figueira e Rosana comandou a Acausa Wine 2017, no Parque Balneário
Gugu Candia Barbosa, Cristina Ventura e a filha Cristiana envolvidos na organização da Acausa Wine 2017
Marcelo Teixeira comemorou o aniversário na Chancelaria da Universidade Santa Cecília com Valeria Simões Teixeira e seus filhos Caroline e Marcelinho
Os proprietários do restaurante Dom Sírio Edison Lopes e Norberto Martins Paes encantados com o sucesso da casa no Dia dos Namorados
Os empresários da butique Laranja Rosa, do Pátio Iporanga, William Rodrigues dos Santos e Prycilla Dias Lucas dos Santos
A tricologista Silvera Santos e Arnóbio Santos no Baile de Máscaras, realizado no Centro Português de Santos
O cirurgião plástico Wilson Novaes, na inauguração do Plastic Day Hospital, no recém-inaugurado Praiamar Corporate
Samuel Costa e Bruna Carvalho, os vencedores do concurso Garoto e Garota, da Revista Mais Santos, no Clube XV
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“Celebridades em Foco” // Edison Prata Jornalistas e colunistas sociais são, realmente, pessoas de sorte, pois acompanham de perto o fato, em primeira mão, e sempre estão ao lado de quem faz e é realmente notícia. Mas, se essa moda chamada João Doria pega, e espalha pelo Brasil, os políticos de carteirinha que se cuidem. O destaque vai para aqueles que fazem dar certo, e para registrar isso e suas comemorações, sempre estamos lá
Em homenagem ao Dia de Portugal, de Camões, e das Comunidades Portuguesas, como parte das comemorações do Experimenta Portugal ’17, a presença do primeiro-ministro de Portugal António Costa, primeira-dama de SP Bia Doria, o residente de Portugal Marcelo Rebelo Sousa e o prefeito de SP João Doria Júnior
Registro do cônsul geral de Portugal, em São Paulo, Paulo Lopes Lourenço
A simpatia e beleza da consulesa Mafalda Lourenço
O embaixador de Portugal no Brasil Jorge Dias Cabral marcou presença
A cantora Gisela João reviveu as belas músicas portuguesas
Em close, Lidia Monteiro e Bernardo Cardoso, do Turismo de Portugal
A classe e elegância da primeira-dama Bia Doria e do prefeito João Doria Júnior
O presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa e Gisela João, fãs um do outro
Ricardo Pereira, Jorge Dias Cabral e Paulo Lourenço
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Sobloco: 25 anos plantando sementes de cidadania em Bertioga.
Programa de Educação Ambiental
Há 25 anos ininterruptos, o Programa Clorofila de Educação Ambiental da Sobloco vem despertando crianças e jovens do município de Bertioga para uma conscientização quanto às questões ambientais e para a adoção de práticas e atitudes mais sustentáveis. Com projetos que sensibilizam, fazem pensar e pesquisar, o Programa já envolveu mais de 15 mil estudantes em suas várias frentes de trabalho. Parabéns alunos, pais, educadores e Município de Bertioga, essa comemoração é de todos nós.
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