Letras da Gardunha

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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha—161123— Fundão Ano 1 Número 1— Distribuição Gratuita - Dezembro de 2009

“The Big Picture” — Outubro, Mês das Bibliotecas Escolares Pág 12

N E S TA EDIÇÃO •A

E SCOLA DE TODOS NÓS - PÁG. 2

•N OTICIAS

- P AG. 4 , 5

•PRÉ- ESCOLAR

- P ÁG. 6

•C ONTAPETES

- P ÁG. 7

•1 ºCICLO

- PÁG. 8

•C OMEMORAÇÃO DO C ENTENÁRIO DA R EPUBLICA— P ÁG. 1 0 •PROMOÇÃO E EDUCA-

ÇÃO PARA A SAÚDE

-

P AG. 1 1 • B E C R E•PLN-

PAG. 1 2

PAG. 1 3

•PARTILHAR SABERES E

CONTRUIR LEITURAS

ILUSTRA- P AG. 1 4

ATRAVÉS DA ÇÃO

•L EITURA, LEITURA, L EITURA. . C OMO EU TE AMO! - P AG. 1 5 •M ATÉRIA DE INQUIETA-

ÇÃO

- P ÁG. 1 5

•À

D ESCOBERTA DAS 4 C IDADES - P ÁG. 1 6 •C IÊNCIAS SOBRE

R ODAS - P ÁG. 1 6 •P ARLAMENTO DOS

J OVENS - PÁG. 1 7 •P ROGRAMA ECOE SCOLAS - P ÁG. 1 8 •CEF-

P ÁG. 1 9

•C LUBE DESPORTO

ESCOLAR

- P ÁG. 1 9

•C OMENIUS

- P ÁG. 2 0

•ENSINO

ESPECIALP ÁG. 2 1

•LÍNGUAS

RAS

ESTRANGEI- P ÁG. 2 2

•A RTIGOS DE

OPINIÃO E C RIAÇÃO LITERÁRIA P ÁG. 2 3

Clube de Fotogra-

A G R U PA M E N TO D E E S C O L A S S E R R A D A G A R D U N H A

Uma Comunidade de Aprendizagens: da partilha à construção!

•M URAL

- PÁG. 2 4


Letras da Gardunha

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EDITORIAL

Ficha Técnica

G A R D I TO R I A L

Letras da Gardunha

Tiragem

O

1000 Exemplares

Periodicidade Trimestral

Dezembro 2009 Impressão: Jornal Reconquista

Directora: Maria Cândida Marques Brito

Coordenação Editorial e Revisão Maria Celeste Nunes

Redacção Equipa do Jornal - Alice Marçalo; Esperança Dias; Isabel Monteiro; Isabel Teixeira; Luís Sousa; Celeste Nunes; Odete Martins; Pedro Rafael; Raquel do Carmo; Rafael Lourenço; Susana Carvalho; Teresa Gertrudes Alunos Clube de Jornalismo

Composição Gráfica Pedro Rafael Neto Gomes

Colaboradores Toda a comunidade Escolar

Colaboradores Convidados Fernando Paulouro Graça Sardinha Sylviane Rigolet

Mail do Jornal: letrasdagardunha@gmail.com

Grupo da Equipa http://groups.google.pt/group/jornal-aesg

www.aesg.edu.pt Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha - Fundão Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Serra da Gardunha Bairro Stª Isabel 6234-909 FUNDÃO Telf. 275 772 928 Fax: 275 751 909

A ASSOCIAÇÃO

A

DE

PAIS

Projecto EducMédia, Educação para os Média na região de Castelo Branco, surgiu como um desafio e, como desafio que foi, teve altos e baixos. Na verdade, quando, no início do ano lectivo 2008/09, o Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha foi contactado para participar no Projecto, a equipa da Biblioteca Escolar (BE) que o acolheu considerou-o desde logo como uma iniciativa interessante, até pelo seu carácter inovador, porém de difícil concretização dada a idade dos alunos que frequentam as escolas do Agrupamento. Na realidade, nem sempre as coisas correram bem: houve lacunas, programas que não chegaram ou não entendíamos, muita falta de tempo para tantas e tão diversificadas tarefas, formação insuficiente. Assim, aos poucos, o Projecto foi acabando como tinha começado: sem grande entusiasmo ou preocupação. Quando, no final do ano lectivo em questão, um colega de grupo, a trabalhar em Silvares – a quem, daqui, agradeço pelo renovar de energia que trouxe -, me ofereceu um dos exemplares que o Agrupamento Terras de Xisto tinha produzido, a paixão voltou ao de cima e a chama do texto publicado, do texto escrito, da divulgação que deixa a marca e fortalece a memória reacendeu-se com uma vivacidade inesperada. Afinal, era verdade e concreto: podíamos ter o nosso jornal, o nosso veículo de expressão e abertura para a comunidade! E, mais importante que tudo, seria à maneira tradicional, ou seja, em papel de jornal. Em colaboração com a equipa da BE, e por forte impulsão do seu Coordenador, o professor Pedro Rafael, decidimos então deitar mãos à obra. A nós, juntaram-se alguns professores voluntariosos, de todos os ciclos de escolaridade, que, tirando horas ao seu “trabalho individual”, nos ofereceram a sua ajuda. Aos poucos, fomos juntando artigos, textos de expressão livre, passatempos e notícias, que nos enviavam, de início de forma ainda hesitante, mas, por fim, já com a natural ansiedade de quem quer ver o seu trabalho publicado: “Stora, veja lá se este artigo está bem elaborado….”, “Acha que podemos lá pôr este texto?”, “Ainda há um espacinho?”, “Incluam, se puderem….”. As matérias iam surgindo, cada vez mais ricas, cada vez mais elaboradas. E, dessa forma, o primeiro jornal do Agrupamento, com impressão totalmente grátis, graças à generosidade e apoio do jornal Recon-

E

criação desta Associação data de 30 de Junho de 2006 e tem como principais objectivos: - Esclarecer e consciencializar os seus associados no que respeita à defesa dos seus direitos e deveres em relação à educação dos seus filhos ou educandos; - Colaborar estritamente com os estabelecimentos de ensino para, em diálogo franco e aberto, se promover uma educação verdadeiramente integral da pessoa humana; - Contribuir para a promoção e progresso da educação nas Escolas do Agrupamento - Representar os associados e seus educandos junto do Ministério da Tutela e seus órgãos. A Direcção da APASG reúne mensalmente na Escola Sede do Agrupamento, onde são debatidos diversos assuntos relacionados com as actividades da Escola e da Associação, e faz-se representar em diversos organismos, colaborando nos respectivos grupos de trabalho. Promover o diálogo e estabelecer um elo de ligação entre a escola e os pais, fomentar uma boa relação – alunos - escola e escola - alunos constitui a sua principal missão, assim como motivar a comunidade escolar para uma relação saudável de confiança e respeito mútuo. Lugar onde se promova a responsabilidade através da responsabilização de todos os seus intervenientes: Escola – Família – Alunos, contribuindo para o sucesso do Agrupamento enquanto escola dinâmica e inovadora, fomentando uma educação com valores. Assim, definimos como nossos objectivos o seguinte: Promover uma participação dos pais e encarregados de educação no processo educativo. Sensibilizar e alertar os pais para assuntos que os afectam directamente. Responsabilizar “os Pais e a Escola” no sentido destes responsabilizarem os seus educandos/alunos a terem respeito pela escola para que todo o processo de aprendizagem seja uma verdadeira motivação. Fomentar a relação entre a Associação de Pais e os Representantes dos Encarregados de Educação das Turmas, aconselhando-os e apoiando-os no desempenho da sua tarefa. Representar e dar voz aos pais junto dos órgãos de gestão da escola, em defesa dos inte-

E NCARREGADOS

DE

EDUCAÇÃO

resses dos alunos, deixando sugestões e alertas sobre diversos aspectos educativos, pedagógicos e disciplinares. Interagir com a escola e os seus docentes sempre que seja permitido, partilhando conhecimentos, experiencias e colaborar na educação para a cidadania. Reunir, sempre que se justifique, com o responsável do Agrupamento para alertar e sensibilizar sobre problemas do quotidiano, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e da escola, assim como da segurança dos alunos. Partilhar e trocar ideias sobre assuntos de interesse para a associação. Ao longo do ano lectivo é nossa intenção organizar/colaborar nas actividades abaixo enumeradas, bem como em quaisquer outras que se achem pertinentes e para as quais formos convidados. No primeiro período, colaborámos no tradicional magusto do mês de Novembro e na Festa de Natal. No segundo período, participaremos na Festa de Carnaval, com a participação no tradicional desfile e organizaremos um encontro temático: “O Meio Ambiente e a sua Preservação”. No terceiro período, “O 25 de Abril…” - Painel subordinado ao tema: “Antes, durante e depois”. Participaremos nas comemorações do Dia Mundial da Criança e, no encerramento do ano lectivo, em actividades no âmbito dos “ Santos Populares ”, sardinhada e jogos tradicionais. Além destas actividades, criámos um site e um blog para a APASG e tencionamos promover a criação de uma esplanada na Escola Sede, para melhorar as condições dos alunos nos intervalos, espaço de diálogo e reflexão. Será um local de realização de tarefas que possam inclusivamente ser propostas pelo corpo docente, se assim o entenderem. Promoveremos, também, um concurso aberto a todos os alunos do Agrupamento para a criação de um logótipo para a APASG. Este plano tem tanto de ambicioso como o empenho que é necessário demonstrar por todos os pais e encarregados de educação, naquilo que é a formação dos nossos filhos. Os nossos contactos estão disponíveis no nosso site e podem também enviar-nos um email para: apasgardunha@gmail.com

Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

DO

quista, de Castelo Branco, lá se foi construindo. Quanto a nós, espécie de redacção, no fecho desta primeira edição, não podemos de deixar de agradecer a todos os que tornaram este Projecto possível: - os alunos, que, desinteressados a princípio (era mais trabalho que lhes era pedido), rapidamente se quiseram envolver em número crescente e permitiram assim que este jornal se tornasse não apenas um jornal de escola mas um jornal escolar , na plena acepção do termo; - todos os professores e auxiliares de acção educativa, que, colaborando com artigos ou apoiando a logística inerente à realização do Projecto, fizeram, também eles, parte desta experiência; - a Direcção do Agrupamento, representada pela sua Directora, Dr.ª Cândida Brito, que nos deu todo o apoio e autonomia necessária à concretização do Projecto; - o Projecto EducMédia, “Educação para os Média na região de Castelo Branco”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Sem a preciosa colaboração do seu dinamizador, o professor Vítor Tomé, não teria sido possível cumprir os objectivos propostos; - todos os nossos parceiros institucionais, que, dando seguimento a uma dinâmica de trabalho com fortes raízes no Agrupamento Serra da Gardunha, enviaram depoimentos e artigos de opinião que se afirmam como valiosos contributos para a construção deste primeiro jornal; - o jornal Reconquista, sem a ajuda do qual este sonho não teria ganho materialização. A escrita e a imagem marcam momentos, que a nossa memória, por ser de curta duração, não consegue guardar com a plenitude dos seus pormenores. É importante dar voz a uma comunidade que tem crescido, de há 14 anos para cá, e se tem afirmado no contexto social em que surgiu. É, por isso, que este jornal está repleto de palavras, imagens, opiniões e pontos de vista que reflectem o pulsar das Escolas e Jardinsde-Infância em que nasceram. Que esta seja apenas uma das múltiplas experiências que, tal como o Projecto EducMédia pretende, nos permita formar leitores, bons leitores, críticos e interventivos, capazes de ler nas entrelinhas e de decodificar (sim, disse bem, decodificar) mensagens, para, a partir daí, as transmitir a partir da sua própria voz. Que o novo ano que se avizinha seja também o ano da leitura sob todas as suas formas, a par da sempre desejada tríade: saúde, paz e alguma sorte. Bom Natal e bom 2010, desde aqui, são os votos da Equipa do Jornal e da equipa da Biblioteca Escolar.

AGRUPAMENTO

•Professora Bibliotecária •Maria Celeste Nunes

DE

E SCOLAS

DA

S ERRA

DA

GARDUNHA

C ONCURSO PARA A CRIAÇÃO DO L OGÓTIPO DA APASG

A

Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas da Serra da Gardunha vem desta forma publicar o regulamento para o concurso a decorrer, com vista à criação de um logótipo para a nossa associação. Pedimos a colaboração empenhada de toda a comunidade educativa neste projecto, começando pelos alunos, passando pela escola e acabando nos pais. REGULAMENTO A Associação de Pais do Agrupamento de Escolas da Serra da Gardunha, adiante designada por APASG, está a promover um Concurso de Desenho, sob o tema Serra da Gardunha. O melhor desenho, seleccionado pelo Júri do Concurso, servirá de base à criação do logótipo/símbolo da APASG. O referido Concurso reger -se-á pelo seguinte normativo. ARTIGO 1º (Condições Gerais de Participação) O Concurso está aberto a todos os alunos do Agrupamento de Escolas da Serra da Gardunha. A participação neste Concurso obriga à aceitação do presente Regulamento. Os desenhos apresentados a Concurso serão realizados numa folha A4. Cada Concorrente/Aluno poderá realizar apenas um desenho. Para que o desenho seja aceite deverá vir identificado no verso com o nome completo, turma e o ano de escolaridade. ARTIGO 2º (Realização) O trabalho deverá ser realizado durante o 2º período do ano lectivo 2009/2010. Os trabalhos deverão ser entregues até à penúltima sexta-feira do segundo período, dia 19 de Março de 2010. Os desenhos a concurso deverão ser entregues pelos concorrentes ao professor/director de turma/ coordenador, que os fará chegar à escola sede, para que sejam depositados na gaveta da APASG na sala de Professores da escola sede. ARTIGO 3º (Júri do Concurso e Critérios de Selecção dos Desenhos) O Júri do Concurso será constituído por 2 elementos da APASG, a Directora do agrupamento e 2 professores/as convidadas para o efeito. Ao Júri competirá a selecção dos melhores desenhos que se apresentem a Concurso, com base nos

http://www.aesg.edu.pt

seguintes critérios com igual importância: A] Forma como o tema é abordado; B] Grau de dificuldade; C] Criatividade; D] Originalidade. O Júri atribuirá, em função da classificação obtida nos termos do número anterior, os prémios definidos no artigo 6º. Os casos omissos neste Regulamento serão decididos pelo Júri, por deliberação da maioria dos seus membros. As deliberações do Júri são definitivas, não sendo passíveis de reclamação ou recurso, designadamente quanto à atribuição ou não de prémios. ARTIGO 4º (Motivos de Exclusão) Serão excluídos ou não considerados os desenhos: a) Cuja apresentação não respeite o estipulado no artigo 1º; b) Os concorrentes que apresentem desenhos iguais. ARTIGO 5º (Divulgação de Resultados) A divulgação dos três primeiros classificados ocorrerá no final do 3º período do ano lectivo 2009/2010 no jornal da escola. ARTIGO 6º (Prémios) Serão atribuídos prémios aos 3 (três) melhores classificados: 1º Classificado – Cartão oferta no valor de 50 € 2º Classificado – Cartão oferta no valor de 30 € 3º Classificado – Cartão oferta no valor de 20 € A atribuição dos prémios terá lugar em data a indicar na edição do 2º período do jornal da Escola, sendo os Concorrentes atempadamente informados para o efeito. ARTIGO 7º (Disposições Finais) Os interessados poderão solicitar esclarecimentos adicionais junto de qualquer elemento da Direcção da APEBGC. BOA SORTE! A APASG

A Associação de Pais e Encarregados de Educação gostaria de desejar a toda a comunidade educativa um Feliz Natal !e Ano 1—Nº1


Letras da Gardunha

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LETRAS DA ORGANIZAÇÃO

A Escola de Todos Nós “Mais do que uma organização que aprende, a escola terá como desafio ser uma comunidade de aprendizagem, se quiser ser um novo paradigma de comportamento social.” Maria do Carmo Clímaco

A

Escola vista numa perspectiva de comunidade de aprendizagem é indissociável do conceito de escola aprendente, de escola que se questiona constantemente, logo de escola que se autoavalia. O processo de auto – avaliação de uma escola é “…um processo dialógico, um encontro de corações e de mentes, o forjar de novos caminhos de ver e de fazer, vital e contínuo, pois está no centro da vida educacional da escola. É a essência da comunidade aprendente, da escola inteligente, da escola que aprende”( MacBeth, 2004). Ao iniciar um novo Projecto Educativo para os próximos quatro anos, não pudemos deixar de reflectir nas palavras de Carmo Clímaco e de MacBeth. O que somos agora? O que queremos ser daqui a quatro anos? O que conquistámos? Vale a pena continuar no mesmo caminho? O Agrupamento Serra da Gardunha tem pautado o seu Projecto Educativo por Valores, que todos assumimos, de Diálogo, Cooperação, Solidariedade, Inovação, Responsabilidade. Estes Valores pressupõem o encontro de “corações e mentes”, “o forjar de novos caminhos”. Vivem-se em comunidade, sentem-se, questionam-se, levam-nos à exposição permanente do nosso “eu” enquanto pessoas e profissionais, à permanente auto - avaliação. E assim, nesta partilha, vamos construindo, passo a passo, a Comunidade de Aprendizagem a que aspiramos, onde nenhum contributo é dispensável. Temos feito dos sucessos a motivação para trabalhar mais e melhor; temos feito, com alguns insucessos, a aprendizagem para a melhoria constante. Trabalhamos para melhorar os resultados académicos dos nossos alunos, mas também para os ajudarmos a crescer como cidadãos responsáveis, autónomos, empreendedores, competentes, felizes. Abrimos as portas à Comunidade, criando e reforçando parcerias, porque partilhamos a ideia de que a Educação se faz com todos e ao serviço de todos. Desenvolvemos um pro-

A TRIBUIÇÃO DE PRÉMIOS DE DESEMPENHO AO PESSOAL NÃO DOCENTE

A

Atribuição do Prémio de Desempenho ao Pessoal Não Docente é efectuada tendo por base a totalidade do Pessoal Não Docente que tenha obtido, na avaliação relativa a 2008, as menções de Desempenho Excelente e Desempenho Relevante, sendo os funcionários ordenados por ordem decrescente da classificação quantitativa obtida naquela avaliação. O Prémio é equivalente à

remuneração base mensal do funcionário, segundo o disposto na Lei nº12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que estabelece o regime de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas, nos seus artigos 117º nº5, 74º a 113º, bem

como o disposto na Lei do Orçamento de Estado para 2009, e o oficio circular nº 14/GEF/2009 de 15/10. Este ano, o Prémio de Desempenho foi atribuído aos seguintes funcionários: - Luís Miguel Couto Pinto – Assistente Operacional - Rosa Maria Pires Gonçalves – Assistente Operacional - Maria Manuela Carrola Bernardo Franco – Assistente Técnica “Foi com muito orgulho e emoção que recebemos este prémio. O reconhecimento veio do esforço, dedicação e empenho colocado nas nossas tarefas diárias. Esperamos que este prémio seja um factor de motivação e que, ao mesmo tempo, encoraje outros colegas. É um prémio que nos enche de orgulho.”, comentaram os funcionários quando questionados por este jornal.

jecto de aprendizagem organizacional, porque, como diz a sábia voz do povo “ Nunca é tarde para aprender!”. E nunca nos esquecemos que nem todos aprendem da mesma maneira ou ao mesmo ritmo, por isso privilegiamos diferentes percursos e oportunidades para o sucesso, no processo “dialógico” que MacBeth refere, numa interacção entre o cognitivo e o afectivo. Um Projecto Educativo é, tal como a vida, um projecto global indissociável de projectos mais pequenos que a vão preenchendo. Assim, também os diferentes projectos que vamos desenvolvendo, a nível local, regional, nacional e europeu, contribuem de forma segura e rica para a globalidade dos nossos objectivos. Pessoalmente, empenho-me dia a dia na construção deste caminho partilhado, no qual me colocou a Comunidade Educativa do Agrupamento ao eleger-me como Directora para os próximos quatro anos. Tenho a noção da responsabilidade, mas assumo também a vontade e gratidão para o percorrer, juntamente com todos os que trabalham no Agrupamento e com todos os que connosco colaboram. E, com o poeta António Gedeão, sempre afirmo: “ Estou aqui construindo o novo dia/ … Porque o dia constrói-se; não se espera”. Desejo a todos os que fazem parte da nossa Comunidade de Aprendizagem um ano de 2010 cheio de sucesso, muito feliz! •Maria Cândida M. Brito

•Directora do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha

ESCOLA

A

Escola de Pais do Fundão é uma instituição de utilidade Pública, em que diversos professores e profissionais de saúde se devotam à tentativa de disponibilizar, aos pais de hoje, ferramentas que lhes permita m acompanhar a educação actual e assim poderem ser mais capazes de ajudar os seus educandos. Do seu Plano de Actividades constam iniciativas no âmbito de temas tão alargados como: saúde, educação, formação em tecnologias de comunicação, línguas e outras áreas.

D E PA I S D O

FUNDÃO

Foram já levadas a cabo algumas destas actividades. Uma delas foi realizada no espaço da BECRE do nosso Agrupamento, no dia 30 de Outubro, pelas 21 horas. Tratou-se de um Colóquio de Formação Parental:

“Socialização e Adolescência – Comportamentos de Risco”. A acção contou com a dinamização da Dr.ª Paula Pio, psicóloga, e do Dr. Adelino Pereira, sociólogo, que abordaram, nas suas áreas de

especialização, mas de uma forma concertada e acessível, a problemática da adolescência nas vertentes de saúde, desenvolvimento pessoal e comportamental. Constituiu um excelente momento de formação, troca de experiências e de debate que se prolongou até bem tarde, tal a validade e riqueza da temática e a competência do painel. Apenas temos que lamentar, mais uma vez, a fraquíssima adesão dos pais e encarregados de educação, apesar da hora a que decorreu e da divulgação efectuada através das escolas.

A CTIVIDADES A R EALIZAR Actividade

Dinamizadores

Destinatários

Local

Dia

4.Jovens seguros na Net

Alcina Cerdeira Cristina Guedes Joaquim Fonseca

Pais e filhos

Escola Serra da Gardunha

23/1/2010

19/2/2010

Pais/encarregados de educação, professores e funcionários de refeitórios e bares das escolas

Auditório da

15/5/2009

Escola Profissional

Dia da Família

21.00

Comunidade

Casa do Guarda/Serra da Gardunha

26/6 2010

A partir das 11.00

Cristina Guedes Zita Duarte

Comunidade

Escola João Franco

23/10/09 +10 sessões

Fátima Corredoura Ana Raposo

Comunidade

Escola Secundária

5/2/010

6.Formação Parental

Nutricionista

Alimentação/Sucesso escolar

Elsa Silva

Escola de Pais 7. Convívio de encerramento Associações de pais Sardinhada na Gardunha Juntas de Freguesia Jogos tradicionais, música, animação, jogos matemáticos Câmara Municipal do Fundão João Afonso Iniciação à Informática

Parabéns a eles!

15.00 Pais/encarregados de Auditório da Escola Profiseducação e professores sional

5. Sexualidade e o jovem do séc. XXI

Iniciação ao Inglês

Compareça! Participe! Dezembro de 09

Hora

21.00

19.00 às 20.00 19.00 às 20.00

•António Melo


Letras da Gardunha

4

ACTUALIDADE — NOTICIAS

OLIMPÍADAS DO AMBIENTE

A

s olimpíadas do ambiente são um concurso que tem como objectivo fundamental sensibilizar os alunos do 3º Ciclo para a problemática ambiental, aprofundando o conhecimento sobre a situação portuguesa e mundial. Os professores de Ciências Naturais e FísicoQuímicas vão dinamizar na Escola este evento, na modalidade “ Ambiente à Prova”. A prova deste ano tem como tema central “Objectivos de Desenvolvimento do Milénio", focando ameaças globais, conservação da natureza, estilos de vida, política ambiental, poluição, realidade nacional e recursos naturais. Este concurso realiza-se em três fases, sendo as duas primei-

ras a nível de escola. A primeira fase da eliminatória efectua-se a 14 de Janeiro e a segunda a 14 de Março. Os alunos apurados nas fases escolares irão disputar a final nacional de 6 a 9 de Maio

no Faial – Açores. Se quiseres participar podes fazer a tua inscrição junto dos professores de Ciências Naturais ou Físico-Químicas!

O H O L O C A U S TO

N

o âmbito de Área de Projecto / Plano Nacional de Leitura e em articulação com a obra de leitura orientada "Auto da Barca do Inferno" de Gil Vicente, analisada nas aulas de Língua Portuguesa, trabalhámos o tema “O Holocausto”. A palavra holocausto deriva do termo grec o - l a t i n o “Holocaustum” e significava “todo queimado” ou “vítima de incêndio”. A partir da Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), começou a significar a perseguição dos nazis aos judeus que acabou por matar cerca de 10 milhões de inocentes. Para além dos judeus, vários grupos de pessoas foram perseguidos e mortos: comunistas, eslavos, ciganos, homossexuais, doentes mentais e deficientes, … Os prisioneiros eram obrigados a usar triângulos coloridos nas suas vestes. As cores representavam a sua nacionalidade, a preferência política, etc. Foram mortos através da execução, da tortura, das câmaras de gás e das péssimas condições em que viviam nos campos de concentração.

