Boletim da Biblioteca N.º2

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oletim da iblioteca

maio de 2014

Boletim da Biblioteca Geral da Universidade de Évora

era digital BIBLIOTECA GERAL

ARQUIVO HISTÓRICO

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO



ÍNDICE Nota Editorial

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A Biblioteca do Conhecimento on-line (b-on)

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O Período Inicial da Informatização da BGUE

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WEB 2.0

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Arrumação dos Espaços

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Leitura e Atendimento

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Aquisição e Gestão de Colecções

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Circuito Documental

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Arquivo Histórico

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Fotogaleria

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Centro de Documentação Europeia

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Reuniões, Encontros, Formações e Visitas

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Memória Institucional

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O Livro da minha Vida

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Códigos QR

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Dinamização Cultural

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Nova Página BGUE

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Ficha Técnica

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WOK* ON Um admirável mundo novo Sara Marques Pereira Directora da Biblioteca Geral e Arquivo Histórico

O

que foi, o que é e o que poderá ser a utilização dos recentes recursos digitais nas bibliotecas e nos arquivos constitui, assim, um desafio para o qual todos teremos de nos preparar, já em nome da referida Sociedade do Conhecimento, mas ainda e sempre em nome dos autores, das bibliotecas e dos seus leitores, sem os quais o conhecimento seria pouco mais que uma quimera.

O que fazemos, como fazemos e como podemos fazer melhor. Também neste novo número do Boletim da Biblioteca procuramos dar um retrato das actividades realizadas pela Biblioteca Geral e pelo Arquivo Histórico da Universidade, aumentando a visibilidade de um trabalho que pelas suas características é parcialmente invisível. Mas homenageamos o livro e os seus leitores, como não podia deixar de ser. Numa vertente mais pessoal com o texto de Manuel Mota, na rubrica O Meu Livro, ou mais institucional, descrevendo o crescimento da utilização dos recursos digitais nas bibliotecas académicas, suas virtudes e desafios, como no texto de Maria Teresa Costa, onde se descreve o aparecimento e evolução da própria b-on. A Biblioteca Geral da Universidade de Évora é já hoje uma biblioteca híbrida, com os fundos de livros físicos a que se vieram juntar os vários recursos digitais, bases de dados actualmente fundamentais para o trabalho de investigação, como os associados à Porbase, b-on ou ao Jstor. Além destes, e na mesma altura em que se comemoram os dez anos da criação da b-on (2004), a Universidade de Évora, através dos serviços da Biblioteca Geral e da Divisão de Projectos e Informação, deu também início aos trabalhos de integração das teses de mestrado e doutoramento no Repositório Digital de Publicações Científicas da Universidade de Évora (RDPC-UE) que se encontra integrado no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) .

pela associação entre as várias instituições universitárias, como forma de superar os enormes custos associados à subscrição de alguns destes recursos, como nos refere o texto de Maria Teresa Costa. Todavia, o acesso a este manancial de informação tem vindo a colocar à Academia várias questões complexas, tais como o novo paradigma de investigação e ensino a que esta nova realidade está a obrigar, ou a protecção da propriedade intelectual, temas que, naturalmente, não cabe aqui desenvolver. No entanto, talvez valha a pena referir que o número de utilizadores destas bases de dados na nossa instituição é ainda relativamente reduzido, comparativamente a outras instituições congéneres, isto apesar de um crescimento de 30% decorrido entre 2011 a 2013 (b-on - Relatórios Estatísticos, anos 2011, 2012 e 2013) e, mau grado o esforço e pedagogia de muitos docentes e o apoio dos serviços aos novos utilizadores. Também e ainda os recursos digitais têm servido para o trabalho realizado no Arquivo Histórico como forma a preservar e divulgar documentação essencial, veja-se como exemplo o espólio fotográfico de Túlio Espanca, a ser disponibilizado em breve na nova página da Biblioteca Geral. Idêntico trabalho esperamos poder desenvolver no Arquivo da Escola de Regentes Agrícolas, cuja memória institucional urge preservar e divulgar.

Os desafios de uma verdadeira Sociedade do Conhecimento (WOK) terão de continuar a passar (*acrónimo de World Of Knowledge)

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A EXPERIÊNCIA PORTUGUESA NO ACESSO A CONTEÚDOS ACADÉMICOS E CIENTÍFICOS ELETRÓNICOS:

A BIBLIOTECA DO CONHECIMENTO ONLINE (b-on)

Maria Teresa Costa FCT/FCCN

V

ivemos num contexto de mudança da sociedade industrial para a sociedade da informação e do conhecimento, baseada no desen-

volvimento tecnológico. Estas mudanças trouxeram alterações significativas ao contexto das instituições de ensino superior portuguesas em geral, e das bibliotecas académicas, em particular. As instituições de ensino superior desempenham um papel fundamental ao nível do desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento a três níveis: investigação, educação e formação, e dentro destas as bibliotecas detêm papel de destaque como fonte de informação e de acesso à informação e ao conhecimento. As bibliotecas académicas, ao apoiarem as atividades de ensino, pesquisa e extensão das instituições de ensino superior, detêm um papel preponderante no acesso e produção do conhecimento. Com a introdução e desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) as bibliotecas académicas tiveram necessidade de se renovar e passaram a disponibilizar novos serviços online e acesso a um sem número de recursos em formato eletrónico.

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Consórcios de Bibliotecas A cooperação entre bibliotecas é atualmente uma prática comum. Porém, a expansão mundial dos consórcios que hoje conhecemos acentuou-se sobretudo a partir das décadas de 60 e de 70 do século XX nas quais ocorreu um grande desenvolvimento de consórcios nos Estados Unidos tendo sido também neste período que o termo “consórcio” se estabeleceu na literatura profissional. A partir de 1980, com a expansão das novas tecnologias da informação e das publicações eletrónicas, os consórcios já estabelecidos passaram também a oferecer acesso aos recursos eletrónicos. Com o surgimento, difusão e comercialização destes recursos a tendência para a cooperação entre bibliotecas foi reforçada. As bibliotecas começaram a associar-se em consórcios de modo a conseguirem obter melhores condições nas negociações dos contratos, acesso a um maior número de títulos permitindo que instituições mais pequenas pudessem beneficiar do acesso a conteúdos (quer ao nível da qualidade quer da quantidade) que de outra forma dificilmente conseguiriam, financiamento para a transição do eletrónico e apoio mútuo a nível do suporte técnico. Os benefícios não são novos, mas o objetivo da cooperação é. O fenómeno foi desenvolvido especialmente entre bibliotecas académicas porque foi nestas que a incorporação dos recursos eletrónicos se iniciou e adquiriu maior relevância. Em Portugal o surgimento do consórcio b-on em 2004 é recente quando comparado com outros países, no entanto, os resultados são muito animadores quer ao nível das instituições membro, dos conteúdos disponibilizados e do crescente número de downloads.

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A cooperação bibliotecária em Portugal Em Portugal o processo de adesão às novas tecnologias foi mais lento que em outros países da Europa. Só em 1986 é que teve inicio a automatização da Biblioteca Nacional, tendo sido esta, então, designada coordenadora da Base Nacional de Dados Bibliográficos – PORBASE. A PORBASE veio alterar de forma radical a cooperação entre as bibliotecas nacionais, pois reuniu bibliotecas universitárias, bibliotecas da administração pública, bibliotecas municipais, bibliotecas especializadas, … As bibliotecas cooperantes beneficiaram do acesso a equipamentos que lhes permitiu não só automatizar rotinas, mas também otimizar e melhorar os serviços até então prestados. No entanto, só em finais dos anos 90 é que se verifica a integração da Internet e de recursos eletrónicos nas bibliotecas académicas nacionais. Multiplicam-se as coleções e subscrições de bases de dados em CD-ROM e acessíveis remotamente através da Internet. São criadas páginas online de acesso aos seus conteúdos permitindo o acesso local ou remoto aos mesmos. O surgimento destas tecnologias e a vulgariza-


ção da Internet contribuiu igualmente para que os profissionais destas bibliotecas perceberam a necessidade de trabalharem em cooperação, de uma forma estruturada através da criação de uma infraestrutura nacional que permitisse a cooperação e a partilha de recursos. Em 1992, nas 8as Jornadas das Bibliotecas Universitárias, realizadas em Lisboa, foi apresentado um documento elaborado pelo Grupo de Trabalho das Bibliotecas Universitárias da BAD, denominado “Bibliotecas Universitárias: alicerces para uma estrutura de cooperação”. Este documento foi posteriormente enviado ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e fazia sentir a necessidade de uma maior intervenção das bibliotecas universitárias no seio da comunidade que servem e fazia propostas concretas para solucionar os problemas. Em 1996, os Serviços de Documentação da Universidade de Aveiro apresentaram ao Reitor da universidade, um outro documento intitulado “Fundamentos para uma Rede de Bibliotecas Universitárias”, e que alertava para a necessidade da constituição de uma rede para as bibliotecas académicas. Também este documento foi remetido para o CRUP, tendo sido alvo de um parecer por parte do mesmo, levando à sua divulgação junto de todas as universidades. Em Maio de 1999 houve uma reunião do CRUP, que contou com a presença do Ministro da Ciência e Tecnologia, e na qual foi admitida a hipótese de financiamento da RUBI por parte daquele Ministério, que não chegou, contudo, a ser atribuído. No entanto, e ainda em 1999, no âmbito do Programa Operacional Ciência, Tecnologia, Inovação do Quadro Comunitário de Apoio III (2000-2006), é prevista a constituição de uma “Biblioteca Nacional de C&T em Rede”. Neste contexto, em 2000, o então Observatório para a Ciência e Tecnologia (OCT) procedeu a um levantamento exaustivo das assinaturas de revistas científicas por todas as instituições de investigação e do ensino superior do país, com o objetivo de identificar as editoras

