BEM VIVER 6

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EXPEDIENTE

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MORAR NA FAZENDA

A revista BEM VIVER é uma publicação quadrimestral da Construtora Pereira Alvim. Av. João Fiusa, 2777 Tel. 16 3515 5151 Ribeirão Preto-SP marketing@pereiraalvim.com.br

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EQUILÍBRIO PESSOAL

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

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Coordenação: Ana Maria Machado

UM ACORDE PARA RELAXAR

Agência: N.Case Comunicação

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A BELEZA DOS LENÇÓIS

Coordenação Editorial:

swTH Scuzinet Comunicação e Web Editor/Jornalista Responsável:

Godi Júnior - MTB: 43.852/SP Jornalista: Thell de Castro Colaboração: Milena Tomazini e

Raul Ramos Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica: Rita Corrêa

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Produção Fotográfica:

Ana Maria Machado e Rita Corrêa

LEITURA NECESSÁRIA

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RESPONSÁVEL PELO FUTURO

Fotógrafo Responsável: Paulo Marx

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VESTIBULAR: HORA DA DECISÃO

Impressão e Fotolito: Gráfica São

Francisco Tiragem: 4.000 exemplares Agradecimentos: First Agency Models

EDITORIAL

CLIC EM CASA

BEM ESTAR

INCENTIVO SOCIAL

NEGÓCIOS


editorial

nossas

ESCOLHAS Chegamos a mais uma edição da revista Bem Viver. Neste número, abordamos os mais variados assuntos e temas. Destaque para as matérias relacionadas à natureza e a biodiversidade como, por exemplo, “De volta ao paraíso ”, que aborda a riqueza e a tranquilidade de se morar em fazendas. Para completar a reportagem, uma entrevista exclusiva com o cantor e compositor Almir Sater, uma das pessoas que melhor retrata essa vida do homem no meio rural. Ainda dentro desse assunto, ressaltamos a importância do uso das madeiras certificadas e como os alimentos saudáveis podem nos ajudar no dia-a-dia, fortalecendo as nossas raízes e nos ajudando a continuar com os pés no chão. E se o tema dessa edição são as nossas escolhas, nada mais apropriado que destacar os caminhos que devemos trilhar de agora em diante. Para isso, traçamos um mapeamento biográfico para o nosso autoconhecimento. Só assim teremos condições de escolher o melhor lugar para viajar, o melhor livro para ler, o instrumento ideal para se tocar e a profissão que vamos seguir. Portanto, para fazermos nossas escolhas, precisamos estar mais atentos e preocupados com as nossas atitudes, já que a escolha de vida cabe a cada um de nós, mas a importância de preservar os verdadeiros amigos e a natureza é uma obrigação do homem.

Boa leitura. José Roberto Pereira Alvim Diretor da Construtora Pereira Alvim

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morar bem

de volta ao

PARAĂ?SO


A PROCURA POR LUGARES MAIS TRANQUILOS PARA MORAR É CADA VEZ MAIS COMUM ENTRE AS PESSOAS DAS GRANDES CIDADES. PROVA DISSO É O RESIDENCIAL FAZENDA SANTA MARIA, DA PEREIRA ALVIM, QUE ESTÁ PARA SER LANÇADO E JÁ TEM VÁRIOS INTERESSADOS.


N

ão há, ó gente, oh! não, luar como esse do sertão. Oh que saudade do luar da minha terra. Lá na serra branquejando, folhas secas pelo chão. Este luar cá da cidade tão escuro. Não tem aquela saudade, do luar lá do sertão! Se a lua nasce por detrás da verde mata. Mais parece um sol de prata, prateando a solidão. E a gente pega na viola e ponteia. E a canção e a lua cheia, a nascer no coração ”... Certamente, não há quem não conheça esse verso tão singelo que resgata a cultura e a tradição das fazendas e do campo, e que ficou popularmente conhecido na voz da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó. A simplicidade e a riqueza no vocabulário caipira tornaram não só a música “Luar do Sertão ”, de João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense, um dos maiores sucessos de todos os tempos, mas também novelas como “Pantanal ”, “O Rei do Gado ” e “Renascer ”, entre outras com temática rural, recheadas de referências ao meio na teledramaturgia nacional. Essa procura pelo aconchego, pela calmaria e pela natureza tem feito com que muitas pessoas procurem nas fazendas o lugar para viverem e criarem seus filhos com liberdade. É o caso do engenheiro agrônomo Jean-Yves Rivière, 54 anos, que morou durante toda a sua vida na França e que agora mora numa fazenda em Altinópolis, no interior do Estado de São Paulo. Segundo o engenheiro, foi uma decisão resultante de um desejo longamente amadurecido, motivado pela sua dificuldade crescente em aceitar a vida nas grandes cidades. “Aqui na fazenda, o paraíso se torna real quando a pessoa se dá conta que ela é parte integrante e dependente do meio ambiente em que vive. Respeitando e cuidando deste meio, ele irá retribuir, proporcionando muito mais qualidade de vida ”, explica Rivière. Para ele, as cidades pequenas e o campo foram os quem mais acompanharam a evolução do homem. “Atualmente, a vida em qualquer cidade grande no mundo é anormal e contra a natureza humana. Já nas cidades pequenas, as pessoas se adaptaram melhor a essa evolução da espécie. Melhor ainda é a vida na roça, pois é a única que proporciona qualidade de vida equilibrada. Entendo e admito que muitas pessoas não suportariam a ideia de vir ‘enterrar-se ’ na roça. Cada um com seus gostos, mas percebo que muitos visitantes me invejam um pouco... Quanto a recomendar, sou suspeito demais! ”, diz o engenheiro. Quem também prefere a fazenda para morar é o cantor e compositor Almir Sater. Natural de Campo Grande (MS), o violeiro preferiu o campo para fazer de morada e conseguir inspiração para suas composições. Músicas como “Chalana ”, “Um Violeiro Toca ”, “Tocando em Frente ” e “Pantanal ” traduzem toda essa tranquilidade do homem do campo, revela o artista. “Aqui não tem maldade, não temos problemas de congestionamento, por exemplo. Vivemos em paz com a natureza. É um local que traz felicidade e onde traz felicidade é bom para tudo. Traz inspiração, saúde, harmonia para nós mesmos. É uma sensação muito boa. Enquanto existem pessoas que não vivem sem o barulho da cidade, eu prefiro o silêncio da fazenda. A minha paixão é mato, gosto do perfume das flores e do cheiro de terra molhada da chuva. Isso me emociona muito e isso são características importantes e relevantes para mim ”, conclui o violeiro.

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ALMIR SATER Conhecido como um dos melhores violeiros do Brasil, Almir Sater também ganhou destaque nas telinhas. Sua primeira experiência como ator, antes de parar no horário nobre da TV, foi em “As Bellas da Billings ”, de Ozualdo Candeias, em 1986, fazendo o papel de um violeiro. Mas foi só botar a cara na TV pra se transformar num galã rural, conquistando plateias improváveis para quem escolhera tocar um instrumento tão desconhecido e até então menosprezado pela classe média. A televisão descobriu logo a empatia do cantor e compositor de 1,86m de altura, com uma imagem romântica e viril, capaz de provocar sonhos das telespectadoras. Em 1990, fez sua primeira novela, “Pantanal ”, de Benedito Ruy Barbosa, na extinta Rede Manchete. O papel do peão de boiadeiro e violeiro Trindade fez tanto sucesso que no ano seguinte o artista voltou como protagonista de “A História de Ana Raio e Zé Trovão ”, escrita por Marcos Caruso e Rita Buzzar, novela itinerante que mostrou a vida dos peões de boiadeiro nos rodeios pelo Brasil afora. Depois disso, Benedito o convidou para fazer “O Rei do Gado ”, na Rede Globo, em 1996. Nessa e na primeira novela, dividiu a cena com o amigo Sérgio Reis. A dupla funcionou tão bem no vídeo, como Saracura e Pirilampo, quanto nos discos e trilhas, que venderam como pão quente. 1 - O que é Bem Viver para você? É viver de forma sustentável, com responsabilidade, respeitando o meio ambiente. Além de respeitar os vizinhos, e viver em harmonia com as pessoas no nosso trabalho, em casa. Viver bem é viver feliz. 2- Qual a sua relação com o campo e como surgiu esse interesse por morar na Fazenda? Por paixão, sempre gostei da natureza, do cheiro do mato, gosto de animais, de criação. Sempre admirei e me identifiquei com essa vida no campo, uma vida simples e de costumes caipiras. 3- As novelas ajudaram na sua carreira de músico? Minha imagem na televisão trouxe de arrasto minha música. Meu trabalho não era tão popular e as novelas me ajudaram muito. Mas acho que não faria mais essas novelas longas, itinerantes. Para rodar “Ana Raio e Zé Trovão ” passamos um ano viajando, gravando com luz natural, levantando às cinco da manhã. Isso me traumatizou um pouco. 4- Deixe uma mensagem para os leitores da Bem Viver. Preserve o nosso mundo e a natureza, pois o homem ficou poderoso, as terras dominam muito nossa economia. Então a melhor forma é preservar e cuidar do nosso meio ambiente, da natureza, com amor ao próximo e uma vida simples.

