O Bocas 31

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31 Edição de março de 2021

Escola Básica Santa Clara, Escolas do 1.º Ciclo e Jardins de Infância

Desenhando o Universo

Agrupamento de Escolas Severim de Faria, Évora

Atividades promovidas pelo 7.º A (pp. 15, 16)

Plano Nacional de Cinema na nossa escola (p. 4)

Resultados do Concurso de Escrita Criativa

Era uma vez no Convento, (p. 3)


EDITORIAL É impossível nestas palavras contornar aquilo que tem abalado as nossas vidas, de tantas formas, há já um ano: a pandemia. Agora que sai mais uma edição do Bocas – a segunda em confinamento - ainda dura o que determinou alterações radicais na vida das escolas e de todos os envolvidos (alunos, professores, assistentes operacionais, pais e encarregados de educação). Mas aproximamo-nos do reencontro, já no início do 3º Período. E isso enche-nos de alegria, porque sabemos agora, mais do que nunca, que a Escola é Presença e que Aprendizagem é Partilha. Temos tentado adaptarmo-nos a esta circunstância perturbadora, esforçando-nos para que não se quebre a teia que nos une. Nesta edição, temos alguns sinais disso mesmo. Mostram-se imagens, palavras, ideias de quem não parou, de quem se mantém presente, e de quem tenta sempre melhorar e melhorar-se. Há muitos anos, perguntaram à antropóloga americana Margaret Mead, qual achava que era o primeiro vestígio da civilização humana; uma pedra afiada, um anzol, um pote de barro, era o que se esperava ouvir. Mas a surpresa foi total quando a antropóloga disse: “Um fémur com 15 mil anos, encontrado numa escavação arqueológica. O fémur estava partido mas tinha cicatrizado. É um dos maiores ossos do corpo humano (liga a anca ao joelho) e demora seis semanas a curar. Alguém tinha cuidado daquela pessoa. Abrigou-a e alimentou-a. Protegeu-a, ao invés de a abandonar à sua sorte”. É isso que nos faz civilizados e nos distingue como seres humanos: a capacidade de nos preocuparmos uns com os outros, de nos ajudarmos e de, em conjunto, ultrapassarmos os obstáculos. E o que esperamos, aqui no Bocas, é que a pandemia se torne um motivo de recolha de experiências e lições positivas, sobre a forma como devemos encarar o futuro, a humanidade e a natureza. ... O diretor do nosso Agrupamento, Dr. Carlos Percheiro, terminou o seu percurso profissional. Ao longo de mais de trinta anos liderou a Escola Secundária Severim de Faria e depois o nosso Agrupamento; longos anos de vivência da Escola, com uma presença e trabalho marcantes e que terminou num momento particularmente difícil de gerir, o início da pandemia de covid 19, o que fez com inteligência e muita sensatez. Este é o nosso discreto Obrigad@ , por tudo o que nos deixa, pela grande disponibilidade e pela forma humana como viveu a Escola. Ana Cristina Tavares

Coordenação e Paginação: Olga Rocha Editorial: Ana Cristina Tavares Participaram na edição deste jornal Professores: Olga Rocha, Cidália Vinagre, Fátima Pica, Sandra Silva, Angélica Silva, Cristina Caixeiro, Ana Cristina Tavares, Sandra Silva Alunos das turmas do 5.ºA, 5.ºB, 5.ºD, 6.ºA,7º.A, 8.ºA, 8.ºB, 8.ºC

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Divulgam-se os vencedores do Concurso de escrita Era uma vez no Convento lançado no ano letivo de 2019-2020.

2.º ciclo Madalena Veiga

1º lugar

Clara Coelho

2.º lugar ex aequo

Sofia Gonçalves

2.º lugar ex aequo

Tiago Pontes

3-º lugar

Duarte Oliveira

Menção Honrosa

Isabel Veiga

Menção Honrosa

Maximilian Rebeja

Menção honrosa

3.º ciclo Cristina Ye Huang

1.º lugar

Inês Gabriel

2.º lugar

Ricardo Cansado

3.º lugar

Excerto do texto vencedor do Concurso na categoria 3º ciclo: «Desci da carroça, onde viajara aproximadamente dois dias, com a minha bagagem em mão. Agradeci pela viagem e encarei a porta de madeira que estava à minha frente e que refletia os tons quentes do sol da tardinha. A mesma pertence ao Convento da Santa Clara, a minha nova casa. (…)»