Os NAZIS tinham várias organizações, entre elas, o Partido Nazista, Sturmabteilung – SA, Schutbafell – SS, Igreja Nacional do Reich e a Juventude Hitlerista. Algumas “curiosidades”: Hitler sobreviveu a 42 atentados sem ferimentos graves. Os nazis faziam “reciclagem” dos corpos – por exemplo aproveitavam os cabelos das mulheres para fazer tapetes e meias. Em alguns campos, cerca de 800 a 1000 prisioneiros eram mantidos vivos para assegurar a tarefa de desfazer-se dos cadáveres de pessoas assassinadas nas câmaras de gás. Os nazistas chamavam o extermínio dos judeus de "a Solução Final". Sobre esta fase negra da Humanidade vários escritores escreveram diversos livros ou deram o seu testemunho vivo, como o “Diário de Anne Frank”, “O Rapaz do Pijama às Riscas”, “Se isto é um Homem”, “Em Busca de Sentido” e o “Refúgio Secreto”. Ana Rita Henriques e Vanessa Santos – 9ºC

Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

S OLIDARIEDADE NA ACTUALIDADE

A

ctualmente, existem cada vez mais casos de pobreza, falta de alimentos, comunidades excluídas ou marginalizadas, vítimas de discriminação, das consequências dos conflitos ou de processos de organização social e económica que n ã o tomam em conta os direitos dos cidadãos. Para enfrentar estes problemas foram criadas instituições de beneficência e caridade, que se dedicam a ajudar e combater as situações acima descritas. Estas instituições e organizações, porém, necessitam de fundos para poderem continuar o seu trabalho. Dessa forma, a turma do 9ºA dedica-se, todos os períodos de um ano lectivo, a arranjar fundos que possam contribuir para diversas organizações. Este ano lectivo, no primeiro período, o 9ºA decidiu fazer um donativo a uma organização local, a APPACDM. A turma A do 9º ano deixa, em consequência, um apelo à comunidade escolar: contribuam também para as diversas causas merecedoras e necessitadas que existem, pois, só assim, poderemos viver numa sociedade melhor. Vanessa Santos 9º A

E STREIA DO FILME 2012

E

P

http://www.aesg.edu.pt

ALUNOS A A C TO R E S

A

streou recentemente, em Portugal, o filme “2012”, dirigido por Roland Emmerich e protagonizado por John Cusack. Na sexta-feira passada, dia 20 de Novembro de 2009 , assisti a exibição do filme, no Serra Shopping da Covilhã. O filme retrata “o fim do mundo, no dia 21 de Dezembro de 2012, devido a uma explosão do Sol e ao aquecimento global. Estes fenómenos provocam grandes catástrofes no planeta Terra, nomeadamente a ocorrência de inúmeros terramot o s , maremotos, tsunamis e chuvas de meteoritos. Quase toda a população humana da Terra morre, apenas salvando-se alguns, dentro de umas barcas tipo arca de Noé. A tese do filme baseia-se numa profecia da civilização “Maia”. Este filme alerta, uma vez mais, para a necessidade de protegermos o planeta Terra, em termos ambientais, o que é uma tarefa de todos. Gostei muito do filme, embora tenha ficado com um pouco de medo que a profecia “Maia” se cumpra.

nossa turma foi, nos dias 15 e 16 de Outubro, acompanhada pelos Professores António Supico, Sandra Baltazar e pela Directora de Turma, Célia Marques, participar num workshop sobre multimédia e vídeo na “Moagem”. Fomos recebidos pelo realizador João … que nos mostrou trabalhos que tinha realizado com um grupo de meninas da Cova da Moura e um

José Pedro D. Cerdeira — 6º B

Turma 6º E

COLECÇÃO LUZ E ESCURIDÃO ara todos os amantes da noite… numa mistura de amor e perigo que nos prende às páginas do livro desde o primeiro instante. A colecção Luz e Escuridão, de Stephanie Meyer, uma a u t o r a extraordinária, faz-nos sonhar acordados a cada virar de página. A colecção é constituída pelos livros Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer. Estes fantásticos romances remetem-nos para o maravilhoso mundo da criatividade, onde existe todo um conjunto de criaturas, desde vampiros a lobisomens. Ao lermos estes livros, a nossa imaginação deambula livremente por sítios nunca dantes explorados, o que nos faz querer entrar num enredo apaixonante. Luz e Escuridão descreve a vida de uma rapariga chamada Bella Swam, que vai viver com o seu pai para uma pequena cidade, de nome Forks. É uma pequena e aborrecida cidade, onde chove quase todos os dias do ano e não acontece nada de

DE

interessante. Pelo menos, isto era o que pensava Bella até conhecer Edward Cullen , um misterioso rapaz , que a fascina desde o primeiro momento e por quem se apaixona perdidamente…. Porém, Edward esconde um segredo, que ninguém deverá descobrir… Bella descobre os segredos de Edward e dos Cullen, a sua família, e inserese num mundo paralelo, onde vampiros e lobisomens coexistem num ténue equilíbrio… Se quiserem saber mais leiam os livros. Garantimos que não ficarão desapontados, apenas viciados… Crepúsculo e Lua Nova, os dois primeiros volumes desta colecção, já têm a sua própria versão cinematográfica, que foi um êxito a nível mundial. Esperase a continuação, com o filme Eclipse. Caso gostem desta colecção, aconselhamos também a leitura de Nómada, outro dos livros da brilhante Stephanie Meyer, cuja história é completamente diferente mas mantêm a mesma intensidade apaixonante de Luz e Escuridão. Mariana Pereira e Vanessa Sofia — 9ºA

outro de meninos que fizeram uma imitação do filme “Thriller” de Michael Jackson. Depois de ver-

mos estes trabalhos, e de o senhor nos explicar algumas regras, fomos nós participar num filme. Gravámos as coisas ao contrário e no final o filme ficou espectacular. Toda a turma adorou a experiência e gostávamos de a repetir.

PRIMEIROS

PASSOS P A R A U MA CONDUÇÃO SEGURA

N

os dias 12 e 13 de Novembro de 2009, a nossa escola foi visitada pelos profissionais da SCUTVIAS, com o objectivo de promover a segurança rodoviária nos jovens do 9º ano de escolaridade. Antes da sessão de condução virtual, os alunos realizaram um pequeno teste, composto por cinco perguntas de escolha múltipla, relacionadas com trânsito, regras de segurança e sinais rodoviários. No final, se as respostas fossem todas correctas era entregue um diploma. A segunda fase da actividade consistia em conduzir um simulador pela A23. O objectivo era incutir e consolidar alguns conceitos e competências, tais como a manutenção de uma distância de segurança adequada, o respeito pela sinalização, o uso adequado das funcionalidades do carro (pisca, médios ou máximos), as regras de prioridade a veículos como ambulâncias e carros da polícia e o estacionamento correcto de um carro. Na nossa opinião foi uma actividade muito enriquecedora, pois já tínhamos abordado alguns conceitos base na disciplina de Ciências Físico -Químicas e foi muito bom pô-los em prática, realizando uma primeira experiência de condução. Ano 1—Nº1


Letras da Gardunha

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ACTUALIDADE — NOTICIAS V I V E R O N ATA L N A E S C O L A

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as disciplinas que integram o Departamento de Educação Artística e Tecnológica, os alunos foram sensibilizados para o projecto “Viver o Natal na Escola”. Com manifesto entusiasmo, os discentes empenharam-se no desenvolvimento de actividades alusivas ao tema. “Vamos embelezar a nossa escola “ – diziam, felizes. As turmas do 2º Ciclo estão a construir um Presépio colectivo a partir da reutilização / reciclagem de diversos materiais. A protecção do Ambiente/ preservação da Natureza e a Partilha foram valores sempre presentes no decorrer das actividades. Os alunos do 3º ciclo, quanto a eles, realizaram projectos a partir do tema e da poética natalícia. Desper-

A EUROPA M ORA A QUI “U M

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projecto tem como objectivo tornar cada aluno um divulgador activo do projecto europeu, como estratégia lúdica, e promover, através da realização do trabalho de campo, uma maior aproximação entre escola, vida, comunidade e Europa. Como função pedagógica, visa estimular o sentido crítico e criativo nos alunos, impulsionando -os a analisar, sistematizar e traduzir um olhar sobre a Europa na sua comunidade. Os alunos vão realizar inquéritos junto da comunidade e fazer um estudo etnográfico, que nos vai trazer uma imagem colorida e humana das marcas da União Europeia. Irão participar neste projecto as turmas 6ºB, 6ºD e 9ºA. *Projecto “A Europa Mora

tando para a abordagem de conteúdos e técnicas diversas de expressão, exploraram as potencialidades das estruturas bidimensionais e a tridimensionais, utilizando materiais simples e reutilizados. Todas estas “iguarias” esteticamente apetecíveis aos diferentes olhares, enfeitarão o nosso espaço escolar nas últimas semanas de aulas do primeiro período, para que todos possam viver o espírito da época que se avizinha, com o calor das vivências e tradições dos valores sociais e humanos que devem estar SEMPRE presentes em cada um de nós.

Professora Odete Martins

DIA NACIONAL DOS CASTELOS …

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o dia 7 de Outubro de 2009, comemorou-se o Dia Nacional dos Castelos, e, para a celebração do mesmo, os alunos do 8º ano de escolaridade da escola Serra da Gardunha realizaram trabalhos sobre vários Castelos do País. Esta actividade, que partiu da professora de História do 3º Ciclo, a professora Rosa Ribeiro, teve como objectivo a comemoração deste dia e o conhecimento dos alguns dos mais emblemáticos castelos que preenchem a paisagem do nosso território. Feitos os trabalhos, foram expostos no corredor da BE/CRE, onde se construiu uma grande parede a imitar um castelo, e decorreu a votação dos castelos considerados mais interessantes.

PROJECTO QUE FARÁ DE CADA ALUNO UM

Aqui”, uma iniciativa da Comissão Europeia, desenvolvido pela LUDICOM, no âmbito de um concurso promovido pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD), enquanto Organismo Intermediário, no quadro da Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e a Comissão Europeia.

Clube Europeu Conhecer e divulgar o espaço e iniciativas da U.E. O Clube Europeu da Escola Básica Serra da Gardunha tem como objectivos promover o conhecimento do espaço europeu e sensibilizar os alunos para a participação no espaço alargado e diverso que é a Europa.

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ada a constante ameaça a que estamos sujeitos, por parte de software malicioso, quando nos ligamos à Internet ou a uma rede local, existe um conjunto de procedimentos elementares de segurança que devem ser respeitados: 1. Actualizações 2. Firewall 3. Anti-vírus: 4. Anti Spyware Actualizações Fazer actualizações periódicas ou sempre que possível Quando compramos um computador, em geral este inclui sempre um pacote de software para que possamos começar a utilizá-lo. Mas os fabricantes desse software estão continuamente a tentar melhorá-lo, dotando-o de mais e melhores funcionalidades, nomeadamente no que diz respeito a aspectos que têm a ver com segurança. Assim, faz todo o sentido que o software inicialmente instalado no nosso computador possa ser também continuamente actualizado. Fabricantes como a Microsoft

O Clube de Jornalismo Na voz de Filipa Catarro – 8º D

DIVULGADOR ACTIVO DO PROJECTO EUROPEU” .

Projecto Pedagógico “A Europa mora aqui” – Participar no projecto Europeu Promovido no âmbito de um concurso lançado pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD), enquanto Organismo Intermediário da Comissão Europeia, a LUDICOM agência de comunicação e marketing criou o projecto Educativo “A Europa mora aqui”, que tem como objectivo a divulgação da influência de acções da U.E. nas comunidades locais. Os alunos das turmas 6ºB, 6ºD e 9ºA, ao integrarem o projecto educativo promovido pelo CIEJD, tornam-se agentes activos no levantamento e divulgação do conhecimento que os cidadãos do Concelho possuem relativamente a acções desenvolvidas no

P R O C E D I M E N TO S E L E M E N TA R E S D E S E G U R A N Ç A N A I N T E R N E T disponibilizam gratuitamente as actualizações do Windows e do Office, e estas podem ser feitas de forma automática através da Internet. Firewall Instalar uma Firewall no computador Uma "FireWall" é uma espécie de barreira que impede a entrada de software indesejado, geralmente malicioso, ou utilizadores estranhos no nosso computador, através da rede informática, que geralmente é a Internet. Também existem equipamentos em hardware com funcionalidades específicas de "FireWall", geralmente usados como barreira entre as redes informáticas locais e a Internet para protecção de toda a rede e respectivo servidor. Antivírus Instalar um Antivírus e mantê-lo actualizado Hoje em dia é impensável não se usar software antivírus no computador. Os vírus são uma ameaça constante, pelo que não podemos passar sem a protecção de um antivírus devidamente actualizado. Há hoje muitos fabricantes de software antivírus e a oferta é muito variada. Há antivírus para computadores de uso doméstico e também para servidores e redes informáticas mais ou menos com-

Tendo, mais tarde, os votos sido contados, chegou-se à conclusão que tinha havido uma grande corrida à Assembleia de voto (uma caixa colocada junto aos funcionários da BECRE) e que, dos 505 alunos da Escola sede, 301 tinham expresso a sua opinião. Constatou-se, porém, que, na votação, foi muito valorizada a parte estética dos trabalhos apresentados e não a parte informativa ou o valor patrimonial dos castelos em si. O trabalho vencedor foi realizado pelas alunas Maria Catarina Figueira e Beatriz Soares (trabalho número 7), eleito com 72 votos. O Castelo representado neste trabalho era o Castelo de Bragança.

plexas. O factor preço é também uma variável a ter em consideração na escolha de um antivírus. Relativamente ao preço, esteja atento, pois existem no mercado antivírus de grande qualidade sem custos para utilizadores de computadores de uso doméstico. A maior ou menor periodicidade com que os antivírus se actualizam, e o maior ou menor grau de automatismo com que o fazem, é também um factor a ter em conta. Os antivírus têm tendência a tornar mais lento o funcionamento dos computadores, pelo que leve em consideração também este aspecto. Há no mercado antivírus que lidam melhor e outros que lidam menos bem com esta situação. Anti Spyware Instalar um Anti Spyware e mantê-lo actualizado Por fim, para além dos 3 passos anteriores, é também aconselhável protegermos os computadores através da utilização regular de uma ferramenta de remoção de spyware. Spyware é o termo usado para classificar todo o tipo de software que é instalado no nosso computador de forma disfarçada por via da Internet, sem o nosso consentimento, para a partir dele tirar proveitos maliciosos. Texto retirado do site: http://www.seguranet.pt

Dezembro de 09

âmbito da União Europeia, e ainda no levantamento de iniciativas locais em que o apoio da U.E. é visível. O trabalho de campo dos alunos foi já iniciado, encontrando-se os mesmos a efectuar, junto dos alunos dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, dos alunos dos Cursos Profissionais e Secundário, das Famílias e das Empresas, inquéritos que visam averiguar o conhecimento que os cidadãos, mais e menos jovens, possuem sobre o projecto europeu. As “Marcas da Europa … por aí”, ou seja, o levantamento das marcas visíveis da integração em Programas e Projectos europeus que se desenvolveram, ou estão a desenvolver, na área em que os alunos vivem constituirá a segunda fase do trabalho de campo a realizar. http://europamoraaqui.ludicom.pt/

PROBLEMA DO MÊS MATEMÁTICA

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omeçou no mês de Novembro a actividade “PROBLEMA DO MÊS”, dinamizada pelas professoras de Matemática do 2º Ciclo, Helena Agria, Maria José Valente e Sandra Baltazar. Esta actividade tem por objectivos desenvolver nos alunos o gosto pela Matemática, estimular o raciocínio/cálculo e promover a comunicação matemática. A divulgação da actividade, assim como o Regulamento da mesma, está afixada no placard do átrio da escola. O enunciado do problema correspondente a cada mês é afixado no mesmo placard do dia 1 ao dia 10 de cada mês e igualmente distribuído aos alunos participantes um exemplar onde devem apresentar a resolução. Entre os dias 10 e 20 de cada mês, os alunos procedem à entrega da resolução do problema junto da sua professora de Matemática. Posteriormente, os resultados são afixados até ao final de cada mês. A actividad e decorrerá ao longo de todo o ano lectivo e, no final, s e r ã o atribuídos prémios aos melhores classificados, sendo que a classificação é feita de acordo com o definido no Regulamento. Feito já o balanço relativo à participação dos alunos este ano lectivo, podemos considerar que foi bastante positivo. Em Novembro, participaram alunos das turmas A, B e E do 5ºAno, assim como as turmas A e D do 6ºAno.

O M E U C O M P U TA D O R D E S O N H O "O computador dos meus sonhos seria uma pequena caixa que executaria todas as minhas ordens. Lev ava-o para todo o lado e podia ser o meu companheiro nas horas tristes e alegres."

Inês Martins Nº 8 – 9º A "O meu computador de sonho seria de um tamanho que coubesse no meu bolso e ligar-se-ia automaticamente, porque não tenho paciência para carregar no botão (dá muito trabalho). A câmara deveria ser a melhor do mercado e o computador teria uma memória infinita, para eu instalar os programas que me apetecesse. Seria redonda, assim como uma bola, para eu também poder dar uns toques com o computador."

João Pio Nº 9 – 9º A "O computador dos meus sonhos seria uma espécie de telemóvel táctil que, só com o meu olhar e a minha exemplificação, realizaria os meus pedidos, como, por exemplo, limpar, cozinhar, arrumar, basicamente fazer a lida doméstica e tudo o que eu quisesse. A parte mais importante era que esse computador guiasse o meu carro e o que eu pensasse, ou só que desviasse os olhos para os sítios onde eu queria ir, o computador transmitisse essa informação ao carro." Inês Marques Nº6 – 9ºD

"O meu computador de fantasia estaria inserido num cartão, pois aí estariam colocados todos os livros que teríamos que ler e todos os trabalhos que teríamos que elaborar. Para estudar, colocava o cartão por baixo da almofada e, enquanto dormia, toda a informação passava para a minha cabeça, os livros igualmente. E os trabalhos, bem... isso seria diferente... Sentar-me-ia na secretária e colocava o meu cartão num suporte que todos os estudantes teriam e tudo o que estivesse memorizado nessa peça pequena iria passar para a parede. Para escrever, o teclado estaria projectado na secretária. Se quiséssemos trabalhar em grupo, teríamos que pôr os cartões uns em cima dos outros e esses fariam os trabalhos sozinhos, enquanto nós nos divertíamos. Para jogar, colocaria o cartão dentro de um chapéu que iria para a minha cabeça. Eu jogava usando-me a mim própria e não a um boneco qualquer. Para colocar novas informações no cartão, compraria a tal coisa que estaria dentro de uma caneta e, com esta, faria um ponto no cartão. Para o apagar, iria buscar álcool e apagava o ponto." Margarida Ramos Nº10 – 9ºD


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O PRÉ-ESCOLAR NAS LETRAS DA GARDUNHA

O D E PA RTA M E N TO

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departamento do Ensino Pré Escolar do Agrupamento de Escolas da Serra da Gardunha abrange os seguintes Jardins de Infância, com a frequência de duzentos e quarenta alunos aproximadamente e de vinte docentes: • Alcongosta; • Aldeia de Joanes; • Alpedrinha; • Atalaia do Campo; • Castelejo; • Fundão; • Orca; • Póvoa de Atalaia; • Soalheira; • Souto da casa; • Telhado; • Vale de Prazeres. Os estabelecimentos de Ensino Pré-Escolar funcionam com horário lectivo e ainda com prolongamento de horário na Componente Social de Apoio à Família.

AO ENCONTRO

S EMEAR É PRECISO!

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o passado dia 19 de Novembro, as crianças do Jardim de Infância de Aldeia de Joanes participaram numa Sementeira de trigo. A actividade foi realizada no âmbito do projecto “O Ciclo do Pão”, desenvolvido em parceria com a Escola do 1º Ciclo do ensino básico e Junta de Freguesia desta localidade. Numa época em que as crianças vivem cada vez mais distantes da

•Departamento do Ensino PréEscolar

realidade agrícola, a necessidade de compreender de onde vem o pão que comem é cada vez maior. Assim sendo, as crianças assistiram à preparação do solo e, de seguida, elas próprias puseram as pequeninas mãos à obra e lançaram as sementes à terra. Já no dia 12 de Novembro a sementeira foi outra. A par da comemoração do São Martinho, com o tradicional Magusto, as crianças tiveram uma acção de sensibilização para a prevenção rodoviária. A actividade, promovida pelo Núcleo da Escola Segura do Fundão, visou semear nos mais pequenos a importância do cumprimento do código da estrada bem como dos sinais de trânsito básicos.

Estas iniciativas fomentam a proximidade das crianças com a realidade e revestem-se, cada vez mais, de uma importância singular, pois, se é de pequenino que se torce o pepino, é também de pequenino que se semeia o conhecimento.

CIÊNCIAS SOBRE R ODAS

NO

PRÉ-ESCOLAR

semelhança de iniciativas decorridas em anos anteriores, o projecto “Ciências sobre Rodas” iniciou a sua acção itinerante pelos Jardins de Infância . Estas sessões destinam se à sensibilização dos alunos para as Ciências, através da realização de actividades experimentais, no âmbito da área curricular do Conhecimento Do Mundo. O Jardim de Infância Porta Aberta – Fundão recebeu, no passado dia 12 de Novembro, o projecto

À

O

DA

M AT E M Á T I C A

trabalho de projecto “Ao Encontro da Matemática” irá decorrer em todos os Jardins de Infância do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, durante o ano lectivo

2009/10. Tem como objectivo promover dinâmicas de trabalho colaborativo entre os educadores, com vista à aplicação de materiais, investimento continuado na abordagem à matemática e o envolvimento de alunos, professores, pais e encarregados de educação. Este projecto foi proposto pelo Jardim de Infância do Souto da Casa com base nos resultados obtidos na Área Curricular da Matemática no

Jogo dos Números

final do ano lectivo transacto, tendo-se tornado um trabalho de projecto anual do Departamento pelo reconhecimento da necessidade de contrariar, desde os primeiros anos, os baixos indicadores de sucesso das aprendizagens matemáticas dos alunos portugueses. Jogo das Formas Durante o 1º período, cada J.I. irá construir, no mínimo, um Jogo matemático. No final do 1º período, iniciar-se-á a permuta dos jogos entre todos os Jardins de Infância. Essa permuta irá decorrer ao longo do ano lectivo. No final do ano lectivo, todos os JI deverão ter permutado no mínimo dezasseis (16) jogos Em próximas edições do Jornal daremos conta do desenvolvimento deste projecto. Vamos todos “AO ENCONTRO DA MATEMÁTICA!”

Os Blogs do Agrupamento BLOG do Pré-escolar Os jardins-de-infância têm um espaço na internet para divulgação das suas actividades em: ⇒ http://jardinsdagardunha.blog.com/

BLOGs das EB1 As escolas de Aldeia de Joanes, S.ª da Conceição, Tílias, Atalaias, dispõem de espaços dedicados à mostra e partilha de actividades desenvolvidas pelos respectivos alunos e professores, em articulação com a comunidade. São espaços extremamente agradáveis e enriquecedores, que valem sempre o tempo de uma visita bem demorada! ⇒ http://eb1nsconceicao.blogspot.com/ ⇒ http://eb1tilias.blogspot.com/ ⇒ http://eb1aldeiajoanes-fotos.blogspot.com/ ⇒ http://eb1atalaia-campo.blogs.sapo.pt/

BLOG do Centenário da República Para divulgar as actividades de comemoração do Centenário da República no AESG:

http://dcsh-centenariodarepublica-aesg.blogspot.com/

BLOG do Projecto Comenius O Projecto Comenius tem o seu Blog: ⇒ http://johnnys7friends.blogspot.com/ “Ciência sobre Rodas” e foram realizadas duas experiências: o “Esparguete Dançarino” e a “Espuma Colorida. Esta actividade foi orientada pela professora Mónica Duarte, Coordenadora do Projecto, acompanhada pelas Educadores das turmas. Realizaram as experiências as crianças de 3 e 4 anos das quatro turmas do Jardim de Infância. As crianças tiveram, na sua grande maioria pela primeira vez, a oportunidade de tomar o primeiro contacto com as Ciências e de realizar aprendizagens, experimentando-as de uma forma divertida. •Jardim de Infância do Fundão Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

BLOG da BECRE A BECRE tem o seu BLOG : ⇒ http://becreasg.blogspot.com/

BLOG da Projecto Som na Nossa Vida O Projecto Som da Nossa Vida tem o seu BLOG : ⇒ http://somserragardunha.blogspot.com/

BLOG do Ensino Especial O Ensino Especial tem o seu Blog: ⇒ http://inclusaogardunha.blogspot.com/

BLOG da Associação de Pais A Associação de Pais tem o seu Blog : ⇒ http://apasgardunha.blogspot.com/ http://www.aesg.edu.pt

Ano 1—Nº1


Letras da Gardunha

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PROMOÇÃO DA LEITURA

ContaTapetes - Os Tapetes Contadores de Histórias

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esde sempre que muitos recursos materiais são utilizados pelos Contadores de Histórias para auxiliar a sua narrativa e aumentar a curiosidade e a imaginação da audiência perante as histórias que contam. As ilustrações, os objectos do quotidiano, a maquilhagem, os adereços, as máscaras, os fantoches, as marionetas, as malas, os aventais, os tapetes e os livros em si são alguns dos recursos usados. Nem todos têm a mesma função nem finalidade, mas todos jogam a favor da dinamização da leitura, da oralidade da narrativa. Muitos dos recursos que referi têm características relacionadas com a actividade dramática, permitindo assim desenvolver um papel independente do livro. O que vou passar a apresentar mais detalhadamente são os Tapetes Contadores de Histórias, directamente relacionados com a promoção do livro. O conceito de Tapete Contador de Histórias surgiu em França, em 1987, criado pela Educad o r a Clo tild e Fou g erayHammam, com o nome de Raconte-Tapis. Estando, na altura, na moda os tapetes para os quartos das crianças com imagens impressas de quintas ou cidades, Clotilde tem a ideia de criar um tapete tridimensional a partir de uma história narrada num livro da sua infância, para oferecer ao seu neto desta feita.

