Beefcake #6

Page 1

ARAÚJO

INTELECTUAIS DE SQUARE LTDA ME. CNPJ 221.451.330.001/99 - PORTO ALEGRE, BRAZIL. / ATENÇÃO: A BEEFCAKE NÃO COBRA PARA MOSTRAR O SEU TRABALHO, NEM PAGA CACHÊS POR PARTICIPAÇÃO AO ENVIAR SEU CONTEÚDO, VOCÊ CONCORDA COM NOSSOS TERMOS DE UTILIZAÇÃO PARA VEICULAÇÃO GRATUITA EM NOSSAS REDES SOCIAIS E NA REVISTA EN **************** SUBMISSIONS ARE ALWAYS OPEN FOR LGBTQ CREATORS _ BEEFCAKEMAG@GMAIL.COM **************** ALL FEATURED CREATORS HAVE CONSENTED THE PUBLISHING OF THEIR ARTWORK AND/OR LIKENESS AND ARE OF LEGAL REQUIRED AGE /// /// NOVEMBER MMXXI MADE IN BRAZIL _ BEEFCAKE IS A DIGITAL

beefcake. >>>>>>>>>>>>>> issue 6 / edição 6 >>>>>>>>>>>>>> 06/07.2022 free download. >>>>>>>>>>>>>>> bilingual edition / edição bilingue nsfw warning. the content presented on this magazine is 18+. viewer discretion advised. // aviso nsfw. o conteúdo desta revista é recomendado para pessoas maiores de 18 anos. PT-BR **************** ENTRE EM CONTATO COM A BEEF _BEEFCAKEMAG@GMAIL.COM **************** TODAS AS PESSOAS PRESENTES NESTA EDIÇÃO PERMITIRAM O USO DE SUAS FOTOS E ARTES NESTA REVISTA DE FORMA VOLUNTÁRIA, E SÃO LEGALMENTE MAIORES DE IDADE /// /// DEZEMBRO MMXXI MADE IN BRAZIL _ BEEFCAKE É UMA REVISTA DIGITAL PARA A COMUNIDADE BEAR E A COMUNIDADE LGTBQ+ _ TODOS OS COPYRIGHTS DE IMAGEM E DIREITOS AUTORAIS PERTENCEM AOS FOTÓGRAFOS E MODELOS, E SÃO REPRODUZIDOS COM AUTORIZAÇÃO. REVISTA BEEFCAKE MAGAZINE & BEEFCAKE LOGO SÃO PROPRIEDADES
ALL COPYRIGHTS
AND ARE
/
COVER
>>
MAGAZINE FOR THE GAY BEAR COMMUNITY AND LGBTQ+ COMMUNITY AT LARGE. _
IN ARTWORKS, IMAGES AND WORDS BELONG TO THEIR ORIGINAL AUTHORS
REPRODUCED WITH PERMISSION FROM ARTISTS AND MODELS.
BEEFCAKE MAGAZINE AND BEEFCAKE LOGO ARE PROPERTY OF SQUARE LTDA ME. CNPJ 221.451.330.001/99 - PORTO ALEGRE, BRAZIL. / DISCLAIMER: BEEFCAKE DOES NOT CHARGE OR PAY FOR FEATURES. BY SUBMITTING CONTENT, YOU ACCEPT OUR TERMS OF SERVICE AND AGREE TO BE FEATURED IN OUR SYSTEM.
/ CAPA
MODEL/MODELO: GIL
PHOTO / FOTO : THIAGO CARVALHO CREATIVE DIRECTOR FOR BEEFCAKE MAGAZINE THIAGO CARVALHO >>> MADE IN BRASIL >>> MMXXII
support beefcake. please consider / subscribing to the magazine via patreon. GET ACCESS TO OUR EXCLUSIVE PATREON CONTENT apoie a beefcake. faça sua assinatura via patreon. TENHA ACESSO A CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

FROM THE EDITOR NOTA DO EDITOR

We are here. And here we are — it’s our issue #6!

During these six issues, it’s been amazing to see (and to live out) the transformations that have happened over one year, since the first issue came out - Beefcake started with nothing but the hope that someone out there might be interested in the idea of a magazine that offers an unfiltered view into the creations, life stories, and art of people who have something to say and do it daily in our social media networks. Now, it feels like what once was nothing but hope, has finally come true. /

Estamos aqui. E cá estamos — é a nossa edição nº 6!

Durante essas seis edições, foi incrível ver (e viver) as transformações que aconteceram ao longo de um ano, desde que saiu a primeira edição - A Beefcake começou com nada além da esperança de que alguém por aí pudesse vir a se interessar pela ideia de uma revista que oferece uma visão sem filtros das criações, histórias de vida e arte de pessoas que têm algo a dizer e o fazem diariamente em nossas mídias sociais redes. Agora, parece que o que antes não era nada além de esperança, finalmente se tornou realidade. /

Six issues later, thousands of downloads later (thank you for that, by the way!), we keep growing strong - and happier than ever to be able to represent and connect our global family. What a difference a year makes, huh?

Seis edições depois, milhares de downloads depois (a propósito, obrigado por isso!), continuamos crescendo fortes - e mais felizes do que nunca por poder representar e conectar nossa família global. Que diferença faz um ano, hein?

And it’s happened because of your support, and because of your demand for more. Beefcake has become a true community, not only a digital experiment. A place to make our voices heard and to bring forward the work and lives of many talented people. Here’s to growing up, to connections between like-minded people, and to the road ahead. I hope you enjoy this new issue of your favrotie magazine! /

E isso aconteceu por causa de seu apoio e por causa de seu desejo por mais. Aos poucos, a Beefcake tornou-se uma verdadeira comunidade, e não apenas um experimento digital no Instagram. Um lugar para fazer ouvir as nossas vozes e divulgar o trabalho e a vida de muitas pessoas talentosas.

Um salve ao crescer, ao conectar, e à e para a estrada à frente. Aproveite a nova edição da sua revista favorita! /

english /
@tcarva_lho /
/
português
THOMAS LARCOMBE G.Z.B.L POR DEH DUILLIUS GIL ARAUJO MADBLUSH TABULA HOMO DOM OF PIGLAND + MR MARCUS NAKED GAYMER BY CESAR VIANNA GUSTAVO GABRIEL CARLOS QUIRINO 10 34 56 78 98 110 126 146 164 FASHION PROFILE WOOF INTERVIEW PICTORIAL BEARS ART HOT

STAN LARCOMBE BY/POR THOMAS LARCOMBE

reino unido / united kingdom
PORTRAITS AND TEXT BY / RETRATOS + TEXTO THOMAS LARCOMBE @THOMAS.LARCOMBE / @STAN_LARCOMBE STANLARCOMBE .COM UNITED KINGDOM / REINO UNIDO

OAKLEY SUNGLASSES AND VINTAGE CAP PAIRED WITH STAN LARCOMBE SPRING/SUMMER 2022

RELAXED JUMPER, CROP TEE AND CARGO RUNNING SHORTS ÓCULOS OAKLEY, BONÉ VINTAGE EM MIX COM ITENS DA COLEÇÃO PRIMAVERA/VERÃO STAN LARCOMBE 2022: MOLETOM, CAMISETA CROPPED E SHORTS DE CORRIDA CARGO.

