Projeto 1+9 Arquitetos Prítzker Exposição de Desenho Grafite|DAVID REIS PINTO
3 maio a 3 julho 2018 Corredor da Biblioteca Geral | CES
Projeto 1+9 Arquitetos Prítzker Exposição de Desenho Grafite|DAVID REIS PINTO
ORGANIZAÇÃO
CATÁLOGO
FICHA TÉCNICA Edição | Coordenação Editorial| Biblioteca Geral da Universidade de Évora Organização | Biblioteca Geral da Universidade de Évora Coordenação Geral | Carla Santos Textos | David Reis Pinto e Biblioteca Geral da Universidade de Évora Revisão de Textos | RuteMarchantePardal Fotografia | David Reis Pinto Design Gráfico | Gabinete de Comunicação da Universidade de Évora Montagem | Biblioteca Geral da Universidade de Évora Iluminação e Transportes | Serviços Técnicos da Universidade de Évora Impressão | Reprografia da Universidade de Évora Tiragem | 70 exemplares Agradecimentos | Reitora da UÉ, Administradora da UÉ, Gabinete de Comunicação da UÉ, Serviços Técnicos e Reprografia da UÉ, Escola de Artes da UÉ, Departamento de Arquitetura da UÉ. O autor, David Reis Pinto, agradece o apoio e a motivação do Professor Jorge Duarte Sá, do Departamento de Arquitetura da Universidade de Évora, do Professor João Rocha, Diretor do Departamento de Arquitetura da UÉ, e do seu colega e amigo João Ribeiro e do proprietário das obras, José Frade.
Este Catálogo foi publicado por ocasião da Exposição de Desenho Grafite, Projeto: 1+9 Arquitetos PRÍTZKER, que se realizou na Biblioteca Geral da Universidade de Évora, de 03 de maio a 03 de julho de 2018.
Projeto 1+9 Arquitetos Prítzker
Exposição de Desenho Grafite
Projeto: 1+9 ARQUITECTOS PRÍTZKER Desenhos Grafite As várias expressões humanas latentes nos rostos dos arquitetos expostos, alguns já premiados e distinguidos com o "Prítzker" Premium, são o resultado de um processo criativo desenvolvido por David Reis Pinto, e resultam, em parte, da sua grande paixão, dedicação e esforço pelo não abandono do desenho livre à mão. Formado em Arquitetura pela Universidade de Évora, David Reis Pinto não esconde neste seu trabalho a verdadeira veia, ou o verdadeiro veio da arquitetura. A arte de evidenciar o lado mais humano. O propósito maior da Arquitetura. Dialogar no seio de uma complexa narrativa, onde se constrói e rematam necessidades estruturais de uma comunidade e/ou individuo para a qual se projeta, tendo como objetivo maior, contornar, buscar, procurar, descansar, e recuperar o solucionamento dos problemas reais das pessoas, priorizando sempre na linguagem e na comunicação, a base secreta da resolução desse mesmo problema. O trabalho do autor chegou à Biblioteca Geral com a mesma rapidez com que nos chegou à alma, num traço que evidencia uma humanidade que nos toca. Um traço belo marcadamente duplo, objetivo e solto. Estruturante e quente, que nos acolhe. E por isso mesmo suficientemente libertador. Tal como a Arquitetura, quando esta nos dá o espaço suficiente para sermos e estarmos fornecendo-nos, com base nas nossas inquietações, as emoções e as funcionalidades objetivas para nos (re)construirmos. A BIBLIOTECA GERAL DA UNIVERSIDADE ÉVORA
Projeto 1+9 Arquitetos Prítzker
Exposição de Desenho Grafite
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SINOPSE Projeto: 1+9 ARQUITECTOS PRÍTZKER
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Enquanto estudante de mestrado integrado, na área da arquitetura, presencio de ano após ano um maior distanciamento e quase abandono do desenho à mão livre. No entanto, denoto uma grande apreciação, por parte dos arquitetos, pela arte da expressão e pela sua capacidade de resumo. Assumi o compromisso, sob a coordenação do Professor Jorge Duarte Sá, em reunir dez arquitetos de referência. O principal interesse passou por realçar, de facto, a sensibilidade multidisciplinar da formação em arquitetura, que na verdade não deverá nunca ser dissociada do desenho à mão livre. Numa era cada vez mais digital, o nosso comportamento tende de alguma forma a "mecanizar-se" e isso reflete-se de forma muito clara no nosso curso, ainda que tendo como premissa a criatividade. Em Arquitetura "acabamos" por ser exímios a identificar linguagens do desenho técnico e a identificá-los de autoria em autoria, muitas vezes apenas com base no nome, sem chegarmos a identificar o rosto de quem está por de trás do nome, e das respetivas obras que temos como referências no processo de aprendizagem, a nível académico, e que continuam para a vida. No seguimento de um sentimento enriquecedor, aprofundei uma investigação com base nas figuras importantes para a história da arquitetura. Assim, foi criada esta ligação entre os desenhos técnicos e as fotografias dos edifícios, com as expressões humanas de quem as idealiza, pensa e constrói. Fica à interpretação de cada observador tentar perceber através dos olhares de cada rosto a identificação das possíveis formas de estar e desenhar o mundo. O AUTOR David Reis Pinto
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RECONHECIMENTO PRÍTZKER O Prémio Prítzker foi criado em 1979 pela fundação Hyatt, gerida pela família Prítzker, sendo muitas vezes chamado de "Nobel da Arquitetura". É atribuído anualmente ao arquiteto vivo pela qualidade e excelência do seu trabalho e obra a nível internacional. Atribuído ao arquiteto, ainda em vida, que melhor cumpra os princípios enunciados por Vitrúvio: solidez, beleza e funcionalidade.
