33 Edição de março de 2022
Escola Básica Santa Clara Agrupamento de Escolas Severim de Faria, Évora
CONCENTRAÇÃO PELA PAZ Evento une alunos, professores e auxiliares de ação educativa, num apelo simbólico ao fim da guerra na Ucrânia, na Escola Básica de Santa Clara.
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência assinalado nas Escolas de Horta das Figueiras e Bairro de Almeirim.
CINANIMA na ESCOLA
E depois das curtas?
EDITORIAL
Num momento em que o mundo sai penosamente de uma pandemia, a guerra, brutal, sobrevém e nem sempre é fácil manter a esperança. Mas manter a esperança é, mais que nunca, fundamental. E procurar o que nos une, como humanidade, não o que nos separa. E o que nos une agora é certamente o desejo, a urgência de paz. Vivemos dias enormemente desafiantes e controversos. Em que é mais fácil odiar do que unir. Escolher um lado e odiar o outro. Mas numa guerra todos perdem e todos sofrem. Todos. “O ódio é um fardo demasiado pesado para caminhar”, dizia Martin Luther King. Escolher o amor, a esperança, a solidariedade é o que pode unir. Como comunidade, a Escola Básica Santa Clara quis destacar o sentido fundamental de humanidade, de união, numa recusa da guerra e fê-lo no “Minuto pela Paz”. Juntámo-nos todos no pátio, alunos de 2º e 3º ciclos, professores e assistentes operacionais, num ato simbólico que possibilitou depois conversar sobre o assunto, expor medos, preocupações, pistas de esperança. Foi um ato bastante simples, mas dificilmente esqueceremos a gigante bandeira branca ondulada erguida com convicção pelo Ian, que levou a uma espontânea salva de palmas! Tudo o que afeta um, afeta todos. Também o su-
cesso de um é o sucesso de todos. Nesta edição do Bocas mostramos belos trabalhos e projetos de alunos de 1º, 2º e 3º ciclos. Não vale a pena procurar longe. Quando queremos, nós somos a própria essência da esperança.
Ana Cristina Tavares
Coordenação: Olga Rocha Editorial : Ana Cristina Tavares Participaram na edição deste jornal Professores: Ana Duarte, Ana Vieira, Cidália Vinagre, Clarisse Alas, Cristina Caixeiro, Dália Conceição, Maria João Garcia, Olga Rocha, Sandra Silva
Alunos: Sarah Rodrigues, Mariana Baião, António Pereira, Afonso Elisiário, Sofia Alexandra, Júlia Flamino, Simão ladeiras, Beatriz Pereira, Dinis Catarino, Luísa Vaz, Ariana Vitorino, os alunos das turmas de 8.ºA e de 9.ºB
2
Momentos que marcaram o dia,
Poema lido pelo aluno Tomás Bagage
em que todos os que estudam e trabalham na Escola se juntaram para manifestarem o
desejo
coletivo do regresso à PAZ na Ucrânia e em todos os lugares do mundo onde os conflitos armados se instalaram.
PAZ
Gostaria eu de ter palavras Que silenciassem as armas, de dor e de morte, Ou saber onde as encontrar… Mas não, talvez que nem existam tais palavras… Comprá-las-ia pelo que quer que fosse, se pudesse… Mas não, são as armas que abafam as palavras...
Não sei, tenho medo, talvez um dia
As armas calem todas as armas, de dor, e de morte, E da noite brote pura a palavra paz.
José Rodrigues Dias, Emanações do Silêncio
Quando uma imagem vale por si.
ILUSTRAÇÃO FEITA por SARAH RODRIGUES e MARIANA BAIÃO
3
UM MINUTO PELA PAZ NO MUNDO Quero, em primeiro lugar, começar por agradecer a todos os que tornaram possível este momento – os que o pensaram, os que organizaram e, sobretudo, aos que estão aqui presentes – UM MINUTO PELA PAZ NO MUNDO. Há 12 dias, no dia 24 de fevereiro, num país distante, o sol não brilhou, os pássaros não puderam voar e as kalinas azuis e amarelas murcharam porque o mundo inteiro perdeu a paz.
dos juntos estamos, aqui e agora, a lutar pela PAZ.
