NA PRÓXIMA SESSÃO
A Princesa Prometida, 11 de junho às 19h00
Apoio:
revista curta | edição 15 - maio/2017 Orientador: Rennan Mafra Edição geral: Davi Medeiros Reportagem e redação: Yan Gabriel, Ana Luísa Medeiros, Jéssica Silva Revisão: Marina Gouveia Diagramação: Beatriz Valente Projeto gráfico: Andre Aguiar, Déborah Médice, Tayná Gonçalves Crédito imagens: Beatriz Valente (pág. 2), Reprodução (Capa, pág. 3-8) Realização:
DICAS DE CINÉFILO
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7 Veronica Eliane é de Belo Horizonte e estuda Agronomia aqui na UFV. Dá uma olhadinha em seus filmes favoritos. 1. Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004, Michael Gondry) 2. Sr. Ninguém (2009, Jaco Van Dormael) 3. Orgulho e Preconceito (2006, Joe Wright) 4. Fonte da Vida (2006, Darren Aronofsky) 5. Seven - Os Sete Crimes Capitais (1995, David Fincher)
EDITORIAL
> Hold My Heart – Lindsey Stirling
Boa noite! Em sua segunda sessão de maio, a revista curta traz para vocês o filme Aviãozinho de Papel (Paper Planes), do australiano Robert Connolly. Nós, do Cinecom, acreditamos na importância de levar ao público um catálogo sortido de filmes, fugindo da Hollywood de sempre (apesar de todo o mundo amar um blockbuster bilionário às vezes), e assim apresentar diferentes recortes de cultura a quem sai de sua casinha para prestigiar o projeto. Dessa vez, selecionamos esse que é um filme encantador sobre sonhos e obstáculos, mas não só sobre isso. Toda história contada é um convite à reflexão e esse é o objetivo maior dessa revista: guiá-los ora na compreensão das mensagens, ora na reestruturação de velhos paradigmas, de modo que cada sessão entregue algo de que vocês nunca se esqueçam. Boa sessão!
por Davi Medeiros
PLAYLIST: METAS E OBJETIVOS
> Blue – Marina and the Diamonds > Times Like These – Foo Fighters > Shake it Out – Florence and the machine > A Star for Nick – Lana Del Rey.
NESTA EDIÇÃO 3 Sinopse 4 Um sonho em meio ao caos 5 Nem sempre vale só competir 6 Para se viver de verdade 7 CineCom indica
POR FALAR EM
SONHAR...
Estão Todos Bem < (Everybody’s Fine, 2009)
A Família Bélier < (La Famille Bélier, 2014)
Assim Caminha a Humanidade < (Giant, 1956)
Um lugar ao sol < (A place in the sun, 1951)
La La Land < (La La Land, 2016)
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PARA SE VIVER
AVIÃOZINHO DE PAPEL
DE VERDADE
Abandonar a zona de conforto e enfrentar uma rota traçada para a realização dos sonhos é algo inevitável a qualquer ser. Alguns dos nossos sonhos são mais arrojados, ganhamos com eles a noção que temos de travar uma luta emocional e que, provavelmente, temos também de enfrentar alguns “fantasmas” que nos causam medo. Talvez esse medo surja da incerteza, afinal ninguém pode garantir que o seu investimento vai ser bem-sucedido. Os sonhos parecem ser a mais genuína das formas do ser humano expressar seus desejos, anseios, inclinações e motivações. Eu ainda arriscaria dizer que são os sonhos que movem os seres humanos. Sem os sonhos, morreríamos. Mesmo assim, é importante salientar que sonhar é viver, mas viver não necessariamente é sonhar. Há muitas pessoas que, na rotina estressante do dia a dia, já perderam a capacidade de sonhar, sufocam-se na realidade. Sonho é o que a maioria de nós busca a vida inteira. E quanto mais cedo descobrirmos qual é o nosso, mais cedo nos sentiremos satisfeitos e felizes. Saber que
você está na rota dos seus sonhos, pode ser muito motivador, extremamente desafiante. Você pode sentir uma sensação de energia positiva, que pode impulsioná-lo rumo às ações, o que aumenta a probabilidade de se materializar o sonho. Isso, entretanto, não impede que se vivencie uma dualidade interna, que alguns conflitos internos sejam desencadeados. Mas é preciso encarar isso como um processo estimulante e, ao mesmo tempo, revelador dos “fantasmas” derrotados, que nos mantém firmes para tornar os sonhos realidade. Se há algo que você quer alcançar, ou que deseja mudar, existe apenas uma maneira de obtê-lo: sonhar. Tudo começa com um simples sonho, mas que, aos poucos, materializa as ações. Não sei se sou sonhadora ao extremo. Mas acredito na importância destes, os quais devem povoar sempre a nossa imaginação. Só assim poderemos investir nas mudanças que desejamos obter.