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clic em casa

ESPÍRITO MATERNAL

Envie sua foto: marketing@pereiraalvim.com.br

Esta é a Sortuda, uma coelhinha que adora fazer travessuras. Além de comer muitas cenouras, ela tem uma curiosidade que quase ninguém conhece: tira o próprio pelo para fazer o ninho dos seus filhotes. Tudo para que sua ninhada fique protegida e segura durante as primeiras semanas de vida...

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conviver

PONHA-SE NO SEU

(no meu ou em qualquer)

LUGAR! Você acorda e os olhos veem seu primeiro céu: o teto do quarto. Permanente e inviolavelmente branco. Antes de pular da cama, para a importância do dia, o ritual do despertar exige que se faça a oração matinal. Você faz uma persignação e professa sua crença apenas para os próprios ouvidos: “nada deve estar diferente, porque nada está por vir ”. Certifica-se de que tudo está onde sempre esteve, e suspira de alívio. É confortante! Nada mudou de ontem para hoje. Nem de anteontem. Há séculos entre os mesmos lençóis, vivendo nos limites das mesmas paredes. O mesmo lugar à mesa. Repete as rotinas com mãos amarradas. “Mudar o quê? Pra quê? ” Está “tudo dominado! ” Seguro. Você sabe exatamente onde está cada alfinete daquela casa. A quantidade certa de água que cada vaso de planta absorve por dia. Tem de tudo um pouco e não é de muitos caprichos. Não sabe o que é viver sobressaltado. Quaisquer riscos você os contempla pela televisão; se estão se aproximando é só desligar o aparelho. E como você tem o controle dos seus horizontes, o poder sobre as janelas e portas que dão para a rua, então, a terra gira afortunadamente e nada mais importa. No trabalho também não há surpresa. Ou melhor, não pode haver. Você faz parte de uma cadeia produtiva, com criaturas antes e depois de você; por isso nem pensar em desviar dos trilhos! Você é automático. Está sedimentado. Preciso no que executa. Previsível. E isso é bom para todas as partes. Não sei quem, mas alguém disse que: “o louco quando dá conta de seu desequilíbrio, fica absolutamente bom ”. E é fato! Um dia, sem querer, você percebe que as lágrimas – as suas – não embriagam mais os olhos, os seus! E que seu anjo, cansado de posar tal e qual o “Pensador ”, de Rodin, resolveu tocar o sino. Então você corre e logo percebe que está tudo bem, seu coração continua batendo satisfatoriamente! O endócrino diz que a gordurinha a mais está em paz, nada preocupante! Com a saúde mental nenhum problema, ou seja, sobre sua cabeça há um céu de brigadeiro!

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“Ufa! Que alívio! ”. Certamente alarme falso, coisa sem significado. Melhor assim! Acha até engraçado ter se preocupado à toa. Afinal, você é um panglossiano convicto, vive “no melhor dos mundos possíveis ”, sempre citando o “otimismo beato ” do doutor filósofo: “(...) se há um vulcão em Lisboa, não poderia estar em outra parte. É impossível que as coisas não estejam onde estão. Tudo está sempre bem ”. Pois é! Mas eis que o anjo bate o sino pela segunda vez e... “Mas, que diabo é esse? ” Coisa irritante! Você fica se perguntando sobre as razões que ele teria para fazer isso, e arrisca um palpite: “vai ver o Querubim adoeceu! Só pode ser! ” Será? Ele pode perfeitamente estar pensando a mesma coisa a seu respeito, que o doente é você. Surpreso? Pois não deveria. Vamos à prova. Você tem reparado as clematites no jardim? Percebe se o comportamento delas anda assim, digamos, melancólico? Se admitir que é desse jeito que elas estão, fique atento. Se você continua enxergando sempre as mesmas cores e formas, as mesmas distâncias, sentindo os mesmos perfumes, cuidado! É outro sinal. Se o sino percutiu duas vezes e as badaladas lembraram uma espécie de réquiem, então alerta geral. O resultado é que sua vida pode estar fluida, sem densidade, destituída da força da gravidade. Pasteurizada. E você não está se dando conta disso! Não percebemos, mas ficamos cansados de destilar sempre as mesmas impressões de tudo e de todos, porque nenhuma validade é para sempre, perpétua. Por isso carregamos um “átomo primordial ”, uma espécie de célula inconformada, capaz de provocar um big bang dentro de cada um. Nenhum mortal sabe exatamente onde esse “incômodo ” se localiza: se é na cabeça, tronco ou membros, justamente para ninguém se sentir tentado a extirpá-lo. Sabe-se apenas que ele existe e que um dia, fatalmente, se manifestará. Como parece estar se manifestando agora em você, mas, nada de pânico! Pode ser apenas sintomas de que você esqueceu coisas pela estrada, foi deixando pelo caminho o que era precioso e essencial. O que se conquistou não se descarta, se supera. Você pode permanecer na sua galáxia ou explorar outras. Talvez seja o caso de alguns resgates, porque provavelmente você desaprendeu de brincar. Não brinca mais nem consigo mesmo. E um desses jogos interessantes é fazer como aquele grego, Téspis, que um dia lá por volta de 600 a.C., cansado de tanto praticar a mesmice, mexendo com a pele de um animal, resolveu se disfarçar, fingir ser alguém que não era. Fez uma máscara, enfeitou a cabeça, subiu numa carroça e proclamou para quem quisesse ouvir: “Eu sou Zeus! ” Pronto. Estava descortinado um novo mundo para o homem: o teatro ou a capacidade de ver o mesmo mundo, com olhar diferenciado, com o olhar do outro! Mas ninguém precisa subir numa carroça, nem cobrir o rosto para ser e ver através do outro por entre formas prismáticas. A brincadeira é simples, é só dizer para si mesmo, por exemplo: “Eu sou um rei ”. E você passa a ver as coisas como se fosse um rei. Dia seguinte você muda e brinca que é um guerreiro, o mundo e as pessoas passam a ter um outro sentido. Depois, você resolve que é um gnomo, e assim estabelece uma galeria infindável de personagens, porque essa brincadeira não se esgota, não se repete, não cansa. Tenho quase certeza de que o dia em que Téspis se investiu na figura de Zeus, estava folheando um livrinho de verbos para saber o que dizer além de se anunciar como deus do Olimpo. E nada me tira da cabeça que ele estava na página do erre, conjugando verbos que alertam sobre muitas coisas e que são ótimos para a brincadeira do SER o OUTRO, como: reavivar, reatar, reconquistar, reconstruir, reflorescer, reciclar, recomeçar, renascer, rebrotar, reencontrar, renovar, refundir, religar. Vamos brincar? Magno Bucci - Teatrólogo

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SEGUNDO ESPECIALISTAS, A ANTROPOSOFIA PODE MUDAR A HISTÓRIA DE VIDA DE MUITAS PESSOAS 22


Série de desenhos desenvolvidos por um paciente da terapeuta Heloísa Helena Sampaio, durante o tratamento utilizado no seu mapeamento biográfico.

esse espaço de tempo para traçar a vida e fazer o mapeamento das pessoas ”, explica. “Depois de diagnosticadas as dificuldades de cada paciente, é feito um tratamento de alquimia energética, conhecido como florais. Utilizo esse recurso, pois acredito que a flor tem um grande poder curativo e vibracional, melhorando tanto os problemas de saúde física como psicológica ”, argumenta a terapeuta, que lembra que o manipulador tem um papel muito importante no processo. “Quem os manipula deve envolver com absoluta responsabilidade e respeito. O profissional deve estar consciente e centrado, pois ele é responsável pela ponte energética que se estabelece, transportando o potencial curativo da flor para quem vai tomar o floral ”, ressalta. Para o desenvolvimento do floral é preciso extraí-lo por dois meios, diz Heloísa. “Tanto podemos retirá-lo pelo meio da luz solar ou então do próprio aquecimento. Apesar disso, existem outros como, por exemplo, colocar o vegetal direto na água e não cortá-lo ”, explica.

