Ficha Técnica
Edição | SBID.UÉ Serviços de Biblioteca e Informação Documental Universidade de Évora Coordenação Editorial | Jandir Sanches e Rute Marchante Pardal
Design Gráfico e Editorial | Jandir Sanches Produção e Curadoria | Rute Marchante Pardal Fotografia | Jandir Sanches Pós-Produção | Jandir Sanches Poemas, Textos | Rute Marchante Pardal e Jandir Sanches Prod. Editorial e Revisão | SBID.UÉ Impressão | Serviços de Reprografia UÉ, Pocopy Execução e Montagem da
agradecimentos
Toda a caminhada é feita com base na determinação, na dedicação, no trabalho e na muita força de vontade. Mas a nossa jornada está repleta de entidades e indivíduos que nos influenciam, apoiam, e que nos fazem lembrar o quão fascinantes nós somos todos os dias. Fazem com que atingir o nosso potencial seja a norma do dia-a-dia, uma necessidade, algo que podemos fazer sem esforço, mesmo que trabalhando para romper todas as barreiras, e nos vermos alcançar essas novas conquistas superadas. Nesse sentido, tenho muitas personalidades e instituições a quem quero agradecer, pelo apoio, pela insistência, pela amizade, pelas oportunidades, mas acima de tudo, por não permitirem que eu ficasse aquém das minhas capacidades.
Primeiramente, agradeço à Universidade de Évora, à Reitora, Administradora, aos Serviços de Reprografia, e aos Serviços de Biblioteca e Informação Documental da Universidade de Évora, por facilitarem esta oportunidade, e por poderem tornar este acontecimento uma realidade. De seguida, agradeço às pessoas amigas que me foram acompanhando desde o início, junto com aquelas que fui conhecendo ao longo do caminho, e que acreditaram e continuam a acreditar no que viram e no que sentiram.
À minha família de sangue e à família que adquiri durante esta caminhada, que insistiram comigo e nunca me permitiram duvidar das minhas capacidades, amigos que estiveram lá, sempre nos piores e nos melhores momentos. À minha família CAP KRW que me permitiu ter um ponto de partida, à Nicole, uma pessoa muito especial para mim. Não seria a pessoa que sou hoje, sem a sua compaixão e amizade. Às minhas irmãs de afinidade, Odailine, Deyla, Christianne, e aos meus irmãos Daniel, Carlo, Helder, Benilson, indivíduos que insistiram comigo todos os dias. Ao meu grande primo Heder, que nunca me deixou na mão e sempre me apoiou. À minha prima e ao meu cunhado, que me acolheram e me guiaram num novo começo. Ao meu país, que me viu nascer. Aos meus pais, que me amam incondicionalmente e me dão o maior apoio de sempre, o melhor e maior que existe. Às minhas parceiras, Sol, Sofia, Suely, Suzy, Mada, Kelvia e Lucélia, as minhas guerreiras que me moldaram e me tornaram num melhor fotógrafo, homem e humano. À minha querida e única irmã de sangue, amor da minha vida, minha gêmea, a pessoa que sempre esteve lá para mim, sem ela eu não teria muitas das minhas capacidades e qualidades. À minha parceira, melhor amiga, a minha amante, o meu bem querer, Joelma, que durante estes dois anos não desistiu de mim, e não me permitiu perder a vontade, o espiríto, a paciência, o foco, sem falar que, também, nunca permitiu que eu ficasse aquém das minhas capacidades. Sem palavras para o que foi e está a ser. Agradeço à Rute, que viu em mim um potencial, investiu, e não desistiu, nem por um momento, do que está ainda para acontecer . Sou muito grato por tudo o que esta mulher, profissional, mãe, amiga e mentora vem fazendo por mim.
Tenho a agradecer, também, a 3 personalidades que me apoiaram em 3 fases cruciais destes últimos 4 anos. Paulino Vaz Moniz, Jéssica Ferreira e Kwenda Lima. Essas pessoas ajudaram-me a sair de um abismo, que primeiramente aparentou não ter fim. Ganhar forças, perceber quem eu sou e realizar a grandeza que reside em mim, acima de tudo, ser resiliente e continuar a lutar independente do tempo, momento e das dificuldades que possam existir. Agradeço também ao meu primeiro lar aqui em Évora, a Pattys Place, à Patty que sempre cuidou de nós(colegas de casa), e que me orientou em tantas situações burocráticas e questões práticas do dia-a-dia. Agradeço ainda ao David, a Leonela, a Catarina, a Margarida e acima de tudo a Fabiana.
