Tadeu Vilani/brasil
Olhos do Pampa
“Ojos rociados de Pampa” La primera mirada se hace eco en bocas de otoño besos reposan en urnas de cenizas bocas sin salidas acostadas en el suelo húmedo entonces cierro los ojos de rocío la luz se apaga al fin del día con el tiempo secreto pulido como el marfil. Dejo la noche colgada en postes de luz, abrazada en los dientes amarillentos de tanto llorar el pasado día, las flores lanzadas en el balcón peces olvidados en el balcón los balcones sin voces, por tanto el viento llamar. Alguien pasa con los huesos en los bolsillos capazes de gritar la noche se va detrás de las puertas, lo hace en el silencio que invade el cuerpo, si estuviera de ojos abiertos los dientes que comen bajo la luz ámbar marcarían las últimas horas de duelo. Los ojos de la pampa, buscan camino y se abrazan en el polvo Llevo en el ojo izquierdo un bramido de estrellas, y en un parpadeo el hambre se aferró en la voz llena de polvo. Tengo los ojos de la pampa esos ojos que se pegan en el campo atados a bridas y congelados por el viento Minuano.
Tengo y confieso me ha bañado allí en el arroyo, pero el ayer sigue sin desvanecimiento como si fuera un parásito No sé cuántas almas se agarran por mi garganta y destellan cansadas con los últimos restos de hambre, Un perro está con los ojos fijos en la puerta desmenuzado por un alambre de memoria por las sombras se van pedazos de mí. La Pampa tiene ojos, tiene alma en su manera de vivir ha nascido para eso y se levanta un niño Y se vá agarrado en las patas del tiempo blanqueando arrieros Yo ya estaba embriagado Esperando el tiempo usar mis ropas llevar mis ojos por las ventanas sin sombrero y pañuelo para el cuello la lluvia que agarra mis huesos. Déjame sólo un silencio corre por el campo hacia donde se van los ojos del gaucho, creo que partieron hacia el Caverá*. Obs: Caverá es el nombre de la sierra ubicada entre las ciudades de Rosário do Sul, Livramento, Alegrete e Quaraí. Poesia: Tadeu Vilani. Tradução: Vivian Augustin Eichler
Comecei a realizar o documentário fotográfico “Olhos do Pampa”, em 2011, realizando pesquisas sobre a forma como vivem, trabalham, procurando enfatizar o trabalho braçal e tradicional, do homem do campo. O Pampa é um bioma único no planeta e esta localizado no sul da América do Sul, abrangendo boa parte do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, todo o Uruguay e algumas províncias na Argentina, O termo pampa tem origem na língua quíchua e significa planície, sendo coberto por uma grande diversidade de gramíneas. Estas características são fundamentais para o criação de gado, ovelha, cavalos, é neste contexto que se encontra o homem e o trabalho, assim é o Pampa, aquela imensidão de espaço e sentimentos, existem diferenças entre os gaúchos em cada país, que habitam a mesma vastidão, as variedades se encontram nos detalhes da lida campeira, nas pilchas, no mate, na música, mas essas mesmas diferenças que estão nas particularidades, são as mesmas que os tornam tão próximos, remetendo a mesma Pátria Gaúcha. Desta forma, após percorrer por quatro anos o pampa gaúcho riograndense, lancei o primeiro livro que se chama OLHOS do PAMPA, em 2015, o prosseguimento deste trabalho esta sendo realizado com a documentação no Uruguay e a Argentina, sendo que até o final de 2021, esta previsto o segundo livro com esta temática.
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Tadeu Vilani, 55 anos, natural da cidade de Santo Ângelo, interior do estado do Rio Grande do Sul, trabalhou no jornal Zero Hora de Porto Alegre, Brasil, por 25 anos, até abril de 2020. Suas principais influências são provenientes do neo realismo italino, principalmente dos diretores Vittorio de Sica, Luchino Visconti, entre outros. Desenvolve trabalhos documentais principalmente na região sul da América do Sul, documentando a formação étnica e transformações sociais. Participa da 15ª edição da Coleção Pirelli/Masp, de fotografia, de 2006, em São Paulo, uma das principais coleção de fotografia do Brasil que pertence ao Museu de Arte de São Paulo ( MASP). Ganhador do principal prêmio de fotografia do Brasil, o prêmio da Conrado Wessel, organizado pela Fundação Conrado Wessel, de São Paulo, em 2010, e finalista do mesmo prêmio nas edições 2009 e 2011. Finalista por duas vezes do prêmio Esso, em 2006 e 2009, o principal prêmio de jornalismo de do Brasil. Ganhou o prêmio Leica - Fotografe Melhor-Brasil, na categoria Preto e Branco, nos anos de 2010,2011 e 2012. 2016/2017 e 2018 Primeiro lugar Concurso LatinoAmericano de Fotografia Documental “Os Trabalhos e os Dias¨ em Medellín/Colômbia, organizado pela “La Escuela Nacional Sindical-Colombia”.
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