I GREW UP IN A SMALL RURAL TOWN ON THE OUTSKIRTS OF DARTMOOR IN DEVON. A REMARKABLY BEAUTIFUL PLACE TO GROW UP, BUT LIKE MOST SHELTERED AREAS OF THE WORLD; SEVERELY LACKING IN MODERN CULTURE AND WAYS OF THINKING. I ENDED UP MOVING TO CAMBRIDGE FIRST TO STUDY ART AND THEN ON TO PARIS TO STUDY FASHION.

However, through a stroke of luck I ended up months later taking an intern position with Richard Quinn in London, but through some naive masterful thinking of my own decided to abandon the rat race and start out on my own, here in Devon where I grew up.

I was there for 4 years total, studying at Parsons The New School, immersed in multicultural and international ways of life and design. Truly an eye opening experience. I then went on to gra duate and face every young graduate's greatest fear; unemployment.

LAUNCHING STAN LARCOMBE THE CLOTHING BRAND IN 2020, AMIDST A GLOBAL PANDEMIC AND POST GRADUATE CRISIS, I LEARNT A GREAT DEAL IN WHAT IT REALLY TAKES TO BE YOUR OWN BOSS, MARKETING STRATEGIST, WEB DESIGNER AND E - COMMERCE DISTRIBUTOR,

THE LIST COULD GO ON AND ON.

Two years down the line I’ve had my first capsule collection launch and on the cusp of the second.

ENGLISH

PREVIOUS PAGE: ADIDAS CYCLING BIB PAIRED WITH ARIES ARISE X NEW BALANCE VEST AND VINTAGE LEVI'S JEANS.

PÁGINA ANTERIOR: PEITORAL ADIDAS CYCLING BIB COLETE ARIES ARISE X NEW BALANCE E JEANS LEVI'S VINTAGE.

EU CRESCI EM UMA PEQUENA CIDADE RURAL, AOS REDORES DE DARTMOOR, DEVON, INGLATERRA.

UM LUGAR LINDO PARA SE CRESCER, MAS MUITO DISTANTE AINDA DO RESTO DO MUNDO; COM UMA GRANDE FALTA DE CULTURA MODERNA E FORMAS ALTERNATIVAS DE PENSAMENTO.

Porém, através de uma dessas chances do destino, acabei recebendo uma proposta alguns meses depois para trabalhar com Richard Quinn em Londres - mas, através de uma certa ino cência da minha parte, eu acabei decidindo pular fora da corrida diária e começar de novo aonde cresci, em Devon.

AO LANÇAR A MINHA COLEÇÃO

ACABEI POR ME MUDAR

PARA CAMBRIDGE PRIMEIRO, PARA ESTUDAR ARTE E EM SEGUIDA, PARA PARIS, PARA ESTUDAR MODA. Fiquei por lá durante quatro anos, estudando na Parsons The New School, imerso na forma multicultural e internacional de se viver e fazer design. Foi uma experiência que expandiu meus horizontes. Daí, ao me formar, me dei de cara com o terror de todo recém-graduado: o desemprego.

LAUNCHING STAN LARCOMBE, EM 2020, EM MEIO À PÁNDEMIA GLOBAL, ME ENCONTREI NA POSIÇÃO DE TER DE APRENDER

A SER MEU PRÓPRIO CHEFE, E O QUE ISSO SIGNIFICA, SER SEU PRÓPRIO CONSULTOR DE MARKETING, SEU PRÓPRIO WEBDESIGNER, DISTRIBUIDOR

DE E - COMMERCE, ENFIM, A LISTA

VAI LONGE...

E, depois de dois anos de estrada, minha primei ra coleção cápsula foi lançada e sigo adiante, prestes a lançar minha segunda coleção

PORTUGUÊS

LEFT :

YELLOW SUNGLASSES BY PROJECT CLAUDE, PAIRED WITH A GREASER STÜSSY ZIPPER SHIRT

AND GOLDEN N2N BRIEF.

À ESQUERDA: ÓCULOS AMARELOS DE PROJECT CLAUDE, COM BLUSA GREASER COM ZÍPER STÜSSY E CUECA N2N.

ENTITLED ‘WARM NIGHT’, STAN LARCOMBE’S SECOND COLLECTION IS RELEASING SPRING 2022.

INTITULADA 'NOITE QUENTE' , A SEGUNDA COLEÇÃO STAN LARCOMBE ESTÁ SENDO LANÇADA DURANTE A PRIMAVERA/VERÃO DO HEMISFÉRIO NORTE-

Harking back to our youth, more specifically drawing upon my own personal experiences of finding libation related debauchery with our limitless supply of boy-racers and field parties. Taking conception through some of the dark chapters of the pandemic, I wanted to look back on the most joyous memories possible.

Thinking of the warm summer evenings where the only worry entering your headspace was whether or not your Dad would notice the missing bottle of vodka from the cabinet. Or the times you used to dress up in your mothers old clothes; to which a favourite of mine was her bridesmaids dress for her best friend's wedding.

I aimed to capture the innocent rebelliousness of Devonshire youth mixed in with a classical romance and euphoric flavour. Translating typical British sportswear with utilitarian and romantic undertones. Think 'Pride & Prejudice' meets 'Skins'.

Foi pensando em nossa juventude, mais especificamente em minhas próprias experiências pessoais, relacionadas à feiras populares e parques de diversão regadas à álcool, durante o período mais sombrio da pandemia eu quis olhar de novo para as melhores me mórias possíveis que tinha.

Lembrando das as noites quentes de verão, onde minha única preocupação seria se meu pai notaria que uma garrafa de vodka tinha desaparecido da estante, ou das vezes em que me vesti nas roupas de minha mãe; o meu item favorito era um vestido de dama de honra que ela usara no casamento de sua melhor amiga.

Eu procurei captar toda a inocente rebeldia da juventude de Devonshire, mistura com uma pitada de romance clássico, e um sabor de euforia, traduzindo a típica moda britânica sportswear com tons utilitários e românticos. basta pensar em 'Orgulho e Preconceito' misturado com 'Skins' e dá pra entender.'

PORTUGUÊS ENGLISH

PREVIOUS PAGE:

STAN LARCOMBE SPRING/SUMMER 2022

CROP TEE AND CARGO RUNNING SHORTS.

PÁGINA ANTERIOR: STAN LARCOMBE PRIMAVERA/VERÃO 2022

CAMISETA CROPPED + SHORTS DE CORRIDA CARGO.

MARQUEES, BRAZIL beefcake: merch store. USA / EUROPE / BRASIL proud. com orgulho.
PHOTO
BY @ PHOTOSSENSUALES RODRIGGO
brasil / brazil

PORTUGUÊS Uma vez o escritor Luis Fernando Veríssimo disse que todo tímido tinha uma Elke Maravilha dentro de si, gritando a plenos pulmões "NÃO OLHEM PRA MIM!" - e olhan do pra minha trajetória, vejo que ele tinha razão. Inclusive Elke foi minha musa. Uma figura materna alternativa para eu me espelhar esteticamente e também para ocupar o espaço da mãe biológica que só depois de adulto eu viria a conhecer.