prioritárias e preparar as negociações com estas editoras para assegurar o acesso livre ao texto integral de artigos científicos por investigadores, professores e estudantes de todas as instituições científicas e do ensino superior portuguesas. Na altura, foi decidido iniciar a disponibilização da Web of Knowledge – WoK, do Institute of Scientific Information/Thomson, dada a importância deste instrumento de referências bibliográficas e de citações à literatura científica para as actividades científicas correntes. A disponibilização em 2001 do acesso à Web of Knowledge, através da Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS) e com apoio financeiro do Programa Operacional Sociedade da Informação (POSI), permitiu à comunidade académica e científica de todo o país aceder desde esse ano às bases de dados do Science Citation Index, do Arts and Humanities Citation Index, dos Current Contents e Contents Connect, dos Journal Citation Reports, dos ISI Proceedings, dos ISI Chemistry, incluindo os respetivos registos históricos desde 1945. Ainda em 2001 foram iniciadas negociações com editoras internacionais de periódicos científicos, com o objetivo de preparar a assinatura de contratos que permitissem o acesso, a nível nacional e através da Internet, a conteúdos de algumas das principais editoras de periódicos científicos internacionais de modo a oferecer um conjunto alargado de artigos online, em texto integral, em condições financeiras adequadas, nomeadamente tendo em conta os custos de todas as assinaturas que vinham sendo asseguradas pelas instituições científicas e do ensino superior do país. A extinta Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) enquanto organismo com responsabilidades de coordenação das políticas governamentais para a Sociedade da Informação e para a Inovação, assumiu como um dos seus objetivos a constituição de um Consórcio Nacional para a gestão da Biblioteca do Conhecimento Online (b-on). Neste sentido, e em articulação com o então Ministério da Ciência e Ensino Superior (MCES), foi desencadeado um conjunto de ações no início de 2003, que conduziram à implementação do projeto b-on, lançado em Abril de 2004 com 3.500 títulos de seis editores.

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Biblioteca do Conhecimento Online A Biblioteca do Conhecimento Online, vulgo b-on (www.b-on.pt) é, pois, uma iniciativa da UMIC sendo a respetiva infraestrutura técnica, o apoio aos utilizadores, designadamente na área da formação, e a relação com os editores e restantes fornecedores de conteúdos assegurada pela FCCN - Computação Científica Nacional. A b-on tem como missão garantir o acesso a um vasto número de publicações e serviços eletrónicos à comunidade de ensino e investigação nacional, constituindo-se como um pilar estratégico na construção da Sociedade do Conhecimento e funcionando nessa medida como instrumento fundamental de acesso ao conhecimento para a referida comunidade. A b-on disponibiliza apenas o acesso a conteúdos em formato eletrónico e com o seu surgimento passou a ser possível a toda a comunidade científica e académica nacional – professores, investigadores e estudantes – um acesso facilitado aos artigos em texto integral de um conjunto relevante

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de periódicos científicos publicados online por algumas das mais reputadas editoras e titulares de bases de dados científicas internacionais, explorando-se economias de escala possibilitadas pela compra centralizada de conteúdos. INSTITUIÇÕES B-ON

Tendo sido inicialmente uma iniciativa orientada para a comunidade e instituições académicas, a b-on, no seu segundo ano de existência e após o interesse demonstrado pela comunidade hospitalar, segmentou os seus conteúdos de modo a que também esta comunidade passasse a usufruir deste instrumento. A b-on passou então a integrar universidades, politécnicos, instituições de I&D, organismos da administração pública, organismos sem fins lucrativos e hospitais. CONTEÚDOS

Tendo começado em 2004 com seis editores (Elsevier, IEEE, Sage, Springer, Kluwer, Wiley) e


Os principais objetivos da b-on são: • • • • • •

Contribuir para melhorar o sistema científico nacional tendo um papel activo e participativo na construção da sociedade do conhecimento; Dinamizar e estimular a comunidade para o consumo e produção de conteúdos científicos; Estimular a cooperação entre as entidades do sistema de ensino e investigação nacional; Desenvolver competências-chave na gestão da informação e conhecimento; Promover o acesso eletrónico às principais fontes internacionais de conhecimento; Racionalizar custos através de uma negociação centralizada com as editoras e demais fornecedores de conteúdos.

cerca de 3.500 títulos, cedo se verificou ser insuficiente, pelo que logo em 2005 passou a disponibilizar o acesso a quinze fornecedores de conteúdos (American Chemical Society, American Institute of Physics, Annual Reviews, Association for Computing Machinery, EBSCO, Elsevier, IEEE, Institute of Physics, Royal Society of Chemistry, Sage, Society for Industrial and Applied Mathematics, Springer, Taylor & Francis, Web of Knowledge e Wiley) melhorando a oferta dos conteúdos, quer ao nível da abrangência das áreas do conhecimento, quer ao nível do fator de impacto e, obviamente, a relação custo-benefício. A b-on passou nessa altura a disponibilizar o acesso a mais de 16.000 títulos de periódicos científicos em texto integral. Até 2007 o modelo de licenciamento da b-on, baseou-se num All for All, ou seja, Tudo para Todos, fazendo com que todos os membros acedessem ao mesmo conjunto de conteúdos (à exceção dos hospitais cujos conteúdos são específicos da área da Saúde).

São cinco os critérios definidos para a inclusão de conteúdos na b-on: Abrangência das áreas temáticas: distribuição equitativa de conteúdos no que diz respeito à área temática de conhecimento; Impacto: os conteúdos a integrar têm de possuir elevados padrões de qualidade e de impacto, quer ao nível dos conteúdos comerciais, quer ao nível dos conteúdos gratuitos. Universalidade de utilização: procura assegurar que os conteúdos a integrar na b-on sejam de interesse e uso abrangente por parte da comunidade; Racionalidade: a integração de conteúdos deve estar de acordo com a utilização racional dos meios financeiros disponíveis; Granularidade: os conteúdos a integrar são “pacotes” de conteúdos e não títulos individuais. Em 2007, e reconhecendo que não integrava alguns recursos considerados importantes por parte da comunidade, a b-on passou a disponibilizar o acesso a mais cinco editoras (Cambridge University Press, Blackwell, Nature, Oxford University

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Press e Science) mas em regime de Some for Some, ou seja, apenas as instituições que quisessem e pudessem suportar o custo da subscrição destes conteúdos a 100% teriam acesso aos mesmos. Apesar de não contarem com o apoio financeiro, as instituições reconhecem neste modelo algumas vantagens, pois beneficiam da negociação centralizada pelo consórcio garantindo assim melhores condições quer a nível financeiro e administrativo quer no que se refere ao acesso aos conteúdos (n.º de títulos). Em 2009, a b-on passou também a subscrever e-books alargando assim a tipologia de recursos à comunidade académica e científica nacional. Atualmente, 2014, a b-on garante o acesso a mais de 22.000 títulos de periódicos subscritos em texto integral, 26.000 ebooks e 9.000 atas de conferências visando o equilíbrio da cobertura das várias áreas científicas. Para além de recursos subscritos a b-on integra, pela sua qualidade, também alguns recursos em acesso livre ou de acesso aberto nacionais e internacionais, dos quais gostaríamos de destacar o projeto nacional RCAAP – Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (www.rcaap.pt). Gráfico 1 - Evolução do número de títulos, 2004-2014

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UTILIZAÇÃO Também ao nível da utilização a evolução tem sido notória, tendo vindo a crescer de ano para ano, tendo atingido em 2013 mais de 9.300.000 downloads, como pode ser observado no Gráfico 2. Tais dados demonstram e confirmam a importância que os recursos científicos eletrónicos assumem atualmente para a comunidade académica nacional, que de ano para ano contribui para o aumento da sua utilização. Estes recursos são meios privilegiados de acesso à informação e ao conhecimento e revelam-se fundamentais à comunidade académica nacional. A criação e disponibilização da b-on representa uma das ações mais relevantes em favor da comunidade académica e científica nacional, sendo que as suas principais vantagens foram a democratização e a flexibilidade no acesso ao conhecimento científico.

10.000.000

9.393.187

9.000.000

8.421.197

8.000.000

7.779.654

7.000.000

6.861.750 5.991.539

6.000.000

5.290.933

5.000.000

4.314.588

4.000.000

3.344.199

3.694.106

3.000.000 2.000.000

2.120.171

1.000.000

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Gráfico 2 – Evolução do n.º de downloads, 2004 - 2013

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O PERÍODO INICIAL DA INFORMATIZAÇÃO DA BGUE Catarina Fernandes

A

maioria das bibliotecas possui uma história longa nem sempre conhecida e que reflecte também as transformações que vão ocorrendo ao longo dos tempos. O aumento do volume de publicações que se verificou desde o início do século XX dificultou cada vez mais a recuperação de informação, um dos aspectos mais importantes a nível da gestão de fundos documentais. A evolução bastante rápida de computadores e suas aplicações levaram à utilização, no domínio da edição, de bandas magnéticas, cópias das versões impressas da maior parte das publicações.

