TEATRO DAS IMAGENS
CRUZEIRO SEIXAS, A POÉTICA DO ENGANO
JOÃO FRANCISCO VILHENA
TEATRO DAS IMAGENS
CRUZEIRO SEIXAS, A POÉTICA DO ENGANO
JOÃO FRANCISCO VILHENA
ESPAÇO DA CISTERNA | COLÉGIO DO ESPÍRITO SANTO | UNIVERSIDADE DE ÉVORA 9 JULHO | 9 OUTUBRO 2021
Tudo quanto os surrealistas fizeram vem por intermédio da poesia e a poesia é uma das forças maiores da Humanidade, se há realmente um Deus, esse Deus deve ser a poesia e depois daí vem todo este engano: e a realidade existe? Cruzeiro Seixas
A exposição, “Teatro das Imagens. Cruzeiro Seixas, a poética do engano”, de João Francisco Vilhena veio ao encontro da Biblioteca da Universidade de Évora onde os livros, fiéis depositários da palavra, e da sabedoria e conhecimento humano, nos permitem criar e imaginar novas realidades paralelas. Através da sua obra, apresentada no espaço da Cisterna do Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora, e partindo de um palco cénico perfeito para sonhar e imaginar aquela que é a simbiose da comunicação onírica, conseguimos (re)criar essas novas realidades paralelas, mas também, (re)criar aquela que é a grande homenagem e evocação a uma grande personalidade, figura incontornável do Movimento Surrealista em Portugal. Uma evocação ao universo do inconsciente na atividade criativa do homem, que não configura normas e padrões pré-estabelecidos, uma homenagem a um dos grandes Mestres da Pintura, do Desenho e da Poesia Surrealista do Século XX, em Portugal. Poucos dias antes de completar aquele que seria o seu 100º Aniversário, Artur Cruzeiro Seixas deixa-nos uma obra da qual somos, também em parte, fiéis depositários através do Fundo de Informação Documental dos Serviços de Biblioteca e Informação Documental da Universidade de Évora. Cruzeiro Seixas deixa-nos uma obra, incontornavelmente, forte e multifacetada, que João Francisco Vilhena nos revela sob um outro olhar, em formato fotográfico e de mise en scène, que nos inunda com a grandeza humana e artística do grande Mestre Artur, e que nos (re)coloca
perante as inquietudes desta vida terrestre. A viagem. O caminho. E o sonho. Universos que nos remetem para o poder da comunicação com o outro, e para a delicadeza e incerteza da dúvida, com os seus eternos questionamentos e reflexões críticas. Conceitos que o próprio exercício da liberdade de pensamento nos permite projetar e captar, e que são absolutamente centrais em toda obra de Artur Cruzeiro Seixas. Isto porque, e citando o grande Mestre: “A Verdadeira liberdade
é
dizermos aquilo que se passa em nós, e descobrirmos através disso os outros, porque é através de nós, que nós descobrimos os outros, e vice-versa.” Através da dialética estruturada no observar e no ouvir, e no ler e no comunicar, as ações e as palavras que numa relação direta com o outro congregam valor, permitem-nos não estagnar a liberdade de pensamento e impulsionar o bem comum. Geradora de uma força genuína que evidencia, sobretudo, essa enorme dialética do olhar, as criações de João Francisco Vilhena transcendem-nos, e despojam-nos de ideias pré-concebidas, e dãonos a possibilidade de ler, adquirir e comunicar novas sensibilidades e novos mundos no acesso, humanizado, à comunicação entre os homens. O modus (in)visível de observação do olhar, patente nas obras de João Francisco Vilhena, transporta-nos para um imaginário espontâneo e de profundo diálogo com tantos possíveis outros, propondo-nos, sem dúvida, uma outra possível via. A que nos resta. A liberdade no modo como podemos, em equilíbrio, captar e integrar a multiplicidade de imaginários e
conhecimento sobre tantas outras possíveis realidades, tantas quantas as que nos propusermos interpretar. Por detrás de uma lente, de luz e sombra, narram-se assim histórias libertas, num jogo assente em regras plenas de ousadia e surpresa. Neste