Queremos sorrisos a bailar nos olhos de todas as crianças, sorrisos carregados de ESPERANÇA e de AMOR. UM MINUTO DE SILÊNCIO PELA PAZ NO MUNDO, é o nosso contributo simbólico para fazer voltar os sorrisos aos rostos das crianças – o futuro do mundo, o rosto de amanhã. Discurso proferido pela Coordenadora de Estabelecimento, Dr.ª Cristina Caixeiro
E as crianças, para além dos sorrisos, perderam, aos poucos, os pais e a sua pátria numa guerra que parece não ter fim. Na verdade, enquanto pessoas, cada um de nós pode fazer pouco mas todos juntos podemos mudar o mundo. Por isso, o momento que se segue pretende criar uma corrente de energia a favor da PAZ. É um gesto pequeno, todavia, grande no simbolismo. To4
Notícias breves
Caro Jornal Bocas, Estamos a escrever-te para te falar sobre o Bebedouro Inteligente que foi instalado na Escola Secundária Severim de Faria, feito por Gladson Brabec e Fernando Moital durante o final do ano de 2021. Este Bebedouro é muito inteligente porque conta a água que bebemos, o dinheiro que gastamos, as garrafas que poupamos e a água que desperdiçamos. Este dispositivo será útil, porque as crianças não têm bebedouros na escola ou quando há não funcionam e como não têm bebedouro levam refrigerantes. Muitos agradecimentos da Mariana Baião e Sarah Rodrigues do 6º A.
VISITA DE ESTUDO AO CENTRO INTERPRETATIVO DOS ALMENDRES E CROMELEQUES A Escola de Santa Clara proporcionou três dias inesquecíveis aos alunos dos 5° anos. Depois de dois anos de pandemia, estes tiveram oportunidade de usufruírem de uma experiência educativa, enriquecedora e estimulante ao participarem numa visita de estudo ao Centro Interpretativo dos Almendres e Cromeleque. Daqui saíram experiências enriquecedoras e estimulantes, possíveis através do contacto direto com a paisagem, os arqueólogos, os materiais, as estruturas e as tecnologias da pré -história . Esta visita proporcionou o desenvolvimento de competências potenciadoras de autonomia, informação e comunicação, raciocínio e resolução de problemas, pensamento crítico e criativo, relacionamento interpessoal, valorização ambiental, sensibilidade técnica
e artística, saber científico e tecnológico e de consciência e domínio do corpo.
5
Notícias das escolas do 1.º ciclo PROMOVER A INCLUSÃO Na Escola Básica do Bairro de Almeirim, está a decorrer um projeto de inclusão que visa sensibilizar para a deficiência. Com este projeto pretende-se contribuir para uma melhor integração de uma jovem portadora de deficiência auditiva , junto da comunidade educativa, que iniciou funções enquanto ajudante de cozinha em regime de voluntariado. Para esse efeito, criaramse cartazes com imagens da Língua Gestual Portuguesa e a sua correspondência na língua portuguesa. As expressões e as áreas vocabulares patentes nos cartazes são as que mais fazem falta para os contextos de comunicação em causa: saudação, alimentos, refeições, etc. Mais comunicação, logo mais integração!
DIFERENTE E ÚNICO No dia 3 de dezembro, assinalou-se o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência na Escola Básica da Horta das Figueiras com uma atividade dinamizada pela docente de Educação Especial. Esta docente deslocou-se às salas para ler e explorar o livro “O menino que tinha dois olhos” de Garcia Sanchez, a partir do qual os alunos realizaram trabalhos de ilustração e escrita sobre o que os torna diferentes e únicos.
6
Na Escola Básica de S. Manços Promover a leitura Na Escola Básica de São Manços promove-se a leitura de diferentes formas: meio a brincar e muito a sério, quando se trata de interpretar o que se lê. A propósito do livro de Mia Couto, O gato e o escuro, os alunos realizaram um trabalho em 3 dimensões que integra várias competências: a expressão plástica e a compreensão de leitura.
Os adereços usados no Desfile de Carnaval estão expostos na escola e versam o tema da proteção ambiental.
7
Concursos de Leitura
Estes alunos foram igualmente apurados na fase municipal e prestarão provas na fase Intermunicipal, na Biblioteca Municipal de Montemor-o-Novo, no dia 22 de abril.
