INTERFACES DO DESIGN
Escola Superior de Propaganda e Marketing Curso de Design com Habilitação em Comunicação Visual e Marketing
Isabella Diamantino
DESG 2B Comunicação e Linguagem I Professor Muneratti
São Paulo, novembro de 2015
SUMÁRIO Importância de escrever para o futuro profissional de design.........................5 A matéria prima do design é a cultura...............................................................7 Design e tecnologia.............................................................................................9 Design e marketing.............................................................................................11 Design e arte........................................................................................................13 Design e meio ambiente.....................................................................................15 Design para ler......................................................................................................17 Considerações finais...........................................................................................21 Bibliografia..........................................................................................................23
A IMPORTÂNCIA DE ESCREVER PARA O PROFISSIONAL DE DESIGN A profissão Design exige muita criatividade das pessoas envolvidas, principalmente quando se tem um produto apenas na imaginação e deve-se passar para o papel. Mas ao contrário do que algumas pessoas pensam, isso não acontece apenas com o desenho, mas também com a escrita, criação de produtos, de projetos. Não importa se a trata-se da descrição de um objeto, criação da identidade visual de uma empresa ou até mesmo fazer uma apresentação manuscrita para uma vaga de emprego, a escrita é indispensável. Com ela conseguimos descrever nossos pensamentos e opiniões de forma mais clara e direta, anotar a necessidade e o desejo do cliente, além de melhorar o vocabulário, mostrando então uma postura profissional e séria, destacando-se dos demais. O ato de escrever pode lhe abrir inúmeras portas, desde oportunidade de participar de escrever para uma coluna, revistas, jornais ou até mesmo escrever um livro. O hábito de escrever traz benefícios e vantagens indispensáveis para um profissional, independente de qual for sua área.
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A MATÉRIA PRIMA DO DESIGN É A CULTURA É a partir da cultura que o designer tem conteúdo para criar e realizar seus projetos, é ela quem facilita a solução problemas de criação e execução com diferencial. Com a cultura pode-se criar um trabalho profundo pois a criação de um logo, por exemplo, não trata-se apenas de um desenho superficial, visualmente bonito. Representa a identidade visual de algo ou alguém, e a cultura nos ajuda a fazer disso algo especial, alguma coisa que realmente represente àquilo que estamos trabalhando para, nos fornece informações necessárias para fazer daquele trabalho algo significativo. Adquirir cultura é importante não só para o profissional de design, mas também para outros profissionais, ajudando em sua carreira e na sua vida pessoal. Conhecer outras culturas, outros lugares, vários tipos diferentes de arte e até mesmo de design ajuda na inspiração e na forma de como você realizará seu trabalho. A cultura amplia nosso olhar, nossa visão do mundo, assim, temos várias referências diferentes para o trabalho. Caso o profissional vá fazer um trabalho para uma empresa Europeia por exemplo, estará um passo a frente dos demais aquele que já leu sobre, já viajou para lá, se informou sobre, pois conhecerá a cultura do lugar, facilitando o desenvolvimento do seu trabalho. A cultura está em todo lugar, nos livros, viagens, museus, pontos turísticos, músicas basta prestar atenção ao seu redor, querer aprender, absorvê-la e utilizá-la no seu dia-a-dia.
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DESIGN E TECNOLOGIA A tecnologia é uma ferramenta indispensável para o design. É graças a ela que avançamos tanto nessa área. Pudemos desfrutar de diversas inovações cada vez mais rápidas e potentes, como computadores, celulares andróides, tablets, que nos permitem criar não importando onde estamos. Graças à tecnologia existem milhares de aplicativos e programas que nos ajudam ao realizar trabalhos atualmente, alguns são quase indispensáveis para o profissional de design como o photoshop, illustrator, in design, entre outros. Foi-se criando vários aplicativos mais simples que servem apenas como um auxílio e podemos carregar conosco caso a inspiração apareça. A tecnologia não é só importante no design gráfico, mas influencia fortemente no design de móveis, moda, interior… Um exemplo do de móveis é a cadeira Motek, lançada pela italiana Cassina, e desenvolvida por Luca Nichetto. De acordo com a revista ARC design, ela foi inspirada em uma folha de papel e pode assumir novas formas por meio de arte japonesa origami. A peça é confeccionada com tecnologia de moldagem por pressão, que também é utilizada na fabricação de carros, técnica que imprime leveza ao móvel. Outras grandes inovações que chamaram atenção do público foram o cinema 3D e mais recentemente a impressora 3D. É preciso reconhecer que a tecnologia trouxe inúmeros benefícios à vida profissional do designer, ela nos permite inovar, ter acesso a informações em tempo real, criar novos produtos, evoluir, arriscar, trazendo às pessoas grande variedade de produtos, não permitindo um mercado monótono e repetitivo, no qual todos buscam fazer o mesmo tipo de trabalho.