Cristina Ye Huang Curioso para ler o resto do texto? O livro com todos os textos que se submeteram ao Concurso estão publicados num livro digital disponível em: https://issuu.com/besantaclara/docs/era_uma_vez_no_convento 3


A ESCOLA, a BIBLIOTECA ESCOLAR e o

A Escola Básica Santa Clara participa, este ano letivo, no Plano Nacional de Cinema (PNC) em articulação com a Biblioteca Escolar. O projeto é liderado por uma equipa constituída por docentes de 2º e 3º ciclos. A iniciativa propõe um plano de literacia para o cinema e de divulgação de obras cinematográficas nacionais e estrangeiras junto do público escolar. Pretende-se, sobretudo, formar os alunos para o hábito de ver cinema, fora do circuito comercial, valorizando esta arte na sua dimensão ética e estética. A equipa já desenvolveu um conjunto de ações e atividades presenciais no âmbito do PNC, dentro , nomeadamente: Vive o Halloween com Tim Burton e a exibição de 17 curtas-metragens de animação do festival Cinanima.

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OPINIÃO

O VALOR DA LIBERDADE

A Liberdade é autodeterminação, independência e autonomia. A liberdade é um conceito bastante sensível para todos, dado que afeta, sobretudo, a forma de agir, a maneira de falar ou até mesmo de pensar. Na minha opinião, a liberdade afeta de muitas maneiras a nossa vida; tem sido até agora, muitas vezes, por parte daqueles nos governam desprezada ou até mesmo desrespeitada! A liberdade de expressão é recorrentemente abordada, na televisão ou nos telejornais. Acho que a liberdade é a forma de nos expressarmos, de dizermos aquilo que pensamos, mas é abordada nos telejornais por não ser respeitada; vemos notícias de pessoas presas por se manifestarem, por revelarem oposição a regimes. Ainda há pouco tempo foi notícia nos telejornais que na China tinha sido proibido um canal de televisão americano, que já só existia em hotéis. A liberdade de expressão ou qualquer tipo de liberdade é muitas vezes desrespeitado por parte de regimes ditatoriais. Penso que a liberdade é desrespeitada no nosso dia a dia, quando não nos deixam dar a nossa opinião sobre um determinado assunto ou somos apontados por ter uma determinada opinião. Concluindo, acho que a liberdade é importante e que deve ser respeitada!

Leonor Cabral (8.º A)

Liberdade A.P. e D.P. Era uma vez a Liberdade. Os portugueses davam-na como certa. Longe iam os anos de ditadura. Todos falavam livremente, escreviam livremente, circulavam livremente. Até que uma pandemia apareceu e algumas liberdades desapareceram temporariamente… Vivemos presos numa gaiola, a nossa casa é certo, mas pequenas coisas que não valorizávamos A.P. (Antes da Pandemia), como abrir a porta de casa e sair à rua, parecem hoje inalcançáveis. Acredito que, em breve, tudo isto parecerá um pesadelo muito distante ou um daqueles filmes apocalípticos em que o mundo não tem salvação, mas o herói encontra uma solução à última hora. Anseio por voltar ao mundo, ser livre para escolher os dias em que saio de casa, onde me divirto com os meus amigos ou os países que visito… Estou convencido que todos se sentem assim. Coartados. Manietados. Impedidos de viver a tão falada normalidade. Tudo serve para fingir uma a vida A.P.. Ir à rua com o cão, passeios higiénicos, ir à padaria várias vezes ao dia… Somos trabalho, mas também somos lazer. Dizia alguém na televisão, há dias, que “o ócio equilibra-nos”. D.P. (Depois da Pandemia) está para breve. Penso que, a normalidade avizinha-se. É já amanhã… Dinis Catarino (8.º C) 5