jogo valoriza-se o improvável, mas acima de tudo respeita-se o encontro, na metamorfose do tempo que avança. Junho, 2021 Rute Marchante Pardal Serviço dinamização cultural Biblioteca Universidade Évora
Nunca imaginei vir a cruzar-me com Cruzeiro Seixas e a realizar um ensaio fotográfico onde ele é figura principal. Conheci-o no Centro Português de Serigrafia, adorei a sua amabilidade e simplicidade. “O que eu faço são papelinhos”, afirmou do alto dos seus 97 anos. Visitei-o na Casa do Artista onde iniciámos um diálogo à volta do seu trabalho. Dotado de uma memória notável as conversas extravasaram as atividades surrealistas entrando numa viagem fantástica pela vida de um homem verdadeiramente raro, tanto no plano pessoal como artístico. Senti durante esse período de descoberta a urgência de preservar o encontro com o artista e poeta que entrou de rompante na minha vida. No aniversário dos seus 98 anos lancei-lhe um desafio: - Mestre! Tenho que o fotografar. - Como? Meu querido amigo. - Sozinho, num palco de um teatro aguardando alguém, talvez figuras mascaradas. - Óptimo! Mascaradas de Cruzeiro Seixas. Novembro, 2020 João Francisco Vilhena
Sweet father of mine Surreal. Estava eu por aqui confiado, arrojando-me à sombra do sol, quando me chega um convite do João para me juntar a uma séance fotográfica que, assim mo ditariam as imagens recebidas, tira o corpo do artista ao manifesto e o senta à mesa com o cavalo, calças impecavelmente vincadas, de lírio sonhado na lapela.
Um Senhor. Se os artistas são profetas daí a importância de todo o homem artista - é um privilégio poder eu entregar-me, espectador de meu devir-fascínio, às visões de quem nos fala do lado de lá da linguagem, para lá do comum, resgatandome ao rumor do chato, ao torpor do cível, seja de rompante ou de mansinho (cortando olhos ou, como diz o Artur, ‘rabiscando criaturas de papel’) para me levar ao lugar sem nome onde sou a ser. Não é todos os dias que andamos de cruzeiro sobre os seixos.
A arte contemporânea e a cultura da indústria vira quase sempre as costas a este apelo, aos mapas da Idade do Ouro, e foi preciso o Fotógrafo que devorava livros criar este cenário para a aparição. O João encenou esta última ceia com a austeridade de uma celebração, numa sucessão de quadros vivos em que a teatral idade das imagens se desmancha para nos dar a demora dos fotogramas finais de uma vida. E é uma festa, um regalo, mesmo que não haja música outra que a das esferas da cumplicidade. Afectuosa cinemática, o amor em tempos da cólera. E gesto por conseguinte bonito, tão simbólico quanto concreto. Nesse palco de silenciosa depuração, straight to the punctum, denso de um negro em que já se escutam os passos da morte, desenrola-se então esta sequência de figuras da interação que reconstituem anacronicamente a verdade-criança. Essa que emana do frágil equilíbrio entre devaneio e plenitude, encontro e despedida. Aqui tudo isto decorre à luz invertida do artifício. (O negativo é a tua matéria de eleição, sempre foi, não é, João? O teu preto é um candeeiro. O negativo a tua matriz.) As fotografias deste adeus ficarão em todo caso e para todo o nunca à conversa connosco. O retrato de família não estará jamais completo, enquanto houver alguém que se junte à fantasmagoria. A curiosidade há-de continuar a matar gatos. Está portanto ali mais gente, e sempre mais a chegar, na rota do símbolo. A personagem invisível que surge espectral atrás do Luís Manuel Gaspar, essa é a louca da casa (do artista), a desgrenhada sereia de Kafka que, para ocupar os seus dias da reforma, nos arruma os males e persponta as ideias desfeitas. Chamam-lhe, imagina, São! E é ela que contaminou estas mesmas frases com o vírus da analogia.