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A necessidade de acesso rápido a informação já considerável conduziu à ideia de pesquisas bibliográficas em computador com recurso à informação armazenada em bandas magnéticas. Essas foram as primeiras bases de dados e tinham apenas acesso local, tendo surgido inicialmente nos Estados Unidos da América e também no Reino Unido.

A responsável pelo estabelecimento da estrutura e definição do novo sistema, Eng.ª Isabel Reis do LNEC, orientou a implementação e utilização do sistema DOCUMENTA na BGUE, e também, posteriormente, no Centro de Documentação e Informação (CDI) do departamento de Arquitectura Paisagista e Engenharia Biofísica da Universidade de Évora.

A utilização crescente de computadores levou a que as bibliotecas implementassem catálogos em linha, acedessem a bases de dados e à utilização de disquetes e de CD-ROM (referências bibliográficas, artigos de periódicos e itens de outras fontes). As características apresentadas por este suporte óptico nomeadamente capacidade de armazenamento, durabilidade, preço acessível, fácil arrumação determinaram as suas aplicações como produto comercial e também a nível institucional.

O recurso à tecnologia facilitou e melhorou os serviços disponibilizados pela Biblioteca Geral da Universidade de Évora, tendo sido possível, através do sistema DOCUMENTA, gerir vários tipos de informação. Cada tipo de informação tinha uma ficha individual associada e composta por um número máximo de campos de informação.

Os encargos elevados com a aquisição e assinatura das publicações científicas impossibilitaram a actualização das colecções e conduziram à crise dos periódicos científicos nos últimos anos da década de 80, tendo sido procuradas alternativas a nível do sistema de comunicação científica que, mais tarde, entre outras iniciativas desenvolvidas, levaram ao movimento de acesso aberto e aos repositórios institucionais de universidades. Nessa altura, também a Biblioteca da Universidade de Évora procurava adaptar-se às mudanças ocorridas e responder às necessidades e exigências dos seus utilizadores. A informatização da Biblioteca era questão primordial, facilitando as tarefas e procedimentos do circuito documental e posterior pesquisa, recuperação e acesso à informação. Em 1989, através de convénio de cooperação entre a Universidade de Évora e o LNEC e após avaliação dessas necessidades e exigências, estabeleceu-se a estrutura entendida como mais adequada e seu funcionamento, tendo sido adquirido o sistema DOCUMENTA, sistema de gestão de bases de dados, para o equipamento WANG VS 100 que se encontrava instalado no Centro de Informática da Universidade de Évora.

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Os registos de informação encontravam-se associados a uma estrutura hierárquica de termos, o Manual de Classificação, e a um resumo onde eram inseridas as palavras-chave para pesquisa posterior. Na sua fase inicial, procedeu-se ao carregamento de registos de diferentes tipos de informação (monografias, séries, teses, congressos e relatórios) recém-adquiridos e posteriormente à recuperação dos registos correspondentes ao restante fundo documental. Este foi o sistema que funcionou durante alguns anos até posterior adesão à PORBASE, Base Nacional de Dados Bibliográficos, coordenada pela Biblioteca Nacional de Portugal. O avanço das novas tecnologias contribuiu também para a disponibilização e acesso aos conteúdos de certas publicações científicas como o Current Contents, ERIC, PROQUEST, entre outras, em disquetes e CD-ROM. Este período de modernização e melhoramento dos serviços disponibilizados contemplou também a necessidade de alargamento do espaço físico ocupado pela Biblioteca tendo sido necessárias, nessa altura e até à presente data, sucessivas adaptações do seu espaço no Colégio do Espírito Santo e implementação de outros pólos da Biblioteca Geral nos restantes edifícios da Universidade de Évora.


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WEB 2.0 António Cachopas

A

Web 2.0 na BGUE assume-se como um factor cada vez mais importante, desde o networking e o marketing associado à BGUE, passando pela publicitação de eventos e acções e mesmo ao desempenho de tarefas de serviço de referência, particularmente pelo Facebook (FB).

No caso do FB, para ter uma noção do seu impacto, sempre que se faz um update ao FB, existe uma população de mais de 5000 pessoas que podem ler a notícia e partilhá-la com milhares de pessoas. Existem estudos que mostram uma maior eficácia na publicitação de uma notícia numa rede social digital do que numa página oficial, para além de que a própria rede poderá ser também um repositório digital.

Alguns dados:

A página do FB da BGUE é, de entre todas as páginas de bibliotecas académicas de ensino superior em Portugal, aquela que é mais seguida, neste caso por mais de 5000 pessoas. Mas não é apenas pelo FB que passa a partilha de informação e a interação com os seus utilizadores. A BGUE utiliza também o Twitter, Youtube e Google+. Existem ainda duas páginas do FB alusivas às Bibliotecas do Colégio dos Leões, e da Escola Superior de Enfermagem que já apresentam também um número interessante de seguidores.

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ARRUMAÇÃO DOS ESPAÇOS António Cachopas

U

m dos principais factores para o bom funcionamento de uma biblioteca é a organização dos seus espaços.

PALÁCIO DO VIMIOSO A biblioteca do Palácio Vimioso, à entrada, tem actualmente uma pequena resenha histórica do Palácio, um quadro com o número de obras a que cada utilizador tem direito, bem como o prazo de empréstimo e ainda algumas normas sobre o comportamento a ter dentro da Biblioteca, de acordo com o Regulamento da BGUE. As novas aquisições são expostas durante uma semana, a fim de dar conhecimento aos utilizadores de todos os livros que entram na biblioteca. Alocação de uma nova estante para serviço back -office para tratamento documental.

COLÉGIO ESPÍRITO SANTO Num trabalho em parceria com a Reprografia, que cedeu o espaço e dá apoio logístico, o Sr. Souto tem estado a desmontar as teses de mestrado e doutoramento mais antigas, sem suporte digital, digitalizando-as e voltando a colar o original com a finalidade da preservação dos trabalhos científicos apresentados na academia e a sua inclusão no Repositório Digital. São já mais de 500 as obras que estão digitalizadas na íntegra.

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Biblioteca Palácio do Vimioso

Reprografia Colégio Espírito Santo

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COLÉGIO DOS LEÕES Reorganização de todas as publicações periódicas e monografias de arquitectura e património existentes na biblioteca, em função de uma generosa oferta dos arquitectos Fernando Pinto, Vítor Mestre e Sofia Aleixo. Reorganização da sala de tratamento técnico, anteriormente organizada por áreas temáticas passando agora a estar arrumada por número de registo. ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM Na Biblioteca da ESESJD, iniciado o processo de digitalização de capas das monografias deu-se início também a uma revisão na catalogação das mesmas obras e algumas alterações na Indexação dos registos bibliográficos, de acordo com a Lista de Descritores em Ciências da Saúde-DECS. Na sequência deste trabalho, está a proceder-se a uma nova colocação de cotas diferenciadas por cores. Num espaço adjacente à biblioteca, foi colocado um cacifo que se destina única e exclusivamente ao apoio à permanência dos utilizadores da biblioteca. COLÉGIO LUÍS ANTÓNIO VERNEY No último trimestre do ano de 2013 foi dada prioridade, atendendo à urgência do mesmo, ao tratamento técnico e documental de um espólio de 370 obras (incluindo várias áreas), oferecido ao Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento, para integração, num Centro de Documentação, que irá abrir dentro em breve, sob a responsabilidade da Prof.ª Dr.ª Sofia do Carmo Goulão Capelo.

Biblioteca Colégio dos Leões

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Biblioteca Colégio Luís Verney

Biblioteca Escola Superior de Enfermagem São João de Deus

Biblioteca Colégio da Mitra

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LEITURA E ATENDIMENTO António Cachopas

A

equipa da BGUE, como sempre, valoriza a opinião dos seus utilizadores. Deste modo são aplicadas ferramentas, quer tradicionais, quer alicerçadas em novas tecnologias, que dão voz ao utilizador.

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Assim, há a registar que neste momento está a ser preparado na biblioteca no Vimioso um questionário destinado à avaliação da satisfação dos utilizadores. Na ESESJD, na senda do aproveitamento das novas TIC, procedeu-se à criação de um grupo de facebook, tendo este como objectivo principal gerar sinergias en-

tre a comunidade académica, de forma a informar e divulgar conteúdos existentes em bases de dados científicas, dar conhecimento de novas entradas de livros e analíticos. Pretende-se com estas dinâmicas de comunicação e interação entre a comunidade académica, fomentar vínculos efectivos entre as pessoas e com um espaço comum a todas elas.


Horário de Atendimento ao Público Colégio Espírito Santo

Colégio Espírito Santo

Colégio Espírito Santo

9h00 às 20h30 (seg. a sex.) 9h30 às 12h30 (sáb.)

Sala do fundo do Governo Civil

Varanda do Claustro Pequeno

9h00 às 16h00 (seg. a sex.)

8h30h às 23h (seg. a sex.) 9h às 19h30 (sáb.)

Colégio Espírito Santo

Colégio Luís Verney

Colégio Luís Verney

Sala das Belas Artes

9h00 às 20h30 (seg. a sex.) 9h30 às 12h30 (sáb.)

Mapoteca

9h00 às 20h30 (seg. a sex.)

Escola Superior de Enfermagem São João de Deus

Centro de Recursos Pedro da Fonseca

9h00 às 19h30 (seg. a sex.)