O tapete obteve muito sucesso na comunidade de pessoas com quem se relacionava e com quem trabalhava. Decidiu, assim, começar a expandir a actividade. Com a parceria de seu filho, Eric Hammam, director de teatro, desenvolveu um projecto de incentivo à leitura, os RaconteTapis.

das à sua volta e partilhar da história apresentada. Os Tapetes são criados em função de um determinado livro e este deve estar sempre presente. No início da história, o mediador irá apresentar às crianças o livro e recorrerá a ele durante a história as vezes que considerar pertinente para que as crianças estabeleçam a relação entre a história contada através do Tapete e o livro.

Os tapetes são construídos totalmente em tecido, sem integração de qualquer outro tipo de material, e recorrendo à Eric Hammam apresentado uma história através da diversidade de cores exploração do ConTapete e de texturas. Os tecidos são escolhidos em conformidade com os elementos que Clotilde defende que o se querem construir. O tecido é Raconte-Tapis é lúdico mas não um material agradável ao tacto e é um jogo, que se conta mas não qualquer criança estabelece uma é uma história e que pode ser boa relação “afectiva” com o utilizado por e para qualquer mesmo. Desde cedo, e permafaixa etária, desde os mais nentemente, que o seu contacto pequenos nos jardins-de-infância com os tecidos existe. até à terceira idade. O RaconteA transposição para o tapete Tapis é uma ponte entre a criança passa inicialmente por uma anáe o livro; transporta consigo um lise cuidada do livro que se preconceito pedagógico. A metodotende apresentar, sendo que exislogia da utilização dos Racontetem livros que dificilmente se Tapis é interactiva entre todos os poderão aplicar a esta metodoloparticipantes, adultos e crianças, gia (caso em que os cenários pois coloca todos ao mesmo onde se passe a história se altenível, dado que o tapete fica no ram permanentemente). A identichão. O mediador de leitura e as ficação de um cenário global crianças devem ficar todas senta-

AT E L I Ê D E C O N S T R U Ç Ã O D E M AT E R I A I S D E A P O I O A O P N L - C O N TA P E T E S

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No dia 18/06/09, pelas 18 h, zado em casa pelos docentes e o início do ano lectina BECRE, realizou-se a aprealguns familiares, sempre num vo 2008/09, em reusentação do ConTapete, “Todos clima de entusiasmo, empenho e nião do Departano Sofá”, na presença de um grande espírito de equipa. mento do Ensino Pré-Escolar, número significativo de docentes Este ateliê teve como princisurgiu a proposta de funcionae não docentes. pais objectivos: mento de um ateliê destinado à Esta apresentação decorreu construção de materiais de ani• Promover o gosto e o interesem duas fases: a primeira consmação e mediação de leitura, se pelo livro e pela leitura; tou de um breve histovisando o enriquecirial, em PowerPoint, mento do PNL e, dos Tapetes Contadoconsequentemente, o res de Histórias, desde fundo documental e a sua origem (Raconte material da BECRE. -tapis) até à sua introProcedeu-se às dução em Portugal inscrições, as quais (ConTapetes) e do obtiveram uma adefuncionamento do são de catorze docenateliê; a segunda fase, tes de entre os dezaconstou da apresentanove colegas que o ção, propriamente constituíam. dita, do ConTapete, Em Fevereiro de incluindo o seu manu2008, deu-se início seamento e a leitura aos trabalhos, com a da obra que esteve na contextualização do sua origem. tema, a observação Ateliê das Educadoras na construção do ConTapete Por último, foi distride vários materiais buído um Certificado de Particiem PowerPoint e, por fim, a • Promover o prazer de ler por pação no Ateliê a todos os selecção da obra: “Todos no si mesmo; docentes participantes, pelo Prof. Sofá”, de Luísa Ducla Soares e • Descobrir o equilíbrio entre a Pedro Rafael, Coordenador da Pedro Leitão, como referência literatura, a plástica, a arte da BECRE, que desde o início conliterária para a construção do palavra e a pedagogia aplicada; tribuiu com o seu apoio. respectivo ConTapete. • Diversificar situações de aniA dinamização do Ateliê esteO ateliê decorreu numa sala mação e mediação de leitura em ve a cargo das educadoras Alice de aula do Agrupamento, durancontexto de sala de aula; Freire e Hélia Santos. te vinte sessões presenciais, com• Enriquecer o fundo documenplementadas com trabalho realital e material da BECRE. Dezembro de 09

onde decorre toda a história é fundamental, para que sirva de fundo ao tapete. A criação das personagens, objectos e restantes elementos que fazem parte da narrativa deverão apresentar-se o mais fiel possível às ilustrações apresentadas no livro, para que a criança possa estabelecer a ponte entre a história que ouve e o livro que vê. As personagens, normalmente, estão escondidas nas diversas partes do Tapete e apenas vão surgindo com o desenvolver da história, tal como se fosse a passagem para a página seguinte do livro. Não sendo um teatro de marionetas, as personagens devem manter sempre o nível narrativo e não passar para uma fase dramática. A importância é a narrativa contada na história e o Livro que se quer dar a conhecer. Após esta fase em que o mediador de leitura apresenta a história, deverá deixar disponível o Tapete e o Livro ao grupo de crianças para que estes os explorem sozinhos. Esta fase dependerá do nível etário do grupo: poderão recontar a história ou inventar novas histórias com o cenário, personagens e elementos disponíveis. Neste conceito dos RaconteTapis, ainda poderemos contar com os Tapetes neutros, que, não sendo transpostos a partir de um livro específico, podem ter um determinado cenário e diversas

personagens que o Contador de Histórias, juntamente com o grupo de crianças, vai utilizar para inventar uma história no momento. Neste caso, será de todo interessante efectuar o percurso inverso e ir fotografando as diversas fases da história para posterior organização em formato impresso. Não querendo alongar mais a apresentação desde conceito, gostaria apenas de salientar que este projecto já é desenvolvido no Brasil e em Portugal pelo grupo Trimagisto. No Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, o Departamento do Pré-escolar abraçou este ideia e já no passado ano funcionou um ateliê/formação para construir um Contapete dinamizado pelas educadoras Alice Freire e Hélia Santos O livro escolhido para passar a tapete foi o “Todos no Sofá”. Actualmente o Contapete encontra-se disponível na BECRE passível de ser requisitado por qualquer Jardim-de-infância ou Escola, podendo assim circular entre os interessados em explorar este recurso pedagógico de promoção do livro e da leitura. Página WEB de RaconteTapis – Grupo criador http://racontetapis.free.fr/

•Professor Bibliotecário, Coordenador da BECRE

•Pedro Rafael N. Gomes

OPERACIONALIZAÇÃO DOS C O N TA P E T E S E M C O N T E X TO D E SALA DE AULA

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m termos de operacionalização dos objectivos dos Contapetes, designadamente a diversificação de situações de animação e mediação de leitura em contexto de sala de aula e utilização dos recursos da BECRE, o Jardim de Infância Porta Aberta utilizou,

Soares e o ilustrador Pedro Leitão. A concretização com os alunos foi bem sucedida, quer em termos de motivação, quer na aplicação pedagógica, tendo em conta as áreas curriculares mais relevantes em relação à didáctica do conto ( história em causa): a

ConTapete do Livros “Todos no Sofá”

neste 1º período lectivo, o Tapete contador de Histórias, dinamizando, junto dos alunos de 4/5 anos, a história “Todos no Sofá”, da autora Luísa Ducla

linguagem oral, a Matemática e as Ciências Naturais. A ideia do Ateliê dos Tapetes Contadores de Histórias ConTapetes é para continuar!....dizem as crianças e nós, Educadores!


Letras da Gardunha

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O PRIMEIRO CICLO TEM A PALAVRA ALGUMAS NOTAS

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Departamento de 1.º Ciclo coordena dezassete escolas, abrangendo trinta e sete turmas, num total de seiscentos e trinta e seis alunos leccionados por trinta e sete professores titulares de turma, coadjuvados por cinco professores com funções de apoio e formação e ainda o professor com funções de coordenador. As escolas encontram-se dispersas pelo território do concelho, desde a localidade de Soalheira, a cerca de vinte km da escola sede até à localidade de Castelejo, a sete km em sentido oposto. A tipologia das escolas não é muito diferente, sendo a maior parte do Projecto Centenários, havendo a registar ainda dois Projectos Adães Bermudes, em Aldeia Nova (datado de 1908) e em Vale de Prazeres, edifícios caracterizados por uma riqueza de traço e por valências ausentes em outros projectos, já que continham espaços para as residências do professor e do seu “ajudante” (linguagem da época – primeira década do séc. XX). Não poderemos esquecer ainda o belíssimo edifício da escola da Tílias no Fundão, nem menosprezar a simplicidade funcional dos demais. As turmas das diversas escolas são também diferentes na sua composição: subsistem ainda as turmas de quatro níveis - do 1.º ao 4.º ano de escolaridade para um só professor – de dois níveis – dois anos de escolaridade para cada

professor – e, nas escolas mais populosas, as turmas são de um único ano de escolaridade, na maior parte das vezes atingindo os vinte e quatro e vinte e cinco alunos, na cidade e em Aldeia de Joanes. Quanto às condições para a missão a que estão destinadas, podemos afirma, sem dúvidas de qualquer espécie, que os melhores recursos de que dispõem são os recursos humanos existentes, professores e pessoal não docente, incansáveis na sua dedicação, lutando contra a escassez de outros meios, em vários casos; a maior carência, neste momento, é a adequação e actualização dos recursos informáticos, essenciais para colmatar as dificuldades relacionadas com a distância entre as escolas, a par de equipamentos de ordem pedagógica. De salientar a acção de parceiros como o Agrupamento através da BECRE, de projectos aí em execução, Câmara Municipal do Fundão – Actividades de Enriquecimento Curricular e apoio da Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade -, da Biblioteca Escolar de Alpedrinha, do Externato Capitão Santiago de Carvalho, da Santa Casa da Misericórdia de Alpedrinha e outras instituições locais, além das autarquias locais. Terminamos deixando uma frase que pensamos ser útil na época que atravessamos, de abundância de informação. Não queiras conhecer tudo, deixa um espaço livre para te conhecer. (Vergílio Ferreira)

•António Melo Coordenador 1.º ciclo

S E E U F O S S E U M A C A S TA N H A …

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e eu fosse uma castanha, gostaria de me chamar Castanhola e ter pernas para fugir… Viveria na Serra da Gardunha, dentro de um ouriço, no alto de um castanheiro enorme e velho, com as minhas irmãs. Do sítio onde eu estaria, avistava - se uma escola com meninos e meninas, alegres e brincalhões: a EB1 do Souto da Casa. Como toda a castanha que se preza, eu temeria a chegada do Outono por causa dos magustos, altura em que as pessoas nos comem! É que, por altura do S. Martinho, os humanos gostam de fazer uma festa tradicional: acendem fogueiras com muita caruma, saltam, cantam, os crescidos bebem jeropiga, os pequenos enfarruscam-se, enquanto as castanhas estão a assar e a estourar! “Pum! Pum!”- gritamos nós aflitas! Se eu fosse uma castanha, gostaria de nunca ser apanhada e viver descansada no meu castanheiro, com a minha família, até ficar velhinha. Ou então teria de ter pernas para fugir e •3.º e 4.º anos/ EB1 de me esconder, na altura Souto da Casa dos magustos.

OS C OGUMELOS NO A LCAIDE

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os dias 13, 14 e 15 de Novembro, um evento congregou a comunidade local do Alcaide, sendo noticiado nos meios de comunicação social. Trata-se da "Festa dos Cogumelos - Míscaros". A festa foi organizada pela "Liga dos amigos do Alcaide", com a colaboração da Câmara Municipal do Fundão e da Junta de Freguesia do Alcaide. O Infantário e Escola de 1º ciclo juntaram-se na organização de algumas actividades a realizar-se nesses três dias. Foi um fim-de-semana diferente e o chamariz que trouxe inúmeros visitantes para apreciar o artesanato local e saborear os variados petiscos confeccionados com os saborosos cogumelos. Apesar do tempo chuvoso, as ruas encheram-se de gente que entrava e saia das pequenas tascas e percorria ruas e ruelas. A "Festa dos Cogumelos-Míscaros" foi um sucesso...Fica aqui o registo da notícia, que comprova a participação da nossa escola com trabalhos manuais dos alunos e com uma visita à feira. Estes realçaram-se pelo seu colorido, estando integrados no tema da feira. Os alunos depositaram, no espaço reservado para esse efeito, cogumelos elaborados com materiais recicláveis. Ao longo da semana, foram construídas e decoradas lanternas que serviram de suporte a velas utilizadas no sábado à noite no desfile, pelas ruelas da comunidade até à praça central. •3.º e 4.º anos/ EB1 de Foram dias de alegria por sentirmos que podemos dar o nosso contributo numa Alcaide festa tão importante para a nossa Aldeia.

Dia de S. Martinho

O M A G U S TO E S C O L A R Eu fui ao Magusto

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u hoje fui ao magusto da minha escola antiga (Sra. da Con-

ceição)! Quando cheguei à escola, senti que tinha matado saudades, senti emoção, felicidade, muita alegria e senti que eu e aquela escola tínhamos uma amizade muito forte!!! A primeira coisa que fiz foi dizer “olá” a todas as funcionárias e professores que estavam lá perto, e senti ainda mais alegria. Fui brincar com as minhas amigas e amigos e, quando começaram a assar as castanhas, mmmm…Fui logo a correr para ver as castanhas a assarem e a saltitarem mas, quando veio o fumo, fiquei, não sei, intoxicada com tanta fumarada. Quando puseram as castanhas na mesa, fui-me enfarruscar com o André, com a Bea e com a Patrícia. Passado um bocado, fui-me lavar e senti tristeza, porque, assim, os grandes já não gozavam comigo na escola. Quando fui embora, senti tristeza por o tempo passar tão rápido…

O nosso Magusto

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o dia onze de Novembro, realizámos o magusto da nossa escola. De manhã, na sala de aula, ouvimos algumas canções alusivas a São Martinho e aos magustos. Escutámos também a lenda do Verão de São Martinho e realizámos trabalhos de expressão plástica: cartuchos, pintura de desenhos... Depois do almoço, o senhor Manuel fez uma caminha com caruma, no pátio da escola, e todos espalharam as castanhas. Acendeu-se a fogueira e foi uma alegria.

O Magusto Cantámos várias canções e brincámos à volta dela. Enquanto esperávamos que as castanhas arrefecessem, começámos a enfarruscar-nos. Comemos as castanhas e bebemos sumo. Que delicia! De seguida, fizemos os seguintes jogos: o leiteiro, o jogo das cadeiras, o jogo dos garrafões e o caça à bolacha. E assim passámos o Dia de São Martinho na nossa escola. Divertimo-nos muito! •Composição colectiva EB1 de Aldeia Nova do Cabo

•Núria Santos Guedes Turma 62—4º Ano

Alunos da EB1 da Aldeia Nova do Cabo no Magusto

Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

http://www.aesg.edu.pt

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Escola EB1 das Tílias, no dia 06 de Novembro, realizou um magusto escolar. No magusto eu fiquei muito contente pois diverti-me muito. O magusto realizou-se no Circuito de Manutenção, junto ao Parque de Campismo. A caruma já estava amontoada, pronta a receber as castanhas que cada um de nós levava. Preparámos tudo e deitámos fogo à caruma para se poderem assar as castanhas. Enquanto as castanhas se iam assando, subimos à serra e vimos dois cavalos, um cão e uma tenda. Quando tudo estava pronto, o professor chamou-nos para comermos as castanhas assadas. As castanhas estavam tão boas e acompanhadas com os sumos que levámos e, quanto mais comíamos, mais nos apeteciam. De seguida, brincámos e, como não podia deixar de ser, enfarruscámo -nos uns aos outros. Como o local era muito agradável. demos um passeio a ver tudo o que lá existia: um parque de campismo, um convento em ruínas e muitas outras coisas, … Tudo isto foi tão divertido que não me apetecia regressar, pois o que eu queria mesmo fazer era brincar e divertir-me.

Dia de Magusto inventámos alegrias, assámos castanhas; há Diversões e fantasias!... S. Martinho Muito festejado, antiga tradição recordamo-lo por todo o lado, pela sua intenção; novos e velhos, homens e mulheres!... Viva o padroeiro do Fundão!... •Poesia colectiva •4º Ano – Turma N.º61

•António José Esteves •3.º Ano - EB1 Tílias Ano 1—Nº1


Letras da Gardunha

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O PRIMEIRO CICLO TEM A PALAVRA OS VESTIDOS DA BRUXA ESBRENHUXA

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Bruxa Esbrenhuxa era muito vaidosa! Tinha uma grande colecção de vestidos e todos muito esbrunhuxos! Sabem como é que ela fazia, quando queria um vestido novo? Ia para o seu laboratório e, com a varinha mágica, punha-se a transformar qualquer coisa num lindo vestido: cascas de ovos, cascas de batatas, folhas secas, um saco de plástico velho… Se não gostava dele … Era só tocar-lhe •Texto colectivo de novo com a varinha mágica até ficar 2º Ano – EB1 Tílias bem esbrenhuxo!

HUMMM!!! QUE BOM! Ontem fizemos pão e marmelada na escola.

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s nossas auxiliares puseram primeiro os marmelos a cozer. Depois descascaram os marmelos e fizeram o puré. De seguida, noutra panela juntou-se água e açúcar e depois juntou-se o puré. Misturou-se tudo muito bem e deixou-se cozer mais um bocadinho. E pronto, a marmelada já está no ponto. Já cheira a marmelada! Enquanto a marmelada estava a ser feita, numa das salas nós começámos a fazer o pão. Para isso lavámos muito bem as mãos e depois colocámos farinha, água morna, uma pitada de sal e fermento num recipiente. Envolvemos tudo, amassámos muito bem a massa e já está! Depois, no mesmo recipiente, tapámos a massa com um pano e um cobertor para ela fintar. Passada uma hora, a massa estava pronta para ir ao forno. Começámos então a fazer bolinhas com a massa do pão. Colocámo-las no tabuleiro salpicado com farinha e foram à patusca para cozer. Depois de o pão cozer, esperámos um bocadinho que arrefecesse e comemos com marmelada. Mmmm!!! Eu gostei muito deste dia, espero que se repita mais vezes. Maria Inês Valério – EB1 Aldeia de Joanes - 4.º ano

CRESCER COM + SAÚDE

COMIDA SAUDÁVEL

Viva a Espetada de Frutas!

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orque de “Pequenino se torce o pepino”, incutimos nos nossos alunos a importância de uma alimentação saudável. Assim, destacámos o Dia da Alimentação (16 de Outubro) com uma actividade diferente. Cada aluno trouxe uma peça de fruta e, para o lanche da tarde, fizemos umas deliciosas “Espetadas de Fruta”. Para além desta actividade, todos os dias atribuímos pontos aos lanches dos alunos: • Peça de fruta -1 ponto • Iogurte /pacote de leite - 1 ponto • Pão(carcaça) com manteiga/fiambre/doce - 1 ponto Para incentivar a pequenada, aderimos ao Concurso “Um doce desportivo”, promovido por um programa televisivo (RTP), “Vila Moleza”. Este concurso tem três fases no decorrer do ano lectivo. Na 1ª fase (1ª semana de Novembro), enviámos os mapas com o registo dos pontos atribuídos aos lanches de cada aluno, juntamente com um trabalho de cada turma e subordinado a este tema. Participaram mais de 200 turmas de todo o país e foram seleccionadas 20 turmas como finalistas. Estas turmas irão receber presentes e ser anunciadas no blog da “Vila Moleza”. É com orgulho que temos três turmas entre estas vinte finalistas. Para verem os nossos trabalhos podem consultar o site: http://vilamoleza.kids.sapo.pt Fevereiro traz um novo desafio, desta vez ligado às máscaras e à fotografia. O mais importante é a motivação para alterar hábitos de alimentação e torna-la mais saudável e, nisso, estamos de parabéns.

Comida, O sabor que ela tem! Muita gente a rejeita, mas Imaginem os pobres com Dor de fome e a morrer. Tudo o que temos A fazer é não deixar isso acontecer! Saudável ela é. A comida não serve para brincar! Uma alimentação saudável nós Devemos tomar. A alimentação também deve Variar, com tantos alimentos, E, se forem saudáveis, são o melhor que há. E, assim, Lindo o Mundo ficará!... *Margarida Melo * Miguel Catarro *Duarte Elvas * Guilherme Lindeza •4ºAno – Turma N.º61

EB1 Sr.ª da Conceição

DOCE, AZEDO OU SALGADO?

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Alunos da EB1 da Sr.ª da Conceição a saborear a espetada de frutas

Dezembro de 09

unca o paladar esteve tão apurado como no momento •Escola EB1 Aldeia de Joanes das provas. Um pouco renitentes, mas radiantes, os alunos do 2ºano realizaram uma actividade digna de mestres de culinária. Não chegaram a preparar nenhum prato especial, é verdade, mas, mais difícil do que isso, tiveram de adivinhar, de olhos fechados, as s u b s t â n c ia s que lhes eram colocadas na boca e que a língua tinha de descobrir. Com mais ou menos caretas, certo é que, tal como diz o ditado popular, o que é doce nunca amargou!


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Letras da Gardunha

DEPARTAMENTOS

Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Projecto “Comemorações do Centenário da República” Actividades de Divulgação e arranque do Projecto – dias 6, 7 e 8 de Outubro de 2009- BECRE

tamentos e inter-ciclos – Préescolar, 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico podendo ter parceria com outros projectos de carácter cultural/recreativo.

OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS DO PROJECTO - Evocar historicamente os acontecimentos de 1910. - Conhecer as personalidades que se destacaram na 1ª República. - Comemorar o Centenário da República, associando-o às características próprias do regime republicano e aos valores da cidadania numa sociedade democrática. - Conhecer/aprofundar os acontecimentos relevantes na

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s Comemorações do Centenário da República serão assinaladas no Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, no presente ano lectivo 2009-2010, tendo como objectivo a divulgação da informação histórica, a reflexão e o debate dos ideais republicanos, em diferentes níveis de ensino, envolvendo alunos, professores, pais/encarregados de educação. O projecto proposto pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas será realizado em articulação com outros depar-

implantação da República e nas várias etapas do processo histórico que marcaram a evolução da sociedade portuguesa. - Conhecer/apreciar os valores cívicos presentes na acção de figuras históricas determinantes na implantação da República e na consolidação do regime republicano. - Conhecer e apreciar obras de escritores, artistas plásticos, músicos, cientistas e outras personalidades que reflectiram ou influenciaram o ambiente cultural da época em que viveram. - Divulgar a informação histórica pesquisada/estudada na comunidade. - Promover a participação dos pais/enc. de educação nas actividades desenvolvidas na Escola .

