Catálogo: Lervitar

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EXPOSIÇÃO FOTOGRAFIA

LERVITAR de Rodrigo de Matos


EXPOSIÇÃO FOTOGRAFIA

LERVITAR de Rodrigo de Matos FICHA TÉCNICA | CATÁLOGO Edição | Coordenação Editorial | Biblioteca da Universidade de Évora Coordenação Geral | Carla Santos Textos | Manuela Cristóvão, Christopher Auretta, José Moura, Ana Roxo, Carla Santos, Rute Marchante Pardal Revisão de Textos | Rute Marchante Pardal Fotografia | Rodrigo de Matos Design Gráfico | Gabinete de Comunicação da Universidade de Évora Impressão | Reprografia da Universidade de Évora Tiragem | 100 exemplares

FICHA TÉCNICA | EXPOSIÇÃO Organização | Biblioteca FCT-NOVA Campus de Caparica - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Coordenação Geral | José Moura, Ana Roxo, Biblioteca FCT-NOVA e Biblioteca Geral da Universidade de Évora Curadoria | Biblioteca FCT-NOVA Campus de Caparica - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Produção | Biblioteca FCT-NOVA Campus de Caparica - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e Biblioteca Geral da Universidade de Évora Montagem | Biblioteca Geral da Universidade de Évora Iluminação e Transportes | Serviços Técnicos da Universidade de Évora Agradecimentos | Reitora da UÉ, Administradora da UÉ, Gabinete de Comunicação da UÉ, Serviços Técnicos e Reprografia da UÉ, Manuela Cristóvão, Ana Roxo, José Moura e Christopher Auretta. O autor agradece à FCTNOVA Campus de Caparica - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa todo o apoio prestado, sem o qual a exposição não teria sido possível. Este Catálogo foi publicado por ocasião da Exposição Lervitar que se realizou na Universidade de Évora de 10 de outubro a 27 de dezembro de 2017.


LERVITAR A exposição LERVITAR de Rodrigo de Matos vai ao encontro do universo da biblioteca, onde os livros, fiéis depositários de palavras, e transmissores de sabedoria e de conhecimento humano, nos permitem, através da observação do outro, criar e imaginar realidades paralelas. As ações, e as palavras, que numa relação direta com o outro, e que através da observação e da leitura nos proporcionam momentos de reflexão e de entusiasmo, não estagnam a liberdade de pensamento e a força genuína da criação; acima de tudo transcendem-nos, despojando-nos de ideias pré-concebidas, dando-nos a possibilidade de adquirir sensibilidades e conhecimentos, no acesso (humanizado e democratizado) da informação. Permitem-nos igualmente adquirir e desfrutar, de uma maneira descontraída, informal, flexível e dinâmica, e sempre numa relação de troca e de partilha, de vivências e afetos em momentos de pesquisa, estudo, e/ou leitura. O modo de aquisição do conhecimento em modus flexível e dinâmico, leva-nos a observar as imagens da Exposição, com uma clarividência que, sem dúvida, se torna na via alternativa. A que nos resta. A liberdade de escolha no modo como poderemos, sempre em equilíbrio, captar e integrar sabedoria e conhecimento. Carla Santos | Rute Marchante Pardal Biblioteca Geral da Universidade de Évora

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UM DESAFIO AO FOTÓGRAFO A Biblioteca (e os seus utilizadores) foram tema proposto de trabalho fotográfico. Procurávamos fotos diferentes/originais que dessem uma imagem não convencional, e até se falou que estantes e livros poderiam aparecer desarrumadas, onde os leitores (alunos) presentes deveriam transmitir a ideia que ler, estar e disfrutar deste espaço é algo apetecível e contagiante. Rodrigo Matos [com a conivência de seis aluno(a)s da FCT] recriaram seis ambientes, qual deles o mais conseguido. Ler levitando (LERVITAR ) introduz "a insustentável leveza da leitura" e a imponderabilidade do prazer de estar num cenário forrado de livros, mas que vai muito para além destes. Boas leituras! José Moura | Ana Roxo Biblioteca | FCT-NOVA