9h00 às 16h30 (seg. a qui.) 13h00 às 20h30 (sex.)

Palácio do Vimioso

Colégio dos Leões

9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (seg. a sex.)

9h00 às 20h30 (seg. a sex.)

9h00 às 20h30 (seg. a sex.) 9h30 às 12h30 (sáb.)

Colégio da Mitra 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (seg. a sex.)

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AQUISIÇÃO E GESTÃO DE COLECÇÕES Catarina Fernandes

OFERTAS AQUISIÇÕES e PERMUTAS

INSTITUIÇÕES

(Setembro de 2013 a Abril de 2014)

Ao longo dos anos o acervo da Biblioteca Geral da Universidade de Évora tem sido enriquecido por aquisições, ofertas e permutas, melhorando de forma muito significativa as colecções disponibilizadas aos utilizadores. Neste âmbito, também as iniciativas promovidas e acolhidas pela Biblioteca Geral nos seus espaços, muitas delas integradas no programa a Biblioteca Convida, contribuíram para o desenvolvimento das suas colecções e qualidade dos serviços prestados. Durante os meses referidos estas ofertas totalizaram 1294 monografias, 170 revistas e 1000 cassetes.

Agradecimentos Esperando, por lapso, não ter esquecido algum nome, a Biblioteca Geral agradece a todos os que contribuíram generosamente para o enriquecimento dos nossos fundos.

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ACIDI, APAH – Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, APDA – Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas, Arquitecturas do Mar – Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design, Assembleia da República, AULP – Associação das Universidades de Língua Portuguesa, Associação Pele, Biblioteca Municipal Almeida Faria (Montemor-o-Novo), British Council, Câmara Municipal de Almada, Câmara Municipal da Batalha, Câmara Municipal de Esposende, Câmara Municipal da Ribeira Grande, Centro de Estudos de História do Atlântico (Funchal), Centro Educacional de Formação Superior – Faculdade de Direito Milton Campos, CESL Asia – Investments & Services, Ltd., Comité Bourgelat, CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia, Culturgest, Departamento de Arquitectura da Universidade de Évora, Departamento de Artes Visuais da Universidade de Évora, Edições Universitárias Lusófonas, Editora Caleidoscópio, Embaixada do Equador, Embaixada da Índia, Empresa Oficina, Engebook, Escola Naval da Marinha, Escola Superior de Educação de Beja, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra,


PARTICULARES Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Economia do Porto, Fundação da Casa de Bragança, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Fundación Cultural Rutas del Románico, Gabinete de Apoio ao Ensino Superior, GUE/NGL – Esquerda Unitária Europeia – Gabinete de Apoio aos deputados do PCP no Parlamento Europeu, Gabinete da Reitoria da Universidade de Évora, IIFA, Instituto Politécnico de Lisboa, Livpsic, Livraria A+A, Ministério da Defesa Nacional - Marinha, Ministerio de Educación, Cultura y Deporte, OTOC/Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Serviços da Reitoria da Universidade de Évora, Teatro Nacional D. Maria II, Textiverso, Tribunal Constitucional, Tribunal de Contas, UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, Unifor (Brasil), Universidade Aberta, Universidade de Aveiro, Universidade de Coimbra, Universidade Federal Fluminense, Universidade Jaguelônica de Cracóvia, Universidade Lusófona, Universidade de Trás-os-Montes.

Ana Cristina Agulheiro, Ana Duarte Rodrigues, António Cândido Franco, António Nunes, Carlos Alberto da Silva, Christine Zurbach, Christopher Bochmann, Claudia Giannetti, Conceição Rego, Cristina Forgetti, Eduardo Lopes, Elisa Chaleta, F. de Castro Brandão, Fátima Teixeira, Felismina Mendes, Filipe Jorge, Hélio Alves, Irene Damasco, Isabel Bezelga, Isabel Corrêa da Silva, J. J. Amaral Mendes, Jorge Bonito, Jorge Fernandes, José Bastos, José Eduardo Franco, José Manuel Mascarenhas, José Nuno Pinto, Manuel Cancela de Abreu, Márcio Thamos, Marcus de Noronha e Costa, Maria B. Moura Filha, Maria de Deus Manso, Maria Virgínia Henriques, Marília Favinha, Marina Azem, Mário Cesariny, Miguel Bual, Miguel Mota, Paula Dório, Paulo F. R. Silva, Pedro Lains, Raúl del Valle González, Robert M. Moura, Sara Pereira, Saudade Baltazar, Sofia Aleixo, Soumodip Sarkar, Tiago Porteiro, Victor Correia, Virgolino Jorge, Vítor Mestre.

Para os potenciais interessados o Regulamento para doações poderá ser solicitado ao nossos secretariado: basebib@bib.uevora.pt.

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CIRCUITO DOCUMENTAL António Cachopas

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om o objectivo de dar a conhecer aos leitores qual o trabalho desenvolvido em back office, temos vindo a apresentar as fases do circuito documental desde a selecção até à sua disponibilização ao utilizador.

Nos números anteriores falou-se na Selecção, Aquisição, Registo, Carimbagem e Catalogação. No presente número iremos falar muito resumidamente sobre a Indexação. A Indexação é a operação que consiste em identificar o(s) assunto(s) de um documento, seleccionar os seus conceitos e representá-los numa linguagem documental. Esta etapa tem essencialmente 3 passos: 1. Tomada de conhecimento do conteúdo do documento (análise); 2. Escolha dos conceitos a representar; 3. Tradução dos conceitos escolhidos em termos da linguagem documental utilizando para tal instrumentos de indexação adequados, nomeadamente Thesaurus, lista de cabeçalhos de assuntos, entre outros. O Thesaurus é o vocabulário de uma linguagem de indexação controlada, organizado formalmente de maneira a explicitar as relações estabelecidas à priori entre os conceitos (por exemplo, relação genérica e específica).

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Instrumentos de indexação utilizados na Biblioteca: AGROVOC para as Ciências Agrárias EUROVOC para assuntos relativos à União Europeia SIPORbase para áreas das Ciências Humanas e Sociais Através destes instrumentos são depois utilizados os termos de indexação, habitualmente conhecidos como palavras-chave, representam um conceito, sob a forma de um termo derivado da linguagem natural, de preferência um substantivo simples ou composto, ou de um símbolo de notação de uma classificação. Os termos de indexação irão permitir, que de forma controlada, os utilizadores façam a pesquisa das obras pelo catálogo online.

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ARQUIVO HISTÓRICO Josefa Correia

A Colecção de Documentos Fotográficos de Túlio Espanca

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Arquivo Histórico da Universidade de Évora tem à sua guarda o Arquivo Pessoal de Túlio Espanca, que inclui uma colecção de documentos fotográficos. A colecção tem um conteúdo com valor documental e patrimonial único para a História dos Distritos de Évora e Beja, seus aspectos urbanísticos e arquitectónicos. Destaca-se um grande número de documentos fotográficos de arquitectura religiosa, incluindo conventos e mosteiros, igrejas, ermidas e capelas. Alguns dos monumentos referidos encontram-se já em ruínas.

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Por outro lado, esta colecção contempla imagens de vários fotógrafos profissionais e amadores de Évora ou aqui residentes nomeadamente David Freitas, Eduardo Nogueira, Marcolino Silva, entre outros. A fotografia, nos últimos anos, deixou de ser um mero instrumento ilustrativo para assumir o estatuto de documento. É uma matéria prima fundamental na produção do conhecimento sobre determinados períodos da história, em virtude de fornecer dados que os documentos textuais não registaram. Também abriu inúmeras possibilidades de análise de problemas históricos associados à construção da imagem e à divulgação da cultura.

fitas adesivas) e respectiva estabilização. Foi também efectuada a higienização - limpeza sistemática a todas as fotografias por pera de soprar e trincha e respectivo tratamento dos documentos. Foi também efectuado trabalho de laboratório, humidificação controlada, em virtude de existirem conjuntos de fotografias coladas.

Nesta perspectiva, o Arquivo Histórico elaborou um projecto e com o apoio financeiro da Fundação Gulbenkian está a proceder ao tratamento da colecção de documentos fotográficos de Túlio Espanca. O objectivo do projecto é o tratamento da referida colecção, preservando-a e tornando-a acessível à consulta por parte da comunidade académica, da população da cidade de Évora e de investigadores em geral, pois a necessidade de preservar estes documentos constitui uma prioridade do Arquivo Histórico da Universidade de Évora. Assim, e porque a fotografia necessita de um tratamento especial e individualizado mediante a sua catalogação, descrição e indexação, o Arquivo Histórico apresenta o plano de trabalho da referida colecção, o qual consta das seguintes fases: - Levantamento por conjuntos e levantamento de conteúdos. - Pré Inventário – Reconhecimento, foi o primeiro contacto com os documentos fotográficos e análise do estado dos referidos documentos – reconhecimento. - Limpeza e tratamento – Ao mesmo tempo que se efetuou o inventário, procedeu-se à remoção de elementos de preensão (clips, agrafos, elásticos,

Limpeza e tratamento dos documentos fotográficos

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Foi ainda efectuada uma contagem, tendo em conta as dimensões das provas fotográficas, dos diapositivos e negativos, a fim de se efectuar a aquisição dos materiais para o seu acondicionamento.

de imagens fotográficas não identificadas, a qual tem tido grande adesão e tem sido muito útil na identificação dos referidos documentos. - Cotação e acondicionamento – Foram adquiridos materiais acid-free para acondicionamento da colecção. - Digitalização, divulgação e acesso - Actualmente, está a decorrer a fase da digitalização das provas fotográficas com vista à elaboração de uma galeria fotográfica a disponibilizar on-line para a sua divulgação. Esta galeria irá estar disponível também na página da Biblioteca Geral. Encontram-se já digitalizadas cerca de 2000 provas fotográficas.