CONCURSO – LEITURAS NA PLANÍCIE - 2021-2022 2ª eliminatória Alunos apurados Tiago Tronco
5.ºA
Lara Gervásio
6.ºB
Álvaro Junqueira
7.ºA
Margarida Valadas 8.ºA Tomás Bagage
9.ºB 8
O que ando a ler Projeto Individual de Leitura /10 minutos a Ler
Por Beatriz Pereira, 9.º B
Este livro foi escrito por Jenna Evans Welch, uma senhora americana de 35 anos. Esta escritora publicou até hoje quatro livros, todos da mesma coleção “Love and collection”. Todos eles estão classificados no Bestseller do New York Times na categoria de romance e foram traduzidos em várias línguas que são hoje vendidos em várias partes do mundo. A personagem principal do livro que apresento é Lina, uma menina de 16 anos, e as personagens segundarias são a mãe de Lina, Howard um grande amigo da mãe, e Ren que vai ser o primeiro amigo que Lina vai fazer após ter chegado a Florença. Amor e Gelato conta a história de Lina, uma rapariga super feliz com a vida que compartilha ao lado da sua mãe, mas toda essa felicidade começa a diminuir quando descobre que a mãe tem uma doença terminal, cancro. Como último desejo ela pede a Lina que vá viver com Howard em Florença, Itália, uma pessoa de quem Lina nunca tinha ouvido falar antes e que deduz que seja o pai que nunca esteve presente na sua vida. Após a morte da mãe, Lina vai então para Itália e quando chega lá depara-se com a casa que fica situada num cemitério. Ela ficou obviamente assustada e nada entusiasmada. Começou a elaborar todo um plano na sua cabeça para conseguir sair de lá o mais rapidamente possível. No entanto, já que tinha sido a mãe a dizer para ela ir, Lina tenta iniciar uma convivência com Howard ainda que de forma muito fechada da parte dela, até que Sónia, uma amiga da mãe que trabalhava no cemitério, lhe entrega um diário que a mãe tinha enviado para lá antes de falecer. Este diário fala-nos do tempo em que a mãe de Lina estava a estudar em Itália que foi quando viveu toda a sua história de amor com Howard, e Lina sem se aperceber acaba também por viver a dela com Ren que foi a primeira pessoa da idade dela com
quem teve contacto em Itália. Pode dizer-se que foi “amor à primeira vista”. Ele mostrou-lhe a cidade e apresentou-lhe o seu grupo de amigos. Mas nem tudo foi assim tao simples, pois quando Lina estava mais ou menos a meio da leitura do diário, apercebe -se que afinal Howard, com quem ela já tinha criado alguns afetos e cumplicidade, não era o seu pai. Ela ficou triste mas ao mesmo tempo curiosa, por isso com a ajuda do diário e de Ren conseguiu falar com a melhor amiga da mãe daquela época. Graças a essa senhora, Lina chega ao pai biológico, descobre que ele fora professor da mãe e descobre também que Lina não era de todo desejada. Quando se aproximou dele, tratou-a muito mal e disse que a mãe dela como muitas outras alunas eram obcecadas por ele. Lina ficou obviamente muito triste, mas acabou por superar, e quando chega ao final da leitura do diário descobre que afinal o diário não tinha sido enviado para ela, mas sim para Howard, para ele perceber que apesar da mãe ter tido um caso com o tal professor, ele era a pessoa que ela realmente amava e a única pessoa em quem confiava para deixar Lina. Esta história acaba com Lina e Ren finalmente juntos e Lina fica a viver definitivamente em Florença com Howard. Este foi o meu primeiro contacto com a autora e gostei muito da sua escrita que é fluída e leve. O livro tem a capacidade de nos fazer querer arrumar as malas e ir diretamente para Florença para visitar todos os monumentos descritos neste livro. Eu gostei sinceramente de ler o livro e recomendo, pois fala sobre amor, descobertas, maneiras de lidar com segredos e perdas, fala sobre perdão, juventude, e sobre como a vida de um momento para o outro pode ser surpreendentemente boa.
9
OPINIÃO
O Turismo em Portugal Por Dinis Catarino, 9.◦C
O turismo é uma das atividades económicas mais importantes e com maior potencial no nosso país. Na minha opinião, Portugal deveria investir mais neste setor. Como exemplo desse investimento, Portugal devia implementar várias melhorias em museus, monumentos e noutras infraestruturas culturais, aumentando assim a diversidade de lugares para os turistas e locais visitarem. Em primeiro lugar, acredito que o turismo tem contribuído muito para a economia do país. No entanto, nalgumas cidades os senhorios despejaram os inquilinos para construir hotéis, afetando assim a população com baixas rendas dificultando a permanência de antigos moradores dos locais mais emblemáticos e pitorescos. Em segundo lugar, um maior número de turistas contribuirá, certamente, para criar mais emprego no país, e com isso as pessoas viverão melhor. No entanto este aumento pode provocar maiores níveis de poluição afetando assim a vida dos residentes. Por último, concluo que para beneficiarmos de todo o potencial desta atividade é fundamental que o Governo planeie e implemente medidas apropriadas, para assim conduzir a uma melhoria do turismo em Portugal.
