TCC ARQURB UVV - APLICAÇÃO DE MÉTODOS SUSTENTÁVEIS NA ARQUITETURA RESIDENCIAL...

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UNIVERSIDADE VILA VELHA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

APLICAÇÃO DE MÉTODOS SUSTENTÁVEIS NA ARQUITETURA RESIDENCIAL DAS REGIÕES DE MONTANHAS CAPIXABAS DE DOMINGOS MARTINS

BIANCA DE OLIVEIRA CALIMAN ZANDONADI

VILA VELHA 2021


BIANCA DE OLIVEIRA CALIMAN ZANDONADI

APLICAÇÃO DE MÉTODOS SUSTENTÁVEIS NA ARQUITETURA RESIDENCIAL DAS REGIÕES DE MONTANHAS CAPIXABAS DE DOMINGOS MARTINS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação em Arquitetura e Cidade da Universidade Vila Velha como requisito parcial para obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista. Orientador: Clóvis Aquino de Freitas Cunha.

VILA VELHA 2021


BIANCA DE OLIVEIRA CALIMAN ZANDONADI

APLICAÇÃO DE MÉTODOS SUSTENTÁVEIS NA ARQUITETURA RESIDENCIAL DAS REGIÕES DE MONTANHAS CAPIXABAS DE DOMINGOS MARTINS


RESUMO

O trabalho exposto aborda o uso da sustentabilidade na arquitetura residencial. O terreno de estudo, Sítio São Lourenço, está situado na divisa dos municípios de Venda Nova do Imigrante e Domingos Martins, na região centro serrana do estado do Espírito Santo. O objetivo do trabalho é desenvolver um estudo preliminar de um projeto arquitetônico residencial unifamiliar fazendo uso de métodos sustentáveis, tais como: captação da água da chuva, instalação de placas solares para reuso da energia solar, soluções de conforto térmico e ambiental e utilização de materiais locais, com o intuito de minimizar os impactos ambientais. Além disso, tem como propósito aproveitar a topografia existente na implantação do projeto e explorar a ventilação e iluminação naturais através de grandes aberturas que possibilitam a visão para a paisagem do entorno.

Trazendo as características do estilo rústico para as fachadas e o interior do projeto foram aplicados materiais como madeiras de demolição e madeiras legalizadas, assim como revestimentos de pedras para compor a edificação, de modo a conciliar a estética, o conforto e o meio ambiente com esse estilo de arquitetura.

Palavras-chave: Sustentabilidade. Arquitetura rústica. Família. Topografia.


ABSTRATO The exposed work addresses the use of sustainability in residential architecture. The study site, Sítio São Lourenço, is located on the border between the municipalities of Venda Nova do Imigrante and Domingos Martins, in the mountainous center of the state of Espírito Santo. The objective of the work is to develop a preliminary study of a single-family residential architectural project using sustainable methods, such as: rainwater harvesting, use of solar panels to reuse solar energy, thermal and environmental comfort solutions and use of local materials in order to minimize environmental impacts. In addition, its purpose is to take advantage of the existing topography in the implementation of the project and explore the use of ventilation and natural lighting through large openings that provide a view of the surrounding landscape.

Bringing the characteristics of a rustic style to the facades and interior of the project, materials such as demolition wood, legalized wood, as well as stone coverings were used to compose the building, in order to reconcile aesthetics, comfort and the environment with this architectural style.

Keywords: Sustainability. Rustic architecture. Family. Topography.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Tripé da Sustentabilidade ......................................................................... 13 Figura 2 - Placas fotovotáicas ................................................................................... 14 Figura 3 - Esquema do funcionamento do aquecedor solar .................................... ..15 Figura 4 - Esquema do reuso da água da chuva ..................................................... 16 Figura 5 - Corte e Aterro ........................................................................................... 20 Figura 6 - Fachada da Casa Viva localizada na Ecovila Clareando .......................... 21 Figura 7 - Esquema de estratégias ........................................................................... 22 Figura 8 - Fachada Oeste, na qual foi aplicado o paisagismo sustentável ................ 22 Figura 9 - Planta baixa, pavimento da Casa Viva térreo .......................................... 23 Figura 10 - Esquema de eficiência energética na residência .................................... 24 Figura 11 - Esquema de uso eficiente da água na residencia ................................... 24 Figura 12 - Vista da Casa La Extraviada voltada para a praia Mermejita ................. 25 Figura 13 - Residência unida com a topografia do local............................................ 26 Figura 14 - Implantação da residência no terreno ..................................................... 26 Figura 15 - Fachada com materiais locais ................................................................. 27 Figura 16 - Mapa de localização ............................................................................... 29 Figura 17 - Pedra Azul, Domingos Martins - ES ........................................................ 29 Figura 18 - Corte e perspectiva da topografia .......................................................... 30 Figura 19 - Corte da residência e terreno .................................................................. 31 Figura 20 - Imagem aérea do terreno com sobreposição das curvas de nível..........31 Figura 21 - Imagem da do terreno em 20211.............................................................32 Figura 22 - Imagem panorãmica do terreno .............................................................. 32 Figura 23 - Moodboard .............................................................................................. 37 Figura 24 - Estratégias sustentáveis apontadas na implantação .............................. 37 Figura 25 - Estratégias sustentáveis apontadas na planta baixa ............................. 38 Figura 26 - Setorização do pavimento térreo ........................................................... 38 Figura 27 - Setorização do pavimento técnico .......................................................... 39 Figura 28 - Planta baixa humanizada ........................................................................ 39