Sendo um ex club kid, sinto que cresci acreditando na lenda da criança millennial 'magnífica' de tanto que meus avós me cobriram de elogios por qualquer motivo, e que conquistar o mundo era meu destino. Contudo o único talento real que me acompanhou (até eu descobrir na psicanálise) era literalmente um cole te salva-vidas num oceano de traumas e violências da infância solitária, foi a teimosia em encontrar meios de me expressar, já que minhas palavras sempre pareceram pesadas demais pela severidade do que tenho a dizer, e por tudo que aconteceu comigo. É a velha tônica capitalista que chicoteia os artistas e os sensíveis: “No one cares, just work harder.”

Dizem os acadêmicos de arte que assim como nas pinturas rupestres o desenho é uma forma de comunicação e dele nasceu a escrita.

Para mim o desenho acontece no fundo

da minha mente

e assim foi também na mais tenra idade. Eu pintava cenários e construía mundos de cores antes mesmo de ter aprendido a falar ou segurar um lápis. Alguns deles ainda revisito em sonhos nos dias de hoje.

O tempo passou e esse frenesi por me expressar turvou minha necessidade de pedir socorro, me levando assim a criar um alter ego com apenas 16 anos, ao pintar meu rosto e colocar minhas roupas rasgadas para ir em uma boate pela primeira vez. Ali nascia Jesebel, que é o significado do anagrama que hoje você pode ver assinado em minhas obras, "G.Z.B.L".

De performer a host e então figurinista, já se foram 17 anos e durante todo esse tempo

o

Nayrah Waheed, minha poeta favorita, disse duas coisas que me tocam pro fundamente até hoje. A primeira era para nos inspiramos na capacidade do oceano de acalmar a si próprio, já que somos ambos feitos de água e sal; e a segunda é que por não saber sua exata descendência como a maioria das pessoas brancas na América sabem, ela por isso também não saberia responder para sua mãe, a África, quando esta um dia lhe dissesse "olá".

O motivo pelo qual me identifico com essa fala é porque sempre tento traduzir em minhas pinturas a descoberta da minha origem indígena guarani, por parte de mãe que, além de ter me dado a vida, descende de uma tribo da região das Missões no sul do Brasil.

A complexidade genealógica de minhas origens permeia todo meu escopo artístico, através da busca de técnicas, datas e lembranças que me aproximem cada vez mais de onde vem esta força que faz de mim e também de minha mãe, sobreviventes da própria história. . .

artista.

eu nunca realmente achei que
desenho e a pintura faziam parte da minha competência, nem sequer entendia que era um
Elke Maravilha

traduzir

a reconhecer-se nelas, para que assim não se sinta mais sozinho. Minha arte é um convi te de entrada a um universo onde você pode olhar para a imensidão do céu e também para dentro de seus desejos mais íntimos, como se você de repente, pudesser espiar um sonho.

Lápis de cor e tinta PVA têm sido minhas fiéis companheiras nessa tarefa de falar sobre o sexo

e eu 'culpo' Madonna por me ajudar a encarar meus fetiches de frente.

Quando

performer eu achava ser capaz de me esconder atrás de meus figurinos e personas, no entanto, eventualmente outras pessoas dos mais variados estilos e expressões de gênero acabavam se aproximando de mim.

Minha arte também invadiu a forma como eu enxergava minha própria sexualidade e me forçou a me permitir desejar -

Às vezes os modelos, talvez movidos pelo tesão de se verem retratados se sentem inclusive impelidos a me seduzir, por vezes se colocando em situação de submissão a mim, movidos pelo prazer de serem eternizados em sua fantasia.

A Arte é pra mim muito mais do que quantas horas, bisnagas de tinta ou estilo de pinceladas você gasta em cima do canvas, mas sim um instrumento político pode roso de comunicação onde podemos refletir os tempos e contarmos nossa própria história (Obrigado, Nina Simone!).

Quando eu crio, penso acima de tudo em liberdade.

Inclusive de me libertar de mim mesmo, mas também em abrir uma janela de fuga para quem esteja observando ou adquira minhas obras e não tão somente porque gosta, mas porque se identifica.

No fim apenas torço pra que você quando espiar, me encontre do outro lado, acenando de volta ;)

Tento
a ngústias em imagens que convidem o expectador
A questão da auto estima está sempre presente em meu trabalho como artista plástico.
No desenho, tento retratar minha demissexualidade, frustrações e tesão, retratando cenas de intimidade de pessoas ou situações que eu desejo, seja de forma explícita ou apenas por sugestão.
A parte mais interessante de me entender como demissexual é que não estou no controle do que me excita, então estou sempre aberto para criar uma conexão e isso me inspira muito a ir para os pincéis e colocar todo esse desejo (ou falta de) no papel.

deh duillius, aka g.z.b.l.

photo / felipe gaiéski

Being a former clubkid, I feel that I grew up believing in the 'millenial child myth', since my grandparents always filled me up with compliments and positive reinforcement, so the world was actually mine to conquer.

ENGLISH Once, braziilian writer Luis Fernando Veríssimo say that everyone had a "showgirl" inside themselves, screaming out loud "DON'T LOOK AT ME" - and, looking back on my career, so far, I can see that he was right. And, by the way, the showgirl that he was referring to was Elke Maravilha, a famous brazilian tv show host, known for her outrageous costumes and stage presence - and what do you know, I had always been a fan of hers...

In my own personal joruney in psychoanalysis, I figured out that my talents would could also function as some sort of lifeboat for myself, amidst the sea of traumas and violence stemming from a lonesome childhood: I was stubbornly trying to always figure out ways in which I could express myself, since my words felt just too heavy to express everything that has come to pass during my lifetime - I guess it's the capitalist way of thinking rearing its head and saying "no one cares, just work harder..."

Time passed on, and this constant desire for self expression was not enabling me to express myself as I could, so, this lead me to creating an alternative persona, an alter ego, at 16, put some makeup on my face and dress up in my ragged clothes and take myself to the nearest nightclub - it was then that "Jesebel" was born, which stand today for the acronym I use to sign my pieces, "G.Z.B.L".

Art academics say that, just as in cave drawings, drawing itself is a way to communicate, from which wiriting was borne out of.

From club perfomer or club hosting duties, and then working as a stylist, it's been now 17 years, and during this period, I never really thought that drawing and painting were part of my work, and to be honest, I didn't really understand that I was an artist, actually.

Nayrah Waheed, one of my favorite poets, said two things that resonate deelply with me to the day: the first one being that we should be inspired by the capactiy that the ocean has to calm itself when needed, since we are all made of salt and water, the second, is due to not knowing her exact ancestors in contrast to most white people, she would not be able to know how to answer back to Mother Africa if one day she'd say "hello", someday.

The main reason why I'm able to identify with that quote is because I am, myself, trying to idenitfy in my paintings the discob very of my own indigenous ancestry via my mother, who descends from an indigenous tribe stemming from the Missões region, in southern Brazil. The complex genealogy origins I find myself living with permeates all of my artistic work, reasearching dates, techniques, and mementos that will get me closer to understanding this resonating force inside me and also my mother, like as if we are survivors of our own history.