A morte do livro ou apenas outra opção de leitura? Por Júlia Flamino e João Neves, 9.◦B
Atualmente a “morte” do livro em papel é um assunto imensamente discutido, na medida em que a ciência foise desenvolvendo. Apareceram novos dispositivos que nos permitem ler, ouvir, pesquisar, explorar…
Mas porque quereria alguém ter um livro digital, sendo que pode ter uma relação mais pessoal com o seu livro? Bem, a resposta é simples, com um ebook podemos levar dezenas de livros no comboio e ler o que nos apetecer, podemos levar um livro com imensas páginas numa simples pasta sem pesar nada, não só podemos ter todos os livros disponíveis e sem pagar portes de envio, como também podemos adicionar anotações sem danificar o livro e, além disso, os livros em formato digital são consideravelmente mais baratos. É evidente que o livro tal como o conhecemos é menos prejudicial para a visão, ademais, o livro manual não precisa de ser carregado e não podemos emprestar livros (uma situação habitual entre leitores), a menos que, claro, emprestemos o nosso ebook. Finalizando, assim, a nossa ótica sobre este assunto, há que considerar-se que a leitura é algo fantástico e essencial seja ela onde for, o livro é uma extensão da memória e da imaginação.
10
Plano Nacional de Cinema No dia 28 de janeiro, na biblioteca da Escola de Santa Clara, foram exibidas as três curtas-metragens que integram a Trilogia da Infância da realizadora Regina Pessoa, como tratamento do cinema de animação e a sua abordagem à temática das relações interpessoais: infância, adolescência e exclusão social. Assistiram às sessões as turmas de 9º ano. Esta atividade foi dinamizada pelas professoras Olga Rocha e Dália Conceição.
E depois das curtas? Textos de opinião: «A curta metragem "A Noite" lembra-nos a infância, isto é, quando as crianças têm medo da escuridão e quando imaginam fantasmas ou coisas assustadoras.» Martim Cameirão. «O que mais me emocionou neste pequeno filme foi o vampiro ter dado a sua vida pela criança; neste momento do filme viu-se que o vampiro era boa pessoa e não era como o julgavam.» Martim Cameirão «A curta-metragem da realizadora Regina Pessoa, intitulada "Kali, o pequeno vampirominha", é a última realizada pela autora. Chamou muita a atenção, pois representa um vampiro solitário que guardava os pequenos objetos que as outras crianças deixavam esquecidas perto de uma paragem de comboio. Na curta metragem percebe-se que Kali observava todos os dias as crianças a brincarem, imitando os seus modos de brincar e as atividades, pois ele queria ser igual às crianças e poder ir brincar para junto delas. Uma parte da curtametragem de que eu mais gostei foi Kali a guardar os brinquedos dentro de uma gaveta no seu peito (coração), para poder ir para o seu canto de conforto e usar os brinquedos perdidos deixados pelas outras crianças. Outra das partes de que eu mais gostei foi quando Kali se sacrifica ao ver que um dos meninos estava a correr perigo, deitado na linha de comboio quase a perder a vida. Uma moral de vida que aprendi com essa curta-metragem é que, mesmo sendo diferentes por fora, somos todos iguais por dentro.» Tomás Bagage
Textos publicados na aplicação Microsoft Sway– Diário do 9.ºB
11
Ainda sobre a Trilogia da Infância de Regina Pessoa, mas desta feita em inglês!
The Night
TragicStory with Happy Ending
Kali, The Little Vampire
1- In the short-film The Night what is the main theme? 9º C The main theme is the fear of dark(ness). 2- Describe the two characters.
9º A In my opinion I would say that the little girl is fearful and feels a lack of protection from her mother since she is cold hearted and strict. 9º B The two characters in the film are a child and a mother. The child has got big eyes and is afraid of darkness, while the mother hasn’t got eyes and her face is long and thin. Her mother has a strict and a cold appearance. The daughter doesn’t feel comfortable or a sense of protection towards her mother. There isn’t a close relationship.
3- In the short- film Tragic Story with happy ending, identify the plot. 9º C – There is a girl that lives in a village and her heart beats so strongly that her neighbours feel annoyed. The noise is disturbing neighbourhood and she feels sad with herself. 9º B - In the film Tragic story with happy ending there is a girl who lost her self-esteem because she is different. She has got a heart that beats louder than the others’ and it annoys neighbourhood. But neighbours got used to it and accepted her. She also started to like herself and improved her self-esteem. 4- Explain the end of the film. 9ºA In my opinion, the girl ended up committing suicide and turning into an angel, therefore, the neighbours missed her loud heartbeat. 9º B I think that she felt free and accepted her body and her image and because of that she overcame her problem. This is depicted in the film in an angelic and metaphoric way. 9º C In my opinion, the girl died in the end, but she was happy and in peace. 9ºB I think she must have died, because this world is not for her and she feels free and happy in her new world now. 5- In the short-film Kali, the little vampire, identify the characters special features. 9ºA Kali was a vampire, so he had sharp teeth like all the vampires and he couldn’t stay in the sunlight for too long. Kali likes playing, but he doesn’t like to interact with other people because of his appearance. 9º B Kali is a vampire that was afraid of darkness when he was a child. He is a lonely boy and hasn’t got friends. He likes to watch other boys playing and wishes to fit in, but he is afraid of rejection. 6- What is common in the three films? 9ºA What is common in the three films is the darkness, the indoor space, and the feeling of fear. The three films are about difference and accepting ourselves. 9º C What is common in the three films is the type of animation.