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tipos de madeira usadas no projeto ........................................................18 Tabela 2 - Outros materiais usados na concepção do projeto...................................19 Tabela 3 - Índices Urbanísticos da Zona Rurbana 01 de residência unifamiliar ...... 33 Tabela 4 - Dimensionamentos mínimos previstos no Código de Obra de Domingos Martins ..................................................................................................... 34 Tabela 5 - Programa de Necessidades .................................................................... 35

LISTA DE SIGLAS

CA

Coeficiente de Aproveitamento

ES

Espírito Santo

NBR

Norma Técnica Brasileira

LED

Em inglês: Light Emitting Diode, tradução: Diodo Emissor de Luz

TO

Taxa de Ocupação

TP

Taxa de Permeabilidade

TCC

Trabalho de Conclusão de Curso

ZRUR1

Zonas Rurbanas


SUMÁRIO 1

INTRODUÇÃO.................................................................................................. 10

1.1 Contextualização do tema de pesquisa ........................................................... 10 1.2 Objetivos Gerais .............................................................................................. 11 1.3 Objetivos Específicos ....................................................................................... 11 1.4 Justificativa ...................................................................................................... 11 1.5 Metodologia ..................................................................................................... 11 2

SUSTENTABILIDADE E OS TEMAS ............................................................... 12

2.1 Energia solar .................................................................................................... 13 2.2 Eficiência no uso da água ................................................................................. 15 2.3 Soluções de conforto térmico e ambiental ........................................................ 16 2.4 Materiais .......................................................................................................... 17 2.5 Topografia ......................................................................................................... 19 3

REFERÊNCIAS DE PROJETO ....................................................................... 21

3.1 Casa Viva – Arquitetura Ecológica em uma Ecovila ......................................... 21 3.2 Projeto da Casa La Extraviada ......................................................................... 25 4

O PROJETO ..................................................................................................... 28

4.1 Área de Estudo – Localização .......................................................................... 28 4.2 O terreno e suas características ....................................................................... 30 4.3 Legislação ......................................................................................................... 33 4.4 Programa de Necessidades ............................................................................. 34 4.5 Proposta ............................................................................................................30 4.6 Conceito e Partido .............................................................................................28 5

CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 35

6

REFERÊNCIAS BIBLIOOGRÁFICAS .............................................................. 36

7

APÊNDICES .....................................................................................................39


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1

INTRODUÇÃO

1.1

Contextualização do tema de pesquisa

A arquitetura sustentável é um conceito muito abordado atualmente. No entanto essa ideia de sustentabilidade e o cuidado com o ambiente natural é premissa de antigos arquitetos que defendiam a interação do edifício com o uso consciente dos materiais naturais. De acordo com Frank Lloyd Wright, “Qualquer edifício para propósitos humanos deveria se configurar com um aspecto elementar e compreensivo do terreno, complementar ao seu ambiente natural.” É possível entender com essa citação, extraída do livro Sustentabilidade no Design de Interiores de Siân Moxon (2012), a necessidade da tomada de decisões projetuais coerentes com os aspectos naturais do ambiente de modo a causar um menor impacto. Isso é possível devido ao uso das técnicas de sustentabilidade que serão abordadas ao longo da pesquisa (SIÂN MOXON, 2012).

O trabalho a seguir propõe a criação de uma residência unifamiliar que envolva técnicas sustentáveis que possam ser usadas para melhor preservação da natureza de forma consciente.

O terreno em foco de estudo do Trabalho de Conclusão de Curso é de propriedade da minha família. Incialmente, a maior parte da área era coberta por vegetação, anos depois o terreno foi limpo e uma casa foi construída para lazer dos familiares e amigos íntimos. A escolha da área foi feita pela necessidade de construir mais uma residência que atendesse a família, logo, o trabalho em si foi motivado por essa vontade pessoal devido ao crescimento familiar.

Além disso, o local para implantação do projeto foi escolhido pelo seu aspecto natural, com uma vasta mata ao seu redor, a existência de uma piscina de água doce descendo a laje de pedra logo à frente, além de trilhas por entre a vegetação e uma capela construída com material de madeira de demolição.