Oh, João, no colóquio destas deixas, o que me dizes é que uma cadeira com cornos (e olhos) não é portanto uma obra, mas o obrar. E o adereço, se ali está, é para ser um portal para o maravilhamento. E esta família de loucos de Lisboa, que ali se reúne, é para se ver ao espelho: uma geração morre e outra nasce, dando a mão. Grato por me teres convocado para este adeus a um ente tão querido. Escondeste-te atrás da lente para melhor nos dares o teu melhor. O olhar do morto. Caldas da Rainha, 23 de Março de 2021 Mário Caeiro
Perguntei-me desde sempre se os meus desenhos não são esculturas irrealizadas (...) Os desenhos que faço pedem incansavelmente para terem forma, para serem tateados e até ouvidos. Eles desesperam-se de serem apenas olhados (...) Estas minhas esculturas vejo-as como forma de teatro. Cruzeiro Seixas
DEZOITO ARCANOS MAIORES
PARA DEZOITO FOTOCENAS DE JOÃO FRANCISCO VILHENA COM ARTUR CRUZEIRO SEIXAS & OUTROS EXTRA-ORDINÁRIOS Nada há a explicar sobre a composição deste texto. Penso-o até mais testo do que texto – embora seja menos uma finalização do que um cruzamento. Convém, porém, dizer que o conjunto é para cruzar com as fotografias em movimento – daí as foto-cenas – de João Francisco Vilhena tal como me foram enviadas num anexo de e-mail. Construído com recurso a um velho baralho de cartas do Tarot em que não mexia há anos, o texto coloca lado a lado fotografia e arcano. Usouse a ordenação do acaso para juntar as duas matérias – as cartas foram usadas segundo a ordem em que as encontrei e as fotografias numeradas de acordo com a ordem em que as recebi – e não se procurou conscientemente qualquer lógica entre cartas e fotografias. Um lapso involuntário fez com que um arcano se repetisse duas vezes, o que se aceitou, já que nenhuma lógica consciente, nenhuma ordem segura, racional e infalível se procurou. O que se buscou foi tãosó captar na energia visual e sonora das palavras o mistério das cenas e o movimento da luz que as contrasta e sublima. Destarte o número dos arcanos e a referência às cartas nem necessários seriam – como desnecessárias são as alusões aos desenhos de Cruzeiro Seixas, tão presentes, porém, nas cenas e na descrição verbal dos arcanos. A única conclusão a tirar é que quanto mais desordenadas, mais as palavras se equivalem às coisas.
I ARTUR E O TRONO Primeiro Arcano Maior. O Mago. O fogo assente da criação e o brinco incriado e sedento dum anão.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 70x50 cm, 2019
2 ARTUR E O CABEÇA DE BOI Quinto Arcano Maior. O Papa. As colunas do Templo de Salomão vestidas a luva de oiro e o manto do coração a escorrer no dorso do pórtico com o poço duma mão a sacudir esterco e nervo ótimo.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 70x50 cm, 2019
3 ARTUR, O TRONO E O ATLAS DA TORRE Décimo Primeiro Arcano Maior. A Força. Um chapéu torcido ao infinito com caspa de fogo debaixo da asa. Ao lado um par de luvas de ferro em brasa e uma leoa de prata com uma pérola transparente no peito deitada a estibordo da cama com um óculo de pirata desenhado por baixo do seio.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 70x50 cm, 2019
4 ARTUR, O BISPO CORNÍFERO E O ASSENTO DA LUA Oitavo Arcano Maior. A Justiça. Uma trança de oiro em serra de malho. Jaspe a vapor às raspas, coiro branco e uma lâmpada de dois junquilhos em equilíbrio de antro a fritar um fiel de armazém com a amante sentada no baloiço do além.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 70x50 cm, 2019
5 ARTUR E A BANDEJA DO TRONO Décimo Oitavo Arcano. O Sol. Raios líquidos estriam a atmosfera, enquanto um arco-íris duplo se toma frio sobre duas estatuetas de Ísis em forma de barco. Um ás de oiro e teca a brilhar na pele duma nádega Azteca.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 100x70 cm, 2019