For me, drawing (itself), is something that happens in the back reccesses of my mind.
Elke Maravilha, famous brazilian tv host

which is a way of not feeling alone. My art is an invitation to an universe in which you can contemplate the vastness of your own deepest desires, like, as if, spying upon someone else's dreams.

When working as a performer, I used to think I'd be able to hide behind my costumes and personas, but it only meant that eventually people from all kinds of backgrounds would approach me. My art has also changed the way in which I perceive my own sexuality and forced me to allow myself to act upon my desiresMy artwork has permeated the way I was seeing my own sexuality, and it forced me to allow myself to desire -

Colored pencils and PVA paint have been my faithful co-workers in this task - talking about sex - and I would certainly 'blame' Madonna for giving me the nudge towards facing my fetishes up close.

.

deh duillius, aka g.z.b.l. portrait by samuel gambohan

Art, for me, is much more than how many hours, paint supplies or painting styles you might have invested in a particular canvas, but rather a powerful tool to communicate, make things political and reflect upon the times we live in, and how to tell our own stories (Thanks for that, Nina Simone!).

When

create,

Including the act of freeing myself from myselff, as much as opening a scape window for whomever is observing or buying one of my paintings, not only for a matter of taste, but rather because it does create some sort of identification in the process. At the end of it all, my only hope is that, if you may ever be on the other side, peeking through, you might catch me on the other side, waving back at you. ;)

My goal is to try to translate angst into images that are able to invite the audience to see themselves in the artwork,
Self-esteem is always a present issue in my artwork .
When drawing, I try to portray my demissexuality, frustrations and horniness by portraying people or situations I crave for, either by suggestion or explicitly.
The most interesting bit in understanding myself as part of the demissexual spectrum is that I'm actually not in crontrol of what turns me on, but I'm always open to creating new connections, and drive this inspiration (or lack of) towards the paper.
I
I think first and foremost, about freedom.
Sometimes, my models, perhaps driven by their own desires, develop a sort of of master/ sub relationship towards me, fueled, perhaps, by the thrill of being immortalized in their own fantasies.

GIL ARAÚJO BY/POR THIAGO CARVALHO

brasil / brazil

extra

beef

see more of this editorial in our patreon edition! click here veja mais deste editorial na edição patreon! clique aqui :D

MADBLUSH

THE BEEFCAKE INTERVIEW /

/

PORTUGUÊS

ESCANEIE O CÓDIGO QR PARA OUVIR AS MÚSICAS DE MADBLUSH NO SPOTIFY!

É UM ARTISTA SINGULAR.

Autodidata, intuitivo, perspicaz: da sua trajetória como performer nos palcos e produtor de eventos na vida noturna, percebeu que faltava algo em sua expressão: a voz. O cantar.

E foi assim que, durante o período de uma década, o artista esculpiu suas composições, arranjos e produções musicais, tornando-se um dos produtores mais talentosos da música brasileira, até encontrar o seu formato: canções dotadas de uma crítica social forte, com o sempre presente bravado pela liberdade e representatividade de vidas e temáticas queer, e um ritmo swingado e contagiante que é a cara do Brasil contemporâneo.

Um artista multimídia, Madblush é responsável pela composição, desenvolvimento de suas próprias produções; utilizando-se de uma prolífica produção musical associada à criação e direção artística de videoclipes e curtas metragens, e desta forma, criou o seu próprio universo artístico, que mistura som, ritmo e imagem: contra a corrente sempre, voando alto, como uma explosão de ritmo e cor que é impossível de não se perceber - e admirar.

Conversamos via e-mail pela ocasião do lançamento de seu último EP, “Livre”, pelo selo brasileiro Lab344; para este projeto, o artista criou, em conjunto com a música, um novo álbum visual, dando continuidade ao formato utilizado em seu revelador disco de estréia, “Cactus”, onde cada canção do projeto recebe um respectivo videoclipe, dentro do seu característico universo colorido e psicodélico.

MADBLUSH

QUEM É MADBLUSH?

MÚSICA É...?

Um artista. Um artista livre, inquieto, otimista e sem medo de evoluir e mudar. Mas acima de qualquer característica, um artista!

A SUA MÚSICA POSSUI BASTANTE ÊNFASE EM RITMOS PERCUSSIVOS E BEATS, DE ONDE VOCÊ CRÊ QUE VEM O SEU RITMO?

Os ritmos percussivos mexem com algo aqui dentro. Acho que muitas pessoas sentem isso. Mas em mim é uma coisa muito enraizada e eu nem sei bem de onde sei que tá ali. Talvez o meu lado mais instintivo, agitado, tribal, guerreiro, feiticeiro, venha daí (risos). Mas hoje a parte melódica também está vindo com força e completando essas sensações. Se eu fosse um rítmo acho que seria um bem rebolativo (risos). Swingado!

É necessária! É minha vida.

QUAIS SÃO SUAS INFLUÊNCIAS MUSICAIS, E COMO ELAS SE REFLETEM NA SUA PRÓPRIA ARTE?

POR QUE CANTAR?

Porque tava aqui dentro e no gogó desde pequeno. E só foi libertado aos 30 anos. Foi mágico. E realmente me descobri e sei que é isso: sou eu.

Essa pergunta sempre é uma tormenta pra mim (risos). Tantos artistas podem de alguma forma terem me influenciado. Mas tem vezes que nem eu sei isso direito.

Costumo misturar tantas coisas na minha cabeça com o meu jeito que dizer ao certo é difícil (risos). Vamos tentar! Preciso voltar um pouco no tempo.

SEU ÚLTIMO LANÇAMENTO

É O EP “LIVRE”, QUE CONTINUA A ESTRADA INICIADA COM O LANÇAMENTO DE SEU ÁLBUM DE ESTRÉIA, “CACTUS”. PARA VOCÊ, QUAL A DIFERENÇA ENTRE PRODUZIR UM ÁLBUM E UM EP?

No EP a comunicação é um pouco mais rápida podemos dizer. Você consegue criar uma história, uma ideia em um tempo mais curto. Ou ir soltando a sua ideia por partes até formar um álbum também. O mercado hoje em dia consome muito esse formato. Mas eu acho o conceito de álbum fantástico. Sempre curti! Poder construir em um tempo maior e criar mais é fantástico. Louco pra lançar meu segundo álbum!!!

Artistas como Annie Lennox desde a época do Eurythmics até seu primeiro álbum solo DIVA, sempre foi uma artista mágica pela versatilidade e talento. A maioria das pessoas gostavam do Bowie e eu dela! Ficava hipnotizado. Mas claro que também gosto do Bowie e tenho ele como uma influência. Aretha Franklin por sua potência, força, voz, timbre, nossa! Madonna sem dúvida por ser essa artista incrível até hoje.

Disco Music, Daft Punk. Grace Jones, Boy George, Deee Lite, James Brown, Ney Matogrosso e tantos outros que conheci ao longo da vida. Fernanda Abreu é uma influência até hoje na minha música de várias maneiras, mesmo muitas vezes meu trabalho sendo diferente do dela. Misturado, né? Mas isso sou eu! Quem conhecer meu trabalho vai perceber!