Medição de fotografias

- Inventário – Procedeu-se ao inventário pormenorizado de todos os documentos fotográficos através da elaboração de uma ficha para o efeito, da qual constam os seguintes elementos: Identificação da peça: Entidade detentora, Título, Nº de Ordem e Nº de Inventário; Informação Técnica: Datação, Suporte, Dimensões, Autor e Estado do Conservação; Identificação: Assunto, Localização e Notas Descritivo: Descrição pormenorizada e envolvência em contexto. Para se proceder à identificação dos documentos fotográficos foi necessário a leitura e pesquisa de diversas obras. Enumera-se a título de exemplo os Dicionários de Arte, diversas obras de Túlio Espanca, entre elas, os vários números da revista A Cidade de Évora, os cadernos de História e Arte Eborense e essencialmente a sua obra principal o Inventário Artístico de Portugal composto por oito tomos.

O Arquivo Histórico pretende constituir um arquivo digital do referido espólio fotográfico, à semelhança do que já vem acontecendo com outros projectos que envolvem a transferência para suporte digital. Substituir a consulta tradicional do documento pela consulta da imagem digitalizada tem várias vantagens, nomeadamente: - simplificação de procedimentos; - torna mais fácil e rápida a sua consulta; - do ponto de vista da conservação, a opção de digitalizar as imagens poupa os originais a um manuseamento excessivo, podendo os originais permanecer devidamente protegidos; - é uma forma de garantir que existem mais hipóteses de se preservar a memória dos originais; - podem ser feitas cópias de segurança; - existe a redução do trabalho dos funcionários, pois não têm que retirar constantemente as provas do depósito para as voltar a arrumar de seguida;

Também tivemos a colaboração de alguns docentes da Universidade de Évora e foram ainda efetuadas consultas através do Google, nomeadamente ao IGESPAR e sites de diversas Câmaras Municipais. Na tentativa da identificação total, efetuámos uma página no Facebook intitulada: Arquivo Fotográfico de Túlio Espanca, com a finalidade de solicitar a ajuda do público em geral na identificação

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Processo de digitalização


Condições de trabalho para efectuar o tratamento e digitalização da fotografia: As condições de trabalho são muito importantes, quando se trata de manipular espécies fotográficas, assim, procedeu-se do seguinte modo: - Manipulação das espécies com uso obrigatório de luvas de algodão brancas; - cuidados especiais no manuseamento das espécies; - os técnicos usam bata; - limpeza regular do scanner e da mesas com panos anti estáticos e soprador.

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FOTOGALERIA

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ontinuamos a efectuar a divulgação de imagens do espólio Túlio Espanca, já iniciada no número anterior do Boletim da Biblioteca Geral.

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Igreja da Nossa Senhora da Conceição, Beja

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Convento do ParaĂ­so

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Convento do Paraíso, demolição

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Convento dos Loios

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Igreja da Nossa Senhora da Conceição, Beja

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Ermida de Sรฃo Brรกs

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Igreja da Cartuxa

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Igreja de Santo Ant達o

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Igreja de S達o Francisco

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Sé de Évora

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Jardim Público de Évora

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CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO EUROPEIA Elsa Cristina Vaz

Diretora do Centro de Documentação Europeia Professora Auxiliar do Departamento de Economia Universidade de Évora

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pesar de todas as condicionantes do Centro de Documentação Europeia da Universidade de Évora (CDE-Évora), como é o caso da localização física nada favorável à visita dos seus potenciais utentes, o CDE-Évora tem realizado tarefas significativas ao longo dos últimos meses.

Tem desenvolvido a colaboração, desde o início do ano de 2012, no projeto em que é parceiro da Câmara Municipal de Évora, conjuntamente com a Divisão de Mobilidade e Relações Externas da Universidade de Évora, designado “Jovens Embaixadores de Évora” onde se pretende patrocinar e mobilizar os alunos da Universidade de Évora na divulgação da Cidade e da Universidade de Évora nos seus destinos de estudo, enquanto participantes no programa Erasmus, assim como mobilizar os alunos que a Universidade de Évora recebe das restantes Universidades Europeias no âmbito do mesmo programa. O primeiro grupo de alunos Erasmus da Universidade de Évora saiu no início do atual ano letivo.

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Colaborou na promoção do debate sobre a Cidadania Europeia e as perceções desta cidadania por parte da academia e do público em geral através da colaboração na organização do IIIº Curso Internacional de Verão da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora, que decorreu em setembro de 2013 na Universidade de Évora sobre a Cidadania Europeia: perceções e desafios de um processo em (re) construção – Europa Cidadã: pessoas, empresas e instituições, e da participação na sessão de divulgação Open Day da Cidadania no Alentejo Central e Litoral, desenvolvida pelo Centro de Informação Europe Direct Alentejo Central e Litoral a 3 de Dezembro de 2013, na Universidade de Évora. Promoveu o debate sobre o Parlamento Europeu e as próximas eleições europeias através da participação na sessão de divulgação Enamore-se pela Europa, desenvolvida pelo Centro de Informação Europe Direct Alentejo Central e Litoral a 14 de Fevereiro de 2014, na Sede da Associação Académica da Universidade de Évora, e da participação no seminário regional da campanha

Tu na Europa, dinamizado Conselho Nacional da Juventude a 7 de março de 2014, no Palácio D. Manuel. Participa no programa FASE-UÉ recebendo alunos em atividades de divulgação da informação europeia e dinamização da página do Centro de Documentação Europeia no Facebook (www.facebook.com/CDEUEvora).


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REUNIÕES, ENCONTROS, FORMAÇÕES E VISITAS Carla Santos

VISITAS À BGUE A BGUE promoveu também, sempre que solicitada, visitas de grupo aos seus espaços e fundos. Recepção aos novos alunos dos cursos de História e Arqueologia e de Ciências da Documentação no âmbito da iniciativa RECEPÇÃO AOS NOVOS ALUNOS DOS CURSOS DE HISTÓRIA E ARQUEOLOGIA E DE CIÊNCIAS DFA que teve lugar no CES, dia 2 de Outubro de 2013 e em que foram dadas informações sobre a coleção, procedimentos de consulta, requisição de obras, acesso e pesquisa na b-on e noutras bases de dados bem como outras informações consideradas necessárias. Visita guiada à Biblioteca no CES a professora e alunos da Universidade Aberta de Lisboa em 26 de Outubro de 2013. Recepção aos alunos do 12º ano da Escola Severim de Faria, aos quais a Biblioteca do Verney disponibilizou bibliografia necessária para a realização dos trabalhos científicos, apresentados dia 13 de Dezembro no Colégio Luís António Verney na “8ª Edição dos Seminários Horizonte: Ciclo de Inverno”, sob responsabilidade dos professores José Figueiras (ESF) e Bento Caldeira da Universidade de Évora. Para além destas visitas, tiveram lugar várias visitas espontâneas e que são habituais todos os anos.

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Formação No 2.º semestre de 2013 e 1.º semestre de 2014, continuámos a apostar na formação externa dos funcionários bem como na formação dos utilizadores, nomeadamente na utilização de recursos de informação disponíveis na BGUE (catálogo, b-on, jstor, entre outros). Formação externa: Workshop “Arquivos Universitários” 4 e 5 de Julho 2013, Faculdade de Ciências Socias e Humanas em Lisboa. Jornadas FCCN”, 5 a 7 de Fevereiro de 2014, Universidade de Évora. “Colóquio Internacional Livros de Horas: o imaginário da devoção privada, 13 a 14 de Fevereiro, Biblioteca Nacional de Portugal. Formação dos utilizadores: Formação sobre a b-on aos alunos 2.º Ciclo do Curso de Gestão, 11 de Outubro de 2013. Formação sobre a b-on aos alunos 2.º Ciclo do Curso de Sociologia, 15 de Novembro de 2013. ACESSO ABERTO A BGUE em parceria com a Divisão de Projectos e Informação (DPI) da Universidade de Évora e a biblioteca do Instituto Politécnico de Beja (IPbeja) foi também realizado um vídeo sobre a importância do Acesso Aberto para a comunidade académica, com o objetivo de ser divulgado na “Semana Internacional do Open Access” e nas “Jornadas FCCN 2014” realizadas na Universidade de Évora, nos dias 5, 6 e 7 de Fevereiro.


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MEMÓRIA INSTITUCIONAL Sara Marques Pereira

O Espólio da Escola de Regentes Agrícolas de Évora (ERAE)

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aberá à Universidade de Évora preservar e divulgar a memória desta importante instituição de ensino agrícola, onde se formaram centenas de engenheiros e técnicos agrónomos, alguns deles professores e funcionários desta instituição, e cujo riquíssimo património e espólio herdou.