6 O CENTAURO E O HIMENEU CORNÚPETO Décimo Quarto Arcano. Temperança. A presença cega do amarelo numa pintura sem assinatura, uma pirueta de vidro na capela e um cego magnético que tocava ocarina na rampa da biela, acabaram por pegar figo seco à tela ao fim de sete séculos.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 70x50 cm, 2019
7 ARTUR E O CENTAURO Décimo Quarto Arcano. Temperança. Aulas de planalto, cabelo estufado, vento submarino, lápis de ervilha e ao lado umas salas verdes que relincham nas entradas lilases às estrelas o seu segredo de estradas. Fervilha sem torso o fogo branco, o leigo osso no buraco negro do veio occipital.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 70x50 cm, 2019
8 ARTUR E O TRONO DA PRATA POLIDA Vigésimo Arcano. O Juízo. Um homem e duas mulheres nuas de cabelo negro, mãos postas na buzina, no ceptro e nos citrinos. É assim a palinódia: um clarim de vidro e de alegria e muitos estilhaços de grito a rachar o céu. Rapsódia de cálamo e de letria sem véu.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 150x100 cm, 2019
9 ARTUR E O VASO ENCANTADO Arcano fora do baralho. O Louco. Um seixo branco no cérebro a reverberar fora do eixo. Um chapéu de arlequim pendurado numa unha pintada de azul e um pedaço de pano no óxido da língua. Ó quem pudesse um saco de ossos, um aço que desse porta e pinça.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 70x50 cm, 2019
10 ARTUR, CENTAURO E CABEÇA DE BOI Arcano Nove. O Eremita. Espargata que chora a quatro pernas, ficando duas de fora, encostadas ao rio da cama. Um cio de argila a bruxulear na chama do palato, enquanto a capa do estrelato vai no vento com as castanholas. Ai, ai, ai – as ancas das argolas!
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 70x50 cm, 2019
II ARTUR, BISPO E RAINHA Arcano Vigésimo Primeiro. O Mundo. A quimera a saltar sem calça os degraus da cobra em flor. Ó sina minha de águia do Leste a rapar em liso prato a água do teste. Ó sino meu de cobre a tocar agreste e sem tino no plaino pobre.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 70x50 cm, 2019
I2 O SAGITÁRIO LUMINOSO Arcano Segundo. A Papisa. Um livro de terra ao léu a florir na mesa do mundo. Quem me dera um macaco sem pesa papéis! Só ele sabe levar a fundo os comandos dos pés de chumbo!
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 150x100 cm, 2019
I3 A CORNUCÓPIA SOLAR Arcano Décimo Sétimo. A Estrela. A mágoa do ar a fluir por dentro das portas enquanto o fogo da terra sopra na serra celta do Norte. Eis os relâmpagos da sorte que se estampam nas abertas unhas da sela e na vogal em alerta da panela.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 150x100 cm, 2019
I4 CENTAURO, LUAR E ATALAIA Arcano Décimo Sexto. A Torre. As sete bolas de cristal da dor e do mal. A janela fechada, o cabedal, o prestidigitador e dois cavalos de pernas para o ar. Uma língua prateada na crisálida do vapor e do sal.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 150x100 cm, 2019
I5 ARTUR, MÁSCARA E GRAAL Arcano Décimo. A Roda da Fortuna. Um macaco de chapéu a dançar em cima dum caco. Outro de peúgas num saco de batata a pregar um sirgo tonto de gravata. Ó quem ata e quem desata a consoante muda a fazer de ponto na pá do mundo.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 100x70 cm, 2019
I6 ARTUR E O FOGO EM CARNE Arcano Décimo Quinto. O Diabo. Os três seios de Novélia cantados por molas de roupa e as cinco pernas de cordel expostas nuas no esmalte branco da bacia. Em baixo, no pátio onde sopra uma ventania de rato e alfazema, quinze pés de Grifo e um sema à espera do guisado.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 100x70 cm, 2019
I7 O CENTAURO EM ROMA Arcano Décimo Segundo. O Enforcado. Uma figueira a suar sangue na garganta das anémonas. Tubo avaro, anta rasa – sem gesto, sem aro e sem mónada. Um hálito de rio a correr entre dois gostos e um pé de folha preso no cio metálico dos ralos de Agosto.