QUANTO DO SEU PROCESSO É VISUAL, E QUANTO DO SEU PROCESSO É MUSICAL, E COMO VOCÊ CRÊ QUE AMBOS SE CRUZAM EM SUA PRODUÇÃO ARTÍSTICA?

Para um artista como eu é difícil dizer um valor certo para cada processo. Obviamente a música está na frente. Mas a parte visual algumas vezes se joga e dita o que vai rolar (risos). Eu sempre faço que o visual seja de um ensaio relacionado a algum lançamento, uma capa, um clipe, figurino ou maquiagem tem como maior função ilustrar a minha música. Completar o que eu quero dizer na letra. Sem dúvida eles se cruzam.

ALÉM
SUAS
VOCÊ
DE COMPOR E CANTAR
MÚSICAS,
TAMBÉM É UM ARTISTA AUDIOVISUAL, QUE SE UTILIZA DA CRIAÇÃO DE VIDEOCLIPES E IMAGENS CONCEITUAIS PARA COMUNICAR A SUA ARTE.

COMO A EXPRESSÃO

E IDENTIDADE DE GÊNERO

FAZEM PARTE DE SEU TRABALHO COMO ARTISTA, E COMO VOCÊ SE RELACIONA COM ESTAS DIFERENTES PERSONAS QUE CRIA?

É muito louco pq eu sempre fui essa criatura fluida. No começo fiquei um pouco balançado com opiniões e definições que muitos precisam utilizar para encaixotar tudo. Até eu mesmo fazia isso. Mas a cada trabalho, música, letra eu percebia que queria me sentir livre e ser esse artista livre e libertador.

Transitar por qualquer gênero tendo as mesmas características por mais diferentes que possam parecer tais "personas". É uma coisa que cada vez mais meu público tem entendido.

Isso é tão bom, pois não quero ser um artista definido somente pela expressão e identidade de gênero. E sim pelo todo.

O QUE TE INSPIRA?

Liberdade, política, o meu mundo hoje, agora. Acho necessário falar sobre o agora.

Com uma ironia gostosa, divertida e também com seriedade. Mas tenho me inspirado para falar sobre amor, relações, tenho escrito sobre isso ultimamente.

VOCÊ FAZ PARTE DE UMA NOVA LEVA DE MÚSICOS LGBTQ+ QUE ESTÃO CONQUISTANDO ESPAÇO ENTRE O PÚBLICO BRASILEIRO, APESAR DE BUSCAR DEIXAR CLARO QUE NÃO FAZ MÚSICA APENAS PARA O PÚBLICO LGTBQ+. EXPLICA PRA GENTE UM POUQUINHO DISSO?

muito "confortável" para alguns setores do mercado você ter seu trabalho, sua música, somente exposta na caixinha LGBTQ+: "Você não faz pop, você faz Pop LGBTQ+. Você não é artista, você é artista

QUAL O SEU DISCO FAVORITO, E COMO ELE TE INFLUENCIOU?

Tem que ser um só? Risos.

Acho que 'DIVA' da Annie Lennox sem dúvida. Acho até parecido com ela hahaha. A versatilidade, a musicalidade, o visual. E claro 'Sla Radical Dance Disco Club' e 'Da Lata' da Fernanda Abreu que são geniais por trazer a dance music, a mistura para a música brasileira e que se consolidou cada vez mais. E 'Erotica' da Madonna, por… tudo, né? Conceito, sonoridade, enfim.

Claro que eu estou e faço parte da sigla, canto muitas vezes sobre isso, e acho necessário, claro! Mas é muito conveniente para uma parte do mercado que você fique ali, na sua caixa, no seu 'lugar', feliz e agradecido por isso. Tá tudo bem se você está feliz assim, OK. Mas sinto que muitas vezes querem nos limitar e realmente isso acontece. Não é à toa que muitos artistas reclamam de só aparecerem no mês do orgulho, entende?

VOCÊ CONSIDERA

A SUA MÚSICA COMO MÚSICA

UMA FORMA DE PROTESTO?

- O EP 'Livre' está disponível em todas

plataformas digitais para streaming.

Acho
LGBTQIA".
Não tem "artista hetero", "Pop Hetero". Parece que sempre tem que ter um “carimbo” na sua arte pra você ficar separado, resumido e limitado a datas e situações específicas.
Em muitos momentos sim, é uma forma de protesto. E além do aspecto mais sério, quando misturo com um humor ácido… fica uma delícia protestar (risos).
as

MADBLUSH IS A ONE OF A KIND ARTIST.

Self-taught, intuitive, insightful: starting their trajectory as a performer on stage and as a producer for nightlife events, they’ve realized that something was missing in their expression: the voice. To sing.

And that's how, over a period of a decade, the artist sculpted their compositions, arrangements, and musical productions, becoming one of the most talented producers in Brazilian music until a found format (of sorts) was found: songs endowed with social criticism aimed at the Brazilian status quo, with the ever-present bravado for freedom and representation of queer lives and themes, and a contagious swinging rhythm, full of Brazilian swag.

A multimedia artist, Madblush is responsible for composing and developing his productions; from arrangement to mixing, from creating costumes to directing their videos: this is the singular universe of an artist that is present in all steps of their creation. Developing over the last decade a prolific musical output, associated with the creation and artistic direction of video clips and short films, Mablush has definitely accomplished creating an artistic universe of its own, which mixes sound, rhythm, and visuals: ever going up against the tide. flying high, like an explosion of rhythm and color that it is impossible not to notice - and to admire.

We chatted over email on the occasion of the release of their latest EP, “Livre”, by the Brazilian label Lab344; for this project, the artist has created along with the music, a new visual album, continuing the format used in their cathartic debut album, “Cactus”, where each song of the project receives a respective video clip, all characteristically colorful and psychedelic, just like their creator.

-
ENGLISH
SACN THE QR CODE BELOW TO LISTEN TO MADBLUSH'S SONGS ON SPOTIFY!

WHO IS MADBLUSH?

An artist. A free, restless, optimistic, and not afraid to evolve and change artist. But above all, an artist!

YOUR MUSIC HAS A PROEMINENT EMPHASIS ON PERCUSSIVE RHYTHMS AND BEATS, WHERE DO YOU THINK YOUR RHYTHM COMES FROM?

30. It was magical. And then, I discovered myself, and now I know this is me.

e.n.: *a Brazilian expression for “throat”.

These percussive rhythms kinda stir something in me. I think a lot of people feel that. But it's something very rooted in me and I'm not even sure where I know it's from. Perhaps my most instinctive, restless, tribal, warrior, sorcerer side comes from there (laughs). But today the melodic part is also coming up forward to add to these sensations. If I were a rhythm I think it would be a fast one (laughs), with a lot of swing!

YOUR LATEST RELEASE IS THE EP “LIVRE (FREE)”, WHICH COMES AFTER THE RELEASE OF YOUR DEBUT ALBUM, “CACTUS”. FOR YOU, WHAT IS THE DIFFERENCE BETWEEN PRODUCING AN ALBUM AND AN EP?