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bem estar

T

rabalhar o equilíbrio pessoal de forma natural e saudável vem sendo cada vez mais utilizado. Prova disso está numa nova terapia que traça um mapeamento biográfico a partir da técnica da antroposofia, do grego “conhecimento do ser humano ”. Esse tratamento pode ser realizado tanto em grupos como individualmente. O trabalho, que busca o equilíbrio harmônico e tem a função de curar doenças e traumas vivenciados em algum momento da vida, pode mudar a história de vida de muitas pessoas, garante a terapeuta Heloísa Helena Sampaio. Segundo a terapeuta, a eficiência desse novo método a incentivou para que se aprofundasse nesse estudo e adquirisse métodos e práticas que a conciliasse com o tratamento a base de florais. “Na verdade, utilizo a antroposofia para fazer um trabalho biográfico em cada paciente. Depois de diagnosticado os problemas, é feito um tratamento de alquimia energética, pois acredito que a flor tem esse poder curativo ”, explica a profissional. Para entender um pouco mais como funciona a antroposofia e o mapeamento biográfico, Heloísa conta, em detalhes, como é feito o trabalho. “O mapeamento biográfico do paciente é como se a pessoa estivesse passando seu caderno a limpo na escola, com o resgate dos principais fatos e tudo o que é pertinente ao que ela já fez na vida. Para facilitar o trabalho, é feita uma divisão chamada de setênio. Como de sete em sete anos existe uma lei que rege o nosso tempo, utilizamos


FLORAIS NO BRASIL O Brasil, por ser um país quente, exige a qualidade de troca, relação e contato com o exterior, o que favorece a aplicação e a disseminação do trabalho de terapia floral. “Em Ribeirão Preto, esse trabalho é ainda mais eficiente pelo clima da cidade ”, explica Heloisa. A terapeuta, que já trabalha

com essa terapia de florais há alguns anos, explica como utiliza o mesmo. “Sempre vou atrás do autoconhecimento, esse é o diferencial do meu trabalho, foco na busca da essência que desencadeou determinado motivo, sintomas e problemas, ou seja, trabalhar a personalidade ”.

SETÊNIOS: A VIDA DIVIDIDA EM CICLOS DE SETE ANOS De acordo com a antroposofia, dos 21 aos 49 anos a vida pode ser dividida nos seguintes ciclos:

• 21 aos 28 anos: aprendemos a lidar com as emoções, testamos nossos limites e começamos a lutar pelo que queremos;

• 28 aos 35 anos: fase de estruturação da vida, crescer na carreira, casar, ter filhos, ganhar dinheiro; • 35 aos 42 anos: hora de fazer um balanço da vida para determinar o que deve ser modificado; • 42 aos 49 anos: a prioridade é ser autêntica e fazer escolhas baseadas no que realmente é importante para você.

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ESSÊNCIA FLORAL - INDICAÇÕES • Sagebrus – para quem quer ou precisa se livrar de emoções antigas e coisas velhas. • Rock rose – encoraja os que precisam enfrentar situações difíceis e correr riscos, lutando pelo que acreditam. • Mimulus – dissolve o medo das coisas, controla as emoções, ajudando a enfrentar o dia-a-dia com certo senso de humor e coragem. • Cherry Plum – dissipa o medo de perder o controle, afasta a ideia de suicídio. • Aspen – ideal para crianças que tem medo de ficar sozinhas ou medo do escuro. • Red chestnut – devolve segurança e coragem às pessoas que agem como “mãe superprotetora ”, sentindo-se sempre ansiosas e amedrontadas devido à preocupação excessiva. • Cerato – devolve confiança a quem precisa acreditar na própria capacidade e ouvir a própria intuição. Ideal para os que vivem pedindo a opinião dos outros, os que armazenam muitas informações sem pôr em prática o seu conhecimento e aqueles que tendem a imitar atitudes de outras pessoas. • Scleranthus – acelera a tomada de decisão daqueles que precisam aproveitar as oportunidades da vida, além de tranqüilizar, equilibrar e servir como facilitador contra a hesitação. • Gentian – dissolve a depressão e o sentimento de frustração e culpa pelos próprios fracassos, ajudando a pessoa a acreditar que, fazendo o possível e dando o melhor de si, ela pode superar os problemas. • Gorse – dissolve a desesperança e o desânimo daqueles que não confiam na própria força para reverter situações difíceis e aparentemente sem saída. • Hombeam – combate o cansaço físico e a preguiça pela manhã. Ideal para aqueles que estão sempre com sensação de que não vão dar conta do recado e os que se preocupam demais com os afazeres que têm pela frente, desequilibrando suas energias e cansando-se por antecipação. • Wild oat – ideal para dissolver a incerteza, o desalento e a frustração decorrente da insatisfação profissional. Dissolve também o desânimo e a depressão provenientes da sensação de que a vida não tomou um rumo esperado. • Clematis – resgata a capacidade de atenção dos mais dispersos, ativa a memória e aguça os sentidos, especialmente a audição e a visão. • Homeysuckle – dissolve a nostalgia e a saudade daqueles que vivem presos ao passado e não experimentam o presente com a mesma intensidade. • Wild rose – ideal para devolver a vitalidade aos que estão mergulhados num conformismo tão grande que aceitam passivamente todos os problemas. • Olive – elimina a fadiga, o esgotamento físico e mental e a exaustão, sendo bastante utilizada para períodos estressantes decorrentes de separações, crises e problemas de saúde. • White chestnut – combate a insônia, o excesso de preocupação e os pensamentos obsessivos, além de aliviar dores de cabeça, a depressão e a irritabilidade, deixando a pessoa mais atenta aos perigos. • Mustard – dá suporte e estabilidade aos que sentem aquela tristeza e melancolia quase desesperada ou uma profunda depressão cíclica, sem causa aparente. • Chestnut bud – indicado para quem não presta atenção nas situações que vivencia, esquece-se facilmente e não tira proveito nenhum das coisas. • Agrimony – destrava a depressão e angústia trancada no peito, liberando o estado emocional que estava preso. • Filaree – ajuda a ampliar o ângulo de visão e enxergar a realidade como um todo, sem se prender as coisas pequenas e desnecessárias. • Garlic – ajuda os que se sentem inseguros e incapazes de falar em público. • Golden ear drops – para perdoar o passado e livrar-se de antigas feridas gravadas na memória ou no coração. • Mariposa Lily – para os que nutrem carência afetiva por ausência ou inadequação do amor materno. • Aubepine – para a dor das separações.




gastronomia

COMER BEM É


VIVER MELHOR

VOCÊ É DA TURMA DOS QUE QUEREM LEVAR UM ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL? OU APENAS SE PREOCUPA EM PERDER PESO? SAIBA COMO OS ALIMENTOS PODEM LHE AJUDAR


A

alimentação saudável é uma preocupação constante na vida das pessoas. Mesmo com a correria, o objetivo para muitos é adquirir uma alimentação adequada, comer bem e com variedades. Alguns buscam um estilo de vida saudável, outros querem perder peso, melhorar a saúde ou ainda satisfazer uma necessidade fisiológica. Mesmo com o avanço da ciência na nutrição, apresentando nutrientes aptos a atuar no organismo, não podemos esquecer os alimentos naturais, cultivados sem produtos químicos, como é o caso das raízes (beterraba, batata, cenoura, rabanete, entre outros). De acordo com a nutricionista Ana Paula Lança Bento, especialista em nutrição clínica pelo Ganep (Grupo de Apoio Nutrição Enteral e Parenteral) e mestranda na USP, alimentos vindos da terra são ricos em amidos e carboidratos complexos, ou seja, principais fontes de energia para o ser humano. “Dessa forma, o consumo de frutas, vegetais e cereais integrais é fundamental e deve ser incentivado. Esses grupos são ótimas fontes de fibras, vitaminas e minerais que são necessários para manter o equilíbrio metabólico e a saúde do organismo ”, ressalta. Ao mesmo tempo em que ocorreu uma diminuição da subnutrição nas regiões metropolitanas, houve uma alteração no estilo de vida, com a adoção de dietas inadequadas e redução de atividades físicas. “Como resultado, doenças decorrentes tanto da deficiência, quanto do excesso de nutrientes tornaram-se importantes problemas da saúde pública. Com isso, o papel da nutrição hoje é aumentar a saúde, bem – estar e reduzir o risco de doenças ”, alerta Ana Paula. Para a nutricionista, uma alimentação saudável compreende um padrão alimentar adequado as necessidades biológicas e sociais dos indivíduos, de acordo com as fases da vida. “A alimentação deve conter variedade, ou seja, a pessoa deve comer diferentes tipos de alimentos com moderação, sem exagerar na quantidade em busca de equilíbrio. Adquirir bons hábitos alimentares promove saúde e bem-estar em qualquer estágio da vida ”, conclui. Conheça agora alguns alimentos importantes na culinária brasileira e suas potencialidades em nutrientes:

BATATA DOCE Rica em carboidratos, possui baixa quantidade de gordura. Cada 100g equivale a 77 calorias. A batata possui fósforo, ferro, potássio e cálcio e ainda é uma fonte importante de amido. No Brasil, é utilizada na produção de doces ou é consumida assada.

CENOURA É uma raiz rica em betacaroteno, sendo um elemento importante para a visão, pele e mucosas. Possui vitaminas A, C, B2 e B3. Fósforo, potássio, cálcio e sódio são os sais minerais presentes na cenoura. É muito utilizada na culinária em saladas, bolos, sucos, cremes, refogados e purês. A cenoura possui apenas 40 calorias a cada 100g.