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DESIGN E MARKETING O designer tem a importante função de criar a identidade visual de um produto, uma empresa ou uma pessoa, mas não adianta criar um produto desejável visualmente, que cumpre sua função, se ele for destinado ao público errado. É também nesse aspecto que os profissionais de marketing trabalham. O “marqueteiro” estuda a quem atingir, como fazer, quais os métodos alcançar as metas desejadas. Uma marca que mostra bastante isso é Apple. Ela atrai os clientes não só pela funcionalidade, utilidade, mas chama muita atenção quando se trata de design. É uma marca que investe em sofisticação, tecnologia e marketing. É um exemplo claro de que design e marketing devem trabalhar sempre juntos. A estratégia de marketing é um fator de diferenciação competitiva em design, sendo muitas vezes o único aspecto que diferencia o produto no mercado. Os dois buscam atender as necessidades e desejos dos consumidores, sendo o designer trabalhando na área criativa e o marketing nos estudos do público alvo. Ambos trabalhando juntos atingem quem desejam e como desejam de forma mais eficiente e rápida, gerando uma probabilidade maior de obter sucesso com o projeto.
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DESIGN E ARTE A arte é fundamental para as áreas de criação, incluindo o design. Os dois têm ao mesmo tempo inúmeras semelhanças e diferenças. A arte é feita para si mesmo, é uma forma de representar seus sentimentos, um momento que está passando. É um trabalho de si, para si. O design, geralmente, é feito de si, para os outros, para o cliente. A arte pode ter diferentes significados, possibilita várias interpretações, fica a dispor do espectador. O design tem a intenção de enviar uma mesma mensagem para todos aqueles que o vem, trabalha-se de forma direta e objetiva. Alguns designers se consideram artistas, mas poucos artistas se consideram designers. Na arte, geralmente, tenta-se sempre criar algo novo, mas no design. comunica-se aquilo que já existe, com um ou vários objetivos específicos. Mas mesmo tendo tantas diferenças, os dois andam lado a lado e têm algumas características em comum, entre elas, criação e busca pela criatividade, inovação de técnicas (pintura, desenho. softwares, ilustrações), entre outras várias. Deve-se lembrar também que a arte foi descoberta nos primórdios da humanidade. e não só o design. mas grande parte das áreas de criação a tem como principal referência e inspiração até os dias atuais.
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DESIGN E MEIO AMBIENTE Dar valor e devida importância ao meio ambiente não é um assunto importante só para o designer, mas sim para todos os seres humanos. O eco design, design sustentável e foram dadas tantas outras variáveis, resumidamente, têm, o objetivo principal de projetar lugares, produtos e serviços levando em consideração a integração dos aspectos ambientais em todas as fases de seu sistema que, de alguma forma, reduzam o uso de recursos não renováveis ou minimizem o impacto ambiental, de acordo com o site embalagem sustentável. Atualmente é comum criar-se produtos altamente descartáveis, um exemplo claro disso são os celulares, que a cada ano têm- se modelos novo lançados, com versões mais rápidas e sofisticadas, e suas propagandas tentam nos convencer de que, o nosso atual aparelho de alguma forma não serve mais, pois está “ultrapassado”. Além dessas jogadas de marketing com que convivemos diariamente de rápido descarte, poucas empresas tem o hábito de pensar em materiais pouco poluentes, que prejudiquem pouco o planeta ao serem jogados fora. Cabe, não só ao designer, mas a todos nós, o desafio de reverter tal situação. Existem várias formas de se fazer isso, dentro delas estão: criar produtos mais duradouros. Isso além de colaborar com a natureza, evitando rápido descarte como foi citado, ajudará a empresa a fortalecer sua marca, tendo em vista que os clientes ficarão com o produto por um tempo maior. Dar valor a materiais que respeitem e não prejudiquem o meio ambiente. Algumas alternativas são materiais biodegradáveis, recicláveis e reutilizáveis. Criar mais de uma só função para o produto. Uma caixa de chocolates que, ao fim dos doces que, vire uma decoração ou algo para se guardar objetos. Investir em projetos, produtos, trabalhos os quais preservam o meio ambiente é uma forma de atender não só ao pedido do cliente, de ter um bom produto, mas de todos nós, que desejamos um futuro melhor, com formas sustentáveis que não desgastarão e prejudicarão nosso planeta.