ACTIVIDADES -Concurso escolar dirigido a toda a comunidade escolar, distinguindo anos, ciclos de ensino e faixas etárias. - Actividades dirigidas a crianças, que possibilitem a evocação e a comemoração da República de uma forma lúdica. - Exposições temáticas. - Criação de «roteiros republicanos» para o conhecimento da história da 1ª República. - Elaboração de documentá-

rios e de outros produtos audiovisuais, roteiros, …dedicados à História da 1ª República e do republicanismo. Já foram iniciadas as actividades de divulgação do Projecto no nosso Agrupamento de Escolas, com a exposição dos trabalhos realizados pelos nossos alunos, no átrio da Escola sede e na BECRE. Gostaríamos de agradecer a participação e empenho dos alunos, dos professores, dos funcionários e dos encarregados de educação. Um agradecimento

muito especial à professora Maria José Miranda e aos alunos da turma 9ºB - Bruna Neves e Miguel Lambelho - pelo empenho e dedicação com que elaboraram as apresentações em PowerPoint sobre o período da 1ª República, as quais foram apresentadas aos alunos dos 4º, 6º e 9º anos da nossa Escola, nos dias 6, 7 e 8 de Outubro de 2009. •A Coordenadora do Departamento de Ciências Sociais e Humanas •Anabela Maria dos Santos Niza

Regulamento do Concurso Escolar - 2009/2010 1.Objectivos do Concurso

- Fomentar o gosto pela aprendizagem/conhecimento da História de Portugal; - Sensibilizar os alunos, dos três ciclos do Ensino Básico, e comunidade educativa para a importância dos ideais republicanos. - Desenvolver o conhecimento sobre a República, nomeadamente sobre acontecimentos, figuras e acção governativa. 2.Destinatários: - Alunos dos 4º, 6º e 9º anos de escolaridade. - Adultos – Pais/Encarregados de Educação, Professores e Assistentes Operativos. - Alunos - O concurso será realizado em três fases/eliminatórias - 1ª Eliminatória: Final de Janeiro (de 25 a 29 de Janeiro de 2010) – Local : salas de aula - Participarão todos os alunos dos 4º, 6º e 9º anos das turmas que integram o Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, - As provas realizar-se-ão nas aulas de Estudo do Meio (1º Ciclo), nas aulas de História e Geografia de Portugal (2º Ciclo) e de História (3º Ciclo). - 2ª Eliminatória: Final de Fevereiro (de 22 a 26 de Fevereiro de 2010) – Local : salas de aula - Participarão todos os alunos dos 4º, 6º e 9º anos das turmas que integram o Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha e que obtiverem, na 1ª eliminatória, quinze ou mais questões correctas. - As provas realizar-se-ão nas aulas de Estudo do Meio (1º Ciclo), nas aulas de História e Geografia de Portugal (2º Ciclo) e de História (3º Ciclo). - Final : Início de Maio (de 03 a 07 de Maio de 2010) – Local : sala de aula /BECRE - Participarão todos os alunos dos 4º, 6º e 9º anos das turmas que integram o Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha e que obtiverem, na 2ª eliminatória, vinte ou mais questões correctas. Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

- As provas realizar-se-ão, on-line, nas aulas de Estudo do Meio (1º Ciclo), nas aulas de História e Geografia de Portugal (2º Ciclo) e de História (3º Ciclo) e/ou na BECRE, sempre acompanhados pelo respectivo professor. - Esta eliminatória realiza-se, on-line, tendo o aluno apenas uma tentativa para dar as suas respostas. - Para além do número de respostas correctas, também será factor determinante o tempo dispendido, pelo concorrente, nas respostas às questões propostas. - Adultos – Pais/Encarregados de Educação, Professores e Assistentes Operativos - Eliminatória Única - Início de Maio (de 03 a 07 de Maio de 2010) – em horário a designar. - Esta eliminatória realizar-se-á on-line e para além do número de respostas correctas, também será factor determinante o tempo dispendido pelo concorrente nas respostas às questões propostas. - Inscrições – serão realizadas, on-line, no Portal da Escola, sendo as datas de inscrições e o horário divulgados atempadamente no Portal da Escola. Nota: Não poderão participar, neste concurso destinado aos adultos, os professores do 1º Ciclo e os professores do Departamento de Ciências Sociais e Humanas e/ou os que, de algum modo, participaram e/ou estiveram envolvidos na organização/implementação deste concurso.

- Prémios - Prémios - Alunos - Todos os participantes receberão um Certificado de Participação. - Os concorrentes que chegarem à 3ª eliminatória receberão um Certificado de Mérito. - Caso se classifiquem no 2º ou no 3º lugar, terão direito a um prémio (cheque-livro) no valor de quinze euros. - Os concorrentes que chegarem ao 1º lugar terão direito a um prémio (cheque-livro) no valor de vinte e cinco euros. - Prémios - Adultos - Os concorrentes que chegarem ao 1º lugar terão direito a um prémio (cheque -livro) no valor de vinte e cinco euros.

http://www.aesg.edu.pt

•A Coordenadora do Departamento de Ciências Sociais e Humanas •Anabela Maria dos Santos Niza Ano 1—Nº1


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PROJECTO “CRESCER COM SAÚDE”

“PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE” NA ESCOLA “A Saúde é o bem mais precioso que se deve possuir” afirma o ditado, e é bem verdade! Com base nesta máxima da sabedoria popular e com o intuito de viver mais e melhor, o mundo tem hoje de adoptar estilos de vida saudáveis. Os comportamentos sadios não nascem connosco, adquirem -se ao mesmo tempo que se combatem os comportamentos de risco. A Escola constitui-se, assim, como o local privilegiado para a aquisição desses hábitos.

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ando seguimento a projectos desenvolvidos anteriormente na nossa escola, estão, no presente ano lectivo, a ser trabalhadas as temáticas propostas pelo Despacho SEE de 27 de Setembro de 2006 e pelo Projecto de Educação Sexual promulgado na lei nº 60/2009 de Agosto de 2009, em articulação com os currículos disciplinares. Algumas sessões são orientadas por entidades exteriores ao Agrupamento, tendo a escola aprov e i t a d o vários recursos disponíveis para promover a Saúde e o Bem Estar da Comunidade Escolar. Desta forma, para além da

elaboração do Plano de Contingência para a prevenção da Gripe A no Agrupamento, a equipa do Projecto “Crescer com Saúde” tem sido a dinamizadora de actividades diversas e relacionadas com a promoção da saúde. Assim, no passado dia 16 de Outubro, sexta-feira, decorreu a

comemoração do Dia Mundial da Alimentação, o qual foi lembrado, na Escola, com a realiza-

ção de iniciativas várias e inovadoras, tais como: cartazes, no portão da escola, alertando a comunidade escolar para a necessidade de alterar hábitos alimentares; exposição, no átrio, de mensagens alusivas à prática de uma alimentação saudável; roda dos alimentos ao vivo; distribuição de folhetos informativos, elaborados pela turma do 6º A, alertando para a necessidade da prática de uma alimentação equilibrada; entrega de um lanche saudável a toda a comunidade escolar, de modo a fomentar o consumo de fruta e de produtos lácteos. Com a colaboração dos alunos das várias turmas da escola, faz-se regularmente a dinamização do placard da Saúde, que se encontra no átrio da Escola, onde se assinalam algumas datas comemorativas. Assim, no dia 13 de Novembro (sextafeira), a turma C do oitavo ano construiu um cartaz alusivo à Diabetes, alertando para os sinais e sintomas da doença. Este destinou-se a assinalar o Dia Mundial da Diabetes, que se comemorava no dia 14 de Novembro (sábado). Também no dia 1 de Dezembro, comemorou-se o Dia Mundial da Luta contra a Sida. Para este efeito, a turma B do 9º Ano construiu materiais para afixação no placard. Uma outra área que a escola tem procurado incrementar é a área da sensibilização. Dessa forma, no dia 11 de Novembro, desenvolveu-se uma

Dia Mundial da Alimentação

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acção sobre “Educação Sexual”, a qual decorreu na BECRE da escola e se destinou a dois públicos diferentes. A primeira intervenção foi dinamizada pela Dr.ª

Patrícia Pinho, da APF (Associação para o Planeamento Familiar) de Coimbra, e destinou -se a docentes dos diferentes ciclos de ensino. À noite, realizou-se, pelas 20h30min., uma sessão para Pais e Encarregados de Educação, dinamizada pela Dra. Andreia Nogueira, também da APF. Ambas foram bastante participadas, tendo-se registado a vinda de vários Encarregados de Educação, que não só assistiram à palestra como também colocaram várias questões relacionadas com os comportamentos e sentimentos dos seus educandos. Ainda nesse âmbito, no dia 13 de Novembro, realizou-se um rastreio de saúde no átrio da

Escola, dinamizado pela Dr.ª Alcina Leal e pela Dr.ª Joana Godinho. Neste procedeu-se à medição da taxa de glicose, tensão arterial, índice de massa corporal – IMC – e fez-se algum aconselhamento. O rastreio teve um impacto assinalável na comunidade escolar, tendo comparecido alunos, auxiliares de acção educativa e professores. Finalmente, no dia 2 de Dezembro, realizou-se uma sessão de esclarecimento sobre “Diabetes”, também na BECRE da Escola. A acção foi dinamizada pelo Dr. Paulo Lopes e pela Enfermeira Elisabete Fernandes, do serviço de Pediatria do Hospital Cova da Beira, destinou-se a pessoal docente e não docente e pretendeu chamar a atenção para o problema da diabetes em crianças e adolescentes assim como para os procedimentos a adoptar em meio escolar. Para breve estão previstas outras iniciativas, entre as quais se destacam: um concurso de construção de ementas para o refeitório da nossa escola; a deslocação das turmas de 9º Ano ao Centro de Saúde, à consulta de adolescentes; formação, na escola, por técnicos do Centro de Saúde do Fundão relacionada com as áreas escolhidas pelas diferentes turmas no que à promoção da saúde diz respeito e sessões para alunos fomentadas por técnicos da APF. A ESCOLA DA GARDUNHA RECOMENDA: SEJA SAUDÁVEL! CUIDE-SE!

DIA MUNDIAL DA DIABETES

o dia 16 de Outubro, comemorou-se o Dia Mundial da Alimentação, nas aulas de Ciências da Natureza. Foram abordados alguns temas, tais como: obesidade, diabetes, hipertensão arterial, associados a erros nutricionais. Com o intuito de realçar a importância de uma alimentação equilibrada, e sendo esta determinante para a qualidade e duração de vida, os alunos da Turma A do 6º Ano elaboraram um “Desdobrável” com algumas regras para uma alimentação saudável, o qual foi distribuído à comunidade escolar. Nos dias anteriores, pesquisaram e recolheram materiais necessários para a construção de Rodas dos Alimentos. Estas foram expostas no átrio da escola para sensibilizar a comunidade educativa sobre a importância de adquirir hábi-

tos alimentares saudáveis. O objectivo principal destas actividades é consciencializar não só a população escolar mas também os pais da importância de uma alimentação equilibrada

Maria José Valente Fernandes

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o passado dia 14 de Novembro, assinalou-se em todo o mundo o Dia Mundial da Diabetes. Na nossa Escola, o Clube «Crescer com Saúde» não quis deixar passar a data em branco e, associando-se à Farmácia Vitória, promoveu na véspera uma acção de rastreio da diabetes e da hipertensão arterial, na qual toda a Comunidade Educativa pôde participar. A diabetes é uma doença que afecta actualmente uma grande parte da população mundial. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), estima-se que existam mais de 230 milhões de diabéticos em todo o mundo. A cada 10 segundos morre uma pessoa vítima da doença e prevê-se que os índices de mortalidade aumentem 25% na próxima década. Em Portugal, estima-se que 11,6% da população tenha diabetes, sendo que desta percentagem, 5,7 % desconhece que sofre desta patologia. A informação é, pois, essencial, não só para a prevenção como também para o seu tratamento. A diabetes pode afectar qualquer pessoa e se não for tratada, pode ser mortal. Como formas de prevenção, é importante mudar de hábitos, diversificando a alimentação, comendo pão mais escuro e mais frutas e legumes, evitando o açúcar e as gorduras, bebendo mais água e praticando mais exercício.

Dezembro de 09


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BECRE— BIBLIOTECA ESCOLAR E CENTRO DE RECURSOS EDUCATIVOS

Outubro: Mês Internacional das Bibliotecas Escolares The big Picture

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or decisão da IASL (International Association of School Libraries), em Dezembro de 2007, Outubro passou a ser o mês dedicado às Bibliotecas Escolares e ao reconhecimento da sua missão. Este ano lectivo, a RBE (Rede de Bibliotecas Escolares), escolheu o dia 26 para a expressão das principais actividades desenvolvidas pelas Bibliotecas Escolares no nosso país. D e s s a f o r ma , a BECRE da Escola Serra da Gardunha apresentou, no dia 26 de Outubro de 2009, um conjunto de iniciativas, todas com um denominador c o m u m : relembrar o trabalho que as BE desenvolvem e o contributo que prestam para a construção do conhecimento nos seus utilizadores. A ideia, veiculada pelo lema este ano apontado pelo IASL – “School Libraries – The

big Picture” –, era dar uma imagem aumentada da Biblioteca Escolar e do trabalho aí realizado por forma a valorizar todo o serviço educativo lá prestado. Assim, a maioria das turmas da nossa escola, incluindo as duas turmas do Primeiro Ciclo, construíram livros em miniatura, nos quais escreveram frases relacionadas ou retiradas de livros “do seu coração”. Os livr inhos f o r a m também ilustrados e o seu conjunto foi colocado numa árvore de cartão gigante colocada à entrada da BECRE. Vejam só c o m o ficou! Os alunos do 6º Ano fizeram marcadores: uns d e l e s gigantes e sobre obras de leitura extensiva que já tinham lido e outros de tamanho normalizado, que reproduziam os que foram

divulgados pela RBE. Se os primeiros foram pendurados no tecto à entrada da biblioteca, os segundos foram distribuídos na escola. Ninguém pôde, desse forma, ignorar o dia que se festejava. Ta m b é m entusiasmada com o lema – “The big picture” –, a turma do 8º A resolveu enfeitar a BECRE com os motivos incluídos nos marcadores: animais, crianças a ler, livros. Construiu grandes nuvens, que pendurou na biblioteca, colou imagens nos cortinados brancos e ajudou na elaboração de um painel gigante, reprodução de um dos separadores. Ainda foram participantes, juntando-se por isso aos alunos da turma do 6º C, de uma grande fotografia em que se celebra a leitura e que

O aniversário de Astérix “Astérix parabenizatus est” (ou, como diria um dos seus criadores, René Goscinny, “Eu não posso dar erros…nunca tive latim!)

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á 50 anos atrás, no dia 29 de Outubro de 1959, na página 20 da revista hebdomadária francesa “Pilote”, pelas mãos do argumentista René Goscinny e do ilustrador Albert Uderzo, nascia uma personagem que, pelo seu perfil invulgar e pouco atraente (baixo, feio e mais astuto do que inteligente), estava destinada a cair rapidamente no esquecimento. O sucesso foi inesperado e imediato: 30 000 exemplares vendidos num só dia. O primeiro álbum, Astérix, le Gaulois, foi traduzido em treze línguas diferentes – alemão, espanhol, catalão, português, inglês, neerlan-

dês, finlandês, italiano, latim, coreano, dinamarquês, sueco e turco – e transformado em filme de animação logo em 1967. Hoje, Astérix é talvez a banda desenhada com maior sucesso no mundo inteiro, com 325 milhões de álbuns vendidos em 50 anos, traduzidos para 83 línguas e 29 dialectos, um parque temático nos arredores de Paris, oito filmes de animação realizados e três filmes live – Astérix et Obélix contre César, estreado em 1999, Astérix et Obélix: Mission Cléopâtre, de 2002, e Astérix aux jeux Olympiques, produzido em 2008, todos com actores consagrados, tais como Gérard Depardieu ou Laetitia Casta. A última edição, L’anni-

Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

versaire d’Astérix et d’Obélix, veio a lume no dia 22 de Outubro de 2009 e é uma edição especial, de aniversário, com 56 páginas de inéditos, alguns deles ainda da autoria de Goscinny, que faleceu em 1977. Parabéns Astérix! Algumas curiosidades. Sabias que: • Goscinny e Uderzo criaram um total de 163 personagens, 56 gauleses, 63 romanos e 44 diversas, todas com nomes bem originais: Abraracourcix, Aplusbégalix, Bonusmalus, Caiuseucaliptus ou Batdaf; • Algumas das frases em latim ficaram para a posteridade: “Acta est fabula”, “Donec eris felix, multos numerabis amicos” ou “Tu quoque fili”; • Goscinny faleceu em 1977 e, desde aí, Uderzo tem assumido também a redacção das falas das personagens. Há quem ache que perderam qualidade, mas a verdade é que a colecção já vai na sua 34ª edição e continua a vender. http://www.aesg.edu.pt

foi tirada com a amável colaboração do Clube de Fotografia da escola e das duas professores

que, este ano lectivo, o dinamizam: as professoras Esperança Dias e Teresa Gertrudes. Finalmente, quase todas as turmas da escola sede e várias do Primeiro Ciclo, que se deslocaram para o efeito até à sua biblioteca, participaram num Bibliopa-

per. O objectivo era demonstrar um perfeito conhecimento do funcionamento da BE e das suas regras. Os resultados ainda não foram divulgados, mas há surpresas por aí. Os alunos da escola de Primeiro Ciclo de Alpedrinha também realizaram o desafio, mas, neste caso, foram os Professores Bibliotecários, professor Pedro Rafael e professora Celeste Nunes, que se deslocaram até à biblioteca de Alpedrinha, um sítio muito agradável, com bons recursos, mas, que, infelizmente, por falta de assistente técnico, está fechado a maior parte da semana. Em Alpedrinha, os alunos mostraram-se muito entusiasmados e provaram que, apesar de estarem afastados da biblioteca da escola sede, também eram grandes leitores. A semana de 26 de Outubro foi uma semana cheia de dinamismo, actividades e acção e a BECRE tornouse, nesse tempo, o que deve ser sempre: um dos lugares mais procurados da escola. Escrito com a colaboração do Clube de Jornalismo

LEMA DA BECRE 2009/2010:

P A RT I L H A R S A B E R E S CONSTRUIR LEITURAS

Campanha da Mala! A BECRE solicita a todos os membros da Comunidade Escolar a entrega de malas de viagens de formas e materiais diversificados com a finalidade de criar Maletas e Baús pedagógicos /temáticos para Promoção da Leitura!

Se tiver malas, malinhas, malotes, maletas, velhas ou nem por isso, contribua! Entregue a sua na Biblioteca Escolar.

Ano 1—Nº1


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PNL— PLANO NACIONAL DE LEITURA ENTREGA DE LIVROS DO PNL

BIBLIOPAPER na BECRE

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o dia de apresentação dos alunos do 1º ano, estes foram presenteados com um livro do PNL, para que se sintam incentivados e curiosos em relação à leitura Os livros foram sorteados e entregues pelos Pais/Encarregados de Educação, que se comprometeram lê-los aos filhos num aconchegado serão em família.

LER PARA TI !

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os dias dos seus aniversários, o Joaquim e o Fausto, alunos do 1º ano, tiveram a surpresa de verem entrar na sala de aula as respectivas mães, munidas de um livro para lerem aos filhos e aos colegas da Turma. Os olhos iluminaram-se e as bocas rasgaram-se em sorrisos, pois tinham as mães na escola, com eles e com a turma. Foi com agrado que as mães destes alunos vieram à escola desenvolver a actividade «Ler para Ti!».

Este trabalho está a ser Mãe do aluno aniversariante a efectuar desenvolvido leitura para a turma em todos os anos de escolaridade e a ser muito bem recebido pelos pais. Com o « Ler para Ti », os professores da EB1 Tílias querem motivar e incentivar hábitos de leitura, tanto na escola como junto das famílias. O resultado, até ao momento, tem sido muito positivo.

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o dia 26 de Outubro, as Turmas do 4.º Ano da Escola EB1 das Tílias deslocaram-se à Escola sede do Agrupamento, onde participaram num Bibliopaper. Esta sessão foi promovida pela BECRE do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, no intuito de dar a conhecer, aos alunos, a Biblioteca, as suas múltiplas valências e os procedimentos a realizar para um aproveitamento eficiente dos recursos existentes. A s e s s ã o decorreu com normalidade, embora dificultada pela presença de muitos frequentadores daquela Biblioteca. Esta actividade foi do agrado dos alunos, tendo proporcionado uma vivência enriquecedora a todos os participantes.

Títulos disponíveis em Baús — PNL

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BECRE possuiu actualmente 90 títulos diferentes, em Baús, com 12 exemplares do mesmo título para serem trabalhados pelas turmas. Além destes 90 Baús, possuiu, ainda, muitas outras obras recomendadas pelo PNL, em menor quantidade e que se encontram disponíveis para circular por todo o Agrupamento. Os títulos disponíveis nos Baús são os seguintes: • • • • • • • • • • • • • • • • •

O Planeta Branco O livro dos desejos A Casa das Bengalas Primeiro Livro de Poesia A Malta do 2º C Trisavó de Pistola à Cinta Ulisses O Espectador Intrometido Casting A árvore Marie Curie O Rio das Framboesas A Menina que Roubava Gargalhadas Jogos Versos e redacções para todas as idades Poemas da Mentira e da Verdade Ynari - A Menina das Cinco Tranças História com Reis, Rainhas, Bobos,

Bombeiros e Galinhas • Três Histórias do Futuro • Os Mais Belos Contos de Grimm • Pequeno Livro de Desmatemática • A Menina do Mar • O principezinho • Capitães da areia • Contos • A lua de Joana • O Gato Malhado e a Andorinha • Sexta-Feira ou a vida selvagem • O Dia do terramoto • Estrela Polar • O Cavaleiro da Dinamarca • Histórias da terra e do mar • O mundo em que vivi • A Pérola • Uma visita à Corte do Rei D. Dinis • Novos contos da montanha • Poesia reunida • O triunfo dos porcos • Momentos de Aqui • A lenda do Galo de Barcelos • As aventuras de Robin Crusoé • Dietas e Borbulhas • Mataram o Rei • O romance das ilhas encan-

tadas • A viagem Fantástica • A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho • O Oráculo do velho Mandarim • A Odisseia • Uma viagem ao tempo dos Castelos • História breve da lua • A revolta das frases • Bichos • A Fada Oriana • A ENEIDA • Os Lusíadas / Os Lusíadas em Prosa • Trava Línguas • A floresta • O Enigma do Castelo Templários • Com da Montanha • As Aventura de João Sem Medo • Leandro, rei da Helíria • O Dia Cinzento e outros Contos • O homem que odiava os domingos e outras histórias • A Menina Gotinha de Água • As Fadas • O Bojador • Pablo, o Pintor • A Moeda do Sol • A Lenda do Galo de Barce-

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los Contos de Fadas Peregrinação Contos Orientais O planeta Adormecido História trágico-marítima O barco de chocolate O segredo da Romã História breve da lua Os meus pais estão separados, mas não de mim A asa e a casa Letras & Letrias Onde está? Os dois corvos O meu primeiro Dom Quixote O meu primeiro Fernando Pessoa O meu primeiro Álbum de poesia Barbatanar nas cores do arco-íris Bichos do bosque Voar em Guimarães Os livros que gostam de contar histórias Eu a casa, os bichos e outras coisas

O Q U E FA Z C O M Q U E U M A H I S T Ó R I A S E J A U M A B O A H I S T Ó R I A PA R A S E C O N TA R ?

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o tempo em que os bichos falavam…. … os Contadores de Histórias tinham muitíssimas opiniões diferentes sobre o que fazia uma história ser uma boa história para se contar. Mas, num certo aspecto, todos eles estavam de acordo: o contador tinha de gostar e conhecer muito bem a história que queria contar. Uma boa história é uma história que toca as pessoas. A missão dos contadores de histórias é envolver a audiência, fazê-la interagir com a história, mesmo que seja apenas em pensamentos. Uma boa história tem de ter realmente sentido; soar a verdadeira, conter aspectos básicos e universais do Ser Humano. A história não tem de ser profunda, mas deve fazer mover o ouvinte, fazê-lo rir, fazê-lo reflectir, tocar nas suas emoções, sentimentos, atitudes e valores. Uma boa história tem de ter substância. A história tem de ter uma estrutura, um fio condutor. Se esta estrutura se encaixa, as possibilidades de ser uma boa história são muito grandes. Mesmo as crianças pequenas querem ouvir uma história

com sentido e significado. Uma boa história necessita de resolução de conflitos. As histórias são feitas por pessoas, em função de lugares e de acontecimentos. As histórias mais fortes costumam ter uma personagem principal bem definida – um homem, uma mulher, um animal, uma máquina, ou seja o que for –, que encontra algum tipo de problema ou conflito, algum tipo de bloqueamento na personagem ou no seu relacionamento. A acção levada a cabo significa crescimento pessoal e mudança e, finalmente, uma espécie de redenção. A acção que se desenvolve ao longo da história deverá ser credível, mantendo assim a audiência atenta e com curiosidade em saber o que vai acontecer. Uma boa história cria imagens vividas. Através dos conhecimentos já adquiridos, como histórias e vivências, a história cria imagens para os nossos ouvintes. Estes podem, ou não, ver as mesmas imagens que o contador vê. Essa parte é a mais estimulante da narrativa, pois desenvolve o imaginário pes-

“O conto de Decameron” pintura de John William Waterhouse de 1916

soal. Os ouvintes vão criar imagens que dizem respeito às suas experiências durante o desenrolar da história, passando, dessa forma, a existir interacção com o narrador. As histórias ajudam o ouvinte a pensar nas suas próprias histórias e podem ajudar a acender faíscas para a construção de novas narrativas.