WHAT ARE YOUR MUSICAL INFLUENCES, AND HOW ARE THEY REFLECTED IN YOUR ART?

Oh, this one is always a bit of torment for me (laughs).

So many artists may have somehow influenced me. But sometimes I don't even know that - I tend to mix so many things in my head with my way of doing things that saying something for sure is difficult (laughs). We will try! I need to go back in time a little.

Artists like Annie Lennox from her days in Eurythmics to her first solo album Diva, she has always been like, a masterful artist for me, due to their versatility and talent. Most people were digging Bowie back then, but I liked her! I was mesmerized. But of course, I also like Bowie and I do hold his work as an influence as well. Aretha Franklin for her power, strength, voice, timbre, wow! Madonna, without a doubt, for being an incredible artist to this day.

IN ADDITION TO COMPOSING AND SINGING YOUR SONGS, YOU ARE ALSO AN AUDIOVISUAL ARTIST, CREATING VIDEO CLIPS AND CONCEPTUAL IMAGES TO PROMOTE YOUR ART - HOW MUCH OF YOUR PROCESS IS VISUAL, AND HOW MUCH OF YOUR PROCESS IS MUSICAL, AND HOW DO YOU THINK THE TWO INTERSECT IN YOUR ARTISTIC PRODUCTION?

For an artist like me, it's hard to say a certain rate for each process. The music is at the forefront. But the visual part sometimes gets to dictate what will happen (laughs).

On EPs the communication is a little faster, we might say. You’re able to present a story or an idea in a shorter time. Or, dropping the release in parts until you form an album, as well. The market today is quite favorable to this format, but I think the concept of making albums is fantastic. I always liked it!

Being able to build a concept over a longer timeframe and presenting more is fantastic. I’m kinda diying to put out my second album soon!!!

Disco Music, Daft Punk. Grace Jones, Boy George, Deee Lite, James Brown, Ney Matogrosso and so many others I've met throughout my life. Fernanda Abreu still influences my music in many ways, even though my work is often different from hers. Kind of a mixed bag, right? But that's me - I’m sure that anyone who gets to hear my music will somehow get it!

WHY.. SINGING?
Because I was in here and in the gogó* since I was little. And it wasn't fully unleashed until I was
I always say that the looks stem from something related to a release, a cover, a clip, costume or makeup - it has, as its main function, to illustrate my music. Complete what I want to say in the lyrics. No doubt they intersect.

HOW ARE THEMES SUCH AS GENDER EXPRESSION AND IDENTITY RELATED IN YOUR ARTWORK, AND HOW DO YOU RELATE TO THESE DIFFERENT PERSONAS THAT YOU CREATE?

It's pretty hectic because I've always been this fluid creature. At first, I was a little shaken by the opinions and definitions that many people need to employ to label everything up. Even I did it to myself. But with each artwork, song, and lyric written I realized that I wanted to feel free, and become this free, liberating artist for others, transitioning through any gender, while retaining the same essence, no matter how different such "personas" may seem. It's something I've realized that my audience increasingly supports. This is so good, because I don't want to be an artist defined solely by any form of gender expression and identity, but rather for the whole of my art work.

WHAT INSPIRES YOU?

Freedom, politics, my world today, now. I think it is necessary to talk about the now.

With a nice smidge of irony, some shade, fun, and also with seriousness. But I've been inspired to talk about love lately, and relationships, I've been writing about that lately. YOU ARE PART OF A NEW WAVE OF QUEER MUSICIANS WHO ARE GARNERING VISIBILITY WITH THE BRAZILIAN AUDIENCE, DESPITE TRYING TO MAKE IT CLEAR THAT YOU DO NOT MAKE MUSIC - JUST - FOR QUEER AUDIENCES. CAN YOU EXPLAIN TO US A LITTLE BIT ABOUT THIS?

The thing is that I find it very to be "comfortable" for some people to make sure to have your work, your music, seen only within the LGBTQ+ community. It’s like “You're not making “pop music”,

you are making “Queer Pop Music”, you’re, not an artist, you're a “Queer Artist”.

Of course, I am myself part of this global community, II sing about it in songs, and I think it's necessary to do so, of course! But it just feels convenient for the powers that be that you remain there, in your little box, in your 'place': happy and grateful. I mean, it's okay if you're happy to oblige that…

But I feel like people often want to limit us, the spaces we can achieve, and it often does happen, somehow. It's no wonder that many artists complain about only getting some sort of exposure during pride month, and then it kinda goes away until next year, you know?

There is no such thing as "straight artist" or "Straight pop". It seems like, you always have to have some sort of “stamp” in your art so it can be to be labeled, pre-defined, and therefore, limited towards specific dates and situations.

WHAT'S YOUR FAVORITE RECORD, HOW HAS IT INFLUENCED YOU?

Does it have to be only one? Laughs.

I think 'Diva' by Annie Lennox is one of them, without a doubt, so much that sometimes I think I kinda look like her in some of my looks. lol. The versatility of the album, the musicality, and the look attached to it. And, of course, 'Sla Radical Dance Disco Club' and 'Da Lata' by Fernanda Abreu, are groundbreaking albums, for putting dance music together with Brazilian rhythms.. And Madonna's 'Erotica', for… I mean, for everything? Concept-wise, sound-wise, it's just absolutely brilliant.

DO YOU CONSIDER YOUR MUSIC AS MUSIC A FORM OF PROTEST?

In many ways, yes, it is a form of protest. Besides the more serious aspect of it, when I'm able to mix it with that little bit of shade… makes it an absolute delight to protest.

"Free", the EP is available in all digital platforms for streaming.

thiago carvalho

photos / fotos electromagneti.co

interview /
entrevista

TABULA HOMO

EUA / USA

@tabulahomo @thats_your_dad

extra

see more of this editorial in our patreon edition! click here veja mais deste editorial na edição patreon! clique aqui

beef :D

DOM OF PIGLAND + MR. MARCUS /

rússia /
russia PHOTO : YOHAN
@DOM_OF_PIGLAND @MR_MARCUS_1980 FROM RUSSIA, WITH LOVE. DA RÚSSIA, COM AMOR. PHOTOS BY / FOTOS DE KAT HOLON / @KAT_HOLON YOHAN / @VANSF12 FEATURING / COM PHOTO : KAT HOLON
PHOTO : KAT HOLON

ENGLISH

Note from the editor: On Beefcake, we are committed to covering pride representations from all over the world - and we cannot forget to extend the invitation to parts of our community still living under restrictions and repression worldwide. Empathy in our lives is needed to help create a bond with those in different scenarios than we are and also tell their stories.

Given the current situation involving the ongoing war between Ukraine and Russia, it feels needed to explain that, publishing these photos and allowing freedom of expression to parts of our community in oppressed places is paramount for us, and it does not mean in any form our support towards the current political situations in these countries, or what brought them to the current situation - our support stands with the queer communities living in those places, amidst the current situation they find themselves in.

These portraits were taken to celebrate their engagement - a counter-culture act and statement given the current antilgbtq+ laws in Russia, which do not allow same-sex marriage. Their story comes from a mutually shared love for the leather community, that also brought them together in life, as a couple.