Por fim, agradeço à pessoa que me fez no homem que sou hoje, a minha mãe, a minha deusa, o meu universo. Sou hoje uma pessoa mais rica, abundante, por ser quem sou, e porque tenho todas estas pessoas, e mais outras virão, nesta vida.
Tudo isso, graças a Deus, permite-me ser quem sou e ter o que possuo, iluminando-me o caminho, proporcionando-me força, coragem, paciência, e sensibilidade artística para tudo o mais que me complete e procuro. Agradeço a existência de Rafael Alexandre, o maior presente que recebi nessa vida, a sua existência me torna um humano melhor, mais capaz, mais brilhante, te amo muito meu filho. Muito obrigado.
uma palavra amiga
Da Morabeza além-Tejo ao Sul
Os SBID- Serviços de Biblioteca e Informação Documental propõem abrir portas, janelas, paisagens, mares, oceanos, praças, ruas, casas e bibliotecas, legados de territórios de proximidade entre Portugal e Cabo Verde. Celebrando a vida com diversos olhares, e refletindo a policromia de cores, nas quais a luz e a sombra de Cabo Verde definem a extensão da Morabeza de espírito livre e aberto, acolhedor e descontraído, acabamos por desaguar, mar acima, Além-Tejo ao sul de Portugal.
Pese-embora, o olhar fotográfico nos retrate realidades, estas acabam por desobedecer às lógicas da realidade visível, uma vez que nos surgem sob a forma de uma inevitável urgência, que permite ao criador acrescentar uma outra construção imagética. Essa nova construção imagética, reflete e descreve, naturalmente, um momento fotográfico que é sempre lugar de dualidades e separações, como nos refere Giorgio Agamben na sua célebre obra, Profanazione: “a imagem fotográfica é sempre mais do que uma imagem; é o lugar de uma separação, e um dilaceramento sublime, entre o sensível e o inteligível, entre a cópia e a realidade, entre a recordação e a esperança.” A imagem e a estória narrada sob a lente do fotógrafo, reúne assim a História e os espaços habitados por pássaros/pessoas, animais/personagens de uma vida real e imaginada, que abarcam os vários fragmentos que a vida dispersa, substanciando a pluralidade da errância.
Uma imagem substância, portanto, a dialética do momento presente, tal como o futuro, acabará pressionado pelos múltiplos cliques do presente. Essa fração de segundos, convertida em décadas, cabe num olhar, e emerge, estagnada, de um movimento. Este movimento, representado pelo uni-versus, mais ou menos real, mais ou menos fictício, reflete a própria luz e sombra interior, que multiplica, ou aglutina. Por isso é preciso permanência. Parar no espaço e no tempo, e contemplar, escutar.
De vagar. Foi ao que se propôs o autor, ao realizar esta viagem de olhares entre as gentes da sua Terra, e as gentes da Lusitânia. Através da sua lente, Cardoso Sanches tomou o gosto pela observação, e criou diálogos com silêncios, desenvolvendo o apreço pelo afeto, numa vi(r)agem de memórias vivas de um tempo com tempo.
SBID – Serviços de Biblioteca e Informação Documental Dinamização Cultural
O SUL
O Sol o sul o sal as mãos de alguém ao sol o sal do sul ao sol o sol em mãos de sul e mãos de sal ao sol e sal do sul em mãos de sol e mãos de sul ao sol
um sol de sal ao sul o sol ao sul o sal ao sol o sal o sol e mãos de sul sem sol nem sal Para quando enfim no sul ao sol uma mão cheia de sal?
IN “Introdução”, Lavra. Poesia reunida 1970 / 2000, de Ruy Duarte de Carvalho.
O presente Catálogo foi publicado por ocasião da inauguração da Exposição FotográFica “Umas Fotos” de Cardoso Sanches, nos espaços do corredor da Sala das Bellas-Artes dos SBID-Serviços de Biblioteca e Informação Documental, no Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora, no dia 15 de dezembro de 2022.
por detrás
Desde o momento em que resolvi sair da minha terra, acabei por decidir fazer da fotografia a minha futura “parceira”. E, como qualquer parceira, esta presenciou todos os momentos de transformação, momentos de caos, de prosperidade, de crescimento e mais outras ínfimas experiências, ficando em cada registro fotográfico uma parte desse percurso. Uma resma de cada experiência vivida e sentida. Já passaram quase 4 anos desde a resolução que permitiu que a mudança pudesse apoderar-se, por completo, da minha vida, levando-me a contorcer, a virar do avesso, como nunca alguma vez me permiti sentir. Derramar lágrimas, sentir o abandono, a solidão, enfim, passando por grandes lições, grandes presentes e bênçãos, que apenas os bravos e os audazes procuram.