por Ana Luísa Medeiros
(PAPER PLANES, 2014)
Direção: Robert Connolly Roteiro: Robert Connolly, Steve Worland Elenco: Ed Oxenbould, Sam Worthington, Deborah Mailman, David Wenham Nacionalidade: Austrália Sinopse Dylan é um menino de 11 anos que mora na Austrália. Imaginativo e apaixonado por aviões, ele ganha destaque na Competição de Avião de Papel de Sydney e, para reaizar seu sonho, luta contra a falta de dinheiro para conseguir competir no Campeonato Mundial de Avião de Papel que acontece no Japão. Ao mesmo tempo, tenta com uma complicada relação com o seu pai.
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NEM SEMPRE
UM SONHO
VALE SÓ COMPETIR
EM MEIO AO CAOS Acreditam que quando criança, a vida resume-se a uma felicidade constante, repleta de descobertas e aventuras enriquecedoras, contudo nem sempre vivemos as mil e uma maravilhas que desejamos. Até mesmo quando pequenos, podemos viver situações que mudarão nossa percepção de mundo num piscar de olhos. No caso de “Paper Planes”, o protagonista Dylan é colocado num contexto de perda e dor muito novo. Aos 12 anos, o garoto tenta seguir em frente após o falecimento da mãe, enquanto seu pai se entrega a depressão. Por influência de um professor, o jovem descobre uma nova paixão, aviões de papel, que é aflorada ainda mais por seu avô, antigo piloto de guerra. Seguir um sonho custa caro e é necessário acreditar fielmente nele a fim de alcançá-lo. Muitos obstáculos poderão ser impostos no caminho, assim como no de Dylan, que enfrentou a rivalidade de com-
petidores, a indiferença do pai e a falta de orçamento para bancar sua viagem ao Japão para participar do Campeonato Mundial de Aviões de Papel. A qualquer momento, o jovem poderia ter desistido de tudo e se entregado ao sofrimento de dor juntamente com seu pai. Porém, a força de um sonho foi capaz de reerguer tanto o menino como o próprio pai no meio de tanto caos e dor. Assim sendo, fica claro como a persistência por aquilo que ama e acredita pode alterar completamente o seu futuro e a maneira que lida com o mundo ao seu redor.
por Jéssica Silva
Competições são algo presente em toda nossa vida. Desde a infância até a vida adulta sempre somos impulsionados a esse sentimento de disputa. E podemos ver um reflexo disso em vários lugares como livros, quadrinhos e até mesmo no cinema. Desde a cena final de Os Incríveis onde o Flecha disputa uma corrida em sua escola, ou em Super Escola de Heróis no treino de salvamento ou em Valente, onde três caras disputam a mão da princesa e [SPOILER] ela mesma vence a disputa, uma vez que não queria se casar com nenhum dos três competidores. Há também aqueles que criticam esse nosso costume. E é disso que se trata nosso filme. Aviãozinho de Papel conta a história de um garoto que entra em uma espécie de torneio de Aviões de Papel, indo para a disputa em vários lugares distintos. Diante dessa competição o nosso personagem princi-
pal vai se aventurar e se divertir bastante. Prestando bastante atenção é possível observar esses elementos desde quando somos crianças. Na escola onde o que mais importa é tirar a nota maior e isso nem sempre é atrelado ao aprendizado de fato. Ou em nossas brincadeiras, onde a maior parte delas tinha como o objetivo principal ganhar, mesmo tendo aquele famoso ditado “o que importa é competir”, sabíamos que ninguém queria perder. Claro que nem tudo tem essa visão negativa. O filme que será exibido hoje no gramado é um ótimo exemplo de como competições podem ser algo interessante. Mas vamos combinar uma coisa? Vamos nos preocupar mais em aproveitar o momento e deixar esse espírito competitivo de lado!
por Yan Gabriel