Together, they are trying to bring more visibility to the Russian leather commu nity, as activists both in-country and internationally. They’ve participated in various projects of the major internatio nal leather & fetish players, like Recon. com, Mister B WINGS magazine, and Leather Archives & Museum in Chicago.

Recently, they have started running regular leather socials for the local fetish community, and take pride in hosting the first-ever official BLUF (The Breeches and Leather Uniform Fanclub) event in Russia. In addition to that, they launched a first-of-a-kind fetish & BDSM club night in Moscow.

The couple featured here is Dom of Pigland and Master Marcus, hailing from Moscow, Russia. Master Marcus is the current Mr. Leather Russia titleholder and Dom of Pigland was the first runner -up at the competition, which took place in October 2021. Their connection spark led right there on stage, where the two met for the first time and endured on.

Dom & Marcus got engaged on the 30th of April, six months into their relationship, and are planning to get married in a jurisdiction that allows samesex marriage as soon as the opportunity arises.

This is a love story that comes to us from Russia.
: YOHAN
PHOTO

PORTUGUÊS

Nota do editor: Na Beefcake, temos o compromisso de cobrir representações do orgulho de todo o mundo - e não podemos esquecer de estender o convite a partes de nossa comunidade que ainda vivem sob restrições e repressão em todo o mundo. A empatia em nossas vidas é necessária para ajudar a criar um vínculo com aqueles em cenários diferentes do nosso e também contar suas histórias.

Inicialmente, dada a situação atual envolvendo a guerra em curso entre a Ucrânia e a Rússia, parece necessário explicar que, publicar essas fotos e permitir a liberdade de expressão a partes de nossa comunidade em lugares oprimidos é primordial para nós, e isso não significa de forma alguma formam nosso apoio às atuais situações políticas desses países, ou o que os trouxe à situação atual - nosso apoio está com as comunidades queer que vivem nesses lugares, em meio à situação atual em que se encontram.

Esses retratos foram feitos para celebrar o noivado do casal - um ato e uma declaração de contracultura, dadas às atuais leis lgbtq+ na Rússia, que não permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A história deles vem de um amor mutuamente compartilhado pela comunidade leather, que também os uniu na vida, como um casal.

Juntos, eles estão tentando trazer mais visibilidade à comunidade leather russa, atuando como ativistas tanto em seu país quanto internacionalmente. Eles participaram de vários projetos dos prin cipais players internacionais de couro e fetiche, como Recon.com, revista

Esta é uma história de amor que nos chega diretamente da Rússia.

O casal fotografado aqui é Dom of Pigland e Master Marcus, vindos de Moscou, Rússia. Master Marcus é o atual campeão do Mr. Leather Russia e Dom of Pigland foi o primeiro vice-campeão da competição, que aconteceu em outubro de 2021. A conexão deles brilhou ali mesmo no palco, onde os dois se encontraram pela primeira vez e deu em casamento!

Recentemente, eles começaram a rea lizar eventos sociais regulares de couro para a comunidade fetichista local e se orgulham de sediar o primeiro evento oficial BLUF (The Breeches and Leather Uniform Fanclub) na Rússia. Além disso, eles lançaram uma noite de fetiche e BDSM inédita em Moscou.

Dom & Marcus ficaram noivos no dia 30 de abril, ao completarem 6 meses de relacionamento, e planejam se casar em uma jurisdição que permita o casamento entre pessoas do mesmo sexo, assim que houver oportunidade.

Mister B WINGS e Leather Archives & Museum em Chicago.
PHOTO : KAT HOLON
PHOTO : YOHAN PHOTO : YOHAN
PHOTO : KAT HOLON
THE ARTIST SPOTLIGHT A ARTE INCLUSIVA DE UM NAKED GAYMER THE INCLUSIVE ART OF A NAKED GAYMER /
@GAY_ART_2020
CESAR VIANNA
canadá + frança / canada + france
@THENAKEDGAYMER

Technology allows us, among other things, to travel the world and meet new people and places without leaving our living room. That's what this column is about: about the people I've met and the experiences I've had related to homoerotic art. I am a graphic designer and artist and I have for the last three years explored this artistic mouvement where artists seek to express their sexual orientation and individuality.

Romain is a man of different passions.

Since childhood, he has cultivated a passion for video games (in particular, he loves Nintendo games) and a passion for drawing. Initially, he worked making pencil drawings. With the evolution of technology, he has exchanged the pad of paper for his tablet, managing to merge his two passions.

His work came to have the same infinite color palette that a video game might have (plus a bunch of effects tools). As an artist, I've done digital drawings. I can say that the advantage of digital work is that the artist can work on different overlapping layers, as if it were a pad of transparent paper. There's the freedom to try without being afraid of making mistakes, also searching for different options of tools or backgrounds for his works. And this characteristic is very clear in Romain's work: he adapts his works according to a theme or an occasion. If Instagram has rules for senstive content, he goes around it, creating especially for that medium, instead of using an emoji or an effect that would end up disfiguring the artwork.

He thought this experiment could be interesting and decided to do it. A series of drawings was produced, which ended up being published on social media. Romain started getting messages from other artists asking him to pose for them too. A few months later, he had already been a source of inspiration for over 100 artists to create their artworks.

'It's a-me, Mario!', actually, it's not Mario I'm going to talk about, but Romain, a French queer artist, known on social media as Naked Gaymer.

A self made artist, like many others around the world, who developed his skills without following a formal course at an art school. He is not influenced by the great artists of the past, but by contemporary artists he meets in everyday life. This contact with artists from around the world is what makes

Romain also poses as a model for artists from different parts of the world. Actually, that's how he started his current artistic work: in 2020, during lockdown, one of his friends asked him to pose in the nude.

'I work with gay artists and I know that many have a preference for models with muscular bodies, sculpted at the gym.'

That's why, at first, Romain was impressed by the number of artists he had inspired as a model, he even defined the situation as 'surreal'.

From then on, he simply came to terms with it, without being afraid of judgements, he continued to pose, and to find pleasure in doing that.

After a few months of being a reference for several artists, he decided to give back, and started producing his art using his followers or other artists as models. Yes, dear reader, something kinda “I show you mine and you show yours”

ENGLISH /

Romain's work is clean, with simple lines and at the same time rich in details. It's a simple design, but it presents enough to drive the viewer's imagination. His artwork is always very bright and vibrant in color. Its colors are pure and saturated, but the background does not have the same importance as the character, so the contrast created by the colors and the level of detail ends up making the character the main focal point of the work. He finds his inspiration in the simplicity of the design of video game characters, but added to the sensuality of an image '18+ only'. The characters have minimalist designs and shapes, with small details (hair and shading).

His art presents male sexuality with a lot of freedom of expression. In his view, everyone is beautiful, each person in its own specific way.

He likes to represent the diversity of all body types, and his work could be summed up in the word pride. A pride that we can see in the expression on their characters' faces. From the aforementioned diversity, from being young, old, thin, thicc or muscular: the result is an inclusive, very sensual and captivating art.