11

1.2

Objetivo Geral

A proposta do trabalho é a construção de uma residência que será projetada com técnicas e materiais sustentáveis voltada para grupos familiares, aproveitando o relevo do terreno na sua implantação conciliando a estética, conforto e o meio ambiente com características de uma arquitetura rústica.

1.3

Objetivos Específicos •

Realizar projeto de estudo preliminar de residência familiar;

Fazer uso de tecnologias sustentáveis na utilização da água da chuva, captação de energia solar e de conforto térmico;

1.4

Valorizar a paisagem.

Justificativa

O tema apresentado se justifica com a proposta de levar o conhecimento à sociedade sobre o projeto, tornando-o um exemplo de casa de campo com características de arquitetura sustentável, gerando um menor impacto ambiental, de modo a preservar a vegetação existente no entorno. Ademais, o uso das técnicas como a reutilização da água, captação de energia solar e soluções de conforto térmico contribuintes para a realização desse projeto, servindo assim, como exemplo de práticas sustentáveis na arquitetura.

1.5

Metodologia

Para projetar residências sustentáveis é preciso estudar dados e estratégias coletadas de referências com embasamento e relevância científica, através de artigos da internet e revisões bibliográficas. Esses dados serão apresentados por meio de imagens, textos, citações e mapas, para melhor entendimento da proposta projetual de uma edificação de proposta sustentável.


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A metodologia de pesquisa aplicada para o desenvolvimento do trabalho é segmentada em: O Conceito de Sustentabilidade, através de revisão da literatura; Referenciais Projetuais, a partir de artigos da internet; Etapa do Diagnóstico da área de estudo e, por último, a Etapa de Projeto. Os próximos capítulos, 2 e 3 serão voltados para a explicação da Sustentabilidade e seus temas. Os capítulos 4 e 5, serão referenciais de projeto, do terreno escolhido e suas características, do estudo preliminar do projeto e as considerações finais.

2

SUSTENTABILIDADE E OS TEMAS

A Arquitetura Sustentável é a continuidade mais natural da Bioclimática, considerando também a integração do edifício a totalidade do meio ambiente, de forma a torná-lo parte de um conjunto maior. É a arquitetura que quer criar prédios objetivando o aumento da qualidade de vida do ser humano no ambiente construído e no seu entorno, integrado com as características da vida e dos climas locais, consumindo a menor quantidade de energia compatível com o conforto ambiental, para legar um mundo menos poluído para as futuras gerações (CORBELLA E YANASS, 2003, pag.19).

Conforme Oscar Corbella e Simos Yannas (2003), a sustentabilidade na arquitetura é a soma do contexto ambiental, social e econômico, esquema da Figura 1. Para que um projeto seja sustentável é necessário pensá-lo como produto de um conjunto de fatores: o menor consumo de energia, a reutilização da água, o uso consciente dos materiais naturais e a análise das características do clima local. Princípios estes que melhoram a qualidade de vida das pessoas, além de gerar o conforto ambiental e possibilitar um mundo menos poluído para as gerações futuras (CORBELLA E YANASS, 2003). Para melhor entendimento, os próximos capítulos serão voltados a uma breve explicação dos termos citados como necessários para a construção sustentável.


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Figura 1 - Tripe de sustentabilidade

Fonte: teraambiental.com.br, 2020, adaptada pela autora (2021).

2.1

Eficiência energética

Em uma residência voltada para a sustentabilidade, a eficiência energética é uma das principais soluções de projeto. De acordo com Roberto Lamberts, ‘’[...] um edifício é mais eficiente energeticamente que outro quando proporciona as mesmas condições ambientais com menor consumo de energia.’’ (LAMBERTS, 2011, pag. 5).

Seguindo essa premissa um dos métodos que serão utilizados no projeto é o uso do sistema fotovoltaico. Explicando seu funcionamento, os painéis são responsáveis por captar a luz do sol e gerar a energia que será convertida em eletricidade por meio do inversor solar. Depois de convertida, a energia é entregue para o consumo, ou armazenada em baterias com a finalidade de minimizar o consumo. Além disso, por ter sua matéria prima originada da natureza, ou seja, a captação de energia elétrica é feita pela luz do sol, portanto os recursos naturais podem ser utilizados não afetando o meio ambiente. (PORTAL SOLAR, 2021, figura 2).


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Figura 2 – Placas Fotovoltaicas

Fonte: Portalsolar.com.br, adaptada pela autora (2021).

Outro método que contribuiu na sustentabilidade é o aquecimento solar da água da por placas solares, tem o seu funcionamento com base na capacidade de absorver calor dos raios do sol, transmitindo conduzir para a água e mantê-la aquecida por um maior período, para isso o sistema conta com dois componentes principais: o reservatório térmico e coletor solar. (GERAÇÃO SOLAR, 2021).