OPINIÃO Na minha opinião, muitas vezes pensamos que liberdade significa fazer tudo o que queremos, sem limites e sem regras, mas nem sempre é assim. Em primeiro lugar, penso que, por muita liberdade que tenhamos, uma boa vida em sociedade exige obediência, responsabilidade e, para além de tudo, regras. Porém, tendo liberdade de expressão, podemos dizer, pensar e exprimir sentimentos sem sermos julgados. Em segundo lugar, acho que a liberdade, para nós humanos, é excelente pois somos capazes de fazer escolhas e de ser responsáveis por elas. Isto é uma das coisas que torna a liberdade difícil e exigente pois por causa dessas escolhas, hesitamos antes de tomar boas decisões. Os outros normalmente não nos respeitam pela forma como somos e sentimos e sentimo-nos culpados sempre que alguma coisa que fizemos não corre como o esperado. Mas é essa consciência que nos permite fazer grandes coisas, e também é isso que nos distingue e nos faz ser verdadeiramente humanos. Por fim, acho que, para além do que já foi referido, a liberdade é o que nos permite exprimir, dar opiniões (sejam elas boas ou más!). Porém, muitas vezes não temos liberdade suficiente para dizer o que nos vai na alma pois, na maior parte das vezes, somos criticados ou julgados pela forma como somos e que pensamos. Concluindo, na minha opinião tudo o que existe é livre, mas dentro de certos limites.. Leonor Leite (8.º A)

A palavra «liberdade» está a ganhar cada vez mais importância em todo o mundo. Quer seja na liberdade de manifestar os nossos pensamentos ou no direito de realizar uma certa função. Qualquer que seja o conceito, a palavra «liberdade», terá sempre uma grande relevância. Na minha opinião a noção de liberdade é muitas vezes interpretada de forma errada. Muitas pessoas limitam-se a repetir as palavras de outros, no entanto não percebem o impacto que a liberdade teve, têm e terá na sociedade. Se viajarmos uns quantos anos atrás, podemos notar a presença de várias grandes revoltas originadas por pessoas como nós que estavam condicionados a viver uma vida quase que chefiada. Mas se essas pessoas não tivessem intervindo e reclamado a situação, atualmente o nosso quotidiano seria todo ele muito diferente. Para mim a liberdade é como a água. Não se vive sem ela. Se refletirmos um pouco mais fundo percebemos, que se não fossemos livres, não poderíamos: expressar a nossa opinião sobre os assuntos abordados, emitir ou divulgar pensamentos, sair à rua e viajar livremente, determinar as nossas escolhas… Na minha perspetiva a liberdade é uma realidade totalmente diferente daquela a que as populações antigas estavam forçadas a viver. A liberdade é a independência, o verdadeiro ser de uma pessoa. Liberdade é sermos nós mesmos e sermos livres de fazer aquilo que entendermos, mas claro respeitando a liberdade dos outros. Resumindo, eu entendo a liberdade como sendo uma das condições mais importantes na sociedade. Sem esta viveríamos de uma forma muito diferente, com certeza muito pior. Seja onde quer que seja, a palavra «Liberdade» terá sempre um valor importantíssimo. Mafalda Silva Langhof (8.º A)

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OPINIÃO Desde sempre, a definição de liberdade foi discutida. Na minha opinião, liberdade é algo que todas as pessoas do mundo devem e têm que ter. A liberdade é muito importante para uma pessoa sentir que é livre e que pode dar a sua opinião sem ser penalizada ou até mesmo presa. Um exemplo de países que na atualidade não têm liberdade é a Venezuela, a China ou a Coreia do Norte. Estes países vivem numa ditadura, onde as pessoas não podem dizer mal sobre o governo e não podem agir de forma livre. Penso que nestes países devia haver uma intervenção, pois as pessoas sofrem imenso por estarem a viver num regime de ditadura. É por isso que se vê muitas pessoas destas nacionalidades a fugirem dos seus países e a virem para países livres como Portugal, ou um outro país da Europa. Concluindo, estou convencido de que a liberdade devia existir em todos os países do mundo, pois sem liberdade as populações sofrem muito, por não poderem expressar como querem ou dizer o que querem, pois ao fazerem isto, estão a arriscar-se a ser presas, torturadas ou ate mesmo mortas. Ricardo Cansado (8.º A)

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O que ando a ler... Projeto Individual de Leitura Por Júlia Flamino, 8º B

Acerca do livro ...