In 2021, he developed a series of works with models from different European countries that he named 'Boys of Europe'. Each model, celebrating and honoring their country, was represen ted posing with their flag and with the map of the European Union in the background. He's also just finished a series called “Naked Gaymers”, whe re he took inspiration from his video game hobby and depicted 14 gaymers posing nude, holding controllers and other gaming-related accessories.

The artist considers homoerotic art a political manifestation. In his words, just drawing and showing the affection between two men is considered a manifestation of pride and acceptance. In Romain's words, his art is a space where people can be authentic. Reality can often be difficult, but Naked Gaymer's imagination can change that.

ENGLISH /

A tecnologia nos permite, entre outras coisas, poder viajar pelo mundo e conhecer novas pesso as e coisas sem sair de nossa casa. É sobre isso que se trata esta coluna: sobre as pessoas que conheci e as experiências que tenho vivido em relação à arte homoerótica. Eu, designer gráfico e artista, tenho nos últimos três anos explorado esta corrente artística onde os artistas buscam expressar sua sexualidade e sua individualidade.

Romain é um homem de diferentes paixões.

Desde a infância, ele cultiva a paixão pelos videogames ( em particular, ele ama os jogos da Nintendo) e a paixão pelo desenho. Inicialmente, ele trabalhava fazendo desenhos a lápis. Com a evolução da tecnologia, ele pode trocar o bloco de papel pelo seu tablet, conseguindo fundir suas duas paixões. Seu trabalho passou a ter a mesma paleta de cores infinitas que um jogo de videogame pode ter (além de uma grande gama de ferramentas disponíveis).

Ele achou que poderia ser interessante esta experiência e decidiu fazer. A partir disso, foi produzida uma série de desenhos, que acabou sendo publicada nas redes sociais. Romain começou a receber mensagens de outros artistas pedindo para ele posar para eles também. Poucos meses depois, ele já tinha sido fonte de inspiração para mais de 100 artistas.

'It's a-me, Mario!', na verdade não é do Mario que irei falar, mas do Romain, um artista queer francês, conhecido pelas redes sociais como o Naked Gaymer.

Um artista, autodidata, como muitos outros pelo mundo, que desenvolveu suas competências sem seguir um cur so formal em uma escola de artes. Ele não é influenciado por grandes artistas do passado, mas por artistas contemporâneos que ele encontra pelo cotidiano. Esse contato com artistas do mundo é o que torna sua arte diferente, é a arte da interação, que evolui por conta dos comentários e sugestões que recebe.

Como artista, eu (Cesar) também já fiz desenhos digitais. Posso dizer que a vantagem do trabalho digital é que o artista pode trabalhar em diferentes camadas sobrepostas, como se fosse um bloco de papéis transparentes.

Ele passa a ter liberdade para tentar sem ter medo de errar.

E também pode buscar diferentes opções de acessórios ou fundos para suas obras. E esta característica é bem clara no trabalho do Romain: ele adapta seus trabalhos segundo um tema ou uma ocasião. Se o Instagram apresenta regras para a publicação, ele cria um elemento especialmente para aquela obra no lugar de usar um emoji ou um efeito que iria acabar desfigurando a ilustração em si.

Romain também posa como modelo para artistas de diferentes lugares do mundo. E foi assim que ele começou o seu trabalho artístico atual: em 2020, durante o isolamento na Pande mia, um de seus amigos pediu para ele posar nu.

Por isso, num primeiro momento, o Romain estava impressionado com o número de artistas que ele tinha servido de modelo, chegou a definir a situação como surreal. Assim, ele simplesmente aceitou o corpo que tinha, e sem ter medo de ser julgado, continuou a posar com prazer. Após alguns meses sendo modelo de referência para diversos artistas, ele decidiu retribuir, e começou a produzir sua arte usando seu público ou outros artistas como modelos. Sim, prezado leitor, algo se melhante à 'eu mostro o meu e você mostra o seu'.

PORTUGUÊS /
'Eu convivo com artistas gays e sei que muitos têm a preferência de modelos com corpos esculturais, musculosos, esculpidos na academia.'

Seu trabalho é clean, com linhas simples e ao mesmo tempo rico em detalhes É um desenho simples, mas que apresenta o suficiente para conduzir a imaginação do observador. Seu trabalho é sempre muito luminoso e com cores vibrantes. Suas cores são puras e saturadas, mas o fundo não tem a mesma importância do personagem, então o contras te criado pelas cores e pelo nível de detalhes acaba tornando o personagem o grande ponto focal do trabalho. Ele busca sua inspiração na simplicidade do desenho de persona gens de jogos de videogames, porém somada à sensualidade de uma imagem “proibida para menores de 18 anos”. Os personagens têm desenhos e formas minimalistas, com pequenos detalhes (pêlos e sombreados). Sua arte apresenta a sexualidade masculina com muita liberda de de expressão. Em sua visão, todos são bonitos, cada um de sua forma específica. Ele gosta de representar a diversidade de to dos os tipos de corpos.

E seu trabalho poderia ser resumido na palavra orgulho. Um orgulho que podemos ver na expressão do rosto de seus personagens. Da mencionada diversidade, do ser jovem, velho, magro, gordo ou musculoso, Romain não hesita. O resultado é uma arte inclusiva, bastante sensual e cativante.

Em 2021, desenvolveu uma série de obras com modelos de diversos países da Europa que ele batizou de "Boys of Europe”. Cada modelo, celebrando e homenageando seu país, foi representado posando com sua bandeira e com o mapa do da União Européia ao fundo. Ele acabou de desenvolver uma série chamada “Naked Gaymers”, onde ele se inspirou em hobby de videogames e representou 14 gaymers posando nus segurando controles e outros acessórios.

Ele considera a arte homoerótica uma manifestação política. Em suas pala vras, somente de desenhar e mostrar o afeto entre dois homens é considerado para si uma manifestação de orgulho e de aceitação. Nas palavras de Romain, sua arte é um espaço onde as pessoas podem ser autênticas. Muitas vezes, a realidade pode ser difícil, mas a imaginação do Naked Gaymer pode mudar isso.

PORTUGUÊS /

'ROMAIN' by / por CESAR VIANA

GUSTAVO GABRIEL

argentina

@GUSTYGAB / MODEL / MODELO

PHOTOS BY / FOTOS DE SAMUEL GANEM

beefcake: merch store. USA / EUROPE / BRASIL= proud. com orgulho.
PHOTO BY TIMOTHY BARNABY AKA YOUR DAD

CARLOS QUIRINO

brasil / brazil
@carlos181072
SELF PORTRAITS / AUTORRETRATOS

extra

see more of this editorial in our patreon edition! click here veja mais deste editorial na edição patreon! clique aqui beef :D
contact: beefcakemag@gmail.com find us / nos encontre: linktree.com/beefcakemag thank you . obrigado!
ISSUE / EDIÇÃO #6 _ JULY / JULHO 2022 / FREE DOWNLOAD BEEFCAKE MAGAZINE © 2021 BY THIAGO CARVALHO / SQUARE LTDA IS LICENSED UNDER CC BY NC ND 4.0. TO VIEW A COPY OF THIS LICENSE, VISIT HTTP://CREATIVECOMMONS.ORG/LICENSES/BY NC ND/4.0/

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.