De acordo com a figura 3, os aquecedores solares são uma alternativa de tecnologia amplamente difundida, excelente para prover a água quente desejada nas habitações, no comércio e nos serviços, e têm muito a contribuir para a mitigação dos impactos socioambientais do setor elétrico brasileiro. Para o consumidor residencial: verifica-se uma acentuada redução na conta mensal de energia, entre 30 e 50%, mantendo-se o nível de conforto, destacando-se inclusive a garantia de atendimento a eventuais metas de consumo que possam ser novamente estabelecidas para o setor residencial (ABRAVA, 2008).


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Figura 3 – Aquecimento solar

Fonte: Geraçãosolarms.com.br, adaptada pela autora (2021).

2.2

Eficiência no uso da água

A água faz parte da nossa vida desde a concepção. Ela está presente constantemente e a cada ano mais escassa e de alto custo. No entanto, para contribuir na eficiência do uso da água, existem hábitos que podemos adotar para economizar (VENÂNCIO, 2011, pag. 90).

Um desses hábitos eficientes é o aproveitamento da água da chuva, que permitem redução de até 50% do consumo de uma casa pela possibilidade de reutilização na descarga dos vasos sanitários, irrigação de jardins, lavagem dos carros e calçadas, dentre outras atividades em que não há necessidade de ser tratada, conforme a NBR 16783. Além disso a captação de água da chuva reduz o fluxo que corre para o sistema de águas pluviais durante as chuvas, e consequentemente pode aliviar os problemas com alagamentos.


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Esta Norma estabelece procedimentos e requisitos para caracterização, dimensionamento, uso, operação e manutenção de sistemas de fontes alternativas de água não potável em edificações com uso residencial, comercial, institucional, de serviços e de lazer (NBR 16783, 11/2019).

Tendo isso em vista, no projeto será utilizada a cisterna vertical modular no processo de captação da água das chuvas, esta cisterna pode ser fabricada em plástico sendo atóxica e 100% reciclável. Explicando o esquema da figura 4, a água da chuva escorre pelo telhado, faz o caminho pela calha por onde ao final é conectada a uma tubulação onde existe um filtro separador de folhas e então chega à cisterna, onde esta água será armazenada e tratada para uso. Figura 4 – Esquema do reuso de água da chuva

Fonte: Solucoesparacidades.com.br, 2021, adaptada pela autora.

2.3

Soluções de conforto térmico e ambiental

O conforto ambiental pode ser compreendido como um conjunto de condições ambientais que permitem o bem-estar térmico ao ser humano. A orientação da residência é de extrema importância em uma casa com os vãos (portas e janelas) bem situados, pois podem captar e circular ventilação, além de absorver de melhor


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maneira os raios solares. Com o estudo climático do lote, são traçadas diretrizes do projeto arquitetônico, norteando forma, cores, materiais, o necessário para tornar o imóvel eco eficiente (VENÂNCIO, 2010). 2.4

Materiais

Com o propósito de construir sustentavelmente, a escolha dos materiais que serão utilizados no trabalho é de grande importância. Com essa premissa, ao desenvolver o projeto procurou-se madeiras cujos fornecedores pratiquem o manejo florestal, ou seja, sem a necessidade de desmatamento e que certifiquem a origem, garantindo a reposição das árvores que foram retiradas do ambiente. Da mesma forma, foram tratados todos materiais citados na tabela 2.

Um deles, a taipa de pilão, utilizada nas paredes do jardim interno que divide parede com a cozinha, baseia-se em um sistema rudimentar no qual a terra é compactada horizontalmente em formas com madeiras criando uma caixa no seu entorno. É importante ressaltar também a sua contribuição com o meio ambiente por ser nãotóxica, e de grande capacidade de regular a temperatura do ambiente interno, além de um belo acabamento estético por sua coloração com diferentes tons. Um grande arquiteto conhecido atualmente - Renzo Piano,

fez uso dessa técnica em seus

projetos na construção do Centro de Cirurgia Infantil Emergencial em Uganda. Como outro exemplo temos parte da Grande Muralha da China que fora construída utilizando-se esse sistema rudimentar (tabela 02).

Outro material, o tijolo, com processo de fabricação sustentável foi aplicado na maioria das paredes internas e nas fachadas da residência, em 2 tipos de coloração: um com tom inclinado para o terroso (tijolo brick studio toscana) e outro de tom rosado (tijolo brick studio arizona), tonalidades que deram um aspecto mais rústico à residência (tabela 02).


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Tabela 1 – Tipos de Madeira usadas no projeto

Fonte: Acervo pessoal, 2021.


19

Tabela 2 – Outros materiais usados na concepção do projeto

Fonte: Acervo pessoal, 2021.