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BETERRABA É uma raiz utilizada na culinária da Europa para produção de açúcar. No Brasil, utilizase para saladas, sucos e sopas. É uma excelente fonte de vitaminas A, C e do complexo B. Cada 100g de beterraba possui, em média, 50 calorias. Os principais sais minerais encontrados neste legume são: fósforo, potássio, zinco, magnésio e ferro que ajudam no controle da hipertensão.

MANDIOCA É uma raiz com alto valor energético – cada 100g possui 125 calorias. Possui sais minerais (cálcio, ferro e fósforo) e vitaminas do complexo B. É base da alimentação de muitas tribos de índios no Brasil. De acordo com a região do país, a mandioca possui nomes diferentes: macaxeira, aipim, castelinha e macomba. A farinha da mandioca também é muito utilizada na culinária brasileira, como na produção de tapioca e do polvilho.

RABANETE É uma raiz tuberosa, apreciada pela polpa crocante e sabor picante. Consumida juntamente com cebola e alho, é hoje utilizado na cozinha asiática. O rabanete é fonte de vitamina C, fósforo e fibras. Possui poucas calorias, sendo recomendado para dietas de emagrecimento. Além disso, substâncias ativam enzimas que ajudam na eliminação de toxinas pelo fígado.

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BRASIL

destaca-se como

DESTINO DE

SAÚDE

TURISMO DE SAÚDE É FENÔMENO RECENTE APÓS PAÍS ALCANÇAR NÍVEIS DE EXCELÊNCIA CADA VEZ MAIORES NO SEGMENTO


mercado

A

o longo dos últimos anos, o Brasil vem consolidando sua posição de destaque no setor mundial de saúde. O conhecimento e as técnicas dos médicos brasileiros, a tecnologia de ponta dos hospitais e a qualidade dos prestadores de serviço do segmento nos colocam em evidência frente ao mercado internacional. A excelência da saúde no País desperta a atenção estrangeira e estimula a economia com um fenômeno recente: o turismo de saúde. A cada ano, recebemos um número crescente de estrangeiros que vêm ao Brasil em busca de tratamentos médicos e odontológicos. O prestígio dos nossos profissionais, qualidade no atendimento, calorosa relação médico-paciente e preços mais acessíveis são alguns dos motivos pelos quais os nossos médicos e hospitais são procurados. Dados do Ministério do Turismo apontam que, nos últimos três anos, 180 mil pacientes vieram realizar tratamentos médicos no país. O turista de saúde é quem, em média, fica mais tempo no país – 22 dias – e mais gasta – US$ 120 por dia. Esse movimento ainda é recente, em comparação com países emergentes como Índia, Tailândia e Cingapura, locais que receberam cerca de um milhão de pessoas para procedimentos médicos em 2007, segundo dados da Câmara Britânica do Comércio. Entretanto, a Organização Brasileira de Turismo (OBT), aponta que o segmento deve movimentar aproximadamente US$ 60 bilhões entre 2012 e 2015. Ao mesmo tempo em que importa pacientes em busca de tratamentos médicos, o Brasil vem se destacando em suas exportações no setor de saúde. A indústria brasileira de insumos e equipamentos médico-hospitalares, odontológicos e de laboratórios faturou, no ano passado, R$ 8,8 bilhões. O número representa um crescimento de 22% em relação a 2007. As exportações totalizaram US$ 581 milhões, registrando um crescimento de quase 11% em relação às vendas externas de 2007. Os dados são apontados em levantamento do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) realizado para a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), entidade que reúne 320 associadas que, juntas, respondem por 91% do faturamento do setor. O crescente interesse internacional em relação ao mercado de saúde no País pode ser constatado durante a Hospitalar – Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios, considerada a maior feira de saúde e mais importante fórum do setor na América Latina, que foi realizado em junho, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento reuniu mais de 1.200 expositores, sendo 440 empresas estrangeiras, provenientes de 33 países (36% a mais do que na edição anterior). Nos últimos cinco anos, a feira cresceu mais de 300% no número de expositores estrangeiros. Segundo a doutora Waleska Santos, presidente das feiras Hospitalar e OdontoBrasil e vice-presidente do grupo Couromoda/Hospitalar/HairBrasil, a edição deste ano superou as expectativas. “Com certeza continuaremos ocupando posição de destaque e abrindo novas portas para o nosso País ”, finaliza.

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TOCANDO A VIDA COM MAIS HARMONIA

GERAÇÕES SE DEDICAM À MÚSICA EM BUSCA DE PRAZER E SUPERAÇÃO DE DESAFIOS


hobby

O

hobby na vida de muitas pessoas tem se tornado um hábito positivo, de forma a proporcionar paz, prazer e satisfação em realizar algo. E uma das atividades mais saudáveis e praticadas por todas as gerações é a música, que já conquista espaço na vida e no dia-a-dia de muita gente. A escolha pelo instrumento pode até ser diferente, mas a paixão pelas sete notas musicais faz com que crianças, jovens e adultos se unam por uma só arte, a de tocar um instrumento. Portanto não importa se é estudante, arquiteto ou médico, o importante mesmo é apreciar uma boa música.

MÚSICA APAIXONA E ENCANTA GERAÇÕES Tocar bateria despertou no arquiteto Luiz César Barillari a paixão pela música. Desde criança, ele conta que fazia batuque com o irmão mais velho utilizando utensílios domésticos. “Nos almoços em família, eu e meu irmão ficávamos tocando com talheres, daí surgiu o interesse pela percussão ”, lembra o arquiteto, que sempre tocou bateria por paixão, admiração e desejo, e nunca chegou a fazer nenhum curso para aprender a tocar o instrumento. Barillari confessa que se sente desligado do mundo quando toca. “A música sempre foi um hobby na minha vida, sinto-me como um pescador quando estou tocando, livre e estimulado ”, comenta. Um amante do rock e de artistas que marcaram a época dos anos 1960, ele se orgulha em contar sobre sua coleção de discos de vinis, que contém mais de mil LPs. “Meus ídolos e inspiradores foram Caetano Veloso, The Beatles, João Gilberto, o papa da Bossa Nova, além de outros que fizeram sucesso na época ”, diz o arquiteto baterista. Engajado na música desde jovem, Barillari e alguns amigos formavam grupos para tocar na noite ribeirão-pretana. Com 14 anos, criou o Quinteto de Rock, um grupo que tocava em festas de aniversários. Mesmo com a carreira de arquiteto, Barillari sempre arrumou um tempo para dedicar a essa fascinante paixão, a música. Depois, do Quinteto, eles montaram o Quarteto de Jazz e tocaram no Restaurante S. A. por muito tempo, até surgir o Sexteto de Jazz, que tocava no restaurante Os Ciprestes, toda quinta, com os nomes de “Quintas Dançantes ”, resgatando os melhores hits do jazz dos anos 80. “Sempre toquei naturalmente, a música é um fenômeno na minha vida ”, comenta o arquiteto.

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UM HOBBY DIFERENTE E DE SUPERAÇÃO Júlia Corrêa Kalil El Dib, 10 anos, toca violino desde os sete. Segundo ela, a escolha pelo instrumento foi porque se sentiu atraída e com afinidade, tanto é que logo no começo já conseguia tocar algumas músicas sozinha. “Sinto-me realizada tocando violino ”, diz a menina, que se inspirou na professora para começar a tocar. “Ela fez uma apresentação na escola junto com suas duas filhas e fiquei apaixonada. Depois disso, decidi fazer as aulas com ela ”, comenta. No começo, sua mãe acreditava que era empolgação e não apostava que a garota levaria isso adiante. Após dois meses de aulas, Júlia começou a se destacar e sua mãe passou a acreditar que a música faria com que sua filha se tornasse menos tímida. “A música se tornou um hábito saudável na minha vida, com ela consegui superar um pouco as barreiras da timidez. Hoje em dia, consigo me apresentar com outros músicos e em eventos grandes, como o último, que participei no Theatro Pedro II, com a plateia lotada. Nunca pensei que conseguiria, mas agora toco com prazer e sou feliz assim ”, ressalta a pequena violinista.

PRAZER EM TOCAR O médico, neurologista e professor universitário Francisco Vale, toca saxofone há alguns anos como hobby. A música sempre foi um fascínio na sua vida. Desde pequeno ele ouve e admira vários cantores nacionais de MPB, jazz e blues. “Sempre me identifiquei com a música, principalmente por instrumento de sopro ”, diz. Aos 28 anos, Francisco conheceu um professor de música e começou a praticar aulas de saxofone para satisfação própria. “Nunca toquei profissionalmente, só em ambiente familiar e entre amigos ”, declara o médico saxofonista. Pouco depois, foi para o exterior fazer pósgraduação e ficou um tempo sem tocar. Quando retornou ao Brasil, Francisco voltou a se dedicar a música e as aulas, como forma de diversão, relaxamento e prazer. “É um sentimento diferente, a gente consegue transportar para outro setor da mente as preocupações. Com isso, descanso da rotina diária, é muito prazeroso ”, argumenta. O médico ressalta a importância que a música tem na sua vida. “Quando fico alguns dias sem fazer aulas, sinto muita falta. Para suprir este tempo, preciso escutar jazz, blues e músicas clássicas ”, conclui.