12
CINANIMA na ESCOLA
E depois das curtas? Cerca de 10 curta-metragens vistas por , aproximadamente, 300 alunos. Depois das curtas, seguiram-se reflexões, interpretações dos alunos que tomam formas visual e escrita.
Eis alguns exemplos dos trabalhos realizados pelos alunos, relativos às curtas identificadas.
Raquel Gherman, 9.ºC
Sofia Galhano, 8.ºA
Alexandra Valério, 9.ºC
Quando eu crescer
Alexandra Valério, 9.ºC
Realização: Vanessa Cardui País de produção: Alemanha
13
NEIGHBOURS
Realização: Mateusz Btaszczyk País de produção: Rússia
Leonor Cabral, 9.º A
Sofia Galhano, 8.º A
Joana Santos, 9.º B Tiago Cartaxo, 8.º A
Ariana Vitorino , 8.ºA
14
Crítica
SOZINHOS NO ELEVADOR
Realização: Anastasia Papadopoulou País de produção: Grécia
Por Simão Ladeiras, 9.ºC
Eu achei esta curta-metragem muito interessante, pois mostra os dois lados de uma simples parte do dia a dia. Nesta curta-metragem surgem as diferentes formas de nos expressarmos quando estamos sozinhos e quando estamos acompanhados. Quando sozinhos, sentimo-nos livres e com coragem para expressarmos o que sentimos, porém, quando acompanhados, sentimos vergonha e medo da reação das pessoas. Estas características da nossa personalidade fazem parte do ser humano e ajudam-nos a crescer e a aprender.
Sofia Galhano, 8.ºA
Ian Gomes, 9.ºB
Alexandra Valério, 9.ºC
ARMADILHA PARA TURISTAS
Realização: Vera Van Wolferen País de produção: Holanda
Afonso Ferreira, 9.ºB 15
LÍNGUAS DA FLORA
Realização: Daniela Godel País de produção: França
Crítica Por Júlia Flamino, 9.◦B No âmbito do festival CINANIMA nós, os alunos do 9ºB, tivemos a oportunidade de visualizar pequenas curtas-metragens realizadas com diferentes técnicas de produção. Não querendo desconsiderar as outras obras que também foram deveras atrativas e encantadoras, a que mais me cativou e não só a mim como à maioria da turma foi Línguas da Flora, uma obra cinematográfica francesa, realizada por Daniela Godel. As razões pelas quais me encantei com a curta foram a banda sonora harmoniosa e as cores fascinantes, mas, pessoalmente, senti-me cativada porque convivo com três idiomas em casa. Geralmente falamos português de Portugal mas usamos também o português do Brasil, em situações mais engraçadas e descontraídas. Pelo facto de o meu pai ser fluente em inglês (pois é uma pessoa muito viajada) falo muitas vezes com ele nesse mesmo idioma e, às vezes, dou por mim a falar inglês e a pensar em inglês sozinha. A curta -metragem mostra isso, a relação das pessoas com os diferentes idiomas, como se fôssemos vasos cada vez mais interessados em suportar a vida de mais e mais flores. Quero falar várias línguas, desde italiano a alemão, como o vaso que eu futuramente gostaria de ser, e acho que todos nós queremos sempre aprender mais. Finalmente, fico feliz por termos a oportunidade de adquirir mais ”flores” na escola: espanhol, inglês, francês… e de podermos participar em festivais como o CINANIMA.