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 150x100 cm, 2019
I8 O CENTAURO SENTADO Arcano quarto. O Imperador. Os lábios serenos entreabertos no baile dos cílios. Eis como um colar de prata em redor dos rios e do vale pode dar inscrição nos fenos Hititas do Carnaval. Um dedo à vela no calor do sal e um fio de cartão na dorna do pirão. Poeira de novela a dar no porão a derradeira mão.
Março, 2021 A. Cândido Franco
Impressão digital, pigmento sobre papel fotográfico Harman Crystaljet Elite Luster, 70x50 cm, 2019
A grande aventura da minha vida foi afinal tudo o que não me aconteceu. Cruzeiro Seixas
Artur Cruzeiro Seixas e João Francisco Vilhena Teatro Armando Cortez, Casa do Artista, 25 de Julho de 2019
JOÃO FRANCISCO VILHENA nasceu em Lisboa. Colaborou com diversas publicações portuguesas e internacionais. Foi editor fotográfico e director de Arte. É artista visual, trabalha com imagem, palavra e música.
ALGUMAS EXPOSIÇÕES JUNHO DE 2021 Portraits, inserida na exposição colectiva Lisboa Capital Verde 2020, Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa. DEZEMBRO DE 2020 Teatro das Imagens: Cruzeiro Seixas, a poética do engano, exposição individual, Casa da Cultura e Galeria Casa da Avenida, Setúbal. OUTUBRO DE 2020 Ilustradores Ilustrados - 20 anos depois, exposição individual, Lapso Galeria, Festa da Ilustração, Setúbal. SETEMBRO DE 2020 O amor Mata, exposição individual e instalação sonora, Cooperativa de Comunicação e Cultura, Torres Vedras. JANEIRO DE 2019 O amor Mata, exposição individual e instalação sonora, Centro Cultural de Lagos, Lagos. NOVEMBRO DE 2018 A Melancolia das Palavras, lançamento da colecção comemorativa dos 20 anos do Nobel de Literatura, Centro Português de Serigrafia, Lisboa. NOVEMBRO DE 2017 Persona, exposição individual, Museu da Imagem, Braga. OUTUBRO DE 2017 Histórias de Pedra, exposição individual, Museu do Côa, Vila Nova de Foz Côa. NOVEMBRO DE 2016 Lanzarote, la ventana de Saramago, exposição individual, Teatro Español de Madrid, Espanha. OUTUBRO DE 2016 Canárias, a síntese dos elementos, exposição individual, espaço Canárias no Centro Cultural de Belém, Lisboa. JULHO DE 2016 Mal Branco, exposição individual, Casa dos Crivos, Braga. MAIO DE 2016 A Melancolia das Sombras, exposição individual, Galeria do CPS no Centro Cultural de Belém, Lisboa. ABRIL DE 2016 Disclosure, vídeo instalação com ambiência sonora de Pedro Oliveira, Capela de São Martinho, Óbidos. ABRIL DE 2016 Lanzarote, a janela de Saramago, exposição individual, Centro Cultural de Lagos, Lagos. OUTUBRO DE 2015 Mal Branco, exposição individual, Museu Abílio, Óbidos.