A Lua de Joana é um livro que me tocou muito em vários aspetos porque é triste saber que hoje em dia existem vários jovens em situações parecidas. É uma história muito comovente que nos permite ver outras perspetivas de vida. Três frases deixaram- me a pensar e a refletir bastante: “Agora tinha todo o tempo do mundo. Para quê?”, “É espantoso como, às vezes, as coisas podem transformar -nos, não é?” e “(…) de tanto serem ditas já não devem querer dizer nada.”. A história da Joana lembrou-me aquele velho ditado “Nunca digas nunca” porque, de facto, foi o que aconteceu com a Joana, ela criticava tanto o irmão e acabou por se tornar igual ou pior que ele. A Joana era uma rapariga que sofria bastante pela perda da melhor amiga Marta e, mais tarde, pela perda da avó. Tinha um pai ausente, uma mãe que não refletia os seus sentimentos e um irmão que tinha toda a atenção. Fiquei muito desiludida com o final do livro, pois fiquei com muitas perguntas: “O que aconteceu com a Joana”, “Quem é a tal mulher referida no final?”, “Onde é que o Diogo encontrou as cartas e Porquê?”, mas acho que o livro tem um final em aberto mesmo para refletirmos sobre o assunto. No meu entender, o que aconteceu foi que o Diogo já casado foi visitar o quarto da Joana que acabou por não conseguir curar- se e a tal mulher era a esposa do Diogo. O que eu queria que tivesse existido era uma última carta do género:

Lisboa, 10 de Julho

Querida Marta,

Assim que recebi a notícia, regressei a Lisboa para ver se era mesmo verdade e ainda não consigo acreditar que perdi as duas pessoas que eu mais amava no espaço de um ano; a minha vida não faz sentido sem vocês. Tenho tentado ao máximo aguentar mas a verdade é que já não sei como sorrir ou o significado da palavra felicidade que todos usam mas poucos sabem o significado. Um dia eu fiz parte das pessoas que a usam e sabia o significado, eu sentia felicidade quando estava com vocês mas agora foramse as duas e eu pergunto-me como aguentei quatro dias. Com o divórcio dos pais, com todos a falarem da triste notícia, com a Rita a morar em Beja … eu não aguento mais. O Lucas acabou por falecer de tristeza. Encontrei estas cartas e depois de as ler todas, desabei em lágrimas. Eu preciso de alguém mais do que nunca. A Joana que estava sempre aqui para mim já não está, nem nunca mais estará. Ela não pode vir ter comigo mas eu posso ir ter com ela e ser feliz para sempre com as pessoas que mais amo: tu Marta e a Joana. Um beijo do Diogo P.S. Até já.

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PEGA NAS PALAVRAS E DESENHA Exercício jogo de imaginação/relação Em Educação Visual, foi pedido aos alunos de 5º e 6º anos que, a partir de uma lista de títulos apresentados, pegassem livremente nas palavras e as transformassem em imagens. No final, foram confrontados com a origem das palavras, que correspondem a títulos de obras de pinturas e fotografias de artistas famosos. O que deu a ver? A capacidade que temos de interpretar e imaginar mundos diferentes e todos certos, porque verdadeiros.

I Ana Valentim (5.ºA)

Joseph Koudelka, Anjo de bicicleta (1968)

Maria Cristo (6.ºA)

II Guilherme Silva (5.ºB)

Paul Klee, Paisagem com pássaros

amarelos (1923)

Carolina Fialho (5.ºD) 9


IIII

Leonor Santos (5.ºA)

Felix Valloton, O raio (1909)

Henrique Martins (5.ºD)

Enzo Bogni(5.ºA)

IV

Carolina Saial (5.ºA)

Maria Curvo (5.ºA)

Mafalda Ferreira Yuri Vatsnetzov, O crocodilo que engoliu o

(6.ºA)

sol Filipe Brito (5.ºD) 10


Maria da

V

Piedade (5.ºB)

António Grou (5.ºB)

David Hockney,

Frutos numa taça chinesa (1988)

Álvaro Junqueira (6.ºA)

João Moital (5.ºA)

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Inês Martins (5.º A)

VI Naomi Floriddia (6.º A)

Marc Chagall, O violinista azul (1929)

Clara Coelho (6.º A)

Filipe Cid (5.ºA) 12


Alice Barradas (6.º A)

VII

Maya Flebbe (6.º A)

Paul Klee,

Fogo ao anoitecer

(1929)

Lara Gervásio (5.ºB)

Eduardo Eugénio (6.º A) 13


Show and Tell This year, 6A and 6B students are doing “Show and Tell” presentations. We share them in our school newspaper so that everyone can see what we are doing and the joy that it brings us. “Show and Tell” has been used for students of different ages in order to develop speaking and presentation skills. Besides that, we are using “Show and Tell” to talk about British culture and monuments. We hope you like it as much as we do. Mrs. Firmino Pica