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LER PARA VER O espaço, as paredes desenhadas a azul, percursos com história, o som dos passos que ressoam na pedra ao longo de corredores que nos transportam até ao mundo dos livros. Corredores de livros carregados de palavras que vivem e conversam no papel, que fecham conhecimento esperando a alegria da descoberta, do saber e do prazer. Livros, livros, livros, que provocam o leitor, que incentivam o investigador, que criam o conhecimento de outros novos mundos, de mundos do saber. Ver e sentir, o espaço com o peso de séculos e a leveza proposta pelas imagens fotográficas em situações inesperadas. Situações imprevisíveis, instantes de um momento do movimento, não se confundindo com um instante congelado pela câmara fotográfica, criados pela mão decidida do fotógrafo. Este instante, conjugando-se no presente, recorta um momento electivo no continuo estacionário da sua duração, fruto do imaginário do artista. São momentos privilegiados, susceptíveis de promover o acontecimento sem movimento, elevandose na plenitude deste sentido, provocando-nos e fazendo-nos sentir participantes. Não é acontecimento, contudo, recriamos estas histórias segundo o nosso imaginário, só ficando por escrever histórias, micro-histórias, reivindicando a sua originalidade, um fragmento da sua verdade imediata. Através de um diferente ponto de vista, assistimos a uma espécie de esgotamento do momento insinuante, de uma ideia provocatória da impossibilidade das leis da física e do possível. RODRIGO DE MATOS | 7 | LERVITAR


O espaço, as paredes desenhadas a azul, percursos com história, o som dos passos que ressoam na pedra ao longo de corredores que nos transportam até ao mundo dos livros. Corredores de livros carregados de palavras que vivem e conversam no papel, que fecham conhecimento esperando a alegria da descoberta, do saber e do prazer. Livros, livros, livros, que provocam o leitor, que incentivam o investigador, que criam o conhecimento de outros novos mundos, de mundos do saber. Ver e sentir, o espaço com o peso de séculos e a leveza proposta pelas imagens fotográficas em situações inesperadas. Situações imprevisíveis, instantes de um momento do movimento, não se confundindo com um instante congelado pela câmara fotográfica, criados pela mão decidida do fotógrafo. Este instante, conjugando-se no presente, recorta um momento electivo no continuo estacionário da sua duração, fruto do imaginário do artista. São momentos privilegiados, susceptíveis de promover o acontecimento sem movimento, elevandose na plenitude deste sentido, provocando-nos e fazendo-nos sentir participantes. Não é acontecimento, contudo, recriamos estas histórias segundo o nosso imaginário, só ficando por escrever histórias, micro-histórias, reivindicando a sua originalidade, um fragmento da sua verdade imediata. Através de um diferente ponto de vista, assistimos a uma espécie de esgotamento do momento insinuante, de uma ideia provocatória da impossibilidade das leis da física e do possível. Uma focalização sobre o detalhe, colocando em relevo... uma ideia?... torna possível a não visualização da totalidade ou a renúncia a ela, ou ainda, a mesma está implícita, não é visível.

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Renunciando a essa totalidade, a biblioteca, podemos encontrar um sentimento de desencanto ou um sabor de prazer acentuado desse mesmo pormenor ou ideia. O momento é também de um movimento paralisado que vive entre o cinematográfico e o fotográfico, procurando ilustrar a ideia, ilustrar o pensamento, ilustrar o desejo de conhecimento, com a mão que utiliza a câmara e não o lápis, que utiliza os objectos e os corpos para desenhar com a luz em vez da grafite ou da tinta. Imagens/ilustrações que fazem descrições que produzem mundos, paisagens imaginadas, sonhadas, concretizadas. Setembro de 2017 Manuela Cristóvão Profª Auxiliar | Escola de Artes | Universidade de Évora