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DESIGN PARA LER Alexandre Wollner Nascido em São Paulo, é o pioneiro da profissão de designer gráfico no Brasil, atuando até os dias de hoje. Começou seus estudos no aclamado Instituto de Arte Contemporânea (IAC) criado no Museu de Arte de São Paulo (MASP) por Assis Chateaubriand, e lá estudou com Lina Bo Bardi, Poty Lazzarotto (desenhista, gravurista, ceramista e muralista brasileiro) e Roberto Sambonet (designer, arquiteto e pintor italiano), onde teve sua primeira base teórica e prática sobre Design. Participou da montagem da exposição sobre Max Bill, realizado no MASP. No auge de seu interesse no movimento concretista, com sua contenção emocional, objetividade e aridez, participou do Grupo Ruptura, que tem como participantes artistas que realizaram experiências com a abstração, abandonando a representação da realidade em suas obras desde a década anterior. Entre eles estão os artistas Waldemar Cordeiro, Lothar Charoux, Geraldo de Barros, Luiz Sacilotto, Kazmer Féjer e Anatol Wladyslaw. O grupo expõe suas obras construtivas na 2ª Bienal Internacional de São Paulo. Em 1953, seu trabalho chamou a atenção de Max Bill, que ofereceu a Wollner uma bolsa para estudar na Hochschule für Gestaltung (Escola Superior da Forma), herdeira da Bauhaus, em Ulm, na Alemanha, e lá estagia no escritório de Otl Aicher. Na sua volta ao Brasil, inaugura juntamente de Geraldo Barros e Ruben Martins, em parceria com o administrador e publicitário Walter Macedo, o Forminform, o qual foi um dos primeiros escritórios de Design no Brasil. Participou da criação e concretização da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), a primeira instituição d e ensino superior de Design no Brasil, localizado na cidade do Rio de Janeiro.
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Em 1960, inaugura seu primeiro escritório de programação visual, no qual cria logos para grandes empresas como o Itaú (1970), além de fazer vários cartazes, incluindo para o Festival Internacional de Cinema (1954). Expõe seus projetos no MASP e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Faz uma mostra em 1980, na qual enfatiza o processo de criação, execução e implementação de identidade visual. O Centro de Comunicação e Artes do Senac, São Paulo, faz sua segunda exposição individual. O livro Design Visual 50 anos foi lançado pelo próprio Wollner em 2003, comemorando seus 50 anos de atividade no Design e realizou também a exposição de suas fotografias no Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS É extremamente necessário que, no curso de Design, possamos perceber o grau de integração entre as disciplinas, antes de iniciarmos a prática profissional. Nessa orientação, surgiu a proposta de elaboração de um portifólio com algumas interfaces do design. A observação entre os pontos comuns que há entre Design e Tecnologia revelou que os dois são quase sinônimos, tendo em vista que ambos estão sempre juntos, ajudando um ao outro. A pesquisa feita para a elaboração do texto sobre Design e Marketing deixou registrado que enquanto o marketing aponta e estuda o público alvo, o design trabalha para satisfazer suas necessidades e desejos, tendo grande chance do produto sair do jeito desejado pelo cliente, concluindo que ter conehcimento sobre marketing no âmbito do design é algo que te deixa um passo a frente dos concorrentes. A interface Design e Meio-Ambiente propiciou a oportunidade de conhecer formas de criar e ajudar o planeta o mesmo tempo, mostrou alternativas rápidas e simples que fazem toda a diferença para o nosso meio ambiente.
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Ao relacionar Design e Arte fizemos referência as tantas semelhanças e diferenças que ambas carregam, mas visando que estão sempre em busca de criação, criatividade, inovação de técnicas entre outras várias. O portifólio contém ainda a pesquisa feita na disciplina de História do Design, com o designer Alexandre Wollner, que é um dos designers pioneiros no Brasil, que criou tantos logo conhecidos como Itaú, Hering, Philco, MAC, e tantas outras peças gráficas extraordinárias e importantes para a história do design no país. A elaboração do portifólio de textos sobre as interfaces do design,além de compor a nota final da disciplina de Comunicação e Linguagem I, motivou a procura por outras relações questionadoras em que o Design aparece como fator relevante, pois o mundo visual está sempre presente, tornando-nos cúmplices em sua leitura cotidiana.
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BIBLIOGRAFIA http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo3/ruptura/ wollner/bio.html http://arcoweb.com.br/projetodesign/entrevista/alexandre-wollner-todotrabalho-22-09-2003 http://tipografos.net/design/wollner.html http://designices.com/tag/alexandre-wollner/ http://www.tipografos.net/designers/aicher.html http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa22258/alexandre-wollner http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa1567/poty-lazzarotto http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo3/ruptura/ ruptura.html http://www.raulmendessilva.com.br/brasilarte/temas/grupo_ruptura.html http://enciclopedia.itaucultural.org.br/instituicao481678/forminform-saopaulo-sp https://arteconcretista.wordpress.com/grupos-da-epoca/ WOLLNER, Alexandre. Alexandre Wollner: design visual 50 anos STOLARSKI, André. Alexandre Wollner e a formação do design moderno no Brasil: depoimentos sobre o design virtual brasileiro.
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