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Cento e vinte anos de Ensino Agrícola em Évora (1860-1980)

O ensino agrícola foi incentivado pelas ideias agraristas que prosperaram no final do séc. XVIII inícios do XIX, devendo-se a Sebastião Francisco Mendo Trigoso (1773-1821) um dos primeiros projectos de criação de uma rede de escolas práticas de agricultura (1814): “Entre as ciências económicas não há nenhuma, que deva fixar agora tanto a atenção dos portugueses, como a agricultura; conforme o seu estado ela será para nós uma fonte inexaurível de riqueza e prosperidade, ou de abatimento e de miséria. […] Convencido desta necessidade ofereci à Academia um Projecto de Escolas Rurais Práticas, que me pareceram capazes de melhorar o nosso sistema agrário.” In Discurso proferido na Academia de Ciências de Lisboa a 24 de Junho de 1814. Será, contudo entre 1855 e 1860, já no reinado de D. Maria II, que se conseguirá efectivar este desiderato, com a abertura do Instituto Agrícola em Lisboa (ensino médio), e das várias Escolas Regionais de Agricultura (ensino básico) em Coimbra, Évora e Sintra, aproveitando-se para o efeito as enormes propriedades que vinham sendo disponibilizadas no decurso do vasto processo de desamortização iniciado com a extinção das ordens religiosas (1834). Desta forma as propriedades das Mitras de Coimbra e de Évora, ou ainda a Quinta da Cartuxa de Évora, viriam a alojar as recém-criadas Quintas Regionais de Agricultura. De facto, a primeira Quinta Regional de Agricultura de Évora foi criada em 1860 na Quinta da Cartuxa, estando particularmente vocacionada para a preparação prática dos alunos da Casa Pia de Évora (1834). Mas a falta de condições fez que em 1918 se pensasse adaptar o Convento de S. Bento de Cástris para esse efeito, plano que não chegou a ir adiante. Na realidade em 1920, e já como Escola Elementar de Agricultura, ser-lhe-ia finalmente fixado o lugar de funcionamento na antiga Herdade da Mitra, ou Quinta de Valverde,

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extinguindo-se o posto agrário ali existente. Passará depois pelos decretos de Abril e Maio de 1921, a Escola Prática de Agricultura e, finalmente, dez anos volvidos, a Escola de Regentes Agrícolas (1931), que à semelhança de Coimbra e Santarém, passavam a ser também denominadas como “Liceus Nacionais Agrícolas”, tendo equiparação pedagógica e científica ao curso dos liceus (Decreto de nº 19908 de 19 de Junho, p. 1178). Ao início desta fase áurea da vida instituição não terá sido alheia a influência então Ministro da Educação Nacional, Gustavo Cordeiro Ramos (1888-1974), eborense, ex-aluno e professor do Liceu de Évora. A afirmação da ERAE foi-se fazendo ao longo dos mais de quarenta anos seguintes, sendo escola de referência, como deixou de prova a qualidade dos seus professores e alunos, que exerceram brilhantemente o seu ofício em Portugal e até no Ultramar, e também pelas condições excepcionais que possuía. Pois, além da antiga quinta de repouso do arcebispado, com o seu belíssimo “Conventinho”, capelas, aqueduto, horto, lagos, centrava esta mais de 300 hectares de terrenos agrícolas e pastos a perder de vista. Nos primeiros anos do funcionamento tiveram de ser feitas obras de adaptação nos edifícios antigos, para secretariado e alojamento de professores e alunos, quer no “Conventinho”, quer no chamado “Pátio Velho”, hoje “Pátio Matos Rosa”, além de construções novas, como o internato dos alunos, as oficinas, armazéns, vacaria, ovil, cabril, lagar de azeite, e até posto meteorológico, como testemunha o pequeno livro promocional escrito em 1939, provavelmente por aquele que foi o seu mais carismático director (1937 e 1957), Augusto Blanco Calado de Matos Rosa (Eng. Agrónomo, n. 1900 em Alter do Chão): “Esta é a ‘Cerca’, sala de visitas da Herdade e da Escola, em que a nota artística das velhas residências e instalações senhoriais se combina e casa com a simplicidade cubista das suas modernas construções. Os alunos vivem deste modo num ambiente de luz e de cor, tão apropriado à saúde do físico como à saúde do espírito, tão adequado à modelação do corpo como à modelação da alma […]. Tem ligação telefóni-


ca com a rede geral do Estado e não tardará que as actuais piscinas e campos de jogos sejam substituídos por outros obedecendo aos mais rigorosos preceitos de cultura física e higiénica.” In Escola de Regentes Agrícolas de Évora, Évora, 1939, p. 4.

providências destinadas a regular as situações do pessoal e do património da Escola, com vista à sua integração na Universidade […]. Assim: O Governo decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o seguinte:

Em Março de 1962 foi feita finalmente a escritura que passava definitivamente para a ERAE a Herdade da Mitra, razão pela qual a partir daquele momento se farão maiores investimentos nas instalações. Datam, assim, do final da década de sessenta, início de setenta, os planos do Arquitecto Manuel Tainha (1922- 2013) para a construção do chamado “Anel da Mitra”, modernista construção escolar que encima todo o complexo, contendo a Biblioteca, salas de aulas, bar, laboratórios, etc., que se transformaria numa das construções escolares mais arrojadas do seu tempo. Ao longo da sua existência passariam pela Escola mais de 1800 alunos, alguns deles filhos de grandes lavradores ou pequenos agricultores, a quem a escola prepararia com o fim de promoverem desenvolvimento da agricultura e pecuária do país. Entre o seu quadro de professores e de alunos encontramos muitos nomes ilustres das Ciências Agrárias e Zootécnicas. Na chamada “Reforma Veiga Simão” em 1973, e com a criação do Instituto Universitário de Évora (Decreto-Lei 402/73) ficou prevista a integração da ERAE no jovem Instituto, num processo lento, que culminaria com a extinção da Escola em 1980 (Decreto-Lei nº 325/80) e com a passagem do seu património, parte do corpo docente e funcionários, bem como o seu espólio para a, já então, Universidade de Évora (1979).

Art.º 1.º É extinta a Escola de Regentes Agrícolas de Évora com efeitos a partir de 1 de Agosto de 1980, inclusive.

“Decreto-Lei n.º 325/80
de 26 de Agosto Pelo artigo 9.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 402/73 de 11 de Agosto, ficou estabelecido que a Escola de Regentes Agrícolas de Évora seria transformada e integrada no estabelecimento universitário desta cidade. Tendo-se concluído os trabalhos que permitem proceder à imediata integração daquela Escola no referido estabelecimento de ensino, torna-se agora necessário adoptar as providências legais correspondentes. Simultaneamente, considera-se também indispensável adoptar as

Art.º 2.º 1 - O pessoal em serviço na Escola, a qualquer título, à data da sua extinção, transita para um quadro de supranumerários da Universidade, na mesma categoria ou em categoria equivalente, mediante despacho do Ministro da Educação e Ciência, sob proposta do reitor, extinguindo-se os respectivos lugares à medida que vagarem. 2 - O pessoal a que se refere o número anterior poderá desde logo ser contratado pela Universidade, nos termos do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 402/73 , de 11 de Agosto, ou integrado no quadro do pessoal da Universidade, desde que os interessados satisfaçam as condições estabelecidas para o provimento nos respectivos lugares. Art.º 3.º Consideram-se transferidos para a Universidade o património e os serviços da Escola de Regentes Agrícolas de Évora, independentemente de quaisquer formalidades, com os direitos e obrigações de que esta for titular. Art.º 4.º São transferidos para a Universidade os saldos das dotações dos orçamentos da Escola existentes à data da sua extinção. Art.º 5.º A documentação da Escola transita para a Universidade, que dela ficará fiel depositária, com a obrigação da passagem das correspondentes certidões. […] Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30 de Julho de 1980 - Diogo Pinto de Freitas do Amaral - Vítor Pereira Crespo Promulgado em 13 de Agosto de 1980.
Publique-se.
O Presidente da República, ANTÓNIO RAMALHO EANES”

Desta forma, nos princípios dos anos oitenta, em parte graças à integração da ERAE, seus docentes e património, os alunos cursos de Engenharia Agrícola e Zootecnia teriam o privilégio de ter aulas numa das mais bem equipadas Escolas, há muitos anos brasão da instituição.

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Estado actual do Espólio da Escola de Regentes Agrícolas de Évora O Espólio da Escola de Regentes Agrícolas de Évora encontra-se hoje, infelizmente, ameaçado na sua integridade e na sua conservação. Dividido em três espaços, entre a Mitra e os Leões, nenhum deles possuindo condições próprias para a sua preservação. Na Mitra, numa salinha lateral de um dos auditórios utilizado para aulas, de acesso por isso complicado, pois é necessário passar por esta, está o mais volumoso núcleo com cerca de 94 metros lineares de documentação muito variada, livros de curso, parte financeira e administrativa, correspondência e Livros de Razão, material didáctico, mapas, instrumentos de medição, fotografias, quadros, carimbos, sinalética, taças e outros prémios, enfim, material muito diversificado em rudimentar estado de arrumação e condições também pouco adequadas, como se pode ver até pelos casulos de insectos que estavam colados às lombadas de alguns dos dossiers.

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Além deste espólio, na sala do depósito da Biblioteca da Mitra estão arrumados os 1504 trabalhos de fim de curso dos futuros regentes, ou como então se chamava, relatórios de tirocínio, em estado razoável de conservação e fazendo já parte da base bibliográfica da BGUE.