Big Ben is the nickname for the Great Bell of the striking clock at the north end of the Palace of Westminster in London. The tower was designed by Augustus Pugin in a neoGothic style. When it was completed in 1859, its clock was the largest of its kind in the world. The name frquently refers to both the clock and the clock tower. The official name of the tower in which Big Bem is located was originally called the Clock Tower, it was renamed Elizabeth Tower in 2012 to mark the Diamond Jubilee of Elizabeth II, Queen of the United Kingdom. Inês Cruz and Tiago Remédios

3D Puzzle

Buckingham Palace

Álvaro Junqueira and Nuno Charrua 14


Desenhando o Universo No âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, com a colaboração das disciplinas de Educação Visual e Oficina de Artes Plásticas, o 7.º A, da Escola Básica Santa Clara, desenvolveu ao longo do 1.º período o projeto “Desenhando o Universo”. Das atividades concretizadas destacam-se duas, a montagem de um sistema solar tridimensional e a promoção do concurso “Decora a tua porta”. O sistema solar, à escala, com 24 metros entre Mercúrio e Neptuno, foi montado num dos claustros da escola e o Sol ocupou uma das suas paredes. O concurso foi divulgado às turmas de 5.º, 6.º e 7.º anos, e cada uma desenvolveu um tema, relacionado com o Universo, dado pela turma promotora. Participaram ao todo oito turmas da escola que decoraram as portas das suas salas de aula. Alunos de 8.º e 9.º anos votaram nas portas e elegeram como vencedores o 5.º A - Mercúrio - e o 6.º C - Saturno.

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Desenhando o Universo Marcadores criados pelos alunos do 7.º A

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E se fosse verdade? FORTE SISMO NOS AÇORES No dia 10 de Fevereiro de 2005, às 14:30h, nos Açores, o cientista João Pinheiro, graduado no departamento de sismologia (ciência que estuda os sismos) detetou pelo Centro de Informação e Vigilância sismovulcânica dos Açores (CIVISA) um sismo de grande intensidade com magnitude de 9,7 na escala de Richter (escala que avalia a libertação de energia durante um sismo). Com o epicentro em S. Miguel, este sismo foi sentido com intensidade máxima de grau IX/X, na escala de Mercalli (escala que avalia a intensidade e os danos de um sismo) nas freguesias do Faial e Ribeira Quente, do Conselho de Povoação. Através de informações divulgadas pelos meios de comunicação, muitas habitações colapsaram parcialmente ou totalmente, sendo o número de vítimas superior a 2 dezenas de habitantes e mais de 400 feridos. O cenário catastrófico abrange ainda estradas destruídas e edifícios municipais, com estruturas muito danificadas ou em risco de cair. Em declaração à rádio local dos Açores, João Pinheiro referiu que, nas últimas horas, foram registados cerca de 10 sismos numa zona sismogénica próxima de Povoação. Estas réplicas foram registadas com magnitudes entre 2 e 5,7 na escala de Richter. Desde as 21:00h de ontem que a CIVISA começou a registar pequenas atividades sísmicas numa zona a sul do conselho de Povoação. Tratando-se este sismo de origem tectónica que abalou hoje esta comunidade perto de S. Miguel, com hipocentro registado no mar, as consequências ainda se agravaram com surgimento de um tsunami que submergiu parte da costa. O local onde se deu origem este tsunami, cerca de 10 Km o que condicionou a sua menor intensidade junta da costa e minimizando os danos e vítimas registadas. A intensidade depende da energia libertada pelo sismo e pela distância ao epicentro e os seus valores permitem elaborar mapas ou cartas de isossistas. Existem fatores que influenciam a propagação dos sismos, como as características das rochas que as ondas atravessam e a qualidade de construções que se registam no seu caminho. Para salvaguardar a população de fenómenos naturais como este, a proteção civil divulga e sensibiliza para vários procedimentos a ter na proteção de vidas, antes, durante, e após um sismo.

Sofia Galhano Francisca Mota Laura Varela Ricardo Carvalho 7.ºA

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A magia da música Não há som sem vibração É a vida como um presente A música é a magia de um povo Que vive no seu pequeno ovo E é a casa de toda a gente

Seja um tambor ou um violino Um piano ou uma flauta Não importa o timbre traçado Se o corpo é movimentado Com o talento do músico afamado

E a voz, como se aplica? Não é uma lição de estudo alheio É um brilho que vive na alma E que bem cedo se acalma Ao cantar de peito cheio A música é uma oferta E combina com qualquer cor E até o sino ligeiro No compasso binário, bem sorrateiro, Desperta a cidade, seja quem for!