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1 Le Corbusier 1987 Suíça - 1955 Suíça 2 Philip Johnson 1906 USA - 2005 USA 3 Jorn Utzon 1918 Dinamarca - 2008 Dinamarca 4 Robert Venturi 1925 USA 5 Paulo Mendes da Rocha 1928 Brasil
6 Álvaro Siza Vieira 1933 Portugal 7 Rafael Moneo 1937 Espanha 8 Tadao Ando 1941 Japão 9 Peter Zumthor 1943 Basileia 10 Eduardo Souto 1952 Portugal
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OBJECTIVO O Prémio Prítzker de Arquitetura foi criado com o propósito de distinguir um arquiteto vivo pelo seu talento, qualidade da sua obra e o legado arquitetónico que deixa para a sociedade.
PROCESSO DE NOMEAÇÃO O Prémio pode ser entregue a qualquer candidato, independentemente da nacionalidade, etnia, crença religiosa ou ideologia. As candidaturas são aceites a nível internacional por parte de pessoas de diversas áreas que tenham conhecimento e interesse em avançar com grandes projetos de arquitetura. O Diretor Executivo solicita constantemente indicações de anteriores laureados, arquitetos, académicos, críticos, políticos, e de profissionais envolvidos no mundo do empreendedorismo cultural, entre outros, com experiência e interesse no domínio da arquitetura. 4
PRÉMIO Os vencedores do Prémio Prítzker de Arquitetura recebem um prémio monetário no valor aproximado de 100.000 euros, um certificado formal de citação e, desde 1987, um medalhão de bronze com desenhos de Louis Sullivan, famoso arquiteto de Chicago reconhecido como o pai dos aranha-céus.
CERIMÓNIO DE ENTREGA A Cerimónia de entrega do Prémio ocorre todos os anos, geralmente no mês de maio, em diferentes partes do mundo. Os locais escolhidos são edifícios com uma importância arquitetónica cultural, quer pela sua importância histórica e cultural, quer pelo facto de muitas vezes os locais escolhidos servirem para recordar e homenagear antigos vencedores do Prémio Prítzker.
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JÚRI O Júri é composto por um conjunto independente de peritos que varia entre cinco e nove membros. Os jurados mantêm-se por vários anos no painel para que seja possível manter-se um equilíbrio entre os novos e os antigos membros do júri, encarregues de escolher o vencedor. Nenhum membro da família Prítzker ou observadores externos estão presentes durante as deliberações do Júri, que ocorrem geralmente durante os primeiros meses do ano civil.
CANDIDATURAS As candidaturas são aceites até 1 de novembro de cada ano. São submetidas por e-mail endereçado ao Diretor Executivo com o nome do candidato e informações para contacto. As candidaturas que não resultem na adjudicação transitam automaticamente para o ano seguinte. As deliberações do Júri são anunciadas, normalmente, no início do ano civil e o vencedor na Primavera. ARQUITECTOS PREMIADOS 1979 Philip Johnson 1994 Chris. de Portzamparc 1980 Luis Barragán 1995 Tadao Ando 1981 James Stirling 1996 Rafael Moneo 1982 Kevin Roche 1997 Sverre Fehn 1983 Ieoh Ming Pei 1998 Renzo Piano 1984 Richard Meier 1999 Norman Foster 1985 Hans Hollein 2000 Rem Koolhaas 1986 Gottfried Bohm 2001 Herzog & de Meuron 1987 Kenzo Tange 2002 Glenn Murcutt 1988 Oscar Niemeyer 2003 Jorn Utzon 1989 Frank Gehry 2004 Zaha Hadid 1990 Aldo Rossi 2005 Thom Mayne 1991 Robert Venturi 2006 Paulo Mendes da Rocha 1992 Álvaro Siza Vieira 2007 Richard Rogers 1993 Fumihiko Maki 2008 Jean Nouvel
2009 Peter Zumthor 2010 Kazuyo Sejima e R. Nishizawa (SANAA) 2011 Eduardo Souto de Moura 2012 Wang Shu 2013 Toyo Ito 2014 Shigeru Ban 2015 Frei Otto 2016 Alejandro Aravena 2017 Rafael Aranda, Carme Pigem & Ramón Vilalta (RCR Arquitectes) 2018 Balkrishna V. Doshi
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Le Corbusier - Não tendo sido premiado com o Prémio Prítzker é, contudo, o Pai do modernismo da arquitetura na Europa. 1928 Poissy, França. Villa Savoye 1952 Marseille, França. Unité d'Habitacion 1955 Ronchamp Haute- Saone, França. Capela de Ronchamp
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Philip Johnson - O primeiro arquiteto a ser reconhecido com o 2º prémio Pritzker. 1949 New Canaan, Connecticut. Casa de Vidro 1961 Fort Worth, Texas, EUA. Amon Carter Museum 1997 University of St. Thomas in Houston, EUA. The Chapel of St. Brasil