Dezembro de 09

Uma boa história é uma história que é perfeita para a audiência a que se conta. Uma das tarefas mais importantes dos contadores de histórias é a preparação adequada para a sua audiência. Tem que se manter a sintonia e a atenção da audiência e mudar de direcção, de estratégia, caso isso não aconteça. A interacção com a audiência é sempre uma forma de

esta participar, pedindo a esta para gritar o nome de uma personagem, o nome de um lugar, o nome de uma história popular. Puxar a audiência para a história é a tarefa principal do contador, mesmo que a história passe a ter outro rumo e seja definitivamente improvisada entre a audiência e o contador, a quem restará saber conduzir a mesma até um fecho desejável. Uma boa história é uma história que o Contador tem que amar. Nunca, mas nunca, um contador deverá contar uma história de que não goste, mesmo que a audiência lhe peça. O Contador faz parte da história, deve interiorizá-la e envolver-se no seu enredo, tarefa impossível essa se ele não gostar da história. Repetir a mesma história é torná-la cada vez melhor e mais forte de cada vez em que é contada! Assim, “Vitória! Vitória! Acabou-se a história!”

•Professor Bibliotecário, Coordenador da BECRE/ PNL •Pedro Rafael N. Gomes


Letras da Gardunha

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ARTIGOS DE OPINIÃO — OS NOSSOS PARCEIROS

PA RT I L H A R S A B E R E S E C O N S T R U I R L E I T U R A S … AT R AV É S D A I L U S T R A Ç Ã O

Sylviane Rigolet

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a leitura do mundo à leitura interpretativa de narrativas textuais e visuais, um longo percurso se perfila, uma aventura sem fim que oferece a cada leitor não somente saberes diversificados, como um saber-fazer criador de um saber ser… enfim, uma leitura que molda identidades, define perfis, identifica cidadãos, aponta caminhos desvendando novas paisagens ao virar de cada página. Cada ser é possuidor de um saber único e insubstituível, sendo a escrita uma forma de ler o mundo, compreender o outro e dizer-se. Assim, ler necessita de um envolvimento ímpar que personalize este acto e leve a se ler, na intimidade singular de cada ser. Este processo permite não só o alcance de metas sucessivamente mais complexas, como a integração de uma identidade individual e colectiva, sempre originais e irrepetíveis. Assim, ler proporciona uma aventura que se inicia com o nascer, e até antes, e só findará com o morrer… a esta forma de leitura, talvez para renascer noutra, mais plena, finalmente absoluta… A procura insaciável de um sentido para esta vida terrena conduz cada ser a colocar marcos, estabelecer objectivos, definir estratégias, poisar em abrigos conhecidos e seguros, levantar-se depois das quedas, recomeçar de novo e procurar a satisfação das suas necessidades, as mais comuns como as mais pessoais e este percurso individual e colectivo, esta espiral evolutiva onto e filogenética encontrase, em tudo semelhante, no processo de aquisição da leitura. O bebé de colo lê os afectos com os quais está rodeado, as suas primeiras experiências leitoras sendo fortemente vinculadas com as suas experiências de vida comunicacional, sensitiva e emocional, por isso socioafectiva. Com o desenvolver progressivo dos seus pólos de atenção, o bebé “andante” experimenta outras sensações, conhece outras situações e faz experiências que a sua recém- autonomia motora lhe permite. A sua leitura do mundo é do tamanho dos seus passos, destemidos e felizes por galgar espaços até então vedados à sua exploração.

Mas é por volta dos seus 18 meses e com o aparecimento da linguagem que a criança pequena inicia um longo processo de estruturação do seu pensamento, desenvolve memória verbal, descobre alguma lógica nas relações entre acontecimentos comuns e diversifica os seus centros de interesse. A sua leitura do mundo envolvente começa por envolvê-la na leitura de si: este pequeno ser em construção inicia uma escuta de si próprio que, a partir deste segundo ano de vida, não terá mais fim. Paulatinamente, por volta dos 3 anos, a criança afirma a sua personalidade e o nascimento de uma identidade bem vincada. A sua fala “tropeça”, frequentemente, por querer exprimir o tumultuoso conjunto de ideias que lhe ocorrem. O pensamento processa-se tão rapidamente, precipitando perguntas ou acumulando noções, impedindo, por isso, uma expressão oral fluente. Por marcar a importante transição entre o bebé e a criança, a sua leitura da vida torna-se, então, mais pessoal e relacional, embora ainda muito egocêntrica: principia, nesta altura, o progressivo percurso de descoberta dos pares de idade. Quando, cerca dos 4 anos, ela descobre o poder de expressão que a linguagem lhe permite, a sua atenção focar-seá no prazer da descoberta do vocabulário e da construção frásica, cada dia mais complexa. Os seus pontos de vista sobre o mundo, que, então, abrange, são engraçados e pespontam sinais de imaginação nascente. Para ser compreendida, clara e objectiva, a leitura da criança procede de uma leitura das situações vividas por ela: torna-se uma leitura concreta

porque realmente experimentada. Os cinco sentidos devem continuar, o mais possível, a ser estimulados ao mesmo tempo e paralelamente, a fim de permitir uma aprendizagem significativa das noções em constante aquisição. Mas será preciso atingir os 5 anos para antever um certo sentido de humor a emergir e uma forte necessidade de a criança saber mais

Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

e melhor sobre os mundos mais distantes e inalcançáveis pelos seus próprios passos. A sua leitura de si desperta então a criança para a leitura do outro, diferente, próximo ou distante. O seu interesse em conhecer realidades diversas, modos de vida distintos, situações não directamente experimentáveis é, a cada nova leitura, mais intenso e imparável a sua sede de conhecimentos. Até aos 6 anos sensivelmente – ou 7 anos nos países nórdicos –, a criança só procedeu à leitura informal, isto é, espontânea, do mundo, da linguagem oral e das imagens observadas nos livros ou na televisão. Será com a entrada no ensino básico que iniciará, de facto, a leitura de letras e, depois, de textos. A leitura propriamente dita fornece-lhe a chave de entrada na comunidade dos adultos, iniciando-se o lento processo de aquisição dos códigos linguísticos, e não só, nela usados. Com o passar dos anos, terá acesso a uma enorme diversidade de tipos de textos e géneros literários. Durante o primeiro ciclo do ensino básico, a criança treinará a fluidez da leitura e a sua interpretação mais linear. Dar sentido aos

textos passará por conseguir relacionar as experiências vividas por ela própria ou pelos heróis dos livros aos conteúdos escritos e às situações, sensações e emoções aí descritas. A partir do segundo ciclo de ensino formal da língua, o jovem leitor descobrirá, progressivamente, que, atrás do sentido linear ou “evidente” do texto, existe um outro nível de leitura. Pouco a pouco, encontrará interpretações diversas para um mesmo texto e o mundo subjectivo das leituras abrir-lhe-á as portas sobre o mundo da polissemia da leitura, isto é, as várias leituras possíveis de uma mesma leitura. As leituras partirão no trilho da grande aventura da préadolescência, apresentando diários, contos e romances cujos heróis abrihttp://www.aesg.edu.pt

rão novas janelas sobre as paisagens matizadas desta fase de vida. Já não é criança, ainda não é adolescente, e esta transição conturbada, apoiada por leituras instrutivas, terá toda a vantagem em ser modelada por textos nutritivos, propondo exemplos de vida, imitáveis e dignos de serem seguidos. O processo de identificação nunca pára de vez e as leituras, as mais diversificadas possíveis, informarão e formarão o jovem de modo a este saber escolher as melhores sendas, as mais floridas de valores, as mais perfumadas de beleza. Mas até lá, e muito antes do texto e sempre para além dele, a ilustração ocupa um papel de relevo e a necessidade de fornecer ao

jovem leitor imagens de grande qualidade estética torna-se uma exigência premente para uma educação precoce inclusiva e transdisciplinar. Inclusiva por representar temáticas integradoras, sem preconceitos de nenhum tipo – sexismos, racismos, fundamentalismos de toda a ordem –, a ilustração actual apresenta uma qualidade formativa indiscutível. As mensagens veiculadas pela imagem têm um impacto poderoso no leitor, qualquer que seja a sua idade e competência leitora, mas necessariamente mais forte quando é o único meio de o não leitor de textos se apoderar dos conteúdos do livro. Pois, os significados implícitos contidos nas ilustrações parecem de uma apreensão mais fácil e imediata, embora, com o tempo, se vão descobrir subtilezas escondidas e uma impressionante profusão de elementos por interpretar: a simbologia das cores, a disposição dos componentes na página ou na dupla página e as suas relativas proporções, o seu encadeamento com os desenhos anteriores e posteriores, as linhas de força estabelecidas entre eles, o grau de abstracção do conteúdo representado, a repetição ou a unicidade de aparecimento dos elementos, e muito mais… Transdisciplinar por assumir uma parte fundamental na educação da sensibilidade e levar à construção harmoniosa do ser. Há, nas ilustra-

ções, noções matemáticas subjacentes, relações lógicas por desvendar, componentes plásticas de grande poética, valores fundamentais transmitidos, bem como inúmeros conteúdos paratextuais importantes para fornecer índices significativos: este conjunto de aspectos subtil e artisticamente entrelaçados ajudam a descodificar sentidos, relacionar conceitos, criar memórias e compor narrativas visuais, numa beleza coordenada que facilita a apreensão dos sentidos e estrutura as interpretações. Quando o grafismo também se integra discreta mas fundamentalmente entre o texto e a ilustração unindo-os para formar entre eles uma harmonia tão graciosa como eficaz, o leitor tem nas mãos uma obra de exímia qualidade e muitas pistas por seguir, rasgando novos horizontes interpretativos a cada curva deste maravilhoso trilho. Assim, a infindável aventura leitora deveria constituir um direito básico porque fundamental de cada ser humano. O acesso à leitura de narrativas visuais e textuais representa conseguir alcançar outros mundos sem sair do seu lugar, por definição estreito e limitado, e aceder a formas diferentes de ver/ ler a realidade, pensar e repensar a vida através de novos prismas, abranger distintos modos de observar situações e formas originais de relacionar acontecimentos… Possuir as competências de literacia e numeracia capazes de integrar estas novas dimensões à vivência diária de cada leitor significa poder participar de todos os actos de cidadania de forma envolvida, assumida. Porque a leitura é uma dinâmica interior que entra num perpétuo intercâmbio entre intimidade e exterioridade… Porque a leitura é integrativa da homogeneidade de cada ser e da heterogeneidade dos outros, semelhantes e distintos… Porque a leitura é constitutiva de identidades únicas, flores e frutos de uma história colectiva e individual intransponível… Porque a leitura é esta árvore da palavra, expressão holística e universal, raízes do ser e tronco do seu crescimento, oxigénio das suas folhas e sombra do seu descanso, frondosa rameira do Homem livre.

•Sylviane Rigolet

•Psicolinguística, licenciada em psicopatologia da comunicação e da linguagem e logopedia •Mestre em linguística formal •Coordenadora da Biblioteca de Fundo de Vila em São João da Madeira e comissária dos

Encontros Nacionais de Ilustração.

Criadora de um Projecto de Bebeteca, com formação de pais e animação de leitura para bebés. Faz regularmente animações de leituras em Jardins-de-infância, escolas dos vários graus de ensino e sensibilização para a promoção da leitura para encarregados de educação nos agrupamentos de escolas do país.

Ano 1—Nº1


Letras da Gardunha

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ARTIGOS DE OPINIÃO — OS NOSSOS PARCEIROS

Leitura, leitura, leitura … como eu te amo!

Da leitura, dos livros e dos leitores. Maria da Graça Sardinha mggds@ubi.pt

Lendo uma página por dia, eu via o que não sabia.

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e é verdade que nenhum território pode ser concebido como aproblemático ou vivendo para sempre com fronteiras definidas, o conjunto de conceitos acerca da leitura e do acto de ler vem-se sincronicamente descortinando

em cenários afectados por polémicas variadas, numa sociedade agitada que se movimenta numa velocidade de cruzeiro, sendo que o que é válido hoje poderá deixar de o ser amanhã. Impõemse sistematicamente questões, tais como: afinal ainda é preciso ler?; lemos porquê? e para quê?. De facto, a leitura historicamente submetida a preocupações de natureza formal e educativa, em detrimento da sua percepção como conhecimento do mundo, praticada ao longo da vida, na vida e para a vida, apresenta-se, hoje, integrada numa “movida” que tenta percorrer novos caminhos que, por sua vez, passam pelo questionamento de valores predominantes na sociedade, expandindo, concomitantemente, horizontes cognitivos e afectivos com o pretenso objectivo de criar seres humanos críticos, activos e interventivos. Todavia, apesar do que acabamos de expor, os hábitos e as práticas de leitura têm sofrido, também no momento actual, alterações profundas. Assiste-se, assim, a uma verdadeira metamorfose do leitor tradicional que, dispensando a cultura do livro se

transforma no internauta capaz de conjugar texto, imagem e som no conforto de uma moderna, porque actualíssima, Biblioteca de Babel. De facto, a sedução pelos novos media é uma afirmação de novas axiologias de leitura conducentes à inovação apoiadas em novos suportes de divulgação e de comunicação, onde se conjugam e interagem novos leitores, novos textos e novos contextos. Mas, independentemente de tudo o que já referimos, no nosso país, as práticas de leitura não parecem fazer parte dos hábitos de uma grande percentagem de portugueses, apesar de nunca os níveis de escolarização serem tão elevados como na actualidade. Com efeito, nunca o livro esteve tão acessível a todos, nunca nas casas portuguesas existiram tantos e tantos livros, nunca se ouviu falar tanto em bibliotecas quer escolares, quer municipais, nunca se leram tantos jornais e tantas revistas, nunca houve tantas exposições e feiras do livro… Perante tal impacto e alguma controvérsia, com um Plano Nacional de Leitura a desenvolver um trabalho de

Matéria de inquietação

Fernando Paulouro Neves um mundo de penetração difícil, às vezes configurado a uma estranha opacidade, este do universo dos Direitos da Criança, sempre atreito, é verdade, à retórica dos bons sentimentos (“o melhor do mundo são as crianças”), mas complacente em relação aos dramas que a comunicação social amplifica, nem sempre com a postura crítica e a pedagogia desejáveis. É preciso ganhar consciência de que as crianças são especialmente vulneráveis às situações de pobreza e de exclusão social, como acontece em Portugal. Ainda não há muito tempo ouvi a Prof. Jeni Canha dizer que “crescem os mau-tratos às crianças em Portugal”. É preciso ganhar consciência dos números revelados pela UNICEF (2005) sobre a realidade mundial da infância, altamente reveladores de um drama global, de fronteiras difusas, que mostra bem como o direito à felicidade das crianças é qualquer coisa que não entra nas prioridades dos sistemas políticos. Olhem os números: um em cada dois pobres é criança; uma em cada três crianças vive sem

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habitação adequada; uma em cada cinco crianças não tem acesso a água limpa; uma em cada sete crianças não tem acesso a cuidados de saúde; 121 milhões de crianças em idade escolar estão fora da escola primária; 272 milhões de crianças estão envolvidas em situações de exploração do trabalho infantil; uma em cada três crianças dos países subsarianos está infectada com o HIV/Sida; 50 anos é a diferença entre a expectativa de anos de vida de uma criança nascida hoje no Japão (83 anos) e na Zâmbia (33 anos). Pensamos nas mortes anunciadas destas vidas e abrimos os olhos de espanto: E, às vezes, no meio da banalização da crueldade, ainda temos uns segundos para tímidas indignações de circunstância. E, no entanto, passaram este ano 50 anos sobre a adopção pela ONU da Convenção dos Direitos da Criança, o instrumento jurídico supranacional mais subscrito no plano internacional (só os Estados Unidos e a Somália não o fizeram!), o que significa que os Direitos da Criança estão longe de ser materializados no quotidiano. Esta questão dos Direitos da Criança exige (também em Portugal) uma determinação colectiva que envolva toda a sociedade. Não podemos continuar a olhar para esta realidade com o estigma da indiferença. É matéria de inquietação comum para todos os dias.

excelência, tentando que todos, sem excepção, se sintam motivados a LER +, uma reflexão histórica e cultural do país em que vivemos leva-nos a pensar se realmente os caminhos escolhidos para a captação e formação de leitores serão os mais adequados. Indiscutivelmente, vivemos numa sociedade cada vez mais pragmática, onde o valor da leitura vem sendo associado a ritmos vagarosos (que exigem tempo e sistematização) e de pouco rendimento, levando a que a procura de cursos relacionados com as Humanidades sejam identificados com percursos que geram desemprego. Urge, pois, que as mentalidades mudem e que todos, mas todos, acreditemos no valor formativo da leitura, na promoção de leitores livres, interventivos e proficientes. Pais, professores, educadores, alunos, cidadãos, bibliotecários, … todos devem contribuir para que a leitura se torne num projecto de vida de todos nós, porque sucessivas leituras falam-nos sempre de outras leituras, como os livros nos falam de outros livros, não havendo leituras nem livros únicos. Vejamos o que nos

O ESPIÃO DE

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DE

diz Jorge Luís Borges em A Biblioteca de Babel […] para localizar o livro B consultar previamente o livro C e assim até ao infinito […] não me parece inverosímil que em alguma prateleira do Universo haja um livro total; rogo aos Deuses ignorados que um Homem – um só, ainda que seja há mil anos o tenha examinado e lido… que eu seja ultrajado, aniquilado mas que num instante, num ser, a tua enorme biblioteca se justifique. Termino, recorrendo a Kant, que defendia que através da leitura tomamos consciência do valor da liberdade e ainda a Umberto Eco quando diz que nas leituras o encontro com histórias verdadeiras, ou não, provoca emoções, permitindo, em paralelo, que o ser humano possa construir solidamente a sua própria narrativa. Lendo uma página por dia, eu sabia que sabia. P.S.: No Natal ofereça livros! •Mª da Graça Sardinha •Docente da UBI

D. JOÃO II

DEANA BARROQUEIRO

ma vez mais Deana Barroqueiro deu a lume um romance histórico, fazendo uma fusão perfeita entre ficção e realidade, numa profundidade de descrição detalhada de locais e vivências de época. O Romance “O Espião de D. João II”, em que se retrata a vida atribulada de Pêro da Covilhã, foi lançado no passado sábado, dia 5 de Dezembro, numa agradável sessão que decorreu no Hotel Príncipe da Beira e foi apresentado pela Dr.ª Maria Adelaide Neto Salvado na presença do Editor da Ésquilo, Edições e Multimédia, Paulo Alexandre Loução. A leitura desta obra, que o fará navegar num mundo de aventuras, intrigas e enigmas decorridos no oriente, revela-se uma excelente sugestão de leitura e oferta para este Natal.

Parabéns Deana Barroqueiro!

•Fernando Paulouro Neves

•Director do Jornal do Fundão Dezembro de 09


Letras da Gardunha

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PROJECTOS P R O J E C TO “ À D E S C O B E RTA D A S Q U AT R O C I D A D E S ”

A H I S T Ó R I A TA M B É M S E C O N S T R Ó I C O M P R O J E C TO S I N O VA D O R E S “…as pessoas são solitárias porque constroem paredes em vez de pontes” Newton oje quero trazer a este espaço de escrita e partilhar com todos, aquilo em que pedagogicamente acredito, bem como as potencialidades que as instituições parceiras da escola demonstram, quando unem esforços e cruzam caminhos na vasta caminhada da educação. Claro está que falo de um projecto que perdura há catorze – “À DESCOBERTA DAS 4 CIDADES” – que através de um trabalho muito bem articulado entre as câmaras municipais e as escolas, têm desenvolvido objectivos pedagógicos muito claros, contribuído, de uma forma transversal, para explorar os Currículos do 1º Ciclo do Ensino Básico. Ao longo deste tempo, centenas de alunos e dezenas de professores percorreram já as cidades de Fundão, Marinha Grande, Montemor-o-Novo e Vila Real de Stº António, fazendo amizades, alargando conhecimentos e aprendendo regras de cidadania. Muitas foram as memórias que ficaram registadas, quer em

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produções escritas (Livros:”Cheiros e Sabores” e “Patrimónios do nosso brincar”), marcadores, puzzles, exposições, colecções de postais, fotografias …, quer através das vivências que cada aluno recolheu nas actividades em que foi verdadeiro protagonista e que muito bem guardará na sua memória, para um dia partilhar com os seus amigos. Estamos pois, perante uma prova evidente de que há ainda, nos dias de hoje, quem veja os aspectos dinâmicos e positivos do imaginário e d a s práticas tradicionais. Assim, ouvindo as pessoas mais velhas, visitando espaços, por vezes esquecidos, mesmo por quem convive com eles diariamente, de uma forma arrojada, são transportados para a sala de aula, trabalhados em vários registos e mais tarde, com a colaboração das autarquias, assumem o formato de publicações que finalmente são partilhados por outros públicos. É neste propósito, afirmativo

de mais uma nova acção educativa, em que participam as EB1 de Atalaia do Campo e Póvoa de Atalaia (do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha) que nos conduzirá no final deste ano lectivo, à produção de um Colecção de Postais e Marcadores

“Roteiro Turístico – 4 cidades”, quatro mapas turísticos, acompanhados de um CDROM, recheado de informação e fotografias, para além de uma componente interactiva onde coloca à prova o conhecimento, ou a História que se ajudou a construir acerca das 4 cidades geminadas: Fundão, Marinha Grande, Montemor-o-Novo e Vila Real de Stº António. Sabemos que estes desafios são ousados, mas mais ousada é ainda, a nossa vontade de saber, conhecer e partilhar.

•Joaquim Gouveia •Coordenador do Projecto a nível das 4 cidades geminadas

Ciência Sobre Rodas 1

. Fundão pela Ciência II - Nos passados dias 19, 20 e 21 de Março, o Departamento de 1.º Ciclo participou na Exposição “Fundão pela Ciência II”, organizada pelo Projecto Ciência Sobre Rodas, projecto desenvolvido no nosso Agrupamento e coordenado pelos colegas Maria João Ramos e Paulo Rosário em parceria com a Universidade de Aveiro, Ciência Viva e a Autarquia do Fundão. O Departamento de 1.º Ciclo fez -se representar através de um pavilhão multi-funcional, apresentando: - Um espaço de Ciências Experimentais, onde os colegas António Caria, Margarida Monteiro e António Melo propunham actividades diversas, desde montagens experimentais no âmbito das ciências físicas e químicas até à presença de um Planetário e curiosidades relacionadas com o nosso Universo; - Um espaço documental, onde se podiam livremente consultar livros e outra documentação ligada às ciências e a outras áreas do conhecimento, recreação e formação, além de poderem manobrar alguns fantoches existentes; - Um espaço oficinal onde os pequenos visitantes podiam “dar largas à sua imaginação”, através de actividades de pintura e escrita, além de construírem uma caravela (catavento), que levavam como recordação, sob o olhar atento e sempre

disponível da colega Conceição; - Um espaço de ludicidade e curiosidade Matemática, onde a colega Fernanda Salgueiro animou actividades que recorriam a materiais manipuláveis (jogos e construções matemáticas) e ainda uma mostra de Ilusões Visuais. A mostra revelou-se um sucesso e mostrou uma evolução muito positiva na forma de organização do 1.º Ciclo, como foi referido pelos visitantes, pelas entidades promotoras e pela Direcção do Agrupamento. De realçar o empenho de todos os docentes do Departamento, pela sua colaboração essencial e imprescindível na construção do espaço. Teremos que dar um especial agradecimento aos que estiveram sempre presentes na dinamização do espaço, sem olhar ao tempo: a eles o nosso bem-haja!

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. Actividades do Projecto Ciência sobre Rodas 2009/10 Durante o presente ano lectivo, face ao facto de se ter tornado projecto do Ministério da Educação, ao Projecto Ciência Sobre Rodas foi atribuído um horário completo para organização e dinamização de actividades nas escolas do Agrupamento. Em consequência, a professora Mónica Duarte e o professor António Melo definiram um plano de trabalho nas Escolas de 1.º ciclo e nos

Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

Jardins de Infância do Agrupamento; calendarizaram-se deslocações, planificaram-se as actividades a desenvolver. Dado não haver certezas em relação à disponibilidade de transporte da Autarquia (que, no entanto, ficou resolvida ainda na primeira semana de actividades), essas iniciaram-se nas escolas da cidade. No entanto, após deslocações às turmas da escola sede (4.º ano), EB1 Senhora da Conceição e Jardim de Infância Porta Aberta, um pico de Gripe existente na zona obrigou a uma paragem. Esperamos retomar em breve a actividade deste projecto, agora que os meios humanos permitem uma acção mais consentânea com os seus objectivos. Uma lembrança especial para a colega Maria João ramos, Coordenadora do Projecto, que, por razões de saúde, não tem podido dar o seu precioso e indispensável contributo. As melhoras são o desejo de todos nós. (António Melo, coordenador) .Semana da Ciência Decorreu entre os dias 21 e 27 de Novembro, a Semana da Ciência, sendo que, este ano, foi comemorada de forma diferente nas escolas de 1º ciclo do agrupamento. Dadas as limitações impostas pelo Plano de Contingência da Gri-

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http://www.aesg.edu.pt

E.B.1 DAS ATALAIAS – Atalaia do Campo e Póvoa de Atalaia

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E.B.1 das Atalaias já está a desenvolver actividades no âmbito do Projecto “À Descoberta das Quatro Cidades”. No passado dia 24 a E.B.1 de Atalaia do Campo recebeu a técnica do Projecto, Dr. Ana Catarina, que esteve todo o dia na escola para dar directrizes sobre o trabalho a desenvolver ao longo deste ano lectivo. De manhã foram feitas algumas pesquisas e à tarde foi feita uma visita de campo, para conhecer a “Ponte Romana” de Atalaia do Campo. Além da ficha identificativa do monumento, os alunos aproveitaram para desenhar o que viram. No dia 25 de Novembro, a técnica esteve na E.B.1 da Póvoa

de Atalaia para dar continuidade ao Projecto. De manhã foi feita uma visita a Castelo Novo para recolha de informação de alguns monumentos, tiraram-se fotogra-

fias e foram reproduzidos, pelos alunos, alguns desses monumentos. No regresso à escola, procedeu-se ao preenchimento das

fichas identificativas dos monumentos visitados. O trabalho a desenvolver será feito, não só a partir das informações recolhidas em visitas realizadas, mas também com recurso à Internet e a testemunhos orais. O desenvolvimento do Projecto tem sido enriquecedor para os alunos, na medida em que lhes permite desenvolverem competências ao nível das novas tecnologias, troca de saberes e de experiências e ao nível cultural. Todos os alunos aderiram com entusiasmo às actividades propostas mostrando muito empenhamento na execução das mesmas.