2.5

Topografia

A Topografia fornece dados, adquiridos através de cálculos, métodos e instrumentos que permitem o conhecimento do terreno, possibilitando uma base para execução de projetos e obras realizadas por engenheiros ou arquitetos. Sendo fundamental tanto na etapa de projeto quanto na execução da obra. Ademais, o levantamento da topografia possibilita uma visão autêntica do terreno com suas características locais (BORGES, 1977).


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Para que o terreno esteja plano com seus possíveis declives corrigidos ocorre o processo da terraplanagem, no qual a terra é preparada e transformada em um substrato apropriado para receber a construção. Esse processo pode ser realizado por 2 técnicas: corte e aterro.

Na técnica do corte é retirado o material geralmente terra ou cascalho do ambiente desejado, possibilitando o nivelamento do terreno, além disso esse mesmo material pode ser usado para aterrar outras áreas (figura 5).

O aterro é o depósito de material com finalidade de aumentar o conteúdo da base para atingir certo nível. O depósito deve ser feito em um terreno com muro de arrimo, para conter a terra e garantir que o material seja compactado, dando ao solo a consistência necessária para a base de sua casa. (figura 5). Figura 5 – Corte e aterro

Fonte: Qualificad.com.br, adaptada pela autora, 2021.

Em suma, o capítulo dois abordou a sustentabilidade e suas eficiências e soluções de projeto, além dos possíveis materiais que serão utilizados na execução da obra e uma breve explicação da topografia e sua importância em conjunto com as características locais do terreno.


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3

REFERÊNCIAS DE PROJETO

Serão abordados dois projetos que utilizam do aspecto natural do terreno para a implementação do edifício no local, usados com referência para o desenvolvimento do trabalho, são esses: Projeto da Casa Viva e Projeto da Casa La Extraviada.

3.1

Casa Viva – Arquitetura Ecológica em uma Ecovila

A Casa Viva, figura 6, localizada na Ecovila Clareando, em Piracaia, São Paulo, Brasil. Foi construída em 2018, com 144 m², e teve como pedido dos clientes na sua execução o uso da terra retirada do local da obra e materiais de baixo impacto ambiental (SUSTENTARQUI, 2021).

O escritório Gera Brasil Consultoria e Arquitetura que projetou a residência durante o processo, levou em conta itens como materiais locais, conforto térmico, iluminação, captação, reuso e tratamento de águas. Além disso teve grande preocupação com a área verde no entorno da casa, que foi transformado em um jardim comestível agroflorestal (SUSTENTARQUI, 2021). Figura 6 – Fachada da casa Viva localizada na Ecovila Clareando

Fonte: Sustentarqui.com.br, março de 2021.


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Seguindo os princípios de Arquitetura Sustentável as estratégias ecológicas indicas nas figuras 9,10,11 e 12, utilizadas no projeto foram: •

Os materiais usados no sistema construtivo;

Captação de energia solar para aquecimento das águas;

Captação de águas de chuva e armazenamento em cisternas enterradas;

Tratamento de esgoto com biodigestor.

Além disso ao pensar no paisagismo houve a criação de um jardim comestível e uso de planta nativas não convencionais em benefício da preservação ambiental regional, figura 7 (SUSTENTARQUI, 2021). Figura 7 – Esquema de estratégias

Fonte: Sustentarqui.com.br, março de 2021, adaptada pela autora.

Figura 8 – Fachada Oeste, na qual foi aplicado o paisagismo sustentável

Fonte: Sustentarqui.com.br, março de 2021.


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No sistema construtivo da casa, as paredes que abrigam quartos, banheiros e sala de estar foram feitas de taipa de pilão, que veio como resgate de uma técnica antiga, executada de forma moderna, com formas metálicas e compactadores pneumáticos. Já as áreas molhadas de cozinha e lavanderia foram construídas com tijolos maciços vindos da olaria familiar do bairro vizinho a obra, tendo em vista o fortalecimento do comércio local. Além disso os fechamentos da sala, telhados e esquadrias são de madeira, com precaução de se utilizar madeiras legalizadas (SUSTENTARQUI, 2021). Figura 9 – Planta baixa do pavimento térreo da casa Viva

Fonte: Sustentarqui.com.br, acesso em: março de 2021, adaptada pela autora.

Com relação ao sistema de águas, o abastecimento é feito pela água das nascentes da Ecovila. A captação e armazenamento da água das chuvas é obtida pelas cisternas para utilização nos vasos sanitários e irrigação. Além disso, para economia na conta de água e conservação dos recursos hídricos, a água cinza, residuais de banho e cozinha, é transportada pela filtragem sendo direcionada para a área de bananeiras e pomar, e por fim, a água negra é tratada por um biodigestor e infiltrada no pomar (SUSTENTARQUI, 2021).


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Figura 10 – Esquema do Uso eficiente da água na residência

Fonte: Sustentarqui.com.br, acesso em: março de 2021, adaptada pela autora.