SETEMBRO DE 2015 Lanzarote, a janela de Saramago, exposição individual, Centro Cultural Palácio do Egito, Oeiras. SETEMBRO DE 2015 O amor Mata, exposição individual, Galeria das Salgadeiras, Lisboa. JUNHO DE 2015 Lanzarote, la ventana de Saramago, exposição individual, Centro Cultural de Espanha, Santiago do Chile, Chile. JANEIRO DE 2015 Lanzarote, la ventana de Saramago, exposição individual, Casa de la Província, Sevilha, Espanha. NOVEMBRO DE 2014 Lanzarote, a janela de Saramago, exposição individual e instalação sonora, Cooperativa de Comunicação e Cultura, Torres Vedras. JUNHO DE 2014 Lanzarote, la finestra de Saramago, exposição individual, Biblioteca da Sagrada Família, Barcelona, Espanha. ABRIL DE 2014 Lanzarote, la ventana de Saramago, exposição individual, Charco de San Ginés, Arrecife, Lanzarote, Espanha. FEVEREIRO DE 2013 Polaroides & Poemas: as imagens das palavras, exposição individual, Casa da Cultura, Setúbal. DEZEMBRO DE 2011 Don’t ask why, exposição individual, Ler Devagar, LX Factory, Lisboa. DEZEMBRO DE 2004 Pessoa and co. - Instalação, Fotografia e Vídeo, exposição individual, Yapi Kredi, Istambul, Turquia. ABRIL DE 2004 Pessoa Revisited, exposição individual, Irish Writers Center, Dublin, Irlanda. OUTUBRO DE 2002 O quarto de Trotski, exposição individual, Convento de Montemor/Centro Coreográfico Montemor-o-Novo Rui Horta. FEVEREIRO DE 2001 Cem Imagens, Cem Legendas, exposição colectiva, Museu de Arte Contemporânea, Fundação de Serralves. Exposição exibida em Setembro de 2001 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. JANEIRO DE 2001 Ilustradores Ilustrados, exposição individual, Bedeteca de Lisboa; Exposição apresentada em Outubro de 2001, na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto; em fevereiro de 2001, no Museu Municipal de Estremoz; e em abril de 2002, no Cineteatro de Palmela. NOVEMBRO DE 1998 José Saramago, Uma Voz contra o Silêncio, por ocasião da cerimónia de entrega do prémio Nobel de Literatura 1998, exposição individual, Grande Hotel de Estocolmo, Suécia. OUTUBRO DE 1997 Casa de Escritores, exposição individual, Literaturhaus, Frankfurt, Alemanha.
ALGUNS LIVROS 2017 Silêncio, álbum de fotografia e música de Pedro Oliveira, Penguin Random House. 2014 Lanzarote, a janela de Saramago, álbum de fotografia, Porto Editora. 2004 Jarros, Antúrios e outros Sentidos, edição Egoísta e Casino do Estoril, galardoado com o Apex-Award nos EUA e o Prisma Award em Portugal. 2003 Atlântico, romance fotográfico, em co-autoria com Pedra Rosa Mendes, edição Temas e Debates. 1997 Casa D’Escritas, em co-autoria com Paula Ribeiro, Círculo de Leitores/Temas e Debates.
joaofranciscovilhena facebook.com/joaofranciscovilhena
FICHA TÉCNICA | Exposição e Catálogo Edição | Coordenação Editorial | BGUÉ - Biblioteca Geral da Universidade de Évora Coordenação Geral e Produção Editorial | João Francisco Vilhena, Rute Marchante Pardal Textos |António Cândido Franco, João Francisco Vilhena, Mário Caeiro, Rute Marchante Pardal Revisão Textos | BGUÉ Design Gráfico | Helena Garcia, João Francisco Vilhena Ilustração | Nuno Teixeira Fotografia dos Artistas | Helena Garcia Vídeo e Edição | João Francisco Vilhena Curadoria | João Francisco Vilhena Créditos das Fotografias | João Francisco Vilhena Impressão Fotográfica | ViragemLab Impressão | Serviços de Reprografia UÉ Execução e Montagem da Exposição | BGUÉ, João Francisco Vilhena Transportes | Serviços Técnicos UÉ Contactos Gerais | Universidade de Évora- BGUÉ, Largo dos Colegiais, 2. 7004-516 Évora ISBN | 978-972-778-201-7 Agradecimentos | Reitora da UÉ, Administradora da UÉ, Curso de Artes Cénicas e Secretariado da Escola de Artes da Universidade de Évora. Agradecimentos a todos os alunos envolvidos na performance criada para o vídeo exibido na exposição, projeto criado em parceria com o artista João Francisco Vilhena, e com a coordenação do espaço cénico, voz e movimento de Marcos Santos, docente no Curso de Artes Cénicas da Escola de Artes da Universidade de Évora. O presente Catálogo foi publicado por ocasião da Exposição de Fotografia, Teatro das Imagens. Cruzeiro Seixas, a poética do engano, de João Francisco Vilhena, realizada entre 09 de julho e 09 de outubro de 2021, no espaço da Cisterna, no Colégio do Espírito Santo, Universidade de Évora, e por ocasião das comemorações daquele que seria o 100º Aniversári0, celebrado a 03 de dezembro de 2020, do grande Mestre do Surrealismo português, Artur Cruzeiro Seixas.