•António Melo Coordenador 1.º ciclo

pe, o Projecto Ciência Sobre Rodas viu-se impossibilitado de se deslocar às várias escolas de 1º ciclo do agrupamento e também de utilizar os equipamentos do Projecto, tal como estava previsto. S e n d o assim, foram distribuídos, por todos os professores do 1º ciclo, protocolos de trabalhos experimentais com o objectivo de serem desenvolvidos pelos alunos ao longo desta semana. Todos estes protocolos Fundão pela Ciência II diziam respeito a actividades muito simples, podenSendo esta a única forma encondo ser facilmente executadas pelos trada para comemorar esta semana, alunos, através de trabalho de grupo esperamos que tenha proporcionado ou individualmente, para posterior aos alunos a oportunidade de desenapresentação aos colegas na sala de volver um trabalho diferente e, conaula. sequentemente, despoletar a sua Os materiais necessários eram curiosidade nesta área. também, na sua grande maioria, facilmente adquiridos pelos alunos, sendo alguns exemplos: garrafas de plástico, garrafas de vidro, balões, •Mónica Duarte, papel, canetas, entre outros do mesCiência Sobre Rodas mo género. Ano 1—Nº1


Letras da Gardunha

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PROJECTOS E CLUBES

Tema a trabalhar 2009/2010 EDUCAÇÃO SEXUAL MAIS UM ANO ASSEMBLEIA…

N

NA

a nossa Escola, este projecto tem vindo a crescer ao longo destes seis anos em que fortalecemos a nossa participação, nomeadamente ao nível do número de turmas envolvidas. De referir que existiu uma turma na nossa Escola que participou desde o quinto ano de escolaridade, tendo ido à Assembleia da República duas vezes. Hoje, os alunos estão no décimo ano de escolaridade e continuam a participar no projecto, mas a nível do ensino secundário. No início do presente ano lectivo, os alunos de algumas turmas (que já foram à Assembleia da República no ano lectivo anterior) afirmaram: “Queremos ir outra vez à Assembleia…”. Perante este desafio, comecei de imediato a preparar a nossa participação, de acordo com o tema que se iria trabalhar. Como Coordenadora dos Directores de Turma do Terceiro Ciclo, considerei importante divulgar o projecto a todos os

PARLAMENTO

DOS

J

Susana Lopes Cristina Silva

3 - 6º A

Maria José Fernandes

4 -6º D

José Valente Lopes

5 -7º B

Paula Duarte

6 - 7º D

João Paulo Braz

7 - 8º A

Lídia Proença

8 -8º B

Deolinda Marques

Alice Marçalo Directores de Turma, logo na 9 - 8 ºD primeira reunião de Conselho de 10 - 9º A Maria Júlia Gil Directores de Turma do presente Maria Eugénia de 11 - 9º Sousa/ Fátima Garcia B/9ºC ano lectivo, com o objectivo do (fazem mesmo ser transmitido a todas as uma só turmas da Escola. Era urgente lista) “arregaçar as mangas” e iniciar o trabalho. Predispuseram-se a participar doze turmas da nossa Escola, coadjuvadas pelos respectivos Directores de Turma: As actividades a realizar pelos alunos/turmas participantes no presente ano lectivo são as seguintes: - Cada turma fará um debate, na sua turma, orientado pelo respectivo Director de Turma e tendo como moderadores os elementos de cada lista. Realizarão um relatório final de tudo o que será debatido e concluído. Estes serão posteriormente entregues à Responsável pelo projecto e arquivados num dossiê para o efeito. Irá também ser realizado um debate, no bufete da Escola e entre todas as turmas participantes, no final do primeiro período (dia dezoito de Dezembro), sendo este subordinado ao lema, designado pela Comissão Eleitoral, “ESCOLHE UM PROJECTO DE VIDA”. Deste modo, criar-se-á entre todos os elementos das listas um debate aberto, amplo e produtivo em ideias e sugestões – preparando-se deste modo a Sessão Escolar, que se realizará no dia dezanove de Janeiro de dois mil e dez; - Realizar-se-ão várias reuniões de trabalho entre os elementos participantes, Directores de Turma e Comissão Eleitoral. Nessas reuniões de trabalho, serão trabalhados “todos os passos” desta primeira fase do projecto, nomeadamente a preparação da Campanha Eleitoral (que decorrerá nos dias sete, oito, onze, doze e treze de Janeiro, sendo o dia catorze de Janeiro o dia destinado à reflexão) e a do Processo Eleitoral propriamente dito, que decorrerá no dia quinze de Janeiro. Os elementos da Comissão Eleitoral são os seguintes: Professores: - Alice Marçalo (Directora de Turma do 8º D); - Cristina Pio (Professora de E.V.T.); - Júlia Gil (Directora de Turma do 9º A); - Maria Eugénia de Sousa (Coordenadora do Projecto na Escola e Directora de Turma do 9º B).

JOVENS – UMA

VISÃO

Como todos os anos, mais uma vez o “Parlamento dos Jovens” bate-nos à porta á não é novidade, este projecto que, desde o seu início, tem sido muito bem recebido, atraindo sempre alunos de todas as turmas e anos de escolaridade, desde os caloiros e inexperientes de 5º Ano até aos finalistas, já sabedores, de 9º. Tudo com um objectivo: alcançar nada mais, nada menos, do que a liderança nas eleições escolares. Uma corrida política portanto. E, para cortar a meta em primeiro lugar, os nossos políticos, unidos e separados por várias listas, terão de provar do que são capazes e se estão dispostos a vencer. Em breve, veremos que ideias inovadoras trazem as “cabeças pensadoras” da escola que desejam marcar a diferença. E logo este ano que o tema é tão sugestivo: “Educação Sexual”. Mas, talvez infelizmente, parece que este ano a adesão do pessoal não tem sido tão grande como em anos anteriores. Não que eu tenha uma tabela cheia de gráficos estatísticos – ai de mim se tivesse que ter uma – mas, a meu ver, pelo menos nos anos mais avançados, veio-me a parecer que o número de candidatos tem descido para um número bastante inferior ao do ano anterior. Talvez

1 - 5º A 2 -5º C

estejamos a perder o interesse pela política. Também temos de dar um desconto, a malta sénior cá do sítio já “marra” em papel escrito há uns bons anos. Já não temos a “genica” da juventude do 2º Ciclo. Esses, sim, são os que ainda vêm com uma mente organizada, e talvez com bastantes ideias novas. A menor adesão tem vindo a causar a união entre turmas para formar listas completas. O que, vendo bem, é uma mais valia. Afinal não é esse um dos objectivos deste projecto? A colaboração e o espírito de equipa. E não podia faltar o “fairplay”, claro. Não queremos cá golpes sujos, e muito menos golpes de estado. A não ser, talvez, mais uma revolução dos cravos. Com feriado regional e tudo. Bem, com cravos ou com rosas, a “corrida à casa branca” começou de novo. E, para o desfecho desta crónica, eu desejo sorte, porque todos vão precisar, e muito trabalho, que é o factor chave, a todos os participantes no “Parlamento dos Jovens”. Queremos políticos honestos e determinados, porque isso é o que falta e não se arranja com facilidade.

Sebastião Lambelho – 9º B

F ORMAÇÃO ESCOLA S EGURA

A

aula de Formação Cívica de 1 de Outubro de 2009 da Turma 9º A contou com uma presença diferente: dois agentes da Escola Segura, um deles também Encarregado de Educação de um dos alunos da turma. Os agentes João Cerdeira e José Martins voltaram à escola para fomentar uma acção de sensibilização sobre Prevenção Rodoviária, envolvendo-se, assim, na formação directa dos alunos e fomentando a participação parental no espaço sala de aula. A actividade, que integra o Projecto Curricular de Turma, teve como principais objectivos a promoção da articulação entre os conteúdos trabalhados na disciplina de Ciências Físico-Químicas e o plano de formação cívica; o fomento da participação de Encarregados de Educação em actividades de turma; a articulação com entidades parceiras na educação, nomeadamente a Escola Segura; a formação de cidadãos responsáveis e com uma actuação cientificamente esclarecida e racional na preservação da sua qualidade de vida; o desenvolvimento de competências de valorização de atitudes de segurança e de prevenção, assim como o de literacias científicas, essencial ao exercício pleno da cidadania. Nesta acção, houve ainda a preocupação em informar os jovens das estatísticas relacionadas com os acidentes nas estradas portuguesas, um dos grandes flagelos da sociedade actual. Assim, e porque os objectivos foram claramente cumpridos, decidiu-se alargar a actividade às restantes turmas de 9º Ano de escolaridade. Talvez porque cidadão prevenido…seguro é! Júlia Gil Dezembro de 09

Alunos: 2º Ciclo: Maria João Monteiro (5º A); 3º Ciclo: Paulo Afonso (9º B) e Lara Ramos (8º B). Realizou-se, na semana passada, um convite a um deputado da Assembleia da República para se deslocar à nossa Escola no dia onze de Janeiro de dois mil e dez para um debate/Sessão de Esclarecimento aos alunos participantes no projecto. Esta actividade, que se prevê irá decorrer na Biblioteca Eugénio de Andrade, ainda está sujeita a confirmação pela Assembleia da República. Realizar-se-á a Sessão Escolar no dia dezanove de Janeiro de dois mil e dez, num espaço privilegiado da nossa Escola – o BUFETE dos alunos. Nessa Sessão, serão eleitos os alunos que representarão a Escola na Sessão Distrital (em local a designar). Estarão presentes os trinta e um deputados eleitos e os elementos de cada lista não eleitos, a Comissão Eleitoral, Directores de Turma, outros professores envolvidos no Projecto e os elementos da Direcção da escola. De salientar que todas as informações, actividades, esclarecimentos e fotos estarão na PLATAFORMA MOODLE@ do nosso Agrupamento, podendo ser consultada por toda a Comunidade Escolar, assim como no placard que se encontra no átrio principal da Escola sede, junto ao telefone. A Comissão Eleitoral articulará este projecto com o Projecto Crescer com Saúde, dada a convergência do tema, com actividades em

CLUBE 17

DE

DE

GENTE

parceria, assim como com a Coordenação dos Directores de Turma. Este projecto já é concretizado na nossa Escola há alguns anos, tendo sempre como lema cumprir com rigor todas as directrizes. No presente ano lectivo, a tarefa continuará trabalhosa dado o elevado número de turmas participantes: doze turmas. Em jeito de conclusão, gostaria de referenciar o enriquecimento pessoal por mim sentido com a participação neste projecto ao longo destes seis anos, destacando igualmente que o mesmo contribui decisivamente para criar novas oportunidades nos alunos, nomeadamente no acesso a experiências pedagógicas inovadoras, na participação na vida cívica de forma crítica, consciente e responsável e ainda na cooperação e solidariedade para com os outros e no trabalho em grupo.

•A Coordenadora do Projecto na Escola

•Maria Eugénia de Sousa

SEM

CIGARROS

NOVEMBRO DIA DO N ÃO F UMADROR

O

fumo d o cigarro é um dos maiores riscos para a saúde pública e representa uma das principais causas de morte prematura, devida a doenças cardiovasculares e do aparelho respiratório, nomeadamente cancro do pulmão e bronquite crónica, entre outras. Os riscos que o fumo do cigarro acarreta para a saúde dependem directamente da idade em que se começa a fumar e da quantidade e tipo de cigarros que se fumam. A Organização Mundial de Saúde e a União Internacional Contra o Cancro recomendam às autoridades escolares que implementem programas educativos para os jovens sobre o fumo e a saúde. Neste âmbito, os alunos que frequentam o Clube Gente Sem Cigarros, conscientes desta problemática, realizaram, no dia 17 de Novembro, uma exposição de cartazes alusivos ao “Dia Do Não Fumador”, alertando para os malefícios do tabagismo e contribuindo, deste modo, para a

concretização de alguns dos objectivos do clube, nomeadamente: - Motivar os colegas a aderirem a estilos de vida saudáveis e a recusarem hábitos prejudiciais para a saúde e para o ambiente; - Conhecer e identificar os malefícios e doenças associados ao tabaco Estão de parabéns os alunos que continuam a revelar preocupação com a saúde e bem-estar da comunidade escolar.

•A responsável pelo Clube •Odete Martins


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Letras da Gardunha

CLUBES E PROJECTOS

Programa Eco-Escolas Retrospectiva de quatro anos de existência a ajudar o Ambiente ços do edifício escolar; - Produção de energia solar através de painéis fotovoltaicos (prémio “Rock in Rio – Escola Solar”); - Redução do consumo de papel (envio de documen- Dia Eco-Escola e piquenique no Parque de Manutenção tação por email e fotocópias realizadas em pela AFAF e com a colaboração ambos os lados das folhas); dos Governos Civis e Câmaras - Utilização de detergentes Municipais de toda a zona cenbiodegradáveis. tro; “Olimpíadas do Ambiente”, organizadas pela UniversidaActividades desenvolvidas de Católica; com e pelos alunos: As actividades realizadas no “Geração Depositrão”, com âmbito do Programa Eco-Escolas as duas turmas do Primeiro Ciclo já envolveram centenas de aluresidentes na escola sede, promonos e dezenas de professores, vido pelo Programa Eco-Escolas; distribuídas por vários temas. Já “Pilhas de Livros”, com o fizemos agricultura biológica e ensino pré-escolar, promovido compostagem; reutilizámos pelos Hipermercados Modelo. quantidades significativas de resíduos para produzir enfeites, Prémios recebidos desde 2005 presépios e árvores de Natal; participámos em concursos, fei1º Prémio ras e mostras de projectos; cola“Decorações Natalícias com borámos com Materiais de Desperdício”, prooutros projectos movido pelo Centro de Informada escola e realição Ambiental. zámos exposições; 2º Prémio fizemos caminha“Concurso de Presépios”, das e piqueniques; promovido pela Câmara Municirealizámos estudos pal do Fundão. e inquéritos; orga3º Prémio “Escola da Energia – Protótipos, nizámos uma pastema livre”, promovido pelo Prosagem de modelos grama Eco-Escolas e GALP de fatos confecEnergia. cionados com resíduos; recolhemos 1º Prémio no distrito de Castelo toneladas de mateBranco rial eléctrico e Horta biológica e compostagem, pela turma 5ºE electrónico em fim “Projecto Rock in Rio – Escola de vida; construíSolar / Painéis fotovoltaicos”. mos barcos e carros a energia desenvolveram ao longo deste solar; participámos em todas as 2º Lugar no grupo dos 16 Prétempo, algumas das quais com entregas do Galardão bandeira mios de Incentivo responsabilidade na implementaVerde, a última das quais em ção de novos procedimentos no “Projecto Escola Electrão” – Santa Maria da Feira, onde estidia a dia da escola. 13300 kg de Resíduos Eléctricos vemos presentes para a apresene Electrónicos. tação musical “Sons da Terra” e O que mudou com a maior delegação de semcom o Programa A nossa Pegada pre: 36 alunos e 4 professores. Tantas outras actividades que Eco-Escolas: Ecológica seria difícil enumerá-las na sua - Recolha selectiva do lixo A equipa da Energia, constituída totalidade. (plástico, papel, vidro, pilhas), por quatro alunos do 8ºB, realiA título de exemplo, elencanos espaços comuns da escola; zou um estudo sobre os consumos mos aqui os projectos em que a - Recolha de papel nas salas efectuados pela escola no primeiescola esteve envolvida no ano de aula e gabinetes de trabalho; ro quadrimestre do ano de 2009, lectivo 2008/2009: - Recolha de pequenos eleccom a finalidade de definir a “Escola Electrão”, promovitrodomésticos (contentor Deposipegada ecológica da escola e a do pela Amb3E; trão); sua contribuição para o efeito de “O Ambiente é de Todos – - Recolha de tampas de plásestufa do planeta. vamos usar bem a energia”, protico e rolhas de cortiça; movido pela EDP; Verificados os consumos de - Construção de um espaço “Escola da Energia” – Banelectricidade e gás e a emissão de para estacionamento de bicicleda Desenhada, Carrinho Solar e CO2 que os mesmos implicam tas; Barco Solar, promovido pelo anualmente, concluiu-se que seria - Colocação de torneiras temPrograma Eco-Escolas e GALP necessário plantar 92 árvores para porizadas nas casas de banho; repor o equilíbrio na atmosfera. Energia; - Colocação de lâmpadas de Dá que pensar!... “Resid’Art”, promovido baixo consumo em alguns espa-

T

udo começou no ano lectivo 2005/2006, quando alguns alunos, professores e auxiliares de acção educativa, com o apoio da Câmara Municipal do Fundão, deram início, na nossa escola, a este projecto que era do total desconhecimento de todos. A vontade férrea que nos uniu então fez-nos superar muitas dificuldades e, depois de muitos avanços e recuos, erros e sucessos, diálogos acesos e momentos de desânimo, aqui estamos, volvidos quatro anos, a poder afirmar que o saldo foi positivo. Até então, na nossa escola, não existiam medidas concretas relativamente ao lixo produzido, à água e à energia desperdiçadas ou a qualquer outro tipo de actuação que ajudasse o ambiente. Foi com o Programa EcoEscolas que uma “nova vida” surgiu, possibilitando uma mudança acentuada nas atitudes e formas de pensar da comunidade escolar, incluindo as famílias. Hoje, TODOS sabemos que o planeta está em perigo e que cada gesto nosso, por mais pequeno que seja, faz a diferença relativamente ao futuro das próximas gerações. Para essa tomada de consciência muito contribuíram as actividades que se

Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

http://www.aesg.edu.pt

Totais de gastos nos primeiros quatro meses do ano Janeiro

Água

Kg

Abril

Euros

Q t.

Euros

Q t.

Euros

Qt.

383,44

5 6 *

40,94

1 *

34,57

0 0 *

1723, 15

265

4642,0 9

3 8 2 6 2 2 4 2 8

1629,1 2

1 6 1 1 6 2 0 6 8

2762,4 2

2 1 5 8 2 2 5 5 6

1986, 48

15485

2199, 29

2069

Kw Gás

Março

Q t.

M3 Luz

Fevereiro

Euros

2558,1 4

2178,8 4

2693,0 0

* Valores alterados devido a avaria no contador da água. Emissão anual de CO2 Luz

6,33 Toneladas

Gás

8,27 Toneladas

Total

14,6 Toneladas

Código de Conduta do Eco-Estudante Dentro da sala de aula: - Sempre que possível, utiliza a luz natural para iluminar a sala. - Se necessitares de ligar as luzes, repara que podes acender todas as lâmpadas ou só metade, conforme a necessidade. - Desliga as luzes, sempre que abandonares a sala. - Mantém as janelas fechadas quando o aquecimento estiver ligado. - Não desperdices papel. Utiliza sempre ambos os lados das folhas. - Recorre à fotocópia de documentos só em caso de absoluta necessidade. - Coloca o papel de que já não necessitas no respectivo caixote para reciclar. Não deves deitar nele nem lenços nem guardanapos de papel. - Nas salas com lavatório, não desperdices água e fecha sempre bem as torneiras. - Desliga os equipamentos eléctricos (Televisores, Computadores, Leitores de DVD e Vídeos), não os deixando em Standby. Nos restantes espaços da Escola: - Não deites lixo para o chão. Lembra-te que as pastilhas também são lixo. - Utiliza os Ecopontos para o lixo reciclável e os caixotes castanhos para o lixo não reciclável. Quando te deslocas para a Escola: Sempre que possível, vem a pé, de bicicleta ou de transporte público.

O PLANETA AGRADECE!...

Ano 1—Nº1


Letras da Gardunha

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CEF — CURSO DE EDUCAÇÃO FORMAÇÃO

U M O L H A R F O TO G R Á F I C O

TANGRAM

Os textos que se apresentam são o resultado do desafio lançado aos alunos da turma de segundo ano do Curso de Educação e Formação de Serviço de Mesa, no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa. Depois do estudo da literatura de viagens e da descrição, modo de expressão privilegiado neste género literário, os alunos foram convidados a registar uma imagem, através de uma máquina fotográfica fictícia, a partir da qual teriam que fazer a descrição do espaço escolhido pela objectiva de cada um. Os resultados foram diversos, mas o mais importante foi fazer uma viagem dentro da sala de aula através das palavras. Aqui ficam alguns exemplos.

Tangram é um quebra-cabeças, cujo nome significa “7 tábuas da sabedoria”. É um jogo antigo oriental, constituído por 7 peças, também conhecidas por tans (5 triângulos, 1 quadrado e 1 paralelogramo). O objectivo do jogo é formar várias figuras, utilizando todas as peças e sem sobreposições. Os alunos da turma do 2º Ano do Curso de Serviço de Mesa construíram o seu próprio Tangram, usando uma folha de papel branco e fizeram figuras que, apesar de não serem geometricamente iguais, são equivalentes, porque foram construídas com o mesmo Tangram, logo têm a mesma área.

UM DIA FRENÉTICO… Hoje estou na Avenida dos Chineses, numa esplanada, a comer um bolo, a beber um galão e a olhar para a cidade. Que inferno! Que agitação! A cidade que me envolve tem tantos carros, carrinhas, autocarros… Parecem cabeças de formigas, num dia de grande azáfama. Os prédios são tão altos como a Torre Eiffel. O céu está cinzento, carregado, devido à imensa poluição provocada pelos carros… pelas fábricas que dão emprego a tanta gente! As palmeiras, a terra… são excessivamente pequenas para esta cidade gigantesca. Estou na cidade, mas ao mesmo tempo sinto-me como se estivesse nas Caraíbas. Há uma ideia controversa. Oiço tanto barulho que parece um avião a aterrar. Levanto-me e começo a andar. É como se sentisse a poluição a bater na minha cara. Viver na cidade é bom, mas também não é, porque há muita poluição, barulho e movimento por todo o lado. É como se estivesse dentro de um metro e não parasse, enclausurada na prisão citadina. Observo agora os prédios. Têm tantas janelas como uma igreja. As ruas são estreitas como uma quelha sem fim… páro! Olho em meu redor e interrogo-me: Será que podemos diminuir a poluição na cidade? Mas só tempo o dirá, como em tudo na Vida! Ana Lúcia (SM2)

UM PERCURSO HISTÓRICO Hoje parei aqui! Depois de ter percorrido muitos quilómetros, valeu a pena! Tiro a máquina fotográfica para dar cor a esta imagem que mais tarde irei recordar. Estou em Montemor-o-Velho, no lugar onde outrora havia um castelo, usado no tempo das batalhas. Vou ao alto das muralhas e o meu olhar perde-se no verde da paisagem. Uma imensidão que nos obriga a pensar o quão importante é a natureza para a vida humana! E o silêncio… um bom aliado para a reflexão, neste espaço que mistura a História com a natureza… Respiro um ar tranquilo, puro, natural… Volto ao local… Hoje há muitas actividades para escolher. O castelo está muito animado, porque se comemora o dia da inauguração deste espaço. Há malabaristas, espectáculos de teatro, músicos a relembrar a Idade Média… Ouvi dizer que já serviu para festas de juventude, feiras medievais e mesmo workshops. Talvez por isso a destruição das muralhas já pouco deixe desse passado remoto… Vamos estar mais atentos ao nosso património! Simone Mateus (SM2)

O

Quem foi Pitágoras?

P

itágoras foi um matemático e filósofo que nasceu em 580 a.C., na ilha grega de Samos. Mais tarde, viveu em Crotona, sul de Itália, onde fundou a escola pitagórica, reunindo políticos, matemáticos e astrónomos. Diz-se que foi nessa escola que se demonstrou uma importante relação entre números e geometria, que teve o nome de Teorema de Pitágoras. “Num triângulo rectângulo, a área do quadrado construído sobre a hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados construídos sobre os catetos.” Existem inúmeras demonstrações deste teorema. Em 1968, e segundo o NCTM (National Council of Teachers of Mathematics), estavam já publicadas 367. O que foi pedido aos alunos da turma de Serviço de Mesa do 2º Ano foi que procurassem demonstrar geometricamente este Teorema.