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Recentemente transferida para um sótão da Fábrica dos Leões encontram-se as fichas e os processos individuais dos cerca de 1800 antigos alunos. Este é o grupo de documentação que se encontra em mais alto risco, pois o espaço escolhido não é de todo favorável à sua preservação, devido à sujidade e aos extremos térmicos a que estará sujeito, quer no Verão quer no Inverno, pela proximidade do tecto de zinco à mostra e sem mais protecção, bem como da dificuldade de acesso, arrumação, etc., como se poderá ver nas imagens anexas.

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Apesar do trabalho muitíssimo dedicado na sua arrumação e preservação que funcionários desta casa têm feito (também eles ex-alunos daquela Escola, como os Engenheiros Torcato Celestino e Francisca Figo) não se conseguiu evitar a recente desagregação. Além do que, nesta fase, só o trabalho de técnicos de arquivo e arquivistas poderá, naturalmente, zelar pelo correcto acondicionamento e tratamento. Por estas razões, mas sobretudo porque se trata de uma memória que nos pertence por direito, que como instituição temos o dever de preservar, será feito um esforço para a sua unificação e tratamento deste espólio, único para a História de Évora, da Universidade e do Ensino Agrícola em Portugal. Para a sua salvaguarda dever-se-á, portanto, proceder à reunificação e correcto acondicionamento, de forma a se poderem iniciar os restantes trabalhos arquivísticos. Para o efeito o Arquivo Histórico da Universidade está neste momento a preparar uma candidatura para a sua recuperação, à semelhança do que foi feito para a digitalização do Arquivo da Antiga Universidade de Évora (1553-1759), e do Espólio Fotográfico Túlio Espanca, adquirido pela instituição, e já em fase de conclusão.

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O LIVRO DA MINHA VIDA Manuel Mota

“Chega de saudade” de Ruy Castro (1990)

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omo escolher “o” livro da nossa vida? Não existe, pois são tantos que a escolha se torna extremamente difícil. Resolvi fazer a minha escolha em algo recente, não recuando aos tempos da juventude, das leituras clássicas de grandes monstros sagrados como p.ex. Leo Tolstoi ou Ernest Hemingway. Assim, e olhando para os acontecimentos marcantes da minha vida de há uns 5-6 anos para cá, escolhi o “Chega de saudade” do Ruy Castro. Um autor brasileiro talvez não muito conhecido em Portugal, com excepção dos estudiosos e amantes da música brasileira. O Ruy teve uma longa carreira de jornalista e também biografou algumas das figuras mais marcantes da vida brasileira como Cármen Miranda (cuja biografia de mais de 600 pp estou a terminar), Nelson Rodrigues, ou Garrincha, para citar apenas três. O “Carnaval no Fogo” é uma das mais belas histórias que já li sobre a vida no Rio de Janeiro. E com “Chega de saudade” temos aquela que é talvez considerada a mais completa e bem escrita história da bossa nova, o período que vai, grosso-modo, entre 1958 e 1964, com alguns antecedentes

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entre 1955 e 1958. Período rico para o Brasil, em termos de desenvolvimento e de cultura, com um presidente dinâmico (Juscelino Kubistchek de Oliveira), propício à explosão da música de maior impacte internacional do Brasil. O livro relata a génese da bossa-nova pela boca dos seus principais intervenientes. Ruy Castro conseguiu testemunhos de figuras emblemáticas como Tom Jobim e Vinicius de Moraes. E o relato das conversas com João Gilberto, afinal o “pai” da nova batida, bem como as suas surrealistas histórias são deliciosas, como a mítica estória do suicídio do seu gato, no apartamento de Leblon, tendo saltado do 5º andar por não aguentar ouvir tantas vezes tocado “O pato”. Mito, claro. O título refere-se, naturalmente, ao grande êxito de Tom e Vinicius que estoirou em 1958/59, primeiro com a versão de Elizeth Cardoso (1958) e depois com a famosíssima versão de João Gilberto (1959). Ruy Castro relata o tempo em que Tom e Vinicius tinham composto o tema, mas não tinham conseguido ainda acertar no ritmo, na batida certa. Eis senão quando lhes é apresentado o violonista da Bahia que chegara

pouco tempo antes ao Rio e que mostrava a um grupo restrito de amigos essa batida diferente e suave no seu violão. Assim que Tom e Vinicius ouviram o violão de João Gilberto, exultaram, pois estava ali encontrado o ritmo que faltava para o seu tema. Nascia aí a bossa-nova, termo que aliás João Gilberto não gostava pois dizia sempre que o que ele fazia era samba, nada mais. E passado uns anos a descrição da composição da “Garota de Ipanema”, em 1962, a segunda música mais gravada até hoje, depois de “Yesterday” dos Beatles. Para mim, o livro recriou no meu espírito, e na perfeição, o que era a vida nesse fecundo período no Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, que tenho tido a felicidade de visitar de tempos a tempos, e tornou-se assim um livro marcante. Para além do mais, como músico amador, e furioso praticante da bossa nova (e de outras bossas...) o livro foi extremamente importante. Será o “livro da minha vida”? Por ora, sim, sem dúvida.


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CÓDIGOS QR E SUA APLICAÇÃO NAS BIBLIOTECAS Carla Santos

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s QRs (Quick Response Codes ou Códigos de Resposta Rápida) são códigos bidimensionais que contêm informação que pode ser lida através da câmara de um smartphone, tablet ou webcam. Estes códigos permitem a ligação rápida entre um suporte físico (livro, brochura, poster, etc) e um suporte digital (página da internet).

Nas bibliotecas, a aplicação destes códigos podem facilitar o acesso à informação, ajudando na divulgação de recursos, serviços e actividades, a título de exemplo, podem remeter para OPACs, recursos em acesso aberto, recursos existentes na b-on, bem como direccionar os utilizadores para determinados serviços (referência, empréstimo interbibliotecas…) entre inúmeras outras aplicações. Na BGUE

Numa fase inicial, optou-se por colocar na sala de leitura da Biblioteca dos Leões um cartaz com códigos QR, que remete para revistas electrónicas existentes na b-on, na área da arquitectura. É nosso objectivo num futuro próximo, alargar o seu uso a outros cartazes e folhetos que remetam para bases de dados e revistas electrónicas noutras áreas temáticas, bem como em brochuras sobre a biblioteca e na virtualização de determinados serviços.

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DESCUBRA NA B-ON REVISTAS CIENTÍFICAS NA ÁREA DA ARQUITECTURA

ARCHITECT

ARCHITECTURAL DESIGN

ARCHITECTURAL DIGEST

Architectural Engineering and Design Management

EGA revista de expression grafica arquitectonica

Footprint

informes de la construccion

Journal of Architectural Education

STRUCTURAL DESIGN OF

ACE: Architecture, City and Environment

ARCHITECTURAL HERITAGE

ARCHITECTURAL RECORD

Tall and Special Buildings

architectural research quarterly

Journal of

Architectural Engineering

ARCHITECTURE AUSTRALIA

LIGUE-SE À REDE SEM FIOS DA UE PARA ACEDER AOS RECURSOS DA B-ON, SAIBA COMO

Para mais informações dirige-te ao bibliotecário de referência da biblioteca dos leões

algumas das revistas apresentadas foram seleccionadas pelos docentes do departamento de arquitectura da ue, outras foram escolhidas em função do seu factor de impacto (scimago journal rank).

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ARCHITECTURAL REVIEW

ARQ

ArqueologĂ­a de la Arquitectura

Construction innovation

THE JOURNAL OF ARCHITECTURE

Landscapes

Nexus Network Journal

spatium

dearq

Journal of Information Architecture

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DINAMIZAÇÃO CULTURAL Carla Santos

AGENDA DE EVENTOS No último semestre de 2013, e no 1.º de 2014 a BGUE revelou-se, mais uma vez, uma unidade dinâmica, uma “Biblioteca com vida”.

Dia 22 Palestra sobre Artes Cénicas, organização de Departamento Artes Cénicas, Biblioteca dos Leões Sala de Leitura

2013 JULHO Dia 15 Palestra sobre Artes Cénicas, organização de Departamento Artes Cénicas Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

SETEMBRO DIA 13 “Exposição Manuel Ribeiro, o trabalho e a Cruz”, conferência de abertura apresentada pelo Prof. Doutor António Cândido Franco e pelo Investigador Gabriel Rui Silva, organização Biblioteca Municipal de Beja José Saramago Biblioteca do CES, Corredor/Sala do Fundo do Governo Civil 13 de Setembro a 18 de Outubro de 2013

DIA 25 “Open Access – sessões de esclarecimento” Sala Túlio Espanca

Dia 29 Palestra sobre Artes Cénicas, organização de Departamento Artes Cénicas Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

NOVEMBRO DIA 1 “Exposição 40 anos do Instituto Universitário de Évora (1974-2004)” e Passagem do Documentário da RTP, realizado entre 1978/1979, sobre o Instituto Universitário de Évora, organização Biblioteca Geral Biblioteca do CES, Corredor da Biblioteca Geral

Dia 06 Conferência de arquitetura com Julian Prieto, Organização do Departamento de Arquitectura Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

OUTUBRO Dia 17 Conferência de Arquitetura: “Cova da Beira- à sombra da Gardunha”, com Ana Cunha e Pedro Salvado, organização Departamento de Arquitetura

Dia 12 Duas “tardes curtas” com 2 curta-metragens “O botânico no Alentejo” do realizador Francis Manceau, organização matines-cinefilas.blogspot. pt e Biblioteca dos Leões

Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

Dia 21 Fórum “Academia de Sofia” dedicado ao tema “Campus global de Portugal”, organização Paula Soares

Dia 26 Palestra “Teatro e comunidade” com Rita Wengoraius, organização Departamento Artes Cénicas

Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

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Dia 28 Apresentação de papéis Fedrigoni, organização Departamento de Artes Visuais e Design (DAVD)

Dia 18 Aula Aberta : Portal da Construção Sustentável com José Júlio Correia da Silva

Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

DEZEMBRO Dia 04 GIPAA- Apresentação do portal, organização GIPAA-EU Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

Dia 10 Conferência de Design, organização Departamento de Artes Visuais e Design (DAVD)

2014 FEVEREIRO DIA 3 “Exposição itinerante do Museu da Assembleia da República” Biblioteca do CES, Corredor da Biblioteca Geral

Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

Dia 11 a 20 Exposição de Gravura “Formas Gravadas”, organização Departamento de Artes Visuais e Design (DAVD) Biblioteca dos Leões, Sala de literatura cinzenta

Dia 12 a 14 Congresso “Perspetivas de investigação em artes: articulações”, organização Escola de Artes Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

DIA 13 Lançamento do livro “Formação Profissional: Práticas organizacionais, políticas públicas e estratégias de acção”, de Joaquim Fialho, Carlos Alberto da Silva e José Saragoça Biblioteca do CES, Sala do Fundo do Governo Civil

Dia 17 Workshop de Soldadura, organização Departamento de Artes Visuais e Design (DAVD) Biblioteca dos Leões, Sala de Leitura

“Exposição Itinerantedo Museu da Assembleia da República”

Dia 12 Sessão de esclarecimento do concurso Pladur Biblioteca dos Leões, Sala de leitura

Dia 13 Palestra com Professor da Universidade de Pernambuco, organização do Departamento de Artes Cénicas Biblioteca dos Leões, Sala de leitura

DIA 25 Conferência “À descoberta de Aristides de Sousa Mendes” “Aristides de Sousa Mendes, um exemplo de integridade moral, coragem e cultura”, sessão com a presença de António de Sousa Mendes (neto de Aristides de Sousa Mendes) Biblioteca do CES, Sala do Fundo do Governo Civil

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MARÇO DIA 21 Lançamento da Revista “Nova Águia”, dedicado a Agostinho da Silva e do livro “A actividade da Junta de Educação Nacional” e “A Junta de Educação Nacional e a investigação científica em Portugal no período entre guerras”, de Augusto José dos Santos Fitas, João Príncipe, Maria de Fátima Nunes, Martha Cecília Bustamante

Dia 04 Workshop “Impressão Digital, apresentação Konica Minolta”, organização Departamento de Artes Visuais e Design (DAVD) Biblioteca dos Leões, Sala de leitura

Dia 10 Dia da Propriedade Industrial, Organização Divisão de Projectos e Informação (DPI)-Universidade de Évora

Biblioteca do CES, Sala das Bellas Artes

Biblioteca dos Leões, Sala de leitura

“Mostra bibliográfica - Luís António Verney (1713-1742)”

DIA 14 Lançamento do livro “Sociologia dos Territórios”, de Renato Miguel do Carmo, apresentado por Virgílio Borges Pereira

Biblioteca do CES, Sala do Fundo do Governo Civil

Seminário “Cocriação de Comunidades do séc. XXI”, organização Direcção do Curso de Doutoramento em Artes Visuais Biblioteca dos Leões, Sala de leitura

Dia 28 Conferência “ Mudanças de paradigma, multiperspectivas & multi-dimensionalidades…Ou desbravando a teoria e prática integral (Ken Wilber) como factores transformadores para a criação e percepção artística no século 21” com Paula Soares, organização Direcção do Curso de Doutoramento em Artes Visuais Biblioteca dos Leões, Sala de leitura

ABRIL Dia 02 Conferência “Cidades imaginárias”, com Luís Carmelo, organização Departamento de Arquitectura Biblioteca dos Leões, Sala de leitura

Dia 03 “Best Game Award: entrega de prémios de Design de Interface, organização João Castro Biblioteca dos Leões, Sala de leitura

Lançamento do livro “Os Burgueses”, de Francisco Louçã, João Teixeira Lopes e Jorge Costa, apresentado por Manuel Carlos Silva Lançamento do livro “Saúde, Participação e Cidadania. Experiências do Sul da Europa” Mauro Serapioni e Ana Raquel Matos (orgs.) Biblioteca do CES, Sala das Bellas Artes

DIA 15 Lançamento do livro “A Instável Leveza do Rock”, de Paula Guerra, apresentado por Paula Abreu e João Queirós Lançamento “Observatório das Desigualdades”, sessão de apresentação da nova plataforma por Ana Rita Matias Lançamento do livro “Um Retrato das Instituições Sociais na Sociedade Contemporânea” Maria Manuel Serrano (org.), apresentado por Eduardo Esperança Lançamento do livro “Redes do Ensino Superior. Contributos Perante os Desafios do Desenvolvimento”, de Conceição Rego, António Caleiro, Carlos Vieira, Isabel Vieira e Maria Saudade Baltazar, apresentado por José Bravo Nico Biblioteca do CES, Sala das Bellas Artes

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DIA 16 Lançamento do livro “Desigualdades no Sistema Educativo. Percursos, Transições e Contextos”, de Pedro Abrantes, João Teixeira Lopes, Fernando Diogo, Pedro Silva, Ana Diogo, Suzana Nunes Caldeira, Margarida Damião Serpa, apresentado por António Firmino da Costa Lançamento do livro “Percursos de Estudantes no Ensino Superior”, de António Firmino da Costa, João Teixeira Lopes e Ana Caetano, apresentado por Pedro Abrantes Lançamento do livro “Espaço. Perspetivas Multidisciplinares sobre a Construção dos Territórios”, de Maria Manuel Serrano e Paulo Neto (coord.), apresentado por Maria de Fátima Nunes Biblioteca do CES, Sala das Bellas Artes

“Formas Gravadas”

“40 anos do Instituto Universitário de Évora”

“Formas Gravadas”

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NOVA PÁGINA BGUE Carla Santos Catarina Fernandes

A

nova página web da Biblioteca Geral da Universidade de Évora tem como objectivo divulgar a actualização dos diversos serviços e fundos documentais pertencentes à BGUE, procurando deste modo responder às necessidades de informação dos nossos utilizadores.

Houve a preocupação de actualizar essa informação de forma dinâmica, procurando identificar de forma útil os espaços, as áreas temáticas, as actividades e os funcionários das diversas bibliotecas situadas nos edifícios da Universidade de Évora. Nesta nova abordagem, são identificadas diferentes zonas de estudo disponibilizadas aos utilizadores em função das suas necessidades. Com o intuito de apoiar os utilizadores na exploração mais eficaz dos múltiplos recursos de informação disponíveis na BGUE são também referenciados os bibliotecários por área temática. É dada ainda a conhecer a equipa por áreas com as respectivas atribuições. Com o objectivo de dar visibilidade às diferentes bibliotecas, incluímos informação detalhada para cada uma delas. Chamamos a atenção para a selecção cuidada de revistas em open access e galeria de fotografias que são incluídas no respectivo menu. A informação relativa aos Fundos Notáveis merece um destaque especial, como representativa das doações valiosas que a BGUE tem recebido de particulares e instituições. Neste contexto, salientam-se os Fundos Notáveis quer pelo valor das obras (algumas bastante raras) quer pela importância das figuras incontornáveis a quem esses espólios pertenceram.

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FICHA TÉCNICA DIRECÇÃO

Sara Marques Pereira COORDENADORES

António Cachopas, Carla Sofia Santos, Catarina Fernandes, Josefa Correia CONCEPÇÃO GRÁFICA

Paulo Teles FOTOGRAFIA

Susana Rodrigues, Paulo Teles, Daniel Mira, João Simas Espólio Túlio Espanca, Cristina Brázio, João Barnabé COLABORADORES

Adélia Barata, Antónia Alfaiate, António Souto, Catarina Costa, Cecília Barata, Cidália Pisco, Cristina Matos, Elisa Mira, Fernandina Fernandes, Francisco Sofio, Helda Lapa, João Garcia, José Soares, Antónia Pereira, Conceição Charrua, Dulce Guerra, Isabel Ferreira, Manuela Serrano, Margarida Lavaredas, Matilde Carvalho, Patrícia Carvalho, Miguel Martins, Natália Soares, Rodolfo Azedo, Rosária Saiote, Susana Candeias, Patrícia Melícias SECRETARIADO

Dulce Guerra IMPRESSÃO

Reprografia da Universidade de Évora AGRADECIMENTOS

Reitoria, Escolas e Departamentos, Institutos e Centros, Serviços Técnicos: Arquitecta Margarida Gonçalves, e demais serviços da Universidade, e igualmente à Dr.ª Teresa Costa, aos Professores Doutores, Manuel Mota, Elsa Vaz, e à Eg.ª Francisca Figo MORADA

Biblioteca Geral da Universidade de Évora Colégio do Espírito Santo (sala 126), Largo dos Colegiais, Apartado 94 7002-554 Évora telefone 266 740 823 email secbib@bib.uevora.pt www.bib.uevora.pt www.arqhis.bib.uevora.pt www.cde.bib.uevora.pt ISSN: 2182-9519 ISSN(digital): 2182-8350 ÉVORA 2014

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