Analisando as estratégias voltadas ao conforto térmico, a implantação foi projetada para que a iluminação e ventilação natural fossem usufruídas ao máximo a fim de economizar energia elétrica. Além disso, o aquecimento da água dos chuveiros e torneiras é obtido pelas placas solares (SUSTENTARQUI, 2021). Figura 11 – Esquema de eficiência energética na residência

Fonte: Sustentarqui.com.br, acesso em: 22 de março de 2021, adaptada pela autora.

Devido ao exposto sobre a preocupação ambiental no desenvolvimento do projeto, é pertinente informar que o uso da mão de obra e terra local, motivou visitas e discussões sobre conservação do meio ambiente e o emprego da bioconstrução local (SUSTENTARQUI, 2021).


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3.2

Projeto da Casa La Extraviada

Voltada para o Oceano Pacífico, La Extraviada é construída na encosta em frente à serena praia Mermejita, totalmente cercada pela natureza. Trata-se de uma casa projetada para férias em Mazunte, Oaxaca, México, onde o clima é predominantemente quente. Sob esta premissa, a residência foi projetada pensando nas vistas voltadas para o mar e com a preocupação da ventilação natural vinda das aberturas cruzadas que dão frescor aos espaços. É um projeto que não luta contra a natureza de seu contexto e o desgaste causado pela proximidade do mar, do sol e da

umidade,

ao

contrário

disso,

utiliza-os

a

seu

favor,

tornando-os

parte fundamentais para o projeto (ARCHDAILY, 2021).

Figura 12 – Vista da Casa La Extraviada voltada para a praia Mermejita

Fonte: Archdaily.com.br, acesso em: 22 de março de 2021.

A casa construída em 2020, de 472 m² procura unir-se com a encosta adaptando-se à sua topografia, como mostra nas figuras 12, 13 e 14. O volume do projeto surge da superposição de volumes de pedra, que contêm grandes janelas de madeira, e que se projetam umas sobre as outras, ajustando com à inclinação do terreno, o acesso faz-se pela parte superior do terreno, onde se situam o parque de estacionamento e a entrada principal (ARCHDAILY, 2021).


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Figura 13 – Residência unida com a topografia do local

Fonte: Archdaily.com.br, acesso em: 22 de março de 2021.

Figura 14 – Implantação da residência no terreno

Fonte: Archdaily.com.br, acesso em: 22 de março de 2021, adaptada pela autora.

A maioria dos materiais usados na construção são regionais, como madeira Macuil na carpintaria, Guapinol na estrutura e pedra de pedreiras próximas nos pátios e escadas, o telhado do pavilhão principal é feito de telhas de barro liso, como mostra


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a figura 15. Além disso, o concreto aparente, existente em todo o projeto, possibilita que as formas que o integram manifestem-se no meio do declive íngreme, sendo também uma tela ideal a ser transformada com a curso da natureza e do tempo (ARCHDAILY, 2021). Figura 15 – Fachada com materiais locais

Telhas de barro liso.

Esquadrias na Madeira Maculi.

Fonte: Archdaily.com.br, 22 de março de 2021, adaptada pela autora.

Devido a abordagem sobre os dois estudos de caso foi possível perceber como as estratégias sustentáveis podem ser utilizadas no projeto de diversas maneiras para tornar o ambiente construído mais confortável e preservado ambientalmente. Estratégias estas que serão usadas para o desenvolvimento deste trabalho. O Estudo de caso 1, Casa Viva, terá relevância pelas suas estratégias de construção, conforto térmico, além do uso eficiente da água e energia. Já o estudo de caso 2, Casa La Extraviada, será utilizado como referência no projeto pela sua materialidade, com o uso de madeira local e o modo que a casa foi inserida no terreno.


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4

O PROJETO

4.1

Área de Estudo - Localização

O Sítio São Lourenço, local do terreno da área de estudo, está situado na divisa dos municípios de Venda Nova do Imigrante e Domingos Martins, considerado pertencente ao distrito de Aracê, na comunidade Peçanha, a cerca de 100 km de distância de Vitória. O Município de Domingos Martins, Região Sudeste, centro serrana

do

estado

do

Espírito

Santo,

como

mostra

a

Figura

16,

fica

aproximadamente 42 km da capital Vitória, possui uma altitude média de 542 metros e picos que ultrapassam os 1.800 m, um dos seus maiores picos é a formação geológica conhecida como Pedra Azul, nome atribuído pela coloração azulada que apresenta, de acordo com o horário em que recebe a luz do sol, formação geológica essa que também é vista como um dos principais pontos turísticos do Espírito Santo, imagem na figura 17. De clima tropical de atitude a região possui temperaturas com máxima de 28ºC no verão e mínima de 8ºC o inverno. Ademais, a fauna e a flora do município são bastante diversificadas também podem ser bem definidas pelas espécies encontradas na área do Parque Estadual da Pedra Azul (NOTÍCIAS MARTINENSES, 2021).