DESPORTO ESCOLAR

Clube do Desporto Escolar O

Clube do Desporto Escolar continua em funcionamento. Depois das férias de Verão, com o arranque de um novo ano lectivo, assiste-se ao reiniciar das actividades deste Clube, sob a coordenação do professor Rafael Lourenço e do professor Coordenador do Grupo de Educação Física, João Fernandes. Assim, o Clube do Desporto Escolar tem em funcionamento, para o presente ano lectivo, várias modalidades desportivas incluídas em grupos específicos. Como é do conhecimento da comunidade escolar, um dos objectivos do Clube do Desporto Escolar é incentivar todos os alunos à prática do desporto como parte de uma vida saudável, tentando incluir o maior número possível de alunos da escola e um conjunto de modalidades desportivas que vão de encontro aos interesses da maior parte dos alunos. Nesse sentido, foram estipulados horários compatíveis com a maior parte das turmas, de forma a possibilitar a frequência das actividades pela maioria dos eventuais interessados.

Nes-

t

momento estão a funcionar as seguintes modalidades: Modalidade

Escalão

Sexo

Professor respon‐ sável

Horário

Futsal

Iniciados

Masculinos

João Fernandes

4as Feiras – 14h – 17h

Desportos gímnicos

Todos

Misto

João Valente

4as Feiras – 14h – 17h

Natação

Todos

Misto

Carla Massano

4as Feiras – 14h – 17h

Atletismo

Todos

Misto

Vânia Capelas

4as Feiras – 14h – 17h 2as Feiras – 14h – 17h

Voleibol

Infantil

Masculino

Rafael Lourenço

4as Feiras – 14h – 15h 30m

Os treinos destas modalidades tiveram início há já algum tempo, decorrendo todas nas instalações desportivas da escola, à excepção da Natação, cujos treinos têm lugar na Piscina Municipal coberta do Fundão.

Estão previstas, ainda para este período, actividades deste Clube no âmbito da formação de árbitros e juízes em cada uma destas modalidades. Para o final deste período está previsto um jogo de Futsal que oporá alunos a professores e funcionários da escola, no escalão misto. No Plano de Actividades do

e Dezembro de 09

Clube do Desporto Escolar estão ainda previstas, entre outras, o Corta-Mato escolar, a realizar no próximo mês de Janeiro, bem como o início da competição entre os grupos/equipas acima referidos e os grupos/equipas correspondentes de outras escolas (Campeonato e concentração Inter-escolas). Há ainda a referir a realização do Megasprinter (salto em comprimento – velocidade – resistência), com eliminatórias sucessivas inicialmente em cada turma, depois interturmas (fase escolar) e, mais tarde, inter-escolas (fase distrital). Constata-se, portanto, que o Clube do Desporto Escolar está vivo e de boa saúde… e recomenda-se! •Rafael Lourenço Coordenador do Desporto Escolar


Letras da Gardunha

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PROJECTOS EUROPEUS

Projecto “Johnny’s Seven Friends” Aprendizagem ao Longo da Vida – Comenius Portugal, ponto de Encontro I

O

Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha é uma das escolas participantes no Projecto “Johnny’s Seven Friends”, inserido no programa Aprendizagem ao Longo da Vida – Comenius. Trata-se de uma parceria multilateral entre escolas de vários países europeus – Portugal, Islândia, Estónia, Lituânia, Itália e Turquia – a desenvolver ao longo de

dois anos, tendo-se iniciado no ano lectivo transacto. No projecto participam 28 professores de diversas turmas dos vários níveis de ensino, desde o Pré-escolar, Primeiro e Segundo Ciclo a uma turma de CEF. O principal objectivo é dar a conhecer o país e a cultura de cada parceiro envolvido no projecto, através de um dicionário ilustrado, de uma história elaborada pelos alunos e da dramatização da mesma com fantoches. Para a elaboração das histórias, os alunos, ao longo do ano, fizeram pesquisas na Internet e nas bibliotecas locais sobre o seu

próprio país, nas áreas de história, geografia, música e gastronomia. Desenvolveram competências nas novas tecnologias de comunicação e informação, realizando PowerPoints, registos no blog do projecto, processamento de texto, desenhos e construção de fantoches com reutilização de materiais. O projecto iniciou-se com a vinda dos professores dos países parceiros ao nosso Agrupamento, em Novembro de 2008, onde tiveram a oportunidade de conhecer o nosso sistema educativo, visitaram escolas dos vários graus de ensino, pontos de interesse da nossa região e se deliciaram com a nossa gastronomia. Relativamente ao projecto foram definidos os trabalhos a apresentar e cada país parceiro deu a conhecer a realidade da sua própria escola

Florença, ponto de encontro II…

E

ncontro que decorreu entre 20 e 24 de Abril do corrente ano, na Scuola Secondana di primo grado statale “Giosué Carducci” – Florença, mais uma no âmbito do projecto Johnny´s seven friends, inserido no programa Aprendizagem ao Longo da Vida – Comenius, que teve o condão de reunir escolas parceiras, e amigas, de seis países: Itália (a anfitriã), Estónia, Islândia, Lituânia, Portugal e Turquia. Em representação do nosso Agrupamento de Escolas, deslocaram-se a Florença a professora Fernanda Batista e os professores José Gavinhos e José Soares, que fizeram o ponto da situação relativamente ao

escolas. Visitámos diferentes, de diversos graus de ensino, também elas agrupamento vertical. Se, neste ponto, a realidade é semelhante à que se vive no nosso país, noutros é completamente diferente. Sinto-me incapaz de dizer qual dos países está em vantagem, se Portugal ou Itália. Relativamente às condições de trabalho, a balança pende para o nosso lado. Vimos escolas a funcionarem em edifícios degradados, refeitórios sem condições, parcas instalações sanitárias, inexistência de sala de professores e escassez de recursos humanos, nomeadamente ao nível dos auxiliares de acção educativa e muito mais, ou melhor, muito menos. Analisando outras vertentes, dizer que visitámos escolas com espaços exteriores que são autênticos jardins, escolas em que os alunos se levantam quan-

Fernanda Batista

Reiquejavique, a “Terra do Gelo” Ponto de encontro III

Q

uatro professoras do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha passaram a primeira semana de Novembro em Reiquejavique, a capital de Islândia, no âmbito do Projecto “Johnny’s Seven Friends”, inserido no programa “Aprendizagem ao Longo da Vida – Comenius”. Trata-se de uma parceria multilateral entre várias escolas da Europa, das quais fazem parte Portugal, Islândia, Estónia, Lituânia, Itália e Turquia e terá a duração de dois anos. Iniciou-se no ano lectivo transacto e participam 28 professores e múltiplas turmas dos vários níveis de ensino, desde do Pré-escolar ao Primeiro e Segundo Ciclos. O principal objectivo é dar a conhecer o país e cultura de cada parceiro envolvido no projecto, através de uma história elaborada pelos alunos e dramatização da mesma com fantoches. Nesta deslocação à Islândia, as professoras Alice Freire, Luísa Freire, Cristina Pio e Fernanda Batista participaram na reunião de projecto, apresentaram os trabalhos dos alunos portugueses, trocaram experiências pedagógicas e debruçaram-se sobre o sistema de ensino da Islândia. Em Abril do presente ano lectivo será editado um dicionário, ilustrado pelos alunos, com o vocabulário básico nas diferentes línguas dos países parceiros, incluindo a língua de comunicação, o inglês, assim como um livro com as histórias e respectivas fotografias dos fantoches de cada parceiro.

A Exposição

N

a semana de 23 a 27 de Novembro do corrente ano lectivo, esteve patente à comunidade escolar no átrio da escola sede do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha os materiais produzidos pelos alunos dos vários graus de ensino, no âmbito do projecto Johnny’s Seven Friends. Estiveram expostos cerca de 70 fantoches elaborados com matérias reutilizáveis, um tapete e fotografias ilustrativas da deslocação das quatro professoras à reunião de projecto em Reiquejavique, a capital de Islândia. Luísa Freire e Fernanda Batista Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

http://www.aesg.edu.pt

andamento do projecto nas escolas do nosso Agrupamento, bem como se inteiraram da forma como o mesmo está em curso nas escolas parceiras. Foram momentos ricos, momentos de partilha. Foi bonito saber, e ver, como escolas representativas de meios tão diferentes agarraram o tema e o desenvolveram. Creio que o último meeting, na Turquia, aquando da apresentação dos produtos finais, será um momento sublime. É que Florença já deixou água na boca! Deixemos, por ora, a Turquia e foquemo-nos em Florença, cidade dos Médicis. É, na verdade, uma cidade que, uma vez visitada, nos arranca do interior a vontade de voltar. Quase me atreveria a dizer que, ainda em solo fiorentino, somos levados a fazer a promessa de aí regressar. Entrar na casa de Dante, cruzarmo-nos com David, sentir a magnificência de Santa Maria das Flores e atravessar a Ponte Vecchio alimenta a alma de qualquer ser humano. Pelas ruas há um fervilhar constante de pessoas, muitas das quais turistas, das mais diferentes raças e portadoras de múltiplos traços culturais. Esta diversidade é patente até nas

do o professor, ou professores visitantes, entram na sala e assim permanecem até que os mandem sentar. Visitámos escolas em que os horários dos professores lhes permite ter tempo para a adequada preparação das actividades, para o pensar de estratégias adaptadas aos alunos e em que estes têm tempos livres para brincarem, estarem com a família para fazerem os trabalhos de casa… Não se trata de um país seguidor do modelo uma escola a tempo inteiro, em que esta tem de dar resposta a problemas que são do âmbito familiar. E, em Itália, pelo menos em Florença, tal acontece. E digo Florença pois a municipalização do ensino é aqui uma r e a l i d a d e, não sabendo nós se esta é extensível ao resto do país. Certo é que, para que as crianças possam passar mais tempo com as famílias, é essencial que as autoridades legislem no sentido de darem às famílias, concretamente aos pais, mais possibilidades de acompanharem e estarem com os filhos. Se lá é possível, por que razão cá não? Aguardemos pela realidade Islandesa. José Bernardo Soares Ano 1—Nº1


Letras da Gardunha

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ENSINO ESPECIAL

MAIS SOBRE A MINHA ESCOLA

S

ou o Paulo Cruz frequento a Escola Serra da Gardunha, ando no 7º ano e tenho 14 anos. Gosto da minha escola e, por isso, resolvi procurar saber mais sobre ela. Assim decidi entrevistar a D. Otília, funcionária da Be/cre. Paulo - Há quantos anos trabalha nesta escola? D. Otília – Nesta escola, há treze anos. Na antiga escola trabalhei um ano. Paulo – Então, quantos anos tem esta escola? D. Otília – Esta escola tem 13 anos. Paulo - Quantos alunos, aproximadamente, tinha a escola no primeiro ano de funcionamento? D. Otília - Não faço ideia, mas eram poucos. Paulo – Esta biblioteca existe desde a abertura da escola? D. Otília – Sim, mas era mais pequena. Entretanto, o espaço foi aumentado. Paulo – E o pavilhão gim-

nodesportivo? D. Otília – O pavilhão é recente, tem cerca 2 anos. Paulo – Quais são os livros mais vistos na biblioteca?

D. Otília – Os livros mais vistos são os do Guiness, os de Iniciação à Educação Sexual e os livros da colecção Uma aventura. Paulo – Gosta daquilo que faz ? Porquê? D. Otília – Sim, porque gosto de trabalhar com as crianças, gosto de livros e dos colegas de trabalho. Paulo Cruz—7ºD

O U TO N O Caem as folhas

Faz frio e chuva

e há vento,

e sabem tão bem

as árvores ficam nuas.

as castanhas quentinhas.

No São Martinho faz-se um Magusto

Marlene Antunes 5ºD

com as castanhas.

D A E D U C A Ç Ã O PA R E N TA L À S A L A D E A U L A

A

competência, o profissionalismo e a capacidade de entrega que exigem aos professores faz recair sobre estes responsabilidades para satisfazer necessidades quase ilimitadas. Apesar do turbilhão de exigências burocráticas, os professores continuam a demonstrar dedicação para melhorar o desempenho e a motivação nos seus alunos. A tarefa é gigantesca e eminentemente social. Professores, alunos, pais e comunidade convergem no mesmo sentido, formar cidadãos de respeito, livres e empreendedores. Mas a realidade demonstra-nos que esta Cultura de Escola do Séc XXI, esta arte de construirmos juntos atitudes proactivas e mobilizadoras de papéis sociais é confrontada com quadros complexos de violência e demência juvenil nas escolas, alunos indisciplinados, adolescentes que desenvolvem condutas violentas e comportamentos desviantes, pais que são vítimas de violência dos filhos e filhos que são vítimas de violência dos pais, bulling dentro da sala de aula, são realidades que nos rodeiam. A experiência de 20 anos na Educação Especial permitiu-me sempre lidar com práticas parentais complexas, não só devido à parentalidade de um filho diferente como também a disfuncionalidades biológicas e sistémicas. Temo-nos deparado com verdadeiros “cancros relacionais”, debilidades sociais e económicas, violências domésticas num cenário aparentemente correcto, de jovens em risco elevado, que nos devem preocupar a todos.. Famílias (dis)funcionais com stress, violência doméstica, alcoolismo, prostituição, toxicodependência, debilidade económica e ambiental , patologias sociais que se espelham em alunos das nossa escolas que trazem consigo uma estruturação cognitiva de revolta, falta de afecto, de regras e de vínculos parentais. Autores como Gomide (2001) referem que a prática parental que remete à ausência de supervisão e interesse dos pais em relação à vida de seu filho, pais que agem como espectadores e não partici-

pantes da educação, falta de atenção, omissão e até mesmo falta de amor é uma negligência e é considerada um dos principais factores, senão o principal, a desencadear comportamentos anti-sociais nas crianças, e está associada à história de vida de usuários de álcool e outras drogas e de adolescentes com comportamento infractor referido por Gomide, (2004), no seu artigo Efeitos das práticas educativas no desenvolvimento do comportamento anti-social. Na revista de Psicologia Clínica e da Saúde. Javier Urra, (2009) no seu livro, O Pequeno Ditador refere que os três pilares fundamentais para Educar devem estar precocemente presentes, autoridade, competência e confiança. Por sua vez Pedro Strech (1998) diz que comportamentos agressivos das crianças são sobretudo apelos a actos de amor. No contexto de sala de aula, gerir comportamentos e emoções e estabelecer uma relação de confiança e respeito, perante alunos com patologias de comportamento é muito complexo, não impossível com uma intervenção articulada, pais, psicóloga, educação especial, tutorias, colegas e o próprio aluno, numa dinâmica de trabalho colaborativo e cooperativo. Neste sentido apelo a todos, pais, docentes e técnicos para a importância da articulação das práticas educativas e parentais. É no respeito, que devemos ceder a liberdade às nossas crianças e jovens, mas conquistá-los na sua autonomia. Mas, é também fundamental sermos intransigentes com o aparecimento de gestos ou condutas violentas, podem ser os primeiros sintomas para o caminho dos problemas graves da conduta, do desvio e da delinquência. Existem diversas tipologias que são consideradas oficialmente como violação dos Direitos da Criança ou Jovem nomeadamente: ABANDONO – criança entregue a si própria, não tendo quem lhe assegure a satisfação das suas necessidades básicas e de segurança; NEGLIGÊNCIA – situação em que as necessidades físicas básicas da criança e a sua segurança

ciência, em classes regulares, que revelaram sucesso. Houve a preocupação da integração destes jovens em classes regulares sempre que possível. O direito à igualdade de oportunidades, à integração e à normalização constituíram o lema fundamental do Ano Internacional da deficiência (1981), sendo a sua expressão máxima: “Plena participação numa socieda-

significativo de alunos portadores da condição de deficiência, com autonomia fisicomotora, muitos deles provenientes de meios socioculturais desfavorecidos e pouco estimulantes, parece -nos oportuna a criação de Ateliês diversificados, que dêem

Ateliê de Carpintaria

alunos. Aqui fica uma pequena amostra daquilo que se faz no nosso Agrupamento.

Ateliê

de para todos”. Registando o Agrupamento Serra da Gardunha um número

primazia ao desenvolvimento de competências de cariz funcional. O projecto tem como base o desenvolvimento de várias áreas/ateliês, tendo como objectivos principais o desenvolvimento pessoal, social e profissional dos Dezembro de 09

Maria Leonor Rodrigues Professora/Tutora Representante do ME na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Concelho do Fundão. como proporcionar aos alunos o contacto directo com a Natureza através da realização de algumas actividades agrícolas e de jardinagem.

O que se faz por aqui… A

s práticas relativas ao atendimento educativo dos jovens com necessidades educativas especiais, nos diferentes países do ocidente, onde nos incluímos, embora apresentem as diferenças relativas próprias da sua identidade nacional, têm evoluído ao longo deste século, de uma forma similar. Apesar desta franca evolução, a grande convicção do futuro continua a ser, como refere Fonseca (1980; 70) que “as crianças deficientes tenham as mesmas oportunidades que as crianças não deficientes, pois cabem-lhes as mesmas e legitimas aspirações de realização pessoal e de participação e transformação social.” Sabe-se que, em meados do século passado, houve o registo das primeiras experiências de integração de alunos com defi-

não são atendidas por quem cuida dela (pais ou outros responsáveis), embora não de uma forma manifestamente intencional de causar danos à criança. ABANDONO ESCOLAR - abandono do ensino básico obrigatório por crianças e/ou jovens em idade escolar; MAUS TRATOS FÍSICOS – acção não acidental de algum adulto que provocou danos físicos ou doenças na criança, ou que o coloca em grave risco de os ter como consequência de alguma negligência; MAUS TRATOS PSICOLÓGICOS/ABUSO EMOCIONAL – situações em que não são tomadas em consideração as necessidades psicológicas da criança, particularmente as que têm a ver com as relações interpessoais e com a auto-estima; ABUSO SEXUAL – utilização por um adulto de um menor para satisfazer os seus desejos sexuais; PROSTITUIÇÃO INFANTIL – designa a utilização de uma criança em actividades sexuais contra remuneração ou qualquer outra retribuição; PORNOGRAFIA INFANTIL – designa qualquer representação, por qualquer meio, de uma criança no desempenho de actividades sexuais explícitas reais ou simulada ou qualquer representação dos órgãos sexuais de uma criança para fins predominantemente sexuais. É dever cívico de Todos os Cidadãos informar e comunicar às respectivas entidades competentes aquando do conhecimento de qualquer tipo de negligência referida, informando a CPCJ - Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Concelho do Fundão - sobre a situação. É importante que Todos estejamos atentos a estas negligências para que, com a maior celeridade, desenvolvermos os processos de encaminhamento e intervenção/protecção da criança/ jovem e suas famílias, em práticas concertados da CPCJ.

Horta Pedagógica Este ateliê tem como objectivo a dinamização dos canteiros do recreio da escola, de forma a torná-los produtivos e a embelezar o espaço exterior, assim

Permite o contacto com diversos tipos de madeira, a identificação de ferramentas e suas funções, a realização de medições e a identificação de regras de segurança a ter no manuseamento de materiais.

Ateliê de Cozinha Recolher receitas, confeccioná-las e degustá-las! Para além disso, desenvolver actividades do dia-a-dia, como lavar a loiça, varrer o chão e preparar os alimentos com os quais se confeccionam as receitas são os principais objectivos deste ateliê, que faz as delícias dos nossos alunos. Na próxima edição faremos a divulgação de outros ateliês e das actividades que por aqui se fazem.


Letras da Gardunha

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DEPARTAMENTOS

Departamento de Línguas

A DIVINA QUIÉN SOY YO…. Tengo doce años, vivo en Fundão y soy estudiante en la Escuela Serra da Gardunha. Soy alto y delgado, tengo los ojos castaños y mi pelo es, también, de color castaño. Soy un chico perezoso e inteligente. A mí me gusta jugar en el ordenador, comer helados, oír música, ver la tele y dormir. A mí no me gusta nadar, leer, bailar y los dibujos animados. ¿Quién soy yo? 7ºC ¡Hola! Tengo los ojos castaños, mi pelo es largo, castaño y rizado, soy delgada y alta. Soy una chica tranquila, optimista, alegre, feliz y trabajadora. Vivo en Portugal, Fundão. A mí me gustan los perros, en especial el Ringo, que es mi perro, comer helados y los jardines. A mí me encantan mis padres, mi hermano y mis perros, que son ocho. Mis mejores amigos son Bernardo y José Francisco. A nosotros nos gusta correr, jugar y conversar. A mí me gustaría de ser abogada. ¿Quién soy yo? 7ºA Soy portuguesa y tengo 12 años. Mi pelo es largo, castaño y liso, mis ojos son marrones, y soy morena. A mí me gusta ver la tele, la moda, ir al cine, dormir, oír música y comer helados. A mí me encantan, las clases de español e inglés. A mí no me gusta las películas de terror, leer y correr. Yo soy una persona muy alegre, amable e inteligente. ¿Quién soy yo? 7ºD •Disciplina de Espanhol

M Y D A I LY R O U T I N E

H

ello! My name is André Martins. I am eleven years old. I live in Fundão in Portugal so I am Portuguese. I am short and thin. I have got two small brown eyes. My hair is short and brown. I am a student. I have got a red fish. I have got a big family. I have got a sister, five uncles, five aunts and five cousins. My parents are Isabel and Jorge. We live in a big house. The house has got three bedrooms, two bathrooms, a living-room, a kitchen, a hall and an attic. I always wake up at half past seven. I get dressed and brush my teeth. Then I have breakfast at eight o’clock. I have cereals with milk. After breakfast I go to school by car. At a quarter past one I usually have lunch at the school canteen. I usually like the food specially desert. After lunch I have classes again until late in the afternoon. Sometimes I have tea after my classes. Then I do my homework and play with my sister. Later, at eight o’clock, I have dinner with my parents and my sister. Then I watch TV or I play with my play station. At half past nine I get ready for bed. I drink a glass of milk and I go to sleep. I am a happy boy.

M

y name is Ana Beatriz and my surname is Brito. I am a young girl. I’m eleven years old. I live in Fundão in Portugal. I’m Portuguese. I don’t have a boyfriend. I’m thin and small. My eyes are dark green. My hair is short, wavy and brown. I have got two small fish. My family is big. I wake up at a quarter past seven. I have my breakfast. I usually have milk and cornflakes. After breakfast I brush my white teeth. Then I get dressed in my bedroom and I comb my hair. My mother takes me to school by car. I have classes all morning. At a quarter past one I have lunch. After school I do my homework and I study. At four o’clock I have tea. Then I have ballet lessons. I love to dance. Then I go home and have a bath. At eight o’clock I have dinner and I help my mother in the kitchen. Then I watch TV and later I get ready for bed. I go to sleep.

•Ana Beatriz Brito, 6ºB

C A N C I Ó N D E N AV I D A D Los peces en el Río La Virgen se está peinando entre cortina y cortina Los cabellos son de oro, el peine de plata fina. Pero mira como beben los peces en el río, Pero mira como beben por ver al Dios nacido, Beben y beben y vuelven a beber, Los peces en el río por ver al Dios nacer. La Virgen se está lavando y tendiendo en el romero Los angelitos cantando y el romero floreciendo. Pero mira como beben los peces en el río, Pero mira como beben por ver al Dios nacido, Beben y beben y vuelven a beber, Los peces en el río por ver al Dios nacer. La Virgen está lavando con poquito jabón Se le pintaron las manos, manos de mi corazón. Pero mira como beben los peces en el río, Pero mira como beben por ver al Dios nacido, Beben y beben y vuelven a beber, Los peces en el río por ver al Dios nacer.

Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

E

mbora seja mais comum chamar-lhe Presidents’ Day, o nome original deste dia é o Dia de comemoração do aniversário de George Washington (o primeiro presidente dos Estados Unidos da América). Este é um feriado móvel, que tem lugar na terceira segunda-feira de Fevereiro, apesar de, originalmente, ser celebrado dia 22 de Fevereiro (dia do aniversário de George Washington). O Presidents’ Day foi o primeiro feriado a homenagear um cidadão Americano e foi em 1885 que se tornou feriado federal em todo o território Americano. Em 1976, a comemoração do aniversário de George Washington começou a ter lugar na terceira segunda-feira do mês de Fevereiro de forma a também homenagear Abraham Lincoln, que nasceu a 12 de Fevereiro. Uma vez que, este ano, a terceira segunda-feira de Fevereiro é dia 15, segunda-feira de Carnaval, este dia será comemorado na nossa escola a 18 de Fevereiro. Serão afixados trabalhos alusivos a vários presidentes dos Estados Unidos, havendo ainda lugar a apresentações de trabalhos em powerpoint ou movie maker dos alunos de 9º ano.