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viagem

LENÇÓIS MARANHENSES, um paraíso brasileiro VISTA DE LONGE, A AREIA PARECE FORMAR UMA CASCA LISA E UNIFORME, MAS É SÓ CHEGAR PERTO PARA PERCEBER SUA TEXTURA IRREGULAR, “PENTEADA ” PELO VENTO FORTE QUE VARRE AS DUNAS O TEMPO TODO. A PAISAGEM, REDESENHADA CONSTANTEMENTE PELA VENTANIA , FAZ COM QUE NINGUÉM VEJA EXATAMENTE A MESMA IMAGEM DUAS VEZES


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único deserto do mundo com milhares de lagoas. É o que diz o slogan oficial do Parque dos Lençóis, onde está localizado um dos mais belos cenários do Brasil, os Lençóis Maranhenses. Esse paraíso ecológico é formado por 155 mil hectares de dunas, rios, lagoas e manguezais. O mais intrigante são as lagoas que parecem brotar em meio aos morros de areia quase branca. O que acontece, na verdade, é que chove na região e isso garante a formação das lagoas em praticamente toda a área do parque. Algumas, como a Lagoa Azul e a Lagoa Bonita, impressionam pela beleza e também por serem consideradas próprias para o banho. Tanto é que os moradores locais garantem que as águas quentes oferecem uma sensação inigualável de total integração com a natureza para quem visita o local.

ORIGEM A imensidão de areia que faz o lugar se parecer com um deserto é resultado de um raro fenômeno geológico que foi se formando ao longo de milhares de anos. As dunas não são muito altas, porém, os ventos com velocidade de até 70 km/h fazem essas morrarias se movimentarem a todo o tempo. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, as dunas se locomovem cerca de 20 metros em um ano e a temperatura no local oscila entre 16ºC e 38ºC. O clima é quente e semi-úmido durante a maior parte do ano, o que garante a preservação das espécies vegetais encontradas nos mangues da região, que ainda são bem preservados. Vemos os carrapichos, buritizeiros e juçarais, que proliferam devido às vazantes dos pequenos lagos que são gentilmente cedidos pelas dunas. A população local é formada, em sua maioria, por pescadores. Alguns vivem em casas improvisadas cobertas com palha de buriti e dependem basicamente do pescado.

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Quando chega o verão e, consequentemente, a época da seca, os pescadores buscam refúgio na agricultura como meio de sobrevivência. Além da vegetação, a fauna do parque é constituída de aves marinhas e pássaros como o tetéu, a garça e as marrecas-de-asa-azul. O principal caminho para se chegar a essa maravilha da natureza é a partir de São Luís, pela MA 402, a Translitorânea, chega-se a Barreirinhas, principal portão de entrada do parque, em três horas de viagem. Além disso, ônibus partem diariamente do Terminal Rodoviário de São Luís. De avião bimotor e monomotor, a partir de São Luís, chega-se a Barreirinhas em 50 minutos, em média. A vantagem desse meio de transporte é poder apreciar as belíssimas paisagens aéreas dos Lençóis. A população local é formada em sua maioria por pescadores, alguns vivem em casas improvisadas cobertas com palha de buriti e dependem basicamente do pescado. Quando chega o verão e, consequentemente, a época da seca, os pescadores buscam refúgio na agricultura como meio de sobrevivência.

DICAS: O que levar

• O Parque dos Lençóis Maranhenses é um lugar onde você terá um contato direto com uma natureza original e quente. Portanto, evite levar roupas pesadas.

• Repelentes, óculos escuros e protetor solar são itens indispensáveis.

• Para quem tem a pele mais sensível, é necessário cuidado redobrado, afinal, nas dunas não há sombras e não existe maneira de se esconder do sol. É recomendável que você recoloque o protetor solar com freqüência. Quanto tempo ficar

• Existem dezenas de atrações no Parque. Para conhecer todas podem ser precisos até sete dias de estadia. Não se limite às principais lagoas, se quer mesmo aproveitar a viagem faça todos os passeios.

• Mas se você tem pouco tempo, dois dias são suficientes para conhecer o básico, como, por exemplo, as duas lagoas: Azul e Bonita. Melhor época

• A melhor época para conhecer é de julho a dezembro, quando faz muito sol e as lagoas estão cheias, formando aquela paisagem paradisíaca.

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cultura e lazer

LEITURA:

um despertar

PARA A VIDA

A LITERATURA É A ARTE DE PENSAR, LER, ESCREVER, CONTAR E PINTAR. ESCRITORES DE RIBEIRÃO PRETO DESTACAM A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA BRASILEIRA E DÃO DICAS DE GRANDES CLÁSSICOS 46


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ensar na literatura é pensar em um texto escrito, em contos, poesias ou narrativas impressas num livro. Também podemos pensar na literatura mais abrangente, ou seja, a literatura dos filmes, da pintura, da dança e do teatro. Há literatura até mesmo em placas comerciais. Fazer, criar e contar a história faz parte da vida de cada indivíduo e a literatura é o meio por onde as pessoas podem viajar e desfrutar de novas culturas. Para o professor de língua portuguesa Luiz Puntel, o grande poeta da história da literatura nacional é Manuel Bandeira. Responsável por tantos versos e poemas que encantam gerações como, por exemplo, “Vou embora pra Pasárgada ”, Bandeira destaca em seus textos o seu universo. “Acredito que o escritor enxergava poesia e literatura em tudo. O ser humano tem a necessidade de fugir da denotação, do senso comum, da mesmice e de ideias pobres. Fugir da denotação, da linearidade, é se permitir atualizar a conotação, o literário, o que está por trás das palavras, nas entrelinhas e nos ditos não ditos ”, destaca. “Como já afirmou o filósofo Benedito Nunes, esse contato com o texto literário, seja impresso ou não, faz repensar valores, argumentos e dar possibilidades de novas criações. Esta é a importância da literatura ”, completa Puntel. Oswald de Andrade já dizia que os clássicos são os livros que se leem em classe, as leituras escolares obrigatórias. Com isso, a leitura se torna chata, insossa, cansativa. Puntel, como professor de literatura, redação e língua portuguesa, está sempre a redor de clássicos nacionais e internacionais. “Minha função é mostrar ao jovem que ele não precisa torcer o nariz quando se fala em Machado de Assis, Alberto Caeiro ou Guimarães Rosa. Pelo contrário, temos que orientar para que ele entenda a literatura como sendo tão importante quanto respirar, quanto se alimentar ”, ressalta. Na visão do professor e fundador do Criar Sistema de Ensino de Língua Portuguesa, Luiz Cláudio Jubilato, cada indivíduo é personagem da sua própria história. “A nossa história pode falar ao cérebro ou ao coração de muita gente. A literatura é a arte mais completa que existe, pois através dela é possível viver, sonhar, morrer, ressuscitar, cheirar, descobrir e viajar sem sair do

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lugar ”, argumenta Jubilato. Mais do que uma simples viagem a conhecimentos e mundos diferentes, a literatura diversifica a comunicação entre as pessoas. “Usamos apenas o discernimento, a sensibilidade e a capacidade de mergulhar. Além disso, a literatura ajuda na aquisição de vocabulário, estruturas mentais e capacidades interpretativas ”, completa. De acordo com Puntel e Jubilato, se alimentamos o corpo, precisamos alimentar também a mente, a alma, o intelecto. E para enumerar alguns clássicos indispensáveis, eles indicam como leitura Machado de Assis, com o seu moderno “Dom Casmurro ” e o impagável “Memórias Póstumas de Brás Cubas ”. Já Guimarães Rosa, eles destacam a obra “Grande Sertão: Veredas ” ou “Saragana ”. Outras obras e escritores também são indicados, como “A Hora da Estrela ”, de Clarice Lispector; “Vidas Secas ”, “São Bernardo ” e “Angústia ”, de Graciliano Ramos; “O Romanceiro ”, de Cecília Meirelles; e ainda o inquietante Carlos Drummond. Segundo Puntel, a literatura representa justamente a necessidade de ler, ao entrar em contato com o texto literário, escrito, dançado, filmado ou plasmado em uma tela. “Leio para me achar na projeção do personagem, para me indagar, questionar e saber ”, acrescenta. Já para Jubilato, a literatura é a sua vida. “Entrar por uma obra tanto a ler como a produzir é uma das sensações mais complexas que um homem pode ter. São tantas as pessoas que conheço e tantos os mundos pelos quais viajo que cheguei à conclusão de que, quem lê, nunca está só e quem produz sempre se reinventa ”, destaca o fundador do Criar.