Domingos Martins não possui somente a região de Pedra Azul como ponto turístico, na Sede onde se encontra o centro da cidade existem construções com fachadas em estilo germânico, herança deixada pelos imigrantes alemães que se instalaram na região no século XIX (NOTÍCIAS MARTINENSES, 2021).


29

Figura 16 – Mapa de localização

Fonte: google maps/ google earth, acesso em maio de 2021, adaptada pela autora.

Figura 17 – Pedra Azul, Domingos Martins - ES

N

Fonte: Domingosmartinses.openbrasil.org/, acesso em: maio de 2021.


30

4.2

O terreno e suas características

Definido para a execução do projeto, o terreno indicado nas figuras 18 e 19 é exposto em forma de corte e perspectiva para melhor entendimento da topografia, já a figura 20, imagem aérea com as características da área em 2013 e sobreposição das curvas de níveis. O local de estudo indicado nas figuras 21 e 22, possui área de aproximadamente 1200m², que equivale a 0,12 há, seu entorno é rodeado por mata e conta com uma piscina, que foi resultado de represamento de água, onde aproveitando o formato natural da pedra possibilitou uma piscina que serve como reserva de água e lazer.

O terreno dispõe de construções existentes, tais como: uma casa com 6 quartos e área de churrasqueira externa, perto da piscina outra casa menor de apenas 1 quarto com vista para o lago e por último a capela São Lourenço, construída com madeira de demolição. O acesso principal do local de estudo é feito pela direita do terreno, onde passa uma estrada não asfaltada, de terra batida, além disso, por ser uma propriedade privada e para a segurança existe um portão de ferro. Figura 18 – Corte e perspectiva da topografia do terreno

Fonte: Acervo pessoal, 2021.


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Figura 19 – Corte da residência e terreno

Fonte: acervo pessoal, 2021.

Figura 20 – Imagem aérea do terreno com sobreposição das curvas de nível.

Fonte: Imagem de 2013 com sobreposição da topografia, adaptada pela autora.


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Figura 21 – Imagem aérea do terreno em 2021.

Fonte: Imagem aérea, acervo pessoal, 2021.

Figura 22 – Imagem panorâmica do local destinado á edificação.

Fonte: Fotografia do acervo pessoal, 2021.


33

4.3

Legislação

De acordo com a Lei Complementar Municipal (Nº 25/2013), o terreno escolhido encontra-se na Zona Rurbana 1 (ZRUR1). Art. 41 - As Zonas Rurbanas são compostas por áreas localizadas na transição entre a área urbana e a área rural do Município com o intuito de ordenar a ocupação no entorno de áreas urbanas, criando um ambiente transitório que possibilite controlar as formas de uso e ocupação tradicionais destas áreas e direcionar a expansão urbana de forma compatível às características socioambientais do Município. (Lei Complementar Municipal Nº 25/2013)

Levando em consideração os Índices Urbanísticos apresentados na tabela 3, dispõe de dados para a possível construção de uma residência unifamiliar, desde que possua uma altura máxima edificada de 7 metros, contendo até 2 pavimentos. Os Índices Urbanísticos ainda demandam que o coeficiente de aproveitamento seja de 0,2, com uma taxa de ocupação de 20% e permeabilidade de 60%, além de afastamentos mínimos de frontal com 10 metros, lateral 5 metros e fundos 10 metros, e por último, testada mínima do parcelamento com 30 metros (LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL Nº 25/2013) Tabela 3 – Índices Urbanísticos da Zona Rurbana 01 de residência unifamiliar

Fonte: Acervo pessoal de acordo com Domingosmartins.es.gov.br/ prefeitura/pdm. Acesso: junho de 2021.


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O Código de Obras de Domingos Martins (Artigos 143 e 144) consta com dimensionamentos mínimos de compartimentos habitáveis e não habitáveis que devem ser previstos no projeto, dimensionamentos esses apresentados na tabela 4 abaixo (LEI Nº 1238, DE SETEMBRO 1992 - CÓDIGO DE OBRAS)

Tabela 4 – Dimensionamentos mínimos previstos no Código de Obra de Domingos Martins

Fonte: Acervo pessoal de acordo com leismunicipais.com.br/codigo-de-obras-domingos-martins-es. Acesso em: junho de 2021.

Em conformidade com o Código Florestal Ambiental (Lei nº 12.727/12), estipula-se que para construção de obras próximas de cursos d'água ou ao longo dos rios é permitido 100 metros aos cursos d’água que tenham de 50 a 200 metros de largura. A área de estudo se enquadra nessa especificação por contar com uma nascente vinda dos vizinhos que não aprece nas imagens pois é tampada pela mata de eucalipto e uma piscina natural formada por esse fluxo d´água que, por fim, abastece o rio, indicados nas figuras 22 e 23. Dado o exposto, a residência será projetada de acordo com a norma e seus parâmetros, atendendo ao código Florestal (LEI Nº 12.727/12 - CÓDIGO FLORESTAL AMBIENTAL).