•Disciplina de Inglês

LA NAISSANCE DU PÈRE N OËL

D

epuis le XIIe siècle, on raconte dans bon nombre de pays que Saint Nicolas, déguisé, va de maison en maison dans la nuit du 5 au 6 décembre pour demander aux enfants s'ils ont été obéissants. Les enfants sages reçoivent des cadeaux, des friandises et les méchants reçoivent une trique donnée par le compagnon de Saint Nicolas, le Père Fouettard. Il faut dire que saint Nicolas qui a été évêque à Myre (sud de la Turquie actuelle) était très généreux et bienveillant. Il venait en aide aux marins dans les tempêtes, aux affamés. Il protégeait les veuves, les enfants et les gens faibles. Il défendait les victimes d'injustice. Pas étonnant qu'il soit devenu le patron des marins, des marchands, des voyageurs, des boulangers, des juristes, de bien d'autres et aussi ... des enfants. Au début du XVIIème siècle, les émigrants hollandais sont partis vers le nouveau monde, l'Amérique du nord, ils ont emmené avec eux leurs coutumes et notamment celle de Saint Nicolas. Et puis à l'occasion de noël, un monsieur fort sérieux, mais qui aimait beaucoup ses enfants a écrit un poème sur l'arrivée de Saint Nicolas. Malgré son sérieux, ce monsieur qui s'appelait Clément Moore a transformé le sérieux évêque en joyeux petit elfe et l’a doté d'un traîneau tiré par huit rennes. L'année suivante, le poème fût publié et commença à être connu. En 1860, un illustrateur-caricaturiste, Thomas Nast, lui donne ses premiers traits. Enfin, on donne un nouveau titre à l'histoire "c'était la nuit avant noël" et la distribution des cadeaux aux enfants change de date. Elle se fait maintenant la nuit de noël. Après avoir été inventé par un monsieur très sérieux, voilà comment le père noël a gagné son look actuel De 1931 à 1964, un designer suédois a créé chaque noël une image de père noël pour coca cola. Ces images ont été utilisées dans des campagnes de publicité mondiale. Et c'est lui qui a mis au point le costume rouge bordé de blanc, les bottes, la ceinture de cuir et le paquet de jouets sur le dos. C'est surtout lui qui l'a fait grandir et grossir. Il a pris beaucoup de volume le petit elfe.

LAS

F E C H A S M Á S I M P O RTA N T E S D E L M E S D E D I C I E M B R E Y

La Nochebuena – 24 de diciembre La Nochebuena se celebra la noche del día 24 de diciembre, víspera del día de Navidad (25 de diciembre). Es la celebración cristiana del nacimiento de Jesús y las costumbres varían de unos a otros países pero es bastante común una reunión familiar para cenar y, sobre todo en los países protestantes, el hacer regalos. Es costumbre en España el cantar villancicos acompañados de la pandereta y la zambomba, así como comer turrón, mazapán, polvorones y otros dulces. Después, a medianoche, se celebra la Misa del Gallo, en la que se conmemora el nacimiento de Jesús.

Día de los Santos Inocentes – 28 de diciembre El Día de los Santos Inocentes es la conmemoración de un episodio histórico o hagiográfico del cristianismo: la matanza de todos los niños menores de dos años nacidos en Belén (Judea), ordenada por el rey Herodes con el fin de deshacerse del recién nacido Jesús de Nazaret. En Hispanoamérica y en España este día se festeja el 28 de diciembre. Es costumbre realizar bromas de toda índole. Los medios de comunicación hacen bromas o tergiversan su contenido de tal modo que la información parezca real. Se trata de una libertad que se dan los agentes mediáticos para dar rienda suelta a su sentido del humor, oportunidad que solamente tienen una vez al año. Es tradición que los periódicos publiquen páginas enteras de noticias cómicas, con la advertencia de que es día de los inocentes, que van desde las que son una obvia broma a cualquier hecho reciente, hasta las que parecen serias y engañan al lector desprevenido.

La Nochevieja – 31 de diciembre •André Martins, 6º B

P R E S I D E N T S ’ D AY

La Nochevieja es la última noche del año, comprenhttp://www.aesg.edu.pt

diendo desde 31 de diciembre hasta el 1 de enero (día de Año Nuevo). En España la tradición de Nochevieja es la de las doce uvas, que [,,,]consiste en comerse una uva cada campanada que da el reloj a las 12 de la noche el día 31 de diciembre. Se dice que quien no coma las 12 uvas antes de que terminen las campanadas tendrá un año de mala suerte. Cada ciudad de España tiene un lugar particular para recibir el Año Nuevo. El más conocido e importante es la Puerta del Sol en Madrid. Allí se reúnen miles de personas frente a un reloj centenario. Después de las 12 campanadas ya en el año nuevo es muy común felicitarse el año con todos los familiares de la cena y llamar a todos los que están fuera. Después se brinda con champán, cava o sidra. Además de las campanadas y de las doce uvas, es muy típico en muchos municipios de España, la recepción del Año Nuevo mediante el encendido de grandes hogueras.

Los Reyes Magos – 6 de enero En España, frente a la reciente introducción de Papá Noel en las costumbre navideñas debido a la influencia de la cultura estadounidense y otros países extranjeros, es tradicional que los regalos de Navidad a los niños los traigan los Reyes Magos la noche del 5 al 6 de enero. Antes, los niños deben mandarles una carta a los reyes pidiendo los regalos que quieren así como indicar los méritos por los que se merecen recibir regalos. La noche del 5 de enero los niños deben dejar sus zapatos en algún lugar de la casa. Al día siguiente se encuentran allí los regalos o, en el caso de haber sido malos, carbón en su lugar. El día seis de enero suele ser festivo en toda España, aunque al ser fiesta autonómica depende de las autoridades de cada región su establecimiento. No tiene por tanto consideración de fiesta nacional. También reciben regalos los adultos. Es típico desayunar el Roscón de Reyes, que en España suelen contener una figurita navideña en su interior. Ano 1—Nº1


Letras da Gardunha

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ARTIGOS DE OPINIÃO E CRIAÇÃO LITERÁRIA O ENSINO

C R I A R P A R A D E M O C R A T I ZA R E A U T O N O M I ZA R

A

escola só é verdadeiramente democrática quando os educandos têm direito à igualdade de oportunidades, ao acesso e ao sucesso educativo, independentemente dos condicionalismos materiais, sociais, culturais, orgânicos ou outros que se constituam como barreiras ao seu progresso e aperfeiçoamento. É nesta linha de actuação que o Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha se tem pautado, com a criação de vários serviços na área da Educação Especial. A diversidade de competências e necessidades dos educandos exige ofertas educativas diferenciadas e respostas adequadas às singularidades. É neste contexto que a instituição se tornou Agrupamento de referência na área da Intervenção Precoce, coordenando o trabalho desenvolvido nos concelhos de Fundão, Covilhã e Belmonte. O acompanhamento desde o berço, de forma personalizada e longitudinal prova o conhecimento intrínseco dos casos, para indiciar o encaminhamento mais adequado a cada situação. O trabalho desenvolvido pelo grupo de Intervenção Precoce desenha-se como algo de sublime, ao responder na sua génese aos casos considerados de risco. A identificação, caracterização e encaminhamento destas crianças possibilita uma intervenção atenta e precoce de modo a minimizar os riscos biológicos, ambientais e estabelecidos. Contribui de forma decisiva para um crescimento mais humano e ecológico. É ainda Agrupamento de referência na área da Multideficiência e surdocegueira congénita, em que a intervenção centrada no aluno, nas áreas da comunicação, socialização, psicomotricidade em ginásio e meio aquático e as aprendizagens funcionais constituem o objecto da sua actividade. A

acção dos técnicos envolvidos, fisioterapeuta e terapeuta da fala, desempenha lugar de destaque na oferta educativa. A Unidade de Ensino Estruturado é, também, Unidade de referência no Concelho. Visa responder às crianças com espectro de Autismo, com trabalho específico a desenvolver nos gabinetes individuais e nas turmas de ensino regular. A planificação estruturada e sequencial das actividades constitui-se como elemento essencial de toda a actividade lectiva. A equitação terapêutica e a psicomotricidade em meio aquático complementam a oferta educativa disponibilizada e instituem-se como essenciais para o desenvolvimento da relação comunicacional. A criação de Ateliers Oficinais de carpintaria, horta/jardim, cozinha, computadores, expressão plástica, electricidade na sede do Agrupamento, para crianças com autonomia físico-motora e acentuadas limitações cognitivas, demonstra a diversidade da oferta educativa e a tentativa de resposta às suas necessidades. Visa proporcionar experiências e contactos estimulantes perspectivando a vida activa, de modo a que cada aluno possa construir um projecto de vida. O trabalho directo e individualizado oferecido a todos os alunos com Necessidades Educativas Permanentes representa uma evolução na oferta educativa, respondendo às necessidades dos alunos e às expectativas dos Encarregados de Educação. Fomentar a autonomia pessoal, social, intelectual, profissional, de modo a preparar seres humanos para a vida em sociedade, são desideratos caros a quem se propõe levar a bom termo a nobre tarefa de educar. Como sabemos que Educar é lutar contra todas as formas de exclusão, criar ofertas educativas, disponibilizar recursos, fomentar a aquisição de competências diversas contribui de forma decisiva para a inclusão destes alunos na vida em sociedade, promovendo a autonomia, a liberdade •O Coordenador de a democraEducação Especial cia. •Manuel Abelho Cunha

P A L AV R A S E S C R I TA S , PA L AV R A S V I V I D A S , PA L AV R A S …

S

ó c rat e s

e Cristo não precisaram de escrever livros. Mas, oh!!!, terrível contradição, ambos acabar a m mal...Será porque quiseram palavras actuantes, palavras feitas actos, gestos, palavras expressões de vida??? O discurso e diálogo de um professor com os alunos, assim como as conversas de um psicanalista com os seus psicanalizados podem produzir preciosos "livros orais" , podem ser , sem dúvida, mais directamente actuantes..., estarão mais perto da vida do que as palavras aprisionadas e quase mudas dos livros. O ideal será escrever belos / bons livros através de uma vida bem vivida / reflectida. Primeiro que tudo está a vida, o acto da vida. Mas, sem margens para dúvidas, uma vida poderá ser tanto mais rica, mais intensa, mais profunda, quanto mais sabedoria veicular / expressar e, claro, que esta não nasce com as pessoas, constrói-se. Os livros, as conversas, as ideias, as vidas que se fazem à nossa volta podem ajudar uns e outros a encontrar a sua liberdade, o seu caminho / destino mais sábio. "Sidharta", um livro, penso que é de Hermann Hesse, romanceia o percurso de um budista até encontrar a santidade, acabando a ser barqueiro, a fazer a ponte entre duas margens e a mergulhar constantemente no som da eternidade, o som dos movimentos cósmicos. Li este

pequeno livro, aí há uns dez anos e gostei de tê-lo lido. Serve como exemplo de procura de um caminho...Foi a Bíblia de muitos hippies. E porque as palavras claramente ditas têm uma força extraordinária, também temos que ter muita atenção com elas, temos que utilizá-las com todo o peso e medida..., de outro modo seguiremos o mesmo caminho dos nossos deuses humanos. Neste sentido, deixo-vos um poema de Eugénio de Andrade, um poeta beirão da nossa região.

AS PALAVRAS São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas. Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem. Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são a luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda. Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras?

José Valente Lopes

E S C R I TA – D I M E N S Ã O T E X T U A L O C I C L O D E E S C R I TA

DA

“Quando comecei a estudar, raramente a escrita era ensinada; em vez disso, era exigida e, depois, corrigida. (...) A sua ênfase era sobre o produto final, não no processo que levava a este. Acho que jamais algum professor me observou enquanto escrevia, escutou as minhas ideias sobre como escrever bem ou conversou comigo sobre as minhas estratégias de composição escrita”. com esta citação de Lucy CalKins que início este pequeno apontamento, que surge na sequência daquilo que muito aprendi e vivi, enquanto frequentei a formação do PNEP (Programa Nacional de Ensino do Português), no ano lectivo anterior. De facto, ensinar os alunos a escrever não é tarefa fácil…Pedir aos alunos que escrevam sobre determinado tema sem mobilização do conhecimento prévio é uma prática ultrapassada e que em nada beneficia o sucesso dos escritos que se produzem nas nossas escolas. Desenvolver com os alunos o Ciclo da Escrita é, sem dúvida, muito importante. Este ciclo mobiliza várias etapas até chegar ao texto propriamente dito: mobilização do conhecimento prévio, recolha e selecção da informação, organização da informação, redacção do texto e a revisão do mesmo. Segundo Reuter (1996) «são os alunos que constroem activamente saberes e competências» e «esta construção assenta em competências, representações e saberes anteriores». Assim sendo, o ponto de partida do professor deverá ser o conhecimento prévio que o aluno tem sobre determinado assunto. Partindo desse conhecimento cabe ao professor suscitar no aluno a

É

A COR DO SONHO

F

alavas convicta Da cor do teu sonho Como se a alma Movimento profundo Fosse tela manipulável Adaptável Em pano de fundo Pegavas na paleta Objecto comum Circunspecto E tentavas Num impulso inocente Pintar o sonho Em rosa envolvente Como tom predominante Duma vida deslumbrante Mas na intimidade Sabia-te a pouco E rebuscavas mais cores Para misturar odores No equilíbrio Da tela desejada Tentaste com verde Dourado e turquesa Mas ficava a incerteza Da falta de leveza Do sonho sem asa Insististe com azul Siena, borgonha Branco floral Mas não descobrias A mágica proveta Crucial e discreta Para almejar O tom essencial Ficaste sozinha Coração na mão E então percebeste Que a essência do sonho Antes da cor Carece de alma Na sua dimensão. Agostinho Craveiro

Dezembro de 09

apetência por querer saber sempre mais facultando-lhe mais informação sobre o assunto e ajudando-o a organizá-la. Para Simard (1990) a escrita constitui «um maravilhoso meio de expressão, de comunicação, de reflexão e de criação». Também Maria de Lourdes Sousa (1997) reconhece que, numa sociedade cada vez mais dependente de várias formas de comunicação, a incapacidade de manipular as várias formas de discurso escrito pode levar a grandes desvantagens num processo de plena integração social. Ora, todos nós sabemos da importância da correcta utilização do nosso código linguístico, nomeadamente da escrita, e das suas implicações no contributo para o sucesso escolar dos nossos alunos em todas as disciplinas. Para que os nossos alunos desenvolvam as suas competências de escrita é fundamental que escrevam textos sobre aquilo que conhecem, que vivenciam, que experimentam. E se o aluno não é detentor de conhecimentos prévios sobre aquilo que vai escrever, terá de ser o professor a fornecer -lhe a informação necessária. Não se pode escrever sobre aquilo que se desconhece! Vários são os autores que defendem que na escola sejam produzidos textos motivantes, que façam sentido para o aluno (Serafini, 1986; Costa, 1989; Albuquerque, 1997; Pinto, 1998…). Em conclusão, e segundo Duarte (1994), a escrita deve ser precedida de análise de textos, em que se dê atenção a certos fenómenos linguísticos e retóricos e se promovam aprendizagens, para que a redacção do texto pedido surja como aplicação de conhecimentos e técnicas adquiridas, como produto de vários saberes. Assim, cabe-nos a nós professores (que facilmente nos adaptamos à mudança), a tarefa de repensar sobre a nossa prática pedagógica e sermos capazes de mudar, de deixar para trás práticas ultrapassadas. E, certamente, fazemo-lo com a maior das facilidades, fazemo-lo pelos nossos alunos pois, por eles, fazemos o melhor! Raquel do Carmo

COM A MÃE NO BOLSO

T

odos os anos se repete o ritual. À escola chega uma vintena de novos alunos, passaritos de asas curtas em busca da carta de alforria no voo. A professora, ao recebê-los, tem como preocupação que façam daquele o seu espaço, que criem laços afectivos e cumplicidades, ao mesmo tempo que lhes vai incutindo regras e formas de estar, fundamento básico para lhes começar a introduzir, paulatinamente, os rudimentos da interpretação dos diversos códigos que lhes proporcionem a melhor ligação possível com o mundo que os espera lá fora: na língua materna, na matemática, no conhecimento do meio envolvente, ao mesmo tempo que lhes vai estimulando a solidariedade, a civilidade, a amizade e outras ade. Os olhos da maioria não escondem o entusiasmo. Parecem potrinhos sem freio, ávidos de galopes intermináveis por territórios bem delineados no sonho, apenas apaziguados por sono retemperador. Mas há sempre um ou dois que não trazem as defesas necessárias para conviver harmoniosamente num grupo com tanta energia à solta, ávido de se manifestar e de deixar marca de si. Sentem demasiado a mudança de território, e o desconforto fá-los recordar, constantemente, a segurança das mãos da mãe, o seu cheiro, a sua protecção... O Tiago é um desses casos. A vivacidade dos colegas não o tranquiliza, e cada gesto mais exuberante é uma ameaça para o precário equilíbrio do seu pequeno mundo. A professora, percebendo-lhe a insegurança, tenta apaziguar-lhe as angústias e,

após ouvir-lhe a invocação da progenitora pela enésima vez, sugere-lhe que traga para a sala a fotografia da mãe. No dia seguinte, com um esboço de sorriso nos lábios, o Tiago apareceu na escola com uma moldura com a fotografia da mãe, e mostrou-a à professora. Esta, com a cumplicidade estampada no olhar, elogiou-lhe a beleza, e encorajou-o a colocá-la em cima da mesa de trabalho. Embora recorrendo a frequentes olhares para a fotografia, o Tiago começou a encarar a escola de forma mais tranquila. As tarefas deixaram de ser penosas, as caras dos colegas começaram a ter contorno de amigos, ousou aventurar-se nas movimentações do recreio... O pior era quando chegava a hora do almoço. O miúdo, que até aí continuava a trepar degraus na sua integração, quando chegava o meio-dia não conseguia evitar o aparecimento dos seus fantasmas. Apavorava-o o ambiente do refeitório, sem a presença da professora, não conseguindo lidar com a exuberância dos colegas mais velhos, com outro traquejo na arte de lidar com os outros. Quando a angústia da hora do almoço ameaçava tornar-se um hábito, foi o próprio Tiago a encontrar a solução. Um dia destes, ao chegar a temida hora, aproximou-se da professora e pediu-lhe, baixinho: - Professora, posso levar a minha mãe comigo? Perante o acenar positivo, o pequenote pegou na moldura, meteua no bolso com todo o cuidado e lá partiu, mais confiante, em direcção a o r e f e i t ó r i o . Nesse dia, na reconfortante companhia da mãe, o Tiago comeu a sopa toda. Agostinho Craveiro


Letras da Gardunha

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MURAL

DEMONSTRAÇÃO

DE UMA SESSÃO D E K A R AT É

N

o passado dia 26 de Novembro, a turma do 6º D teve a oportunidade de assistir a uma demonstração de Karaté, na nossa escola, pelo Mestre Miguel Geraldes. Esta actividade foi realizada no âmbito da Área de Projecto, pois o tema que está a ser trabalhado é o Japão. A actividade teve a participação especial de alunos, praticantes de Karaté, Luís Carlos Pereira, do 6º D, T i a g o Geraldes, do 5º C, e José Bonifácio, do 9º B. A turma do 6º D participou activamente nesta actividade, praticando alguns dos gestos básicos desta arte marcial. Assistiu a turma do 5º E e alguns alunos do Ensino Especial. Os professores de Área de Projecto, José Valente Lopes Lídia Rodrigues

D R A M AT I ZA Ç Ã O

N

o dia 24 de Novembro de 2009, apresentou-se, na BE/ CRE, uma adaptação teatral do e -livro «O Nuno escapa à Gripe A». Para além dos alunos do 6º C, das professoras de AP/PNL, partici-

SOBRE A

GRIPE A

Esta representação foi divulgada a uma turma do 4º ano, que frequenta a nossa escola, e à turma do 8º A. Achámos esta actividade divertida e muito útil.

pou também uma Encarregada de Educaç ã o , q u e ajudou n o s ensaios. O objectivo desta actividade foi alertar os alunos para terem mais cuidado com a Gripe A e tomarem medidas de precaução.

Alunos do 6ºC

Conhece os teus direitos! Sabias que, como criança, tens direitos?

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m 1959, a ONU (Organização das Nações Unidas) escreveu e aprovou a "Declaração dos Direitos da Criança". sta declaração é composta por 10 artigos, muito simples, que dizem respeito ao que podes fazer e ao que as pessoas responsáveis por ti devem fazer para que sejas feliz, saudável e te sintas seguro.

Vamos conhecer os 10 princípios da

"Declaração..."? Princípio 1º ☺ Toda a criança será beneficiada por estes direitos, sem nenhuma discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou situação económica. Todas as crianças do mundo devem ter os seus direitos respeitados!

Princípio 2º ☺ Todas as crianças têm direito a protecção especial e a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade. As leis deverão ter em conta os melhores interesses da criança. Princípio 3º ☺ Desde o dia em que nasce, toda a criança tem direito a um nome e uma nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país. Princípio 4º ☺ A s crianças têm direito a crescer e criar-se com saúde. Para isso, as futuras mães também têm direito a cuidados especiais, para que os seus filhos possam nascer saudáveis. Todas as crianças têm também direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica. Princípio 5º ☺ Crianças com deficiência física ou mental devem receber educação e cuidados especiais exigidos pela sua condição particular. Porque elas

merecem respeito como qualquer criança. Princípio 6º ☺ Toda a criança deve crescer num ambiente de amor, segurança e compreensão. As crianças devem ser criadas sob o cuidado dos pais, e as mais pequenas jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário (para bem da criança). O governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças que não têm família nem dinheiro para viver decentemente. Princípio 7º ☺ Toda a criança tem direito a receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver as suas habilidades. E como brincar também é uma boa maneira de aprender, as crianças também têm todo o direito de brincar e de se divertir!

Princípio 8º ☺ Seja numa emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança deverá ser a primeira a receber protecção e socorro dos adultos. Princípio 9º ☺ Nenhuma criança deverá sofrer por negligência (maus cuidados ou falta deles) dos responsáveis ou do governo, nem por crueldade e exploração. Não será nunca objecto de tráfico (tirada dos pais e vendida e comprada por outras pessoas). Nenhuma criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem deverá ser obrigada a fazer actividades que prejudiquem a sua saúde, educação e desenvolvimento. Princípio 10º ☺ A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, religião ou posição social. Toda a criança deverá crescer num ambiente de compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal. Se tudo isto for cumprido, no futuro as crianças poderão viver em sociedade como bons adultos e contribuir para que outras crianças também vivam felizes! Daniela Morgadinho 6ºA

Vamos atacar a Gripe A!

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m Área de Projecto, a nossa proposta de trabalho surgiu a partir da leitura de um editorial da revista “Sábado”, relacionado com a Gripe A. O nosso grupo escolheu para trabalhar as questões relacionadas com os sintomas e a prevenção desta nova estirpe da Gripe A, provocada pelo vírus H1N1. Começámos por pesquisar informação diversa sobre esta pandemia e decidimos, depois, elaborar uma notícia para o jornal da escola, para ajudarmos toda a comunidade escolar a estar atenta, no momento em que se prevê o pico desta pandemia em Portugal. O resultado do nosso trabalho aqui fica. Vamos começar por falar daquilo que todos devem saber: quais os sintomas? Se tiveres os sintomas de Gripe A, deves ter, com certeza, algumas destas reacções: febre elevada, arrepios, dor de cabeça, dor muscular, garganta inflamada, nariz entupido e tosse seca. Neste caso, o nosso conselho é o seguinte: deves ficar em casa, não vir para a escola e, se os sintomas persistirem, o melhor é consultar o médico. Fica a saber que, caso se diagnostique a doença, terás de permanecer em casa durante sete dias. Se quiseres voltar à escola, antes do tempo recomendado, só o poderás fazer se o teu médico te passar um documento que prove que já estás apto para frequentar o espaço escolar. Esta medida visa proteger todos os amigos, conhecidos, professores e assistentes operacionais e técnicos deste vírus que facilmente se transmite entre humanos. Não nos podemos esquecer que o H1N1 é amigo de aglomerados de gente e a escola é um espaço ideal para a sua propagação. E como fazer para tomar outras medidas de prevenção? Para te prevenires contra este vírus, basta seguires estas indicações: sempre que tossires ou espirrares, tapa a boca e o nariz com o antebraço, lava as mãos frequentemente com água e sabão. Se tiveres Gripe A, deves permanecer pelo menos a 1 metro dos teus amigos ou conhecidos. Outras medidas a não esquecer são ainda: se não tiveres as mãos lavadas, evita mexer nos olhos ou no nariz e lembra-te sempre que deverás deitar no caixote do lixo todos os lenços de papel usados. Ah! Na nossa Escola até há uns caixotes do lixo específicos para recolher os lenços de papel. Se todos seguirem estes conselhos, certamente estaremos a contribuir para enfraquecer os efeitos da pandemia desta nova estirpe da Gripe A.

Gabriel Neves, e Rúben Ferreira 7.º C

Neste final de ano civil e término de primeiro período lectivo, a Escola Serra da Gardunha propõe as seguintes actividades, a realizar no dia 18 de Dezembro: ⇒ ⇒ ⇒ ⇒

Debate Parlamento dos Jovens - Escolhe um Projecto de Vida; Jogos de Futsal entre professores, alunos e funcionários; Concerto de Natal; Astérix na BECRE.

No dia 22 de Dezembro, far-se-á a Ceia de Natal Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha — Fundão

http://www.aesg.edu.pt

Ano 1—Nº1


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