CLÁSSICOS DA LITERATURA BRASILEIRA JOSÉ DE ALENCAR Escrito em 1857, é o primeiro de uma série de três romances indianistas produzidos pelo escritor. O Romantismo português buscou seus principais heróis na Idade Média, período pós – revolução francesa. Depois, na Europa, por influência no Brasil, havia o forte impacto das concepções do mito do “bom selvagem ” de Rosseau: quanto mais distante da civilização, mais incorruptível era o homem. O Brasil encontrava-se recém libertado do jugo português e o índio tinha sido redescoberto por Alencar como uma forma de apresentar um legítimo herói: bom, belo, justo e verdadeiro.

EÇA DE QUEIROZ O tema da obra é a sociedade lisboeta da época, com todas as características presentes na casta burguesa. Luísa é casada com Jorge, um engenheiro. Jorge, por força de compromissos, viaja para o alentejo. Luísa é fraca de físico e de caráter. Durante o interregno, envolve-se afetivamente com Basílio, seu primo antigo e antigo namorado, sujeito de inclinações, “don-juanescas ”. No contexto, há personagens como Juliana, uma criada grosseira, desonesta, que tira proveito da situação de adultério, escravizando a indefesa Luísa. O episódio chega ao conhecimento de Jorge, o marido. Luísa fica gravemente enferma e Jorge tenta perdoar o erro. Tarde demais. Ela morre e Basílio continua a desfaçatez da sua existência.

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MACHADO DE ASSIS Com a publicação da obra em 1881, inaugura-se no Brasil o realismo. Preocupado em evidenciar a influência dos meios sobre o homem, fazia do livro um verdadeiro tratado sobre a natureza humana e as relações sociais. O homem era produto da sociedade em que vivia, o que os fez investigar a complexidade psicológica de suas personagens. As relações familiares, amorosas e sociais não são mais observadas como manifestação dos mais nobres valores criados pelo homem, mas como expressão dos caprichos mais mesquinhos que se escondem sob o manto da honra e da virtude. Brás Cubas observa que nunca teve que trabalhar para viver, como aconteceu como Dona Plácida, que morreu miserável e esquecida. O lucro alcançado pelo defunto autor é curioso: ele não transmitiu a ninguém o legado da miséria humana. Parece que o defunto autor, se não transmite a ninguém a natureza humana, que é vil, mesquinha e caprichosa, como se observou, anuncia a desgraça que ela mesma reservou aos homens.

Decide as duas pontas de sua vida. Seu projeto de vida era claro, sua mãe havia feito uma promessa em que Bentinho iria para um seminário e tornarse-ia um padre. Mesmo no seminário, ele desejava sair para casar com Capitu. José Dias é quem consegue tirar Bentinho do seminário, e vai para o exterior, quando retorna, encontra Bentinho e Capitu casados. Nasce o filho de Capitu, Ezequiel. Escobar, um amigo íntimo de Bentinho morre e durante o velório, ele percebe que Capitu não chora, mas esboça um sentimento fortíssimo. Daí começa o desespero de Bentinho. Depois vai para o exterior, Ezequiel em uma visita ao pai, conta da morte da mãe, logo em seguida, também morre, mas a única coisa que não morre no romance é Bentinho e sua dúvida. O leitor não consegue decidir se ele está mentindo ou não, e o que fica é a trilogia do romance: teria sido Capitu culpada de adultério?

ÁLVARES DE AZEVEDO Álvares de Azevedo morreu aos 20 anos, mas deixou uma obra poética de alto nível, registrando sua incapacidade de adaptação ao mundo real e sua capacidade de elevar-se a outras esferas através do sonho e da fantasia para, por fim, refugiar-se na morte, certo de aí encontrar a paz tão almejada. No livro, surge o poeta sonhador em busca do amor e prenunciando a morte. Nas poesias citadas, desfila uma série de virgens sonhadoras que ajudam a criar em clima fantástico e suavemente sensual. Depois, surge o poeta que percebe estar próximo da morte, confessa-se deslocado e errante. Resta relembrar que a obra apresenta linguagem inconfundível, em cujo vocabulário são constantes as palavras que expressam seus estados de espírito, a fuga do poeta da realidade, sua busca incessante pelo amor, a procura pela vida boêmia, o vício, a morte, a palidez, a noite, a mulher.

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MONTEIRO LOBATO É onde mora Dona Benta, uma senhora de mais de 60 anos, avó de Narizinho e Pedrinho. Lá também mora a quituteira Tia Nastácia, que deu vida a outros dois habitantes do Sítio: a boneca Emília e o Visconde de Sabugosa. Também tem o Marquês de Rabicó, que é um porquinho que come tudo que vê pela frente. É uma obra infanto-juvenil brasileira que é referência literária de nosso país. O primeiro livro da série foi publicado em dezembro de 1920 e a primeira adaptação para a televisão foi realizada pela TV Tupi em 03 de junho de 1952. A série durou até 1986, retornando em 2001, produzida somente pela TV Globo que mesclou as histórias originais de Monteiro Lobato com novos argumentos. Entre 2005 e 2008, a Globo produziu o Sítio num formato narrativo de novela infantil.

GRACILIANO RAMOS Publicado em 1938, “Vidas Secas ” aborda a problemática da seca e da opressão social. É um romance com narrativa em terceira pessoa e com caráter fragmentário. São “quadros ”, episódios que acabam se interligando com certa autonomia. Mesmo com uma estrutura descontínua, e uma proximidade entre o primeiro capítulo “Mudança ”, a chegada de uma família de retirantes e o último “Fuga ”, a mudança da família que, diante da seca, foge para o sul. Esse caráter mostra que o romance é cíclico, onde o mundo se fecha para a família de Fabiano, saindo de uma mera classificação, regionalista para mostrar o drama que o homem sofre com a opressão do mundo.

LIMA BARRETO Funcionário público, nacionalista e patriota extremado, é conhecido por todos como major Quaresma, no Arsenal de Guerra, onde exerce a função do subsecretário. Vive isolado, com sua irmã dona Adelaide, mantendo os mesmos hábitos há trinta anos. Seu fanatismo patriótico se reflete nos autores nacionais de sua vasta biblioteca e no modo de ver o Brasil. Esse patriotismo leva-o a valorizar o violão, instrumento marginalização na época, visto com o professor Ricardo. Em busca de modinhas do folclore brasileiro, para a festa do general Albernaz, seu vizinho, lê tudo sobre o assunto. Decepcionado, decide estudar algo tipicamente nacional: os costumes tupinambás. Quaresma é condenado a morte. Preocupado com sua situação, Ricardo busca auxílio com os amigos do próprio Quaresma, que nada fazem, pois temem por seus empregos. Mesmo contrariando a vontade e ambição do marido, sua afilhada, Olga, tenta ajudá-lo, buscando o apoio de Floriano, mas nada consegue. A morte será o triste fim de Policarpo Quaresma.

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CONSTRUINDO UM FUTURO MELHOR

CONSTRUTORA DE RIBEIRÃO JÁ TRABALHA COM MADEIRA CERTIFICADA E DÁ EXEMPLO PRÁTICO DE SUSTENTABILIDADE E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE


ecologia

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madeira brasileira tem tanta tradição e importância na história que até mesmo o nome do País é oriundo de uma árvore: o Pau-Brasil. Descoberta há 509 anos, a espécie era utilizada pelos colonizadores portugueses para tingir tecidos e na produção de tintas para desenho e pintura. Conhecida pela sua cor avermelhada forte e marcante, a árvore atualmente está em extinção, já que, por centenas de anos, foi explorada sem nenhum controle. Pensando nisso, em 1998, um grupo de compradores de madeiras resolveram ter a iniciativa de preservar não só o Pau-Brasil, mas todas as árvores brasileiras, já que o País é o maior consumidor mundial de madeiras. Dessa forma, passou a se exigir uma série de cuidados no manejo da mata antes, durante e depois do corte. Tudo para promover a melhoria social e a conservação ambiental. Um dos setores que mais utiliza madeira é a construção civil. Em Ribeirão Preto, a Pereira Alvim é uma das pioneiras em utilizar a madeira certificada para preservar e manter as atividades econômicas e ambientalmente corretas. Segundo Euclides Cedroni, sócio da Espaço da Madeira, empresa que fornece há anos a Pereira Alvim, um dos pontos forte dessa parceria está na prática da responsabilidade ambiental e sua sustentabilidade.

PROCESSO ECOLÓGICO Conforme Alexandre Cedroni, gerente da área de Ribeirão Preto, a madeira passa por um processo específico. Depois que ela sai das reservas, é rastreada até seu destino final, o que credibiliza o processo. Durante o manejo florestal, muitas árvores de grande porte são deixadas na mata para funcionarem como matrizes para a regeneração da floresta. “A manutenção e conservação já no local de trabalho correto pela mão-de-obra especializada é o essencial na busca de resultados positivos ”, destaca.