O som também alimenta A barriga do Homem que canta a ementa E é por isso que a vida é mais leve Se deixares que a música te eleve Às nuvens, onde te assenta. Sofia Silva 13.01.2021 Trabalhos realizados pelos alunos das turmas da Professora Angélica Silva 18


MULHERES FAMOSAS D. MARIA II

FRIDA KAHLO

D. Maria II (nome completo:Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga) nasceu dia 4 de abril de 1819 no Paço de São Cristóvão, cidade do Rio de Janeiro, Reino do Brasil, sob o título de Princesa da Beira e posteriormente Princesa Imperial do Brasil. Era a filha mais velha do então imperador Pedro I do Brasil e da sua primeira esposa, a arquiduquesa Maria Leopoldina da Áustria. D. Maria da Glória foi a única monarca da Europa a nascer fora de terras europeias. D. Maria II conhecida como a Educadora ou a

Trabalho realizado por Teresa Oliveira, 5.ºA

Boa Mãe começou a Reinar como Rainha de Portugal e Algarves em 2 de maio de 1826 e acabou de reinar em 11 de julho de 1828 e o seu segundo reinado começou em 28 de maio de 1834 até à sua morte em 15 de novembro de 1853 quando só tinha 34 anos. O seu pai chamava-se Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim e era Pedro I do Brasil e Pedro IV de Portugal. A mãe

Trabalho realizado por: Victória Khalusyak, 5.ºA

chamava-se Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo -Lorena, era Imperatriz Consorte do Brasil e a Rainha de Portugal e Algarves. Assinatura de D. Maria

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Dia Internacional da Mulher A 8 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher, mas muitos ainda se perguntam: porque é que ainda se celebra este dia? «O Dia Internacional da Mulher celebra as conquistas das mulheres provenientes dos mais diversos contextos étnicos, culturais, socioeconómicos e políticos. Para o secretário-geral, “é hora de construir um futuro igualitário” e “este é um trabalho de todos e para benefício de todos”; mais de 70% dos trabalhadores do setor de saúde são mulheres.

Nascido no virar do século XIX, este dia começou por estar interligado com os movimentos trabalhistas da Europa e da América do Norte. O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos, a 28 de fevereiro de 1909, em honra da greve dos trabalhadores têxteis nova-iorquinos, em 1908. Posteriormente, o movimento das mulheres rapidamente assumiu uma postura global, sendo atualmente celebrado em quase todo o mundo. Mas porquê dia 8 de março? Os movimentos das mulheres tiveram um papel importante na revolução russa, em 1917. Antes da revolução, a Rússia não tinha adotado o calendário gregoriano, introduzido pelo Papa Gregório XIII (em 1582, e que, hoje em dia, é utilizado por todo o mundo) para colmatar os erros do calendário que vigorava até então, o calendário Juliano. Este último, instituído pelo imperador romano Júlio César, tinha sido posto em prática 46 anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Como tal, em 1917, o 23 de fevereiro russo correspondia ao dia 8 de março no resto da Europa. O trabalho da ONU Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu oficialmente este dia, durante o Ano Internacional da Mulher. Dois anos mais tarde, em 1977, a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução que proclamava o Dia das Nações Unidas pelos Direitos das Mulheres e da Paz Internacional. […] Porque é que ainda se comemora este dia? Apesar de todos os avanços relativos aos direitos das mulheres, nenhum país atingiu a igualdade plena entre homens e mulheres. A mudança efetiva tem-se mostrado difícil e lenta para a maior parte das mulheres e raparigas do mundo. Muitos têm sido os obstáculos que permanecem inalterados na lei e na cultura de muitos países. As mulheres continuam a ser desvalorizadas, algo que se traduz, entre outras coisas, nos seus salários: de acordo com a ONU Mulheres, atualmente, as mulheres continuam a ganhar menos 23% que os homens. Mais graves ainda são os números relativos à violência sexual contra as mulheres: 1 em cada 3 mulheres já sofreu algum tipo de violência física ou sexual; e mais de 200 milhões de mulheres e raparigas foram vítimas da mutilação genital.»

Texto adaptado de

ONU - Centro Regional de Informação para a Europa Ocidental

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