João Neves 9.º B
Raquel Gherman, 9.ºC
Joana Santos, 9.º B
Alexandra Valério, 9.º C
Sofia Galhano, 8.ºA 16
Ainda sobre o CINANIMA, mas desta feita em inglês! Línguas da Flora / Flora Linguis The movie I like the most was Flora Linguis because it talks about the relationship with languages and when we are in a foreign country we feel forced to speak its language so that we aren’t different. Beatriz Pereira – 9º B It is amazing how sometimes it is difficult to live in a different country. The film showed that’s more difficult than it seems. I can’t imagine if it happens with me… - Isabel Veiga – 8º C
I like learning new languages. I want to learn Mandarin. – Catarina Ferreira – 8ºC
Strange, confusing but interesting. – Diogo Silva – 8ºC I like the music and the pictures. This is so creative! – Vicente Mateus – 8º C I didn’t like Flora Linguis because they were switching languages really fast, so I didn’t understand the film. – Pedro Salvaque – 9ºA
Vizinhos / Neighbours I prefer the film Neighbours to the other films because it is about friendship and love. – Pedro Salvaque – 9ºA Neighbours reminds me of a friend I had that was my neighbour. We were very different, just like the girls in this animation. Tomás Lima – 9º C That was the best animation that I ever seen. The colours were so beautiful… It shows how they were so different apart but together they were perfect and in harmony. Isabel Veiga – 8º C
Neighbours was funny and pretty chill. – Rodrigo Guegués – 8º B
Quando eu crescer / When I grow up When I grow up was a strange film, but it showed how things are. I really find myself in that film because I’m not sure what I want to be in the future. I just want to be happy and I’m sure I will be. – Isabel Veiga – 8ºC. This film shows the good and bad side of our life or personality. - Margarda Cardodo- 8ºC This film was my favourite because animals appear in it and I like animals very much. – Filipe Curto - 9º C
17
Espetáculo do 8.º A No dia 10 de fevereiro, no auditório da Escola Severim de Faria, decorreu um espetáculo realizado pela turma 8.ºA, coordenado pela Diretora de Turma, Cidália Vinagre, e pelas professoras Olga Rocha e Cláudia Romão. O espetáculo tinha três partes: o concerto, a peça de teatro e duas canções. A peça de teatro começou a ser ensaiada no ano letivo anterior, com a professora Olga como encenadora. Começamos online, mas rapidamente voltamos aos ensaios presenciais. Foi um processo demorado, mas importante para nós. A preparação do teatro incluía também o vestuário, a iluminação, os efeitos sonoros e os painéis que serviam de cenários. Enquanto decorriam as aulas de Educação Visual, elaborámos os cenários feitos em 3 dimensões e painéis desenhados e pintados, e nas aulas de OAP ensaiávamos as canções: Hino Santa Clara e Gota de Água. O concerto instrumental foi executado pelos alunos do Ensino Articulado: Tiago (piano), Francisca (piano), Sofia (guitarra), António (piano), Laura (violino). Todos os alunos participaram no espetáculo: na criação dos cenários, nas várias performances e no apoio de bastidores. Por António Pereira e Afonso Elisário
O que dizem os alunos do 8.ºA sobre esta experiência • • •
O que significou para ti o espetáculo? Que emoções experimentaste antes e depois do espetáculo? Achas que este género de atividade produz benefícios para a tua formação enquanto pessoa e aluno(a)? Quais?
Afonso Elisiário O espetáculo foi uma atividade diferente que valeu a pena fazer. Antes estava nervoso, mas no final foi muito bom. Este género de atividade torna-me mais confiante. Ângelo Silva O espetáculo para mim foi algo de importante para a participação de toda a turma. Melhorou algumas relações na turma e também piorou, mas faz parte do termo “crescer”. Eu senti-me feliz, contente por ver a turma bem e em harmonia por algum tempo. Estas atividades fazem bem aos alunos para não se isolarem tanto. António Pereira O espetáculo foi para mim uma grande surpresa, porque deu uma grande experiência “no palco” que fica para a vida. Foi muito difícil de preparar. Ariana Vitorino Para mim, o espetáculo foi benéfico, principalmente para os alunos que estavam mais nevosos ou que têm dificuldades em socializar. Gostei imenso do teatro! Ayron Oliveira O espetáculo foi uma atividade divertida. Antes eu estava extremamente nervoso e depois fiquei mais calmo. Francisca Mota Eu diverti-me muito no espetáculo. Antes estava nervosa, mas correu bem e gostaria de estar outra vez no palco. Quando estive no palco criei à vontade. 18
Guilherme Gaspar O espetáculo para mim foi divertido e inovador. Eu acho que este tipo de atividade é importante para nós e para os pais. Na minha opinião o espetáculo valeu a pena pelo nosso esforço. Isabel Pimentão O espetáculo para mim foi uma experiência interessante, diferente e divertida. Para mim valeu a pena. Eu, ao princípio, fiquei nervosa pelos outros que estavam a representar, mas depois correu quase tudo bem. Eu acho que fazer este tipo de atividade faz parte do meu tempo enquanto aluna. Kauan Souza O espetáculo para mim foi muito divertido. As minhas emoções foram de vergonha e nervosismo. Estas atividades beneficiam a minha formação.