TEMPO DE MATURAÇÃO DA MADEIRA “As madeiras usadas na construção civil (lambril, revestimento, portas, janelas, assoalhos e decks) têm ótima duração e preservação desde que as normas de manejo sejam seguidas pelos técnicos específicos e conhecedores da madeira ” argumenta Euclides. O mais importante é a secagem da madeira ao ar livre ou secagem industrial por meio através de estufa, onde a umidade da madeira não seja superior a 15%. Feito isso são produtos para conservar de 20 a 30 anos.

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EXEMPLO DE OBRA Uma das obras realizadas pela Espaço da Madeira foi a praça Victor Civitta, do Grupo Editora Abril, na capital paulista. A obra, que homenageia o patriarca da Editora, Victor Civitta, ganhou tanto destaque na mídia, que, hoje em dia, vários países importam a madeira certificada da empresa. Localizado na marginal Pinheiros, o projeto durou dois anos para ficar pronto e foi entregue no ano passado. O trabalho, considerado um exemplo de sustentabilidade, exigiu o uso de madeiras legalizadas e rastreadas e contou com a assessoria técnica do IPT, Instituto Pesquisa e Técnicas de São Paulo, considerado o órgão oficial mais eficiente do Brasil em assuntos de madeiras.

SELO VERDE A marca Forest Stewardship Council (FSC) é conhecida por selo verde. É um selo reconhecido internacionalmente pelos consumidores de madeira e produtos derivados como móveis e estruturas para construção civil. Desta forma, o comprador pode ter certeza que adquiriu um produto que não agride as florestas tropicais. De acordo com Cedroni, a madeira certificada é aquela em que desde sua retirada é monitorada por entidade responsável que acompanha todo o processo da chegada ao consumo final. A diferença entre a madeira certificada e a comum é a origem. No caso da primeira, ela é retirada por meio de técnicas (manejo florestal) que não prejudicam o ecossistema, mas as espécies comercializadas de madeira certificada são as mesmas variedades nativas oferecidas pelo processo comum de exploração. A fiscalização da madeira é feita constantemente pelo Ibama. Se houver alguma conduta irregular, a madeireira é autuada e multada. O FSC analisa documentos, o pátio da empresa e as áreas de manejo florestais, e, caso desrespeite o plano de manejo e o corte das árvores, ela perde o direito de ter o “selo verde ” em seus produtos. Mesmo com toda a fiscalização, ainda existem muitas espécies em extinção no Brasil, como algumas citadas no quadro.

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NOVIDADES NA MADEIRA Segundo Nilton de Carvalho Amazonas, marceneiro e escultor, a madeira não pode ser vista como um elemento qualquer, pois existe uma variedade grande de espécies e cada uma tem sua particularidade, considerando a dureza, maleabilidade, padronagem, resistência às intempéries, o tempo de secagem, grau de dilatação e contração, e, ainda, variações de uma mesma espécie por causa da idade, local e época em que foi retirada. “A madeira é diferente do vidro, ferro e plástico, cujos comportamentos são bem lineares e previsíveis ”, comenta. Nilton, preocupado com crescimento da extração para fins comerciais, alerta para o extrativismo desordenado e dá exemplos de madeiras a ser utilizadas. “O extrativismo é uma atividade que precisa ser imediatamente revista, pois destrói áreas muitas vezes maiores do que uma área destinada a uma plantação homogênea de madeira, chamada de reflorestamento. Espécies como Eucalipto e Pinus são bastante utilizadas para a queima e para a indústria de celulose. Por isso, tenho optado por trabalhar com novas madeiras como, por exemplo, a Teca. Trata-se de uma espécie de aplicação vasta. Sua madeira é muito resistente, de fácil tratamento, rápido crescimento e excelente acabamento. Sinto prazer ao descobrir as maneiras de como lidar com esta madeira, e a cada novo trabalho é um novo aprendizado ”, ressalta o especialista.

MADEIRAS EM EXTINÇÃO • AÇAÍ – fabricação de vinhos e uso alimentício • ANDIROBA – construção e móveis • CEDRO – construção e móveis • CUMARU – paisagismo • FAVEIRA BENGUÊ – Fabricação de lâminas e brinquedos • JABORANDI – medicinal • MOGNO – construção civil e móveis • PALMITO JUÇARA – uso alimentício • PAU-BRASIL – tingimento de tecidos • PAU-ROSA – cosmético • PAU-ROXO – uso madeireiro

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Foto: Rede Globo/Divulgação

CONVIVENDO COM o portador de

ESQUIZOFRENIA


EXEMPLO DE VIDA Muitos pensam que a doença transforma o paciente em uma pessoa totalmente fora do contexto da sociedade em que vive, o que não é verdade. O mais famoso caso é do matemático e vencedor do prêmio Nobel de economia, John Nash, um dos maiores matemáticos vivos da atualidade e instrutor no Instituto Tecnológico de Massachusetts, o mais renomado centro tecnológico do mundo. Nash começou a perceber o desenvolvimento da doença em 1958, quando ainda era estudante. Seu estado chegou ao grau de paranóia em 1959, quando foi levado ao Hospital McLean, sendo diagnosticado com esquizofrenia paranóica e depressão. Permaneceu dentro e fora de hospitais psiquiátricos até 1970. Depois disso, nunca mais voltou a tomar medicamentos antipsicóticos e começou a se recuperar gradativamente com o passar do tempo. Em 1994, como resultado de seu trabalho com a teoria dos jogos que desenvolveu quando estudante de Princeton e vítima da esquizofrenia, recebeu o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel. Em 2001, sua vida foi retratada no filme “Uma Mente Brilhante ”, estrelado por Russel Crow.

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incentivo social

C

om o personagem Tarso, interpretado por Bruno Gagliasso, em destaque na novela “Caminho das Índias ”, transmitida pela Rede Globo, um conhecido distúrbio ficou ainda mais em evidência para o grande público: a esquizofrenia. Na trama, o personagem sofre por ouvir alucinações e vê seu quadro clínico se agravar com a negação da doença por parte da família. No entanto, o que mais afeta a maioria da população é a falta de informação sobre o assunto. O próprio ator afirma que o papel do personagem é um ‘soco no estômago ’ e espera que as cenas sirvam para as pessoas acordarem e descobrirem um pouco mais sobre a esquizofrenia. A doença atinge 1,5 milhão de pessoas no Brasil e, apesar de não ter cura, permite que, em alguns casos, com tratamento adequado e apoio da família, o portador consiga levar uma vida normal. De acordo com o membro da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e professor Titular do Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Jair de Jesus Mari, cerca de 30% dos portadores de esquizofrenia têm um prognóstico favorável e cerca de 25% apresentam uma evolução com comprometimento progressivo da doença. “Os casos de prognósticos favoráveis são de pacientes que aderem ao tratamento medicamentoso, evitam o uso de álcool e drogas, e convivem com familiares que o acolhem e aprendem a lidar com suas dificuldades ”, explica Mari.


Foto: Rede Globo/Divulgação

Apesar de não ter uma origem conhecida, as evidências indicam que a esquizofrenia é um severo transtorno do funcionamento cerebral. Seu desenvolvimento pode se dar de maneira gradual, tornando ainda mais difícil a percepção, ficando evidente apenas quando o paciente manifesta comportamentos abertamente desviantes. Também existem casos em que o desenvolvimento do transtorno ocorre rapidamente, em questão de poucas semanas ou mesmo de dias; não existe uma regra padronizada para o início da doença. Geralmente, os primeiros sintomas são observados durante a adolescência, como dificuldade de concentração, baixo rendimento escolar, estados de tensão de origem desconhecida, insônia, perda de contato com a realidade e desinteresse pelas atividades sociais com consequente isolamento. Um ponto importante em todo o processo é a família, que, em muitos casos, consideram o filho como um “rebelde ”, justamente porque não existe uma fronteira clara na fase inicial entre um comportamento anormal e a esquizofrenia em si. O que os pais precisam ter conhecimento é que tudo o que acontece não é culpa ou escolha do filho, é uma doença mental, um fato muito mais grave. A psicose fica clara quando o paciente começa a ter atitudes fisicamente agressivas ou mesmo afirmar que está ouvindo mensagens do além. Nesse ponto, o diagnóstico é inevitável.