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UMA PROSA QUASE POEMA EM TORNO DA EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA DE RODRIGO DE MATOS, OU SEIS IMAGENS EM TORNO DA INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER Uma biblioteca não é apenas um espaço material: é, sim, uma espiral imaterial, pedra vertical e caminho ascendente. Uma biblioteca não é apenas uma espiral: é também um labirinto de palavras. Convida-nos a um discreto levitar do corpo, ao movimento perpétuo das ideias, aos miradouros invisíveis do nosso coração pensante. Uma biblioteca não guarda apenas os livros: é, antes, guardiã de livros cujos trajetos reluzem na mente do leitor. Uma biblioteca não alberga apenas os livros: amplia o horizonte interior de quem busca e indaga. Um livro revela a radiografia de um voo. Assim, uma biblioteca não sacia tão-só a sede de conhecimento, mas, sim, alimenta-a e intensifica-a. Um livro não é apenas uma refeição: para o espírito, é um banquete sem fim. Um livro não é a penas um objeto: é, sobretudo, um pedaço de inteligência em perpétuo movimento. Um livro não procura apenas uma mente liberta: produz uma mente em queda livre. O seu destino final reside no olhar transformado de quem lê. E quem lê - quem sabe ler bem - é um peregrino que a paixão faz levitar, um corpo dançante, um coração leve como o vento - um vento sagaz que suspende a gravidade e eleva o ser. Fernando Pessoa, em carta datada de 11 de Dezembro de 1931 dirigida ao amigo João Gaspar Simões, ao explicar a natureza da sua personalidade artística, escreve: "Voo outro - eis tudo." Por que não voarmos como o Poeta? Afinal, "voar outro" é simplesmente outro modo de sermos nós próprios: viajantes sem fim. As belas fotos de Rodrigo de Matos convidam-nos, tal como as palavras do Poeta, a olhar diferentemente o mundo material e imaterial que doravante e para sempre se entrega ao nosso olhar extasiado. Então, vamos voar? Christopher Auretta DCSA | FCT-NOVA

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RODRIGO DE MATOS | 1985 Fotógrafo desde 2008, embora o seu primeiro contacto com a fotografia tivesse começado antes, aos 12 ou 13 anos de idade, por influência do seu pai que também fora fotógrafo. Quando estava já no segundo ano do curso de Mestrado Integrado em Engenharia Física na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, formou-se em fotografia pelo IPF (Instituto Português de Fotografia). Trabalha atualmente como fotógrafo freelancer em publicidade e moda, com trabalhos publicados em livros, revistas, cartazes e outros meios de comunicação e imagem.

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CLÁUDIA | Camara Nikon D7100 | Objectiva Nikon 24-70mm f/2.8 | Distânia Focal 24mm Abertura f/11 | Tempo de exposição 1/125s | ISO 100 RODRIGO DE MATOS | 14 | LERVITAR



CARLOTA | Camara Nikon D7100 | Objectiva Nikon 50mm f/1.4 | Distância Focal 50mm Abertura f/8 | Tempo de exposição 1/125s | ISO 100

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DANIELA | Camara Nikon D7100 | Objectiva Nikon 24-70mm f/2.8 | Distância Focal 48mm Abertura f/11 | Tempo de exposição 1/125s | ISO 100

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TOMÁS | Camara Nikon D7100 | Objectiva Nikon 24-70mm f/2.8 | Distância Focal 18mm Abertura f/3.5 | Tempo de exposição 1/125s | ISO 160

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RICARDO | Camara Nikon D7100 | Objectiva Nikon 24-70mm f/2.8 | Distância Focal 38mm Abertura f/5.6 | Tempo de exposição 1/125s | ISO 100

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FILIPE | Camara Nikon D7100 | Objectiva Nikon 50mm f/1.4 | Distância Focal 50mm Abertura f/10 | Tempo de exposição 1/125s | ISO 100

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