Laura Varela Para mim este espetáculo foi muito especial, depois de dois anos inativa, voltei ao palco. Foi emocionante demais, apesar de não ter exercido a minha atividade preferida, dançar, de que tenho muitas saudades. Antes do espetáculo estava muito feliz, era da adrenalina, a minha sensação favorita e, no fim, aliviada. Acho que é muito importante, dá uma sensação de liberdade sem limites e aprende-se a ter autocontrole, memória, a liderar e a ter responsabilidade. Leonor Caeiro O espetáculo foi uma boa experiência. Antes do espetáculo estava nervosa, mas depois estava “na boa”. Trouxe como benefícios ter confiança em cima do palco. Luca Santos O espetáculo significou para mim uma atividade diferente. O espetáculo correu bem e durante o mesmo estava nervoso. Este género de atividade ajuda-me a ter confiança em público. Luís Pinto O espetáculo para mim foi divertido. Estava nervoso e ansioso, mas com o sentimento positivo e acho que devemos continuar a fazer atividades, peças de teatro e projetos parecidos. Maia Campos O espetáculo foi um momento de convívio em turma muito bom, um momento de descontração no meio dos testes. Eu gostei muito do processo e do resultado final. Fiquei feliz em fazer atividades com os meus colegas e amigos. Acho também que foi bom para desenvolver a criatividade. Margarida Santos O espetáculo significou para mim alegria e desempenho, por termos conseguido realizar um trabalho de turma, sem deixarmos nada por fazer. Antes do espetáculo estava um pouco nervosa, mas feliz. E no final do espetáculo senti-me realizada por ter concretizado com sucesso o nosso projeto. Acho que deveríamos continuar com estes projetos, para interagir mais com o público e para nos sentirmos mais seguros e confiantes. Margarida Valadas Para mim o espetáculo foi muito importante, pois, além de integrar toda a turma e os pais, há muito tempo que o preparávamos. Todos nos esforçámos muito para o fazer acontecer, mesmo com algumas falhas. Os próprios professores disponibilizaram das suas horas para ajudar. Antes do espetáculo começar, eu estava muito nervosa, já há algum tempo que não atuava. Eu julgava que ia cair no meio do palco e baralhar as falas. Mas quando chegou ao fim, senti-me aliviada, feliz e um pouco triste por ter terminado. Acho que estas atividades são muito importantes para o trabalho em equipa. Maria Latas O espetáculo foi um monte de emoções, gostei muito de participar e de estar com os meus amigos, apesar de todos estarmos nervosos e felizes e com ânimo. Acabou por correr tudo bem, saímos do espetáculo satisfeitos por conseguirmos fazer o teatro. Acho que por mim podíamos fazer mais coisas destas.
19
Pedro Casinha Eu acho que o espetáculo foi um projeto bom para nós, pois pudemos experimentar a trabalhar juntos e a colaborar para o mesmo objetivo. Aprendemos a trabalhar em equipa e poderemos melhorar para as próximas vezes. Pudemos também mostrar o nosso trabalho a outras pessoas e ficámos com alguma experiência para outras futuras atividades, como apresentações orais a Português ou outras peças de teatro em outros novos projetos.
Ricardo Arranca O espetáculo para mim foi divertido. Estar com os colegas foi a parte que mais gostei. Ricardo Carvalho O espetáculo foi uma coisa que a turma fez em grupo, foi muito divertido e engraçado. Proporcionou-nos bons momentos que nos trarão muitas recordações no futuro.
Sofia Galhano O espetáculo foi importante, pois senti emoções que tinha esquecido, como o entusiasmo e à vontade de ir para o palco, ou o medo de estar à frente de tantas pessoas. Mas isso fez-me bem para ultrapassar a timidez. Gostaria muito de voltar a fazer uma experiência destas. Tiago Cartaxo O espetáculo significou que eu consegui superar, mais ou menos, o meu medo do público. Eu senti-me nervoso e ansioso, parecia que me ia dar “uma coisa má”. Acho que não interagi com todos, mas se interagisse ainda estaria mais nervoso. Mas achei que foi benéfico para mim. Vitória Saburlu Para mim o espetáculo foi uma forma de transmitirmos a informação que sabíamos sobre a nossa escola e a forma de nos divertirmos em turma. Senti-me feliz e relaxada. Esta atividade ajudou a ganhar mais contacto social e a perder o medo de falarmos com outras pessoas, com o público. Tatiana Poludnyak Para mim o espetáculo foi a oportunidade de fazermos aquilo que gostamos. Antes do espectáculo, eu estava nervosa, com medo de esquecer alguma fala e ,depois, eu fiquei feliz porque correu tudo bem e todos gostámos. Aprendi a interagir mais com as pessoas. No futuro, quem sabe se poderei ser atriz …
20
Atividades desenvolvidas no âmbito do Programa da RBE
Ler e Escrever + com a Biblioteca e no Plano Turmas de 9.º ano