Apesar dos avanços da medicina nos tratamentos para combater a esquizofrenia, não há nenhum modo comprovado de se prevenir a doença, porém, quanto mais cedo for descoberta, maiores serão as chances de deter os piores efeitos. O tratamento requer uma combinação de etapas, tanto com remédios, como trabalhos psicológicos e sociais. Além disso, também é importante dar continuidade ao processo mesmo após a melhora dos sintomas, porque existe uma alta probabilidade da psicose entrar em crise enquanto o paciente está sem o medicamento. Dr. Ari Diniz, psiquiatra especialista em casos de esquizofrenia, confirma os estudos e garante que não existe nenhuma prevenção que seja garantida. “Não existe uma maneira 100% eficaz de se prevenir a esquizofrenia. O que se pode fazer é observar se a pessoa é excessivamente tímida e se isola ”. O psiquiatra indica o que pode ajudar no diagnostico. “Uma maneira de se diagnosticar com um pouco de antecedência a doença é a psicoterapia, porém fatores genéticos interferem no desenvolvimento ”. No caso de descoberta da doença, o melhor a se fazer é procurar o auxílio de um profissional da área e iniciar um tratamento completo. “Quando acontece a descoberta é ideal procurar um médico para que o mesmo inicie as etapas de um tratamento, como as sessões de terapia e os remédios que hoje são muito avançados e exercem um grande controle do paciente sob a doença ”, garante o psiquiatra. Para ele, o pós-tratamento também é fundamental. “O que deve ser feito após um período concreto do tratamento é encaminhar o paciente para uma espécie de socialização, para que ele volte ao convívio normal na sociedade e no meio onde vive ”, conclui.

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ASSOCIAÇÃO OFERECE AJUDA AOS PORTADORES DA DOENÇA Fundada no ano de 2002, a Abre (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia) tem a função de informar, reduzir o estigma e ajudar na luta pelos direitos do portador de esquizofrenia. Para isso, são realizados encontros, palestras, além de informações estarem disponíveis no site: www.abrebrasil.org.br, junto com um telefone e e-mail para auxílio. Para o vice-presidente da entidade, Jorge Cândido de Assis, desde sua fundação a ONG conseguiu com que muitas pessoas melhorassem a qualidade de vida a partir de informações corretas. “Informando as pessoas e estando corpo a corpo acredito que conseguimos reduzir o estigma, mais do que qualquer campanha em novela, já que levamos a visão de quem tem a doença ”, conta. A família é fundamental para o tratamento da esquizofrenia. Assis explica que, normalmente, os familiares têm um tempo de aceitação da doença e precisam do acolhimento dos associados para aprender a lidar com o problema. “No grupo eles podem ouvir experiências, orientação e assim conseguir ajudar o familiar que precisa de apoio ”, relata. Segundo Assis, o paciente não pode perder a esperança no tratamento. O ideal é poder contar com a ajuda de uma equipe com psiquiatra, terapeuta ocupacional, psicólogo, e enfermeiro, apoio da família e amigos e, a partir disso, buscar sentir-se bem. “É importante saber que vale a pena insistir no tratamento. Devemos acreditar que podemos melhorar e a cada dia dar um novo passo em busca disso ”, considera.

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ser teen


decidindo

O FUTURO A ESCOLHA DA PROFISSÃO É UM DOS MOMENTOS MAIS DIFÍCEIS NA VIDA DE UM ADOLESCENTE, E ESTAR PREPARADO PARA ESTA DECISÃO NÃO É TAREFA FÁCIL. POR ISSO, ESPECIALISTAS GARANTEM QUE O IDEAL É NÃO SOFRER PRESSÃO POR PARTE DE AMIGOS E FAMILIARES


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scolher a faculdade e a profissão é um dilema enfrentado por grande parte dos jovens quando chega o período pré-vestibular. Uma das ferramentas de que o jovem pode se utilizar é a orientação vocacional, que tem como principais objetivos não apenas levar o adolescente a escolher a profissão correta, mas também de se conhecerem melhor e mais profundamente. Para isso, a orientação busca a inserção desse jovem dentro de um contexto social. Segundo a Revista Direcional Escolas, apenas 5% dos adolescentes se sentem seguros com sua escolha profissional e 75% dos trabalhadores brasileiros sonham em mudar de profissão. Outro dado que preocupa é que, em média, 40% dos estudantes desistem da faculdade que escolhem nos primeiros dois anos do curso e 70% dos formados não atuam na sua área de graduação. De acordo com Guilherme Davoli, psicólogo e consultor vocacional, os jovens têm uma visão um pouco deturpada no momento de decidir a profissão. “Nos últimos tempos, quer por interferência ou não dos pais, as aparentes chances de mercado e um ‘bom salário ’ estão sendo colocadas como prioridade, o que considero, na maioria das vezes, uma visão distorcida dos fatos ”, afirma. Segundo o especialista, uma escolha errada influenciada por pessoas próximas pode trazer prejuízo para o jovem. “Por deixar de ter a oportunidade de conhecer-se melhor, por meio do desenvolvimento de suas habilidades, o jovem pode vir a desenvolver o sentimento de menor estima, desacreditando de sua capacidade de gestão sobre a própria vida. Quando não exercemos nossas habilidades mais marcantes perdemos a oportunidade de nos descobrir ”, diz Davoli. Para o jovem Bruno Kazuto, de 17 anos, que está no cursinho e pretende prestar Medicina, o apoio dos pais em sua decisão está sendo fundamental. “Já pensei em fazer Direito e Engenha-

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ria, mas o que eu quero mesmo é ser médico. Essa minha decisão veio somente nas férias, quando fiquei em casa e pude pensar melhor na minha escolha. O que tem me ajudado muito foi o fato dos meus pais nunca terem interferido na minha decisão. Eles me apóiam muito, pois sabem que as dificuldades de passar no vestibular é grande ”, explica. Apesar do apoio dos pais e até mesmo a ajuda de orientadores, um fato pode ser decisivo na escolha da profissão. Um grande exemplo disso é a publicitária Rita Corrêa, que, quando pequena, tinha o sonho de ser veterinária. No entanto, um episódio marcante em sua vida foi decisivo para a escolha de sua profissão atual. Quando jovem, ela era muito apegada ao seu cão, e, num certo dia, véspera do vestibular, o animal morreu atropelado na sua frente. Abalada com a situação, optou por escolher outra carreira. “Isso mudou a minha trajetória de vida. Eu tinha um sonho, mas tive uma decepção muito grande que me fez mudar completamente. Depois disso, preferi nem ir para a prova e fazer um ano de cursinho, até que minha irmã me ajudou a escolher em ser publicitária ”, relata.

DICAS IMPORTANTES PARA PAIS E FILHOS “Pais que não respeitam as opiniões dos filhos estão indiretamente dizendo que não confiam na própria educação que transmitiram. Acredito que o ideal é uma educação que vise a tomada de decisões futuramente. Se os pais pouparem demais, nunca estarão tranquilos para confiarem nas decisões de seus filhos. Por essa razão é fundamental que crianças e jovens sejam educados para tomar decisões e superar fracassos, o que só é possível experimentando-os ”, recomenda Davoli. O consultor vocacional alerta que o jovem deve abortar de sua cabeça a ideia de acertar sempre em suas decisões. “Se em momentos aparentemente mais simples o erro é sempre uma possibilidade a ser observada, muitas vezes servindo de aprendizagem no momento em que

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escolhemos uma carreira, portanto, é necessário nos cercarmos do máximo de informações. Para isso, faço questão de ressaltar que o jovem deve buscar o contato com profissionais por meio da experiência e envolvimento com suas profissões, isso os ajudará e muito no tocante a se ter um perfil mais completo do caminho que se deseja trilhar ”, conclui. Outro especialista no assunto é o professor e diretor do Colégio Einstein, de Ribeirão Preto, Eduardo Gula Sobrinho. Para ele, a escolha da profissão deve ser uma decisão tomada em conjunto, sem imposições de pais sobre as decisões e afinidades do filho. “O mais importante é a conversa entre pais e filhos, só assim o filho consegue expressar suas vontades e interesses aos pais. Quando os pais estão próximos dos seus filhos, conhecendo suas escolhas e suas vontades, fica mais fácil dar conselhos ”, explica Gula. Depois que o aluno mostra a sua área de interesse, o próximo passo é conhecer a profissão, como funciona, o que é feito no trabalho, como as pessoas o desenvolvem, ou seja, ir a campo. “Se os pais conhecem algum profissional na área que o filho escolheu, a melhor coisa é levar o filho para conversar com este profissional e tirar suas dúvidas sobre a profissão ”, argumenta o professor. Gula entra num ponto essencial na hora da escolha. “Outra coisa importante é não pressionar o filho. Por mais que os pais não concordem com a decisão, o respeito e o diálogo são fundamentais para não atrapalhar e nem influenciar essa escolha ”, ressalta. Mostrar interesse e levar o filho para conhecer o curso, a faculdade também é uma ótima opção para os pais ajudarem os filhos. “Jamais falar que a profissão não vai dar dinheiro, não dará futuro ou desanimar o aluno. Os pais não precisam manifestar aos filhos que estão insatisfeitos com suas escolhas e sim apoiá-los ”, destaca. De acordo com o diretor do colégio, o aluno, ao ingressar na universidade, pode acabar se decepcionando com o curso, mas também precisa saber que, no início, os cursos são mais teóricos e por isso acabam sendo cansativos. “Uma vez que o aluno entra na faculdade e percebe que não é aquilo mesmo que ele pretende fazer, a melhor coisa é desistir do curso logo no início, ou transferir para outro que tenha a mesma afinidade ”, conclui Gula.

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