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Jorn Utzon - Mundialmente conhecido como o autor da Ópera de Sidney. 1973 Sydney, Austrália. Ópera de Sydney 1982 Kuwait, Kuwait. Assembleia Nacional do Kuwait 2008 Aalborg, Denmark The Utzon Center
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Robert Venturi - Grande referência para os arquitetos contemporâneos. 1917 Oberlin, Ohio. Allen Memorial Art Museum 1959 Kuwait, Kuwait. Casa Vanna Venturi 2007 Seattle, Washington. Seattle Asian Art Museum
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Paulo Mendes da Rocha - Grande referência da arquitetura brasileira. 1989 São Paulo, Brasil. Casa Gerassi 1990 São Paulo, Brasil. Pinoteca do Estado de São Paulo 2015 Lisboa, Portugal. Museu Nacional dos Coches
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Álvaro Siza Vieira - Reconhecimento Nacional, e uma referência mundial na arquitetura contemporânea. 1958-1963 Leça da Palmeira, Porto- Portugal. Casa de Chá da Boa Nova 1995-Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Fundação Iberê Camargo 1995-1998 Parque das Nações, Lisboa- Portugal. Pavilhão do Conhecimento
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Rafael Moneo - Arquiteto vizinho (espanhol). Uma grande referência para os arquitetos de toda a península, e não só. 1999 Barcelona, Espanha. L'Auditori Barcelona 2009 Bilbao, Espanha. Biblioteca de la Universidad de Deusto 2011 San Sebastián, Barcelona. La Iglesia de Iesu
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Tadao Ando - Arquiteto extraordinário e uma grande referência no mundo das artes. Uma referência incontornável da Arquitetura na Universidade de Évora. 1991 Tsuna- Gun, Kobe, Japão. Water Temple 1999 Ibaraki, Osaka, Japão. Church of the Light 2004 Naoshima, Kagawa, Japão. Chichu Art Museum
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Peter Zumthor - Enorme referência da arquitetura. Reconhecimento fácil, o olhar do seu rosto permite identificar, em muito, o significado da sua própria arquitetura. Muito sensível à questão da atmosfera dos espaços e à questão dos materiais. 1988 Vila Sumvitg, Suiça. Saint Benedict Chapel 1996 Cantão Graubuden, Suíça. Therme Vals 2011 Barents Sea - Vardo, Noruega. Steilneset Memorial
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Eduardo Souto Moura - Reconhecimento e grande referência nacional e internacional. 2002 Serra da Arrábida, Portugal. Casa na Serra da Arrábida 2003 Braga, Portugal. Estádio Municipal de Braga 2011 Cascais, Portugal. Casa das Histórias de Paula Rego
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NOTA BIOGRÁFICA
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David Reis Pinto O desenho e a respetiva expressão estiveram sempre presentes na sua educação, desde a forma como gostava de passar o tempo enquanto criança, dividido entre o desenhar e o desporto, até à formação na área das artes. No ensino secundário relacionou-se com os materiais e com a história da arte, o que lhe abriu o apetite para dar continuidade a este modo de estar, entre a observação e a criatividade. Seguiu Arquitetura, terminando o mestrado, em 2017, na Universidade de Évora. O desenho como base elementar de todas as artes foi, assim, considerado pelo autor o meio e a forma como este, também, pensa a arquitetura. Existe, realmente, a necessidade de riscar quando pretende expressar uma ideia, tratando-se de uma forma de pesquisa e de reconhecimento dos seus pensamentos. Paralelamente tem vindo a desenvolver uma forma pessoal de representar o rosto, em aguarelas de grande escala, procurando estilizar as formas para dar lugar a composições energéticas e alegres, talvez num processo primeiramente realista para depois se desconstruir até quase ao figurativo (não o sendo). O seu trabalho tem sido reconhecido, também, além-fronteiras. Conta com 2 trabalhos em Nova York, 1 na Suécia, 2 na Bélgica, cerca de 6/7 trabalhos em Londres e ainda 4 trabalhos em São Paulo. Em Portugal serão poucos mais de 150 trabalhos de Norte a Sul do país. «Alegra-me pensar que os mesmos passam da criação à participação efetiva da vida das pessoas." abril de 2018. David Reis Pinto
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