1. Leitura de algumas obras da coleção “A escolha é tua” de Margarida Fonseca Santos A propósito deste livro, os alunos do 9º B, produziram algumas críticas, que a seguir se apresentam: «Este livro fala sobre temas que são pouco abordados entre adolescentes como, por exemplo, a homossexualidade e a escolha livre do futuro profissional sem pressões familiares ou sociais. » Beatriz Pereira
«Este livro fala sobre temas que ainda são pouco aceites e abordados, pois ensina-nos que a nossa orientação sexual é um assunto que deve ser encarado com normalidade, e todos devemos aceitar as diferenças e respeitar-nos. » Inês Melgão «Esta obra literária deveria ter mais reconhecimento, pois espelha uma grande decisão da nossa adolescência e um grande passo da nossa vida. Nem sempre é fácil opormo-nos aos demais, mas o livro ajuda-nos a não ficarmos calados com medo das opiniões alheias, por esse motivo, foi o livro ideal para abordarmos na disciplina de Cidadania.» Júlia Cardoso «Este livro relata como as pessoas devem ser, e não terem medo de serem julgadas e discriminadas, pois todos têm de ser como são, sem ligar às opiniões dos outros. Às vezes, as pessoas deviam preocupar-se mais com a sua vida em vez de estragarem e humilharem a dos outros.» Martim Cameirão Textos publicados na aplicação Microsoft Sway– Diário do 9.ºB
2. Encontro com Margarida Fonseca Santos O encontro -se realizou-se no dia 16 de fevereiro, por videochamada, na biblioteca da Escola de Santa Clara. As três turmas de 9.º ano conheceram a autora da coleção “A escolha é tua” e tiveram a oportunidade de lhe colocar questões acerca dos livros que leram, designadamente: Ser quem sou, Sem rede e Está nas tuas mãos. Os livros dessa coleção abordam percursos de vida narrados por jovens e as escolhas difíceis que aqueles têm de fazer. Porque crescer é um desfio enorme e nem sempre é fácil tomar as decisões certas. No livro Bicicleta à chuva, um dos primeiros títulos lidos por vários alunos do 9.º B, a autora aborda o tema do bullying no livro "Bicicleta à chuva", dando voz ao agressor e à vitima enquanto narradores. A autora levou os alunos a refletirem sobre este tema, concluindo que o agressor é uma pessoa comum, mas que também pode ser uma vitima.
3. Oficina de Escrita Criativa A oficina de Escrita Criativa foi dinamizada pela autora Elsa Serra e ocorreu no dia 2 de março, por videochamada, na biblioteca da Escola de Santa Clara. A autora convidou os alunos a criarem um texto narrativo ,a partir de um conjunto de palavras pré-determinadas. Na página seguinte, divulgam-se alguns dos textos produzidos durante esta oficina de escrita. 21
OFICINA de ESCRITA CRIATIVA água - ribeira montanha - homem homem - chocolate corajoso - pai tempestade - medo
montanha- árvores homem– personalidade corajoso– medroso tempestade- trovões
Ele, tudo o que eu tenho em mente. Tudo o que escorre na minha cabeça, como a água de uma ribeira, mas para mim não tem um início nem um fim. Um rapaz a tornar-se homem. Homem digno de mim. Corajoso e doce, doce como o chocolate. O mesmo “homem” que me proteja do meu medo, das minhas próprias tempestades, que me acalme dos meus ataques de pânico, de choro, de ansiedade… O mesmo homem que vai estar lá para mim, sempre que for preciso, que escalaria todas as montanhas por mim e que, ao longo do tempo, saberá como me tratar. Este sentimento pode vir de um amigo, de um namorado, mas de uma pessoa que eu sempre quis, vindo do amor de um pai…
Um homem muito medroso, decidiu libertar-se, e ir escalar uma montanha. Esta tinha várias árvores. E de repente começou uma tempestade muito forte, e o seu maior medo eram os trovões. O homem, com uma personalidade difícil e diferente dos outros, decidiu, no momento e pela primeira vez, tentar ser corajoso. Começou a correr e é quando, de repente, ao longe, avista água. Era o mar, e ele associou logo à praia, ou seja, poderia haver pessoas para a o ajudarem a voltar para casa. Ele decidiu ir lá, perdido, encontrou uma amiga e ela levou-o para casa.
Luísa Vaz, 9.ºA
Inês Melgão, 9.ºB
água-mar
montanha-pequena homem-barba corajoso-medo tempestade-nuvens
água-sereia montanha-ar homem-humano corajoso-medroso
tempestade-neve Tanto os homens como as mulheres são corajosos. Pode haver quem seja mais medroso, mas todos somos como uma sereia: podemos nadar pela água com a velocidade do ar e podemos descer as montanhas coma velocidade da neve. É assim o ser humano...
Num dia de grande tempestade, existia um homem de longa barba que morava numa pequena montanha. Desde sempre, o seu grande objetivo era atravessar o mar, mas para isso ele teria de ser corajoso visto que a viagem iria durar muito tempo e estava uma grande tempestade. As nuvens e o céu estavam bastante escuros, ainda assim ele conseguiu controlar o medo, ganhando coragem e com o seu barco foi viajando, até concluir o seu grande objetivo. Martim Cameirão, 9.ºB
Ian Gomes, 9.ºB 22