Umas Fotos visa realçar esses momentos, documentados sem a existência de um plano premeditado, tudo fruto de uma interação com o ser humano, com a natureza e o resto do seu envolvente. Visa partilhar a visão que possuo, sugerir ideias, provocar estímulos e conversas, entre o artista e os demais sujeitos que interagem com as obras.
Cada peça foi registada em momentos diferentes, e não segue uma sequência. Cada uma delas registra um momento da minha história, e reflete o que eu procurava em cada um desses momentos. O que eu sentia, o que a minha alma, mente, coração manifestaram, desde a mais bela sensação, sentimento, ao vazio. Ao nada.
É uma exposição de pequenos contos, que reflete um percurso marcado pela mudança, pela fé, pelo muito que doa, “não desiste”, e pela enorme fome de poder viver o que o coração sempre quis. Momentos houve, em que não pude. As pernas não respondiam aos comandos de uma mente já perdida. Mas, os contos, a paixão e o amor, que até hoje me encorajaram por um futuro maior, demandaram a caminhada, e impulsionaram a marcha!
obras
0bra #3 Toda Viagem
Câmera Canon RP Objetiva Canon RF50 F1.8 STM Tempo Exposição 1/320 Abertura F11 ISO 100 Distância Focal 50 mm Local: Santiago, Cabo Verde
Dimensão: 50x70 cm Material: Papel fotográfico Valor: 450 €
0bra
0bra #7
La Luz
Câmera Canon RP Objetiva Canon RF24-105mm F4-7.1 IS STM Tempo Exposição 1/320 Abertura F7.1 ISO 320 Distância Focal 105 mm Local: Évora, Portugal
Dimensão: 32x48 cm Material: Papel fotográfico Valor: 1250 €
0bra #10
0bra #14 O sonho
AS OBRAS
As obras serão impressas em tamanho único, nas dimensões enunciadas em catálogo. Junto com as impressões serão fornecidas as molduras. As molduras serão pretas, com passe-partout branco à volta.
Para entregas em território Português, serei eu (em pessoa) a realizá-las, uma vez que serão os meus primeiros clientes. Será uma interação de gratidão e um modo de poder expandir mais os meus horizontes e conhecer as pessoas que vão acolher os meus olhares . Os valores estão incluídos no preço de cada obra.
biografia
jandir c. c. sanches - cardoso sanches
Sou natural de Cabo Verde, mais específico, de Nossa Senhora da Graça, Praia, onde estive a maior parte da minha vida, e onde descobri inúmeras paixões e belas amizades. Frequentei o ensino primário em algumas escolas, mas foi na Escola Primária Lavadouro, que completei essa minha primeira etapa. Passei para a Escola Secundária Abílio Duarte, onde fui um aborrescente saudável, cheio de energia e bastante curioso. Entretanto, foi após o Ensino Secundário que a minha vida tomou um rumo bem dramático, em direção às artes, ao ensino superior e à paternidade. Período em que descobri um hobby silencioso, que após muitos anos veio superar qualquer outra área em que me envolvi. Após 10 anos de muito experimentar, 5 anos de abrigo na fotografia, hoje encontro-me num caminho que me faz feliz para seguir, pois este é um espaço que me permite ser criativo, captar momentos, documentar sentimentos e contos da vida, uma arte que traz à tona o melhor de mim, um caminho que me permite ser sincero, ser incrível, ser destemido, pois o meu Eu é abundante. Assim me sinto na Fotografia.
Faço fotografia mais voltado para a impressão e a para a exposição, e realizo sessões fotográficas requisitadas por terceiros, onde procuro captar os movimentos, e os momentos de produção artística e de vivências do dia-a-dia. Documentar a vida à minha volta, é o que os meus olhos adoram registrar. A minha mente processa, e as minhas impressões demonstram o que vejo, sinto e assimilo da vida.
percurso
1992 - Nasci
2000 - Despertei. Comecei a ver e perceber o mundo. Senti a vida diferente, fui a encontro de sensações, sentimentos e experiências de forma sobria.
2008 - Encontrei as minhas primeiras formas de Arte, Dança e Grafiti
2011 - A Arquitetura me abraçou...
2012 - Encontrei a minha maior paixão artística sem perceber
2017 - Percebi o meu chamado na Fotografia
2018 - Comecei a ver no horizonte uma possibilidade
2019 - Comecei a minha vida do 0, entrando para um novo capítulo da minha vida, em Portugal
2022 - As minhas fotos começaram a ganhar vida na dimensão física e hoje não vejo um stop nessa viagem.