4.4

Programa de Necessidades

O programa de necessidades adotado para o projeto foi pensado para atender necessidades familiares de classe média-alta com o intuito de gerar conforto e bem-


35

estar. Diante disso, o projeto foi dividido em 6 setores, são esses: setor social, íntimo, de serviço e área técnica, lazer, jardim e outros, conforme ilustrado na tabela 5. Tabela 5 – Programa de Necessidades

Fonte: Acervo pessoal, 2021.

4.5

Proposta

A proposta do trabalho é uma residência que será projetada em alvenaria convencional com uso de materiais e recursos sustentáveis voltada para grupos familiares, aproveitando o relevo do terreno na sua implantação conciliando a estética, conforto e o meio ambiente com características de uma arquitetura rústica.


36

4.6

Conceito e Partido

O conceito do projeto foi norteado a partir das palavras: conforto, sustentável, família e rústico. O conforto foi expresso no projeto pensando na ventilação e iluminação natural, nas grandes aberturas de portas e janelas e os quartos que foram projetados virados para a fachada leste aproveitando o sol da manhã. A sustentabilidade é aplicada por métodos e estratégias ecológicas. Já a família, motivou o projeto por essa vontade pessoal devido ao crescimento familiar, consequentemente foram criados ambientes de maior interação e aconchegantes para melhor aproveitamento dos espaços internos tais como a sala, cozinha, os quartos, jardim interno e externos a área de lazer da piscina e a lareira externa pensada nas temporadas de inverno.

Por último, a arquitetura rústica foi integrada ao projeto por meios dos materiais como os tijolos com cores terrosas nas fachadas e interior da casa, madeiras naturais e de demolição com tons escuros trazendo o conforto para o ambiente. Tendo isso em vista, para um melhor entendimento do conceito foi produzido o moodboard, um quadro com finalidade de transmitir as ideais do projeto (figura 2).

Já o Partido foi definido pelos materiais, a relação do projeto com o entorno, os ambientes criados com a intenção de gerar maior permanência da família, e sua topografia. Ademais o pergolado de madeira, as duas treliças da fachada, os pilares e a cobertura de telha cerâmica fizeram parte desse conjunto, formando o partido.


37

Figura 23 – Moodboard

Fonte: Acervo pessoal, 2021.

4.7

Estratégias sustentáveis usadas no projeto

Figura 24 – Estratégias sustentáveis apontadas na implantação

Fonte: Acervo pessoal, 2021.


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Figura 25 – Estratégias sustentáveis apontadas na planta baixa

Fonte: Acervo pessoal, 2021.

4.8

Setorização

Figura 26 – Setorização do pavimento térreo.

Fonte: Acervo pessoal, 2021.


39

Figura 27 – Setorização do pavimento técnico.

Fonte: Acervo pessoal, 2021.

Figura 28 –Planta baixa humanizada

Fonte: Acervo pessoal, 2021.


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5

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho apresentado atende os objetivos ao criar um projeto de residência unifamiliar com ambientes adequados aos seus futuros moradores além de buscar o uso de estratégias sustentáveis.

Construir de modo sustentável é uma preocupação recorrente. Cada vez mais empresas de construção civil procuram melhores métodos para minimizar os impactos ambientais ocasionados. Sendo assim, com o uso consciente dos materiais e aplicação dos métodos sustentáveis é possível contribuir nas construções futuras preservando o meio ambiente. ‘’Sustentabilidade não é tendência, é garantia do futuro”, Chiara Gadaleta, stylist e consultora de moda visa a sustentabilidade em suas peças, entretanto, essa frase pode ser voltada para Arquitetura, de modo a pensarmos que com a preocupação em optar por estratégias sustentáveis, estamos assegurando o futuro com um cenário harmônico com a natureza.


41

6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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<https://www.archdaily.com.br/br/957216/casa-la-extraviada-em-

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16783: Informação e documentação: Trabalhos acadêmicos: Apresentação. Rio de Janeiro, 2019. Acesso em maio de 2021.

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VIGGIANO, Mário Hermes Stanziona. Sistema de reuso das águas cinzas. Revista Téchne, São Paulo, maio 2005.


44

7

APÊNDICES

IMPLANTAÇÃO


45

PLANTAS BAIXA – PAVIMENTO TEEREO


46

PLANTAS BAIXA – PAVIMENTO TÉCNICO


47

PLANTAS BAIXA – PAVIMENTO SUPERIOR/COBERTURA


48

CORTES CORTE AA,

CORTE BB

CORTE CC


49

FACHADAS

FACHADA FRONTAL

FACHADA LATERAL DIREITA

FACHADA LATERAL ESQUERDA


50

PERSPECTIVAS RENDERIZADAS


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